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CURSO DE MESTRADO
DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL
O PAPEL DA CONTROLADORIA NA
ORGANIZAÇÃO: UM ENFOQUE NA EFICÁCIA
EMPRESARIAL
SÃO PAULO
NOVEMBRO DE 2010
LUIS FERNANDO DA SILVA BARROS
São Paulo
Novembro de 2010
RESUMO
No cenário econômico atual, é fundamental para a sobrevivência e o cumprimento da missão
das empresas a busca pela melhoria continua dos níveis de eficiência e eficácia empresarial.
O sistema empresa tem como principal missão a satisfação de uma necessidade externa,
utilizando para isso os recursos de seu meio ambiente externo, processando-os, e devolvendo-
os ao ambiente na forma de produtos e serviços. A empresa é considerada eficaz quando
consegue cumprir sua missão e garantir sua continuidade. O nível de eficácia da empresa pode
ser medido pelos resultados por ela alcançados, que estão relacionados com a eficiência com
que o sistema empresa adquire os recursos, transforma-os em produtos e serviços e entrega s
seus clientes. A controladoria, a cargo do controle e gestão econômica das organizações, tem
como principal missão otimizar o resultado da empresa, assegurando assim a continuidade e o
cumprimento de sua missão de forma eficiente, utilizando-se para isto dois instrumentos
fundamentais: Processo de Gestão e Sistemas de Informações.
Para que as decisões sejam tomadas são necessárias informações. Os sistemas de Informações
devem apoiar os gestores nas decisões em cada fase do processo de gestão
Este estudo tem como propósito apresentar o papel da controladoria na empresa, objetivando
mostrar sua importância na otimização da eficácia organizacional, e para isso encontrar
resposta para a seguinte questão: Qual o papel da controladoria na empresa e sua contribuição
na otimização da eficácia organizacional?
Para responder a questão central deste estudo, foi feito um levantamento bibliográfico a partir
materiais publicados na forma de livros e artigos disponíveis na internet.
1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................5
1.2 – OBJETIVO DO TRABALHO............................................................................6
1.3 – PROBLEMA..................................................................................................6
1.4 – JUSTIFICATIVA.............................................................................................6
2 – REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................7
2.1 – A MISSÃO DA EMPRESA..............................................................................7
2.6 – CONTROLADORIA...................................................................................12
3 – CONCLUSÃO.............................................................................................17
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA........................................................17
ÍNDICE DE FIGURAS
O sistema empresa tem como principal missão a satisfação de uma necessidade externa, e para
isso este sistema utiliza os recursos de seu meio ambiente externo, processa-os, e devolve-os
ao mesmo ambiente na forma de produtos e serviços. Para cumprir sua missão e garantir sua
continuidade, a empresa deve ser eficaz. A eficácia da empresa pode ser medida pelo nível
dos resultados por ela alcançados, e estes resultados estão diretamente relacionados com a
eficiência com que o sistema empresa adquire os recursos do ambiente externo, transforma-os
em produtos e serviços e entrega s seus clientes.
Para que as decisões sejam tomadas são necessárias informações. Os sistemas de Informações
devem apoiar os gestores nas decisões em cada fase do processo de gestão.
1.3 – PROBLEMA
A fim de atender o objetivo proposto por este estudo, é importante encontrar resposta para a
seguinte questão: Qual o papel da controladoria na empresa e sua contribuição na otimização
da eficácia organizacional?
1.4 – JUSTIFICATIVA
Este estudo se mostra relevante, pois busca apresentar o papel da controladoria dentro da
organização a fim de evidenciar sua importância na otimização da eficácia empresarial.
1.5 – MÉTODO DE PESQUISA
Para responder a questão central deste estudo, é importante entendermos o conceito de
eficácia empresarial bem como o processo de gestão e sua relação com os sistemas de
informações. Este entendimento será feito através de um levantamento bibliográfico, a partir
materiais publicados na forma de livros e artigos disponíveis na internet.
2 – REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 – A MISSÃO DA EMPRESA
De acordo com a Teoria dos Sistemas, as empresas são caracterizadas com um sistema aberto,
o que significa que elas interagem com o ambiente em que estão inseridas e, dinâmico, pois
são capazes de modificar suas características através da realização de atividades.
Deste modo, as empresas como um sistema, aberto e dinâmico, assim com qualquer outro
sistema, necessitam de um objetivo comum a todos seus subsistemas a fim de manter sua
continuidade (sobrevivência). Este objetivo comum, que é a verdadeira razão de existência de
uma empresa, é a sua missão.
Estes autores colocam ainda que a eficiência esta relacionada ao processo pelo qual a
organização maximiza seus fins com o uso mínimo de recursos e que a consecução de fins
desejáveis é condição necessária para o desempenho eficaz, mas o uso eficiente de recursos é
uma condição necessária, mas não suficiente para a eficácia.
