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ORDEM DE HORUS

VIRTUDE- CONHECIMENTO- INTELIGENCIA-SABEDORIA-EQUILIBRIO-CULTURA

Mensagem

Caríssimos irm... e com muita alegria e satisfação que paço a


compartilhar com vocês os 11 mistérios das safiras, para evolução e
crescimento espiritual, das leis que estabelecem os segredos da vida no
céu e na terra.

Tenham a certeza que a estadia de todos nas sendas, serão coroados de


êxito, desafios e alegria com a compreensão das normas que o mundo
estabelece.

Escola Filosófica da Ordem de Horus

Irm... Acacio

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CABALA

Cabalísticos, Representados pelas sefirotes ou sefiras (manifestações ou


esferas da Árvore da Vida).

1. Keter: Coroa

2.Binah: Compreensão

3.Hochma: Sabedoria

4.Daath: Gnose ou Conhecimento

5.Gevura: Julgamento

6.Hesed: Misericórdia

7.Hod: Reverberação

8.Tepheret: Equilíbrio/Beleza

9.Netzah: Eternidade

10.Yesod: Fundação

11. Malcut: Reino

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1º MENSAGEM

Keter

Existem três ramificações (emanações) principais para a Árvore dos


Sephirot.

1. Abba é Abba beshamayim (O Pai no Céu).


2. Keter é como os Cristãos chamam Ben (O Filho).
3. Aima (A Mãe) é a emanação de Ruach HaKodesh (O Espírito Santo)

Keter ou coroa, é o sephirah dominante que pode ser contemplado pela


Humanidade. O Moshiach é associado com Keter como retratar a imagem
invisível de Deus. A barba é particularmente importante no diagrama, como é
um símbolo associado com Keter; muito como a barba vislumbrada por Ezekiel,
exibe a Soberania de Deus sobre toda criação. O nome de Deus associado
com Keter é Ehyeh, ou EU SOU. O Mundo da Emanação, ou Atzilut emana de
Keter.

Kether é a séfira localizada no mais alto na Árvore da Vida. Está associada à


luz, à coroa, ao ponto. Quando estudamos essa vasta área do conhecimento
humano que é a Kaballah, verificamos que ela trabalha com os Quatro Mundos
ou Quatro Dimensões.

Kether é também, nesse sentido, o ponto acima, ou um nível acima do plano


em que nos encontramos, ou acima do plano que queremos nos relacionar.
Desta forma, no nível imediatamente superior, Kether é Malcuth da próxima
Árvore da Vida do Mundo imediatamente acima. Porque Kether é relacionado
às origens. Desta forma, a associação com a Coroa é perfeita, pois essa é
aquilo que fica acima da cabeça. A Kaballah nos leva a crer que o Sagrado
Espírito Orientador está acima de nós. O ponto, outro dos símbolos de Kether,
é completo em si mesmo, sem dimensões, sem definições externas. É a
unidade total, a semente de onde a partir dele todo o Universo cresce e se
expande. Do Ponto de Luz, flui a luz para todo aquele que está no caminho de
evolução. Todo o trabalho de oração, meditação ou ritualístico deve começar
por uma invocação da Luz superior de Kether. Esse ato produz uma sutil
atividade dos planos inferiores. À Kether são atribuídas as letras hebraicas:
Yod He Vau He, que também representam os 4 elementos de Malcuth : Fogo,
Terra, Ar e Água. Isso define o axioma : As above so below. E a questão do
Mal, que está implícita em Malcuth, só pode ser resolvida em Kether. Porque
esta séfira é a única da Árvore da Vida onde não existe nenhum mal. As
Lâminas dos Ases no Tarot pertencem à esfera de Kether, pois eles
representam o Espírito em Ação. O Um, o primeiro, de onde tudo se origina. A

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Fonte.

Urano, o deus dos espaços, é o mais compatível com a séfira de Kether. A


idéia de Infinito está explícita e implícita neste arquétipo. Lançando nova luz
sobre esse mito, compreenderemos a idéia do Bem e do Mal. Este, não é nada
mais nada menos que a Ignorância. O sábio só pratica o Bem. Para os celtas
representa o Reino Perfeito de Avalon. A Mitologia Egípcia faz a associação
com Keru-Pa-Kraath.

