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THE 8 LATIN-AMERICAN CONGRESS ON ELECTRICITY GENERATION AND TRANSMISSION - CLAGTEE 2009 1

Desenvolvimento de uma Ferramenta Inteligente


para o Planejamento da Operação de Sistemas
Hidrotérmicos de Potência
T. R. Alencar 1, Member, IEEE , P. T. Leite1, Member, IEEE, e, A. F. M. Carneiro2, Member, IEEE, e
A. C. P. L. F. Carvalho3, Member, IEEE.

 gerenciando-a convenientemente, para atender a demanda e


Resumo - O artigo tem como proposta apresentar uma substituir de forma racional a geração dispendiosa das
Ferramenta Inteligente Orientada a Objeto que garantirá uma unidades térmicas.
estrutura moderna e de fácil manipulação para o usuário, para Entretanto, o volume de água afluente aos reservatórios é
que possa ser adotada no planejamento e operação de sistemas
hidrotérmicos, como é o caso do Sistema Brasileiro, o qual
incerto, pois depende basicamente das afluências que irão
possui características especificas que o diferencia dos demais ocorrer no futuro. Além disso, a disponibilidade de energia
sistemas no mundo. hidroelétrica é limitada pela capacidade de armazenamento
O objetivo do artigo é apresentar ferramenta desenvolvida nos reservatórios. Isso introduz uma relação entre uma
que pode reproduzir casos testes com dados reais das usinas decisão de operação em uma determinada etapa e as
hidroelétricas do Sistema Elétrico Brasileiro, visando sua conseqüências futuras desta decisão. Por exemplo, se a
aplicação no dia-a-dia das concessionárias para treinamento dos decisão for utilizar energia hidroelétrica para atender o
agentes responsáveis pela operação e planejamento de sistemas mercado e no futuro ocorrer uma seca, poderá ser necessário
hidrotérmicos e na academia (como ferramenta de ensino em utilizar geração térmica de custo elevado ou interromper o
cursos da pós-graduação, graduação e extensão voltados para o fornecimento de energia. Por outro lado, se a opção for o uso
estudo de planejamento energético). Desta forma, além de uma mais intensivo de geração térmica, conservando elevados os
aplicação prática, será criada uma ferramenta que viabilizará a
níveis dos reservatórios, e ocorrerem vazões altas no futuro,
comparação com o que vem sendo realizado no setor elétrico
poderá haver vertimento no sistema, que representa um
brasileiro ao longo das últimas décadas. Acredita-se também,
desperdício de energia e, em conseqüência, um aumento
que se trata de uma ferramenta inovadora para os agentes do
setor, pois se cria outra alternativa para análise das decisões
desnecessário do custo de operação [1].
tomadas em seus estudos e ações. Devido às características próprias, o Planejamento da
Operação dos Sistemas Hidrotérmicos de Potência (POSHP),
no Brasil, pode ser classificado como um problema de
Palavras-chave - Energia, Otimização, Sistemas otimização dinâmico, de grande porte, com função objetivo
Hidrotérmicos, Planejamento da Operação, Inteligência não linear, não separável e não convexa [2] e [3].
Artificial e Algoritmos Genéticos. O objetivo do POSHP é determinar uma estratégia de
geração para cada usina, que minimize o valor esperado dos
I. INTRODUÇÃO custos operativos no período de planejamento e atenda a

