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Estas notas de aula surgiram da experiência do autor quando este ministrou algumas
vezes a disciplina para os cursos de Engenharias e na Licenciatura em Matemática a
Distância.
O principal objetivo destas notas é fazer com que os alunos compreendam com clareza
os conceitos de funções de várias variáveis de um ponto de vista geométrico e algébrico.
Desenvolvendo também a capacidade de modelagem de problemas matemáticos e provas
envolvendo conjuntos topológicos, bem como as noções intuitivas de limites, continuidade,
derivadas parciais, diferenciabilidade, comportamento de funções, integrais de linha e de
superfície.
É nossa expectativa que este texto assuma o caráter de espinha dorsal de uma expe-
riência permanentemente renovável, sendo, portanto, bem vindas às críticas e/ou sugestões
apresentadas por todos - professores ou alunos quantos dele fizerem uso.
Para desenvolver a capacidade do estudante de pensar por si mesmo em termos das
novas definições, incluímos no final de cada seção uma extensa lista de exercícios.
No capítulo 1 apresentaremos algumas definições e resultados sobre conceitos topológi-
cos, funções reais de duas ou mais variáveis reais, limites e continuidade que serão necessárias
para o entendimento das próximas capítulos.
No capítulo 2 apresentaremos as definições de derivadas parciais, diferenciabilidade,
Regra da Cadeia, derivada direcional e gradiente que serão necessários para as aplicações.
No capítulo 3 apresentaremos os problemas de maximazação e minimização, o Método
dos Multiplicadores de Lagrange, derivação implícita e transformações.
No capítulo 4 apresentaremos algumas definições e resultados sobre integrais múltiplas
e mudança de coordenadas.
No capítulo 5 apresentaremos algumas definições e resultados sobre campos de vetores,
funções vetoriais, integrais de linha e independência do caminho.
Finalmente, no capítulo 6 apresentaremos os conceitos de superfícies parametrizadas
e integrais de superfície. Além disso, os Teoremas de Divergências, os quais são de grande
importância no Cálculo Vetorial. Em particular, o Teorema de Green.
Agradecemos aos colegas e alunos do Departamento de Matemática que direta ou indi-
retamente contribuíram para a realização deste trabalho. Em particular, aos professores
Ailton Ribeiro de Assis, Inaldo Barbosa de Albuquerque, João Bosco Batista Lacerda,
José Gomes de Assis e Marivaldo Pereira Matos.
2 Diferenciabilidade 31
2.1 Derivadas Parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.2 Diferenciabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.3 Regra da Cadeia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.4 Derivada Direcional e Gradiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
3
6.2 Integrais de Superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204
6.3 Teorema de Green . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213
6.4 Teorema de Gauss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
6.5 Teorema de Stokes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
Situando a Temática
Quando falamos que uma coisa é função de outra, queremos dizer, simplesmente, que
a primeira delas depende da segunda. Situações de dependência, ou vinculação, fazem-se
presentes constantemente em nossa vida. Por exemplo, a área de um triângulo é igual a
um meio da base vezes a altura, ou seja, depende da base e da altura do triângulo.
A partir de agora, você está convidado a nos acompanhar neste passeio pelo mundo das
funções reais de várias variáveis reais. Juntos analisaremos detalhadamente suas regras,
conheceremos domínios, gráficos e curvas de nível, verdadeiras ferramentas de decoração
utilizadas para exposição de mapas, e aprenderemos os conceitos de limites e continuidade
de funções reais de várias variáveis reais.
Para desenvolver a capacidade do aluno pensar por si mesmo em termos das novas
definições, incluímos no final de cada seção uma extensa lista de exercícios, onde a maio-
ria dos exercícios dessas listas foram selecionados dos livros citados no final do texto.
Devemos, porém, alertar aos leitores que os exercícios variam muito em grau de dificul-
dade, sendo assim, não é necessário resolver todos numa primeira leitura.
Problematizando a Temática
A adequação de uma investigação sistemática, impírica e crítica nos leva a problema-
tização ou a formulação de problemas com enuciados que devem ser explicitados de forma
clara, compreensível e operacional. Portanto, um problema se constitui em uma pergunta
científica quando explicita a relação entre as variáveis ou fatos envolvidos no fenômeno.
Como vemos no nosso dia-a-dia os problemas envolvendo as funções reais de várias
variáveis reais independentes aparecem com mais frequência do que as funções reais de
uma variável real, e seu cálculo é ainda mais extenso. Suas derivadas são mais variadas e
1
mais interessantes por causa das diferentes maneiras como as variáveis podem interagir.
Considere, por exemplo, uma placa metálica circular com um metro de raio, colocada com
centro em R = (0> 0) do plano {| e seja aquecida, de modo que a temperatura em um
ponto S = ({> |) seja dada por
Conhecendo a Temática
1.1 Conceitos Topológicos
Nesta seção introduzimos os conceitos topológicos importantes para o estudo de funções
reais de várias variáveis reais, mais precisamente funções cujo domíno é um subconjunto
[ Rq e cuja imagem está contida em R, com ênfase no plano cartesiano e no espaço.
É pertinente lembrar que é de extrema importância em matemática, sempre que possível,
esboçar graficamente um conjunto (ou um gráfico de uma equação ou inequação) para
termos uma ideia geométrica do mesmo.
Um conjunto de pontos ou simplesmente um conjunto [ em Rq , com 1 q 3, é
qualquer coleção de pontos finita ou infinita.
Y (S ) = {T 5 [ : |T S | ? }=
|{ d| |T S | ? , |{ d| ? 1 , |{| ? 1
e
|| e| |T S | ? , || e| ? 2 , ||| ? 1=
Portanto, T 5 \ e \ é um conjunto aberto em R2 . Finalmente, para provar que ] não
é um conjunto aberto em R2 , basta observar que para cada ponto S = (d> 0) 5 ], não
existe nenhuma vizinhança delta A 0 de S , Y (S ), tal que Y (S ) ]. ¥
[ = {({> |) 5 R2 : | A 0} e \ = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 ? 1}
Rq [ = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 ? 1}
é um conjunto aberto em R2 .
Um conjunto [ em Rq chama-se limitado se existir uma esfera de centro na origem
R de Rq e raio suficientemente grande u A 0, em símbolos Vu (R), tal que
[ Vu (R)=
|{| ? u e ||| ? u=
Solução. Note que [ graficamente representa uma figura retangular com lados de com-
primentos d = 2 e e = 3, repectivamente. Assim, pondo u = max{2> 3} = 3, obtemos
\ Vu (R)=
(Y (S ) {S }) _ [ 6= >=
[ = {({> |) 5 R2 : | A 0}=
Note que S 5
@ [. Observe também que qualquer ponto S 5 [ é um ponto de acumulação
de
[ = {({> |) 5 R2 : | A 0}=
Enquanto que o conjunto Z não possui ponto de acumulação, pois dado { 5 Z, existe
= 1 tal que
(Y ({) {{}) _ Z = >=
Um ponto S 5 [ que não é um ponto de acumulação de [ chama-se um ponto discreto
ou um ponto isolado de [.
Um conjunto [ em Rq chama-se conexo se quaisquer dois pontos distintos S> T 5 [
podem ser ligados por uma linha poligonal inteiramente contida em [ (linha poligonal
significa uma “curva” constituída de um número finito de segmentos retilíneos em sucessão
tais que a extremidade de cada um coincida com a origem do seguinte). Um conjunto
aberto e conexo chama-se domínio. Por exemplo, o counjuto
[ = {({> |) 5 R2 : 1 ? {2 + | 2 ? 4}
é um domínio em R2 . Note que, um domínio não pode ser formado por dois conjuntos
abertos disjuntos. Assim, o conjunto
[ = {({> |) 5 R2 : |{| A 0}
[ = {({> |) 5 R2 : |{| 1 e 1 ? | 2}
[ Fu (R)=
\ = {({> |) 5 R2 : 1 ? {2 + | 2 }
não é uma região simplesmente conexa em R2 , pois
um conjunto compacto. ¥
EXERCÍCIOS
2. Esboce a região
¡ ¢
U = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 1 [({ 1)2 + | 2 1] ? 0}>
É importante notar que, o gráfico de uma função real de duas variáveis reais representa
uma superfície. A Figura 1.3 expõe graficamente a definição do gráfico de uma função
i : [ R2 $ R.
Exemplo 1.7 Seja i : R2 $ R a função definida pela regra i({> |) = | 2 {2 . Determinar
algumas curvas de nível da função i.
| 2 {2 = n> ; n 5 R=
Como o conjunto dos números reais R é totalmente ordenado, há três casos a serem
considerados (Lei da Tricotomia):
s
1=r Caso. Se n A 0, então | 2 {2 = n é uma hipérbole com vértices (0> ± n).
2=r Caso. Se n = 0, então | 2 {2 = n são duas retas passando pela origem R = (0> 0)
de R2 , ou seja, | = { e | = {.
s
3=r Caso. Se n ? 0, então | 2 {2 = n é uma hipérbole com vértices (± n> 0).
Algumas curvas de nível e o gráfico da função estão exposto na Figura 1.5. ¥
Figura 1.5: Paraboloide hiperbólico.
EXERCÍCIOS
2. Em cada caso esboce algumas curvas de nível da função } = i ({> |), de modo a
obter uma visualização do seu gráfico.
31
(d) } = {2 + | 2 (l) } = 2{ ({2 + | 2 )
p
(e) } = {2 + | 2 (m) } = {|
31
p
(f) } = ({2 + | 2 ) (n) } = 9 {2 | 2
p
(g) } = log (1 + {2 + | 2 ) (o) } = 1 {2 @4 | 2 @9
(h) } ={+| (p) } = |{ ||
(i) } = sen ({ |) (o) } = |{ || =
(j) } = |{| ||| (q) } = { + |2
(k) } = 8 {2 2| (r) } = { |2
{ 5 L> 0 ? |{ d| ? , |i({) O| ? =
Devemos lembrar que a notação “{ $ d” significa que { está muito próximo de d, mas
{ 6= d. Note que, nesta definição, exige-se apenas que |{ d| A 0, isto é, para os {
na vizinhança delta Y (d) que sejam diferentes de d e que pertençam a L (os pontos de
acumulação de L), pois não é necessário que i esteja definida em d para que ela possua
limite em d. Portanto, a noção de limite de uma função i em um ponto d está relacionada
ao comportamento de i nos pontos próximos de d; excluindo o próprio d. Por exemplo,
{2 4
lim =4
{<2 {2 3{ + 2
lim i ({> |) = O
({>|)<(d>e)
significa que: dado um número real A 0, existe em correspondência um A 0 tal que
p
; ({> |) 5 [> 0 ? ({ d)2 + (| e)2 ? , |i({> |) O| ? =
Assim, com alguns ajusto de ordem técnica, todas as propriedades de limites para funções
reais de uma variável real valem para funções reais de duas ou mais variáveis reais. As
principais são:
Proposição 1.8 Sejam i> j : G R2 $ R função, com [ uma região e f uma constante
real. Suponhamos que os limites de i e j existam em S = (d> e). Então:
4.
i({> |) lim({>|)<(d>e) i({> |)
lim = >
({>|)<(d>e) j({> |) lim({>|)<(d>e) j({> |)
desde que lim({>|)<(d>e) j({> |) 6= 0.
1. lim({>|)<(2>1) (2{ + |) = 5.
2. lim({>|)<(1>2) (3{2 + |) = 5.
|2{ + | 5| ? =
Note que
|2{ + | 5| = |2({ 2) + (| 1)| 2 |{ 2| + || 1| =
Como
p p
|{ 2| = ({ 2)2 ({ 2)2 + (| 1)2
e
p p
|| 1| = (| 1)2 ({ 2)2 + (| 1)2
temos que
|2{ + | 5| 2 |{ 2| + || 1| ? 2 + = 3=
2=r Passo. Verificação da nossa escolha do . Dado A 0, basta escolher um
=
3
tal que
p
0? ({ 2)2 + (| 1)2 ? , |2{ + | 5| ? =
De fato,
p
({ 2)2 + (| 1)2 ? , |{ 2| ? e || 1| ? =
Logo,
|{ 2| ? , 2 |{ 2| ? 2=
Assim,
|2{ + | 5| 2 |{ 2| + || 1| ? 2 + = 3 ? =
Portanto,
lim (2{ + |) = 5=
({>|)<(2>1)
Note que
¯ 2 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯3{ + | 5¯ = ¯3({2 1) + (| 2¯ 3 ¯{2 1¯ + || 2| = 3 |{ 1| |{ + 1| + || 2| =
obtemos
¯ 2 ¯
¯3{ + | 5¯ 3 |{ 1| |{ + 1| + || 2| ? 3(3) + = 10>
pois
|{ + 1| = |{ 1 + 2| |{ 1| + 2 ? 3=
2=r Passo. Verificação da nossa escolha do . Dado A 0, basta escolher um
n o
= min 1>
10
tal que
p ¯ ¯
0? ({ 1)2 + (| 2)2 ? , ¯3{2 + | 5¯ ? =
De fato,
p
({ 1)2 + (| 2)2 ? , |{ 1| ? e || 2| ? =
Logo,
|{ 1| ? , 3 |{ 1| |{ + 1| ? 9=
Assim,
¯ 2 ¯
¯3{ + | 5¯ 3 |{ 1| |{ + 1| + || 2| ? 9 + = 10 ? =
Portanto,
lim (3{2 + |) = 5>
({>|)<(1>2)
Vimos acima que o cálculo do limite por meio da definição pode ser tedioso se i
tem uma expressão complicada. Assim, apresentaremos algumas técnicas, além das pro-
priedades de limite já vistas no curso de Cálculo Diferencial e Integral I, que serão úteis
para determinar se uma dada função tem ou não limite em um ponto.
