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Prefácio

Estas notas de aula surgiram da experiência do autor quando este ministrou algumas
vezes a disciplina para os cursos de Engenharias e na Licenciatura em Matemática a
Distância.
O principal objetivo destas notas é fazer com que os alunos compreendam com clareza
os conceitos de funções de várias variáveis de um ponto de vista geométrico e algébrico.
Desenvolvendo também a capacidade de modelagem de problemas matemáticos e provas
envolvendo conjuntos topológicos, bem como as noções intuitivas de limites, continuidade,
derivadas parciais, diferenciabilidade, comportamento de funções, integrais de linha e de
superfície.
É nossa expectativa que este texto assuma o caráter de espinha dorsal de uma expe-
riência permanentemente renovável, sendo, portanto, bem vindas às críticas e/ou sugestões
apresentadas por todos - professores ou alunos quantos dele fizerem uso.
Para desenvolver a capacidade do estudante de pensar por si mesmo em termos das
novas definições, incluímos no final de cada seção uma extensa lista de exercícios.
No capítulo 1 apresentaremos algumas definições e resultados sobre conceitos topológi-
cos, funções reais de duas ou mais variáveis reais, limites e continuidade que serão necessárias
para o entendimento das próximas capítulos.
No capítulo 2 apresentaremos as definições de derivadas parciais, diferenciabilidade,
Regra da Cadeia, derivada direcional e gradiente que serão necessários para as aplicações.
No capítulo 3 apresentaremos os problemas de maximazação e minimização, o Método
dos Multiplicadores de Lagrange, derivação implícita e transformações.
No capítulo 4 apresentaremos algumas definições e resultados sobre integrais múltiplas
e mudança de coordenadas.
No capítulo 5 apresentaremos algumas definições e resultados sobre campos de vetores,
funções vetoriais, integrais de linha e independência do caminho.
Finalmente, no capítulo 6 apresentaremos os conceitos de superfícies parametrizadas
e integrais de superfície. Além disso, os Teoremas de Divergências, os quais são de grande
importância no Cálculo Vetorial. Em particular, o Teorema de Green.
Agradecemos aos colegas e alunos do Departamento de Matemática que direta ou indi-
retamente contribuíram para a realização deste trabalho. Em particular, aos professores
Ailton Ribeiro de Assis, Inaldo Barbosa de Albuquerque, João Bosco Batista Lacerda,
José Gomes de Assis e Marivaldo Pereira Matos.

Antônio de Andrade e Silva.


Sumário

1 Funções Reais de Várias Variáveis Reais 1


1.1 Conceitos Topológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Funções Reais de Várias Variáveis Reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.3 Limites e Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

2 Diferenciabilidade 31
2.1 Derivadas Parciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.2 Diferenciabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.3 Regra da Cadeia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.4 Derivada Direcional e Gradiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

3 Aplicações das Derivadas Parciais 77

3.1 Máximos e Mínimos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78


3.2 Multiplicadores de Lagrange . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
3.3 Derivadas de Funções Implícitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
3.4 Transformações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98

4 Integrais Múltiplas 117

4.1 Integrais Duplas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118


4.2 Mudança de Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
4.3 Integrais Triplas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136

5 Integrais de Linha 147

5.1 Campos Vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148


5.2 Funções Vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
5.3 Integrais de Linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
5.4 Independência do Caminho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176

6 Integrais de Superfície 195

6.1 Superfícies Regulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196

3
6.2 Integrais de Superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204
6.3 Teorema de Green . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213
6.4 Teorema de Gauss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
6.5 Teorema de Stokes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225

Referências Bibliográficas 238


Capítulo 1

Funções Reais de Várias Variáveis


Reais

Situando a Temática
Quando falamos que uma coisa é função de outra, queremos dizer, simplesmente, que
a primeira delas depende da segunda. Situações de dependência, ou vinculação, fazem-se
presentes constantemente em nossa vida. Por exemplo, a área de um triângulo é igual a
um meio da base vezes a altura, ou seja, depende da base e da altura do triângulo.
A partir de agora, você está convidado a nos acompanhar neste passeio pelo mundo das
funções reais de várias variáveis reais. Juntos analisaremos detalhadamente suas regras,
conheceremos domínios, gráficos e curvas de nível, verdadeiras ferramentas de decoração
utilizadas para exposição de mapas, e aprenderemos os conceitos de limites e continuidade
de funções reais de várias variáveis reais.
Para desenvolver a capacidade do aluno pensar por si mesmo em termos das novas
definições, incluímos no final de cada seção uma extensa lista de exercícios, onde a maio-
ria dos exercícios dessas listas foram selecionados dos livros citados no final do texto.
Devemos, porém, alertar aos leitores que os exercícios variam muito em grau de dificul-
dade, sendo assim, não é necessário resolver todos numa primeira leitura.

Problematizando a Temática
A adequação de uma investigação sistemática, impírica e crítica nos leva a problema-
tização ou a formulação de problemas com enuciados que devem ser explicitados de forma
clara, compreensível e operacional. Portanto, um problema se constitui em uma pergunta
científica quando explicita a relação entre as variáveis ou fatos envolvidos no fenômeno.
Como vemos no nosso dia-a-dia os problemas envolvendo as funções reais de várias
variáveis reais independentes aparecem com mais frequência do que as funções reais de
uma variável real, e seu cálculo é ainda mais extenso. Suas derivadas são mais variadas e

1
mais interessantes por causa das diferentes maneiras como as variáveis podem interagir.
Considere, por exemplo, uma placa metálica circular com um metro de raio, colocada com
centro em R = (0> 0) do plano {| e seja aquecida, de modo que a temperatura em um
ponto S = ({> |) seja dada por

W ({> |) = (16{2 + 24{| + 40| 2 )> 


F

com { e | estando em metros. Determine os pontos de menor e maior temperatura da


placa.

Conhecendo a Temática
1.1 Conceitos Topológicos
Nesta seção introduzimos os conceitos topológicos importantes para o estudo de funções
reais de várias variáveis reais, mais precisamente funções cujo domíno é um subconjunto
[  Rq e cuja imagem está contida em R, com ênfase no plano cartesiano e no espaço.
É pertinente lembrar que é de extrema importância em matemática, sempre que possível,
esboçar graficamente um conjunto (ou um gráfico de uma equação ou inequação) para
termos uma ideia geométrica do mesmo.
Um conjunto de pontos ou simplesmente um conjunto [ em Rq , com 1  q  3, é
qualquer coleção de pontos finita ou infinita.

Exemplo 1.1 Os conjuntos

[ = {(1> 0)> (0> 1)}> \ = {({> |) 5 R2 : | = {} e ] = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 ? 1}

são conjuntos de pontos no plano cartesiano R2 = R × R.

Dados um ponto S = (d> e) 5 [ e um número real  A 0, chama-se vizinhança delta


(circular) de S , em símbolos Y (S ), ao conjunto de todos pontos T = ({> |) 5 [ tais que
p
|T  S | = g(S> T) = ({  d)2 + (|  e)2 ? 

com |T  S | representando a distância entre os pontos S e T, isto é,

Y (S ) = {T 5 [ : |T  S | ? }=

Chama-se vizinhança delta (retangular) de S ao conjunto de todos pontos T = ({> |) 5 S


tais que
|{  d| ?  e ||  e| ? >
isto é,
Y (S ) = {T 5 [ : |{  d| ?  e ||  e| ? }=
A Figura 1.1 expõe graficamente a definição de vizinhança delta de S .

Figura 1.1: Representação gráfica dos conceitos topológicos de [.

Um conjunto [ em Rq chama-se aberto se para cada ponto S 5 [, existir uma


vizinhança delta de S toda contida em [, isto é,

; S 5 [> < Y (S ) tal que Y (S )  [=

Neste caso, diremos que todos os ponto de [ são pontos interiores.

Exemplo 1.2 Sejam

[ = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 ? 1}> \ = {({> |) 5 R2 : |{| ? 1 e ||| ? 1} e


] = {({> |) 5 R2 : |  0}

conjuntos abertos em R2 . Mostre que [ e \ são conjuntos abertos em R2 , enquanto o ]


não é um conjunto aberto em R2 .

Solução. Dado um ponto S = (d> e) 5 [, obtemos d2 + e2 ? 1. Assim, existe uma


vizinhança delta de S , Y (S ), com
s
 =1 d2 + e2 >

tal que Y (S )  [, pois se T = ({> |) 5 Y (S ), então |T  S | ? . Logo,


p s
{2 + | 2 = |T  R| = |(T  S ) + (S  R)|  |T  S | + |S  R| ?  + d2 + e2 = 1=

Portanto, T 5 [ e [ é um conjunto aberto em R2 . Agora, dado um ponto S = (d> e) 5 \ ,


obtemos 0  |d| ? 1 e 0  |e| ? 1. Assim, existe uma vizinhança delta de S , Y (S ), com

 = min{ 1 >  2 }>  1 = min{|d| > 1  |d|} e  2 = min{|e| > 1  |e|}>

tal que Y (S )  \ , pois se T = ({> |) 5 Y (S ), então |T  S | ? . Logo,

|{  d|  |T  S | ?  , |{  d| ?  1 , |{| ? 1
e
||  e|  |T  S | ?  , ||  e| ?  2 , ||| ? 1=
Portanto, T 5 \ e \ é um conjunto aberto em R2 . Finalmente, para provar que ] não
é um conjunto aberto em R2 , basta observar que para cada ponto S = (d> 0) 5 ], não
existe nenhuma vizinhança delta  A 0 de S , Y (S ), tal que Y (S )  ]. ¥

Um ponto S 5 Rq é um ponto de fronteira de um conjunto [ em Rq se qualquer


vizinhança  de S contém pontos de [ e pontos fora de [, isto é,

Y (S ) _ [ 6= > e Y (S ) _ (Rq  [) 6= >>

com Rq  [ o complementar do conjunto [. A Figura 1.1 expõe graficamente a definição


de ponto de fronteira de [.
Seja [ um conjunto [ em Rq . Chama-se fronteira de [, em símbolos C([), o
conjunto de todos os pontos de fronteiras de [.

Exemplo 1.3 Sejam

[ = {({> |) 5 R2 : | A 0} e \ = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 ? 1}

conjuntos em R2 . Mostre que

C([) = {({> |) 5 R2 : | = 0} e C(\ ) = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 = 1}=

Em particular, C([) = C(R2  [) e C(\ ) = C(R2  \ ).

Solução. Dados S = (d> 0) 5 R2 e  A 0, existe T = (d> |) 5 [, com 0 ? | ? , tal que


T 5 Y (S ) _ [. Portanto, S = (d> 0) 5 C([), pois S 5 R2  [.
Reciprocamente, dado S = (d> e) 5 C([), temos, pela Lei da Tricotomia, que e ? 0,
e = 0 ou e A 0. Se e ? 0, então existe 0 ?  ? e tal que Y (S )  R2  [ e
Y (S ) _ [ = >, o que é impossivel. Se e A 0, então existe 0 ?  ? e tal que Y (S )  [ e
Y (S ) _ (R2  [) = >, o que é impossivel. Portanto, e = 0 e

C([) = {({> |) 5 R2 : | = 0}=

De modo inteiramente análogo, determina C(\ ). ¥

Um conjunto [ em Rq chama-se fechado se seu complementar Rq  [ for aberto. Por


exemplo,
[ = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2  1}
é um conjunto fechado em R2 , pois seu complementar

Rq  [ = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 ? 1}

é um conjunto aberto em R2 .
Um conjunto [ em Rq chama-se limitado se existir uma esfera de centro na origem
R de Rq e raio suficientemente grande u A 0, em símbolos Vu (R), tal que

[  Vu (R)=

Ou, equivalentemente, um bloco E em Rq tal que [  E. Note que em R2 uma esfera


é um círculo (uma circunferência) e um bloco é um retângulo. Neste caso, para cada
S = ({> |) 5 [, existe u A 0 tal que

|{| ? u e ||| ? u=

Exemplo 1.4 Sejam

[ = {({> |) 5 R2 : |{|  1 e  1 ? |  2} e \ = {({> |) 5 R2 : { A 0}

conjuntos em R2 . Mostre que [ é um conjunto limitado em R2 , enquanto \ não é um


conjunto limitado em R2 .

