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E Estatísticas dos
Professores no Brasil
Ministério da Educação
Outubro de 2003
Coordenação-Geral de Sistema Integrado de Informações Educacionais
Carlos Eduardo Moreno Sampaio
1. Apresentação...............................................................................................5
3. Mercado de Trabalho.................................................................................15
4. Escolaridade do Professor.........................................................................21
5.1 Os salários.......................................................................................33
7. Conclusão..................................................................................................47
3
4
1. Apresentação
5
6
2. Cursos de Formação de Professor
Total Pública
Variável (2) (2)
1991 1996 2002 1991 1996 2002
7
900.000 851.570
750.000
640.770
600.000
450.000 368.006
300.000
150.000
0
1991 1996 2002
Tabela 2 – Magistério de nível médio (1) – Número de escolas, matrículas e concluintes por
dependência administrativa – Brasil e grandes regiões – 2002
Brasil 2.641 368.006 124.776 2.050 331.086 108.544 591 36.920 16.232
Norte 281 41.809 17.855 270 40.975 17.649 11 834 206
Nordeste 1.174 194.090 57.081 939 171.614 49.088 235 22.476 7.993
Sudeste 728 84.858 33.731 500 78.748 28.479 228 6.110 5.252
Sul 296 35.959 9.717 194 28.832 7.265 102 7.127 2.452
Centro-Oeste 162 11.290 6.392 147 10.917 6.063 15 373 329
Fonte: MEC/Inep.
Notas: (1) Magistério de nível médio inclui curso normal e médio profissionalizante com habilitação em magistério.
(2) O número de concluintes refere-se ao ano de 2001.
8
6,1% 3,1% 11,4%
10,6% 9,8%
11,2%
Norte Norte
Nordeste Nordeste
Sudeste Sudeste
Sul Sul
Centro-Oeste 23,1% Centro-Oeste
9
Medicina 41,2
Direito 18,2
Administração 11,1
Economia 6,2
Licenciatura 5,3
10
150.000 144.325
120.000
90.000
62.855
60.000
30.000
14.952 12.117
9.468
5.627 6.245 6.707 4.404 5.616
-
Licenciatura Economia Administração Direito Medicina
1991 2002
11
Tabela 4 – Número de cursos de graduação, matrículas e concluintes por curso segundo
a categoria administrativa Brasil – 1991-2002
Curso/Categoria Número de Cursos Matrícula em 30/4 Concluintes
Administrativa 1991 1996 2002 1991 1996 2002
(1)
1990 1995 2002
(2)
LICENCIATURA 2.512 3.318 5.880 555.636 638.139 1.059.385 103.875 104.539 176.569
Pública 1.114 1.697 3.116 236.356 329.694 500.968 33.900 44.756 76.784
Privada 1.398 1.621 2.764 319.280 308.445 558.417 69.975 59.783 99.785
ADMINISTRAÇÃO 333 515 1.413 177.838 226.302 493.104 23.384 28.003 54.656
Pública 93 141 182 39.687 51.416 59.657 4.593 6.120 7.930
Privada 240 374 1.231 138.151 174.886 433.447 18.791 21.883 46.726
DIREITO 165 262 599 159.390 239.201 463.135 24.264 29.122 53.908
Pública 55 81 104 38.305 46.983 56.242 5.889 6.812 8.424
Privada 110 181 495 121.085 192.218 406.893 18.375 22.310 45.484
ECONOMIA 177 205 266 71.765 67.055 63.375 5.343 6.787 7.654
Pública 66 73 84 24.846 27.921 28.112 1.908 2.505 3.033
Privada 111 132 182 46.919 39.134 35.263 3.435 4.282 4.621
MEDICINA 80 86 115 46.881 48.667 59.755 6.968 7.194 8.498
Pública 46 51 61 28.387 29.639 31.630 4.145 4.531 4.938
Privada 34 35 54 18.494 19.028 28.125 2.823 2.663 3.560
Fonte: MEC/Inep.
Notas: (1) Matrícula em 30/6/2002.
(2) As informações de número de cursos e matrículas são relativas aos cursos que possuem licenciatura, mas que
contabilizam os bacharéis e os licenciados. Para os concluintes a informação é exclusiva de licenciatura.