Urano é o regente de Aquarius e o planeta que se identifica com Kether. Há


muita controvérsia sobre isso, pois alguns autores supõem que Kether seja
associado à Netuno. Um estudo mais acurado irá mostrar que o "Ouranós" dos
gregos tem mais a ver com a Luz dessa séfira que é a fonte de Luz e das
Emanações.

Correspondências

Símbolos : A coroa e o ponto


Imagem Mágica : Um rei barbado visto de perfil
Figura Arcangélica : Metatron
Experiência Espiritual : União com Deus
Nome Divino : Eheiaheh
Chakra : Coronário
Chakra : Coronário
Atributo : Realização do bem
Vício : Desconsideração e ignorância
Nota Musical : O Som das esferas
No Reino Mineral : A platina (metal). brilhante e opala (gemas)
No Reino Vegetal : Âmbar (Botânica)
No Reino Animal : A Águia
Quanto aos Corpos: Inteligência admirável (corpo atmico)
Parte do corpo físico : A cabeça
Número : 1
As de Paus: Início da energia
As de Copas : Força emocional que se derrama da Taça
As de Espadas : Poder diante das dificuldades
As de Ouros : Poder e sucesso material

Cores nos Quatro Mundos :

Aziluth : Esplendor
Briah : Branco puro
Yetzirath : Branco brilhante
Assiah : Branco salpicado de ouro
A Sefirat de Kether foi a primeira, o primeiro recipiente que apareceu logo após
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a restrição e está ligada ao Mundo de Adam Kadmon - Homem Primordial.
Kether faz parte das três Sefirats superiores (as outras duas são Chokmah e
Bimah), que estão além da nossa realidade física e são o estado potencial. Nós
nos relacionamos com as sete inferiores, que são o estado da manifestação.

Kether ou Coroa, se situa no topo da coluna central, logo abaixo do Mundo


Infinito. A coroa normalmente está na cabeça do rei, mas não pertence ao
corpo do rei, pertence ao reino. Para cada ação existe um pensamento que a
precede. Kether, a coroa, é a semente das manifestações que vão acontecer
no mundo físico. É o potencial da manifestação.

Kether é a inteligência ardente que canaliza a Força da Luz da Criação para as


demais Sefirats. Funciona como um super computador que contém o inventário
total do que cada um de nós é, alguma vez foi ou será. Como tal, não só é a
gênese de nossas vidas neste reino da Terra, mas de todo pensamento, idéia
ou inspiração que teremos enquanto estivermos nessa nossa jornada.

A reencarnação, na qual a alma humana volta várias vezes a este reino físico
até que suas imperfeições sejam corrigidas, é uma doutrina central da Cabala.
Este processo de correção é chamado Tikun e já foi explicado em mensagem
anterior. Outros ensinamentos espirituais se referem ao processo de Tikun
como Karma.

Esse processo, no qual uma alma é canalizada através das Dez Sefirats para
nascer no mundo físico de Malkuth, começa em Kether, e nenhuma alma parte
de lá sem a bagagem que acumulou em existências prévias. A luz de Kether
tem um longo caminho a percorrer antes de nos alcançar. Está tão longe do
reino físico no qual vivemos como o primeiro pensamento de um arquiteto está
distante do edifício que aquele pensamento se tornará em última instância.

Kether é a fonte de tudo, mas somente em potencial indiferenciado. As outras


Sefirats são necessárias para se transformar aquele potencial em algo que
podemos perceber como realidade, e a primeira a receber o poder que flui para
fora de Kether é a Sefirat de Chokmah.