E M sistemas com grande participação de geração


hidroelétrica, como no caso do Brasil, pode-se utilizar a
demanda dentro de um limite de confiabilidade. Desta forma,
em sistemas com grande participação hidroelétrica, o objetivo
energia potencial da água armazenada nos reservatórios, econômico do planejamento da operação é substituir, na
medida do possível, a geração de origem termoelétrica, de
T. R. Alencar: Centro de Engenharia e Ciências Sociais (CECS) - Grupo de
custo elevado, por geração de origem hidroelétrica, de custo
Sistemas Elétricos de Potência (LABSEP), Universidade Federal do ABC, praticamente nulo, de forma racional, como demonstrado por
Santo André, SP, Brasil. (ribeiro.alencar@gmail.com). [4], [5] e [6].
P. T. Leite: Centro de Engenharia e Ciências Sociais (CECS) - Engenharia de
Energia - Grupo de Sistemas Elétricos de Potência (LABSEP), Universidade As técnicas clássicas de otimização para solução deste
Federal do ABC, Santo André, SP, Brasil (patricia.leite@ufabc.edu.br). problema podem apresentar algumas dificuldades,
A. C. P. L. F. Carvalho: Universidade de São Paulo EESC-SC/USP, Campus principalmente devido à complexidade da função objetivo.
São Carlos (andre@icmc.usp.br).
A. F. M. Carneiro: Universidade de São Paulo EESC-SC/USP, Campus São Assim, a busca de melhorias nos métodos tradicionais, ou de
Carlos (adriano@sel.eesc.sc.usp.br). abordagens alternativas, visa aperfeiçoar esta etapa vital no
UFABC - Universidade Federal do ABC, rua Santa Adélia, 166- bairro
Bangu, Santo André - SP - Brasil. CEP 09.210-170, Tel/Fax: +55 11 4996-
funcionamento dos Sistemas Hidrotérmicos de Potência [7] a
3166. [10].
Uma metodologia envolvendo técnicas de Inteligência
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Artificial (IA) vêem sendo investigada e aponta a eficiência II. FORMULAÇÃO MATEMÁTICA
desta na solução de diversos problemas de otimização, dentre
eles pode-se destacar [3], [11] a [15]. O problema do planejamento da operação de um Sistema
Portanto, o artigo tem como proposta apresentar uma Hidrotérmico de Potência pode ser formulado através de um
Ferramenta Inteligente Orientada a Objeto que garantirá uma modelo de otimização dado pela Eq.(1):
estrutura moderna e de fácil manipulação para o usuário, para
que possa ser adotada no Planejamento e Operação de T
Sistemas Hidrotérmicos, como é o caso do Sistema Brasileiro,
o qual tem características especificas que o diferencia dos
Min J   t1
f t [ C ( t )] (1 )

demais sistemas no mundo, em complemento ao que foi


proposto em [3]. onde,
O objetivo primário foi o desenvolvimento de uma
t = Horizonte de planejamento de 1 a T [mês];
ferramenta baseada em Técnicas de Inteligência Artificial
ft (.) = Função Custo de operação;
para a Otimização do POSHP segundo características de
C (.)= Geração não hidráulica.
Orientação a Objetos que será apresentada neste artigo. Em
complemento a esta etapa, será elaborado, um manual para
A geração não hidráulica é dada por:
que o usuário tenha além das informações de utilização da
ferramenta, exemplos de casos testes com dados reais das C (t )  D (t )  H (t ) (2)
usinas, com objetivo de que esta seja utilizada no dia-a-dia
onde,
das concessionárias para treinamento dos agentes
responsáveis pela operação e planejamento de sistemas D(.) = Demanda;
hidrotérmicos, em centros de pesquisa e centros de ensino, H(.) = Geração hidráulica total.
como ferramenta de treinamento em cursos da pós-graduação, A geração hidráulica total H(t) é dada pelo somatório das
graduação e extensão voltados para o estudo de Planejamento gerações de todas as usinas hidroelétricas:
N
Energético.
H (t )    x i ( t ), u i (t )  (3 )
Desta forma, além de uma aplicação prática, será criada i  1
uma ferramenta que viabilizará a comparação com o que vem
sendo realizado no setor elétrico brasileiro ao longo das onde,
últimas décadas, além de proporcionar ao usuário a
possibilidade de se familiarizar com as variáveis de tomada N = Número de usinas hidráulicas;
de decisão. i(.) = Função de geração hidráulica da usina i;
Técnicas de Inteligência Artificial vêem sendo adotadas na xi(.) = Volume do reservatório i;
resolução de problemas de engenharia a alguns anos, e devido ui(.) = Vazão defluida da usina i.
ao seu bom desempenho tornou-se atraente para solucionar
problemas de otimização de grande porte, o que motivou os A função de geração hidráulica para uma usina qualquer é
autores a desenvolver esta ferramenta para operação ótima, dada por:
pois resultados obtidos garantem, da melhor forma possível, o
atendimento da demanda por um custo mínimo e com   x , u   K i h1  x   h 2 u min u , q max   (4)
confiabilidade. Acredita-se também, que se trata de uma
ferramenta inovadora para os agentes do setor, pois se cria
onde,
outra alternativa para análise das decisões tomadas em seus
estudos e ações.
Ki = Produtibilidade da usina i ( constante que engloba
A próxima seção apresenta a formulação matemática da
aceleração da gravidade, densidade da água, rendimento
operação ótima. Na seção 3, alguns dos fundamentos da teoria
turbina-gerador e fatores de conversão);
de Algoritmos Genéticos são apresentados. Já na seção 4, é
h1(.) = Polinômio cota x volume ( altura de montante,
feita uma discussão do algoritmo proposto, bem como um
função do volume do reservatório);
breve comentário sobre a evolução da população. A seção 5
h2(.) = Polinômio vazão defluida x cota ( altura de jusante,
traz uma aplicação do método e a apresentação da ferramenta
função das vazões turbinada e vertida ).
computacional desenvolvida. Finalmente, na seção 6, são
apresentadas as conclusões e observações finais do trabalho
A equação de balanço da água, que relaciona os estados dos
como um todo.
reservatórios ao longo do tempo, é dada por:
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soluções a cada execução, mas não necessariamente a mesma


