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PROJECTO INTER-AJUDA

1996 - 2011
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Caros amigos,

Nos últimos anos, o Projecto Inter-ajuda expandiu-se e ultrapassou


fronteiras.
Coube ao Glocalforum.org ajudar a implementá-lo mundialmente
(2007-2010), usando a metodologia central e a todos nós.
Como co-autora do Projecto pareceu-me que o Glocalforum.org seria
a organização ideal para o pôr em prática. Tinha razão. A actual crise
e os tempos invulgares que vivemos fizeram-nos querer divulgá-lo
um pouco mais rapidamente e daí recorrer às redes sociais e
outros para fazer passar a mensagem.
É um projecto que não envolve dinheiro mas sim a inter-ajuda em
cadeia de forma sistematizada. Foi criado em 1996.
Leia por favor, os resumos que se seguem em anexo, servem para
esclarecê-lo.
Depois de os ver continue a ler este texto na página seguinte.

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Não diga: “Não tenho tempo! Não sei ou não posso fazer nada! Fica para a
próxima!
Desculpe, mas voluntariado não é para mim!”
Até agora só disse não e ainda não sabe nada sobre o projecto!
Diga sim, por 15 minutos, pois tenho a certeza que vai mudar o discurso concluindo:
-“Sim, tem tudo a ver comigo!”
-“Sim, é mesmo o tipo de coisa em que acredito!”
-“Sim, é realmente uma oportunidade para eu poder fazer algo por mim e pela
comunidade.”
Aí vem a pergunta: Qual é o próximo passo?
Começar um mini-projecto, na sua comunidade, e depois contactar as Câmaras
Municipais ou Juntas de Freguesia, para que estas lhe dêem as ferramentas e apoios
necessários para que continue a crescer e receba a ajuda do network (rede de cidades
e patrocinadores)
O documento aqui apresentado teve no concelho de Chaves, Portugal, um Projecto-
piloto.
Nele estão descritas todas as etapas e metodologias de como passar à acção.
É extremamente fácil. Basta explicá-lo a um pequeno grupo de pessoas. De seguida
estas cumprirão um conjunto de tarefas a que se propuseram, ao longo de um
período de tempo acordado.
O importante não é quantas pessoas pomos inicialmente no Projecto, mas sim a
forma como as educamos para que mantenham o sistema eficaz com um padrão de
continuidade que leve ao sucesso dentro do prazo pré-estabelecido.

O objectivo é que vejam resultados de como "o sistema"os ajuda a progressivamente


terem mais e mais qualidade de vida, sem necessidade de outros recursos senão a
vontade própria, o desejo de partilhar.
Como calculam muitas das respostas não virão de si. As pessoas ficariam
dependentes e á medida que a organização fosse crescendo iria perdendo a
capacidade de os apoiar.
É portanto fundamental trazê-las até à informação e deixá-las, aos poucos, fazer o
que o membro inicial (você) fez.
Daí, que é essencial envolver uma Câmara, uma Junta de Freguesia ou uma
Associação, com amplo espectro de aceitação local, para que a "centralização da
informação" seja precisa e coerente. Deverá ser uma instituição de referência para
todos. Mas cabe a cada um de nós expor o Projecto a mais pessoas dando-lhes essa
oportunidade de participarem.
É uma convergência de forças, talvez organizada de forma ainda pouco
convencional, mas considerada altamente eficaz por muitas organizações e entidades
internacionais.
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Combinado com a sua acção estará a contribuir enormemente para a comunidade, e
o mundo. Mobilize-se e conecte-se ao efeito borboleta da inter-ajuda.
Para consegui-lo basta compreender bem o Projecto, ter uma ideia clara de como o
vai usar e apresentá-lo de forma eficiente ao grupo de pessoas. Para tal crie uma lista
(ver anexo) e depois convide-as a inscreveram-se. Vai ver que é muito gratificante.
Concluindo: Digamos que a informação aqui contida serve de "manual tipo" de:
“como fazer acontecer”. Basta seguir os passos descritos, criar a lista dos nomes a
contactar e começar a trabalhar.
Como nos transmite lema do mesmo "construir na terra olhando o céu"
Estamos ao vosso dispor para ajudar a que comecem a trabalhar.

Lisboa, 29 de Outubro de 2010


Co-autores do Projecto:
Ruth Veiga Calvão
Ricardo Sá Fernandes

COMO CRIAR UMA LISTA


Crie uma lista de 200 pessoas com quem gostaria de partilhar o Projecto.
O ciclo intimo pais, irmãos, filhos, avós, primos, amigos de infância, etc.
O seu “mundo” caloroso – Qualquer pessoa que saiba quem você é quando ouve o
seu nome ao telefone.
Não filtre – Livre-se das suas suposições (não tem dinheiro, não tem tempo, etc.)
Fontes para a sua lista: Contacto no telemóvel, livros de telefones novos e antigos,
pessoas a quem paga regularmente (contabilistas, advogados, agente de seguros,
médicos, etc.)
Actualize e vá gerindo a sua lista continuamente. É preciso empenho.
Use a lista seguinte para o estimular e criar a sua lista de 200 nomes:
Quem gosta de estar perto de gente com alta energia?
Quem são os seus amigos?
Quem são os seus irmão e irmãs?
Quem são os seus pais?
Quem são os seus primos?
Quem são os seus filhos?
Quem são os seus tios e tias?
Quem são os parentes do seu cônjuge?
Quem andou na escola consigo?
Quem trabalha consigo?
Quem tem empregos em part-time?
De quem você gosta muito?
Quem foi posto de parte?
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Quem comprou um casa ou carros novos?
Quem põe anúncios pessoais?
Quem responde a anúncios pessoais?
Quem lhe deu um cartão de visita?
Quem trabalha a noite?
Quem é assistente social?
Quem é militar?
Quem é que os seus amigos conhecem?
Quem é o seu dentista?
Quem é o seu medico?
Quem esta disposto a ajudá-lo?
Quem é que trabalho na Administração Publica ou para o Governo?
Quem está desempregado?
Quem frequenta cursos ou workshops de desenvolvimento pessoal?
Quem lê livros de auto-ajuda?
Quem já foi seu superior?