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Palavras Finais

Keter- A Coroa

Keter é também conhecida como "A Coroa", já que aos judeus era proibido dar
qualquer forma à divindade que os levasse à idolatria ( como poderia ser o
caso se o símbolo fosse um "Rei"). Seu nome divino é Eheieh, ou " Eu Sou".
Seu Arcanjo é Metatron. O coro angélico correspondente é o dos Chaioth ha
Qadesh . E seu centro cósmico é o Rashith ha Gilgalin, ou os primeiros
remoinhos.
Keter é a primeira sefira da árvore da vida. Antes dela há apenas os princípios
mais abstrados da divindade, os quais são AYN , AYN SOPH, e AYN SOPH
AUR; que são o puro ser, sem forma, sem força, sem tempo.
A partir do momento em que o Ser se põe em movimento, e inicia o grande
ciclo da existência, surge Keter, a idéia pré-concebida. Podemos comparar
Keter, com a semente da flor de lótus, e de fato essa analogia é feita no
oriente, onde o "Ovo Cósmico" é também chamado de PADME ( lótus). Se
partirmos a semente do lótus veremos no seu interior um pequeno broto, do
qual crescerá a planta. O mesmo se dá no universo, onde Keter é a " Idéia
primordial " que dará origem ao Universo. Antes de pintar uma tela o artista
concebe na sua mente todos os passos de sua obra, que após colocá-los em
prática, culminam no quadro.

Keter é a sefira de onde emana a Vontade Divina. Se direcionando para Binah


e Hockmah, a vontade divina inicia sua jornada pelo universo, se diferenciando
em matéria, forma e força.

Se consideramos a idéia, ou a vontade de Keter, Divina, podemos cosiderá-la


perfeita, e uma vez que é perfeita, chegamos ao ponto onde toda a criação é
baseada em um ideal de perfeição absoluto. Binah é a razão suprema,
indicando que o motivo da criação é lógico e perfeito, e é estabelecida por uma
sabedoria ( Hochmah) suprema baseado na moral perfeita. Temos assim, a
Lógica Moral, que é a ideação perfeita.

Porém devemos nos acaultelar para não cair na fascinação que a exatidão da
engrenagem universal pode nos proporcionar; e com isso tornarmos áridos à
alma, a vida e o calor que emanam do Poder Maior. A partir dessa união, da
Lógica moral, que gera leis perfeitas, unidas à vida e o calor do espírito divino,
chagamos a contemplação que Keter nos inspira a cerca do Universo: uma
obra de Arte.

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" E fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor
para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento
do céu para aluminarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem a
separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. " ( Livro do
Gênesis)

O Gênesis, após descrever a criação do Universo, em termos alegóricos, não


deixa de acrescentar: E viu Deus que isso era bom. O que torna a criação mais
do que perfeito mecanismo físico, biológico e psíquico, é o calor da graça. A
graça dá ritmo e harmonia ao Universo, comporta os ideais de beleza e de
bondade, e é por esse motivo que a vontade de Keter é feita; porque ela é boa.
Aquele que deixa de procurar a bondade, a beleza e a alegria na criação e na
vida, é como o observador materialista que diante de um livro, conhece a
composição molecular da celulose do papel, sabe explicar o porquê dos
arranjos da tinta em letras, e a ordem na qual se seguem as páginas; mas é
incapaz de compreender a mensagem contida nas frases, uma vez que para
ele não passam de combinações aleatórias.

" O Belo é o Bem que se faz amar, e o Bem é o Belo que cura e vivifica.
Mas o bem cuja beleza foi perdida de vista se enrijece em princípios e leis e se
torna puro dever; o belo que se separou do bem e o perdeu de vista se
abranda em pura fruição desprovida de obrigação e responsabilidade" .

(Meditações Sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarô)

Keter é o ideal do Bem, do Belo e das Alegrias supremas, e assim como o


broto do Lótus já tem a planta em potencial, o Mundo já possui o potencial
divino. Se hoje ele está longe de ser um paraíso onde o bem prevalece, cabe a
nós despertarmos os ideais divinos latentes, e aproximá-lo cada vez mais da
Idéia Primordial. E para estabelecermos essa realidade, compete-nos
harmonizarmos os ritmos falhos de baixo, com os ritmos supremos da vontade
divina. A vontade de Keter é Lei Moral suprema. E a vontade daquele que
busca a vontade ideal deve ser dirigida à máxima educação moral possível. O
esforço deve ser constante para apagar da alma as paixões materiais que
sussurram ao seu ouvido constantes convites aos prazeres materiais que são
cegos às responsabilidades morais. Essas paixões são "miragens", ou
"ilusões", ou ainda " Maya", como as reconhecem no oriente, pois o prazer
momentâneo não vai compensar nem o tempo perdido, nem os danos
causados pela irresponsabilidade para com os deveres.