12
Tabela 5 – Demanda estimada de funções docentes e número de licenciados
por disciplina – Brasil
13
Tabela 6 – Estimativa(1) de funções docentes no setor público para atendimento das
metas do PNE Brasil – 2002-2006
Ano
Nível e Modalidade de Ensino (2)
2002 2003 2004 2005 2006
Creche (Até 3 anos)
- Matrícula no Setor Público 717.307 755.678 1.207.745 1.729.881 2.688.968
- Funções Docentes no Setor Público 38.750 40.823 65.244 93.451 145.262
Pré-escola (4 a 6 anos)
- Matrícula no Setor Público 3.706.894 3.838.087 3.989.839 4.175.139 4.400.470
- Funções Docentes no Setor Público 172.714 178.827 185.897 194.531 205.030
Ensino Fundamental – 1ª a 4ª série
- Matrícula no Setor Público 17.689.243 17.034.625 16.266.723 15.285.364 13.745.598
- Funções Docentes no Setor Público 701.308 675.355 644.911 606.004 544.958
Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série
- Matrícula no Setor Público 14.226.342 14.489.864 14.866.202 15.429.827 16.376.152
- Funções Docentes no Setor Público 646.299 658.271 675.368 700.973 743.964
Ensino Médio
- Matrícula no Setor Público 7.587.684 7.864.600 8.585.991 9.302.083 10.274.160
- Funções Docentes no Setor Público 352.785 365.660 399.201 432.495 477.691
Fonte: MEC/Inep.
Notas: (1) A estimativa considerou constante a relação matrícula/função docente apresentada em 2002.
(2) Dados do Censo Escolar 2002.
14
3. Mercado de Trabalho
15
%
90
81,6
80
70,8
70 63,9
58,8 58,9
60 56,2
50 43,8
41,2 41,1
40 36,1
29,2
30
18,4
20
10
0
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Pública Privada
16
40,0% 40,0%
20,0%
30,0%
Total Pública
0,0%
Privada
20,0%
-20,0%
10,0% -40,0%
-60,0%
0,0%
Total Pública Privada -80,0%
Variação (%) 1996-2002 Variação (%) 1991-1996 Variação (%) 1996-2002 Variação (%) 1991-1996
17
20,0% 40,0%
30,0%
10,0%
20,0%
0,0% 10,0%
Total Pública Privada
0,0%
-10,0% Total Pública Privada
Variação (%) 1996-2002 Variação (%) 1991-1996 Variação (%) 1996-2002 Variação (%) 1991-1996
1991 778.176 694.388 83.788 515.831 426.618 89.213 259.380 181.100 78.280
1996 776.537 681.906 94.631 611.710 498.712 112.998 326.827 233.958 92.869
2002 809.125 701.308 107.817 800.753 669.266 131.487 468.310 352.785 115.525
Variação 1991-1996 -0,2% -1,8% 12,9% 18,6% 16,9% 26,7% 26,0% 29,2% 18,6%
Variação 1996-2002 4,2% 2,8% 13,9% 30,9% 34,2% 16,4% 43,3% 50,8% 24,4%
Fonte: MEC/Inep.
18
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Total Pública Privada
19
20
4. Escolaridade do Professor
Tabela 13 – Funções docentes em Creche por grau de formação – Brasil e regiões – 2002
Grau de Formação
Unidade
Fundamental Médio Superior
Geográfica Total
Incompleto Completo Completo Completo
21
Brasil, visto que uma parcela dessas encontra-se não regularizada e, portanto,
não responde aos questionários do Censo Escolar. Diante disso, podemos
adiantar que os problemas de qualificação dos profissionais nesse segmento
são bem mais graves do que os indicadores da Tabela 13 parecem apontar.
22
Tabela 15 – Percentual de funções docentes que atuam na Pré-Escola por grau de
formação – Brasil e regiões – 1991-2002
Grau de Formação
Unidade Médio Superior
Ano Até
Geográfica Com Sem Sem Com
Fundamental
Magistério Magistério Licenciatura Licenciatura
1991 18,9 56,6 7,4 1,3 15,8
Brasil 1996 16,1 61,4 4,3 2,0 16,3
2002 4,4 64,0 4,2 4,9 22,5
1991 33,3 59,8 5,1 0,1 1,7
Norte 1996 30,4 63,8 3,5 0,3 2,0
2002 6,4 86,8 2,1 1,6 3,1
1991 37,1 54,1 4,9 0,4 3,6
Nordeste 1996 31,1 61,1 3,2 0,8 3,8
2002 8,6 77,1 3,9 2,4 8,0
1991 4,3 60,1 8,2 2,2 25,3
Sudeste 1996 2,4 62,2 4,3 2,9 28,2
2002 1,5 55,1 3,6 6,4 33,5
1991 13,2 53,0 9,8 1,3 22,7
Sul 1996 9,0 58,2 7,7 3,3 21,8
2002 3,9 53,9 6,6 7,3 28,4
1991 13,4 53,8 13,8 2,0 17,1
Centro-Oeste 1996 9,2 62,4 4,8 2,4 21,1
2002 2,9 57,5 6,7 5,4 27,5
Fonte: MEC/Inep.