Quem conheceu quando estava de férias?
Quem é que atente quando toma a sua bica ou quando almoça
Quem é o seu cabeleireiro?
Quem é a sua manicura ou pedicura?
Quem trata dos seus impostos?
Quem trabalha no seu banco?
Quem está na sua lista de postais de Natal ou de Páscoa?
Quem está em imobiliária?
Quem são os seus professores ou dos seus filhos?
Quem é o seu mecânico, bate-chapas, ou presta serviço ao seu carro?
Quem faz o trabalho voluntário?
Quem vive na vizinhança?
De quem gosta menos?
Quem é seu patrão?
Quem lhe entrega o correio?
Quem lhe telefona para casa?
Quem lhe telefona para o trabalho?
Quem lhe trata do seu jardim?
Quem lhe entrega o jornal?
Quem toma conta das suas crianças?
Quem frequenta a sua igreja?
Quem é que encontra na rua?
Quem conheceu através dos seus amigos?
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Quem é o seu alfaiate ou costureira?
Quem vende cosméticos?
Quem tem cuidado e consciência com a sua saúde?
Quem se dedica á reciclagem?
Quem é rico ou abastado?
Quem tem imensos amigos?
Quem faz exercício regularmente?
Quem entrega a pizza em sua casa?
Quem quer liberdade?
Quem está envolvido em angariação de fundos?
Quem tem crianças na Universidade?
Quem gosta de dançar?
Quem conheceu numa festa?
Quem conheceu num avião?
Quem é que você se esqueceu de incluir nesta lista?

Depois, avalie a sua lista colocando uma estrela ao lado de cada nome com uma das
seguintes características, ou uma das seguintes qualidades.
Percorra a lista uma vez para cada característica; depois volte a percorrer a lista para
a próxima característica. Atribua um número máximo de quatro estrelas por cada
nome.
Coloque uma estrela ao lado de:
Quem seja um centro de influencia; tenha boas relações na comunidade ou uma rede
de relações especializada em seu redor, seja famoso, bem conhecido, tenha
credibilidade perante as pessoas;
Quem seja positivo, sociável e que goste de estar com pessoas;
Quem você ache que está aberto a propostas de ajudar a fazer mudanças na
comunidade.
Quando terminar, já vai saber quem são os candidatos a ser, as suas primeiras
estrelas!

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ANEXO I
PROJECTO INTER-AJUDA
(Síntese)
Já pensou o que será um sistema, sem custos financeiro que permite satisfazer
algumas das suas necessidades, em troca do auxílio a outros em modalidades
que lhe são fáceis?
Sem ter de o fazer numa forma bilateral. Ajuda alguém do sistema e pode receber
outro tipo de ajuda de outra pessoa do sistema.
É isto a Inter-Ajuda em cadeia numa comunidade.
Aplica-se no domínio da saúde, da educação, da assistência social, da cultura, do
apoio legal, etc. no âmbito de uma freguesia, de uma povoação, de cidades.
O Projecto Inter-Ajuda, cuja metodologia está registada desde 1996, faz a “ponte”
entre esta vivência ancestral e as necessidades do mundo actual baseando a sua
coordenação numa equipa especializada e em ferramentas modernas.

Como se organiza?
Os parceiros do Projecto são as Autarquias, (elemento chave) que em conjunto com
a nossa equipa e outras entidades locais criam uma base de dados, com questionários
muito simples, das carências e disponibilidades de cada um. O passo seguinte é
adaptar o Projecto e desenvolver a rede para o caso específico dessa população
alvo.
As acções prestadas em cadeia geram “pontos de crédito” que podem dar benefícios
aos utentes do Projecto concedidas pelos Municípios e outros organismos. Os
pontos acumulados servem também como “moeda” de troca entre os cidadãos
inseridos na rede do Projecto.
Todos dão e todos recebem.

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ANEXO II

PROJECTO INTER-AJUDA
Inter-Aid Project

A ajuda mútua numa comunidade constitui um fenómeno antigo e oportuno da


experiência humana, que pode ser acelerado e sistematizado uma vez coordenado e
baseado em inquéritos simples concebidos para os habitantes de uma cidade, distrito,
bairro, aldeia ou qualquer outro tipo de comunidade.

Em Portugal, por exemplo, a sua realização foi possível através da criação de uma
ONG (EMET) que fundei em 2000 na cidade de Chaves, um concelho da região de
Trás-os-Montes. O EMET estabeleceu parcerias com as autarquias, administrações
distritais, escolas e outros. A Câmara Municipal desempenha um papel-chave de
coordenadora das actividades e da base de dados de voluntariado, concebida e
desenvolvida pela ONG e por outras instituições locais de relevo.

Este projecto pode ser aplicado a diferentes áreas: cultural, legal, de saúde (por
exemplo, o EMET criou uma “Unidade Móvel de Saúde” gratuita), ou uma
actividade social expandida. Para simplificar, eis um exemplo:

Coordenámos aulas de inglês para crianças de um grupo de aldeias. Os pais destas


crianças prestavam serviços de jardinagem e manutenção geral aos professores. Os
materiais eram fornecidos pelas lojas locais, que, em retribuição, recebiam uma
montra de Natal única para as suas lojas, feita pelo projecto destas crianças. As
crianças também realizaram entrevistas sobre a história das lojas locais, que depois
foram compiladas.