Solução. Note que [ graficamente representa uma figura retangular com lados de com-
primentos d = 2 e e = 3, repectivamente. Assim, pondo u = max{2> 3} = 3, obtemos

[  V3 (0> 0) = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 = 9}>

Portanto, [ é um conjunto limitado em R2 . Agora, se existisse uma esfera de centro na


origem R de R2 e raio suficientemente grande u A 0 tal que

\  Vu (R)=

@ Vu (R), o que é impossível. Portanto, \ não


Então o ponto S = (u + 1> |) 5 \ , onde S 5
2
é um conjunto limitado em R . ¥

Um conjunto [ em Rq chama-se compacto se ele é fechado e limitado em Rq . Por


exemplo,
[ = {({> |) 5 R2 : |{| + |||  1}
é um conjunto compacto em R2 .
Um ponto S 5 Rq é um ponto de acumulação de um conjunto [ de Rq se para
qualquer número real  A 0, tem-se

(Y (S )  {S }) _ [ 6= >=

Por exemplo, S = (0> 0) 5 R2 é um ponto de acumulação do conjunto

[ = {({> |) 5 R2 : | A 0}=

Note que S 5
@ [. Observe também que qualquer ponto S 5 [ é um ponto de acumulação
de
[ = {({> |) 5 R2 : | A 0}=
Enquanto que o conjunto Z não possui ponto de acumulação, pois dado { 5 Z, existe
 = 1 tal que
(Y ({)  {{}) _ Z = >=
Um ponto S 5 [ que não é um ponto de acumulação de [ chama-se um ponto discreto
ou um ponto isolado de [.
Um conjunto [ em Rq chama-se conexo se quaisquer dois pontos distintos S> T 5 [
podem ser ligados por uma linha poligonal inteiramente contida em [ (linha poligonal
significa uma “curva” constituída de um número finito de segmentos retilíneos em sucessão
tais que a extremidade de cada um coincida com a origem do seguinte). Um conjunto
aberto e conexo chama-se domínio. Por exemplo, o counjuto

[ = {({> |) 5 R2 : 1 ? {2 + | 2 ? 4}

é um domínio em R2 . Note que, um domínio não pode ser formado por dois conjuntos
abertos disjuntos. Assim, o conjunto

[ = {({> |) 5 R2 : |{| A 0}

não é um domínio em R2 , pois

[ = {({> |) 5 R2 : { ? 0} ^ {({> |) 5 R2 : { A 0}=

Um conjunto [ em Rq chama-se uma região se [ é um aberto conexo mais alguns


ou todos os seus pontos de fronteiras. Uma região [ é simplesmente conexa em Rq se
qualquer curva fechada em [ pode ser reduzida de maneira contínua a um ponto qualquer
em [ sem deixar [. Por exemplo,

[ = {({> |) 5 R2 : |{|  1 e  1 ? |  2}

é uma região simplesmente conexa em R2 .

Exemplo 1.5 Seja [ um conjunto compacto em R2 . Mostre que \ = R2  [ nunca


pode ser uma região simplesmente conexa em R2 .

Solução. Como [ um conjunto compacto em R2 temos que existe um círculo de centro


na origem R de R2 e raio suficientemente grande u A 0 tal que

[  Fu (R)=

Assim, a circunferência de centro na origem R de R2 e raio u + 1 está contida em \ , mas


não pode ser reduzida de maneira contínua a um ponto qualquer em \ sem deixar \ .
Portanto, \ não é uma região simplesmente conexa em R2 . Em particular, a região

\ = {({> |) 5 R2 : 1 ? {2 + | 2 }
não é uma região simplesmente conexa em R2 , pois

\ = Rq  [> com [ = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2  1}

um conjunto compacto. ¥

EXERCÍCIOS

1. Esboce a região U do plano R2 dada abaixo e determine sua fronteira. Classifique


U em: aberto (A), fechado (F), limitado (L), compacto (K), ou conexo (C).

(a) U = {({> |) 5 R2 : |  0}.


(b) U = {({> |) 5 R2 : {  0 e {2 + | 2 ? 1}.
(c) U =]1> 2[ × [0> +4[.
(d) U = {({> |) 5 R2 : 1 ? {2 + | 2  2}.
(e) U = {({> |) 5 R2 : 4 ? {2 ? 9}.
(f) U = {({> |) 5 R2 : 0 ? { e 1  |  2}.
(g) U = {({> |) 5 R2 : { ? |}.
(h) U = {({> |) 5 R2 : |{|  1 e  1  | ? 2}.
(i) U = {({> |) 5 R2 : 4{2 + | 2  9}.
(j) U = {({> |) 5 R2 : sen {  |  cos {> 0  {  @4}.
(k) U = [0> 1] × [1> 2].
(l) U = {({> |) 5 R2 : |{| + |||  1}.
(m) U = {({> |) 5 R2 : {2 + 4| 2  16 e |{|  1}
(n) U = {({> |) 5 R2 : 1  {2  | 2 }.
(o) U = {({> |) 5 R2 : ({2 + | 2  1) | ? 0}.
(p) U = {({> |) 5 R2 : {3 ? |}.
(q) U = {({> |) 5 R2 : |{|  2 e 1 ? {2 + | 2 }.
(r) U = {({> |) 5 R2 : {2 ? | 2 }.
(s) U = {({> |) 5 R2 : |{| + |||  2 e 1 ? {2 + | 2 }.

2. Esboce a região
¡ ¢
U = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2  1 [({  1)2 + | 2  1] ? 0}>

verifique que ela é aberta e determine sua fronteira.


1.2 Funções Reais de Várias Variáveis Reais
O conceito de funções reais de duas ou mais variáveis reais é análogo ao conceito de
função real de uma variável real visto no Cálculo Diferencial e Integral I. Por exemplo, a
equação
} = {2  | 2
exprime } como função de { e |. Em geral, } é uma função de { e | se existir uma regra i
que a cada ponto S = ({> |) de um conjunto [ em R2 associar um único ponto } 5 R. A
Figura 1.2 expõe graficamente a definição de função de [ em R. Para indicar a conexão
entre {, | e } usualmente escreve-se } = i({> |) ou } = }({> |).

Figura 1.2: Representação gráfica da função } = i({> |).

Escreveremos i : [  Rq $ R ou, simplesmente, i : [ $ R para indicar que i é uma


função com domínio [ e contradomínio R. Se } = i ({> |), diremos que } é o valor ou a
imagem de { e | com respeito a i . Às vezes as funções i : [  Rq $ R são chamadas
de funções escalares.

Exemplo 1.6 Seja i : [  R2 $ R a função definida pela regra


μ ¶
2 1 2
i({> |) = log 1  4{  | =
9
Qual o domínio de i?

Solução. Já vimos, no Ensino Médio, que o domínio da função log { é o conjunto de


todos os { 5 R, com { A 0. Logo, o domínio de i é o conjunto de todos os pontos ({> |)
em R2 tais que
1
1  4{2  | 2 A 0=
9
Portanto,
[ = {({> |) 5 R2 : 36{2 + | 2 ? 9}=
é o domínio da função i({> |). ¥
Seja i : [  R2 $ R uma função. Chama-se gráfico de i ao conjunto de todos os
pontos ({> |> }) 5 R3 tais que } = i ({> |), isto é,

J(i) = {({> |> }) 5 R3 : } = i ({> |)}=

Chama-se imagem de i ao conjunto

Im(i) = {} 5 R : } = i ({> |)> para algum ponto ({> |) 5 [}=

É importante notar que, o gráfico de uma função real de duas variáveis reais representa
uma superfície. A Figura 1.3 expõe graficamente a definição do gráfico de uma função
i : [  R2 $ R.

Figura 1.3: Gráfico da função i.

Sejam i : [  R2 $ R uma função e } = i({> |). Quando atribuirmos a } um


valor constante n, o conjunto de todos os pontos ({> |) 5 [ tais que } = n geram, em
geral, uma curva Fn , chamada de curva de nível da função i correspodendo ao valor n.
Note que a curva Fn está contida no domínio da função, ou seja, Fn  [. A Figura
1.4 expõe graficamente algumas curvas de níveis geradas pelo gráfico de uma função
i : [  R2 $ R.
Figura 1.4: Curva de nível Fn .

Sejam i : [  R3 $ R uma função e z = i({> |> |). Quando atribuirmos a z um


valor constante n, o conjunto de todos os pontos ({> |> }) 5 [ tais que z = n geram, em
geral, uma superfície Vn , chamada de superfície de nível da função i correspodendo ao
valor n.

Exemplo 1.7 Seja i : R2 $ R a função definida pela regra i({> |) = | 2 {2 . Determinar
algumas curvas de nível da função i.

Solução. As curvas de nível da função i no plano {| correspondem aos gráficos da


equação

| 2  {2 = n> ; n 5 R=

Como o conjunto dos números reais R é totalmente ordenado, há três casos a serem
considerados (Lei da Tricotomia):
s
1=r Caso. Se n A 0, então | 2  {2 = n é uma hipérbole com vértices (0> ± n).
2=r Caso. Se n = 0, então | 2  {2 = n são duas retas passando pela origem R = (0> 0)
de R2 , ou seja, | = { e | = {.
s
3=r Caso. Se n ? 0, então | 2  {2 = n é uma hipérbole com vértices (± n> 0).
Algumas curvas de nível e o gráfico da função estão exposto na Figura 1.5. ¥
Figura 1.5: Paraboloide hiperbólico.

EXERCÍCIOS

1. Em cada caso determine e represente graficamente o domínio da função } = i ({> |).


p s
(d) } = |  {2 + 2{  | (j) } = arccos (|  {)
p p
(e) } = |{|  ||| (k) } = ({  3) (|  2)
(f) 4{2 + | 2 + } 2 = 1> }  0 (l) } = arcsen [{@ ({  |)]
³ ´ p
2 4  {2  | 2
(g) } = log 1  4{2  |9 (m) } = p
{2 + | 2  1
p {|
(h) } = log ({2 + | 2  3) (n) } =
sen {  sen |
s
{2  1
(i) } = { exp (|)  log { (o) } =
|2  1

2. Em cada caso esboce algumas curvas de nível da função } = i ({> |), de modo a
obter uma visualização do seu gráfico.
31
(d) } = {2 + | 2 (l) } = 2{ ({2 + | 2 )
p
(e) } = {2 + | 2 (m) } = {|
31
p
(f) } = ({2 + | 2 ) (n) } = 9  {2  | 2
p
(g) } = log (1 + {2 + | 2 ) (o) } = 1  {2 @4  | 2 @9
(h) } ={+| (p) } = |{  ||
(i) } = sen ({  |) (o) } = |{  || =
(j) } = |{|  ||| (q) } = { + |2
(k) } = 8  {2  2| (r) } = {  |2

3. Identifique e esboce a curva de nível da função } = 2|  4{3 que passa no ponto


S = (1> 2). Observe o comportamento da função ao longo da tangente que passa no
ponto S .