4,4
15,8 18,9 22,5
64,0
Superior Com Licenciatura
56,6
23
para 5,6% (2002); e Nordeste, de 27,7% (1996) para 5,1% (2002). Nas demais
regiões, o número de docentes com este nível de formação praticamente
acabou. No Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, o percentual está em um
nível muito baixo, chegando, no máximo, a 0,6%; podemos destacar a Região
Sudeste que, em 2002, registrou apenas 0,1% dos professores com esse nível
de formação.
24
2,8
18,3 17,4
26,4
Até Fundamental
0,9
Médio Com Magistério
5,7
Grau de Formação
Unidade Médio Superior
Ano Até
Geográfica Com Sem Sem Com
Fundamental
Magistério Magistério Licenciatura Licenciatura
1991 0,8 15,8 9,7 3,0 70,7
Brasil 1996 1,0 18,7 6,6 5,7 68,0
2002 0,3 18,9 5,6 6,9 68,3
1991 1,8 35,2 18,5 2,0 42,4
Norte 1996 2,1 43,4 11,2 6,0 37,3
2002 0,6 46,1 5,8 6,3 41,1
1991 1,6 36,3 13,2 2,2 46,8
Nordeste 1996 1,3 38,1 7,7 6,5 46,4
2002 0,4 37,6 6,7 6,9 48,4
1991 0,3 6,2 7,7 3,6 82,2
Sudeste 1996 0,7 8,1 5,2 5,5 80,6
2002 0,1 5,9 4,3 6,4 83,3
1991 0,7 9,7 7,3 2,4 79,8
Sul 1996 0,8 9,4 5,8 4,5 79,5
2002 0,4 7,6 5,7 8,3 78,0
1991 1,4 20,3 12,3 3,8 62,3
Centro-Oeste 1996 1,5 23,8 9,3 7,3 58,0
2002 0,4 22,5 8,2 7,2 61,7
Fonte: MEC/Inep.
25
0,8 0,3
15,8 18,9
Até Fundamental
3,0
Médio Sem Magistério
6,9
A Região Sudeste tem mais de 85% dos seus docentes de Ensino Médio
com nível de formação adequada. Na Região Norte observa-se que 15% dos
docentes, embora tenham curso superior, não são licenciados. Existem
diferenças bastante significativas entre regiões, Estados e municípios, o que
mostra que, assim como nas séries finais do Ensino Fundamental, é preciso
investir na formação dos docentes, em especial naquelas regiões do País e nas
áreas do conhecimento onde a carência é mais crítica.
26
Tabela 18 – Percentual de funções docentes que atuam no Ensino Médio por grau de
formação – Brasil e regiões – 1991-2002
Grau de Formação
Unidade Médio Superior
Ano Até
Geográfica Com Sem Sem Com
Fundamental
Magistério Magistério Licenciatura Licenciatura
1991 0,4 6,8 9,4 8,5 74,9
Brasil 1996 0,3 6,9 6,4 12,1 74,3
2002 0,1 5,2 5,4 10,3 79,0
1991 0,4 11,2 16,9 7,2 64,3
Norte 1996 0,4 13,0 7,2 16,2 63,2
2002 0,0 9,9 5,6 14,9 69,6
1991 0,8 18,8 13,0 7,8 59,7
Nordeste 1996 0,6 16,6 7,8 13,9 61,0
2002 0,1 12,2 7,7 13,3 66,7
1991 0,3 2,2 8,0 8,8 80,8
Sudeste 1996 0,2 2,8 5,4 11,7 80,0
2002 0,0 1,2 3,5 8,3 87,0
1991 0,2 2,7 6,8 8,3 82,0
Sul 1996 0,3 2,6 6,1 10,0 80,9
2002 0,1 2,2 5,9 10,7 81,0
1991 0,5 12,0 10,4 9,5 67,6
Centro-Oeste 1996 0,3 10,9 9,4 11,7 67,7
2002 0,1 11,5 9,1 9,2 70,1
Fonte: MEC/Inep.
