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ASPECTOS PEDAGÓGICOS NO ENSINO DO

EMPREENDEDORISMO

Denise Elizabeth Hey David, MSc. *


Marcus Vinícius Roveda, Mestrando **
Rosânio Bortolato Redivo, Mestrando ***
Fernando Álvaro Ostuni Gauthier, Dr. ****
Nelson Colossi, Dr. ****
Ana Maria Bencciveni Franzoni, Dra ****
* Professora do Departamento Acadêmico de Eletrônica CEFET-PR/DAELN
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção – UFSC
Campus Universitário, Engenharia de Produção e Sistemas, Trindade, 88040-970, Florianópolis, SC
deniseehd@yahoo.com
** Veterinário e supervisor de produção da Perdigão Agro-industrial S/A – Criciúma, SC
roveda@cri.matrix.com.br
*** Contabilista e professor do Centro de Ciências Contábeis - Unisul – Campus de Araranguá.
rredivo@tro.matrix.com.br
**** Professor (a) do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas – EPS-UFSC
gauthier@ene.ufsc.br , colossi@cse.ufsc.br, afranzoni@hostbr.com.br

“O sonho pelo qual brigo exige que eu invente em mim


a coragem de lutar ao lado da coragem de amar”.
Paulo Freire

RESUMO

O Modo de pensar e aprender esta passando por


alterações profundas devido as mudanças
organizacionais, tecnológicas, econômicas, sociais e
culturais. Por isso, este artigo, além de conceituar
Empreendedorismo e empreendedores, apresenta alguns
aspectos pedagógicos do ensino do empreendedorismo,
defendendo a idéia de que o aluno deve ser agente ativo
e o centro do processo de aprendizagem. Diferencia o
ensino como reprodução e como produção do
conhecimento. Discute a abordagem pedagógica
enfatizada na formação de empreendedores, onde os
professores empreendedores, além de se
preocuparem com a formação integral dos seus
alunos, devem considerar as suas aptidões
individuais, isto é, suas múltiplas inteligências, e
trabalhar no sentido de aprimorá-las e desenvolve-
las.

PALAVRAS-CHAVE: empreendedorismo, ensino, aspectos pedagógicos.


INTRODUÇÃO

A situação da educação formal está sendo considerada crítica no mundo


atual. Tanto métodos quanto objetivos e finalidade da escola estão
sendo questionados porque a proposta do ensino não corresponde aos
anseios e necessidades de alunos, pais e sociedade.
Em contrapartida, novos caminhos estão sendo galgados por
profissionais da área que, preocupados com o “perfil de homem" para o
próximo milênio, procuram metodologias e posicionamentos que
superem as dificuldades encontradas no ensino contemporâneo.
O ensino tradicional baseia-se numa ciência lógica e racional, onde o
processo de ensino centra-se na figura do professor como único
detentor do saber, cabendo aos alunos apenas a assimilação de
conhecimentos sistematizados. Com a evolução da sociedade tal prática
de ensino está sendo cada vez mais criticada, surgindo novas propostas
pedagógicas centradas no aluno como agente ativo no processo ensino e
aprendizagem.
As mudanças organizacionais, tecnológicas, econômicas, culturais e
sociais sugerem que a educação também transforme seu modo de pensar
e aprender o mundo. Desta forma, a sociedade está vivenciando um
novo paradigma no setor educacional.
Vivemos mais do que nunca na era da informação. As organizações
modernas, assim como as escolas, funcionam em ambientes vastamente
alternados. A educação formal, por muitos anos estava mais voltada
para a certeza do que ocorreu no passado do que para o futuro provável.
Doravante as pessoas (professores e alunos) terão que aprender a
aprender, em lugar de repetir as lições já aprendidas. O recurso da
informação como fonte de poder e inovação é determinante.
Porém temos que analisar sob qual aspecto. Qualitativo ou quantitativo?
O sistema formal de informação, em geral, dá muito maior valor ao
aspecto quantitativo e muito pouco, ou quase nada, ao qualitativo. A
comunicação deve ser uma condição de eficiência e eficácia nas
escolas. Nunca conseguiremos, ao nosso modo de ver, implantar alguma
coisa de importante, sem uma boa comunicação. Os ensinamentos
proferidos pelos professores devem ser antes de tudo, entendidos e
consequentemente apreendidos, pois os alunos precisam conhecer a
direção ao tomar conhecimento desta realidade.
Esta “nova realidade” obriga a que as escolas avaliem o quanto de
trabalho e mudança deve ser feito, a partir de sua cultura, passando
pela sistematização de novos procedimentos e pelo aprimoramento do
relacionamento interpessoal entre alunos e professores.
Para que o relacionamento seja eficaz, isto é, capaz de gerar o espírito
de equipe que otimize a força humana para a busca do saber, ele deve
ser profundo. A frieza do relacionamento formal existente entre
professores e alunos em nossas salas de aula não leva a nada. A base
deste relacionamento deve estar fundamentada em princípios éticos
corretos, sem dissimulações, meias verdades, falsidades, hipocrisias e
manipulações.
A qualidade das relações é que garante um não desvio das energias
criadoras, favorecendo, ao contrário, o imprescindível para a escola: a
produção do saber. Conseqüentemente, a estratégia didática do
professor hoje deve ser selecionada de tal forma que a escolha dos
métodos e meios instrucionais estejam estruturados para produzir um
aprendizado efetivo dos seus alunos.