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Este Projecto pode ser implementado a diversos níveis, desde as ditas aulas de inglês
até esforços comunitários de grande envergadura para se tornar “a Cidade com mais
Flores” do país, ou uma campanha de limpeza da cidade com enorme sucesso,
iniciativas estas que fomentam a participação, o espírito comunitário e a valorização
dos espaços públicos.

O conceito e metodologia do Projecto encontram-se registados em meu nome e do


Dr. Ricardo Sá Fernandes, que lhe deu os contornos legais. O conceito de
“intercâmbio de serviços” entre cidadãos, com um sistema de Pontos de Crédito,
segundo o qual, em vez de receberem dinheiro, os residentes ganham “pontos
municipais” que podem ser utilizados em eventos sociais, piscinas, museus,
benefícios sociais e fiscais, etc. Estes Pontos de Crédito são também utilizados como
moeda de troca com outros residentes. O processo é integralmente mantido numa
base de dados.

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Breve resumo da metodologia:

1. A equipa do Inter-Ajuda apresenta o projecto às autarquias locais.

2. Apresentação conjunta pelo Inter-Ajuda e os representantes da autarquia a


potenciais parceiros locais identificados pela autarquia.

3. Desenvolvimento do projecto com as adaptações necessárias segundo as


necessidades locais.

4. Distribuição e avaliação dos Inquéritos à população local, no que respeita as suas


necessidades.

5. Campanhas de consciencialização e apoio, no sentido de encorajar o debate


público: apresentação dos resultados dos inquéritos relativos às “necessidades da
população no terreno” nos meios de comunicação e outros círculos relevantes.
N.B.: este passo revelou-se crucial, pois os resultados destes inquéritos foram
muito diferentes daquilo que as autarquias locais esperavam.

6. Estabelecimento de uma base de dados, um corpo de voluntários e uma estrutura


administrativa.

7. Estabelecimento de uma rede de apoio do sector público.

8. Implementação do Projecto.

Custos:

Os custos são mínimos:

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1. Recursos Humanos *: De acordo com a nossa experiência em Portugal, 85% dos
recursos humanos foram constituídos por voluntários e os restantes por pessoal já
empregue pela autarquia e outras autoridades, que dedicaram parte do seu horário
a este objectivo. Além disso, foi incorporada no processo “mão-de-obra de outro
modo não produtiva”, especialmente constituída por idosos, tendo obtido uma
resposta e resultados particularmente positivos.

* São necessários um ou dois coordenadores a tempo inteiro, dependendo do volume


de trabalho num dado momento. (no EMET, estes coordenadores tiveram à
disposição um gabinete na Câmara Municipal)

2. Materiais: Contributos do sector privado sob a forma de declaração fiscal

3. Locais: Utilização de espaços públicos (escolas, salões municipais, parques, etc.)


– Sem custos.

4. Publicidade: feita através dos meios de comunicação social, das redes escolares,
dos serviços dos correios, etc. – Sem custos.

Em Julho de 2006, uma das nossas voluntárias, apresentou o projecto ao “Fórum


Europa” em Bruxelas. Na sequência da sua apresentação, foi-nos sugerido
divulgá-lo numa escala mundial. Surgiu assim a parceria com o Glocalforum.org,
rede de cidades que tem no momento agregadas mais de 150, a maioria capitais.
Está nos cinco Continentes. O “Fórum Europa” sugeriu ainda a adopção deste
projecto a nível governamental, com todas as questões legais e financeiras
necessárias facilitadas como uma metodologia oficial na próxima reunião geral do
“Fórum Europa” em 9 de Maio, visando a criação de lobbies e propostas de
alteração das leis fiscais para que se possa contabilizar o “tempo” de voluntário.

Lisboa, 22 de Fevereiro de 2007

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ANEXO III
INTER-AJUDA
INTER-AJUDA
Nas comunidades Portuguesas o processo de inter-ajuda existe e continua a criar
elos de ligação tradicionais, embora por vezes descontínuos e sem objectivos
concretos. Mas como são naturais e ancestrais subsistem.
Talvez possamos ter a pretensão de os melhorar e actualizar dando-lhes ideias novas
e funcionais.
Estes movimentos seculares são óptimos, pois criam a identidade e ponto de
referência para cada indivíduo, na vivência rural e urbana sendo nas grandes cidades
(com população maioritariamente migratória e desenraizada) que essa inter-ajuda se
toma no único veículo humano e cultural que pode atravessar barreiras, criar núcleos
com futuro de qualidade responsáveis pela consciencialização real entre a meio
envolvente e o indivíduo. Creio ser este sistema o mais eficaz a médio e longo prazo.
A nível de financiamento e manutenção é fácil e fundamental para uma população
bem integrada.
Vou dar alguns exemplos de experiências passadas noutros lugares e que podiam ser
úteis em Portugal:
- Cada cidadão tem um cartão com fotografia, tipo B.I., em que diz a localidade a
que pertence (bairro); Este documento e renovado anualmente.
O serviço é prestado nas Câmaras e a idade mínima e normalmente de seis (6) anos
(primeira classe). Com o cartão tem-se direito a ir gratuitamente a Bibliotecas
Públicas, Museus, Piscinas Municipais, eventos culturais, consultas médicas feitas
em locais pré-estabelecidos, normalmente escolas, cursos e múltiplas actividades e
áreas conforme a procura, etc...
Por seu lado, os cidadãos tem obrigações que começam muito cedo desde prestação
cívica que vão do mero plantar de árvores, limpeza de jardins, ruas, praias, pintar ou
arranjar algo degradado, até ao contributo para acção médica gratuita, cursos
diversificados, etc...
Cada um trás algo para a Comunidade. Este serviço e coordenado de forma
voluntária nos bairros e conta com uma base de dados actualizada e centralizada e
com a distribuição de informação em áreas públicas, através dos correios, escolas e
outros locais de consulta fácil.
Permitam-me uma nota pessoal. Os meus filhos, de dezasseis e dezassete anos, já
foram bombeiros, durante um ano tiveram a seu cargo pessoas idosas e doentes
(faziam-lhe compras, limpavam-lhes a casa, liam e ajudavam em pequenos
problemas quotidianos) restauravam edifícios estragados e até deram um curso de
"Origami" (dobragem de papel em formas japonesas).
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O meu filho, que tinha na altura doze anos, deu o curso durante dois anos
consecutivos, duas vezes par semana, a participantes com idades compreendidas
entre os 10 e os 80 anos. Foi muito divertido e positivo.
Creio, que este trabalho, sendo desenvolvido em cooperação com as Associações
Tradicionais, como por exemplo em Portugal, as Misericórdias, será a solução para
muitos dos problemas mais difíceis com que nos confrontamos a nível cultural,
cívico e até de motivação numa era de desemprego, massificação e desumanização.
A possibilidade de ser-se envolvido em algo comum afasta do individualismo e
egocentrismo apático em que parte da população se encontra. O apego ao que foi
conseguido em conjunto cria bases para nova consciência colectiva visível e
regeneradora.

