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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS

CURSO DE MESTRADO
DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL

LUIS FERNANDO DA SILVA BARROS

O PAPEL DA CONTROLADORIA NA
ORGANIZAÇÃO: UM ENFOQUE NA EFICÁCIA
EMPRESARIAL

SÃO PAULO
NOVEMBRO DE 2010
LUIS FERNANDO DA SILVA BARROS

O PAPEL DA CONTROLADORIA NA ORGANIZAÇÃO: UM


ENFOQUE NA EFICÁCIA EMPRESARIAL

Trabalho de pesquisa da disciplina Estratégia e


Orçamento Empresarial do Programa de Estudos Pós-
Graduados em Ciências Contábeis e Financeiras da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC.

Orientador: Prof. Dr. Antonio Benedito Silva Oliveira

São Paulo
Novembro de 2010
RESUMO
No cenário econômico atual, é fundamental para a sobrevivência e o cumprimento da missão
das empresas a busca pela melhoria continua dos níveis de eficiência e eficácia empresarial.

O sistema empresa tem como principal missão a satisfação de uma necessidade externa,
utilizando para isso os recursos de seu meio ambiente externo, processando-os, e devolvendo-
os ao ambiente na forma de produtos e serviços. A empresa é considerada eficaz quando
consegue cumprir sua missão e garantir sua continuidade. O nível de eficácia da empresa pode
ser medido pelos resultados por ela alcançados, que estão relacionados com a eficiência com
que o sistema empresa adquire os recursos, transforma-os em produtos e serviços e entrega s
seus clientes. A controladoria, a cargo do controle e gestão econômica das organizações, tem
como principal missão otimizar o resultado da empresa, assegurando assim a continuidade e o
cumprimento de sua missão de forma eficiente, utilizando-se para isto dois instrumentos
fundamentais: Processo de Gestão e Sistemas de Informações.

As decisões tomadas nas fases do processo de gestão: planejamento estratégico, planejamento


operacional execução e controle devem levar a empresa ao cumprimento de sua missão de
forma eficiente, atingindo assim bons níveis de eficácia e garantindo sua sobrevivência.

Para que as decisões sejam tomadas são necessárias informações. Os sistemas de Informações
devem apoiar os gestores nas decisões em cada fase do processo de gestão

Este estudo tem como propósito apresentar o papel da controladoria na empresa, objetivando
mostrar sua importância na otimização da eficácia organizacional, e para isso encontrar
resposta para a seguinte questão: Qual o papel da controladoria na empresa e sua contribuição
na otimização da eficácia organizacional?

Para responder a questão central deste estudo, foi feito um levantamento bibliográfico a partir
materiais publicados na forma de livros e artigos disponíveis na internet.

Como conclusão o estudo apresentou a função principal da controladoria bem como


evidenciou a importância desta área em uma organização.

Palavras-chave: Controladoria, Orçamento, Processo de Gestão.


SUMÁRIO
..............................................................................................................................5

1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................5
1.2 – OBJETIVO DO TRABALHO............................................................................6

1.3 – PROBLEMA..................................................................................................6

1.4 – JUSTIFICATIVA.............................................................................................6

1.5 – MÉTODO DE PESQUISA...............................................................................7

1.6 – ESTRUTURA DO RELATÓRIO.......................................................................7

2 – REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................7
2.1 – A MISSÃO DA EMPRESA..............................................................................7

2.2 – EFICÁCIA EMPRESARIAL..............................................................................8

2.3 – SUBSISTEMAS EMPRESARIAIS.....................................................................9

2.6 – CONTROLADORIA...................................................................................12

2.6.2 – Funções da controladoria...................................................................13

3 – CONCLUSÃO.............................................................................................17

4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA........................................................17

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1: DIMENSÃO DE CONTROLE.............................................................................................15


1 – INTRODUÇÃO
No cenário econômico atual, é fundamental para a sobrevivência e o cumprimento da missão
das empresas a busca pela melhoria continua dos níveis de eficiência e eficácia empresarial.