Pereira in Catelli (2001:66) coloca que “considerando que a missão da empresa constitui sua
razão de ser e decorre da satisfação de necessidades no ambiente externo, uma empresa pode
ser considera eficaz quando cumpre sua missão e, para esse propósito, deve garantir sua
continuidade (sobrevivência)”.
Para Bio (1985:20) citado por Pereira in Catelli (2001:65) “Eficácia diz respeito a resultados,
a produtos decorrentes de uma atividade qualquer. Trata-se da escolha da solução certa
para determinado problema ou necessidade. A eficácia é definida pela relação entre
relutados pretendidos/resultados obtidos. Uma empresa eficaz coloca no mercado o volume
pretendido do produto certo para determinada necessidade. Eficiência diz respeito a método,
a modo certo de fazer as coisas. É definida pela relação entre volumes produzidos/recursos
consumidos. Uma empresa eficiente é aquela que consegue o seu volume de produção com o
menor dispêndio possível de recursos”.
Assim sendo, uma empresa é considerada eficaz quando consegue cumprir sua missão
garantindo assim sua continuidade. Todavia, a empresa como um sistema aberto, que utiliza
os recursos do ambiente externo, processa-os e os devolve para este ambiente na forma de
produtos ou serviços para a satisfação de uma necessidade, deve operar de maneira eficiente.
Para que a empresa cumpra sua missão e conseqüentemente mantenha sua continuidade é
necessário seu equilíbrio com o ambiente externo e interno.
Gibson et al. (1988:82) citado por Pereira in Catelli (2001:69) consideram o lucro como
medida de curto prazo para aferição da eficácia empresarial, juntamente com os critérios de
eficiência e de satisfação.
O sistema empresa é composto por subsistemas que se interagem com o objetivo comum de
cumprir a missão da empresa. Guerreiro (1989:165 ss) citado por Pereira in Catelli (2001:55)
identifica seis subsistemas como parte do sistema empresa: subsistema institucional,
subsistema físico, subsistema social, subsistema organizacional, subsistema de gestão e
subsistema de informações.
O subsistema institucional é formado pelas crenças, valor e expectativas dos empresários ou
acionistas que irão nortear os demais subsistemas da empresa para o cumprimento de sua
missão, alem de seu comportamento com o ambiente externo.
O subsistema social está relacionado com as pessoas bem como suas características tais como:
necessidade, criatividade, objetivos pessoais, motivação etc.
Crozatti coloca que: “A seqüência de decisões exigidas dos gestores em função das variáveis
ambientais e dos objetivos e metas determinados deve ser consistente, fundamentadas e
sistematizadas de forma lógica. Esta seqüência deve ser consubstanciada em um processo de
gestão que deve direcionar os esforços das áreas especialistas, no cumprimento da missão da
empresa”.
“O processo de gestão consiste de uma série de processos ou subprocessos, que têm por
objetivo garantir que a empresa atinja uma situação objetivada, a partir da situação atual.
Após a concepção da empresa, do modelo de gestão, e identificação de sua missão, deve
haver o estabelecimento de planos de ação que englobem as áreas e atividades que serão
desenvolvidas”.
Para Catelli et al. (2001:135) o processo de gestão econômica, orientado pelo modelo de
gestão econômica (GECON), pode ser entendido como composto das fases de planejamento,
execução e controle. A fase de planejamento pode ser dividida em planejamento estratégico,
planejamento operacional e ajustes de plano. A fase de execução pode ter um sistema de
custeio que mensure as transações a valores reais e valores-padrão, visando implementar a
preocupação com a eficiência e possibilitar medidas corretivas.
O processo de gestão constitui-se num processo decisório, onde são necessárias informações
que irão apoiar a tomada de decisão pelos gestores em todas as fases do processo de gestão. A
fim de assegurar que a empresa atinja seus objetivos e cumpra sua missão, o sistema de
informação deve ser integrado ao processo de gestão, assim, o sistema de informações irá
alimentar o processo de gestão com informações relativas ao ambiente externo e interno da
empresa para suportar o processo decisório e o controle empresarial.
Guerreiro (p.14) citado por Padoveze (2007:23) entende que “... os gestores têm uma grande
dependência do recurso ‘informação’. A informação é a matéria prima do processo decisório.
A informação útil é aquela que atende as necessidades especificas dos gestores, segundo as
áreas que atuam, operações que desenvolvem e conceitos que lhes façam sentido lógico”.
Pereira in Catelli (2001:61) coloca que os resultados desejados são alcançados por meio de
informações gerenciais e assim é necessário o desenvolvimento de sistemas de informações
gerenciais que garantam o suporte requerido à atuação gerencial preconizada.
Este mesmo autor coloca ainda que é necessário um subsistema de informação para cada fase
do processo de gestão.