EMPREENDEDORISMO

Antes de apresentarmos alguns aspectos pedagógicos no ensino do


empreendedorismo faz-se necessária uma breve conceituação deste
campo de estudo.
Primeiramente, o que é empreendedorismo? E empreendedor?
Não existe uma definição formal destes termos como encontramos na
Física ou na Matemática. Há um grande número de pesquisadores de
empreendedorismo, desde administradores até psicólogos, e cada um
deles tem uma visão própria destes conceitos, pertinente com suas áreas
de origem.
Segundo Barreto (1998) “Empreendedorismo é a habilidade de criar e
constituir algo a partir de muito pouco ou de quase nada.
Fundamentalmente, o empreender é um ato criativo. É a concentração de
energia no iniciar e continuar um empreendimento. É o desenvolver de
uma organização em oposição a observá-la, analisá-la ou descreve-la.
Mas é também a sensibilidade individual para perceber uma
oportunidade quando outros enxergam caos, contradição e confusão. É o
possuir de competências para descobrir e controlar recursos aplicando-
os de forma produtiva.”
O empreendedor é a “Pessoa que transforma sonhos em realidade”,
Pinchot (1989). “Uma pessoa que imagina, desenvolve e concretiza
visões”, de acordo com Filion (1999). E segundo Drucker (1986): “O
empreendedor é aquele que pratica a inovação sistematicamente. Busca
as fontes de inovação e cria oportunidades”.
Segundo a psicóloga Vera Pati (Pati, 1995) “O empreendedor bem-
sucedido é uma pessoa como qualquer outra, cujas características de
personalidade e talentos preenchem um padrão determinado, que o leva
a agir de tal forma que chega ao sucesso, realizando seus sonhos e
alcançando seus objetivos. Ele é, portanto, uma pessoa que busca
realização e é auto-orientado para atingir metas próprias”.
Podemos perceber nessas definições alguns pontos comuns: transformar
sonhos em realidade, ser inovador e apresentar um conjunto de
características. Assim, definimos o Empreendedor como sendo um ser
criativo que transforma seus sonhos em realidade empregando um
conjunto de habilidades e competências.
A questão que agora se apresenta é: podemos aprender a ser
empreendedores? O Empreendedorismo pode ser ensinado?
Um dos aspectos fundamentais discutidos no empreendedorismo é que
todas as pessoas podem desenvolver as características, competências e
habilidades para ser um empreendedor de sucesso. Desta forma, a
resposta para ambas às questões acima é: SIM!
Dentre as diversas características, citadas pelos pesquisadores da área,
que o empreendedor de sucesso deve ter ou tem que desenvolver ou
aprimorar, podemos destacar: criatividade, liderança, capacidade de
correr riscos, comprometimento, busca por qualidade e eficiência,
otimismo, persistência, flexibilidade, auto confiança, busca de
oportunidades, iniciativa e cooperação, entre tantas outras.
Consequentemente, para o desenvolvimento da cultura empreendedora
há a necessidade da formação de estudantes que sejam mais autônomos,
mais criativos, capazes de liderar e com visão ampla da sociedade.
Programas de ensino que contemplem o desenvolvimento interpessoal e
intrapessoal, além da geração de idéias, negociação, desenvolvimento
estratégico, desenvolvimento de produtos, tomada de decisões e
resolução de problemas.
Tal circunstância demanda um conjunto de inter-relações, onde o
professor tem papel fundamental, exigindo nova postura e metodologia
de ensino onde deverá dedicar a seus estudantes mais tempo que o usual
e ser um facilitador do processo de produção do conhecimento. Caberá a
ele também ser empreendedor, para desenvolver e propor novos cursos,
programas e pesquisas.