DEZEMBRO/1996
Ruth (Graça) Calvão

ANEXO IV
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PROJECTO INTER-AJUDA
Construir na Terra Olhando o Céu

LINHAS DE ORIENTAÇÃO
Revitalização do Comunitarismo
Rede de Voluntários
Ausência de património construído, utilização de unidades móveis para apoio às populações
Descentralização
Actuação territorial local
Complementariedade e coordenação com outras instituições

ÁREAS DE ACTUAÇÃO
1. SAÚDE
Acções de prevenção através de unidade móvel de saúde
Acompanhamento e apoio a crianças e idosos com carências
Consultas voluntárias em várias especialidades aos mais necessitados

2. EDUCAÇÃO
Doação de material didáctico
Ocupação de tempos livres de crianças, jovens e idosos
Acções preventivas (prevenção rodoviária, tabagismo, alcoolismo, higiene e nutricionismo)
Formação a professores (gestão de conflitos, métodos de inter-ajuda, educação pela arte)
Alfabetização de adultos
Execução de produtos artesanais pela comunidade
Jornais infantis
Acções de divulgação e visitas de estudo, durante o ano lectivo

3. CULTURA
Teatro infantil
Exposições e Espectáculos
Ateliers e Workshops para crianças e adultos
Animação de rua
Recolha de material antropológico sobre as comunidades
Publicação de estudos comunitários
Publicação de livros infantis

4. HABITAÇÃO
Pequenas reparações (materiais e mão-de-obra voluntária)
Electricidade
Canalização
Infiltrações
Portas e Janelas
Soalho, etc
Mobiliário
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5. AMBIENTE
Limpeza de florestas
Visitas de estudo com crianças
Formação ambiental para crianças e jovens
Passeios temáticos sobre a região, para adultos

6. ALIMENTAÇÃO E VESTUÁRIO
Doação de alimentos e vestuário a famílias necessitadas
Em regime permanente
Situações pontuais
Complemento de refeições em ATL’s para crianças

ACTIVIDADES INSTITUCIONAIS
O Projecto de Inter-Ajuda participa em numerosas acções de outras instituições, nas
áreas acima mencionadas, procurando contribuir para a obtenção dos melhores
resultados para as comunidades

METODOLOGIA
1. Apresentação do Projecto a comunidades locais
2. Reacção de representantes das comunidades locais (Concelhos, Juntas de Freguesia, Bairros)
3. Proposta de projectos
4. Assinatura de projectos
5. Implementação de projectos
6. Avaliação de resultados

MODELO DE FUNCIONAMENTO
Nível Central
Gestão do Projecto Inter-Ajuda
Divulgação do Projecto
Montagem de parcerias
Obtenção de apoios, mecenato, contribuições
Aprovação, coordenação e apoio (recursos e voluntários) a projectos
Avaliação de resultados de projectos
Nível Local
Articulação com nível central
Articulação com entidades locais
Proposta de projectos
Execução dos projectos (um responsável por cada projecto)

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A Equipa do Projecto Inter-Ajuda, dentro das suas capacidades, irá ajudá-lo a tirar dúvidas
e/ou a implementar o Projecto.

Estamos cá para o apoiar!

Boa Sorte a todos e Muito Sucesso !!

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Apresentação geral do projecto piloto
Nome do projecto - INTER-AJUDA
Nome da Associação de Solidariedade Social - EMET
Nome do apresentador - Comissão Instaladora da Associação

DESCRIÇÃO
Nas comunidades Portuguesas o processo de inter-ajuda existe e continua a criar
elos de ligação tradicionais, embora por vezes descontínuos e sem objectivos
concretos. Mas, como são naturais e ancestrais, subsistem. Talvez possamos ter a
pretensão de os melhorar e actualizar dando-lhes ideias novas e funcionais. Estes
movimentos seculares são óptimos, pois criam uma identidade e ponto de referência
para cada indivíduo, na vivência rural e urbana que actualmente, tem uma população
migratória desenraizada. A inter-ajuda torna-se num veículo humano e cultural que
pode atravessar barreiras, criar núcleos com futuro de qualidade, responsáveis por
uma tomada de consciência real do meio envolvente por parte do indivíduo. Este
sistema, existente noutros países, tem-se mostrado a nível antropológico, social e
financeiro único e eficaz a médio e longo prazo.
Tendo em conta que em muitos países europeus (em Portugal também já é uma
realidade) o sistema de Segurança Social está sobrecarregado e a desmoronar-se, é
importante antever e prevenir. Daí a urgência de reeducar neste sentido a população,
para que daqui a dez anos possamos evitar a desintegração e a disfuncional idade
social. A nível de financiamento e manutenção é fácil, desburocratizante e implica
custos quase zero.