4. Identifique as superfícies de nível da função z = {2 + | 2 + } 2 , nos níveis 0, 1 e 2.


5. Identifique a superfície de nível da função z = {2 + | 2  } 2 que passa no ponto
S = (1> 1> 1).

6. Esboce o gráfico da função } = i ({> |) dada por:


p
(d) i ({> |) = 3 (j) i ({> |) = {2  | 2
p
(e) i ({> |) = { (k) i ({> |) = 16  {2  16| 2
31@2
(f) i ({> |) = 1  {  | (l) i ({> |) = ({2 + | 2 )
(g) i ({> |) = sen |³ ´ (m) i ({> |) = 1 ³{2 ´
p p
(h) i ({> |) = exp {2 + | 2 (n) i ({> |) = log {2 + | 2
(i) i ({> |) = 3  {2  | 2 (o) i ({> |) = sen({2 + | 2 )=

7. Descreva as superfícies de nível da função z = i ({> |> }).


(d) i ({> |> }) = { + 3| + 5} (f) i ({> |> }) = {2  | 2 + } 2
(e) i ({> |> }) = {2 + 3| 2 + 5} 2 (g) i ({> |> }) = {2  | 2 =

1.3 Limites e Continuidade


Nesta seção apresentaremos, de um ponto de vista intuitivo e/ou formal, as ideias
básicas sobre limites que serão necessárias na formulação das difinições de continuidade,
diferenciabilidade e integrabilidade de uma função real de várias variáveis reais.
Já vimos, no Cálculo Diferencial e Integral I, que uma função real de uma variável
real i : L  R $ R tem limite O, em simbolos

lim i({) = O>


{<d

se dado um número real  A 0, existe em correspondência um  A 0 tal que

{ 5 L> 0 ? |{  d| ?  , |i({)  O| ? =

Devemos lembrar que a notação “{ $ d” significa que { está muito próximo de d, mas
{ 6= d. Note que, nesta definição, exige-se apenas que |{  d| A 0, isto é, para os {
na vizinhança delta Y (d) que sejam diferentes de d e que pertençam a L (os pontos de
acumulação de L), pois não é necessário que i esteja definida em d para que ela possua
limite em d. Portanto, a noção de limite de uma função i em um ponto d está relacionada
ao comportamento de i nos pontos próximos de d; excluindo o próprio d. Por exemplo,

{2  4
lim =4
{<2 {2  3{ + 2

mas claramente a função não está definida no ponto { = 2.


Esse conceito de limite pode ser estendido de modo inteiramente análogo a uma função
real de duas ou mais variáveis reais, por exemplo, se i : [  R2 $ R, então

lim i ({> |) = O
({>|)<(d>e)
significa que: dado um número real  A 0, existe em correspondência um  A 0 tal que
p
; ({> |) 5 [> 0 ? ({  d)2 + (|  e)2 ?  , |i({> |)  O| ? =

Assim, com alguns ajusto de ordem técnica, todas as propriedades de limites para funções
reais de uma variável real valem para funções reais de duas ou mais variáveis reais. As
principais são:

Proposição 1.8 Sejam i> j : G  R2 $ R função, com [ uma região e f uma constante
real. Suponhamos que os limites de i e j existam em S = (d> e). Então:

1. lim({>|)<(d>e) (i ({> |) ± j({> |)) = lim({>|)<(d>e) i({> |) ± lim({>|)<(d>e) j({> |).

2. lim({>|)<(d>e) (fi ({> |)) = f lim({>|)<(d>e) i ({> |).

3. lim({>|)<(d>e) (i ({> |)j({> |)) = lim({>|)<(d>e) i({> |) lim({>|)<(d>e) j({> |).

4.
i({> |) lim({>|)<(d>e) i({> |)
lim = >
({>|)<(d>e) j({> |) lim({>|)<(d>e) j({> |)
desde que lim({>|)<(d>e) j({> |) 6= 0.

Exemplo 1.9 Mostre, usando a definição de limite, que:

1. lim({>|)<(2>1) (2{ + |) = 5.

2. lim({>|)<(1>2) (3{2 + |) = 5.

Solução. (1) Devemos provar que: dado  A 0, existe um  A 0 tal que


p
0? ({  2)2 + (|  1)2 ?  , |2{ + |  5| ? =

Para resolver este problema vamos dividir a prova em dois passos:


1=r Passo. O número  depende da escolha do número . Assim, para determinar o
possível , devemos estudar a desigualdade que envolve , isto é,

|2{ + |  5| ? =

Note que
|2{ + |  5| = |2({  2) + (|  1)|  2 |{  2| + ||  1| =

Como
p p
|{  2| = ({  2)2  ({  2)2 + (|  1)2

e
p p
||  1| = (|  1)2  ({  2)2 + (|  1)2
temos que
|2{ + |  5|  2 |{  2| + ||  1| ? 2 +  = 3=
2=r Passo. Verificação da nossa escolha do . Dado  A 0, basta escolher um

=
3
tal que
p
0? ({  2)2 + (|  1)2 ?  , |2{ + |  5| ? =
De fato,
p
({  2)2 + (|  1)2 ?  , |{  2| ?  e ||  1| ? =
Logo,
|{  2| ?  , 2 |{  2| ? 2=
Assim,
|2{ + |  5|  2 |{  2| + ||  1| ? 2 +  = 3 ? =
Portanto,
lim (2{ + |) = 5=
({>|)<(2>1)

Note que usando Teoremas sobre limites, obtemos

lim (2{ + |) = lim (2{) + lim | = 4 + 1 = 5=


({>|)<(2>1) ({>|)<(2>1) ({>|)<(2>1)

(2) Devemos provar que: dado  A 0, existe um  A 0 tal que


p ¯ ¯
0? ({  1)2 + (|  2)2 ?  , ¯3{2 + |  5¯ ? =

Para resolver este problema vamos dividir a prova em dois passos:


1=r Passo. O número  depende da escolha do número . Assim, para determinar o
possível , devemos estudar a desigualdade que envolve , isto é,
¯ 2 ¯
¯3{ + |  5¯ ? =

Note que
¯ 2 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯3{ + |  5¯ = ¯3({2  1) + (|  2¯  3 ¯{2  1¯ + ||  2| = 3 |{  1| |{ + 1| + ||  2| =

Restringindo i({> |) = 3{2 + | a vizinhança unitária de i (1> 2) = 5 (ou seja, para o


intervalo aberto L1 com centro em i(1> 2) e comprimento 2 devemos encontrar um  A 0
tal que i({> |) 5 L1 , para cada ({> |) 5 Y (1> 2))

|i ({> |)  i(1> 2)| ? 1>

obtemos
¯ 2 ¯
¯3{ + |  5¯  3 |{  1| |{ + 1| + ||  2| ? 3(3) +  = 10>
pois
|{ + 1| = |{  1 + 2|  |{  1| + 2 ? 3=
2=r Passo. Verificação da nossa escolha do . Dado  A 0, basta escolher um
n o
 = min 1>
10
tal que
p ¯ ¯
0? ({  1)2 + (|  2)2 ?  , ¯3{2 + |  5¯ ? =
De fato,
p
({  1)2 + (|  2)2 ?  , |{  1| ?  e ||  2| ? =
Logo,
|{  1| ?  , 3 |{  1| |{ + 1| ? 9=
Assim,
¯ 2 ¯
¯3{ + |  5¯  3 |{  1| |{ + 1| + ||  2| ? 9 +  = 10 ? =

Portanto,
lim (3{2 + |) = 5>
({>|)<(1>2)

que é o resultado desejado. ¥

Vimos acima que o cálculo do limite por meio da definição pode ser tedioso se i
tem uma expressão complicada. Assim, apresentaremos algumas técnicas, além das pro-
priedades de limite já vistas no curso de Cálculo Diferencial e Integral I, que serão úteis
para determinar se uma dada função tem ou não limite em um ponto.
Já vimos que lim{<d i({) existe quando o limite pela esquerda lim{<d3 i ({) e pela
direita lim{<d+ i({) existem e são iguais. Esse procedimento não aplica-se às funções reais
de duas ou mais variáveis reais, pois existem uma quantidade infinita de caminhos para
chegarmos em um ponto, mas ele serve como um guia para apresentarmos um candidato
ao limite ou não. Lembre que se o limite existe, ele é único.
Os limites iterados
μ ¶ ³ ´
lim lim i({> |) e lim lim i ({> |)
{<d |<e |<e {<d

não são necessariamente iguais. No entanto, devem ser iguais para que o limite

lim i ({> |)
({>|)<(d>e)

exista, mas sua igualdade não garante a existência deste limite.

Exemplo 1.10 Determine se o limite


{|
lim
({>|)<(0>0) { + |

existe.
Solução. Note que não podemos aplicar diretamente as propriedades, pois

{| lim({>|)<(0>0) ({  |) 0
lim = = =
({>|)<(0>0) { + | lim({>|)<(0>0) ({  |) 0

o que é uma “forma indeterminada”. Assim, devemos tentar outras formas de calcular o
limite
{|
lim
({>|)<(0>0) { + |

Neste caso,
μ ¶ μ ¶
{| {|
lim lim = lim (1) = 1 e lim lim = lim(1) = 1=
{<0 |<0 { + | {<0 |<0 {<0 { + | |<0

Logo, os limites iterados são diferentes. Portanto, o limite não existe. ¥

Exemplo 1.11 Determine se o limite

{2  | 2
lim
({>|)<(0>0) {2 + | 2

existe.

Solução. Note que


μ ¶ μ ¶
{2  | 2 {2  | 2
lim lim = lim (1) = 1 e lim lim 2 = lim(1) = 1=
{<0 |<0 {2 + | 2 {<0 |<0 {<0 { + | 2 |<0

Logo, os limites iterados são diferentes. Portanto, o limite não existe. ¥

Exemplo 1.12 Determine se o limite

{2 | 2
lim
({>|)<(0>0) {3 + | 3

existe.

Solução. Para resolver este problema devemos primeiro verificar se o limite é o mesmo
por vários caminhos diferentes do plano para o ponto S = (0> 0). Em seguida aplica-se a
definição para comprovar. Note que
μ ¶ μ ¶
{2 | 2 {2 | 2
lim lim = lim (0) = 0 e lim lim 3 = lim (0) = 0=
{<0 |<0 {3 + | 3 {<0 |<0 {<0 { + | 3 |<0

Logo, os limites iterados são iguais.


1=r Caminho. Ao longo das retas | = p{, com { 6= 0. Note que { $ 0 / | $ 0,

{2 | 2 {2 p2 {2 {4 p2 {p2
lim = lim = lim = lim = 0=
({>|)<(0>0) {3 + | 3 {<0 {3 + p3 {3 {<0 {3 (1 + p3 ) {<0 1 + p3
2=r Caminho. Ao longo da curva | = { exp({). Note que { $ 0 , | $ 0,

{2 | 2 {2 {2 exp(2{) {4 exp(2{)
lim = lim = lim
({>|)<(0>0) {3 + | 3 {<0 {3  {3 exp(3{) {<0 {3 (1  exp(3{))

{ exp(2{)
= lim =
{<0 1  exp(3{)

Observe que como


{ exp(2{) 0
lim =
{<0 1  exp(3{) 0
temos uma indeterminação. Assim, pela Regra de L’Hôpital,

{ exp(2{) exp(2{) + 2{ exp(2{) exp(2{)(1 + 2{) 1


lim = lim = lim = =
{<0 1  exp(3{) {<0 3 exp(3{) {<0 3 exp(3{) 3

Portanto, o limite não existe, pois ele depende do caminho. ¥

Um resultado visto no curso de Cálculo Diferencial e Integral I para a determinação


do limite de uma função real é o seguinte:

Se lim{<d i({) = 0 e j({) é limitada (|j({)|  P, P uma constante real), então


lim{<d i({)j({) = 0.
Se lim{<d i({) = 4 e j({) é ilimitada(|j({)|  P, P uma constante real), então
lim{<d i({)j({) = 4.

É bom lembrar que este resultado aplica-se a funções reais de várias variáveis reais.

Exemplo 1.13 Determine se o limite


{|
lim p
({>|)<(0>0) {2 + | 2

existe.