27
à legislação posterior que aumentaram as exigências de formação mesmo para
os estabelecimentos isolados de ensino.
28
fundamental de 1ª a 4ª série, 63.928 oferecem exclusivamente turmas
multisseriadas. Essa predominância de organização exige que um mesmo
professor, além das atividades administrativas que caberiam a um diretor,
ministre, simultaneamente, aulas para diferentes séries.
Médio Completo
61,1
Superior Completo
82,9
29
No segundo ciclo do ensino fundamental (5ª a 8ª série), apesar de o quadro
revelado pelos números do Censo Escolar 2002 ser melhor do que o das séries
iniciais, observa-se que menos da metade dos docentes tem formação superior e,
como era de se esperar, com grandes diferenças regionais. Na zona urbana
praticamente 80% dos docentes têm curso superior.
0,2 0,8
20,7
Até Fundamental
42,4
Médio Completo
56,8
Superior Completo
79,1
30
Diante da maior complexidade do conteúdo programático do Ensino
Médio, refletido na especificidade das disciplinas, fica evidente a necessidade
da maior habilitação do professor. Mais uma vez observa-se a carência de
profissionais com formação adequada nas escolas rurais. Esse fato tem
repercussão na reduzida oferta desse nível de ensino na zona rural.
Ensino Médio
Brasil 0,1 0,2 10,4 21,8 89,5 78,0
Norte 0,0 - 15,3 19,3 84,6 80,7
Nordeste 0,1 0,1 19,4 34,0 80,5 65,9
Sudeste 0,0 - 4,7 7,1 95,3 92,9
Sul 0,1 0,1 8,0 13,0 91,8 86,9
Centro-Oeste 0,1 1,5 20,4 30,5 79,6 68,0
Fonte: MEC/Inep.
21,8
Até Fundamental
Médio Completo
Superior Completo
78,0
89,5
Gráfico 25 – Ensino Médio –
Gráfico 25 – Ensino Médio – Percentual de funções docentes
Percentual de funções docentes na localização urbana por grau de
na localização urbana por grau de formação – Brasil – 2002
formação – Brasil – 2002
Fonte: MEC/Inep.
Fonte: MEC/Inep.
31
continuada para os profissionais que já atuam na zona rural e políticas de
formação e melhoria das condições profissionais são tarefas que podem ser
fomentadas e implantadas pelo poder público para diminuir a distância entre o
meio urbano e o rural.
32
5. Indicadores de Remuneração, Gênero
e Formação Continuada
5.1 Os salários
33
Juiz
9 Médico
7 Advogado
Economista
5 Policial civil
Professor de E. Médio
3 Professor de 5ª a 8ª série
Professor de 1ª a 4ª série
R$ 900,00
R$ 800,00
R$ 700,00
R$ 600,00
R$ 500,00
R$ 400,00
R$ 300,00
R$ 200,00
R$ 100,00
R$ 0,00
Nordeste Norte Brasil Sul Centro- Sudeste
Oeste
34
administrador, técnico de nível superior no serviço público, policial civil, oficial
das Forças Armadas, economista, advogado e médico, que têm salários
médios de três a até sete vezes maiores do que o salário médio dos
profissionais de menor rendimento. No Brasil, médicos e advogados ganham,
em média, quatro vezes o que ganha um professor que atua nas séries finais
do ensino fundamental. Não se trata aqui da questão de quem deve ganhar
mais. A questão em foco é avaliar a magnitude da diferença entre os salários
desses profissionais, ambos com formação em nível superior. A profissão em
destaque é a de juiz, com um rendimento médio de quase 20 vezes o valor do
rendimento médio mensal do professor da educação infantil, por exemplo.
35
avaliados nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. Em conjunto
com as provas aplicadas aos alunos, são aplicados questionários para o diretor
da escola, professores de Matemática e Língua Portuguesa e para escola. A
última avaliação ocorreu em outubro de 2001.