OBJECTIVO E METAS DO PROJECTO


Objectivo do projecto - Sistematizar a inter-ajuda, a nível pessoal e comunitário,
para dar resposta às carências reais das populações, minimizando a intervenção
externa.
Relação com outros organismos - Voluntariado, Estado, Associações e Instituições
locais.
Timing- Oito anos

A SITUAÇÃO ACTUAL
Não sendo este estudo exaustivo, nem técnico pretende apenas ser uma amostra da
situação actual.
Demografia
- Perca de residentes, embora de uma maneira menos acentuada do que na década de
90,

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- A pertinência das questões referentes à infância e à juventude é relevante tendo em
conta que o Norte de Portugal representa 42% das crianças ( dos 0 aos 14) e 41%
dos jovens (dos 15 aos 24) do total continental.
- Prevê-se que em 2025 a região Norte será uma das raras regiões europeias com um
índice de dependência da terceira idade inferior a 25%. De qualquer modo, espera-se
que a região venha a acompanhar a tendência de envelhecimento que se regista na
Europa, criando uma pressão acrescida nos serviços de Segurança Social

Educação
- Apesar da melhoria geral verificada no sistema educativo, quer em termos
absolutos, quer em termos relativos, a mesma continua a apresentar resultados
insatisfatórios:
- Principais indicadores - a educação pré -escolar, o insucesso e abandono precoce
da escola, a iliteracia, entre outros, apresentam valores inferiores às médias
nacionais. A escassa oferta de mecanismos de qualificação profissional para os
jovens, faz com que o nível médio de formação profissional à entrada no mercado de
trabalho seja baixo e prolongue situações de desqualificação profissional que não
estimulam a realização de novas aprendizagens e de requalificações.
- Desajustamento crescente entre qualificações escolares e oportunidades de
mercados de trabalho.
- População activa pouco qualificada. Forte expansão do ensino superior, mas do
modo desenquadrado das necessidades do mercado de trabalho, resultando em
insucesso escolar universitário e desemprego.

Emprego
- Grande peso da agricultura no total do emprego, (quer como actividade principal
quer como complemento de rendimento).
- O desemprego é caracterizado por oscilações sazonais particularmente acentuadas
- Qualificações dos trabalhadores, sobretudo habilitações que apresentam valores
abaixo das médias nacionais.
- Baixas remunerações, emprego precário, difusão de actividades informais, modelos
de gestão da mão-de-obra que resistem à inovação e integração dos mais
qualificados.
- Elevada participação das mulheres na actividade económica: maioritariamente
caracterizadas pelas suas baixas qualificações e remunerações, (participam
normalmente na indústria tradicional ou na agricultura).

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Coesão social
- Três factores, de uma maneira sintetizada, têm-se conjugado para configurar em
sérios limites à coesão social:

1. As reduzidas qualificações da população,


2. Os baixos rendimentos
3. Ineficiente sistema social.
- Entre os agregados mais representados a nível do rendimento mínimo garantido,
encontram-se os indivíduos isolados e as famílias monoparentais chefiadas por
mulheres. Em 1998 36.2% dos beneficiários do país residiam na região Norte.
- Os equipamentos e serviços sociais programados são ainda insuficientes quer em
termos de taxas de cobertura quer a nível de prestação de qualidade e serviços.
Globalmente mantém-se taxas significativas de pobreza "tradicional" acrescidas de
novas formas de precariedade que apresentam especial incidência nas maiores
concentrações urbanas.

Tecnologias de informação e comunicação


- Em termos gerais embora não existam informações sistematizadas sobre a difusão,
uso e aplicação das tecnologias de informação e comunicação, sabe-se que foram
ultimamente desenvolvidos, com aplicações relevantes no domínio da cultura, redes
de parceria e dos serviços administrativos e neste último caso em particular, com o
envolvimento das autarquias locais em protocolo de modernização administrativa
municipal.

Saúde
- Em termos gerais verificam-se graves défices no domínio da saúde, nomeadamente
na materno-infantil, cujos indicadores estão abaixo da média nacional.
- Os recursos físicos de saúde são relativamente escassos com uma dotação de 24
unidades de saúde por 100 mil habitantes em 1997, face aos 32 da média nacional
- Número de médicos e enfermeiros por habitante igualmente abaixo da média
nacional. (respectivamente 2.5 e 2.9 face a 3.0 e 3.5 no país).
- É necessário adoptar novas formas de gestão e organização ao nível local, dado que
a distribuição do pessoal de saúde apresenta valores de expressão significativos,
localizando-se fundamentalmente nos centros urbanos e escassamente em zona
rurais.
- Grande burocratização e rigidez na organização e gestão dos recursos disponíveis

Cultura, Desporto e Turismo


- Diversas carências ao nível das infra-estruturas, má gestão, que urge ultrapassarem,
na definição do dimensionamento dos equipamentos culturais, tendo em conta a
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capacidade de oferta e procura cultural e a nível mais local a valorização das
parcerias inter-institucionais
- Falta de coordenação, gestão e formação técnica a nível de políticas de animação,
captação de públicos, promoção e divulgação das actividades.
- As principais dificuldades em relação ao desporto situam-se nos campos da
estruturação e diversificação de oferta de práticas desportivas, tornando-a mais
coerente e próxima do cidadão. Tendo em conta que o desporto é um dos pontos
fortes da identidade regional, em especial de uma parte da população jovem, essa
medida seria um contributo positivo no âmbito da política da criação de emprego
para jovens.
- Deficiente estruturação dos produtos turísticos e fraco nível de qualificação e
competência da generalidade dos profissionais.
- Insuficiente valorização do património cultural traduzida na precária conservação e
divulgação do mesmo.
É de salientar na região o potencial de recursos naturais existentes e o grande
desenvolvimento e importância a nível comunitário do contacto com a natureza.