Solução. Sejam (u> ) as coordenadas polares do ponto ({> |). Então { = u cos  e
| = u sen . Como
p
u = {2 + | 2

temos que u $ 0 quando { $ 0 e | $ 0. Assim,


{|
lim p = lim (u cos  sen ) = 0>
({>|)<(0>0) {2 + | 2 u<0

pois
1 1
|cos  sen | =|sen(2)| 
2 2
é limitada. Portanto, o limite existe e é igual a 0. ¥
Observação 1.14 A mudança para coordenadas polares pode nos levar a conclusões fal-
sas. Por exemplo, em coordenadas polares a função
2{2 |
i ({> |) =
{4 + | 2
assume a forma:
2u cos2  sen 
i (u cos > u sen ) = 2 > quando u 6= 0=
u cos4  + sen2 
Assim, se fizermos  constante, então

lim i (u cos > u sen ) = 0=


u<0

Note que esse cálculo induz a afirmação (falsa!) de que o limite da função na origem é
igual a 0, pois ao longo do caminho | = {2 ou

u sen  = u2 cos2 >

obtemos
2u cos2  sen  2u2 cos2  cos2 
i (u cos > u sen ) = = = 1=
u2 cos4  + sen2  u2 cos4  + u2 cos4 
Logo, ao longo do caminho | = {2 ,

lim i (u cos > u sen ) = 1=


u<0

Portanto, a função i ({> |) não tem limite na origem.

Exemplo 1.15 Determine se o limite


3{2 |
lim
({>|)<(0>0) {2 + | 2

existe.

Solução. Sejam
{2
i({> |) = 3| e j({> |) = 2 =
{ + |2
Então
lim i({> |) = 0
({>|)<(0>0)

e j({> |) é limitada, pois |j({> |)| ? 1. Assim,


3{2 |
lim = lim i({> |)j({> |) = 0=
({>|)<(0>0) {2 + | 2 ({>|)<(0>0)

Portanto, o limite existe e é igual a 0. ¥

Sejam i : [  R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com [ um conjunto


aberto. Diremos que i é contínua no ponto S se S for um ponto isolado de [ ou se S
for um ponto de acumulação de [ e as seguintes condições são satisfeitas:
1. lim({>|)<(d>e) i({> |) existe, isto é, lim{<{0 i({> |) é um número real.

2. lim({>|)<(d>e) i({> |) = i(d> e).

Formalmente, i é contínua no ponto S se dado um número real  A 0, existe em cor-


respondência um  A 0 tal que
p
({> |) 5 [> 0 ? ({  d)2 + (|  e)2 ?  , |i({> |)  i(d> e)| ? =

Neste caso, escreveremos

lim i ({> |) = i (lim {> lim |)=


({>|)<(d>e) {<d |<e

Geometricamente, a função i ser contínua em um ponto S significa que: para cada inter-
valo aberto L com centro em i(S ) e comprimento 2 podemos encontrar uma vizinhança
delta  de S , Y (S ), tal que i({> |) 5 L , para cada ({> |) 5 Y (S ). A Figura 1.6 expõe
graficamente a definição de continuidade da função de i no ponto S .

Figura 1.6: Continuidade de i em S=

Observação 1.16 Seja i : [  R2 $ R uma função, com [ um conjunto aberto.


Diremos que i é contínua em [ se i é continua em todos os pontos de [.

Se pelo menos uma das condições da definição de função contínua i em S não for
satisfeita, diremos que i é descontínua no ponto S . Neste caso, diremos que o ponto S
é uma descontinuidade removível de i se

lim i ({> |)
({>|)<(d>e)

existir, mas
lim i({> |) 6= i (S )=
({>|)<(d>e)
Caso contrário, ou seja, se
lim i({> |)
({>|)<(d>e)

não existir, diremos que o ponto S é uma descontinuidade essencial de i .


É de fundamental importância lembrar que: como a definição de continuidade de uma
função real de várias variáveis reais é um extensão da definição de continuidade de uma
função real de uma variável real, ela tem propriedades análogas.

Exemplo 1.17 Seja i : R2 $ R a função definida por


(
3{2 |
{2 +|2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=

Verifique se i é contínua no ponto S = (0> 0).

Solução. Para resolver este problema devemos verificar cada uma das condições da
definição de continuidade de i em um ponto S . Como o domínio de i é todo R2 temos
que i (0> 0) existe e i (0> 0) = 0. Pelo Exemplo 1.15,

lim i({> |) existe e lim i({> |) = 0=


({>|)<(0>0) ({>|)<(0>0)

Finalmente, como
lim i({> |) = 0 = i(0> 0)
({>|)<(0>0)

temos que i é contínua no ponto S = (0> 0). Note que i é contínua em R2 . ¥

Exemplo 1.18 Seja i : R2 $ R a função definida por


(
{|
{2 +|2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=

Verifique se i é contínua no ponto S = (0> 0).

Solução. Como o domínio de i é todo R2 temos que i(0> 0) existe e i (0> 0) = 0. Ao


longo das retas | = p{, com { 6= 0, obtemos
{| {2 p p p
lim 2 2
= lim 2 2
= lim 2
= =
({>|)<(0>0) { + | {<0 { (1 + p ) {<0 1 + p 1 + p2
Assim, lim({>|)<(0>0) i({> |) não existe. Portanto, i não é contínua no ponto S = (0> 0).
Note que i é contínua em R2  {(0> 0)}. ¥

Exemplo 1.19 Seja i : R2 $ R a função definida por


(
s {| > se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) = {2 +| 2
1> se ({> |) = (0> 0)=

Verifique se i é contínua no ponto S = (0> 0).


Solução. Como o domínio de i é todo R2 temos que i(0> 0) existe e i (0> 0) = 1. Sejam
|
i ({> |) = { e j({> |) = p =
{2 + | 2
Então
lim i({> |) = 0 e j({> |) é limitada> pois |j({> |)| ? 1=
({>|)<(0>0)

Portanto,
{|
lim p = lim i({> |)j({> |) = 0=
({>|)<(0>0) {2 + | 2 ({>|)<(0>0)
Assim,
lim i ({> |) existe e lim i ({> |) = 0=
({>|)<(0>0) ({>|)<(0>0)

Finalmente, como
lim i ({> |) = 0 6= 1 = i (0> 0)
({>|)<(0>0)

temos que i não é contínua no ponto S = (0> 0). Note que S = (0> 0) é uma descon-
tinuidade removível de i , pois a função j : R2 $ R definida por
(
i({> |)> se ({> |) 6= (0> 0)
j({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)

é contínua em S = (0> 0). ¥

EXERCÍCIOS

1. Seja i : R2 $ R a função definida por


(
2{|
{2 +| 2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i ({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=

Mostre que
i (1 + k> 1)  i (1> 1) i (0> n)  i (0> 0)
lim = 0 e lim = 0=
k<0 k n<0 n

2. Em cada caso, mostre que a função } = i ({> |) não tem limite quando ({> |) $
(0> 0):
{+| {| 2 {3 + | 3
(d) } = (h) } = (l) }=
{2 + | 2 {2 + | 4 {2 + |
{ { {2 | 2
(e) } = 2 (i) } = p (m) } = 3
{ + |2 {2 + | 2 { + |3
|{| {6 {2  | 2
(f) } = (j) } = (n) } = 2
{  |3 ({3 + | 2 )2 { + |2
{| {| ({  |) {4 + | 2 + 2{| 3
(g) } = 2 (k) } = (o) } =
2{ + 3| 2 {4 + | 4 ({2 + | 2 )2
3. Verifique que a função
{2 + | 2  } 2
i ({> |> }) =
{2 + | 2 + } 2
não tem limite na origem.

4. Calcule os seguintes limites:


exp sen ({2 |) + cos |
(d) lim log ({| + 1) (i) lim
({>|)<(1>0) ({>|)<(0>0) cos ({|)
(| 2  1) sen { h 1
i
(e) lim (j) lim } sen ({2 | 2 + } 2 )3 2
({>|)<(0>0) { ({>|>})<(0>0>0)
sen ({|) p
(f) lim (k) lim | {3 + 2|
({>|)<(0>0) sen { sen | ({>|)<(32>4)
s
1  cos {| 2
(g) lim (l) lim [{ cos (|@4) + 1] 3
({>|)<(0>0) sen { sen | ({>|)<(1>)
¡ ¢
(h) lim arctg {|
({>|)<(2>2)

5. Use a definição de limite e prove que:


(d) lim (2{ + 3|) = 11 (j) lim ({2 + | 2  4{ + 2|) = 4
({>|)<(1>3) ({>|)<(3>31)
| 3 + {} 2
(e) lim (3{2 + |) = 5 (k) lim =0
({>|)<(1>2) ({>|>})<(0>0>0) {2 + | 2 + } 2
¡1¢
(f) lim ({2 + | 2 ) = 2 (l) lim ({ + |) sen { = 0
({>|)<(1>1) ({>|)<(0>0)
3 3
{ +|
(g) lim =0 (m) lim (2{ + | + }) = 4
({>|)<(0>0) {2 + | 2 ({>|>})<(1>1>1)
(h) lim (2{2  | 2 ) = 1 (n) lim ({2  | 2 ) = 3
({>|)<(2>3) ({>|)<(1>32)

2 2 ({  1)2 (|  2)
(i) lim ({  1) = 0 (o) lim 2 2 = 0=
({>|)<(1>0) ({>|)<(1>2) 3 ({  1) + 3 (|  2)

6. Mostre que
s
1  cos {|
(a) lim = 0. (Dica:
({>|)<(1>0) {
s μ 2s ¶μ ¶
1  cos {| sen {| |
= s s =)
{ ( {|)2 1 + cos {|
sen ({2 + | 2 )
(b) lim p = 2. (Dica:
({>|)<(0>0) 1  cos {2 + | 2
μ ¶ μ s ¶
sen (w) sen w s w
s = (1 + cos w) s =)
1  cos w w sen w
|{| + ||| p
(c) lim = 4. (Dica: {2 + | 2  |{| + |||.)
({>|)<(0>0) {2 + | 2

7. Mostre que as funções


{| {| 2
i ({> |) = e j ({> |) =
|  {3 {2  | 2
não têm limite na origem.
8. Seja i : R2  {(0> 0)} $ R a função definida por
3{4 | 4
i ({> |) = =
({4 + | 2 )3
Calcule os limites de i ({> |) quando ({> |) $ (0> 0), ao longo dos seguintes caminhos:
(a) eixo {; (b) reta | = {; (c) curva | = {2 . A função i tem limite na origem? Por
quê?

9. Verifique se a função } = i ({> |) é contínua no ponto S indicado.


p
(a) } = 25  {2  | 2 , S = (3> 4).
(b) } = exp ({|) log (7 + {2  2|), S = (0> 0).
{|
(c) } = 2 , S = (0> 0).
{ + |2
{|
(d) } = , se | 6= 2{ e i ({> 2{) = 1, S = (1> 2).
|  2{

10. Identifique a função } = i ({> |) como combinação de funções elementares do cálculo


e deduza que ela é contínua em seu domínio.
s { ¡ ¢
(d) i ({> |) = {| (f) i ({> |) = 2 (h) i ({> |) = arcsen {|
| 1
4{2  | 2 3{2 |
(e) i ({> |) = (g) i ({> |) = 2 (i) i ({> |) = log ({|  2)
2{  | { + |2
11. Discuta a continuidade das seguintes funções:

{2  | 2
(a) i ({> |) = , se { 6= | e i ({> {) = 1.
{|
³ ´
1
(b) i({> |) = exp {2 +|2 31 , se {2 + | 2 ? 1 e i ({> {) = 0 se {2 + | 2  1.
exp ({2 + | 2 )
(c) i ({> |) = , se ({> |) 6= (0> 0) e i (0> 0) = 1.
{2 + | 2
sen ({ + |)
(d) i ({> |) = , se { + | 6= 0 e i ({> {) = 1.
{+|
{}  | 2
(e) i ({> |> }) = 2 , se ({> |> }) 6= (0> 0> 0) se i (0> 0> 0) = 0.
{ + |2 + }2
(f) i ({> |) = 4{2 + 9| 2 , se 4{2 + 9| 2  1 e i ({> |) = 0, se 4{2 + 9| 2 A 1.
(g) i ({> |> }) = {2 +| 2 +} 2 , se {2 +| 2 +} 2  1 e i ({> |> }) = 0, se {2 +| 2 +} 2 A 1.