xi (t  1)  xi (t )  yi (t )  u
K i
K (t )  u i (t ) (5)
todas às vezes [16].
Os AGs baseiam-se inicialmente na geração de uma
onde, população formada por um conjunto aleatório de indivíduos
que podem ser vistos como possíveis soluções do problema.
yi(t) = Afluência no reservatório i; Durante o processo evolutivo, a população é avaliada e
 = Conjunto de todas as usinas imediatamente a para cada indivíduo é dada uma nota, ou índice, refletindo
montante da usina i. sua habilidade de adaptação a determinado ambiente. Uma
Finalmente, as restrições operativas são dadas por: porcentagem dos mais adaptados é mantida, enquanto os
outros são descartados (darwinismo). Os membros mantidos
x min t   x i t  x max t  (6 ) pela seleção podem sofrer modificações em suas
características fundamentais por meio de mutação e
cruzamento (crossover) ou recombinação genética gerando
u t   u t   u t  (7 ) descendentes para a próxima geração. Esse processo,
min i max
chamado de reprodução, é repetido até que uma solução
satisfatória seja encontrada [3].
O estado final dos reservatórios é dado ou penalizado. Para IV. ALGORITMO PROPOSTO
resolução do problema apontado.

III. ALGORITMOS GENÉTICOS Uma visão global do algoritmo proposto é apresentada na


Fig. 1, através de um fluxograma, com os passos seguidos
para determinar a operação do sistema hidrotérmico,
Nesta seção será feita a introdução aos principais conceitos utilizando a técnica de Algoritmos Genéticos.
de uma técnica de Inteligência Artificial inspirado na Teoria O fluxograma mostra desde a entrada do algoritmo, com as
da Evolução Natural e na Genética, conhecida como aplicações dos operadores genéticos, cálculos das aptidões e
Computação Evolutiva, ou Evolucionária. formação de novas populações. A descrição detalhada dos
Computação Evolutiva, cujas pesquisas tiveram início na principais procedimentos é apresentada a seguir.
década de 1950, trata de sistemas para a resolução de
problemas que utilizam modelos computacionais baseados na
teoria da evolução natural propõe o agrupamento dos sistemas
de Computação Evolutiva em três grandes categorias, sendo
estas: Algoritmos Genéticos, Estratégias de Evolução e
Programação Genética.
Esta pesquisa propõem a utilização de Algoritmos
Genéticos (AGs) que são técnicas heurísticas de otimização
global que se baseiam nos mecanismos de seleção natural e da
genética. E também, os AGs não têm dependência forte dos
valores iniciais na obtenção da solução ótima [16] a [21].
Além disso, os AGs não são limitados por suposições sobre
o espaço de busca, relativas à continuidade, existência de
derivadas, etc. Normalmente, buscas em problemas reais são
repletos de descontinuidades, ruídos e outros problemas.
Métodos que dependam fortemente de restrições de
continuidade e existência de derivadas são adequados apenas
para problemas em um domínio limitado [17].
Otimização é a busca da melhor solução para um dado
problema. Consiste em tentar várias soluções e utilizar a
informação obtida neste processo de forma a encontrar
soluções cada vez melhores [22]. Fig. 1. Algoritmo proposto.
Heurísticas são algoritmos polinomiais que não têm
garantia nenhuma sobre a qualidade da solução encontrada, Codificação do problema: devido à complexidade do
mas que usualmente tendem a encontrar a solução ótima ou problema, sua codificação tem que ser cuidadosa para se
ficar bem próxima dela. Sendo assim, deve-se salientar que adequar às características das usinas e do planejamento da
AGs não constituem um algoritmo de busca da solução ótima operação das usinas selecionadas para o teste. A população é
de um problema, mas sim uma heurística que encontra boas caracterizada como um vetor de objetos, onde cada indivíduo
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possui outro vetor de objetos composto pelas usinas descendentes. O operador de mutação é aplicado, com uma
selecionadas na interface gráfica de entrada do programa para dada probabilidade, em um número de genes do indivíduo,
compor o planejamento da operação. Por sua vez cada usina alterando o seu valor original.
selecionada possui suas características individuais como
Critério de parada: o algoritmo proposto utiliza o número
nome, código, vetor de afluência natural, turbinagem mínima
de gerações definido pelo usuário como único critério de