Já vimos que lim{<d i({) existe quando o limite pela esquerda lim{<d3 i ({) e pela
direita lim{<d+ i({) existem e são iguais. Esse procedimento não aplica-se às funções reais
de duas ou mais variáveis reais, pois existem uma quantidade infinita de caminhos para
chegarmos em um ponto, mas ele serve como um guia para apresentarmos um candidato
ao limite ou não. Lembre que se o limite existe, ele é único.
Os limites iterados
μ ¶ ³ ´
lim lim i({> |) e lim lim i ({> |)
{<d |<e |<e {<d
não são necessariamente iguais. No entanto, devem ser iguais para que o limite
lim i ({> |)
({>|)<(d>e)
existe.
Solução. Note que não podemos aplicar diretamente as propriedades, pois
{| lim({>|)<(0>0) ({ |) 0
lim = = =
({>|)<(0>0) { + | lim({>|)<(0>0) ({ |) 0
o que é uma “forma indeterminada”. Assim, devemos tentar outras formas de calcular o
limite
{|
lim
({>|)<(0>0) { + |
Neste caso,
μ ¶ μ ¶
{| {|
lim lim = lim (1) = 1 e lim lim = lim(1) = 1=
{<0 |<0 { + | {<0 |<0 {<0 { + | |<0
{2 | 2
lim
({>|)<(0>0) {2 + | 2
existe.
{2 | 2
lim
({>|)<(0>0) {3 + | 3
existe.
Solução. Para resolver este problema devemos primeiro verificar se o limite é o mesmo
por vários caminhos diferentes do plano para o ponto S = (0> 0). Em seguida aplica-se a
definição para comprovar. Note que
μ ¶ μ ¶
{2 | 2 {2 | 2
lim lim = lim (0) = 0 e lim lim 3 = lim (0) = 0=
{<0 |<0 {3 + | 3 {<0 |<0 {<0 { + | 3 |<0
{2 | 2 {2 p2 {2 {4 p2 {p2
lim = lim = lim = lim = 0=
({>|)<(0>0) {3 + | 3 {<0 {3 + p3 {3 {<0 {3 (1 + p3 ) {<0 1 + p3
2=r Caminho. Ao longo da curva | = { exp({). Note que { $ 0 , | $ 0,
{2 | 2 {2 {2 exp(2{) {4 exp(2{)
lim = lim = lim
({>|)<(0>0) {3 + | 3 {<0 {3 {3 exp(3{) {<0 {3 (1 exp(3{))
{ exp(2{)
= lim =
{<0 1 exp(3{)
É bom lembrar que este resultado aplica-se a funções reais de várias variáveis reais.
existe.
Solução. Sejam (u> ) as coordenadas polares do ponto ({> |). Então { = u cos e
| = u sen . Como
p
u = {2 + | 2
pois
1 1
|cos sen | =|sen(2)|
2 2
é limitada. Portanto, o limite existe e é igual a 0. ¥
Observação 1.14 A mudança para coordenadas polares pode nos levar a conclusões fal-
sas. Por exemplo, em coordenadas polares a função
2{2 |
i ({> |) =
{4 + | 2
assume a forma:
2u cos2 sen
i (u cos > u sen ) = 2 > quando u 6= 0=
u cos4 + sen2
Assim, se fizermos constante, então
Note que esse cálculo induz a afirmação (falsa!) de que o limite da função na origem é
igual a 0, pois ao longo do caminho | = {2 ou
obtemos
2u cos2 sen 2u2 cos2 cos2
i (u cos > u sen ) = = = 1=
u2 cos4 + sen2 u2 cos4 + u2 cos4
Logo, ao longo do caminho | = {2 ,
existe.
Solução. Sejam
{2
i({> |) = 3| e j({> |) = 2 =
{ + |2
Então
lim i({> |) = 0
({>|)<(0>0)
Geometricamente, a função i ser contínua em um ponto S significa que: para cada inter-
valo aberto L com centro em i(S ) e comprimento 2 podemos encontrar uma vizinhança
delta de S , Y (S ), tal que i({> |) 5 L , para cada ({> |) 5 Y (S ). A Figura 1.6 expõe
graficamente a definição de continuidade da função de i no ponto S .
Se pelo menos uma das condições da definição de função contínua i em S não for
satisfeita, diremos que i é descontínua no ponto S . Neste caso, diremos que o ponto S
é uma descontinuidade removível de i se
lim i ({> |)
({>|)<(d>e)
existir, mas
lim i({> |) 6= i (S )=
({>|)<(d>e)
Caso contrário, ou seja, se
lim i({> |)
({>|)<(d>e)
Solução. Para resolver este problema devemos verificar cada uma das condições da
definição de continuidade de i em um ponto S . Como o domínio de i é todo R2 temos
que i (0> 0) existe e i (0> 0) = 0. Pelo Exemplo 1.15,
Finalmente, como
lim i({> |) = 0 = i(0> 0)
({>|)<(0>0)
Portanto,
{|
lim p = lim i({> |)j({> |) = 0=
({>|)<(0>0) {2 + | 2 ({>|)<(0>0)
Assim,
lim i ({> |) existe e lim i ({> |) = 0=
({>|)<(0>0) ({>|)<(0>0)
Finalmente, como
lim i ({> |) = 0 6= 1 = i (0> 0)
({>|)<(0>0)
temos que i não é contínua no ponto S = (0> 0). Note que S = (0> 0) é uma descon-
tinuidade removível de i , pois a função j : R2 $ R definida por
(
i({> |)> se ({> |) 6= (0> 0)
j({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)
EXERCÍCIOS
Mostre que
i (1 + k> 1) i (1> 1) i (0> n) i (0> 0)
lim = 0 e lim = 0=
k<0 k n<0 n
2. Em cada caso, mostre que a função } = i ({> |) não tem limite quando ({> |) $
(0> 0):
{+| {| 2 {3 + | 3
(d) } = (h) } = (l) }=
{2 + | 2 {2 + | 4 {2 + |
{ { {2 | 2
(e) } = 2 (i) } = p (m) } = 3
{ + |2 {2 + | 2 { + |3
|{| {6 {2 | 2
(f) } = (j) } = (n) } = 2
{ |3 ({3 + | 2 )2 { + |2
{| {| ({ |) {4 + | 2 + 2{| 3
(g) } = 2 (k) } = (o) } =
2{ + 3| 2 {4 + | 4 ({2 + | 2 )2
3. Verifique que a função
{2 + | 2 } 2
i ({> |> }) =
{2 + | 2 + } 2
não tem limite na origem.
2 2 ({ 1)2 (| 2)
(i) lim ({ 1) = 0 (o) lim 2 2 = 0=
({>|)<(1>0) ({>|)<(1>2) 3 ({ 1) + 3 (| 2)
6. Mostre que
s
1 cos {|
(a) lim = 0. (Dica:
({>|)<(1>0) {
s μ 2s ¶μ ¶
1 cos {| sen {| |
= s s =)
{ ( {|)2 1 + cos {|
sen ({2 + | 2 )
(b) lim p = 2. (Dica:
({>|)<(0>0) 1 cos {2 + | 2
μ ¶ μ s ¶
sen (w) sen w s w
s = (1 + cos w) s =)
1 cos w w sen w
|{| + ||| p
(c) lim = 4. (Dica: {2 + | 2 |{| + |||.)
({>|)<(0>0) {2 + | 2
{2 | 2
(a) i ({> |) = , se { 6= | e i ({> {) = 1.
{|
³ ´
1
(b) i({> |) = exp {2 +|2 31 , se {2 + | 2 ? 1 e i ({> {) = 0 se {2 + | 2 1.
exp ({2 + | 2 )
(c) i ({> |) = , se ({> |) 6= (0> 0) e i (0> 0) = 1.
{2 + | 2
sen ({ + |)
(d) i ({> |) = , se { + | 6= 0 e i ({> {) = 1.
{+|
{} | 2
(e) i ({> |> }) = 2 , se ({> |> }) 6= (0> 0> 0) se i (0> 0> 0) = 0.
{ + |2 + }2
(f) i ({> |) = 4{2 + 9| 2 , se 4{2 + 9| 2 1 e i ({> |) = 0, se 4{2 + 9| 2 A 1.
(g) i ({> |> }) = {2 +| 2 +} 2 , se {2 +| 2 +} 2 1 e i ({> |> }) = 0, se {2 +| 2 +} 2 A 1.
2. Como U = U1 ^ U2 , com
U1 = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 ? 1 e ({ 1)2 + | 2 A 1}
e
U2 = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 A 1 e ({ 1)2 + | 2 ? 1}>
temos que U é aberta e
Seção 1.2
1. Não esqueça de fazer o esboço de cada domínio!
6. Faça um esboço!
(a) } = 3, representa o plano passando por S = (0> 0> 3) e paralelo ao plano {|.
(b) } = {, representa o plano contendo a reta } = {.
(c) { + | + } = 1.
(d) } = sen |, representa uma superfície em forma de telha contendo a curva
} = sen |, pois { é livre.
p
(e) } = exp {2 + | 2 .
(f) } = 3 {2 | 2 / {2 + | 2 = 3 } (} 3), representa um paraboloide.
p
(g) } = {2 | 2 .
p
(h) } = 16 {2 | 2 .
3 12 2
(i) } = ({2 + | 2 ) .
(j) } = 1 {2 .
p
(k) } = log {2 + | 2 .
(l) } = sen ({2 + | 2 ).
Seção 1.3
s
2 Além dos caminhos canônicos como as retas, considere: | = { em (h), | 2 = {3 em
(j), | = {2 em (k), | = {2 h{ em (l) e | = {h{ em (m).
q¡ s ¢2
1 3
4 (d) 0, (e) 1, (f) 1, (g) 2 , (h) 4 , (i) 2, (j) 0, (k) 0, (l) 1+2 2 .
i (k> 0) x 1
lim = lim 2
= lim = 0=
k<0 k x<" exp(x ) x<" 2x exp(x2 )
i (0> n)
lim = 0=
n<0 n
p{3
lim i ({> p{) = lim = 0=
{<0 {<0 {2 + p3 {3
2
(e) Ao longo da curva | = { 3 h{ , aplique a Regra de L’Hôpital e mostre que o
limite não é 0.
Diferenciabilidade
Situando a Temática
Neste Capítulo vamos nos dedicar ao estudo das derivadas parciais de uma função real
de várias variáveis reais, isto é, quando fixamos todas as variáveis independentes, exceto
uma, e derivamos em relação a essa variável, obtemos uma derivada “parcial” semelhante
àquela do curso de Cálculo Diferencial e Integral I.
Finalizamos com uma estimativa da variação do valor de uma função quando nos
movemos uma pequena distância a partir de um ponto fixo na direção de um vetor unitário.
Problematizando a Temática
Suponhamos que você esteja com uma situação prática (por exemplo, um mapa car-
tográfico) na qual resultou a função i : R2 $ R definida por
(
1
{2 +| 2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i ({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=
Determine as direções nas quais i cresce (decresce) mais rapidamente no ponto S = (1> 2),
e quais são as taxas de variação nessas direções? Este e outros tipos de problemas que
ocorrem em nosso dia-a-dia vamos modelar e resolver nesta unidade.