" A verdadeira obediência não é a escravização da vontade a outra vontade,


mas a clareza moral, a faculdade de conhecer e de reconhecer a voz da
verdade. É ela que torna a alma inacessível aos atrativos da esfera da

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miragem"
Além de escapar da esfera da miragem , a obediência à Lei Moral põe a alma
em ritmo com a divindade. Desta harmonização dos ritmos vêm a experiência
da alegria espiritual, da alma que cumpre seus deveres e é capaz de
contemplar a profundidade de suas boas ações. " a alegria, continua o autor , é
o acordo dos ritmos, enquanto que o sofrimento é o seu desacordo. O prazer
que sentimos quando sentamos perto da lareira é o restabelecimento do
acordo do ritmo do corpo com o ritmo do ar que chamamos de "temperatura". A
alegria proporcionada pela amizade é o acordo dos ritmos anímicos e mentais
de duas ou mais pessoas. A alegria de uma boa consciência é o acordo entre
os ritmos morais do eu inferior e do eu superior. A bem-aventurança prometida

àqueles que têm o coração puro e que verão a Deus é o acordo de seu ritmo
próprio com o ritmo divino. A alegria é, pois, o estado de harmonia do ritmo
interior com o ritmo exterior, do ritmo de baixo com o ritmo do alto, do ritmo da
criatura com o ritmo divino" Concluindo, a Árvore da Vida nos ensina que é
preciso tornar o que está embaixo, como o que está em cima, segundo o plano
divino de Keter.

FILOSOFIA
Platão (427 – 347 a. C) – filósofo grego nascido em Atenas, foi profundo
admirador de seu mestre Sócrates.

PLATÃO
Seu verdadeiro nome era Aristoclés, em uma homenagem ao seu avô. Platos
significa largura, e é quase certo que seu apelido veio de sua constituição robusta,
ombros e frontes largos, um porte físico forte e vigoroso, que o fez receber
homenagens por seus feitos atléticos na juventude. A excelência na forma física era
apreciada ao extremo na Grécia Antiga, e ocupa um lugar central na educação ideal
conjeturada por Sócrates e seus companheiros no diálogo A República, juntamente
com a música, na qual está inclusa a parte da literatura que não é poesia, banida . Os
diálogos de Platão estão cheios de referência à competição dos jovens no atletismo.
Deve-se lembrar também das grandes honras que eram conferidas aos vencedores
dos Jogos Olímpicos, feitos em homenagem a Zeus. Porém, como veremos o corpo
em Platão é subordinado à alma, meró invólucro aprisionante do qual o filósofo deve
se libertar. É possível também, segundo alguns autores, que o apelido Platão tenha
vindo da amplitude de seu estilo e pensamento, mas é menos provável, visto que
Platãosó escreve seus diálogos depois da morte de Sócrates, e segundo o próprio
Platão narra, já era chamado assim por seus companheiros.
Aristócles, nosso futuro Platão, nasceu filho de Ariston e Perictione, ou
Potone. Diógenes Laércio afirma que sua ascendência recua até o grande legislador