O sistema empresa tem como principal missão a satisfação de uma necessidade externa, e para
isso este sistema utiliza os recursos de seu meio ambiente externo, processa-os, e devolve-os
ao mesmo ambiente na forma de produtos e serviços. Para cumprir sua missão e garantir sua
continuidade, a empresa deve ser eficaz. A eficácia da empresa pode ser medida pelo nível
dos resultados por ela alcançados, e estes resultados estão diretamente relacionados com a
eficiência com que o sistema empresa adquire os recursos do ambiente externo, transforma-os
em produtos e serviços e entrega s seus clientes.

Diante disso a controladoria, a cargo do controle e gestão econômica das organizações,


destaca sua importância, pois ela tem responsabilidade de subsidiar o processo de gestão de
modos a assegurar a continuidade e o cumprimento da missão das empresas de forma
eficiente.

Para Oliveira in Catelli (2001:173) “A controladoria tem as missões de viabilizar e otimizar a


aplicação dos conceitos de gestão econômica dentro da empresa e otimizar o resultado da
empresa”.

Para o desempenho de suas funções a controladoria ...”deve utilizar-se de dois instrumentos


fundamentais: Processo de Gestão e Sistemas de Informações” (Almeida et al in Catelli,
2001:351).

As decisões tomadas nas fases do processo de gestão: planejamento estratégico, planejamento


operacional execução e controle devem levar a empresa ao cumprimento de sua missão de
forma eficiente, atingindo assim bons níveis de eficácia e garantindo sua sobrevivência.

Para que as decisões sejam tomadas são necessárias informações. Os sistemas de Informações
devem apoiar os gestores nas decisões em cada fase do processo de gestão.

1.2 – OBJETIVO DO TRABALHO


Este estudo tem como propósito apresentar o papel da controladoria na empresa, objetivando
mostrar sua importância na otimização da eficácia organizacional.

1.3 – PROBLEMA
A fim de atender o objetivo proposto por este estudo, é importante encontrar resposta para a
seguinte questão: Qual o papel da controladoria na empresa e sua contribuição na otimização
da eficácia organizacional?

1.4 – JUSTIFICATIVA
Este estudo se mostra relevante, pois busca apresentar o papel da controladoria dentro da
organização a fim de evidenciar sua importância na otimização da eficácia empresarial.
1.5 – MÉTODO DE PESQUISA
Para responder a questão central deste estudo, é importante entendermos o conceito de
eficácia empresarial bem como o processo de gestão e sua relação com os sistemas de
informações. Este entendimento será feito através de um levantamento bibliográfico, a partir
materiais publicados na forma de livros e artigos disponíveis na internet.

1.6 – ESTRUTURA DO RELATÓRIO


O trabalho está estruturado em quatro seções: a primeira refere-se à Introdução, onde são
apresentadas as informações gerais deste estudo. Em seguida, na segunda seção, é apresentada
uma incursão teórica abordando: A Missão da Empresa, Eficácia Empresarial, Subsistemas
Empresariais, O Processo de Gestão, Sistemas de Informações, Controladoria. Na terceira
seção esta conclusão deste trabalho e por fim a quarta seção apresenta as referencias
bibliográfica.

2 – REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 – A MISSÃO DA EMPRESA
De acordo com a Teoria dos Sistemas, as empresas são caracterizadas com um sistema aberto,
o que significa que elas interagem com o ambiente em que estão inseridas e, dinâmico, pois
são capazes de modificar suas características através da realização de atividades.

Deste modo, as empresas como um sistema, aberto e dinâmico, assim com qualquer outro
sistema, necessitam de um objetivo comum a todos seus subsistemas a fim de manter sua
continuidade (sobrevivência). Este objetivo comum, que é a verdadeira razão de existência de
uma empresa, é a sua missão.

Guerreiro (1989:155) coloca a existência de “(...) um objetivo fundamental do sistema


empresa, que se constitui a razão de uma existência, que caracteriza e direciona o seu modo
de atuação, que independe das condições ambientais do momento, bem como de suas
condições internas, e assume um caráter permanente: é a sua missão”.