e máxima, volume mínimo e máximo de operação, tipo de
parada do programa.
reservatório, potência efetiva da usina, coeficientes do
polinômio de volume e turbinagem, além de um vetor do tipo
double que representa o volume de cada mês da usina. O V. APLICAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO DA FERRAMENTA
vetor de volume representa na teoria dos Algoritmos COMPUTACIONAL DESENVOLVIDA
Genéticos o cromossomo característico da usina e os volumes
de cada mês representam os genes do cromossomo. Adotou-se A ferramenta computacional inteligente foi desenvolvida
uma representação real e não binários, como proposto em [3]. para aplicação em problemas de POSHP, onde a configuração
do sistema teste poderá utilizar usinas hidroelétricas
Tamanho da população: o tamanho da população está individualizadas, que compõem Sub-Sistema Sudeste
diretamente relacionado com o desempenho global e a Brasileiro, sendo 18 usinas operadas a reservatório e 17 a fio
eficiência dos AGs. No problema apontado, após vários testes d’água, conforme apresentado na Fig. 2 e Fig. 3.
com populações de tamanhos diferentes, verificou-se que
Adotou-se como início de todos os períodos o mês de
quanto maior a população, maior o tempo necessário para a
maio, por se tratar do inicio do período seco, e como final o
convergência do algoritmo. Portanto, para conseguir executar
mês de abril, final do período de afluências mais elevadas,
o programa em um tempo menor, optou-se por utilizar uma
coincidindo, portanto com o ano hidrológico. As afluências
população composta por 24 indivíduos como adotado em [3].
adotadas, iguais a MLT (Média de Longo Termo), foram
População inicial: a população inicial pode ser obtida de retiradas do arquivo de vazões do Sistema Brasileiro. O
três formas diferentes sendo a primeira totalmente aleatória, a período de planejamento utilizado pode variar de 1 ano a 5
segunda com um individuo igual ao volume máximo do anos (com discretização mensal), e o mercado variando ao
reservatório e o restante de forma aleatória e a terceira com longo do período de planejamento.
todos os indivíduos com volumes máximo do reservatório. Ao iniciar o programa o usuário visualiza uma tela
de apresentação com uma foto da usina de Itaipu e os logos da
Função de avaliação: ou função de custo, está relacionada
UFABC (Fundação Universidade Federal do ABC) e do grupo
à minimização do valor da função objetivo do problema
de pesquisa LABSEP (Laboratório de Sistemas Elétricos de
apresentada anteriormente.
Potência), conforme apresentado na Fig. 2.
Ordenação da população: a população é classificada
calculando o custo de todos os indivíduos e verificação das
restrições construtivas e depois os ordenando conforme o
objetivo de minimização do problema.
Seleção: O método adotado é o da roleta. Neste método
cria-se uma roleta (virtual) na qual cada indivíduo recebe um
pedaço proporcional à sua avaliação (a soma dos pedaços não
pode superar 100%). Depois roda-se a roleta e o selecionado
será o indivíduo sobre o qual ela parar [16].
Elitismo: para que os melhores indivíduos não sejam
perdidos de uma geração para a outra, aplica-se o operador de
elitismo. Isso garante que os melhores passem
automaticamente para a próxima geração, preservando suas
características genéticas.
Cruzamento uniforme: quando se utilizam valores reais e
não binários, segundo apresentado por [18], o cruzamento
uniforme tem um melhor desempenho.
Fig. 2. Tela Inicial da Ferramenta desenvolvida.
Cruzamento médio: com a finalidade de explorar o espaço
de solução apresentado, foi implementado um tipo de Observe que na Fig. 3 é apresentado o diagrama
operador genético, chamado cruzamento médio, onde as esquemático das usinas hidroelétricas e o usuário poderá
características genéticas do filho são obtidas segundo uma selecionar qualquer uma das usinas disponíveis para
média das características dos dois pais. realização de estudo de caso teste, e também para treinamento
Mutação: com objetivo de manter a diversidade da utilizando a ferramenta. Outra possibilidade é a realização de
população o operador genético de mutação é aplicado nos um caso teste utilizando todas as usinas em cascata, refletindo
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a operação realizada no setor elétrico. Neste momento o