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Sólon, por parte de mãe. Vejamos sua genealogia. O irmão de Sólon, Diopides, era
pai de Crítias. Não se deve confundir este Crítias com o sofista Crítias, filho de
Calaiscros (ou Calescros), que educou Sócrates na juventude. Este parente de Platão
era um dos Trinta Tiranos, grupo criado para governar Atenas em 404 a.C, após a
vitória Espartana na Guerra de Peloponeso. O líder original desta comissão era
Lisandro, que foi eleito por um pequeno grupo de cidadãos atenienses sob a pressão
do exército espartano, e incumbido de realizar reformas e elaborar uma nova
constituição. Mas o grupo de Colegiados, liderado por este Crítias, implantou um
regime de terror, no qual mais de 1500 cidadãos morreram. A comissão dos 30
tiranos foi deposta um ano depois, em 403 a.C. O tirano Crítias era pai de Calaiscros,
que por sua vez era pai de Gláucon. Este aparece no famoso diálogo de Platão “A
República”, junto com Adimanto.
E aqui já existe uma controvérsia, como alías, em quase tudo que se relaciona
a esse filósofo. Alguns, como C. F. Hermann, defendem que Glauco e Adimanto não
são irmãos, mas tios de Platão. Diógenes fala deste tio de Platão, do irmão Glaucón
e de mais um filósofos ateniense chamado Glaucón. Este Glaucón filho de Calaiscros
era pai de Cármides e de Perictione - mãe de Platão. Cármides é um personagem de
um diálogo de Platão que leva seu nome. O Crítias amigo de Sócrates é primo de
Cármides, o que leva crer que Cármides é filho do irmão de Glaucón.
Platão tornou-se aprendiz de Sócrates por volta dos vinte anos. Descobre nele
e sua dialética um prazer, e se torna um “amante da sabedoria”. Acompanhou de
perto todos os passos do julgamento de seu mestre, e o seu fim trágico marcou-o
profundamente, deixando seqüelas para o resto de sua vida. Depois da morte por
envenenamento de Sócrates, desiludiu-se de vez com a democracia ateniense e
partiu em peregrinação pelo mundo. No trajeto de sua viagem que chega até nós,
teria passado pelo Egito, onde ouviu, da classe clerical que governava a terra, que a
Grécia era um país infante, sem tradições nem uma cultura profunda. Foi a Esparta
onde conheceu a cultura militar, e aos que meninos abandonavam seus pais para
viverem uma vida dura nas montanhas, em exposição aos elementos naturais, e onde
os governantes se misturavam com o povo, pois comiam e dormiam juntos. Passou
também pela Itália, onde conheceu os pitagóricos e sua seita. Peregrinou durante
doze anos, quando retornou a Atenas com quarenta anos. Especula-se que teria,
antes disso, ido ainda até a Judéia e chegado às margens do Ganges, onde teria
aprendido a meditação mística dos hindus. Deixou escritos em forma de diálogos,
feitos para o leitor comum de sua época. Ao que parece a obra chegou completa, ou
quase, até nós. Isso se deve ao fato de Platão ser muito conhecido na sua época, por
ter fundado em Atenas sua Academia, (assim chamada por estar no jardim do herói
grego Academos) onde se ensinava Matemática, Ginástica e Filosofia. Ele valorizava
muito a matemática, por ela nos dar a capacidade de raciocínio abstrato. Na entrada
da de sua academia, havia a seguinte afirmação: “Que aqui não adentre quem não
souber geometria”. Também disse acerca de Deus: “Ele eternamente geometriza”.
Seriam trinta diálogos, dentre os quais os mais conhecidos: Apologia de Sócrates
(onde torna público o discurso que Sócrates fez em seu julgamento); Hippias Maior (o
que é o belo?); Eutifron (o que é a piedade?) ; Mênon ( o que é a virtude? Pode ser
ensinada?) . Esses São são os chamados diálogos aporéticos e maiêuticos, pois as
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questões propostas não são resolvidas e o leitor é convidado a prosseguir a pesquisa,
após ter purificado seu falso saber. No segundo grupo temos Teeteto ( o que é a
ciência?); Fédon(sobre a imortalidade da alma, faz um relato dos últimos dias de
Sócrates); Crátilo (explica a relação entre as coisas e os nomes que lhes são dados,
são eles inatos ou dependem da convenção?); o Banquete (sobre o amor ao
belo);Górgias (sobre a violência, faz a distinção entre a filosofia e a sofística) e o mais
importante, A República, que é um tratado completo, onde expõe um sistema de
governo e o modo vida ideal, e o como se chegar até eles. Esse diálogos são um
grande legado da filosofia e literatura, pois Platão elevou a filosofia também ao gênero
literário.
A República começa com um sofista, Trasímaco, declarando que a força é um
direito, e que a justiça é o interesse do mais forte. As formas de governo fazem leis
visando seus interesses, e determinam assim o que é justo, punindo como injusto
aquele que transgredir suas regras. Para responder a pergunta “Como seria uma
cidade justa?” , Sócrates começa a dialogar, principalmente com Gláucon e Adimanto.
Platão salienta que a justiça é uma relação entre indivíduos, e depende da
organização social. Mais tarde fala que justiça é fazer aquilo que nos compete, de
acordo com a nossa função. A justiça seria simples se os homens fossem simples. Os
homens viveriam produzindo de acordo com as suas necessidades, trabalhando muito
e sendo vegetarianos, tudo sem luxo. Para implantar seu sistema de governo, Platão
imagina que deve-se começar da estaca zero. O primeiro passo seria tirar os filhos
das suas mães. Platão repudiava o modo de vida com a promiscuidade social,
ganância, a mente que a riqueza, o luxo e os excessos moldam, típicos dos homens
ricos de Atenas. Nunca se contentavam com o que tinham, e desejavam as coisas
dos terceiros. Assim resultava a invasão de um grupo para o outro e vinha a guerra.
Platão achava um absurdo que homens com mais votos pudessem assumir
cargos da mais alta importância, pois nem sempre o mais votado é o melhor
preparado. Era preciso criar um método para impedir que a corrupção e a
incompetência tomassem conta do poder público, Mas atrás desses problemas estava
a psyche humana, como havia identificado Sócrates, Para Platão o conhecimento
humano vêm de três fontes principais: o desejo, a emoção, e o conhecimento, que
fluem do baixo ventre, coração e cabeça, respectivamente. Essas fontes seriam
forças presentes em diferentes graus de distribuição nos indivíduos. Elas se dosariam
umas às outras, e num homem apto a governar, estariam em equilíbrio, com a cabeça
liderando continuamente. Para isso, é preciso uma longa preparação e muita
sabedoria. O mais indicado, para Platão, é o filósofo: “enquanto os filósofos deste
mundo não tiverem o espírito e o poder da filosofia, a sabedoria e a liderança não se
encontrarão no mesmo homem, e as cidades sofrerão os males”.
Para começar essa sociedade ideal, como dissemos, deve-se tirar os filhos
dos pais, para protegê-los dos maus hábitos. Nos primeiros dez anos, a educação
será predominantemente física. A medicina serve só para os doentes sedentários das
cidades. Não se deve viver para a doença. Para contrabalançar com as atividades
físicas, a música. A música aperfeiçoa o espírito, cria um requinte de sentimento e
molda o caráter, também restaura a saúde.