Para Padoveze (2007:25) “a missão da empresa visa comunicar internamente e externamente


o propósito da organização e do seu negocio. Ela deve ser breve e reunir em poucas palavras
as atividades da empresa, os mercados que quer atingir, os produtos e serviços que quer
fornecer à comunidade, sua diferenciação e seu papel em relação a seus concorrentes e às
principais conquistas que a empresa quer atingir”.
Kotler (1980:83) citado por Pereira in Catelli (2001:52) considera que a missão de uma
empresa se relaciona à satisfação de uma necessidade de seu ambiente externo: a decisão de
fazer determinado produto, ou prestar determinado serviço é um meio de satisfazer
necessidades do ambiente externo e, portanto, uma forma de sobrevivência e continuidade, ou
seja, de a empresa cumprir sua missão.

Para Pereira in Catelli (2001:52) “(...) a caracterização da missão de uma empresa é


fundamental para sua atuação eficaz, devendo mesmo partir da satisfação de necessidades
externas. Sob essa ótica, produtos e serviços devem ser considerados tão somente como”
meios “de que a empresa se utiliza para o atendimento dessas necessidades e,
conseqüentemente, para o cumprimento da missão”.

2.2 – EFICÁCIA EMPRESARIAL


Gibson et al. (1988:77) citado por Pereira in Catelli (2001:64) entendem que “do ponto de
vista da sociedade, a eficácia é o grau segundo o qual as organizações atingem suas missões,
metas e objetivos – dentro das restrições de recursos limitados”.

Estes autores colocam ainda que a eficiência esta relacionada ao processo pelo qual a
organização maximiza seus fins com o uso mínimo de recursos e que a consecução de fins
desejáveis é condição necessária para o desempenho eficaz, mas o uso eficiente de recursos é
uma condição necessária, mas não suficiente para a eficácia.

Pereira in Catelli (2001:66) coloca que “considerando que a missão da empresa constitui sua
razão de ser e decorre da satisfação de necessidades no ambiente externo, uma empresa pode
ser considera eficaz quando cumpre sua missão e, para esse propósito, deve garantir sua
continuidade (sobrevivência)”.

Para Bio (1985:20) citado por Pereira in Catelli (2001:65) “Eficácia diz respeito a resultados,
a produtos decorrentes de uma atividade qualquer. Trata-se da escolha da solução certa
para determinado problema ou necessidade. A eficácia é definida pela relação entre
relutados pretendidos/resultados obtidos. Uma empresa eficaz coloca no mercado o volume
pretendido do produto certo para determinada necessidade. Eficiência diz respeito a método,
a modo certo de fazer as coisas. É definida pela relação entre volumes produzidos/recursos
consumidos. Uma empresa eficiente é aquela que consegue o seu volume de produção com o
menor dispêndio possível de recursos”.
Assim sendo, uma empresa é considerada eficaz quando consegue cumprir sua missão
garantindo assim sua continuidade. Todavia, a empresa como um sistema aberto, que utiliza
os recursos do ambiente externo, processa-os e os devolve para este ambiente na forma de
produtos ou serviços para a satisfação de uma necessidade, deve operar de maneira eficiente.

2.2.1 – Mensuração da Eficácia Empresarial

Para que a empresa cumpra sua missão e conseqüentemente mantenha sua continuidade é
necessário seu equilíbrio com o ambiente externo e interno.

Como a eficácia esta relacionada com os resultados desejados/resultados obtidos, para a


mensuração da eficácia empresarial deve ser considerado um mecanismo que receba
informações do ambiente, de modos que possibilite seu ajuste em relação ao ambiente externo
e também em relação aos subsistemas que formam a empresa (ambiente interno), a fim de
assegura o equilíbrio.

Gibson et al. (1988:82) citado por Pereira in Catelli (2001:69) consideram o lucro como
medida de curto prazo para aferição da eficácia empresarial, juntamente com os critérios de
eficiência e de satisfação.