12. Considere as funções j e k definidas em R2 por:


(
3{2 |
{2 +|2
> se ({> |) 6= (0> 0)
j ({> |) =
1> se ({> |) = (0> 0)
e (
{|
{2 +| 2
> se ({> |) 6= (0> 0)
k ({> |) =
1> se ({> |) = (0> 0)=
Verifique que a origem é uma descontinuidade de j ({> |) e de k ({> |) = Em que caso a
descontinuidade pode ser removida? Recorde-se que remover uma descontinuidade
significa redefinir a função de modo a torná-la contínua.

13. Verifique que a origem é uma descontinuidade da função:


; 2 2
? sen ({p+ | ) > se ({> |) 6= (0> 0)
A
i ({> |) = 1  cos {2 + | 2
A
= 0> se ({> |) = (0> 0)=

Essa descontinuidade pode ser removida?

14. Sabendo que


{2 | 2 arctg ({|) {2 | 2 p
1  ? 1 e 2 |{||  ? 4  4 cos |{|| ? 2 |{|| >
3 {| 6
calcule os seguintes limites
p
arctg ({|) 4  4 cos |{||
(d) lim (e) lim
({>|)<(0>0) {| ({>|)<(0>0) |{||

15. Seja i : R2 $ R a função definida por


( ³ ´
1
exp  {2 +| 2 > se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=

Verifique que i é contínua em todo ponto S = ({> |) do R2 e calcule os limites


i (k> 0) i (0> n)
lim e lim =
k<0 k n<0 n

16. Seja i : R2 $ R a função definida por


; 2
? {| > se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) = {2 + | 3
=
0> se ({> |) = (0> 0)=

(a) Calcule o limite de i na origem, ao longo das retas | = p{.


s
3
(b) Calcule o limite de i na origem, ao longo da curva | =  {2 exp({).
(c) Calcule o limite de i na origem, ao longo da curva em coordenadas polares
u = cos2 , @2    0.
(d) Investigue a continuidade de i.

17. Mostre que μ ¶


|{| + ||| 
lim arctg = =
({>|)<(0>0) {2 + | 2 2
(Sugestão: Use o item (f) do Exercício 6.)
18. Use coordenadas polares e mostre que
¡ 2 ¢ p
lim { + | 2 log {2 + | 2 = 0=
({>|)<(0>0)

Avaliando o que foi construído


Neste Capítulo você começou o primeiro contato com as funções reais de várias var-
iáveis reais, foi apresentado às curvas de nível, aprendeu, através de algumas técnicas
especiais, se uma função tem ou não limite e é contínua.
Foi realmente grande o volume de conhecimentos apresentados. Porém, fique certo,
ainda há muito que aprender dentro desses mesmos tópicos. Você viu, por exemplo, que
a definição formal de limite é a mesma de uma função real de uma variável real, mas a
existência dos limites por alguns caminhos não garante que o limite existe.

Respostas, Sugestões e Soluções


Seção 1.1
Tabela da primeira questão:
(a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) (i) (j) (k) (l)
D × ×
I × × × × ×
O × × × ×
F × × × × × × × ×
N × × ×

(m) (n) (o) (p) (q) (r) (s)


D × ×
I ×
.
O × ×
F × × ×
N ×

1. Vamos resolver os itens (i) e (p)

(a) CU = {({> |) 5 R2 : | = 0}.


(b) CU = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 = 1> {  0} ^ {(0> |) 5 R2 : 1  |  1}.
(c) CU = {(1> |) 5 R2 : |  0} ^ {(2> |) 5 R2 : |  0} ^ {({> 0) 5 R2 : 1  {  2}.
(d) CU = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 = 1} ^ {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 = 2}.
(e) CU é constituída das retas { = 3, { = 2, { = 2 e { = 3.
(f) Primeiro observamos que a nossa região é composta de duas sentenças juntas
pelo conectivo “e”: { A 0 e 1  |  2. Note que a inequação { A 0 e |
qualquer representa graficamente um semiplano positivo sem o eixo |, confira
Figura 1.7 (d). Enquanto, inequação 1  |  2 e { qualquer representa
graficamente uma faixa horizontal compreendida entre 1 e 2, confira Figura 1.7
(e). Portanto, o esboço da região é dado pela Figura 1.7 (f).

Figura 1.7: Esboço da região U.

Observando o esboço da região U concluímos que: U não é aberta e nem


fechada, não é limitada e nem compacta, mas é uma região simplesmente
conexa. Além disso,
CU = {(0> |) 5 R2 : 1  |  2} ^ {({> 1) 5 R2 : {  0} ^ {({> 2) 5 R2 : {  0}=

(g) CU = {({> |) 5 R2 : { = |}.


(h) CU = {(±1> |) 5 R2 : |  1} ^ {({> 1) 5 R2 : 1  {  1}.
(i) CU = {({> |) 5 R2 : 4{2 + | 2 = 9}.
(j) CU = {(0> |) 5 R2 : 0  |  1}^{({> sen {) 5 R2 : 0  {  @2}^{({> cos {) 5
R2 : 0  {  @2}.
(k) CU é o quadrado de vértices (0> 1), (0> 2), (1> 2) e (1> 1).
(l) CU é o quadrado de vértices (0> ±1) e (±1> 0).
(m) Note que a região é a interseção do interior mais a fronteira da elipse {2 +4| 2 
16, com os semiplanos {  1 e {  1. Portanto, um conjunto fechado e
limitado, ou seja, um conjunto compacto, em que
( s s )
{ 2
| 2
15 15 [
CU = ({> |) 5 R2 : 2 + 2 = 1> {  1 e  |
4 2 2 2
( s s )
2 2
{ | 15 15
({> |) 5 R2 : 2 + 2 = 1> {  1 e  | =
4 2 2 2
(n) CU = {({> |) 5 R2 : {2  | 2 = 1}.
(o) CU = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 = 1} ^ {({> 0) 5 R2 : 4 ? { ? 4}.
(p) CU = {({> |) 5 R2 : | = {3 }.
(q) CU = {({> |) 5 R2 : |{| = |||}.
(r) CU = {({> |) 5 R2 : | = {} ^ {({> |) 5 R2 : | = {}.
(s) CU = {({> |) 5 R2 : |{| + ||| = 2} ^ {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 = 1}.

2. Como U = U1 ^ U2 , com

U1 = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 ? 1 e ({  1)2 + | 2 A 1}

e
U2 = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 A 1 e ({  1)2 + | 2 ? 1}>
temos que U é aberta e

CU = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2 = 1} ^ {({> |) 5 R2 : ({  1)2 + | 2 = 1}=

Seção 1.2
1. Não esqueça de fazer o esboço de cada domínio!

(a) G = {({> |) 5 R2 : |  {2 e 2{  |}.


(b) G = {({> |) 5 R2 :  |{| ? | ? |{|}.
(c) G = {({> |) 5 R2 : 4{2 + | 2  1}.
|2
(d) G = {({> |) 5 R2 : 4{2 + 9
? 1}.
(e) G = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2  4}.
(f) G = {({> |) 5 R2 : { A 0}.
(g) G = {({> |) 5 R2 : {  1  |  { + 1}.
(h) G = {({> |) 5 R2 : {  3 e |  2} ^ {({> |) 5 R2 : {  3 e |  2}.
{
(i) G = {({> |) 5 R2 : 1   1}.
{|
(j) G = {({> |) 5 R2 : 1 ? {2 + | 2 ? 4}.
(k) G = {({> |) 5 R2 : | 6= (1)q { + q}.
31
(l) G = {({> |) 5 R2 : ({2  1) (| 2  1)  0}.

2. Em cada caso fazemos } = n, n constante, obtemos as curvas de nível. Faça um


esboço de pelo menos duas curvas de nível!

(a) {2 + | 2 = n, n  0. (as curvas são circunferências concêntricas e a superfície é


o paraboloide } = {2 + | 2 )
s
(b) {2 + | 2 = n, n A 0.
(c) {2 + | 2 = n1 , n A 0.
(d) {2 + | 2 = hn  1, n  0.
(e) { + | = n. (as curvas são retas paralelas e a superfície é o plano { + |  } = 0)
(f) {  | = arcsen n.
(g) |{|||| = n / | = ±(|{|n). (por exemplo, quando n = 0, obtemos | = ± |{|)
(h) {2 + 2| = 8  n.
(i) 2{ = f ({2 + | 2 ).
(j) {| = n.
(k) {2 + | 2 = 9  n2 , |n| ? 3.
{2 | 2
(l) + = 1  n2 , |n| ? 1.
4 9
(m) |{  || = n.
(n) { + | 2 = n.
(o) {  | 2 = n.

3. No ponto S = (1> 2) tem-se que } = 0 e a curva de nível por S é | = 2{3 . A reta


tangente tem equação | = 6{  4 (p = | 0 = 6 é a inclinação da reta) e sobre essa
reta } = i({) = 4{3 + 12{  8. Assim, quando { $ ±4, a função i tende para

4.

4. A origem R = (0> 0> 0), a esfera {2 + | 2 + } 2 = 1 e a esfera {2 + | 2 + } 2 = 2,


respectivamente.

5. O hiperboloide de uma folha {2 + | 2  } 2 = 1.

6. Faça um esboço!

(a) } = 3, representa o plano passando por S = (0> 0> 3) e paralelo ao plano {|.
(b) } = {, representa o plano contendo a reta } = {.
(c) { + | + } = 1.
(d) } = sen |, representa uma superfície em forma de telha contendo a curva
} = sen |, pois { é livre.
p
(e) } = exp {2 + | 2 .
(f) } = 3  {2  | 2 / {2 + | 2 = 3  } (}  3), representa um paraboloide.
p
(g) } = {2  | 2 .
p
(h) } = 16  {2  | 2 .
3 12 2
(i) } = ({2 + | 2 ) .
(j) } = 1  {2 .
p
(k) } = log {2 + | 2 .
(l) } = sen ({2 + | 2 ).

7. (a) planos, (b) elipsoides, (c) hiperboloides, (d) cilindros.

Seção 1.3
s
2 Além dos caminhos canônicos como as retas, considere: | = { em (h), | 2 = {3 em
(j), | = {2 em (k), | = {2 h{ em (l) e | = {h{ em (m).
q¡ s ¢2
1  3
4 (d) 0, (e) 1, (f) 1, (g) 2 , (h) 4 , (i) 2, (j) 0, (k) 0, (l) 1+2 2 .

7 (d) Considere os caminhos | = 0 e | = {n h{ , escolhendo n adequado, (e) Idem.

8 (d) 0, (e) 0, (f) 38 . A função não tem limite em (0> 0).

9 (d) Sim, (e) Sim, (f) Não, (g) Não.

10 A função i ({> |) é combinação de funções elementares sendo, portanto, contínua


em seu domínio.

(a) G = {({> |) 5 R2 : {  0 e |  0} ^ {({> |) 5 R2 : {  0 e |  0}.


(b) G = {({> |) 5 R2 : | 6= 2{}.
(c) G = {({> |) 5 R2 : | 6= ±1}.
(d) G = {({> |) 5 R2 : ({> |) 6= (0> 0)}.

11 Note que a função está definida em todo plano R2 .


¡1 ¢
(a) i é descontínua nos pontos da reta | = {, exceto no ponto S = >1
2 2
.
(b) i é contínua em todos os pontos do R2 .
(c) i é descontínua na origem.
(d) i não tem ponto de descontinuidade, isto é, ela é contínua em todo R2 .
(e) i é descontínua na origem;
(f) i é descontínua nos pontos da elipse 4{2 + 9| 2 = 1.
(g) i é descontínua nos pontos da esfera {2 + | 2 + } 2 = 1
12 A função j é descontínua em (0> 0), pois o limite de j ({> |) na origem é 0 e
j (0> 0) = 1. Para remover essa descontinuidade basta redefinir j na origem pondo
j (0> 0) = 0= A função k ({> |) é descontínua em (0> 0), pois não tem limite nesse
ponto. Esse é o caso de uma descontinuidade que não pode ser removida, ou seja,
uma descontinuidade essencial.