usuário visualizará através do diagrama esquemático a
posição da usina na cascata, na bacia e em qual rio está
instalada.
Para apresentação deste artigo, será adotado um
subsistema incluindo somente a usina hidroelétrica de
Emborcação, que tem característica de reservatório, conforme
Fig.3.
Na Fig. 4, é mostrada a configuração adotada para os
operadores genéticos, bem como, as informações necessárias
para o cálculo da produção hidráulica (custo da térmica, tipo
de mercado e tempo de planejamento).
Os resultados apresentados têm com o objetivo verificar a Fig. 5. Tela dos resultados obtidos para o volume do reservatório adotando
operador genético de elitismo.
implementação e apresentar da ferramenta, destacando a sua
praticidade para o usuário que pretende utilizá-la para Pode-se observar que o indivíduo criado na população
entender os conceitos envolvidos no problema do POSHP, inicial igual a 100% se manteve após as gerações. Ou seja, a
bem como a sensibilidade e empregabilidade da Técnica de solução que é considerada uma solução factível para o sistema
Inteligência Artificial baseada em Algoritmos Genéticos. permaneceu. Isto mostra o desempenho do operador de
elitismo, pois se o reservatório estiver cheio, toda a água
afluente que chegar nesta usina deverá ser utilizada para a
geração de energia elétrica.

Fig. 3. Tela de Configuração do Sistema Teste.

Fig. 6. Tela dos resultados obtidos para a complementação térmica adotando


operador genético de elitismo.

O mesmo não acontece quando retiramos o operador de


elitismo, conforme apresentado na Fig 7 e Fig. 8. Observe que
mesmo adotando 100.000 iterações, o conjunto de operadores
genéticos (cruzamentos e mutação) não conseguiu encontrar
uma solução factível. Sendo assim, fica claro para o usuário
da necessidade de se manter o operador de elitismo.

Fig. 4. Tela de configuração dos dados utilizados pelos AGs.