Informação geral
- Elevada disparidade regional – a região norte é a 23º região mais pobre da
comunidade europeia apesar de se ter verificado um esforço de convergência muito
acentuado, que se traduz não só numa subida, em relação a 1986 de 9 lugares neste
ranking, como uma redução à média europeia no que diz respeito ao PIB per capita
(51 em 1986 e 61 1996).
- Forte dependência do emprego no sector administrativo, fraca capacidade de
fixação jovem com formação média superior, escassez de "massa critica" e de
capacidade empresarial local, deficientes comunicações entre a cidade e o seu
território de influência, limitando a dimensão do seu "mercado".
- Falta de dinamismo e inovação empresarial com reduzida difusão e acessibilidade
limitadas de informação dos principais serviços públicos de apoio ao
desenvolvimento local.
- Indicadores particularmente preocupantes na área da educação. Fragilidade
decorrente da mono -especialização sectorial por sub-espaços.
- Redes de transportes de baixa qualidade e manutenção deficiente, criando
dificuldades de acesso que limitam os investimentos, pobre qualidade de prestação
de serviços, e fraca mobilidade humana nas zonas rurais.
- Todos os factores acima mencionados constituem factores limitativos a nível da
qualidade de vida e potencialidades da região.
- No plano administrativo onde existem bastantes distorções onde as relações de
proximidade com a administração central são altamente burocratizadas, onde a
organização territorial dos serviços descentralizados é muito variada e marcada,
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regra geral pela ausência de uma padronização das soluções institucionais. Conduz
assim a dificuldades acrescidas para o número cada vez maior de problemas
complexos que necessitam de abordagens multisectoriais e interministeriais.
Inexistência de circulação de informação, negociação de objectivos comuns, escasso
conhecimento e percepção do cidadão, das empresas, das associações e da própria
administração acerca da organização da máquina estatal.
- Estrutura de recursos humanos deficiente onde ainda é valorizada a acção
individual mas de uma forma descoordenada, impossibilitando muitas vezes uma
contribuição válida para os processos de planeamento e formação de políticas
externas.
- Associações de municípios com estruturas relativamente débeis, escassos recursos
e um elevado grau de dependência em relação ao exterior.

UMA NOVA OPCÇÃO "INTER-AJUDA"

Nos indicadores que apresentámos, Portugal tende a aproximar-se aos padrões de


desenvolvimento Europeus estabelecidos.
Caracteriza-se por um modelo de organização social uniformizado. A sociedade
Portuguesa apresenta aos mais diversos níveis, ainda, uma profunda disfuncional
idade e contradição.
Tradição e modernidade, passado e futuro, imobilismo e acção, periferias e os
centros,
(políticos, económicos e culturais).
Este desnivelamento desenvolve expectativas e aspirações em sectores importantes
da sociedade, gerando problemas complexos associados a novas desigualdades e
marginalização social e profissional.
É necessário recorrer a novas formas de acção que preencham os mundos vazios
deixados por esta dinâmica social.
A intervenção da solidariedade, voluntariado e consciência colectiva, numa palavra -
INTERAJUDA, permitem assegurar os valores profundos da coesão social a par do
desenvolvimento económico.
É nesse quadro que o projecto INTER-AJUDA apresentado pela EMET -
Associação de Solidariedade Social, encontra a sua razão de ser.

ESTRATÉGIA DO PROJECTO

Ideias do presente para o futuro.


Criar um sistema integrado e sistematizado assente numa base de dados feita através
de inquérito directo às populações. Em anexo exemplar tipo no qual pretendemos
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obter informação real e actualizada dos problemas, carências e aspirações a nível
pessoal e comunitário dos interessados, bem como a contribuição e mais-valias que
podem trazer para o projecto.
Base de dados a ser actualizada anualmente.
Ver fases do projecto.

CRONOGRAMA DO PROJECTO
1º FASE

O QUE QUEREMOS ABRANGER


Oito aldeias do concelho de Chaves nomeadamente: Santo Estevão, Faiões, Vila
Verde da Raia, Outeiro Seco, Santo António de Monforte, Tronco, Bobeda, Vila
Nova da Veiga e uma Freguesia da Cidade de Chaves (a ser escolhida pela C.M.C).

COMO FAZEMOS
A criação desta base de dados será realizada entre Julho e Novembro de 2001, por
voluntários da nossa Associação em parceria com a C.M.C, as Juntas de Freguesia e
as Associações existentes nas respectivas aldeias e freguesia da cidade. Já no âmbito
do protocolo com a C.M.C e as Associações. Depois de criada e analisada a dita
base de dados segundo o modelo existente noutros países, através da técnica de
cruzamento de informações computadas, será criado um serviço coordenado de
forma voluntária nas aldeias e bairro com a distribuição de informação em áreas
públicas, correios, escolas e outros locais de consulta fácil. Tal objectivo passa pela
coordenação e centralização na C.M.C de toda a informação necessária que possa
proporcionar aos cooperantes Inter-Ajuda a nível pessoal, bem como a instituições
de solidariedade social e associações tradicionais interessadas, a capacidade de
articulação necessária para inicio a gestão e estruturação do projecto.