Conhecendo a Temática
2.1 Derivadas Parciais
Sejam i : [ R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com [ um conjunto
aberto. Se fixarmos uma variável, digamos | = e, obtemos uma função real } = i({> e)
de uma única variável real. Portanto, sua derivada é dada por
i(d + k> e) i (d> e)
p = lim
k<0 k
31
quando esse limite existe. O número real p chama-se derivada parcial de i em relação a
{ no ponto S = (d> e) e denotaremos por
Ci C}
(d> e)> i{ (d> e) (d> e)> }{ (d> e)> G{ i(d> e) ou i1 (d> e)=
C{ C{
A Figura 2.1 expõe graficamente a definição de derivada parcial de i em relação a { no
ponto S = (d> e), ou seja, i{ (d> e) é a inclinação da reta tangente W à curva de interseção
da superfície } = i ({> |) e o plano | = e.
Exemplo 2.2 Seja i : R2 $ R a função definida por i({> |) = 3{2 + 5{| 4| 2 . Deter-
mine i{ ({> |) e i| ({> |) no ponto S = (1> 3).
Solução. Para obtermos i{ ({> |), tratamos a variável | momentaneamente como uma
constante e derivamos em relação à variável { usando as técnicas de derivação para funções
reais de uma variável real. Assim,
i{ ({> |) = 6{ + 5|=
i{ (1> 3) = 6 · 1 + 5 · 3 = 21=
Exemplo 2.3 Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = 3{2 5{| 3 sen({|).
1. Determine i{ (1> 0).
(2) Pelo item (1) a inclinação da reta tangente é igual a p = i{ (1> 0) = 6. Neste caso, a
equação da reta tangente é | = 6{ 6. ¥
para todo ({> |) 5 [. Se este é o caso, basta calcular uma derivada parcial, por exemplo,
i{ ({> |) e fazer
i| ({> |) = i{ (|> {)> quando i ({> |) = i (|> {)
ou
(i| ({> |) = i{ (|> {))> quando i({> |) = i (|> {)=
Solução. Observe que i ({> |) = i(|> {). Assim, basta determinar i{ ({> |) e fazer
i| ({> |) = i{ (|> {). Como
i{ ({> |) = 3{2 | 3 | sen({|)
temos que
i| ({> |) = i{ (|> {) = 3{3 | 2 { sen({|)=
Assim,
i{{ = 6{| 3 | 2 cos({|) e i{| = 9{2 | 2 sen({|) {| cos({|)
e
i|{ = 9{2 | 2 sen({|) {| cos({|) e i|| = 6{3 | {2 cos({|)=
Note que i{| = i|{ , mas isto nem sempre é verdade, confira Exemplo 2.6 abaixo. ¥
Exemplo 2.5 Seja i : R2 $ R a função definida por
(
{|
{2 +|2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=
Solução. Observe que i({> |) = i (|> {). Assim, basta determinar i{ (0> 0). Logo,
i({> 0) i (0> 0) 0
i{ (0> 0) lim = lim = lim(0) = 0 e i| (0> 0) = 0=
{<0 { {<0 { w<0
Portanto, as derivadas parciais de i no ponto S = (0> 0) existem. No entanto, pelo
Exemplo 1.18 da Seção 1=3 do Capítulo 1, i não é contínua no ponto S = (0> 0), ou seja,
o fato de as derivadas parciais existirem não implicam na continuidade de i. ¥
1. Determine i{ e i| .
Solução. (1) Observe que i({> |) = i (|> {). Assim, basta determinar i{ ({> |) e fazer
i| ({> |) = i{ (|> {). Como a função é definida por duas sentenças vamos dividir a prova
em dois passos:
1=r Passo. Se ({> |) 6= (0> 0), então
μ 2 ¶
{ |2 4{2 | 2
i{ ({> |)) = | + =
{2 + | 2 ({2 + | 2 )2
2=r Passo. Se ({> |) = (0> 0), então devemos usar a definição da derivada parcial para
calcular i{ (0> 0).
i ({> 0) i(0> 0) 0
i{ (0> 0) = lim = lim = 0=
{<0 { {<0 {
Portanto, ( ³ 2 2 ´
4{2 |2
| {{2 3|
+| 2 + 2
({ +| )2 2 > se ({> |) 6= (0> 0)
i{ ({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)
e ( ³ 2 2 ´
4{2 |2
{ |{23{ +|2
+ ({2 +|2 )2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i| ({> |) = i{ (|> {) =
0> se ({> |) = (0> 0)=
(2) Para calcalar i{| (0> 0) e i|{ (0> 0), devemos usar a definição da derivada parcial
segunda
Ci{ i{ (0> |) i{ (0> 0) |3
i{| (0> 0) = (0> 0) = lim = lim 3 = 1
C| |<0 | |<0 |
e
Ci| i| ({> 0) i| (0> 0) {3
i|{ (0> 0) = (0> 0) = lim = lim 3 = 1=
C{ {<0 { {<0 {
1. Determine i{ e i| .
Solução. (1) Observe que i({> |) = i (|> {). Assim, basta determinar i{ ({> |) e fazer
i| ({> |) = i{ (|> {). Como a função é definida por duas sentenças vamos dividir a prova
em dois passos:
1=r Passo. Se ({> |) 6= (0> 0), então
à ! à !
1 { 1
i{ ({> |)) = 2{ sen p p cos p =
{2 + | 2 {2 + | 2 {2 + | 2
2=r Passo. Se ({> |) = (0> 0), então devemos usar a definição da derivada parcial para
calcular i{ (0> 0).
μ ¶ μ ¶
i ({> 0) i(0> 0) {2 1 1
i{ (0> 0) = lim = lim sen = lim { sen = 0>
{<0 { {<0 { |{| {<0 |{|
pois ¯ μ ¶¯
¯ ¯
¯sen 1 ¯ 1
¯ |{| ¯
é limitada. Portanto,
; μ ¶ μ ¶
? 2{ sen s 1 1
s 2 2 cos s 2 2 > se ({> |) 6= (0> 0)
{
i{ ({> |) = {2 +|2 { +| { +|
=
0> se ({> |) = (0> 0)
e ; μ ¶ μ ¶
? 2| sen s 1 1
s 2 2 cos s 2 2 > se ({> |) 6= (0> 0)
|
i| ({> |) = {2 +| 2 { +| { +|
=
0> se ({> |) = (0> 0)=
(2) Para saber se i{ é contínua em S = (0> 0) devemos verificar cada uma das condições
da definição de continuidade de i{ em um ponto S . Como o domínio de i{ é todo R2
1
temos que i{ (0> 0) existe e i{ (0> 0) = 0. Ao longo da sequência { = q A 0 e | = 0, onde
q 5 N, obtemos
lim i{ ({> |) = lim ( cos(q)) = (1)q =
({>|)<(0>0) q<"
Assim, lim({>|)<(0>0) i{ ({> |) não existe, pois depende do número q ser par ou ímpar.
Portanto, i{ não é contínua no ponto S = (0> 0). De modo inteiramente análogo, prova-se
que i| não é contínua no ponto S = (0> 0). Note que i{ e i| são contínua em R2 {(0> 0)}.
(3) É fácil verificar que i{| (0> 0) = 0 = i|{ (0> 0). Portanto, a recíproca do resultado
acima é falsa. ¥
EXERCÍCIOS
Determine, caso existam, as derivadas parciais i{ (0> 0), i| (0> 0), i{| (0> 0) e i|{ (0> 0).
xw nx{{ = 0=
{ = C{{ + C|| =
10. Sejam x ({> |) e y ({> |) duas funções com derivadas parciais contínuas até a segunda
ordem e satisfazem às equações de Cauchy-Riemann x{ = y| e x| = y{ . Mostre
que x e y satisfazem à equação de Laplace. Augustin Louis Cauchy (1789-1857),
matemático francês e Bernhard Riemann (1826-1866), matemático alemão.
2.2 Diferenciabilidade
Já vimos, no Cálculo Diferencial e Integral I, que uma função real de uma variável real
i : L R $ R é diferenciável em um ponto d 5 L, com L um intervalo aberto, se existir
uma reta passando pelo ponto (d> i (d)), cuja equação cartesiana é *({) = i (d)+p({d),
tal que
i({) *({)
lim = 0> { 5 L=
{<d {d
Note que
i({) *({) i({) i(d) p({ d)
lim = 0 / lim =0
{<d {d {<d {d
i({) i (d)
/ lim = p / i 0 (d) = p=
{<d {d
Portanto, na reta diferenciabilidade é equivalente a ser derivável.
Observação 2.8 Como L é um intervalo aberto temos, para um d 5 L fixado, que existe
A 0 tal que se 0 ? |k| ? , então d + k 5 L e i (d + k) está definida em k 5 (> ).
Assim, pondo k = { d, obtemos
i ({) i(d) i (d + k) i(d)
i 0 (d) = lim / i 0 (d) = lim
{<d {d k<0 k
i(d + k) i(d) i 0 (d)k
/ lim = 0=
k<0 k
Logo,
H(k)
i(d + k) = i (d) + i 0 (d)k + H(k)> com lim = 0=
k<0 k
Portanto, é fácil verificar que a função Wd : R $ R definida por Wd (x) = i 0 (d)x é linear.
Neste caso, i é aproximada em um vizinhança de d por
para todo k 6= 0. Logo, se definirmos j(0) = 0, então a equação (2.1) é válida para
todo k e, mais, podemos substituir k por k, quando substituímos j por j. Portanto,
concluímos que: se i é diferenciável em um ponto d, então existe uma função j tal que
Exemplo 2.10 Seja i : R2 $ R a função definida por i({> |) = 2{2 + | 3 . Mostre que i
é diferenciável em S = (3> 2).
Solução. Como
Prova. Suponhamos que i seja diferenciável no ponto S . Então, por definição, existem
constantes reais D e E tais que
i({> |) i(d> e) D({ d) E(| e)
lim = 0=
({>|)<(d>e) |T S |
Pondo k = { d e n = | e, obtemos
H(k> n) i(d + k> e + n) i (d> e) Dk En
lim s = lim s = 0=
(k>n)<(0>0) k2 + n2 (k>n)<(0>0) k2 + n2
Logo,
lim (i(d + k> e + n) i (d> e)) = lim (Dk + En + H(k> n)) = 0>
(k>n)<(0>0) (k>n)<(0>0)
pois
μ ¶ ¯ ¯
H(k> n) s ¯ H(k> n) ¯
lim H(k> n) = lim s 2 2 ¯
k + n = 0 e ¯s ¯ P>
(k>n)<(0>0) (k>n)<(0>0) k2 + n2 k2 + n2 ¯
com P A 0 uma constante real ou, equivalentemente,
Portanto,
lim i({> |) = i(d> e)>
({>|)<(d>e)
2. Se uma das derivadas parciais de i não existir no ponto S , então i não é diferen-
ciável no ponto S .
Solução. É fácil verificar que i{ ({> |) = 2{ e i| ({> |) = 2|, isto é, as derivadas parciais
existem em todo R2 . Dado S = (d> e) 5 R2 , obtemos i{ (d> e) = 2d, i| (d> e) = 2e e
{2 | {4 p p p
lim 4 2
= lim 4 2
= lim 2
= =
({>|)<(0>0) { + | {<0 { (1 + p ) {<0 1+p 1 + p2
Assim, lim({>|)<(0>0) i({> |) não existe. Portanto, i não é contínua no ponto S = (0> 0).
Logo, pelo item (1) da Observação 2.13, i não é diferenciável no ponto S = (0> 0). Note
que i é diferenciável em R2 {(0> 0)}. ¥
s
Exemplo 2.16 Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = 3 {|.
Solução. (1) Para calcalar i{ (0> 0) e i| (0> 0), devemos usar a definição de derivada parcial.
H(k> n)
lim s = 0=
(k>n)<(0>0) k2 + n2
Sendo s
s
3 H(k> n) 3
kn
H (k> n) = i(k> n) *(k> n) = kn e s =s >
2
k +n 2 k + n2
2
Portanto, pelo item (3) da Observação 2.13, i não é diferenciável em S = (0> 0). ¥
Ci Ci
gi = i{ (S )g{ + i| (S )g| = (S )g{ + (S )g|
C{ C|
Portanto,
tan[2=01 log(0=99)] 0=02 = 0=2 × 1031 =
Note que
{} gi 2=0204 × 1032 (0=2 × 1031 )
= 1=0097 × 1032 =
{} 2=0204 × 10 32
Logo,
H(k> n) {} gi
s =s =
k2 + n2 k2 + n2
Assim, i é diferenciável em S se
{} = gi + H(k> n)=
Nesse caso, é fácil verificar que a função WS : R2 $ R definida por WS (k> n) = i{ (d> e)k +
i| (d> e)n é linear. Portanto, quando nos movemos do ponto S = (d> e) para um ponto
próximo, obtemos as seguintes variações:
2{| 4
i{ ({> |) = =
({2 + | 2 )2
2=r Passo. Se ({> |) = (0> 0), então devemos usar a definição da derivada parcial para
calcular i{ (0> 0).
i ({> 0) i(0> 0) 0
i{ (0> 0) = lim = lim = 0=
{<0 { {<0 {
Assim, ( 2{|4
({2 +|2 )2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i{ ({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)
e ( 2{4 |
({2 +| 2 )2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i| ({> |) = i{ (|> {) =
0> se ({> |) = (0> 0)=
Agora, é fácil verificar que i{ ({> |) e i| ({> |) são contínuas no ponto S = (0> 0). Portanto,
i é diferenciável no ponto S = (0> 0). ¥
EXERCÍCIOS
| = (j i)({) = j(i({))> { 5 L=
1
Exemplo 2.21 Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = {2 | 2 . Se { = 1+w
e
w
| = 1+w , para todo w 5 R {1}, então determine g}
gw
.