Para Pereira in Catelli (2001:69) “O modelo de gestão econômica é um é um modelo de


gerancial baseado em resultados econômicos, que busca a excelência empresarial e a
otimização do resultado econômico da empresa. Contempla, portanto, um modelo de
mensuração da eficácia da empresa, de modo a operacionalizar o conceito de eficácia no
dia-a-dia dos gestores. Ao se preocupar com a mensuração correta dos resultados da
empresa e propor instrumentos gerenciais voltado à promoção da eficácia empresarial,
modelo de gestão econômica estrutura e propõe o que denominamos de modelo econômico de
mensuração da eficácia que tem como indicador o resultado econômico”.

2.3 – SUBSISTEMAS EMPRESARIAIS

O sistema empresa é composto por subsistemas que se interagem com o objetivo comum de
cumprir a missão da empresa. Guerreiro (1989:165 ss) citado por Pereira in Catelli (2001:55)
identifica seis subsistemas como parte do sistema empresa: subsistema institucional,
subsistema físico, subsistema social, subsistema organizacional, subsistema de gestão e
subsistema de informações.
O subsistema institucional é formado pelas crenças, valor e expectativas dos empresários ou
acionistas que irão nortear os demais subsistemas da empresa para o cumprimento de sua
missão, alem de seu comportamento com o ambiente externo.

O subsistema físico compreende os moveis, instalações, maquinas, veículos, estoques etc. e os


processos físicos das operações que transforma os recursos em produtos e serviços que irão
satisfazer uma necessidade do ambiente externo.

O subsistema social está relacionado com as pessoas bem como suas características tais como:
necessidade, criatividade, objetivos pessoais, motivação etc.

O Subsistema organizacional trata da forma como são agrupadas as diversas atividades da


empresa em departamentos, dos níveis hierárquicos, das responsabilidades, ao grau de
descentralização das decisões e à delegação de autoridade.

O subsistema de gestão refere-se ao processo de gestão, que direciona as atividades da


empresa, assegurando que as decisões tomadas nas fases de planejamento, execução e
controle, a conduzam ao cumprimento de sua missão.

O subsistema de informação obtém os dados do ambiente interno e externo, processa-os, para


então gerar informações necessárias à execução e gestão das atividades da organização.

2.4 – O PROCESSO DE GESTÃO

O processo de gestão está inserido no subsistema de gestão e é norteado pelo modelo de


gestão organizacional. Assim como descrito anteriormente, ele deve garantir que as decisões
tomadas em suas fases de planejamento, execução e controle levem a empresa ao
cumprimento da missão, garantindo assim a adaptabilidade e equilíbrio da empresa com o
meio ambiente e conseqüentemente sua sobrevivência. Para essa finalidade o processo de
gestão deve utilizar-se, em cada uma de suas fase, as informações geradas pelo subsistema de
informações.

Crozatti coloca que: “A seqüência de decisões exigidas dos gestores em função das variáveis
ambientais e dos objetivos e metas determinados deve ser consistente, fundamentadas e
sistematizadas de forma lógica. Esta seqüência deve ser consubstanciada em um processo de
gestão que deve direcionar os esforços das áreas especialistas, no cumprimento da missão da
empresa”.

Este mesmo autor coloca ainda que:

“O processo de gestão consiste de uma série de processos ou subprocessos, que têm por
objetivo garantir que a empresa atinja uma situação objetivada, a partir da situação atual.
Após a concepção da empresa, do modelo de gestão, e identificação de sua missão, deve
haver o estabelecimento de planos de ação que englobem as áreas e atividades que serão
desenvolvidas”.

Pereira in Catelli (2001:58) cita que o processo de gestão deve:

• Ser estruturado com base na lógica do processo decisório (identificação, avaliação e


escolha de alternativas);
• Contemplar, analiticamente, as fase de planejamento, execução e controle das
atividades da empresa;
• Ser suportado por sistema de informações que subsidiem as decisões que ocorrem em
cada uma dessas fases.