METODOLOGIA
Cada cidadão tem um cartão tipo B.I., com fotografia, em que consta a localidade a
que pertence (bairro). Este documento é renovado anualmente. O serviço é prestado
na Câmara ou/e Juntas de freguesia e a idade mínima é normalmente de seis anos
(primeira classe). Para minimizar os custos, é aconselhável, até a título pedagógico,
que sejam bancos, companhias de seguro, industrias, etc., conhecidas na região a
porem o seu o seu logótipo na contra face do cartão. Os dados do cartão são: Nome,
morada, data de nascimento e número de identificação de inscrição no projecto de
Inter-Ajuda e pólo a que pertence.

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Com o cartão tem-se direito a ir gratuitamente a bibliotecas públicas, museus,
piscinas municipais, eventos culturais, espaços desportivos, descontos em lojas da
região com quem a Câmara faça protocolos, fotocópias a preços reduzidos, material
didáctico, etc.
Por seu lado, os cidadãos tem obrigações que por razões de educação cívica devem
começar cedo, que vão desde o plantar de árvores, limpeza de jardins, ruas, pintar ou
arranjar algo degradado, até à prestação de serviços à terceira idade, doentes, etc.
Cada um traz algo para a comunidade. A Inter- Ajuda é um serviço coordenado de
natureza voluntária, que está centralizado na Câmara e passa por um contrato entre a
Câmara e o cidadão. Cabe à Câmara ou Juntas de freguesia a distribuição de
informação útil em áreas pública e outros locais de consulta fácil.

INTER-AJUDA EM CADEIA
A Inter-Ajuda em cadeia significa que: eu, ao estar inserido neste projecto, tenho
obrigatoriamente que ajudar alguém, nem que seja o meu vizinho. Esta ajuda é
ilimitada quanto ao número de pessoas a ajudar. A pessoa ajudada tem como
responsabilidade ajudar-me em algo ou ajudar outras pessoas de forma também
ilimitada. Ex. O carro do vizinho está avariado, durante o período de arranjo do
carro dou boleia a esse vizinho para o local de trabalho, esse vizinho faz compras
para uma outra vizinha que está acamada, a vizinha que está acamada faz renda para
que uma 4º pessoa possa vender e ganhar algum dinheiro, dinheiro esse que vai usar
para comprar livros de histórias para a escola da aldeia, os alunos dessa escola
arranjam um jardim público, a Junta dessa aldeia leva os alunos para um passeio
gratuito, etc...
Outro ex. Jovens ocupam-se de pessoas idosas ou doentes por um período de um ano
a seu cargo, fazendo compras, limpando a casa, lendo-lhe e ajudando em pequenos
problemas quotidianos, em contrapartida tem um bloco de senhas para se
deslocarem à piscina gratuitamente.
Outro ex. - um canalizador arranja gratuitamente para um carenciado do projecto
uma torneira partida ou algo do género, em contrapartida ele e a sua família têm
entrada gratuita num cinema.
Outro ex. - Um médico dá uma consulta a um utente carpinteiro e este por sua vez
compromete-se a realizar arranjos de carpintaria em casa do médico.
Outro ex. - Uma professora de inglês dá aulas a um grupo de jovens e estes ajudam-
na no jardim de sua casa.

COMO COORDENAMOS O CONCEITO INTER-AJUDA


Através de um telefone fixo e com custo zero para quem faz a chamada. Assim
sendo, somos informados pelos utentes das necessidades e das suas actividades para
o bom funcionamento do projecto.
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Ex. - liga a Sr.ª Maria que tem o número 39 da aldeia tal, com um problema de saúde
e não sabe como se deslocar ao centro de saúde por falta de meios, pomo-nos em
acção através de chamadas telefónicas para ver quem da mesma aldeia ou próxima
se poderá deslocar lá para levar a dita senhora até ao médico.
Ex. - Liga o Sr. Manuel da aldeia tal com o número 75 que informa que está a ajudar
o utente com o número 48 da aldeia tal com a pintura da casa. Nós confirmamos a
situação e fica registado na base da dados que o utente número 75 tem a haver do
projecto um favor. Sem ser pelo telefone, através de uma carrinha que percorre as
aldeias e Freguesias, em dias estipulados; os devidos utentes dirigem-se-lhe para
informar da sua situação e pedir ajuda tal como acontece através do telefone.
Uma terceira via de auscultação é através de gabinetes criados nas diversas aldeias
em colaboração com as Juntas de Freguesia e as escolas ou na própria Câmara de
Chaves.
A EMET e a Câmara podem coordenar esta "boa vontade", sistematizando-a como
foi dito anteriormente, maximizando assim as mais-valias de cada um, percebendo
as carências efectivas da população. Implementando esta disciplina no processo
educa-se a geração actual e as vindouras para uma responsabilização cívica.

CRONOGRAMA
Entre um a dois anos para a implementação do projecto.

2ª FASE

O QUE QUEREMOS ABRANGER


Além das oito aldeias que fazem parte da 1ª fase pretendemos alargar o projecto a
outras aldeias até cobrir metade das aldeias de todo o concelho de Chaves e outras
regiões do país.

COMO FAZEMOS
O mesmo que na 1ª fase mas de forma mais alargada.

METODOLOGIA
Com as mesmas metodologias aplicadas na 1ª fase, tendo em conta o
desenvolvimento de outros gabinetes e centros de apoio no país.

INTER-AJUDA EM CADEIA
A Inter-Ajuda continua nos moldes que foram descritos na 1ª fase.