RELAÇÃO ESCOLA, SOCIEDADE E EMPREENDEDORISMO

As escolas trabalham no sentido de preparar pessoas para a sociedade.


Os meios de comunicação exercem sobre a sociedade em geral, grande
influencia, seja simplesmente fornecendo informação ou mesmo
alterando alguns conceitos e valores. Portanto a escola tem um papel de
grande importância intermediando essas informações no momento em
que elas acontecem. Isso requer que as escolas acompanhem com a
mesma velocidade as mudanças que ocorrem na sociedade global.
O sucesso de uma empresa esta diretamente ligado ao comprometimento
de seus funcionários, e a maioria delas necessitam de seres inovadores.
Pois um funcionário poderá ser um gênio, altamente criativo, mas se ele
não estiver comprometido com a empresa, não haverá inovação.
Segundo Pinchot III (1989) “inovação não quer dizer invenção,
invenção é o ato de gênio ao criar algo potencialmente útil. Em
inovação isso é apenas o começo. Quando a invenção é feita, a segunda
metade da inovação começa: transformar, implementar e desenvolver”.
Portanto, as empresas buscam pessoas que criam, inovam e participam
individualmente ou em equipes dos processos decisórios, no sentido de
tornar a empresa mais competitiva no mercado globalizado. Os efeitos
da globalização obrigam as empresas a serem competitivas numa
dimensão muito maior, por isso os profissionais são desafiados dia a
dia no sentido de serem inovadores e criativos a fim de reduzirem
custos, aumentar a qualidade e produtividade dos produtos e serviços,
enfim colocar no mercado produtos ou serviços que atendam melhor, em
todos os aspectos os clientes. Por isso não basta que apenas o
empresário ou dono do negócio seja um empreendedor, as pessoas que
trabalham nas organizações devem ser e agir também como
empreendedores.
Desta forma, para o efetivo desenvolvimento de uma cultura
empreendedora em nossa sociedade é necessário que a escola repense a
formação de seus jovens. Teremos empresas empreendedoras, pais
empreendedores, cidadãos empreendedores apenas se as escolas e a
sociedade trabalharem juntas neste processo.

ABORDAGENS PEDAGÓGICAS

O ensino, segundo a concepção da Pedagogia Tradicional, é baseado na


memorização e o aluno é entendido como um sujeito passivo, que recebe
uma série de informações prontas. Isto é, o aluno é um mero receptor
das verdades universais que lhe são transmitidas, cabendo ao professor
expor e demonstrar estas verdades.
Na Pedagogia Moderna, em lugar de ser apenas transmitido, o
conhecimento é elaborado (construído) pelo professor e seus alunos. O
professor é o “facilitador” ou mediador deste processo de aprendizado.
Assim, nesta corrente pedagógica, o professor age como um estimulador
e orientador da aprendizagem, cuja iniciativa principal cabe aos
próprios alunos.
Rogers (1977) apresenta dez afirmativas que traduzem sua concepção
sobre aprendizagem e reforçam a importância de um processo de ensino
e aprendizagem centrado no aluno. São elas:
1. Os seres humanos têm natural potencialidade de aprender.
2. Aprendizagem significativa verifica-se quando o estudante percebe
que a matéria a estudar se relaciona com seus próprios objetivos.
3. A aprendizagem que envolve mudança na organização de cada um -
na percepção de si mesmo - é ameaçadora e tende a suscitar reações.
4. As aprendizagens que ameaçam o próprio ser são mais facilmente
percebidas e assimiladas.
5. Quando é fraca a ameaça ao "eu", pode-se perceber a experiência sob
formas diversas, e a aprendizagem ser levada a efeito.
6. É por meio de atos que se adquire aprendizagem mais significativa.
7. A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa
responsavelmente do seu processo.
8. A aprendizagem auto-iniciada, que envolve toda a pessoa do
aprendiz, seus sentimentos, tanto quanto sua inteligência, é a mais
durável e impregnante.
9. A independência, a criatividade e a autoconfiança são facilitadas,
quando a autocrítica e a auto-apreciação são básicas e a avaliação feita
por outros tem importância secundária.
10. A aprendizagem socialmente mais útil, no mundo moderno, é a do
próprio processo de aprendizagem, uma contínua abertura à experiência
e à incorporação, dentro de si mesmo, do processo de mudança.
A tabela 1, extraída de Bolzan (1998), resume as diferenças
paradigmáticas fundamentais entre o ensino como reprodução do
conhecimento (Pedagogia Tradicional) e o mesmo centrado na produção
do conhecimento pelo aluno (Pedagogia Nova).