13 Usando coordenadas polares e Regra de L’Hôpital, obtemos

sen u2 2u cos u2 2 cos u2  2u sen u2


lim i ({> |) = lim = lim = lim = 2=
({>|)<(0>0) u<0 1  cos u u<0 sen u u<0 cos u

Note que, sendo i (0> 0) = 0, a função i é descontínua na origem. Essa descon-


tinuidade pode ser removida redefinindo i na origem por i (0> 0) = 2.

15 Sobre a continuidade de i ({> |). Fora da origem a função i é uma combinação


de funções elementares sendo, portanto, contínua. Na origem, com u = {2 + | 2 ,
obtemos:
1
lim i ({> |) = lim ¡ ¢ = 0 = i (0> 0) =
({>|)<(0>0) u<0 exp 12
u

Logo, i é contínua em todo plano R2 . Pondo k = x1 , com k A 0, e pela Regra de


L’Hôpital, obtemos

i (k> 0) x 1
lim = lim 2
= lim = 0=
k<0 k x<" exp(x ) x<" 2x exp(x2 )

Em que momento no cálculo do limite acima foi utilizada a Regra de L’Hôpital? De


modo inteiramente análogo, obtemos

i (0> n)
lim = 0=
n<0 n

16 (d) Ao longo das retas | = p{, obtemos

p{3
lim i ({> p{) = lim = 0=
{<0 {<0 {2 + p3 {3

2
(e) Ao longo da curva | = { 3 h{ , aplique a Regra de L’Hôpital e mostre que o
limite não é 0.

18 Usando coordenadas polares e a Regra de L’Hôpital, obtemos:


¡ 2 ¢ p ¡ ¢ log u
lim { + | 2 log {2 + | 2 = lim u2 log u = lim 1 = 0=
({>|)<(0>0) u<0 u<0
u2

Em que momento no cálculo do limite acima foi utilizada a Regra de L’Hôpital?


Capítulo 2

Diferenciabilidade

Situando a Temática
Neste Capítulo vamos nos dedicar ao estudo das derivadas parciais de uma função real
de várias variáveis reais, isto é, quando fixamos todas as variáveis independentes, exceto
uma, e derivamos em relação a essa variável, obtemos uma derivada “parcial” semelhante
àquela do curso de Cálculo Diferencial e Integral I.
Finalizamos com uma estimativa da variação do valor de uma função quando nos
movemos uma pequena distância a partir de um ponto fixo na direção de um vetor unitário.

Problematizando a Temática
Suponhamos que você esteja com uma situação prática (por exemplo, um mapa car-
tográfico) na qual resultou a função i : R2 $ R definida por
(
1
{2 +| 2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i ({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=

Determine as direções nas quais i cresce (decresce) mais rapidamente no ponto S = (1> 2),
e quais são as taxas de variação nessas direções? Este e outros tipos de problemas que
ocorrem em nosso dia-a-dia vamos modelar e resolver nesta unidade.

Conhecendo a Temática
2.1 Derivadas Parciais
Sejam i : [  R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com [ um conjunto
aberto. Se fixarmos uma variável, digamos | = e, obtemos uma função real } = i({> e)
de uma única variável real. Portanto, sua derivada é dada por
i(d + k> e)  i (d> e)
p = lim
k<0 k

31
quando esse limite existe. O número real p chama-se derivada parcial de i em relação a
{ no ponto S = (d> e) e denotaremos por
Ci C}
(d> e)> i{ (d> e) (d> e)> }{ (d> e)> G{ i(d> e) ou i1 (d> e)=
C{ C{
A Figura 2.1 expõe graficamente a definição de derivada parcial de i em relação a { no
ponto S = (d> e), ou seja, i{ (d> e) é a inclinação da reta tangente W à curva de interseção
da superfície } = i ({> |) e o plano | = e.

Figura 2.1: Visão geométrica da derivada parcial.

Observação 2.1 Como [ é um conjunto aberto temos, para um S = (d> e) 5 [ fixado,


que existe um  A 0 tal que se 0 ? |k| ? , então T = (d + k> e) 5 [. Portanto, i(T)
está definido para cada k 5 (> ).

Exemplo 2.2 Seja i : R2 $ R a função definida por i({> |) = 3{2 + 5{|  4| 2 . Deter-
mine i{ ({> |) e i| ({> |) no ponto S = (1> 3).

Solução. Para obtermos i{ ({> |), tratamos a variável | momentaneamente como uma
constante e derivamos em relação à variável { usando as técnicas de derivação para funções
reais de uma variável real. Assim,

i{ ({> |) = 6{ + 5|=

Em seguida avaliamos a derivada no ponto desejado, ou seja,

i{ (1> 3) = 6 · 1 + 5 · 3 = 21=

De modo semelhante, obtemos i| ({> |) = 5{  8| e i| (1> 3) = 19. ¥

Exemplo 2.3 Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = 3{2  5{| 3  sen({|).
1. Determine i{ (1> 0).

2. Determine a inclinação da reta tangente à curva de interseção da superfície } =


3{2  5{| 3  sen({|) com o plano | = 0 no ponto S = (1> 0> 3).

Solução. (1) Pelo Exemplo ,2.2, obtemos

i{ ({> |) = 6{  5| 3  | cos({|) e i{ (1> 0) = 6 · 1  5 · 0  0 cos(0) = 6=

(2) Pelo item (1) a inclinação da reta tangente é igual a p = i{ (1> 0) = 6. Neste caso, a
equação da reta tangente é | = 6{  6. ¥

De modo inteiramente análogo, definiremos a derivada parcial de i em relação a | no


ponto S = (d> e). Note que as derivadas parciais de segunda ordem, terceira ordem, etc.
são definidas de modo similar ao caso de uma função real de uma variável real.
É de grande importância “econômica” observar que se a função i : [  R2 $ R
satisfaz a seguinte propriedade:

i ({> |) = i(|> {) ou i ({> |) = i (|> {)>

para todo ({> |) 5 [. Se este é o caso, basta calcular uma derivada parcial, por exemplo,
i{ ({> |) e fazer
i| ({> |) = i{ (|> {)> quando i ({> |) = i (|> {)

ou
(i| ({> |) = i{ (|> {))> quando i({> |) = i (|> {)=

Exemplo 2.4 Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = {3 | 3 +cos({|). Determine


i{{ , i{| , i|{ e i|| .

Solução. Observe que i ({> |) = i(|> {). Assim, basta determinar i{ ({> |) e fazer
i| ({> |) = i{ (|> {). Como
i{ ({> |) = 3{2 | 3  | sen({|)

temos que
i| ({> |) = i{ (|> {) = 3{3 | 2  { sen({|)=

Assim,
i{{ = 6{| 3  | 2 cos({|) e i{| = 9{2 | 2  sen({|)  {| cos({|)

e
i|{ = 9{2 | 2  sen({|)  {| cos({|) e i|| = 6{3 |  {2 cos({|)=

Note que i{| = i|{ , mas isto nem sempre é verdade, confira Exemplo 2.6 abaixo. ¥
Exemplo 2.5 Seja i : R2 $ R a função definida por
(
{|
{2 +|2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=

Determine i{ (0> 0) e i| (0> 0).

Solução. Observe que i({> |) = i (|> {). Assim, basta determinar i{ (0> 0). Logo,

i({> 0)  i (0> 0) 0
i{ (0> 0) lim = lim = lim(0) = 0 e i| (0> 0) = 0=
{<0 { {<0 { w<0
Portanto, as derivadas parciais de i no ponto S = (0> 0) existem. No entanto, pelo
Exemplo 1.18 da Seção 1=3 do Capítulo 1, i não é contínua no ponto S = (0> 0), ou seja,
o fato de as derivadas parciais existirem não implicam na continuidade de i. ¥

Exemplo 2.6 Seja i : R2 $ R a função definida por


(
{|({2 3|2 )
{2 +|2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=

1. Determine i{ e i| .

2. Calcule i{| (0> 0) e i|{ (0> 0).

Solução. (1) Observe que i({> |) = i (|> {). Assim, basta determinar i{ ({> |) e fazer
i| ({> |) = i{ (|> {). Como a função é definida por duas sentenças vamos dividir a prova
em dois passos:
1=r Passo. Se ({> |) 6= (0> 0), então
μ 2 ¶
{  |2 4{2 | 2
i{ ({> |)) = | + =
{2 + | 2 ({2 + | 2 )2

2=r Passo. Se ({> |) = (0> 0), então devemos usar a definição da derivada parcial para
calcular i{ (0> 0).
i ({> 0)  i(0> 0) 0
i{ (0> 0) = lim = lim = 0=
{<0 { {<0 {

Portanto, ( ³ 2 2 ´
4{2 |2
| {{2 3|
+| 2 + 2
({ +| )2 2 > se ({> |) 6= (0> 0)
i{ ({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)
e ( ³ 2 2 ´
4{2 |2
{ |{23{ +|2
+ ({2 +|2 )2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i| ({> |) = i{ (|> {) =
0> se ({> |) = (0> 0)=
(2) Para calcalar i{| (0> 0) e i|{ (0> 0), devemos usar a definição da derivada parcial
segunda
Ci{ i{ (0> |)  i{ (0> 0) |3
i{| (0> 0) = (0> 0) = lim = lim  3 = 1
C| |<0 | |<0 |
e
Ci| i| ({> 0)  i| (0> 0) {3
i|{ (0> 0) = (0> 0) = lim = lim 3 = 1=
C{ {<0 { {<0 {

Note que i{| (0> 0) 6= i|{ (0> 0). ¥

Agora, apresentaremos um resultado muito importante no estudo de derivadas parciais,


o qual é provado em um curso mais avançado:

Sejam i : [  R2 $ R uma função contínua e S = (d> e) 5 [ fixado.


Se i{ , i| e i{| são contínuas em uma vizinhança  de S , Y (S ), então
i{| (d> e) = i|{ (d> e).

