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Para muitos
hormônios, a ação é modulada através de retroalimentação hormonal (veja o exemplo do hormônio
de crescimento). Com este desenho, a sensibilidade de um hormônio é proporcionada por
receptores hormonais específicos em tecidos-alvo, bem como na glândula associada da alça de
retroalimentação.
Desde a descrição de Revean em 1988, a Síndrome Metabólica teve inúmeras modificações que
explicavam a sua fisiopatogenia, culminando com os coneitos atuais que o denominador da
síndrome é representado pela resistência a insulina, que constitui o seu mecanismo fisiopatológico
básico. A partir dai, o grupo consultor da OMS definiu a síndrome com os seguintes componentes:
1. Regulação alterada da glicose ou diabetes e/ou resistência à insulina; pressão arterial sistêmica
elevada (maior que 140/90 mmHg) aumento dos triglicérides (acima de 150 mg/dL); obesidade
central (relação cintura-quadril maior que 0,90 para os homens e 0,85 para as mulheres);
microalbuminúria (excreção maior que 15 microgramas/minuto).
Fisiologia da insulina
A insulina exerce várias ações sobre muitos tipos de células, mas o principal sinal regulador para
sua liberação é a concentração plasmática de glicose. Ou seja, quando existe muita glicose
circulante ocorre uma sinalização para as células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas, e,
esta produz e libera insulina na circulação. Esta insulina, colocará a glicose no interior de todas as
células do corpo, que necessitam de energia rapidamente, exceto o cérebro, que consome cerca
de 80% da glicose utilizada em repouso no estado de jejum, mas a captação não é regulada pela
insulina. Porém, o cérebro depende criticamente da manutenção dos níveis normais de glicose
sangüínea. Quando os níveis de glicose caem, no sinal leva à diminuição da produção de insulina.
A sensibilidade celular à insulina é determinada não apenas pelo número e afinidade dos
receptores de insulina, mas também pelo estado funcional das vias de sinalização intracelulares
que transduzem a ligação da insulina aos vários efetores (eg, transporte, fosforilação e oxidação de
glicose, síntese de glicogênio, lipólise e troca de íons). Portanto, uma redução maciça no número
de receptores de insulina ou a presença de altos títulos de auto-anticorpos circulantes antiinsulina
ou anti-receptor de insulina, está associada com uma forma de resistência à insulina que é
generalizada e extrema.
Referências
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