ENSINO COMO REPRODUÇÃO ENSINO COMO PRODUÇÃO


DO CONHECIMENTO DO CONHECIMENTO
- enfoca o conhecimento "sem - enfoca o conhecimento a partir da
raízes" e o dá como pronto, acabado localização histórica de sua produção e
e inquestionável; entende como provisório e relativo;
- valoriza o imobilismo e a - valoriza a ação reflexiva e a disciplina
disciplina intelectual tomada como tomada como a capacidade de estudar,
reprodução das palavras, textos e refletir e sistematizar conhecimento;
experiências do professor e do livro;
- privilegia a memória e a repetição - privilegia a intervenção no
do conhecimento socialmente conhecimento socialmente acumulado;
acumulado;
- usa a síntese já elaborada para - estimula a análise, a capacidade de
melhor passar informações aos compor e recompor dados, informações,
estudantes, muitas vezes argumentos e idéias;
reproduzidas de outras fontes;
- valoriza a precisão, a segurança, a -valoriza a ação, a reflexão crítica, a
certeza e o não- questionamento; curiosidade, o questionamento exigente,
a inquietação e a incerteza;
- premia o pensamento convergente, - valoriza o pensamento divergente e/ou
a resposta única e verdadeira e o provoca incerteza e inquietação;
sentimento de certeza;
- concebe cada disciplina curricular - percebe o conhecimento de forma
como um espaço próprio de Domínio interdisciplinar, propondo pontes de
de conteúdo e em geral, dá a cada relação entre eles e atribuindo
uma o status de mais significativa significados próprios aos conteúdos, em
do currículo acadêmico; função dos objetivos acadêmicos;
- valoriza a quantidade de espaços - valoriza a qualidade dos encontros com
de aula que ocupa para poder "ter os alunos e deixa este tempo disponível
a matéria dada", em toda a sua para o estudo sistemático e investigação
extensão; orientada;
- concebe a pesquisa como atividade - concebe a pesquisa como atividade
exclusiva de iniciados, onde o inerente ao ser humano, um modo de
aparato metodológico e os aprender o mundo, acessível a todos e a
instrumentos de certeza sobrepõe à qualquer nível de ensino, guardadas as
capacidade intelectiva de trabalhar devidas proporções;
com a dúvida;
- incompatibiliza o ensino com a entende a pesquisa como instrumento de
pesquisa e com a extensão, ensino e a extensão como ponto de
dicotomizando o processo de partida e de chegada da apreensão da
aprender; realidade;
- requer um professor "erudito" que - requer um professor inteligente e
pensa deter com segurança os responsável, capaz de estimular a dúvida
conteúdos de sua matéria de ensino; e orientar o estudo para a emancipação;
- coloca o professor como a - entende o professor como mediador
principal fonte de informação que, entre o conhecimento, a cultura
pela palavra, repassa ao aluno o sistematizada e a condição de
estoque que acumulou. aprendizado do aluno.
TABELA 1 – Reprodução do Conhecimento X Produção do Conhecimento
Segundo Gardner (2000) toda pessoa nasce com pelo menos sete
inteligências, mas acaba entrando em uma escola que cobra apenas duas
(inteligência verbal e inteligência lógico-matemática), ficando como
que "emparedado" por esses valores. A nova visão de inteligência
apresentada pela Teoria das Múltiplas Inteligências de Gardner admite
um ser humano muito mais amplo e bem mais rico que o apresentado
pelos estudos sobre a inteligência que a precederam. Abaixo
apresentamos brevemente estas “inteligências” e acrescentamos mais
duas, resultadas de pesquisas posteriores.
1. A inteligência verbal ou lingüística, que começa a se abrir aos dois
anos de idade, é a que nos leva a resolver problemas a partir do uso de