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Depois dos dezesseis anos, e de misturar a música para lições musicais com
a música pura, essas práticas são abandonadas. Assim os membros dessa
comunidade teriam uma base psicológica e fisiológica. A base moral será dada pela
crença em Deus. O que torna a nação forte seria Ele, pois ele pode dar conforto aos
corações aflitos, coragem às almas e incitar e obrigar. Platão admite que a crença em
Deus não pode ser demonstrada, nem sua existência, mas fala que ela não faz mal,
só bem. O mal para Platão é apenas a ignorância do bem, e ele procura demonstrar
que o mal inexiste, e ninguém opta por ele de forma voluntária.
Aos vinte anos, chegará a hora da Grande Eliminação, um teste prático e
teórico, Começa a divisão por classes da República. Os que não passarem serão
designados para o trabalho econômico. Depois de mais dez anos de educação e
treinamento, outro teste. Os que passarem aprenderão o deleite da filosofia. Assim se
dedicarão ao estudo da doutrina e do mundo das Idéias.
O mundo das Idéias de Platão é um mundo transcendente, de existência
autônoma, acima do mundo sensível. As Idéias são formas puras, modelos perfeitos
eternos e imutáveis, paradigmas. O que pertence ao mundo dos sentidos se corrói e
se desintegra com a ação do tempo. Mas tudo o que percebemos, todos os itens são
formados a partir das Idéias, constituindo cópias imperfeitas desses modelos
espirituais. Só podemos atingir a realidade das Idéias, na medida em que pelo
processo dialético, nossa mente se afasta do mundo concreto, atravessando com a
alma sucessivos graus de abstração, usando sistematicamente o discurso para se
chegar à essência do mundo. A dialética em Platão é o principal instrumento de
busca da verdade.
Platão acreditava numa alma imortal, que já existia no mundo das Idéias
antes de habitar nosso corpo. O diálogo que melhor demonstra isso é o Fédon. Assim
que passa a habitá-lo, a alma se esquece das Idéias perfeitas. Então o mundo se
apresenta a partir de uma vaga lembrança. A alma quer voltar para o mundo das
Idéias e por isso o conhecimento está ligado à lembrança. No diálogo Mênon,
Sócrates mostra que um escravo (considerado inferior naquela época) podia ter um
intrincado conhecimento abstrato de matemática, pois sua alma já possuía o
conhecimento que Sócrates, porta-voz da Academia de Platão, ia trazer à luz através
do seu jogo de perguntas e respostas.. Um dos primeiros críticos de toda essa teoria
de Platão foi um de seus alunos da Academia, Aristóteles.