COMO COORDENAMOS O CONCEITO NTER-AJUDA


Através das mesmas formas de coordenação enunciadas na 1ª fase.
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CRONOGRAMA
Entre dois a quatro anos para desenvolvimento do projecto.

3ª FASE

O QUE QUEREMOS ABRANGER


Todo o concelho de Chaves, outras regiões do país, conforme nos for sendo
solicitado.
Intercâmbios com o estrangeiro, dando prioridade às comunidades portuguesas,
vinculando assim a ligação à região de origem na perspectiva de os sensibilizar a
uma melhor integração na comunidade natal.

COMO FAZEMOS
O mesmo que na 1ª e 2ªfases mas de forma mais alargada.

METODOLOGIA
Com as mesmas metodologias aplicadas na 1ª e 2ª fases, tendo em conta o
desenvolvimento de outros gabinetes e centros de apoio no país e no estrangeiro.

INTER-AJUDA EM CADEIA
Aplicar as mesmas regras da 1ª e 2ªfases acima descritas.

COMO COORDENAMOS O CONCEITO INTER-AJUDA


Dar continuidade à sistematização descrita na 1ª e 2ªfases.

CRONOGRAMA
e quatro a oito anos para automatizar o conceito de Inter-Ajuda, consciencializando
as populações para que se torne parte integrante da sua dinâmica estrutural.

DIVULGAÇÃO
Tendo em conta que este projecto é atípico e inexistente em Portugal, o bom
acolhimento e boa aceitação por parte da Câmara Municipal de Chaves, como
comunidade pioneira para a sua implantação, justifica a nossa aposta no estudo
antropológico de Chaves e do seu Concelho. A rentabilização das energias
desenvolvidas colectivamente, sobretudo a nível de programação e coordenação,
pode ser sempre melhorada e actualizada. Tal objectivo passa pelo estímulo e pelo
fortalecimento da INTER-AJUDA na comunidade. Para tal, nas sociedades

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modernas, um dos pontos fortes de coesão é a divulgação, na vertente educadora e
nos meios de
Comunicação Social (Televisão, Jornais, Rádio, Revistas e Internet).
É com a maior satisfação que a EMET vem informar já ter sido contactada, repetidas
vezes, por todos estes organismos desde o início das nossas actividades. Todos
mostraram grande interesse em apoiar-nos na divulgação do projecto INTER-
AJUDA. Sem excepção puseram ao nosso dispor os seus meios para dar estimulo,
fortalecimento e desenvolvimento à concretização do mesmo.
A C.M.C e a EMET têm portanto à sua disposição este valioso meio.
Visto este projecto ser único no País, e ter sido apresentado em vário meios
universitários, também será muito interessante explorar estas oportunidades. Podem-
se promover estudos, colóquios, conferências, etc., sobre a inserção da INTER-
AJUDA em múltiplas áreas, educação, saúde, acção social, cultura, ambiente,
economia, entre outras.
É de salientar que a nossa concepção atípica de INTER-AJUDA foi aprovada pela
Segurança Social.

METODOLOGIAS
Métodos e as Técnicas
Já estão enumeradas nas várias fases do projecto.
RECURSOS
Físicos:
1ª, 2ª e 3ª FASE
Carrinhas
Linhas telefónicas gratuitas de apoio (protocolo com a PT)
Locais de apoio logístico: CMC, Juntas de freguesia, Escolas, Segurança Social,
Paróquias e EMET.
(Podem ser criados novos locais de apoio)
Humanos:
1ª FASE
2 pessoas (pessoal da CMC)
Pessoal das Juntas de Freguesia
População das aldeias
Assistentes Sociais
Paróquias
Voluntários EMET
Associações e Fundações (através de protocolo)
2ªFASE
3 pessoas (pessoal da CMC)
Pessoal das Juntas de Freguesia
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População das aldeias
Assistentes Sociais
Paróquias
Voluntários EMET
Voluntários de outras Associações e
Fundações (através de protocolo)
Para outras regiões do País
O mesmo Organigrama usado no concelho de
Chaves coordenado pelos organismos locais.
3ªFASE
Pessoal das Juntas de Freguesia
População das aldeias
Assistentes Sociais
Paróquias
Voluntários EMET
Voluntários de outras Associações e
Fundações (através de protocolo)
Para outras regiões do País e Estrangeiro
O mesmo Organigrama usado no concelho de Chaves coordenado pelos organismos
locais.
ORÇAMENTOS
- Para a implantação do projecto: Voluntariado
EMET e valências existentes na C.M.C.
- Para o cartão: contamos com patrocínio de Instituições Públicas e Privadas
(Bancos,
Seguradoras, Indústrias) e Organismos Regionais.
- Para a linha telefónica: Patrocínio da PT
- Para a carrinha: Fundos Europeus (via ADRAT)
Nota: Pela experiência existente noutros países o projecto e a sua manutenção têm
um custo de quase zero, quando são aproveitados os recursos físicos e humanos já
existentes.

CONCLUSÃO
Creio que este trabalho, sendo desenvolvido em cooperação com Associações
tradicionais e outras entidades, será a solução para muitos dos problemas mais
difíceis com que nos confrontamos a nível cultural, cívico e até de motivação, numa
era de desemprego, massificação e desumanização. A possibilidade de ser-se
envolvido em algo comum afasta do individualismo e egocentrismo apático em que

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parte da população se encontra. O apego ao que foi conseguido em conjunto cria
bases para uma nova consciência colectiva visível e regeneradora.
Santo Estêvão, Chaves – Portugal, Maio 2000
Co-autores do Projecto Inter-Ajuda registado na Sociedade Portuguesa de Autores
(SPA)
Ruth Veiga Calvão
Ricardo Sá Fernandes

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