C}
= 6x + 3y 2 = 3{2 + 12{| + 18{ + 12| 2 6|
C{
e
C}
= x + 6y 2 = 6{2 + 24{| 3{ + 24| 2 + |>
C|
que é o resultado desejado. ¥
EXERCÍCIOS
1. Sejam
Z | Z {2 |
2
i ({> |) = log(1 + (sen w) )gw e j ({> |) = exp (cos w) gw=
{ {
4. Seja i : R $ R uma função real de uma variável derivável qualquer. Mostre que as
funções
* ({> |) = i ({ |) e # ({> |) = i ({|)
satisfazem às relações:
*{ + *| = 0 e {#{ |#| = 0=
g}
5. Calcule nos seguintes casos:
gw
p
} = {2 + | 2 ; { = w3
(d) } = |h{ + {h| ; { = w e | = sen w (f)
e | = cos w
} = x2 y + yz2 + xyz3 ;
(e) } = log (1 + {2 + | 2 ) ; { = log w e | = hw (g)
x = w2 > y = w e z = w3 =
Cz Cz
6. Calcule e nos seguintes casos:
C{ C|
z = 3x + 7y; x = {2 |
(d) z = x2 + y 3 ; x = 3{ | e y = { + 2| (f) s
e y = {|
z = cos ( + ) ;
(e) z = log (w2 + v2 ) ; w = {3 + | 2 e v = 3{| (g) s
= { + | e = {|=
7. Considere a função Z | ¡ ¢
i ({> |) = exp w2 gw=
{
Calcule as derivadas parciais iv , iu e iuv , no caso em que { = uv4 e | = u4 v.
¯$¯
$ ¯ ¯
8. Sejam RS = {l+|j o vetor posição do ponto S = ({> |) e u = ¯RS ¯. Se i : R $ R
é uma função real de uma variável real duas vêzes derivável e } = i (u), mostre que
1
{} = }uu + }u =
u
9. Considere duas funções reais i : R $ R e j : R2 $ R e sejam z = i (x) e x = j ({> |).
Admitindo a existência das derivadas envolvidas, deduza que
¡ ¢
{z = i 00 (x) j{2 + j|2 + i 0 (x) {j=
10. Uma função i : G R2 $ R chama-se homogênea de grau q quando
{2 3{| + | 2
} = {2 + | 2 e } = p
2{2 + 3| 2
são homogêneas.
Cx 1 Cy Cy 1 Cx
= e = =
Cu u C C u C
12. Sejam i (x> y) uma função diferenciável e } = i ({ |> | {). Mostre que }{ + }| =
0.
(a) Se μ ¶
¡ ¢ {
i ({> |) = {2 + | 2 # >
|
mostre que
{i{ ({> |) + |i| ({> |) = 2i ({> |) =
(b) Se μ ¶
{
j ({> |) = * >
|
calcule j{ (1> 1) e j| (1> 1).
Ci
({> |)> uu i ou Gu i=
Cu
Note que é o ângulo entre o vetor u e o eixo dos {.
Ci i ({ + w> |) i ({> |) Ci
({> |) = lim = ({> |)=
Cu w<0 w C{
Que é a derivada parcial de i em relação a {. De modo inteiramente análogo, quando
u = (0> 1) = j, obtemos a derivada parcial de i em relação a |.
Solução. Para resolver este problema devemos primeiro verificar se o vetor v é unitário.
Como
s
|v| = 42 + 32 = 5
temos que ele não é um vetor unitário. Assim, devemos obter a normalização do vetor v,
isto é,
1 4 3
u= v= i+ j
|v| 5 5
é um vetor unitário com a mesma direção e sentido do vetor v. Portanto,
¡ ¢ μ ¶
Ci i 45 w> 35 w i(0> 0) 3 12 2 3
(0> 0) = lim = lim exp w = =
Cu w<0 w w<0 5 25 5
Solução. Seja u = (cos > sen ) 5 R2 um vetor unitário, com cos 6= 0 e sen 6= 0. Então
w2 cos sen
Ci i (w cos > w sen ) w2 cos sen
(0> 0) = lim = lim = lim
Cu w<0 w w<0 w w<0 w
não existe. Portanto, a derivada direcional de i no ponto S = (0> 0) na direção do vetor
u não existe. No entanto, as derivadas parciais de i no ponto S = (0> 0) existem. ¥
Ci Ci Ci
(d> e) = (d> e) cos + (d> e) sen =
Cu C{ C|
Como
Ci Ci
i(S + wu) = i(S ) + (d> e) · (w cos ) + (d> e) · (w sen ) + |w| H(wu)
C{ C|
temos que
i(S + wu) i(S ) Ci Ci
lim = (d> e) cos + (d> e) sen =
w<0 w C{ C|
Portanto, a derivada direcional de i no ponto S = (d> e) na direção do vetor u existe. ¥
Note, pelo Teorema 2.27, que
μ ¶
Ci Ci Ci
= i+ j • u (o produto escalar)
Cu C{ C|
Ci Ci
ui = i+ j=
C{ C|
Como u é um vetor unitário temos que
Ci
= ui • u = |ui| cos !>
Cu
com ! o ângulo entre os vetores ui e u, ou seja, a derivada direcional de i no ponto S é
simplesmente a componente do vetor gradiente na direção do vetor unitário u. Portanto,
se i : [ R2 $ R é uma função diferenciável no ponto S = (d> e) 5 [, então:
1. O máximo de Ci
Cu
no ponto S é igual a |ui(S )|.
2. O mínimo de Ci
Cu
no ponto S é igual a |ui (S )|,
2. Dentre todas as direções ao longo das quais a função i cresce, a direção do gradiente
é a de crescimento mais rápido.
Solução. Para resolver este problema devemos primeiro verificar se o vetor v é unitário.
Como
p s
|v| = 12 + (2)2 = 5
temos que ele não é um vetor unitário. Assim, devemos obter a normalização do vetor v,
isto é,
1 1 2
u= v = s i s k
|v| 5 5
é um vetor unitário com a mesma direção e sentido do vetor v. Como ui = (4{> 6|> 2})
temos que ui(S ) = (8> 6> 6) = 8i + 6j + 6k= Portanto,
Ci 4
(S ) = ui(S ) • u = s =
Cu 5
Note que o sinal negativo significa que i decresce na direção considerada. ¥
Solução. Pelo exposto acima, basta determinar a norma do vetor gradiente de i no ponto
S . Como
2{ 2| 2}
i{ = 2 > i| = 2 e i} =
({2 + | 2 + } 2 ) ({2 + | 2 + } 2 ) ({2 + | 2 + } 2 )2
temos que
2 4 6
i{ (1> 2> 3) = 2
> i| (1> 2> 3) = 2 e i| (1> 2> 3) = 2 =
14 14 14
Portanto, o valor máximo da derivada direcional de i em S = (1> 2> 3) é igual a
q s
56
|ui (S )| = i{ (S )2 + i| (S )2 + i} (S )2 = >
142
que é o resultado desejado. ¥
g} C} g{ C} g|
(S (w)) = + = ui (S (w)) • S 0 (w)>
gw C{ gw C| gw
com
S 0 (w) = ({0 (w)> | 0 (w)) = {0 (w)i + | 0 (w)j=
Neste caso, a reta normal à superfície V no ponto S = (d> e> f) 5 V é a reta paralela ao
vetor ui (S ), isto é,
$
S T = wui(S )> w 5 R>
com T um ponto qualquer da reta ou, equivalentemente,
{d |e }f
= = =
I{ (d> e> f) I| (d> e> f) I} (d> e> f)
Exemplo 2.30 Determine o plano tangente e a reta normal à superfície V, dada pela
equação cartesiana {2 + | 2 + 3} 2 5 = 0, no ponto S = (1> 1> 1).
Solução. Seja I ({> |> }) = {2 +| 2 +3} 2 5. Então, pelo exposto acima, basta determinar
o vetor gradiente de i no ponto S . Como I{ (S ) = 2, I| (S ) = 2 e I} (S ) = 6 (uI (S ) =
(2> 2> 6)) temos que
Neste caso, a reta normal à superfície V no ponto S = (1> 1> 1) 5 V é dada por
;
A
? { = 1 + 2w {1 |1 }1
| = 1 + 2w ou = = >
A
= 2 2 6
} = 1 + 6w> w 5 R>
que é o resultado desejado. ¥
Exemplo 2.32 Determine a reta tangente e a reta normal à curva F, dada pela equação
cartesiana {2 {| + | 2 7 = 0, no ponto S = (1> 2).
4({ + 1) + 5(| 2) = 0 ou 4{ + 5| 14 = 0=
é a reta tangente à curva F no ponto S = (1> 2). Neste caso, a reta normal à curva F
no ponto S = (1> 2) 5 F é dada por 5{ + 4| 3 = 0. ¥
Exemplo 2.33 Determine a reta tangente à curva F obtida pela interseção de duas su-
perfícies da implicitamente pelas equações i({> |> }) = 0 e j({> |> }) = 0 no ponto S 5 F.
Solução. Para resolver este problema basta determinar a direção u = ui(S ) × uj(S )
$
no ponto S = (d> e> f) 5 F e fazer S T = wv, w 5 R, com T um ponto desta reta ou,
equivalentemente,
$
S T = wui(S )> w 5 R>
gi Ci
gi = (ui(S ) • u) gv ou = ui (S ) • u = (S )=
gu Cu
Note que a derivada direcional faz o mesmo papel da diferencial de uma função real de
uma variável real.
4 0=4
gi = (ui(S ) • u) gv = s · 0=1 = s >
5 5
ou seja, gi 0=18 unidade. ¥
EXERCÍCIOS
Ci
2. Calcule a derivada direcional nos seguintes casos:
Cu
1
(a) i ({> |> I}) = exp(|) sen { + 3
exp(3|) sen 3{ + } 2 ; S = (@3> 0> 1) e u =
12 i + 22 j + 12 k.
(b) i ({> |> }) = {2 | + 3|} 2 ; S = (1> 1> 1) e u = 13 i 23 j + 23 k.
(c) i ({> |> }) = log ({2 + | 2 + } 2 ); S = (1> 1> 1) e u = 23 i + 13 j + 23 k.
8. Calcule ui e verifique em cada caso que este vetor é normal as curvas ou superfícies
de nível.
(a) i ({> |) = {2 + | 2 .
(b) i ({> |) = exp ({2 + | 2 ).
(c) i ({> |> }) = 2{2 + 2| 2 {}.
Verifique que i tem derivada direcional na origem em qualquer direção, mas não é
aí diferenciável.
16. Calcule a derivada direcional no ponto S = (1> 2> 3) da função z = 2{2 | 2 + } 2 >
na direção da reta que passa nos pontos D = (1> 2> 1) e E = (3> 5> 0).
(a) Determine a reta tangente e o plano normal no ponto S = (2> 4> 8).
(b) Determine a reta tangente que passa no ponto S = (0> 1> 2).
(c) Verifique se existe reta tangente passando no ponto S = (0> 1> 3).
18. Seja i : R $ R uma função derivável, com i 0 (w) A 0, para todo w. Mostre que se
j ({> |) = i ({2 + | 2 ), então a derivada direcional Gv j ({> |) será máxima quando
v = {i + |j.
21. Determine um plano que passa nos pontos S = (5> 0> 1) e T = (1> 0> 3) e que seja
tangente à superfície {2 + 2| 2 + } 2 = 7.
25. Mostre que a reta normal à esfera {2 + | 2 + } 2 = u2 , no ponto S passa pela centro
da esfera.