palavras, que são apresentadas através de símbolos conhecidos como
letras, pelo menos na maior parte das culturas que conhecemos. As
pessoas que possuem essa inteligência bem desenvolvida, mesmo sem a
oportunidade de escolas, sabem "arrumar" suas frases e dizê-las de
forma clara e objetiva. Essa habilidade é muito forte em compositores,
professores, vendedores e inúmeros outros...
2. A inteligência lógico-matemática, também muito valorizada pelos
antigos testes de QI, está presente em pessoas que podem enxergar as
projeções geométricas no espaço. São indivíduos que não encontram
dificuldades para solucionar problemas de matemática, química ou
física. No dia a dia pode ser vista em mestre-de-obras que sabem
visualizar no espaço a planta da casa que olham no papel, em
economistas, engenheiros, matemáticos e muitos outros.
3. A inteligência espacial é a capacidade de se construir mentalmente
um modelo do mundo e de ser capaz de operar e manobrar esse modelo.
Está muito ligada à criatividade aos "amigos-secretos ou invisíveis" das
crianças, aos marinheiros, geógrafos, cirurgiões, escultores e pintores.
4. A inteligência musical é assim como que uma língua específica,
falada por músicos geniais. Presente com muita força em gênios como
Mozart ou Beethoven, é perceptível em crianças que se movimentam ao
som da música como que obedecendo a ordens, rapidamente
transmitidas ao pé.
5. A inteligência corporal-cinestésica é a capacidade de resolver
problemas ou elaborar produtos utilizando o corpo inteiro ou parte do
mesmo. É a inteligência do movimento, da piscada, da expressão do
rosto. Presente em dançarinos, atletas e cirurgiões, sendo uma marca
registrada dessa pessoa especial que vive no mundo do circo.
6. A inteligência intrapessoal é o conhecimento de si mesmo, acesso aos
sentimentos da própria vida e a gama das próprias emoções.
7. A inteligência interpessoal está baseada numa capacidade nuclear de
perceber distinções entre os outros; em especial, contrates em seus
estados de ânimo, temperamentos, motivações e intenções.
8. A inteligência naturalista está presente nas pessoas que se descobrem
parte integrante do mundo animal e vegetal. Não é coincidência
descobrirmos pessoas que "falam" com as plantas ou "são
compreendidos" pelos animais.
9. A inteligência pictográfica se expressa pela capacidade de
comunicação através da magia do traço, do envolvimento do desenho.
Esta presente em grandes cartunistas.
O que podemos observar do apresentado pelos autores anteriormente
citados, é que a função do professor não é, portanto depositar
informações em grande quantidade e das mais diversas formas
possíveis. Cabe ao próprio indivíduo o papel central no que se refere à
elaboração e criação do conhecimento. O papel do professor não é mais
o de transmitir conhecimento; mas sim facilitar para que o aluno, a
partir da interação com meio, experimente os conteúdos necessários à
sua aprendizagem.
Salienta-se então, que a ênfase deve ser dada não só em termos de
conteúdo teórico, mas também em relação a aspectos motivacionais,
respeitando-se as características e a história individual.
A maioria de nós quando éramos mais jovens, não nos importava-mos
tanto com o aprendizado, muitas vezes não porque não queríamos, mas,
por não saber o porque que tínhamos que aprender aquelas coisas. Na
verdade o aprendizado acontece quando o aluno sente a real necessidade
de saber sobre tal assunto. “De qualquer forma a porta da mudança só
pode ser aberta pelo lado de dentro, é importante que cada um dê os
próprios passos nessa direção” (Covey, 1997).