36
100%
80%
60%
40%
20%
0%
4ª- EF 8ª - EF 3ª - EM 4ª- EF 8ª - EF 3ª - EM
37
Tabela 26 – Distribuição percentual dos professores por disciplina e série, segundo o
nível de pós-graduação e a unidade geográfica – Sistema de Avaliação da Educação
Básica – Saeb/2001
Disciplina
Unidade Pós-graduação do Língua Portuguesa Matemática
Geográfica Professor Série Série
a a a a a a
4 - EF 8 - EF 3 - EM 4 - EF 8 - EF 3 - EM
Extensão 2,8 4,6 2,8 2,6 2,7 5,3
Aperfeiçoamento 4,8 6,9 3,4 4,9 6,6 7,6
Brasil Especialização 22,7 34,9 38,7 22,9 36,3 33,0
Mestrado 0,7 1,8 4,2 0,8 1,4 1,7
Doutorado 0,1 0,1 0,3 0,1 0,0 0,2
Extensão 6,7 1,4 2,5 5,6 1,6 2,9
Aperfeiçoamento 2,3 3,5 3,5 2,9 10,1 13,4
Norte
Especialização 7,3 31,7 27,5 7,6 18,8 18,9
Mestrado 0,4 0,5 0,1 0,4 1,4 2,1
Extensão 3,7 1,6 2,9 3,6 3,3 4,3
Aperfeiçoamento 3,7 6,1 6,3 4,8 5,2 8,0
Nodeste
Especialização 14,6 30,3 36,2 14,9 31,7 31,9
Mestrado 0,5 1,0 2,8 0,6 1,5 0,4
Extensão 2,8 6,4 3,6 2,7 3,0 7,0
Aperfeiçoamento 5,1 8,9 3,0 4,8 8,4 7,3
Sudeste
Especialização 21,9 32,7 38,3 22,3 36,0 28,8
Mestrado 0,7 2,0 6,6 0,9 1,7 1,3
Extensão 1,3 6,4 1,2 0,3 1,1 2,1
Aperfeiçoamento 3,9 4,8 1,2 3,9 2,7 3,4
Sul
Especialização 34,2 45,1 66,6 34,2 52,2 57,2
Mestrado 1,5 3,5 2,6 1,1 0,6 3,7
Extensão 1,2 1,9 4,3 1,9 2,6 5,5
Aperfeiçoamento 9,1 4,7 5,6 8,9 4,6 10,9
Centro-Oeste Especialização 34,4 42,8 48,8 33,1 29,3 35,3
Mestrado 0,2 1,0 4,0 0,3 0,9 3,0
Fonte: MEC/Inep.
Nota: O percentual de professores com nível de doutorado somente foi computado, para o Brasil, devido a sua baixa ocorrência.
Norte
Centro-Oeste
Nordeste
Matemática
Brasil
Sudeste
Sul
Norte
Nordeste
Brasil Língua
Portuguesa
Sudeste
Centro-Oeste
Sul
38
A ampla maioria dos professores avaliados no Saeb nas três séries
pesquisadas alegou ter participado de, pelo menos, alguma atividade de
formação continuada nos últimos dois anos, conforme Tabela 27. Há uma
pequena tendência de queda de participação em atividades de formação
continuada, à medida que a série aumenta.
39
Tabela 28 – Proficiência média dos alunos por série e disciplina, segundo cursos de Pós-
graduação e formação continuada do professor – Sistema de Avaliação da Educação
Básica – Saeb/2001
Disciplina
Lingua Portuguesa Matemática
Capacitação
Série Série
a a a a a a
4 - EF 8 - EF 3 - EM 4 - EF 8 - EF 3 - EM
Fundamental incompleto
Fundamental completo
Outra Licenciatura
Pedagogia
Licenciatura na área
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Escala do Nível Socioeconômico
40
Tabela 29 – Distribuição percentual dos professores por escolaridade e série, segundo o
salário do professor – Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb/2001
a a a
4 - EF 8 - EF 3 - EM
Escolaridade Escolaridade Escolaridade
Salário do Professor
Fundamental Médio Superior Fundamental Médio Superior Fundamental Médio Superior
Até R$ 180 39,7 10,5 3,6 2,4 5,2 1,4 - 3,4 0,7
Entre R$ 280 e R$ 360 14,5 36,1 16,9 18,6 43,5 8,5 - 16,0 5,9
Entre R$ 360 e R$ 720 45,9 36,4 33,6 79,0 44,4 25,2 - 42,0 23,4
Entre R$ 720 e R$ 1.080 0,0 12,5 26,9 0,0 4,0 27,2 - 13,5 25,6
Entre R$ 1.080 e R$ 1.620 0,0 3,8 12,3 0,0 2,9 26,5 - 22,8 28,3
Entre R$ 1.620 e R$ 2.160 0,0 0,6 4,8 0,0 0,0 7,5 - 0,3 8,6
Entre R$ 2.160 e R$ 2.280 0,0 0,1 0,3 0,0 0,0 1,0 - 1,5 1,7
R$ 2.280 ou mais 0,0 0,0 1,2 0,0 0,0 2,7 - 0,6 5,7
Fonte: MEC/Inep.