26. A temperatura W no ponto ({> |) de uma placa metálica circular com centro na
origem vem dada por
400
W ({> |) = 2 2
F=
2+{ +|
Qual a direção que se deve tomar a partir do ponto D = (1> 1), de modo que a
temperatura aumente o mais rápido possível e com que velocidade W ({> |) aumenta
ao passar pelo ponto D nessa direção?
W ({> |> }) = {| + } F=
Seção 2.1
1. Todas sa derivadas são calculadas usando regras básicas de derivação. Por simpli-
2 2
cidade, no item (f) substituímos a expressão h{ +| por D:
| 2 {2
}|{ 0 (1 + 2{2 + 2| 2 ) D cos {| {| sen {|
({2 + | 2 )2
e
(h) (i )
{ |
}{ p
1 + {2 + | 2 1 {2 | 2
| {
}| p
1 + {2 + | 2 1 {2 | 2
1 + |2 2{| 3
}{{
(1 {2 | 2 )2
3
(1 + {2 + | 2 ) 2
1 + {2 2{3 |
}||
(1 {2 | 2 )2
3
(1 + {2 + | 2 ) 2
{| {2 | 2 { 2{2 | 3
}|{ =
(1 {2 | 2 )2
3
(1 + {2 + | 2 ) 2
1. (d)
+ I2 , (e) 0, (f) i{| (1> 0) = i|{ (1> 0) = 0, (g) 1.
6 3
2. Por simplicidade, seja
μ ¶
1
D = D({> |) = exp =
{ + |2
2
2{D 2|D
i{ ({> |) = e i| ({> |) = 2 =
({2 2
+| ) 2 ({ + | 2 )2
De fato, pelo Teorema do Valor Médio aplicado ao intervalo [0> {], prova-se que
exp({) A 1 + {, para todo { A 0. Assim,
μ 2¶
{ {2 {2
exp A1+ A =
2 2 2
{4 { 4
exp({2 ) A , 2
? 3=
4 exp({ ) {
Portanto,
{ 4
0 lim 2
? lim 3 = 0=
{<+" exp({ ) {<+" {
Agora,
Ci{ i{ (0> n) i{ (0> 0) 0
i{| (0> 0) = (0> 0) = lim = lim = 0=
C| n<0 n n<0 n
De modo inteiramente análogo, prova-se que i|{ (0> 0) = 0. Note que i{| (0> 0) =
i|{ (0> 0).
Assim,
lim i{ ({> |) = 0 = i{ (0> 0) =
({>|)<(0>0)
i (S ) = ({2 + | 2 )2 + | 3 = {4 + 2{2 | 2 + | 4 + | 3 =
Logo,
Ci ¡ ¢ C ¡ ¢
(S ) = 2 {2 + | 2 e [i (S )] = 4{ {2 + | 2 =
C{ C{
Note que
Ci C
(S ) 6= [i (S )]=
C{ C{
5. Como
({2 | 2 )| 2 2{3 |
}{ = e }| =
({2 + | 2 )2 ({2 + | 2 )2
temos que
{({2 | 2 )| 2 2{3 | 2 {| 2
{}{ + |}| = + = = }=
({2 + | 2 )2 ({2 + | 2 )2 {2 + | 2
2. Note que
i({> 0) i (0> |)
i{ (0> 0) = lim = 1 e i| (0> 0) = lim = 1=
{<0 { |<0 |
Logo, i{ (0> 0) e i| (0> 0) existem. Assim, basta verificar que se
H(k> n)
lim s = 0=
(k>n)<(0>0) k2 + n2
Como
k2 n + kn2 H(k> n) k2 n + kn2
H (k> n) = i (k> n) *(k> n) = e s = q >
k2 + n 2 k2 + n2 2 2 3
(k + n )
temos, ao longo do caminho n = pk com k A 0, que
H(k> n) k3 (p + p2 ) p + p2
lim s = lim q = q
(k>n)<(0>0) k2 + n2 k<0 k3 (1 + p2 )3 (1 + p2 )3
3. Y , Y , I , I , Y , I e I .
i (d + k> e + n) $ i (d> e) =
5. Observe que i({> |) = i(|> {). Assim, basta determinar i{ ({> |) e fazer i| ({> |) =
i{ (|> {). Como
; Ã !
31
A
? 2{ sen p 1 { cos ({2 + | 2 ) 2
3 > se ({> |) 6= (0> 0)
i{ ({> |) = {2 + | 2 ({ 2 + |2) 2
A
=
0> se ({> |) = (0> 0)=
temos que
; Ã !
31
A
? 2| sen p 1 | cos ({2 + | 2 ) 2
3 > se ({> |) 6= (0> 0)
i| ({> |) = {2 + | 2 ({ 2 + |2) 2
A
=
0> se ({> |) = (0> 0)=
Agora, mostre que i{ e i| não têm limite na origem e conclua que essas derivadas
são descontínuas em (0> 0). Quanto a diferenciabilidade, observe que
à !
H (k> n) s 1
lim s = k2 + n2 sen p =0
(k>n)<(0>0) k2 + n2 {2 + | 2
H (k> n)
lim s
(k>n)<(0>0) k2 + n 2
não é zero
(e) As derivadas parciais i{ e i| não existem em S = (0> 0) e a função não é
diferenciável em S = (0> 0).
(f) No domínio
G+ = {({> |) : { A 0}
a função reduz-se a
C ³p ´
}= { (1 + | 2 ) >
C{
com derivadas parciais
1 + |2 {|
i{ ({> |) = p e i| ({> |) = p
2
2 { (1 + | ) { (1 + | 2 )
{g| |g{
(d) gi = .
{2 + | 2
8. Note que i({> |> }) = i(|> {> }) = i (}> |> {) e
; 2 2 2
? |}({ + | + } ) > se ({> |> }) 6= (0> 0> 0)
i{ ({> |> }) = ({2 + | 2 + } 2 )2
=
0> se ({> |> }) = (0> 0> 0)=
Logo, i| ({> |> }) = i{ (|> {> }) e i| ({> |> }) = i{ (}> |> {), ou seja, as derivadas parciais
existem. Como
H (k> n> p) knp
s = 3
2 2 2
k +n +p (k2 + n 2 + p2 ) 2
temos, ao longo do caminho k = w, n = w e p = w, que
knp w3 1
lim = 3 = lim = s =
3
(k>n>p)<(0>0>0) (k2 + n2 + p2 ) 2 w<0 (3w2 ) 23 3
Portanto, i não é diferenciável em S = (0> 0> 0).
Seção 2.3
1. Como a função log(1 + (sen w)2 ) é contínua temos que ela tem uma primitiva I , ou
seja, I 0 (w) = log(1 + (sen w)2 ). Assim, pelo Teorema Fundamental do Cálculo,
2. Como μ ¶ μ ¶
1 { 1 {
i{ = | { cos e i| = 2 | { cos
{| | | |
temos que
μ ¶ μ ¶
{ { | {
{i{ + |i| = | { cos + 2 | { cos = 0=
{| | | |
3. Note que i ({> |) = i(|> {). Como
2 p ({+|)2 3({2 +2{|+|2 )
s2({+|) {2 + 2{| + | 2 s
2 2{ +2{|+|2 {2 +2{|+|2
i{ ({> |) = 2 = 2 =0
({ + |) ({ + |)
gi Cx gi gi Cx gi
*{ = = e *| = = =
gx C{ gx gx C| gx
Portanto,
gi gi
*{ + *| =
= 0=
gx gx
De modo inteiramente análogo, prova a outra relação.
g} C} g{ C} g|
} 0 (w) = = + >
gw C{ gw C| gw
obtemos
2 v8
7. Usando o mesmo raciocínio do Exercício 1 da Seçao 2=3, obtemos iu = v4 hu +
8 2 2 8 8 2 2 8 8 2
4u3 vhu v , iv = 4uv3 hu v + u4 hu v e iuv = 4v3 (1 + 2u2 v8 ) hu v + 2u12 hu v .
8. Já vimos que {} = }{{ + }|| e usando a Regra da Cadeia, obtemos
{2 |2 |2 {2
}{{ = }uu + }u 3 e }|| = }uu 2 + }u 3=
u2 u u u
Logo,
{2 + | 2 1 {2 + | 2 1
{} = }uu 2
+ }u 2
= }uu + }u
u u u u
9. Usando a Regra da Cadeia, obtemos
Portano,
¡ ¢
{z = i 00 (x) x2{ + x2| + i 0 (x) {x=
10. Usando a Regra da Cadeia e derivando ambos os lados da equação i (w{> w|) =
wq i ({> |) em relação a w, obtemos
}{ = ix x{ + iy y{ com }| = ix x| + iy y| >
(a) Como μ ¶ μ ¶μ ¶
{ ¡ 2 2
¢ 0 { 1
i{ = 2{# + { +| #
| | |
e μ ¶ μ ¶μ ¶
{ ¡ 2 2
¢ 0 { {
i| = 2|# + { +| # 2
| | |
temos que μ ¶
¡ ¢ {
{i{ + |i| = 2 {2 + | 2 # = 2i=
|
(b) Como μ ¶ μ ¶
1 { { 0 {
j{ = *0 e j| = 2 *
| | | |
temos que j{ (1> 1) = 1 e j| (1> 1) = 1.
Seção 2.4
s 20+2
I
1. (a) 26 2, (b) 3
e (c) I 3.
5 26
I
53 6
2. (a) 4
, (b) 322
3
e (c) 29 .
I
14
3. (a) 98
e (b) h.
4. Como n = (2{> 2|) é o vetor normal ao círculo {2 + | 2 = 1 temos que v = (2|> 2{)
é o vetor tangente ao círculo {2 + | 2 = 1 e
1
u= v = (|> {)
|v|
é o vetor unitário tangente. Logo,
Ci
= ui • u = (i{ > i| ) • (|> {) = |i{ + {i| =
Cu
5. Já vimos que a equação do plano tangente a uma superfície de equação I ({> |> }) = 0
no ponto S = (d> e> f) é dado por:
$
uI (S ) • S T = 0=
5 ({ 3) 5 (| + 4)
= = } + 15
43 24
(d) uI (S ) = (2> 4> 4), { 2| 2} + 9 = 0 e
{+1 |2 }2
= = =
2 4 4
6. Confira o Exemplo 2.33.
Portanto, ;
A
? {=1+w
|=2
A
=
} = 3w> ; w 5 R=
13
(b) { = 1, | = w e } = 2
32 w, w 5 R.
(c) { = 1, | = w e } = I3 I1 w, w 5 R.
2 2
(d) { = w, | = 1 e } = w 2, w 5 R.
{2 + | 2 + } = 1>
e a reta tangente ; I I
2 2
A
? { = + w
I2 I2
2 2
|= 2 + 2w w 5 R=
A
=
} = 2w>
O plano normal passa no ponto S e é ortogonal ao vetor v. Portanto, sua equação
é
s s
2{ + 2| 4} = 2=
8. (d) ui = (2{> 2|), (e) ui = (2{ exp({2 + | 2 )> 2| exp({2 + | 2 )) e
(f) ui = (4{ }) > 4|> {). Em (d) e (e) as curvas de nível são circunferências
e o vetor tangente no ponto ({> |) é v = (|> {). Logo, ui • v = 0.
10. Confira o Exercício 6, que o vetor v = (80> 60) é tangente a curva e a derivada
direcional é
v
uz • = 0=
|v|
11. Seja u = (d> e) uma direção unitária qualquer. Então
i (dw> ew)
Gu i (0> 0) = lim = d2 e=
w<0 w
Em particular, i{ (0> 0) = 0 e i| (0> 0) = 0. O erro da aproximação linear de i é
k2 n
H (k> n) = i(k> n) *(k> n) = >
k2 + n2
de modo que
H (k> n)
s
k2 + n2
não tem limite na origem e, consequentemente, i não é diferenciável em (0> 0).
13. Seja ³p ´
z = i (u) = i 2 2 2
{ +| +} =
Então, pela Regra da Cadeia, obtemos
{ 0
z{ = i (u)
u
e, por simetria, temos que
| }
z| = i 0 (u) e z} = i 0 (u) =
u u
Logo,
$
0RS
uz = i (u)
u
e considerando
1
i (w) = w> i (w) = e i (w) = log w>
w
obtemos $ μ ¶ $ $
RS 1 RS RS
uu = > u = 3 u (log u) = 2 =
u u u u
14. Confira o Exercício 11.
Portanto,
1 10
Gu z = uz • u = (4> 4> 6) • s (2> 3> 1) = s =
14 14
Note que o sinal negativo significa que z decresce na direção considerada.
(c) Para mostrar que não há reta tangente pelo ponto S2 = (0> 1> 3), basta ob-
$
servar que o sistema S1 S2 = y não tem solução.