Para Catelli et al. (2001:135) o processo de gestão econômica, orientado pelo modelo de
gestão econômica (GECON), pode ser entendido como composto das fases de planejamento,
execução e controle. A fase de planejamento pode ser dividida em planejamento estratégico,
planejamento operacional e ajustes de plano. A fase de execução pode ter um sistema de
custeio que mensure as transações a valores reais e valores-padrão, visando implementar a
preocupação com a eficiência e possibilitar medidas corretivas.

2.5 – SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

O processo de gestão constitui-se num processo decisório, onde são necessárias informações
que irão apoiar a tomada de decisão pelos gestores em todas as fases do processo de gestão. A
fim de assegurar que a empresa atinja seus objetivos e cumpra sua missão, o sistema de
informação deve ser integrado ao processo de gestão, assim, o sistema de informações irá
alimentar o processo de gestão com informações relativas ao ambiente externo e interno da
empresa para suportar o processo decisório e o controle empresarial.
Guerreiro (p.14) citado por Padoveze (2007:23) entende que “... os gestores têm uma grande
dependência do recurso ‘informação’. A informação é a matéria prima do processo decisório.
A informação útil é aquela que atende as necessidades especificas dos gestores, segundo as
áreas que atuam, operações que desenvolvem e conceitos que lhes façam sentido lógico”.

Pereira in Catelli (2001:61) coloca que os resultados desejados são alcançados por meio de
informações gerenciais e assim é necessário o desenvolvimento de sistemas de informações
gerenciais que garantam o suporte requerido à atuação gerencial preconizada.

Este mesmo autor coloca ainda que é necessário um subsistema de informação para cada fase
do processo de gestão.

2.6 – CONTROLADORIA

Segundo Lemes et al, a controladoria surgiu no início do século XX, para atender as novas
necessidades de geração de informações, permitindo as grandes corporações com diversas
subsidiarias e filiais no mundo, um controle central de todos os negócios e facilitando o
processo de tomada de decisões destas corporações.

Mosimann e Fisch (1999:99) conceituam a controladoria como o “conjunto de princípios,


procedimentos e métodos oriundos das ciências de Administração, Economia, Psicologia,
Estatística e principalmente Contabilidade, que se ocupa com a gestão econômica das
empresas com a finalidade de orientá-las para eficácia.”

Para Almeida et al. in Catelli (2001:344) a controladoria é uma evolução natural da


contabilidade, que tem como campo de atuação as organizações econômicas, caracterizadas
como sistemas abertos, que estão inseridos e interagem com outros sistemas num dado
ambiente.

Ainda segundo estes autores, para melhor compreensão da controladoria devemos dividi-la
em dois vértices, sendo que o primeiro como ramo do conhecimento responsável pelo
estabelecimento de toda base conceitual, e o segundo como órgão administrativo responsável
pela disseminação de conhecimento, modelagem e implantação de sistemas de informação.

Enquanto ramo do conhecimento, a controladoria é apoiada na Teoria da Contabilidade e


numa visão multidisciplinar, e tem como responsabilidade o estabelecimento das bases
teóricas e conceituais necessárias para a modelagem, construção e manutenção de sistemas de
informações e do modelo de gestão, que irão subsidiar os gestores nas tomadas de decisões
durante todas as fases do processo de gestão.

A controladoria como Unidade Administrativa, tem a responsabilidade pela coordenação e


disseminação da tecnologia de gestão dentro da organização e também é responsável pelo
direcionamento dos esforços dos demais gestores na otimização do resultado global da
empresa.

2.6.1 – Missão da controladoria

Crozatti entende que “A empresa vista sob o enfoque sistêmico pode ser definida como um
conjunto de áreas especialistas atuando através de forte interação na busca de cumprir um
objetivo permanente ou missão. Desta forma, cada elemento no sistema deve possuir uma
missão específica, que esteja consistente e necessária com a missão do sistema total”.

Este mesmo autor coloca ainda que a controladoria é responsável pela eficácia econômica do
sistema empresa e, desta maneira, ela tem a responsabilidade pela sinergia que deve haver
entre as áreas na busca da otimização do resultado econômico global.