Igualmente conhecida na República é a alegoria da caverna, que ilustra como


percebemos apenas parte do mundo, reduzindo-o. O termo “Alegoria” é mais
adequado que “Mito da Caverna”. Embora Platão use do mito em outras partes de
seus escritos, no livro VII da República, onde está contada a história, a intenção é
usar de uma alegoria para ilustrar um movimento de dificil compreensão, que é a
libertação dos grilhões que aprisionam o homem possibilitada pela prática da
verdadeira filosofia.
Um grupo de pessoas vive acorrentada numa caverna desde que nasceu, de
costas para a entrada. Elas vêem refletida na parede da caverna as sombras do

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mundo real, pois há uma fogueira queimando além de um muro, depois da entrada.
Elas acham que as sombras são tudo o que existe. Um dos habitantes se livra das
amarras. Fora da caverna, primeiro ele se acostuma com a luz, depois vê a beleza e a
vastidão do mundo, com suas cores e contornos. Ao voltar para a caverna para
libertar seus companheiros, acaba sendo assassinado, pois não acreditam nele.
Na República, depois de estudar a filosofia, aqueles que forem considerados
aptos irão testar seus conhecimentos no mundo real, onde experimentarão os
dissabores da vida, ganhando comida conforma o trabalho, experimentando a crua
realidade. Aos cinqüenta anos, os que sobreviveram tornarão-se os governantes do
Estado ideal de Platão.
Todos terão oportunidades iguais, mas na eliminação serão designados para
classes diferentes. Os filósofos-reis não terão nenhum privilégio, tendo só os bens
necessários, serão vegetarianos e dormirão no mesmo lugar. A procriação será para
fins eugênicos, o sexo não será apenas por prazer. Haverá defensores contra
inimigos externos, os guardiões, homens fortes, dedicados à comunidade. Não haverá
diferença de oportunidade entre o sexo, sendo cada um designado a fazer uma tarefa
de acordo com a sua capacidade.
Platão fala da renuncia do individuo em prol da comunidade, impondo
inúmeras condições para a vida. Ele atenta para um problema muito preocupante em
nossos dias: a superpopulação. Os homens só poderiam se reproduzir entre os trinta
e quarenta e cinco anos, e as mulheres entre os vinte e quarenta anos. Também a
legislação de Esparta, que muito inspirou Platão, e a proposta de Aristóteles na
Política levam em conta este aspecto. Assim, resumidamente seria o Estado ideal,
justo. O próprio Platãofala de dificuldade em se fazem um empreendimento dessa
natureza. O rei de Siracusa ofereceu à ele terras onde poderia experimentar sua
República, e ele aceitou, mas o rei ficou sabendo que quem iria governar eram os
filósofos e mudou de idéia. Platão experimentou muitos dissabores na corte de
Siracusa, a qual voltou depois, conforme conta na sua carta VII e Plutarco conta em
sua Vida de Díon, disponível aqui no site. Platão morreu em uma festa, onde se
afastou num canto e dormiu. Quando foram acorda-lo de manhã, já estava morto.
Uma multidão acompanhou-o até o túmulo.

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