19. É suficiente provar que o plano tangente pode ser escrito sob a forma
D{ + E| + F} = 0=
Já vimos que a equação do plano tangente passado no ponto S = (d> e) é dado por
³d´
} = }{ (S ) ({ d) + }| (S ) (| e) + f> com f = ei =
e
Assim, pela Regra da Cadeia, obtemos
³d´ ³d´ d ³d´
}{ (S ) = i 0 e }| (S ) = i i0 =
e e e e
Portanto, o plano tangente é dado por
³d´ h ³ d ´ d ³ d ´i
i0 {+ i i0 | } = 0=
e e e e
10{ 7| 2} + g = 0=
10{ 7| 2} + 5 = 0=
10{ 7| 2} 6 = 0=
21. Como o plano que passa nos pontos S = (5> 0> 1) e T = (1> 0> 3) deve ser tangente à
superfície
{2 + 2| 2 + } 2 = 7
$
temos que uI • S T = 0, com
I ({> |> }) = {2 + 2| 2 + } 2 7=
Agora, devemos determinar o plano que passa por S = (1> 1> 2) e é perpendicular
ao vetor uI (S ) = (2> 4> 4). Portanto, sua equação é dada por
2{ + 4| + 4} = 14=
22. Como v = (3> 8> 1) é a direção da reta temos que uI = v, com
3{ + | + 2} 1 = 0=
I ({> |> }) = {2 + | 2 + } 2 u2
$
e a reta normal em S é dada por S T = wuI (S ), w 5 R, ou ainda,
;
A
? { = d + 2dw
| = e + 2ew
A
=
} = f + 2fw=
Situando a Temática
Com os conhecimentos das derivadas parciais estudaremos os problemas práticos de
maximizar e minimizar funções que relacionam distância máxima e mínima a um plano,
de aplicações em Economia, Administração, etc.
Neste Capítulo, encontraremos os valores máximos e mínimos de funções reais de várias
variáveis reais e descobriremos onde eles ocorrem. Por exemplo, qual é a maior tempe-
ratura de uma placa de metal aquecida e onde ela ocorre? Onde uma dada superfície
atinge seu ponto mais alto sobre uma dada região do plano? Como veremos, podemos
responder a essas questões usando as derivadas parciais de algumas funções apropriadas.
Além disso, veremos ainda um método poderoso para encontrar os valores de máximos e
mínimos de funções condicionadas: o Método dos Multiplicadores de Lagrange. Joseph
Louis Lagrange (1736-1813), matemático francês.
Problematizando a Temática
Da mesma forma que as funções reais de uma variável real podem ser utilizadas como
eficiente ferramenta de modelagem em diversas situações problema, principalmente aque-
las que possuem como objetivo a maximização ou a minimização de determinado compo-
nente variável. Vejamos um exemplo de uma situação dessa natureza.
Mostre que, dentre todos os triângulos de mesmo perímetro, o triângulo equilátero tem
a maior área. Suponhamos que os lados do triângulo sejam {, | e }. Então o perímetro
fixo do triângulo é dado por 2s = { + | + }. Portanto, queremos encontrar o ponto
S = ({> |> }) que maximiza a função “área do triângulo D, dada pela fórmula de Heron
p
D= s(s {)(s |)(s })=”
77
Conhecendo a Temática
3.1 Máximos e Mínimos
É pertinente lembrar que as técnicas de máximo e mínimo das funções reais de uma
variável real se estendem com alguns cuidados para funções reais de várias variáveis reais.
É bom lembrar que todos os resultados desta seção continuam válidos para todas as
funções reais de várias variáveis reais.
Seja i : [ R2 $ R uma função, com [ um conjunto aberto. Um ponto S 5 [ é
um ponto de máximo local de i , se existir uma vizinhança delta de S , Y (S ), tal que
i (T) i (S ) > ; T 5 Y (S ).
i (S ) i (T) > ; T 5 Y (S ).
Prova. Suponhamos que S = (d> e) seja um ponto de máximo local de i. Então existe
uma vizinhança delta de S , Y (S ), tal que
j0 (w) = ui (S + wv) • v , ui (S ) • v = 0=
Solução. Note que i({> |) = i(|> {). Assim, basta determinar i{ ({> |) e fazer i| ({> |) =
i{ (|> {). É fácil verificar, para ({> |) 6= (0> 0), que
{ |
i{ ({> |) = p e i| ({> |) = i{ (|> {) = p
2
{ +| 2 { + |2
2
Assim, ui({> |) 6= (0> 0). Agora, vamos analizar no ponto S = (0> 0).
i({> 0) i (0> 0) |{|
i{ (0> 0) = lim = lim = ±1 e i| (0> 0) = i{ (0> 0) = ±1>
{<0 { {<0 {
isto é, i{ (0> 0) e i| (0> 0) não existem. Portanto, ui(0> 0) não existe. Consequentemente,
S = (0> 0) é o único ponto crítico de i. ¥
Solução. É fácil verificar que i{ ({> |) = 2{ e i| ({> |) = 2|. Logo, ui ({> |) = (0> 0) se,
e somente se, { = | = 0. Portanto, S = (0> 0) é o único ponto crítico de i . ¥
Solução. Como i{ ({> |) = 2{ e i| ({> |) = 2| temos que ui({> |) = (0> 0) se, e somente
se, { = 0 e | = 0. Assim, (0> 0) é o único ponto crítico de i. Agora, para aplicarmos
o Teste da Derivada Segunda, devemos determinar as derivadas parciais i{{ , i{| , i|| e
verificar se elas são contínuas em uma vizinhança delta do ponto crítico (0> 0). Como
i{{ ({> |) = 2, i{| ({> |) = 0 e i|| ({> |) = 2 temos que elas são claramente contínuas.
Assim, se S = (0> 0), então
E 2 DF = 02 2 · 2 = 4 ? 0 e D = 2 A 0=
Exemplo 3.9 Seja i : R2 $ R a função definida por i({> |) = 2{3 + | 3 3{2 3|.
Localize e classifique os pontos críticos de i .
Solução. Como i{ ({> |) = 6{2 6{ e i| ({> |) = 3| 2 3 temos que ui ({> |) = (0> 0) se,
e somente se, 6{2 6{ = 0 e 3| 2 3 = 0 se, e somente se, { = 0, { = 1, | = 1 e | = 1.
Assim, (0> 1), (0> 1), (1> 1) e (1> 1) são os pontos críticos de i. Agora, para aplicarmos
o Teste da Derivada Segunda, devemos determinar as derivadas parciais i{{ , i{| , i|| e
verificar se elas são contínuas em uma vizinhança delta de cada um dos pontos críticos.
Como i{{ ({> |) = 12{ 6, i{| ({> |) = 0 e i|| ({> |) = 6| temos que elas são claramente
contínuas. Assim, se S = (0> 1), então
E 2 DF = 02 (6)(6) = 36 ? 0 e D = 6 ? 0=
Logo, S = (0> 1) é um ponto de máximo local de i . Se S = (1> 1), então
E 2 DF = 02 (6)(6) = 36 A 0=
E 2 DF = 02 (6)(6) = 36 A 0=
Solução. Para resolver este problema devemos dividir a prova em vários passos:
1=r Passo. A Figura 3.1 expõe graficamente o conjunto [. Como [ é um conjunto
compacto temos, pelo Teorema de Weierstrass, que i possui pelo menos um máximo e
um mínimo em [.
Exemplo 3.11 Uma placa metálica circular com um metro de raio, colocada com centro
em R = (0> 0) do plano {|, é aquecida, de modo que a temperatura em um ponto S = ({> |)
é dada por
W ({> |) = (16{2 + 24{ + 40| 2 ) F
com { e | estando em metros. Determine a menor e a maior temperatura na placa.
[ = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 1}=
Como [ é um conjunto compacto temos, pelo Teorema de Weierstrass, que W possui pelo
menos um máximo e um mínimo em [.
2=r Passo. Determine os pontos críticos de i no interior de [, isto é, no conjunto
aberto. Como W{ ({> |) = 32{ + 24 e W| ({> |) = 80| temos que ui ({> |) = (0> 0) se, e
¡ ¢
somente se, { = 34 e | = 0. Portanto, S = 34 > 0 é o único ponto crítico de i no
interior de [. Agora, para aplicarmos o Teste da Derivada Segunda, precisamos dos
¡ ¢
valores W{{ ({> |) = 32, W{| ({> |) = 0 e W|| ({> |) = 80. Assim, se S = 34 > 0 , então
E 2 DF = 02 (32)(80) = 2=560 ? 0 e D = 32 A 0=
¡ ¢
Portanto, S = 34 > 0 é um ponto de mínimo local e
μ ¶ μ ¶2 μ ¶
3 3 3
W > 0 = 16 + 24 + 40 · 02 = 9 F=
4 4 4
3=r Passo. Analizar o comportamento de i na fronteira de [. Sejam (1> ) as coor-
denadas polares do ponto ({> |) 5 [. Então { = cos e | = sen , para todo 5 [0> 2].
Assim, S = (cos > sen ) percorre toda a fronteira de [. Como
temos que
EXERCÍCIOS
G = {({> |) 5 R2 : { A 0 e | A 0}
a função i do Exercício 1 item (e) não tem mínimo. Qual o maior valor que i
assume em G? Construa uma função contínua em G que não possua máximo nem
mínimo.
i({> |) = {2 (1 |)3 + | 2 =
Mostre que i contém um ponto crítico, mas sem máximo ou mínimo absoluto.
{| = 1 e | = { , {2 = 1 , { = | = 1 ou { = | = 1=
Portanto, a distância mínima ocorre nos pontos S = (1> 1) e T = (1> 1). Neste caso,
s
g(R> S ) = g(R> T) = 2 u. c.>
1
É claro que = 1, { = 2
e | = 54 . Portanto,
¯1 5 ¯ ¯ 11 ¯ s
¯ 2¯ ¯ ¯ 11 2
g(S> u) = 2 s4 = 4
s = u. c.>
2 2 8
que é o resultado desejado. ¥
Exemplo 3.16 Determine o volume da maior caixa retangular de lados paralelos aos
planos coordenados no primeiro octante, que possa ser inscrita no elipsoide de equação
cartesiana
16{2 + 4| 2 + 9} 2 = 144=
Solução. A Figura 3.2 expõe graficamente a caixa.
Assim, o volume da caixa é dado por Y = {|}, com {, | e } os comprimentos dos lados
da caixa. Portanto, devemos maximizar a função i ({> |) = {|} sujeito ao vínculo
1=r Passo. Determine ui e uj. É fácil verificar que ui({> |> }) = (|}> {}> {|) e
uj({> |> }) = (32{> 8|> 18}). Logo, uj({> |> }) = (0> 0> 0) se, e somente se, { = | = } = 0.
Como j(0> 0> 0) 6= 0 temos que o ponto S = (0> 0> 0) não está na superfície. Assim,
uj({> |> }) 6= (0> 0> 0) se ({> |> }) 6= (0> 0> 0). Portanto, pelo Teorema 3.12, existe um
5 R tal que
ui ({> |> }) + uj({> |> }) = (0> 0> 0)>
com ({> |> }) satisfazendo j({> |> }) = 0.
2=r Passo. Resolver o sistema para obtermos os pontos críticos de i .
;
A
A 8|} + 32{ = 0
A
? 8{} + 8| = 0
A
A 8{| + 18} = 0
A
=
16{ + 4| + 9} 2 144 = 0
2 2
Exemplo 3.17 Mostre que, dentre todos os triângulos de mesmo perímetro, o triângulo
equilátero tem a maior área.
Solução. Suponhamos que os lados do triângulo sejam {, | e }, respectivamente. Então
o perímetro fixo do triângulo é dado por 2s = { + | + }. Portanto, queremos encontrar o
ponto S = ({> |> }) que maximiza a função área do triângulo dada pela fórmula de Heron:
p
D= s({ s)(| s)(} s)=
Neste caso, devemos maximizar a função i({> |> }) = s({ s)(| s)(} s) sujeita ao
vínculo j({> |> }) = { + | + } 2s.
1=r Passo. Determine ui e uj. É fácil verificar que
ui({> |> }) = (s(| s)(} s)> s({ s)(} s)> s({ s)(| s))
e uj({> |> }) = (1> 1> 1). Logo, uj({> |> }) 6= (0> 0> 0), para todos {, | e }. Assim, pelo
Teorema 3.12, existe um 5 R tal que
Assim,
(| s)(} s)(3{ 2s) = 0> ({ s)(} s)(3| 2s) = 0 e ({ s)(| s)(3} 2s) = 0=
s
3
Figura 3.3: Gráfico da curva | = 1 + {2 .