Exemplo 2.7 Seja i : R2 $ R a função definida por


; μ ¶
? ({2 + | 2 ) sen s 1 > se ({> |) 6= (0> 0)
i ({> |) = {2 +|2
=
0> se ({> |) = (0> 0)=

1. Determine i{ e i| .

2. Verifique se i{ e i| são contínuas em S = (0> 0).

3. Verifique se i{| (0> 0) = i|{ (0> 0).

Solução. (1) Observe que i({> |) = i (|> {). Assim, basta determinar i{ ({> |) e fazer
i| ({> |) = i{ (|> {). Como a função é definida por duas sentenças vamos dividir a prova
em dois passos:
1=r Passo. Se ({> |) 6= (0> 0), então
à ! à !
1 { 1
i{ ({> |)) = 2{ sen p p cos p =
{2 + | 2 {2 + | 2 {2 + | 2

2=r Passo. Se ({> |) = (0> 0), então devemos usar a definição da derivada parcial para
calcular i{ (0> 0).
μ ¶ μ ¶
i ({> 0)  i(0> 0) {2 1 1
i{ (0> 0) = lim = lim sen = lim { sen = 0>
{<0 { {<0 { |{| {<0 |{|

pois ¯ μ ¶¯
¯ ¯
¯sen 1 ¯  1
¯ |{| ¯
é limitada. Portanto,
; μ ¶ μ ¶
? 2{ sen s 1 1
 s 2 2 cos s 2 2 > se ({> |) 6= (0> 0)
{
i{ ({> |) = {2 +|2 { +| { +|
=
0> se ({> |) = (0> 0)
e ; μ ¶ μ ¶
? 2| sen s 1 1
 s 2 2 cos s 2 2 > se ({> |) 6= (0> 0)
|
i| ({> |) = {2 +| 2 { +| { +|
=
0> se ({> |) = (0> 0)=
(2) Para saber se i{ é contínua em S = (0> 0) devemos verificar cada uma das condições
da definição de continuidade de i{ em um ponto S . Como o domínio de i{ é todo R2
1
temos que i{ (0> 0) existe e i{ (0> 0) = 0. Ao longo da sequência { = q A 0 e | = 0, onde
q 5 N, obtemos
lim i{ ({> |) = lim ( cos(q)) = (1)q =
({>|)<(0>0) q<"

Assim, lim({>|)<(0>0) i{ ({> |) não existe, pois depende do número q ser par ou ímpar.
Portanto, i{ não é contínua no ponto S = (0> 0). De modo inteiramente análogo, prova-se
que i| não é contínua no ponto S = (0> 0). Note que i{ e i| são contínua em R2 {(0> 0)}.
(3) É fácil verificar que i{| (0> 0) = 0 = i|{ (0> 0). Portanto, a recíproca do resultado
acima é falsa. ¥

EXERCÍCIOS

1. Em cada caso calcule as derivadas parciais }{ , }| , }{{ , }|| e }|{ :


p
(d) } = 3{2 + | 3 (f) } = {| exp ({2 + | 2 ) (h) } = {2 + | 2 + 1
¡ ¢
(e) } = arctg {| (g) } = sen ({|) + log ({2 |) (i ) } = arccos ({|) =

2. Em cada caso calcule a derivada parcial indicada da função } = i ({> |).


¡ ¢ p
(d) } = { arcsen ({ ³ |)´; i{ 1> 12 (f) } = {2 +³| 2´; i{| (1> 0) e i|{ (1> 0)
(e) } = exp ({|) sec {| ; i| (0> 1) (g) } = {| log {| ; i| (1> 1) =

3. Seja i : R2 $ R a função definida por


; μ ¶
? exp  1 > se ({> |) 6= (0> 0)
i ({> |) = {2 + | 2
=
0> se ({> |) = (0> 0)=

Determine, caso existam, as derivadas parciais i{ (0> 0), i| (0> 0), i{| (0> 0) e i|{ (0> 0).

4. Seja i : R2 $ R a função definida por


( 2 {|({ 3|2 )
{2 +|2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=

Verifique a continuidade das derivadas parciais i{ e i| na origem.


5. Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = {2 + | 3 . Se S = ({2 + | 2 > |),
determine
Ci C
(S ) e [i (S )] =
C{ C{
6. Mostre que a função
{| 2
}=
{2 + | 2
satisfaz à equação diferencial
{}{ + |}| = }=

7. Verifique que a função μ ¶


1 {2
x ({> w) = s exp  >
w 4nw
com w A 0 e n uma constante não nula, satisfaz a equação de transmissão de calor

xw  nx{{ = 0=

8. O operador de Laplace { em R2 é definido por

{ = C{{ + C|| =

Mostre que as funções

x ({> |) = arctan (|@{) e x ({> |) = h{ cos |

satisfazem a equação de Laplace {x = 0. Pierre Simon de Laplace (1749-1827),


matemático francês.

9. Determine condições sobre as constantes D, E, F, G, H e I para que a função

x ({> |) = D{2 + E{| + F| 2 + G{ + H| + I

satisfaça à equação de Laplace.

10. Sejam x ({> |) e y ({> |) duas funções com derivadas parciais contínuas até a segunda
ordem e satisfazem às equações de Cauchy-Riemann x{ = y| e x| = y{ . Mostre
que x e y satisfazem à equação de Laplace. Augustin Louis Cauchy (1789-1857),
matemático francês e Bernhard Riemann (1826-1866), matemático alemão.

2.2 Diferenciabilidade
Já vimos, no Cálculo Diferencial e Integral I, que uma função real de uma variável real
i : L  R $ R é diferenciável em um ponto d 5 L, com L um intervalo aberto, se existir
uma reta passando pelo ponto (d> i (d)), cuja equação cartesiana é *({) = i (d)+p({d),
tal que
i({)  *({)
lim = 0> { 5 L=
{<d {d
Note que
i({)  *({) i({)  i(d)  p({  d)
lim = 0 / lim =0
{<d {d {<d {d
i({)  i (d)
/ lim = p / i 0 (d) = p=
{<d {d
Portanto, na reta diferenciabilidade é equivalente a ser derivável.

Observação 2.8 Como L é um intervalo aberto temos, para um d 5 L fixado, que existe
 A 0 tal que se 0 ? |k| ? , então d + k 5 L e i (d + k) está definida em k 5 (> ).
Assim, pondo k = {  d, obtemos
i ({)  i(d) i (d + k)  i(d)
i 0 (d) = lim / i 0 (d) = lim
{<d {d k<0 k
i(d + k)  i(d)  i 0 (d)k
/ lim = 0=
k<0 k
Logo,
H(k)
i(d + k) = i (d) + i 0 (d)k + H(k)> com lim = 0=
k<0 k
Portanto, é fácil verificar que a função Wd : R $ R definida por Wd (x) = i 0 (d)x é linear.
Neste caso, i é aproximada em um vizinhança de d por

*({) = i(d) + Wd (k) = i(d) + i 0 (d)k=

Além disso, seja


i(d + k)  i (d)
j(k) =  i 0 (d)=
k
Então j não está definida em k = 0, mas limk<0 j(k) = 0. Assim, podemos escrever

i(d + k)  i(d) = i 0 (d)k + kj(k)> (2.1)

para todo k 6= 0. Logo, se definirmos j(0) = 0, então a equação (2.1) é válida para
todo k e, mais, podemos substituir k por k, quando substituímos j por j. Portanto,
concluímos que: se i é diferenciável em um ponto d, então existe uma função j tal que

i(d + k)  i (d) = i 0 (d)k + |k| j(k)> com lim j(k) = 0=


k<0

Note que j(k) é uma função contínua e se k 6= 0, então


H(k)
j(k) = =
|k|
Veremos agora que o conceito de diferenciabilidade pode ser estendido de modo inteira-
mente análogo a uma função real de duas ou mais variáveis reais. No entanto, não podemos
formar o quociente de Newton. Sire Issac Newton (1642-1727), físico e matemático inglês.
i(a + h)  i(a)
h
quando h é um vetor, ou seja, um ponto em R2 . Mas a Observação 2.8 sugere um modo
de não envolvermos a divisão por h.
Sejam i : [  R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com [ um conjunto
aberto. Diremos que i é diferenciável no ponto S se existir um plano passando por S ,
cuja equação cartesiana é
*({> |) = i(d> e) + D({  d) + E(|  e)>
tal que
i ({> |)  *({> |)
lim = 0>
({>|)<(d>e) |T  S |
$
onde T = ({> |) 5 [ e S T = T  S = ({  d> |  e) um vetor em R2 .
Um modo alternativo de definirmos diferenciabilidade de i em um ponto S é o
seguinte: diremos que i é diferenciável no ponto S se existirem funções W1 > W2 : [ 
R2 $ R contínuas em S tais que
i (T)  i(S ) = W1 (T)({  d) + W2 (T)(|  e)
para todo T = ({> |) 5 [. Isto significa que o acréscimo {} = i ({> |)  i (d> e) de i é
uma combinação linear dos acréscimos {{ = ({  d) e {| = (|  e) das variáveis { e |,
com coeficientes quase lineares em uma vizinhança de S . Observe que como W1 e W2 são
contínuas em S temos que dado  A 0, existe em correspondência um  A 0, tal que
 
T = ({> |) 5 Y (S ) , |W1 (T)  W1 (S )| ? e |W2 (T)  W2 (S )| ? =
2 2
Logo, pela desigualdade triangular, obtemos
|i(T)  i (S )|  |W1 (T)  W1 (S )| |{  d| + |W2 (T)  W2 (S )| ||  e| ?  |T  S | =
Assim,
|i (T)  i (S )|
? =
|T  S |
Portanto, concluímos que as duas definições são equivalentes. Isto significa geometri-
camente que: i é diferenciável no ponto S = (d> e), quando uma pequena porção da
superfície } = i({> |), em volta do ponto (d> e> i (d> e)), é quase plana.
Finalmente, note que se fizermos as substituições k = {  d e n = |  e, então obtemos
s H(k> n) i(d + k> e + n)  *(d + k> e + n)
|T  S | = k2 + n 2 e s = s >
2
k +n 2 k2 + n2
com
H(k> n) = i (d + k> e + n)  *(d + k> e + n)=
O valor H(k> n) chama-se erro real ou o resto. Para a maioria das funções encontradas
nas aplicações práticas do cálculo, essa aproximação linear oferece uma boa precição,
isto é, |H(k> n)| é muito pequeno quando k e n são suficientemente pequenos, de modo
que o ponto T = (d + k> e + n) esteja dentro de [. Mais precisamente, como [ é um
conjunto aberto temos, para um S = (d> e) 5 [ fixado, que existe  A 0 tal que se
s
0 ? k2 + n 2 ? , então T 5 [ e i(d + k> e + n) está definida em (k> n) 5 Y (S ).
Observação 2.9 Sejam i : [  R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com
[ um conjunto aberto. Diremos i é diferenciável em [ se é diferenciável em todos os
pontos de [.

Exemplo 2.10 Seja i : R2 $ R a função definida por i({> |) = 2{2 + | 3 . Mostre que i
é diferenciável em S = (3> 2).

Solução. Como

i ({> |)  i(S ) = 2{2 + | 3  26 = 2({2  9) + (| 3  8) = W1 ({> |)({  3) + W2 ({> |)(|  2)

temos que i é diferenciável em S , pois W1 ({> |) = 2({ + 3) e W2 ({> |) = | 2 + 2| + 4 são


funções contínuas em S . ¥

Teorema 2.11 Sejam i : [  R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com [ um


conjunto aberto. Se i é diferenciável no ponto S , então i é contínua no ponto S .

Prova. Suponhamos que i seja diferenciável no ponto S . Então, por definição, existem
constantes reais D e E tais que
i({> |)  i(d> e)  D({  d)  E(|  e)
lim = 0=
({>|)<(d>e) |T  S |
Pondo k = {  d e n = |  e, obtemos
H(k> n) i(d + k> e + n)  i (d> e)  Dk  En
lim s = lim s = 0=
(k>n)<(0>0) k2 + n2 (k>n)<(0>0) k2 + n2
Logo,

lim (i(d + k> e + n)  i (d> e)) = lim (Dk + En + H(k> n)) = 0>
(k>n)<(0>0) (k>n)<(0>0)

pois
μ ¶ ¯ ¯
H(k> n) s ¯ H(k> n) ¯
lim H(k> n) = lim s 2 2 ¯
k + n = 0 e ¯s ¯  P>
(k>n)<(0>0) (k>n)<(0>0) k2 + n2 k2 + n2 ¯
com P A 0 uma constante real ou, equivalentemente,

lim i(d + k> e + n) = i (d> e)=


(k>n)<(0>0)

Portanto,
lim i({> |) = i(d> e)>
({>|)<(d>e)

isto é, i é contínua no ponto S . ¥

Teorema 2.12 Sejam i : [  R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com [ um


conjunto aberto. Se i é diferenciável no ponto S , então i{ (d> e) e i| (d> e) existem. Neste
caso, a equação cartesiana do plano passando por S é dada por

} = i(d> e) + i{ (d> e)({  d) + i| (d> e)(|  e)=


Prova. Suponhamos que i seja diferenciável no ponto S . Então o limite
i(d + k> e + n)  i(d> e)  Dk  En
lim s =0
(k>n)<(0>0) k2 + n2
não depende do caminho. Assim, ao longo do caminho que liga os pontos (d> e) e (d+k> e),
obtemos
i(d + k> e)  i (d> e)  Dk i (d + k> e)  i (d> e)
lim = 0 , lim = D=
k<0 k k<0 k
Portanto, i{ (d> e) existe e i{ (d> e) = D. De modo inteiramente análogo, prova-se que
i{ (d> e) existe e i| (d> e) = E. ¥

Observação 2.13 Sejam i : [  R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com [


um conjunto aberto.