2.6 – CONTROLADORIA
Segundo Lemes et al, a controladoria surgiu no início do século XX, para atender as novas
necessidades de geração de informações, permitindo as grandes corporações com diversas
subsidiarias e filiais no mundo, um controle central de todos os negócios e facilitando o
processo de tomada de decisões destas corporações.
Ainda segundo estes autores, para melhor compreensão da controladoria devemos dividi-la
em dois vértices, sendo que o primeiro como ramo do conhecimento responsável pelo
estabelecimento de toda base conceitual, e o segundo como órgão administrativo responsável
pela disseminação de conhecimento, modelagem e implantação de sistemas de informação.
Crozatti entende que “A empresa vista sob o enfoque sistêmico pode ser definida como um
conjunto de áreas especialistas atuando através de forte interação na busca de cumprir um
objetivo permanente ou missão. Desta forma, cada elemento no sistema deve possuir uma
missão específica, que esteja consistente e necessária com a missão do sistema total”.
Este mesmo autor coloca ainda que a controladoria é responsável pela eficácia econômica do
sistema empresa e, desta maneira, ela tem a responsabilidade pela sinergia que deve haver
entre as áreas na busca da otimização do resultado econômico global.
Riccio e Peters (1993) entendem “... como missão da Controladoria a coordenação de esforços
para que seja alcançada a sinergia que irá corresponder a um resultado global igual ou
superior à soma dos resultados individuais das áreas, garantindo o cumprimento da missão e
da continuidade da organização”.
Para que a controladoria atinja seus objetivos e conseqüentemente cumpra sua missão, deve
desempenhar algumas funções que irão viabilizar o processo de gestão.
Para Almeida et al. in Catelli (2001:350) estas funções são:
Beuren (2000) coloca que a atribuição da controladoria é dar suporte informacional em todas
as etapas do processo de gestão, com vistas a assegurar o conjunto de interesses da empresa,
na medida em que mantêm os gestores informados sobre os eventos passados, o
desempenho atual e os possíveis rumos da empresa.
Heckert e Wilson (1963) entendem que à controladoria não compete o comando do navio,
pois esta tarefa é do primeiro executivo; representa, entretanto, o navegador que cuida dos
mapas de navegação. É sua finalidade manter informado o comandante quanto à distância
percorrida, ao local em que se encontra, e à velocidade da embarcação, à resistência
encontrada, aos desvios da rota, aos recifes perigosos e aos caminhos traçados nos mapas,
para que o navio chegue ao destino.
Para Willson, Anderson & Bragg (1995:22) que as funções básicas da controladoria são:
Para Nascimento e Reginato (2006) a controladoria pode exercer uma função muito
importante exercendo a função de controlar e de monitorar todo o processo organizacional.
Ela pode orientar os gestores através de informações por ela formatados, em seus relatórios,
para que sejam tomadas as melhores decisões. A figura abaixo mostra este entendimento:
Figura 1 – Dimensão de Controle
Para Riccio e Peters (1993) “... a principal ferramenta da controladoria, nessa empreitada, é
o sistema de informações, não só pela geração de relatórios, mas pelo suprimento de dados
úteis capazes de balizar a atividade de Controle. A Controladoria, de posse dessas
informações poderá sintetizar o cenário mais apropriado do futuro e suas alternativas que o
futuro poderá apresentar visando sugerir o melhor direcionamento de esforços para o
período. Isso a faz importante não só no Controle, mas na elaboração de planos e
planejamento”.
Estes mesmo autores ressaltam ainda que o processo de gestão, definido conforme modelo de
gestão, será voltado para a otimização do resultado econômico e para isso deve estar apoiado
pelos sistemas de informações.
3 – CONCLUSÃO
A controladoria tem como missão assegurar a otimização da eficácia organizacional, através
de sua contribuição na formação de um modelo de gestão e na modelagem de um sistema de
informações integrado ao processo de gestão, que irá subsidiar as decisões dos gestores no
planejamento, execução e controle das atividades que levarão a organização a uma situação
objetivada. Assim, a controladoria também deveria influenciar os gestores para que suas
decisões levem ao resultado econômico mais eficiente e, buscar a sinergia e direcionar os
esforços das demais áreas da organização visando otimizar o resultado da organização.
Diante disso, a fim de responder a questão central desta pesquisa, colocamos que é evidente a
importância da controladoria em uma organização para que ela cumpra sua missão de maneira
eficiente, principalmente no cenário econômico atual, marcado por diversos fatores, como a
competitividade e globalização, que dificultam a sobrevivência das empresas.
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
CATELLI, Armando; et al. Sistema de Gestão Econômica - GECON. In: Controladoria: uma
abordagem da gestão econômica - GECON. Armando Catelli (coordenador). São Paulo:
Atlas, 2001.
HECKERT, J. B. e WILLSON, J. D. - Controllership. Ronald Press, 2ª. ed., New York: 1963.
FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, Paulo C. Controladoria: teoria e prática. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 1997.