EXERCÍCIOS
(a) } = 3{ + 4|; {2 + | 2 = 1.
(b) } = cos2 { + cos2 |; { | =
4
e 0 { .
(c) } = { + |; {| = 16, { A 0 e | A 0.
(d) z = {| + |} + {}; {2 + | 2 + } 2 = 1.
(e) } = {2 + | 2 ; {4 + | 4 = 1.
(f) z = {|}; {| + |} + {} = 2, { 0, | 0 e } 0.
(g) z = { + | + }; {2 + | 2 + } 2 = 1.
(h) z = ({ + | + })2 ; {2 + 2| 2 + 3} 2 = 1.
(i) } = {2 + 2| 2 ; 3{ + | = 1.
(j) } = {2 | 2 ; 4{2 + | 2 = 8.
5. Determine três números positivos cuja soma seja n e o produto o maior possível.
na região compacta
T = [0> 1] × [0> 1] =
12. Identifique os pontos críticos da função i ({> |> }) = 2{2 +| 2 +} 2 , sujeitos à condição
{2 |} = 1.
{2 + 8{| + 7| 2 = 225=
i ({> |) = {| 2 + 2{ + | 4 + 1
no conjunto
G = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 1}=
18. Uma caixa retangular sem tampa deve ter 32 p3 de volume. Determine suas dimen-
sões, de modo que sua área total seja mínima.
19. Determine o volume da maior caixa retangular com lados paralelos aos planos co-
ordenados que pode ser colocada dentro do elipsoide
{2 | 2 } 2
+ 2 + 2 = 1=
d2 e f
20. Mostre que, dentre todas as caixas retangulares com mesma área, o cubo tem o
maior volume.
21. Um paralelepípedo retângular possui três de suas faces nos planos coordenados.
Seu vértice oposto à origem está no plano 4{ + 3| + } = 36 e no primeiro octante.
Determine esse vértice de tal forma que o paralelepípedo tenha volume máximo.
{2 | 2
+ 2 = 1=
d2 e
Além disso,
I{
i 0 ({) = =
I|
Prova. Vamos provar apenas a segunda parte do teorema, pois a primeira está além dos
propósitos destas notas. Seja } = I (x> |), com x = { e | = i ({). Então, pela Regra da
Cadeia,
g} CI gx CI g|
}{ = = + = Ix x0 + I| | 0 =
g{ Cx g{ C| g{
Como } = I ({> i ({)) = 0, para todo ({> |) 5 Y (S ), temos que }{ = 0. Sendo x0 ({) = 1,
Ix = I{ e | 0 ({) = i 0 ({), obtemos
0 = }{ = I{ + I| i 0 ({) =
Portanto,
I{
i 0 ({) = >
I|
que é o resultado desejado. ¥
A Figura 3.4 expõe graficamente o gráfico da função | = i ({) como a imagem inversa
da função I no ponto 0, isto é, I 31 (0) é igual ao gráfico de i.
g| I{ 12{2 + 5
| 0 ({) = = = >
g{ I| 4| 3 + 3
que é o resultado desejado. ¥
Solução. Seja I ({> |) = i({) |. Então I{ (f> g) = i 0 (f) 6= 0. Logo, pelo Teorema
Função Implícita, existe uma função { = j(|) diferenciável em um intervalo aberto con-
tendo g = i(f) tal que
I (j(|)> |) = i (j(|)) | = 0>
ou seja, i (j(|)) = |. Como I{ = i 0 ({) e I| = 1 temos que
I| 1 1
j 0 (|) = = 0 = 0 >
I{ i ({) i ({)
que é o resultado desejado. ¥
Observação 3.23 Se I ({> |) possui derivadas parciais segunda ordem contínuas, então
Portanto,
I{{ I|2 2I{| I{ I| + I|| I{2
i 00 ({) = =
I|3
Assim, temos uma fórmula de recorrência para obter as derivadas de i de ordem q desde
que I tenha derivadas parciais contínuas até essa ordem.
({> |> i ({> |)) 5 [ e I ({> |> i ({> |)) = 0> ; { 5 Y (d> e) =
Além disso,
C} I{ C} I|
= e = =
C{ I} C| I}
Prova. Vamos provar apenas um item da segunda parte do teorema. Sejam z =
I (x> y> }), com } = i ({> |), { = x({> |) e | = y({> |). Então, pela Regra da Cadeia,
obtemos
Cz CI Cx CI Cy CI C}
z{ = = + + = Ix x{ + Iy y{ + I} }{ =
C{ Cx C{ Cy C{ C} C{
Como z = I ({> |> i ({> |)) = 0, para todo ({> |> }) 5 Y (S ), temos que z{ = 0. Sendo
x{ = 1, Ix = I{ e y{ = 0, obtemos
0 = z{ = I{ + I} }{ =
Portanto,
C} I{
= >
C{ I}
que é o resultado desejado. ¥
Solução. Seja
I ({> |> }) = {2 } 2 + {| 2 } 3 + 4|} 5=
Então, pelo Teorema 3.24, basta determinar I{ , I| e I} . Como
temos que
C} I{ 2{} 2 + | 2 C} I| 2{| + 4}
= = 2 2
e = = 2 >
C{ I} 2{ } 3} + 4| C| I} 2{ } 3} 2 + 4|
que é o resultado desejado. ¥
e
J ({> |> i ({> |) > j ({> |)) = 0> ; ({> |) 5 Y (d> e) =
Além disso,
Prova. Vamos provar apenas um item da segunda parte do teorema. Seja z = I (u> v> x> y),
com u = {, v = |, x = i ({> |) e y = j ({> |). Então, pela Regra da Cadeia, obtemos.
Cz Cz Cu Cz Cv Cz Cx Cz Cy
z{ = = + + + = zu u{ + zv v{ + zx x{ + zy y{ =
C{ Cu C{ Cv C{ Cx C{ Cy C{
Como z = I ({> |> x> y) = 0, para todo ({> |) 5 Y (d> e), temos que zu = 0. Sendo u{ = 1,
Iu = I{ e v{ = 0, obtemos
0 = z{ = I{ + Ix i{ + Iy j{ =
0 = J{ + Jx i{ + Jy j{ =
Cx Ci M({> y) Cy Cj M(x> {)
= = e = = >
C{ C{ M(x> y) C{ C{ M(x> y)
calcule x{ e y{ .
Solução. É claro que as funções
e
J{ = 1> J| = 2> Jx = 1> Jy = 4y=
Assim,
M(x> y) = 8xy + 1> M({> y) = 24{y 1 e M(x> {) = 2x + 6{=
Portanto,
Cx 24{y 1 Cy 2x + 6{
x{ = = e x| = = >
C{ 8xy 1 C{ 8xy 1
que é o resultado desejado. ¥
EXERCÍCIOS
g{
2. Use o Teorema da Função Implícita e calcule no ponto S especificado.
g|
(d) | 3 + {3 cos ({|) = 0; S = (1> 0)
(e) 2{2 + | 2 log ({2 + | 2 ) = 2; S = (1> 0) =
4. Resolva o sistema (
x + y + sen ({|) = 0
3x + 2y + {2 + | 2 = 0
e determine x e y como funções de { e |.
I (S ) = 0> I{ (S ) 6= 0> I| (S ) 6= 0 e I} (S ) 6= 0=
C{ C| C}
= 1=
C| C} C{
3.4 Transformações
Neste seção vamos estudar as transformações ou as aplicações em geral. Em particu-
lar, apresentaremos as transformações retangulares, cilíndricas e esféricas que representam
uma fermamente poderosa no cálculo das integrais quando trabalhamos com regiões limi-
tadas e complicadas, ou seja, as transformações têm por finalidade simplificar a descrição
de certos conjuntos ou funções.
Seja W : [ R2 $ R2 uma função, com [ um conjunto não vazio. Se U é um
subconjunto de [, então vamos denotar a imagem de U sob W por
Neste caso, diremos que W transforma U sobre W (U). É comum representar essa trans-
formação por meio das equações simultâneas
{ = u cos e | = u sen =
U = {(u> ) 5 R2 : 0 u 1 e 0 2}
representa um retângulo no plano u, então W (U) representa um disco de centro na origem
e raio 1 no plano {|. Faça um esboço das regiões.
x = i ({> |) e y = j ({> |) =
Mostre que se x e y são funções contínuas que possuem derivadas parciais de primeira
ordem contínuas e satisfazem as equações de Cauchy-Riemann (confira Exercício 10 da
Seção 2=1), então as famílias de curvas de nível x = f1 e y = f2 são ortogonais. Comprove
o resultado com as funções x = {2 | 2 e y = 2{| esboçando algumas curvas de nível.
Solução. Para resolver este problema basta provar que as retas tangentes às curvas são
perpendiculares. Note, por definição, que
Cx Cx g| x{
0 = gf1 = gx = g{ + g| , p1 = =
C{ C| g{ x|
e
Cy Cy g| y{
0 = gf2 = gy = g{ + g| , p2 = = =
C{ C| g{ y|
Como x{ = y| e x| = y{ temos que
μ ¶μ ¶ μ ¶μ ¶
x{ y{ x{ x|
p1 · p2 = = = 1=
x| y| x| x{
Portanto, as famílias de curvas de nível x = f1 e y = f2 são ortogonais. ¥
Observação 3.31 Dados ({1 > |1 ), ({2 > |2 ) 5 [. Se ({1 > |1 ) 6= ({2 > |2 ) implicar que
W ({1 > |1 ) 6= W ({2 > |2 ), diremos que W é injetora. Neste caso, W possui uma inversa
W 31 : W ([) R2 $ R2 definida por
3
Seja S = ({> |> }) 5 R¯$fixado.
¯ Chama-se coordenadas esféricas de S no espaço ao
¯ ¯ $
terno (> > !), com = ¯RS ¯, ! o ângulo entre o vetor RS e o vetor unitário k e o
ângulo polar associado a projeção de S sobre o plano {|. A Figura 3.6 expõe graficamente
as coordenadas esféricas do ponto S . ¯$¯ ¯$¯
¯ ¯ ¯ ¯
Note que { = u cos , | = u sen , } = cos ! e ¯S T¯ = sen !. Como u = ¯S T¯ temos
que ;
A { = cos sen !
?
| = sen sen ! (3.3)
A
=
} = cos !=
Assim, a representação W : R3 $ R3 definida pelo sistema (3.3), com A 0, 5 [0> 2) e
! 5 [0> ), tem inversa W 31 : R3 $ R3 definida por
; p
A
A
A = {2 + | 2 + } 2
? |
= arctan μ
{ q ¶
A
A {2 +| 2
A
= ! = arctan =
}2
¡ ¢
Exemplo 3.36 Determine as coordenadas retangulares do ponto 4> 3 > 6 .
Solução. Como = 4, = 3
e ! = 6 . temos que
;
2
A
? { +s
A | 2 + } 2 = 16
|
= 3
A q{
I
A
= {2 +| 2 3
} 2 = 3
=
|2
2
= 3 , 4 = {2 + | 2 = {2 + 3{2 , {2 = 1=
{
s ¡ s s ¢
Logo, { = 1 e | = 3. Portanto, 1> 3> 2 3 são as coordenadas retangulares do ponto
¡ ¢
4> 3 > 6 . ¥
EXERCÍCIOS
W (x> y> z) = ({ (x> y> z) > | (x> y> z) > } (x> y> z)) >
1 C (|> }) 1 C ({> })
x{ = e x| = =
M C (y> z) M C (y> z)
Deduza expressões análogas para as derivadas: x} , y{ , y| , y} , z{ , z| , e z} .
12. Seja i : R $ R uma função real com derivada contínua e positiva. Mostre que a
transformação W : R2 $ R2 definida por
tem Jacobiano não nulo em qualquer ponto (x> y) sendo, portanto, invertível. Veri-
fique que
¡ ¢
W 31 ({> |) = i 31 ({) > | + {i 31 ({) =
13. Em cada caso é dada uma mudança de coordenadas (x> y) = W ({> |). Descreva as
retas x = n e y = n nos dois sistemas de coordenadas (plano {| e plano xy) para os
valores: n = 2, 1, 0, 1, 2. Determine a transformação inversa W 31 .
(d) W ({> |) = (3{> 5|) (g) W ({> |) = ({ + 1> 2 | 3 )
(e) W ({> |) = ({ |> 2{ + 3|) (h) W ({> |) = (exp({)> exp(|))
(f) W ({> |) = ({3 > { + |) (i) W ({> |) = (exp(2{)> exp(3|))=
14. Em cada caso encontre a imagem da curva F pela mudança de coordenadas W ({> |).
(a) F é o retângulo de vértices (0> 0) > (0> 1) > (2> 1), (2> 0) e W ({> |) = (3{> 5|).