Na Fig. 5 e Fig. 6 são apresentados os resultados para


volume e complementação térmica quando se adota o
operador de elitismo, 100.000 gerações e população inicial
com o primeiro indivíduo representando a usina com 100%
do volume em todos os meses do planejamento, e os demais Fig. 7. Tela dos resultados obtidos para o volume do reservatório sem o
operador genético de elitismo.
com volume aleatório.
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VII. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem o suporte técnico do Conselho


Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) e a Universidade Federal do ABC por possibilitar o
desenvolvimento desta pesquisa.

VIII. REFERENCIAS

[1] E. L. Silva. Formação de Preço em Mercados de Energia Elétrica. Sagra


Luzzatto, (2001).

Fig. 8. Tela dos resultados obtidos para a complementação térmica sem o [2] S. Soares and A. A. F. M. Carneiro. Optimal Operation of Reservoirs For
operador genético de elitismo. Electric Generation. IEEE Transactions on Power Delivery. Vol. 6. n. 3.
pp. 1101-1107. July, (1991).
Com o desenvolvimento desta ferramenta pode-se
[3] LEITE, P. T. Aplicação de Técnicas de Inteligência Artificial no
estruturar diversas configurações a serem testadas, variando Planejamento da Operação de Sistemas Hidrotérmicos de Potência. Tese de
entre o número de usinas, até os tipos de operadores, para as Doutorado – Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP, dezembro,
mais diversas analise envolvendo tanto pesquisadores e (2003).
agentes do setor elétrico envolvidos com o POSHP, como a [4] L. A. M. Fortunato and A. N. and T. Alencar. Introdução ao Planejamento
área desenvolvimento de software. da Expansão e Operação de Sistemas de Produção de Energia Elétrica.
Está ferramenta foi desenvolvida utilizando um Niteroi-Eduff. (1990).
computador com processador Pentium 4, 3.2 GHz e 1 GB de [5] A. A. F. M. Carneiro and S. Soares and P. S. Bond. A Large Scale
memória e a linguagem de programação utilizada foi o Java. Application of an Optimal Deterministic Hydrothermal Scheduling
Acredita-se fortemente que esta ferramenta poderá auxiliar Algorithm. IEEE Trasaction on Power Systems. Vol. 5. n. 1. pp. 204-210.
February. (1990).
nos estudos e ações do planejamento da operação resolvendo
ou mesmo auxiliando as análises dos gerenciadores do Setor [6] M.V.Perreira. Overview-Optimal Scheduling of Hydrothermal Systems.
Elétrico Brasileiro. Outro aspecto que vale ressaltar é que está IFAC Sym_ posium on Planning and Operation of Electric Energy
Systems. pp. 1-9. june. (1985).
poderá ser utilizada como uma alternativa as ferramentas que
vem sendo desenvolvida e que utilizam técnicas tradicionais [7] M. E. P. Macieira and R. M. Marcato and A. L. M. Marcato. Comparação
entre Abordagem Estocástica e Determinística no Planejamento da
de otimização. Operação de Médio Prazo de Sistemas Hidrotérmicos Interligados. XVII
SNPTEE - Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia
VI. COMENTÁRIOS FINAIS Elétrica. Uberlândia - MG, Brasil. (2003).