Para Oliveira in Catelli (2001:173) a controladoria tem as missões de viabilizar e otimizar a


aplicação dos conceitos de gestão econômica dentro da empresa e otimizar o resultado da
empresa.

Riccio e Peters (1993) entendem “... como missão da Controladoria a coordenação de esforços
para que seja alcançada a sinergia que irá corresponder a um resultado global igual ou
superior à soma dos resultados individuais das áreas, garantindo o cumprimento da missão e
da continuidade da organização”.

Almeida et al. in Catelli (2001:346) entende que a missão da controladoria é assegurar a


otimização do resultado econômico da organização e para isso tem como objetivo: a
promoção da eficácia organizacional; a viabilização da gestão econômica; e a promoção da
integração das áreas de responsabilidade.

2.6.2 – Funções da controladoria

Para que a controladoria atinja seus objetivos e conseqüentemente cumpra sua missão, deve
desempenhar algumas funções que irão viabilizar o processo de gestão.
Para Almeida et al. in Catelli (2001:350) estas funções são:

• Subsidiar o processo de gestão:

A controladoria deve ajudar a adequação do processo de gestão à realidade da


empresa ao seu meio ambiente, bem como o efetivo apoio às fases do processo de
gestão, por meio de sistemas de informações que permitam simulações e projeções
sobre os eventos econômicos que irão suportar o processo de tomada de decisão.

• Apoiar a avaliação de desempenho:

A controladoria deve elaborar e analisar o desempenho das áreas, dos gestores e o


resultado global da empresa, bem como avaliar o seu próprio desempenho.

• Apoiar a avaliação de resultado:

Através da avaliação a controladoria estará analisando os resultados dos produtos e


serviços, monitorando e orientando o estabelecimento de padrões.

• Gerir os sistemas de informações:

Ao gerir os sistemas de informações a controladoria estará definindo a base de


dados viabilizando a informação necessária para a gestão; elaborando modelos de
decisão para suportar os gestores da organização; padronizando o modelo de
informação.

• Atender aos agentes do mercado:

Nesta função a controladoria estará analisando o impacto das legislações no


resultado econômico da empresa e atendendo os diversos agentes do mercado,
como representante legal ou apoiando o gestor responsável.

Beuren (2000) coloca que a atribuição da controladoria é dar suporte informacional em todas
as etapas do processo de gestão, com vistas a assegurar o conjunto de interesses da empresa,
na medida em que mantêm os gestores informados sobre os eventos passados, o
desempenho atual e os possíveis rumos da empresa.
Heckert e Wilson (1963) entendem que à controladoria não compete o comando do navio,
pois esta tarefa é do primeiro executivo; representa, entretanto, o navegador que cuida dos
mapas de navegação. É sua finalidade manter informado o comandante quanto à distância
percorrida, ao local em que se encontra, e à velocidade da embarcação, à resistência
encontrada, aos desvios da rota, aos recifes perigosos e aos caminhos traçados nos mapas,
para que o navio chegue ao destino.

Figueiredo & Caggiano (1997) entendem que o objetivo da controladoria é assegurar


informações adequadas ao processo decisório, contribuindo com os gestores na busca da
eficácia organizacional.

Para Willson, Anderson & Bragg (1995:22) que as funções básicas da controladoria são:

• Planejamento – Estabelecer e manter um plano integrado de operação consistente com


os objetivos da empresa.
• Controle – Desenvolver e revisar padrões para possibilitar a mensuração de
performance e fornecer apoio para os demais gestores visando a realização conforme
os padrões estabelecidos.
• Reporte – Preparar, analisar e interpretar os resultados financeiros para serem
utilizados pelos gestores na tomada de decisão, bem como preparar informações para
atender outros usuários como o governo, instituições financeiras, clientes etc.
• Contabilidade – Desenvolver, estabelecer e manter o sistema de contabilidade geral e
de custos em todos os níveis da organização.
• Outras responsabilidades primarias – Supervisionar as funções da impostos, manter o
relacionamento com a auditoria interna e externa, desenvolver e manter procedimentos
e outras funções atribuídas.