O resultado deste fato é mostrado na Tabela 30, que aponta que há uma
relação forte entre a escolaridade do professor e o desempenho do aluno. Por
isso há que se tomar muito cuidado com as políticas que buscam vincular
prêmios e abonos para os docentes ao desempenho dos seus alunos em
testes padronizados. O risco é que sejam beneficiados exatamente aqueles
professores que já trabalham em melhores condições e com alunos que já
possuem uma melhor cultura escolar em função da melhor escolaridade dos
pais.
Tabela 30 – Proficiência média dos alunos por série e disciplina, segundo o grau de
formação do professor – Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb/2001
Disciplina
Grau de Formação do Língua Portuguesa Matemática
Professor Série Série
a a a a a a
4 - EF 8 - EF 3 - EM 4 - EF 8 - EF 3 - EM
41
42
6. Condições de Trabalho do Professor
43
Tabela 31 – Distribuição percentual dos professores por disciplina e série, segundo a
carga horária semanal e a unidade geográfica – Sistema de Avaliação da Educação
Básica – Saeb/2001
Disciplina
Unidade Carga Horária Língua Portuguesa Matemática
Geográfica Semanal Série Série
a a a a a a
4 - EF 8 - EF 3 - EM 4 - EF 8 - EF 3 - EM
44
Pela Tabela 32 fica evidente o caráter discriminatório de nosso sistema de
ensino quando percebemos que a rede privada trabalha com uma relação
alunos por turma bem menor que aquela da rede pública. Mais uma vez o
sistema educacional tende a reproduzir as desigualdades já existentes na
sociedade quando seria uma de suas funções minorá-las. Obviamente, o
professor quando atua na escola pública encontra também uma condição de
trabalho, no que se refere a este indicador, pior do que quando ministra aulas
no setor privado.
45
Tabela 34 – Distribuição do tamanho das turmas por nível de ensino
segundo categorias – Brasil – 2002
Nível de Ensino
Tamanho da Turma Ensino Fundamental Ensino
1ª a 4ª 5ª a 8ª Médio
46
7. Conclusão
47
As estatísticas mostram também que a docência na educação básica é
uma atividade majoritariamente feminina, o que implica que a questão de
gênero não pode ser ignorada como ocorre, mas incorporada como uma
variável importante nas políticas e nos estudos da área.
Outro elemento importante que este estudo mostra é que a metade dos
professores das áreas de Língua Portuguesa e Matemática, em especial nas
séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, assume jornadas de
trabalho acima de 30 horas semanais (um quinto acima de 40 horas). É evidente
que esta duração de jornada, que envolve, na prática o trabalho semanal com,
pelo menos, uma centena de alunos, compromete a qualidade do trabalho
docente e reflete-se no baixo índice de aproveitamento dos alunos. No mesmo
sentido os indicadores confirmam também uma elevada relação aluno por turma.
Constata-se que mais de 15% das turmas das séries iniciais do Ensino
Fundamental possuem mais de 30 alunos, assim como mais da metade das
turmas das séries finais deste mesmo nível de ensino. No Ensino Médio a
situação é mais crítica: um quinto das turmas possui mais de 40 alunos.
Mudar essa lógica significa mudar o papel da União, dos Estados e dos
municípios no financiamento da educação no País, significa repactuar a
federação. Hoje no Brasil, e o Fundef mostrou isso com clareza, os recursos
financeiros fornecidos pela vinculação constitucional não asseguram um
patamar mínimo de qualidade para a maioria das escolas brasileiras, assim
48
como não garantem um padrão mínimo de eqüidade entre as redes pública e
privada e entre as diferentes regiões do País.
1
Teixeira, 1950, citado por BASTOS, Zélia. Centro Educacional Carneiro Ribeiro: uma
experiência de educação integral em tempo integral de atividades. Bahia: Fundação
Anísio Teixeira, Secretaria da Educação da Bahia, Escola Parque, 2000.
49
50
Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas
Ministério
Educacionais Anísio Teixeira da Educação