(b) F é o círculo {2 + | 2 = 1 e W ({> |) = (3{> 5|).
¡| {
¢
(c) F é o triângulo de vértices (0> 0) > (3> 6), (9> 4) e W ({> |) = >
2 3
.
¡ ¢
(d) F é a reta 3{ 2| = 4 e W ({> |) = |2 > {3 .
(e) F é a reta { + 2| = 1 e W ({> |) = ({ |> 2{ + 3|).
(f) F é o quadrado de vértices (0> 0) > (1> 1) > (2> 0), (1> 1) e
3. Cada uma das funções é contínua e está definida em um conjunto compacto. Assim,
pelo Teorema de Weierstrass cada função tem ao menos um ponto de máximo e um
ponto de mínimo absolutos.
pontos de máximo pontos de mínimo
³ I ´ ³ I ´ ³ I ´ ³ I ´
1 2 1 2 1 2 1 2
(a) >
2 2
e 2
> 2
>
2 2
e 2
> 2
4. Já vimos que a distância da origem a um ponto S = ({> |> }) dessa curva é dada por
p
g(R> S ) = {2 + | 2 + } 2 =
isto é, j é estritamente crescente. Neste caso, j não tem máximo e nem mínimo
absoluto. Se fixarmos { = 0 e | 6= 0, então k({) = i(0> |) = exp(| 2 ), com
isto é, k é estritamente decrescente. Neste caso, não tem máximo e nem mínimo
absoluto. Portanto, i não tem máximo e nem mínimo absoluto.
(b) Não tem mínimo absoluto. A origem é um ponto de máximo, com valor máx-
imo.
(c) Não tem máximo absoluto. Os pontos
³s ´ μ ¶
s 5
Sn = 2> + n e Tn = 2> + n > n 5 Z
4 4
6. Como i{ = 2{(1 |)3 e i| = 3{2 (1 |)2 + 2| temos que ui ({> |) = (0> 0) se, e
somente se, 2{(1 |)3 = 0 e 3{2 (1 |)2 + 2| = 0. Logo, { = 0 ou | = 1. Se { = 0,
então | = 0. Se | = 1, então 2 = 0, o que é impossível. Assim, (0> 0) é o único ponto
crítico de i e i (0> 0) = 0. Note que i{{ ({> |) = 2(1 |)3 , i{| ({> |) = 6{(1 |)2 e
i|| ({> |) = 6{2 (1 |) + 2. Daí, se S = (0> 0), então
E 2 DF = 02 2 · 2 = 4 ? 0 e D = 2 A 0=
Seção 3.2
1. Usando o Método dos Multiplicadores de Lagrange, obtemos
pontos de máximo pontos de mínimo
¡3 4¢ ¡ 3 4¢
(a) > >
¡ 4 5 ¢ ¡ 54 3 ¢5
(b) 8
>8 8
> 8
(c) não há (4> 4)
³ I I I ´
(d) ± 33 > ± 33 > ± 33 pontos da curva
³ ´
1 1
(e) (±1> 0) e (0> ±1) ±I4 > ± I
4
³q q q ´ 2 2
2
(f) > 23 > 23 S ({> |> }) tal que { = 0, ou | = 0 ou } = 0
³ 3 ´ ³ ´
1 I1 I1 1 1 1
(g) I > > 3> 3> 3
I I I
³ 3q 3 3 q q ´
6
(h) ± 11 > ± 12 11
6
> ± 13 11
6
pontos do plano { + | + } = 0
¡6 1¢
(i) não há >
19 19
(j) (±1> ±2) não há.
2. g = 1 u c.
¡1 ¢ ¡ ¢ I
3. S = > 1 e T = 14 > 14 ; g =
4 4 4
2
u c=
4. S = (0> I168 > I468 ) e T = (0> I168 > I468 ); g = 0=25 u c.
5. { = | = } = n3 .
12. S1 = (1> 1> 1), S2 = (1> 1> 1), S3 = (1> 1> 1) e S4 = (1> 1> 1).
13. Já vimos que a distância da origem a um ponto S = ({> |) dessa hipérbole é dada por
p
g(R> S ) = {2 + | 2 . Portanto, devemos minimizar a função i({> |) = {2 +| 2 sujeita
à restrição j({> |) = {2 + 8{| + 7| 2 225. É fácil verificar que ui({> |) = (2{> 2|) e
uj({> |) = (2{ + 8|> 8{ + 14|). Logo, uj({> |) = (0> 0) se, e somente se, { = | = 0.
Como j(0> 0) 6= 0 temos que existe um 5 R tal que
com ({> |) satisfazendo j({> |) = 0. Agora, vamos resolver o sistema para obtermos
os pontos críticos de i.
;
A
? 2{ + (2{ + 8|) = 0
2| + (8{ + 14|) = 0
A
= 2
{ + 8{| + 7| 2 225 = 0
As duas primeiras equações desse sistema é equivalente a:
(
(1 + ){ + 4| = 0
=
4{ + (1 + 7)| = 0
Assim, se = 0 ou = 1, então { = | = 0 é uma solução sistema, o que é
impossível, pois j(0> 0) 6= 0. Logo, 6= 0 e 6= 1. Portanto,
μ ¶
4 16 1
{= |, + 1 + 7 | = 0 , = ou = 1>
1+ 1+ 7
pois | 6= 0. Se = 17 , Ientão | = 2{. Logo, a equação {2 16{2 + 28{2 225 = 0
tem soluções { = ± 151313 . Portanto,
às s ! às s !
15 13 30 13 15 13 30 13
> e >
13 13 13 13
são os pontos mais próximos da origem, pois se = 1, então { = 2|. Logo, I
a
15 65
equação 4| 2 16| 2 + 7| 2 225 = 0 não tem solução. Portanto, g(R> S ) = 13 u
c.
temos que
j 0 () = sen3 + 2 sen cos2 2 sen + 4 cos sen3 = sen3 (4 cos 3) = 0
I
3
se, e somente se, = 0, = , cos = e sen = ± 617 Assim,
4
às ! às !
3 7 3 7
S = (1> 0)> T = (1> 0)> U = > e V= > =
4 4 4 4
{| + 2| 3 + | = 0 / |({ + 2| 2 + ) = 0=
{ + 2| 2 + = 0 , = { 2| 2 =
Substituindo na primeira equação e usando a terceira, obtemos
18. { = 4 p> | = 4 p e } = 2 p.
8def
19. Y = I
3 3
u. v.
Seção 3.3
1. (d) | 0 = 3 e | 00 = 62; (e) | 0 = 23 e | 00 = 23
27
; (f) | 0 = 1 e | 00 = 3; (g) | 0 = 1
e | 00 = 2.
g{ g{
2. (d) {0 = = 0; (e) {0 = = 0.
g| g|
(|+2{|+|2 ) {+2{|+{2 }2
3. (d) }{ = {} e }| = |} ; (e) }{ = 2}
e }| = 2}
; (f) }{ = sen }+3|32{}
e
3}
}| = 2{}33|3sen }
.
CY n CW Y
= e = =
CW S CS n
Portanto,
CS CY CW S n Y
= · · = 1=
CY CW CS Y S n
6. Semelhante ao Exercício anterior com a equação I ({> |> }) = 0, em que { é uma
função de |, obtemos
C{ C{ I|
I{ + I| = 0 , = =
C| C| I{
7. Note que se { = i(x> y) e | = j(x> y), com x = k(}> z) e y = n(}> z), então usando
a Regra da Cadeia, obtemos
¯ ¯ ¯ ¯
¯ { { ¯ ¯ { x +{ y { x +{ y ¯
C ({> |) ¯ } z ¯ ¯ x } y } x z y z ¯
= ¯ ¯=¯ ¯
C (}> z) ¯ |} |z ¯ ¯ |x x} + |y y} {x xz + {y yz ¯
¯ ¯ ¯ ¯
¯ { { ¯ ¯ x x ¯ C ({> |) C (x> y)
¯ x y ¯ ¯ } z ¯
= ¯ ¯·¯ ¯= · =
¯ |x |y ¯ ¯ y} yz ¯ C (x> y) C (}> z)
Seção 3.4
1. (d) M = 9; (e) M = 5; (f) M = 5 exp({) + 1; (g) M = u; (h) M = 3; (i)
M = 2 ({2 2|) cos | 2 (2{2 + |) sen |; (j) M = u, (k) M = 2 sen !.
1
2. (d) M(W ) = 15 exp({)| 2 M e M (W 31 ) = 15 exp({)| 2 , nos pontos com | 6= 0; (e) Em
4. Note que x = i(> ), = j({> w) e = k({> w). Assim, pela Regra da Cadeia,
obtemos
Cx Cx C Cx C Cx Cx C Cx C
x{ = = + e xw = = +
C{ C C{ C C{ Cw C Cw C Cw
Como
C C C C
= 1> = f> =1 e = f
C{ Cw C{ Cw
temos que μ ¶
Cx Cx Cx Cx Cx Cx
x{ = = + e xw = =f
C{ C C Cw C C
Logo,
μ ¶ μ ¶ μ ¶
C Cx C Cx C Cx
x{{ = = +
C{ C{ C{ C C{ C
2 2
C x C C x C C x C C 2 x C
2
= + + +
C2 C{ CC C{ CC C{ C 2 C{
= x + 2x + x
e
μ ¶ μ μ ¶ μ ¶¶
C Cx C Cx C Cx
xww = =f
Cw Cw Cw C Cw C
μ 2 2
¶
C x C C x C C x C C 2 x C
2
= f +
C2 Cw CC Cw CC Cw C 2 Cw
= f2 (x + x ) =
Portanto,
xww f2 x{{ = f2 (x + x ) f2 (x + 2x + x ) = 2f2 x , x = 0=
5. Note que o vetor z1 = (1> 0) no plano {| é transformado no vetor w1 = (d> f) no
plano xy e o vetor z2 = (0> 1) no plano {| é transformado no vetor w2 = (e> g) no
plano xy. Já vimos que a área do paralelogramo determinadas pelos vetores w1 e
w2 é dada por
|dg ef| = |w1 × w2 | = |w1 | |w2 | sen = |w1 | (|w2 | sen ) = e · k>
11. A imagem da região U no plano {| é o quadrado [1> 1] × [1> 1] no plano xy. Note
que
1 1
{ = (x + y) e | = (x y)=
2 2
Logo, μ ¶μ ¶
1 1 x2 y 2
{| = 1 , (x + y) (x y) = 1 , = 1>
2 2 4 4
ou seja, a imagem é uma hipérbole no plano xy.
pois i 0 (x) A 0, para todo x. Como i é contínua e i 0 (x) A 0 temos, pelo Teorema
da Função Inversa, que existe uma função x = j({), j = i 31 tal que i(j({)) = {.
Portanto, x = i 31 ({) e y = | + {i 31 ({), ou seja,
¡ ¢
W 31 ({> |) = i 31 ({) > | + {i 31 ({) =
13. Vamos fazer apenas o item (d). Como x = 3{ e y = 5| temos que { = n3 e | = n5
são retas no plano {| paralelas aos eixos dos | e dos {, respectivamente. Faça um
esboço. Neste caso, ³x y ´
W 31 (x> y) = > =
3 5
14. A imagem em cada caso é:
(a) O retângulo de vértices (0> 0), (6> 0), (6> 5) e (0> 5).
(b) A elipse 25{2 + 9| 2 = 225=
(c) O triângulo de vértices (0> 0), (3> 1) e (2> 3).
(d) A reta 4x 9y = 1.
(e) A reta x 3y + 5 = 0.
(f) O paralelogramo de vértices (0> 0), (1> 5), (10> 4) e (9> 1).
(g) A elipse 13x2 + 41y2 + 4xy = 529.
18. (d) a esfera de centro (3> 0> 0) e raio 3; (e) o cilindro circular reto de raio 5; (f)
s
os planos { ± 3| = 0; (g) o plano } = 4; (h) o cone {2 + | 2 = } 2 ; (i) a esfera
{2 + | 2 + } 2 = 9, juntamente com a origem; (j) o plano { = 1; (k) a esfera
{2 + | 2 + (} 1)2 = 9; (l) um par de palnos;(m) a esfera de centro na origem e raio
d; (n) a região entre as esferas de raios 1 e 2 centradas na origem; (o) o paraboloide
} = {2 + | 2 .
C (I> J)
M= =
C ({> |)
1 C (I> J) 1 C (I> J)
{x = e |y = =
M C (x> |) M C ({> y)