Conforme apresentado neste artigo, o referido trabalho [8] M. A. Cicogna and S. Soares. Sistema de Suporte à Decisão para o
mostra a aplicabilidade e potencialidade dos Algoritmos Planejamento e a Programação da Operação de Sistemas Hidrotérmicos de
Potência. XVII SNPTEE - Seminário Nacional de Produção e Transmissão
Genéticos no Planejamento da Operação de Sistemas de Energia Elétrica. Uberlândia - MG, Brasil. (2003).
Hidrotérmicos de Potência. Com relação à técnica adotada,
vários testes no que diz respeito à definição do tamanho de [9] L. Martinez. Política de Controle Malha Fechada e Malha Aberta no
Planejamento da Operação Energética de Sistemas Hidrotérmicos.
uma população eficiente, busca de uma solução inicial mais Faculdade de Engenharia Elétrica, Universidade Estadual de Campinas.
adequada ao problema e a ponderação dos operadores Tese de doutorado. Campinas - SP. (2001).
genéticos utilizados poderão ser considerados facilmente. Tais
[10] M. A. Cicogna. Sistema de Suporte a Decisão para o Planejamento e a
análises buscam uma maior segurança na avaliação quanto Programação da Operação de Sistemas de Energia Elétrica. Faculdade de
aos tipos de operadores que melhor se adaptam ao problema. Engenharia Elétrica, Universidade Estadual de Campinas. Tese de
Também possibilitará o emprego de técnicas especiais, como doutorado. Campinas – SP. (2003).
os algoritmos híbridos em conjunto a esta ferramenta, que [11] V. Miranda and D. Srinivasan and L. M. Proenca. Evolutionary
poderão contribuir para um melhor desempenho da mesma. Computation in Power Systems - Example 2: Genetic algorithms in
Os bons resultados obtidos na aplicação dos AGs Hydrothermal operation Planning. Eletrical Power & Energy Systems. Vol.
20. n. 2. pp. 93-97. July. (1998).
mostraram o grande potencial desta ferramenta, que
conseguiu captar as diferentes características de operação da [12] C. Zoumas and A. Bakirtzis and J. Theocharis and V. Petridis. A Genetic
usina, sem a necessidade de simplificar a formulação original Algorithm Solution approach to the Hydrothermal Coordination Problem.
do problema. IEEE Trasaction on Power Systems. Vol. 19. n. 2. pp. 1356-1364. May.
(2004).
Vale lembrar que os resultados apresentados são iniciais, [13] H-C Chang and P-H Chen. Hydrothermal Generation Scheduling Package:
mas a ferramenta que está em desenvolvimento vem A Genetic Based Approach. IEE Proceeding Generation Transmission
apresentando promissores resultados e pretende-se ao concluir Distribuition. Vol. 145. n. 4. pp. 451-457. July. (1998).
[14] P-C Yang and H-T Yang and C-L Huang. Scheduling Short-term
a pesquisa elaborar um manual de utilização para o usuário Hydrothermal Generation Using evolutionary Programming Techniques.
com várias propostas de configuração para estudo de caso. IEE Proceeding Generation Transmission Distribuition. Vol. 143. n. 4. pp.
371-376. July. (1996).
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[15] PO-Hung Chen and Hong-Chan Chang. Genetic Aided Scheduling of


Hydraulically Coupled Plants in Hydro-Thermal Coordination. IEEE
Transactions on Power Systems. Vol. 11. n. 2. pp. 975-981. May. (1996).

[16] Linden, R. Algoritmos Genéticos - Uma importante ferramenta da


Inteligência Computacional. Editora Brasport, Rio de Janeiro - RJ. 2006.
.
[17] D. E. Goldberg. Genetic Algorithms in Search Optimization and Machine
Learning. Addison-Wesley Pub. Co. (1989).

[18] D. Beasley and D. Bull and R. Martin. An Overview of Genetic


Algorithms: Part 1, Fundamentals. Inter-University Commitee on
Computing. (1993).

[19] M. Gen and R. Cheng. Genetic Algorithms and Enginneering Design.


Reading. MA., Addison Wesley. United States of America. (1989).

[20] D. Corne, M. Dorigo and F. Glover. New ideas in optimization. David


Hatter, McGraw-Hill. Vol. 1. pp. 493. Great Britain at the University
Press, Cambridge. (1999).

[21] Salomon. Evolutionary Algorithms and Gradient Search: Similarities and


Differences. IEEE Transactions on Evolutionary Computation. Vol. 2. n.
2. pp. 45-55. July. (1998).

[22] GALVÃO, C. O. e VALENÇA, M. J. S. Sistemas Inteligentes –


Aplicação a Recursos Hídricos e Ciência Ambiental. Editora da
Universidade, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
ABRH, Associação Brasileira de Recursos Hídricos.1999.

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