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2. Lê o texto.
O Francisco apanhou um susto quando uma noite viu uma cara na janela. Mas depressa percebeu que
era a bruxa Lucília e foi abrir.
- Está frio – disse a bruxa, e o gato não aquecia nada e, para dizer a verdade, o huuu-huuu do morcego
até a ela estava a assustar.
- Entra lá, mas não faças magia nenhuma aqui dentro, ouviste?
A pobre da bruxinha quase fugiu pela janela: é que as bruxas detestam água!
Por sorte, havia mais uma cama no quarto, uma daquelas de puxar, por baixo da dele, e o Francisco
puxou-a para fora. E foi-lhe buscar uma camisa de noite da mãe. A bruxa Lucília aceitou a camisa de
noite, mas disse que não tirava o chapéu. Dormia com ele desde que era bebé e ele esticava e crescia
com ela.
- Eu também tenho um urso desde pequeno – respondeu o Francisco, e o assunto ficou arrumado.
O gato deitou-se no fundo da cama e o morcego pendurou-se no varão da cortina, de pernas para o ar,
claro.
Isabel STILWELL, “A história da bruxa Lucília II” in Histórias para contar em 1 minuto e ½,
O NARRADOR
Texto A
A história de António não é alegre. (…) Naquele dia de muito calor (quando o conheci), António
vendeu--me um postal ilustrado, daqueles que os hotéis e os restaurantes têm nos balcões de recepção,
para os turistas. (…)
Reparei nas suas mãos ainda de criança (…) que deviam ainda estar sobre a carteira da escola. E
estavam ali.
Texto B
O velho urso Zarnabé já começava a sentir sono, um grande sono que o ia fazer dormir durante meses
e meses, quando chegasse o tempo do frio. Dorminhoco como era , dormia três a quatro meses por ano
e uma vez chegou a dormir seis meses seguidinhos. (…)
O urso Zarnabé não esperou mais argumentação. Lembrou à mulher que era preciso fazer o letreiro do
costume, espreguiçou-se, bocejou muito fundo e meteu-se pela escuridão da gruta.
Obrigada!
Maria Rosa Dias da COSTA, Uma história por acabar e outras que não têm fim, Livros Horizonte (com supressões)
Tipos de narrador
Texto A: O Manuel costumava correr comigo pela mata fora. Brincávamos muito, éramos bons
camaradas e ele gostava de me ensinar habilidades. Atirava, por exemplo, um pedaço de pau
para longe, e eu corria para o apanhar. Depois levava-lho na boca e ele exclamava:
E eu agitava o rabo. Agitar o rabo é a minha maneira de mostrar contentamento. Nós, os cães,
não sabemos rir como as pessoas. Ilse LOSA, Faísca conta a sua história, Livros Horizonte
Texto B : O menino Jesus, como os outros meninos, tinha vontade de crescer e não acreditava
no Natal. Ele bem sabia quem punha os brinquedos na sandália (era a Mãe), e, por não haver
então lojas de brinquedos, e, mesmo que houvesse, não terem os pais do menino Jesus dinheiro
para os comprar (os brinquedos já eram muito caros), ele bem vira S. José estar a fazer uma
carrocinha, às escondidas. (…) por isso, (…)o menino Jesus, que estava à espera de lhe darem a
carroça, fingia que não se importava, fingia, até, não esperar coisa alguma. Jorge de SENA, Razão de o
Pai Natal ter barbas brancas, Lisboa Ed. (com supressões)
Texto C : Uma vez um rapaz de nome Toninho foi para a escola sem saber a lição e, por isso
mesmo, ia muito preocupado só de pensar que o professor o poderia interrogar.
O professor fez a chamada e, quando chegou ao nome de Toninho, o rapaz respondeu Presente!,
mas ninguém o ouviu e o professor disse:
2.2.Dos excertos abaixo apresentados, apenas um poderá ser a continuação do texto D. Qual?
Texto E
Apesar dessas canseiras, não se tem saído mal. Claro que não é bom aluno; de vez em
quando, tem negativas, mas lá se vai aguentando.
Texto F
Apesar dessas canseiras, não me tenho saído mal. Claro que não sou bom aluno; de vez
em quando, tenho negativas, mas lá me vou aguentando.
Frase A
- Afinal, consegui! – pensou Toninho, aliviado por poder escapar ao interrogatório do professor.
Frase B
2.4. Imagina que era o Toninho quem contava este episódio da história que se passou com ele. Copia o
texto para o teu caderno, fazendo as alterações necessárias.
AS PERSONAGENS
1. Lê o texto seguinte:
O cavalo real
Não lhe chamavam cavalo do rei, mas cavalo real, porque andava sempre com o rei às costas.
Quando se via, nos desfiles, à frente da restante cavalaria dos lanceiros, dos arqueiros, dos
alabardeiros, julgava-se não só o rei de todos os cavalos, que o seguiam medindo o trote dele, como o
comandante-em-chefe de toda aquela tropa.
Que presunção!
(…)
Mas, um dia, numa caçada, o cavalo real tropeçou num tronco e deixou cair o rei, que se
estatelou no chão, com a coroa à banda.
Não lhe perdoou o rei o tambolhão. Deixar cair o rei é cair em desgraça. Foi o que aconteceu.
Expulso das cavalariças reais, o cavalo percebeu finalmente que não lhe tinham respeito
nenhum.
Nem tudo se perdeu, afinal. Depois do que se passou, o cavalo ganhou juízo.
Quando soou o último toque, correram para o portão e colocaram-se uma de cada lado, para
interceptarem o Chico.
Era um fim de tarde de Outono, já frio. Escurecia cedo, e em volta recortavam-se os prédios que àquela
hora pareciam todos cinzentos, debruados no topo por um fio de luz dourada. No ar uma nuvem de
fumo espalhava o cheirinho bom das castanhas assadas.
Um rio de gente comprimia-se para passar no portão, empurrando as gémeas uma para cada lado, com
as patas, sacos, cotoveladas.
- Cheguem-se para lá, o que é que estão aí a fazer? – perguntou um empregado, aproximando-se.
A Teresa ia a responder, mas avistaram o Chico que avançava sozinho no fim da fila.
Ana Maria MAGALHÃES e Isabel ALÇADA, Uma Aventura na Cidade, Ed. Caminho