ENSINO DO EMPREENDEDORISMO

Aspectos pedagógicos do empreendedorismo se refere ao conjunto de


características presentes na maneira de “ensinar” o empreendedorismo.
E esta maneira não pode ser aquela empregada na Pedagogia
Tradicional.
A metodologia que dá suporte à prática pedagógica proposta pelos
professores empreendedores no ensino de empreendedorismo está
centrada em jogos, jogos de empresas, dinâmicas de grupo e vivências,
que têm, na Pedagogia Nova, sua sustentação teórica.
Segundo Saviani (1991), trata-se de uma teoria pedagógica que
considera que o importante não é aprender, mas aprender a aprender,
onde o eixo da questão pedagógica desloca-se do intelecto para o
sentimento; do aspecto lógico para psicológico; dos conteúdos
cognitivos para os métodos ou processos pedagógicos; do professor para
o aluno; do esforço para o interesse; da disciplina para a
espontaneidade; do diretivismo para o não-diretivismo; da quantidade
para a qualidade; de uma pedagogia de inspiração filosófica centrada na
ciência lógica para uma pedagogia de inspiração experimental, baseada
principalmente nas contribuições da Biologia e da Psicologia.
E este é o segredo de uma didática empreendedora e do ensino do
empreendedorismo: a aplicação de diversos métodos e técnicas na
dosagem que leve aos objetivos que se deseja atingir. Bíscaro (1994)
categoriza os diversos métodos que podem ser empregados e diz que se
o objetivo é assimilação de conhecimentos devemos dar preferência
pelo Método Conceitual; em caso de desenvolvimento de habilidades,
preferência pela simulação no primeiro momento e em seguida
aprendizagem direta no trabalho; e, em caso de desenvolvimento de
atitudes pessoais, preferência pelo método de desenvolvimento
psicológico (Método Comportamental). No Método Prático a estratégia
é aprender fazendo. No Conceitual a estratégia é aprender pela teoria
através de debates, explanações do instrutor ou dos alunos e material
impresso. No Método Simulado aprende-se por imitação da realidade
através de jogos, dramatizações, jogos de empresas e estudos de casos.
No Comportamental o objetivo é o desenvolvimento psicológico através
de dinâmicas de grupo e vivências.
Os professores empreendedores além de se preocuparem com a formação
integral dos seus alunos, consideram as suas aptidões individuais, isto
é, suas múltiplas inteligências, e trabalham no sentido de aprimorá-las
e desenvolve-las.
Esse agente empreendedor é aquele para quem “Educar é colaborar para
que professores e alunos - nas escolas e organizações - transformem
suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e
profissional - do seu projeto de vida, no desenvolvimento das
habilidades da compreensão, emoção e comunicação que lhes permitam
encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais e tornar-se
cidadãos realizados e produtivos” (Moran et al., 2000).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ensino de empreendedorismo procura desenvolver no aluno todo o seu


potencial, através da educação do ser humano integral (holístico). Os
professores devem esforçar-se por cultivar em seus alunos o amor pelo
aprender, a imaginação, a criatividade, o respeito pelo outro e pelo
mundo. Estes, aliados à formação de um pensar claro, propiciando ao
aluno a oportunidade de tornar-se um ser humano livre, com visão de
mundo amplo e um correto posicionamento na vida.
Por mais que se diga que precisamos contar com o empreendedorismo
das pessoas, queremos que as mesmas inovem sem que questione o
estabelecido e sem propiciar um clima que lhe seja favorável. O
empreendedorismo, embora devesse ser um processo natural e uma das
principais formas de realização do ser humano, tem sido bloqueado por
inúmeros fatores sociais, culturais e até mesmo educacionais. Pois,
professores empreendedores raramente aparecem em sala de aula. E o
professor, normalmente, não quer o aluno empreendedor em sua classe.
Os professores preferem alunos obedientes, pouco críticos,
conformistas e sociáveis do que aqueles que são questionadores,
independentes, criativos e exigentes por qualidade.
“É importante termos educadores/pais com um amadurecimento
intelectual, emocional e comunicacional que facilite todo o processo de
organizar a aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que
valorizem mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a
repreensão, o apoio que a crítica, capazes de estabelecer formas
democráticas de pesquisa e de comunicação” (Moran et al.,, 2000). E
este é o grande desafio daqueles que trabalham com o ensino do
empreendedorismo, tornarem-se empreendedores.
Mais do que meramente informar e treinar para eventuais futuras
disputas vestibulares ou profissionais, ao professor empreendedor cabe
assumir uma tarefa verdadeiramente formativa e incentivadora das reais
aptidões de seus alunos, ajudando-os a superar possíveis obstáculos na
descoberta de seus próprios caminhos de vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Salvador, set. 1998.

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BOLZAN, Regina de Fátima Fructuoso de Andrade. O conhecimento tecnológico e o


paradigma educacional. Dissertação - Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 1998.

COVEY, Stephen. Os Sete hábitos da pessoas muito eficazes. 24 ed. São Paulo: Best
seller,1997.

DRUKER, Peter F. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e


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FILION, Louis Jacques. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de


pequenos negócios. HEC, The university of Montreal Business school, 1999.

GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas – A teoria na prática. Porto Alegre: Editora


Artmed., 2000.

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e


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PATI, Vera. O empreendedor: descoberta e desenvolvimento do potencial


empreendedor. In Criando seu próprio negócio. São Paulo. Edição Sebrae, 1995.

ROGERS, Carl. Liberdade para aprender. 4 ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1977.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. 25 ed. São Paulo: Cortez, 1991.

PINCHOT III, Gifford. Intrapreneuring. Porque você não precisa deixar a empresa para
se tornar um empreendedor. São Paulo: Ed. Harbra ltda, 1989.

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