Para Nascimento e Reginato (2006) a controladoria pode exercer uma função muito
importante exercendo a função de controlar e de monitorar todo o processo organizacional.
Ela pode orientar os gestores através de informações por ela formatados, em seus relatórios,
para que sejam tomadas as melhores decisões. A figura abaixo mostra este entendimento:
Figura 1 – Dimensão de Controle

Fonte: Nascimento e Reginato (2006)

2.6.3 – Instrumentos da controladoria

Para Riccio e Peters (1993) “... a principal ferramenta da controladoria, nessa empreitada, é
o sistema de informações, não só pela geração de relatórios, mas pelo suprimento de dados
úteis capazes de balizar a atividade de Controle. A Controladoria, de posse dessas
informações poderá sintetizar o cenário mais apropriado do futuro e suas alternativas que o
futuro poderá apresentar visando sugerir o melhor direcionamento de esforços para o
período. Isso a faz importante não só no Controle, mas na elaboração de planos e
planejamento”.

Almeida et al. in Catelli (2001:351) coloca que, no contexto da gestão econômica, a


controladoria deve utilizar na execução de suas atividades dois instrumentos fundamentais:
Processo de Gestão e Sistemas de Informações.

Estes mesmo autores ressaltam ainda que o processo de gestão, definido conforme modelo de
gestão, será voltado para a otimização do resultado econômico e para isso deve estar apoiado
pelos sistemas de informações.
3 – CONCLUSÃO
A controladoria tem como missão assegurar a otimização da eficácia organizacional, através
de sua contribuição na formação de um modelo de gestão e na modelagem de um sistema de
informações integrado ao processo de gestão, que irá subsidiar as decisões dos gestores no
planejamento, execução e controle das atividades que levarão a organização a uma situação
objetivada. Assim, a controladoria também deveria influenciar os gestores para que suas
decisões levem ao resultado econômico mais eficiente e, buscar a sinergia e direcionar os
esforços das demais áreas da organização visando otimizar o resultado da organização.

Diante disso, a fim de responder a questão central desta pesquisa, colocamos que é evidente a
importância da controladoria em uma organização para que ela cumpra sua missão de maneira
eficiente, principalmente no cenário econômico atual, marcado por diversos fatores, como a
competitividade e globalização, que dificultam a sobrevivência das empresas.

4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
CATELLI, Armando; et al. Sistema de Gestão Econômica - GECON. In: Controladoria: uma
abordagem da gestão econômica - GECON. Armando Catelli (coordenador). São Paulo:
Atlas, 2001.

MOSIMANN, Clara P.; FISCH, Sílvio. Controladoria: seu papel na administração de


empresas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

WILLSON, James D.; ROEHL-ANDERSON, Janice M.; BRAGG, Steven M. Controllership


– the work of the managerial accounting. 5. ed. New York: John Wiley, 1995.

HECKERT, J. B. e WILLSON, J. D. - Controllership. Ronald Press, 2ª. ed., New York: 1963.

BEUREN, I. M. O papel da controladoria no processo de gestão. In: SCHIMIDT, Paulo


(organizador). Controladoria: agregando valor para a empresa. Porto Alegre: Bookman,
2002.

PADOVEZE, C. L. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura e aplicação.


São Paulo: Thomson, 2003.

FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, Paulo C. Controladoria: teoria e prática. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 1997.

RICCIO, E. L. e PETERS, Marcos R. S. Novos paradigmas para a função controladoria.


Trabalho apresentado no 17#Encontro Anual da ANPAD setembro/1993-Salvador/BA

LEMES, Sirlei; et al. O Papel da Controladoria no Processo de Gestão em empresas de grande


porte da cidade de Uberlândia.
NASCIMENTO, Auster M. e REGINATO, Luciane. Controladoria: Um Enfoque na Eficácia
Organizacional. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2006.

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