1. Se i não é contínua no ponto S , então i não é diferenciável no ponto S . (Teorema


2=11)

2. Se uma das derivadas parciais de i não existir no ponto S , então i não é diferen-
ciável no ponto S .

3. Para provar que i é diferenciável no ponto S , é suficiente provar que i possui


derivadas parciais no ponto S e que
μ ¶
H(k> n)
lim s = 0 ou lim H(k> n) = 0 =
(k>n)<(0>0) k2 + n2 (k>n)<(0>0)

Exemplo 2.14 Seja i : R2 $ R a função definida por i({> |) = {2 + | 2 . Mostre que i


é diferenciável em todo R2 .

Solução. É fácil verificar que i{ ({> |) = 2{ e i| ({> |) = 2|, isto é, as derivadas parciais
existem em todo R2 . Dado S = (d> e) 5 R2 , obtemos i{ (d> e) = 2d, i| (d> e) = 2e e

H(k> n) (d + k)2 + (e + n)2  i(d> e)  2dk  2en s 2


s = s = k + n2 =
k2 + n2 k2 + n 2
Logo,
H(k> n) s
lim s = lim k2 + n2 = 0=
(k>n)<(0>0) k2 + n2 (k>n)<(0>0)
Portanto, i é diferenciável em todo R2 . ¥

Exemplo 2.15 Seja i : R2 $ R a função definida por


( 2
{ |
{4 +|2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i ({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=

Verifique se i é diferenciável no ponto S = (0> 0).


Solução. Vamos primeiro verificar a continuidade de i no ponto S = (0> 0). Como o
domínio de i é todo R2 temos que i(0> 0) existe e i (0> 0) = 0. Ao longo do caminho
| = p{2 , com { 6= 0, obtemos

{2 | {4 p p p
lim 4 2
= lim 4 2
= lim 2
= =
({>|)<(0>0) { + | {<0 { (1 + p ) {<0 1+p 1 + p2

Assim, lim({>|)<(0>0) i({> |) não existe. Portanto, i não é contínua no ponto S = (0> 0).
Logo, pelo item (1) da Observação 2.13, i não é diferenciável no ponto S = (0> 0). Note
que i é diferenciável em R2  {(0> 0)}. ¥

s
Exemplo 2.16 Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = 3 {|.

1. Calcule i{ (0> 0) e i| (0> 0).

2. Verifique se i é diferenciável no ponto S = (0> 0).

Solução. (1) Para calcalar i{ (0> 0) e i| (0> 0), devemos usar a definição de derivada parcial.

i({> 0)  i(0> 0) i(0> |)  i(0> 0)


i{ (0> 0) = lim = 0 e i| (0> 0) = lim = 0=
{<0 { |<0 |

(2) Como i{ (0> 0) e i| (0> 0) existem basta verificar que

H(k> n)
lim s = 0=
(k>n)<(0>0) k2 + n2

Sendo s
s
3 H(k> n) 3
kn
H (k> n) = i(k> n)  *(k> n) = kn e s =s >
2
k +n 2 k + n2
2

temos, ao longo do caminho n = pk2 com k 6= 0, que


s
3 s
H(k> n) k3 p 3
p s
lim s = lim s = lim s = ± 3 p 6= 0=
(k>n)<(0>0) k2 + n2 k<0 k2 + p2 k4 k<0 1 + p2 k2

Portanto, pelo item (3) da Observação 2.13, i não é diferenciável em S = (0> 0). ¥

Sejam i : [  R2 $ R uma função diferenciável no ponto S = (d> e) 5 [, com [


um conjunto aberto, a expressão

Ci Ci
gi = i{ (S )g{ + i| (S )g| = (S )g{ + (S )g|
C{ C|

chama-se a diferencial de i no ponto S .

Exemplo 2.17 Calcule o valor aproximado de tan[2=01 log(0=99)].


Solução. Para resolver este problema devemos determinar i(d + k> e + n), quando

i ({> |) = tan({ log |) e d + k = 2=01> e + n = 0=99=

Consegue-se isto pondo d = 2, k = 0=01, e = 1 e n = 0=01. Como k e n são pequenos


temos que
i (d + k> e + n)  i(d> e) + gi>
com g{ = k e g| = n. Assim, basta calcular i (2> 1), i{ (2> 1) e i| (2> 1). Por derivação
direta, obtemos
{
i{ ({> |) = sec2 ({ log |) log | e i| ({> |) = sec2 ({ log |) =
|
Logo, i(2> 1) = 0, i{ (2> 1) = 0 e i| (2> 1) = 2. Assim,

gi = i{ (2> 1)g{ + i| (2> 1)g| = 2 · (0=01) = 0=02

Portanto,
tan[2=01 log(0=99)]  0=02 = 0=2 × 1031 =
Note que
{}  gi 2=0204 × 1032  (0=2 × 1031 )
=  1=0097 × 1032 =
{} 2=0204 × 10 32

que é o valor desejado. ¥

Observação 2.18 Sejam i : [  R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com [


um conjunto aberto. Como

{} = i(d + k> e + n)  i (d> e) e gi = i{ (d> e)g{ + i| (d> e)g|>

com g{ = {{ = k e g| = {| = n, temos que

H(k> n) = i(d + k> e + n)  *(d + k> e + n) = {}  gi=

Logo,
H(k> n) {}  gi
s =s =
k2 + n2 k2 + n2
Assim, i é diferenciável em S se

{} = gi + H(k> n)=

Nesse caso, é fácil verificar que a função WS : R2 $ R definida por WS (k> n) = i{ (d> e)k +
i| (d> e)n é linear. Portanto, quando nos movemos do ponto S = (d> e) para um ponto
próximo, obtemos as seguintes variações:

Real Estimada Erro


Variação absoluta {} gi {}  gi
{} gi {}3gi
Variação relativa i (S ) i (S ) i (S )
Variação percentual {}
i (S )
× 100 gi
i (S )
× 100 {}3gi
i (S )
× 100=
Finalmente, note que a diferença {}  gi entre o valor exato {} e o valor aproximado
gi é chamada o erro absoluto de gi e o quociente
{}  gi
{}
é chamado o erro relativo de gi.

Teorema 2.19 (Lema Fundamental) Sejam i : [  R2 $ R uma função e S =


(d> e) 5 [ fixado, com [ um conjunto aberto. Se i possui derivadas parciais contínuas
no ponto S , então i é diferenciável no ponto S . ¥

Exemplo 2.20 Seja i : R2 $ R a função definida por


( 2 2
{ |
{2 +|2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)=

Verifique se i é diferenciável no ponto S = (0> 0).

Solução. Pelo Lema Fundamental basta verificar se as derivadas parciais i{ ({> |) e


i| ({> |) são contínuas no ponto S = (0> 0). Observe que i({> |) = i (|> {). Como a
função é definida por duas sentenças vamos dividir a prova em dois passos:
1=r Passo. Se ({> |) 6= (0> 0), então

2{| 4
i{ ({> |) = =
({2 + | 2 )2

2=r Passo. Se ({> |) = (0> 0), então devemos usar a definição da derivada parcial para
calcular i{ (0> 0).
i ({> 0)  i(0> 0) 0
i{ (0> 0) = lim = lim = 0=
{<0 { {<0 {

Assim, ( 2{|4
({2 +|2 )2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i{ ({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)
e ( 2{4 |
({2 +| 2 )2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i| ({> |) = i{ (|> {) =
0> se ({> |) = (0> 0)=
Agora, é fácil verificar que i{ ({> |) e i| ({> |) são contínuas no ponto S = (0> 0). Portanto,
i é diferenciável no ponto S = (0> 0). ¥
EXERCÍCIOS

1. Seja i : R2 $ R a função definida por


; 2
? 3{ | > se ({> |) 6= (0> 0)
i ({> |) = {2 + | 2
=
0> se ({> |) = (0> 0)=

(a) Mostre que i é contínua na origem (0> 0).


(b) Mostre que as derivadas parciais i{ e i| existem em todo R2 , mas não são
contínuas em (0> 0).
(c) Mostre que i não é diferenciável na origem (0> 0). Por que isso não contradiz
o Teorema 2.19 (Lema Fundamental)?

2. Mostre que a função


(
|3 3{3
{2 +| 2
> se ({> |) 6= (0> 0)
i ({> |) =
0> se ({> |) = (0> 0)

não é diferenciável em S = (0> 0).

3. Falso ou verdadeiro? Justifique

(a) Se i é diferenciável em S , então as derivadas parciais i{ e i| existem em S .


(b) Toda função diferenciável é contínua.
(c) Toda função contínua é diferenciável.
(d) Se } = i ({> |) tem derivadas parciais i{ e i| no ponto S , então i é contínua
em S .
(e) Se uma função } = i ({> |) tem derivadas parciais i{ e i| contínuas, então i é
diferenciável.
(f) Toda função diferenciável possui derivadas parcias de primeira ordem con-
tínuas.
(g) Se as derivadas parciais i{ e i| existem em S , então i é diferenciável em S=

4. Use o Lema Fundamental e mostre que a função } = i ({> |) é diferenciável no


domínio indicado.
(d) } = {2 | 4 ; G = R2 (g) } = log ({2 + | 2 ) ; G = R2  {(0> 0)}=
{| exp ({|)
(f) } = 2 2
; G = R2  (0> 0) (g) } = ; G = {({> |) 5 R2 : { 6= |} =
{ +| {|
5. Verifique que a função i : R2 $ R definida por
; Ã !
A
? ({2 + | 2 ) sen p 1
> se ({> |) 6= (0> 0)
i ({> |) = {2 + | 2
A
=
0> se ({> |) = (0> 0)=

é diferenciável na origem, embora as derivadas parciais i{ e i| sejam descontínuas.

6. Estude a diferenciabilidade da função } = i ({> |) no ponto S indicado:


p
(d) } = { exp (|) ; S = (1> 0) (h) } = {2 + | 2 ; S = (0> 0)
p
(e) } = |{| 2 | ; S = (0> 1) (i ) } = |{| (1 + | 2 ); S = ({> |)
; 3{|
A
p ? {2 + | 2 > se ({> |) 6= (0> 0)
A
(f) } = ||| cos {; S = (0> 0) (j) } = se ({> |) = (0> 0);
A
A
= 0>
S = (1> 2) =
; 1
A
p ? {| > se { 6= 0 e | 6= 0
A
(g) } = |{||; S = (0> 0) (k) } = se { = 0 ou | = 0=
A
A
= 0>
S = (0> 0) =

7. Calcule a diferencial das funções seguintes:


μ ¶
3 2 3 |
(d) i ({> |) = 5{ + 4{ |  2| (f) i ({> |) = { sen 2
¢{
¡1|+
(e) i ({> |> }) = h{ |} (g) i ({> |) = arctan { =

8. Seja i : R3 $ R a função definida por


;
? {|}
> se ({> |> }) 6= (0> 0> 0)
i ({> |> }) = { + |2 + }2
2
= 0> se ({> |> }) = (0> 0> 0)=

Mostre que as derivadas parciais i{ > i| e i} embora existam na origem, a função i


não é diferenciável em (0> 0> 0) =

2.3 Regra da Cadeia


Nesta seção apresentaremos algumas versões da Regra da Cadeia aplicadas às derivadas
parciais.
Sejam i : L  R $ R e j : M  R $ R duas funções reais de uma variável real, onde
i (L)  M, tais que | = i(x) e x = j({), então a função composta é dada por

| = (j  i)({) = j(i({))> { 5 L=

Assim, se i e j são deriváveis, então


g| g| gx
= =
g{ gx g{
Agora, sejam i : [  R2 $ R uma função, com [ um conjunto aberto, { = j(w) e
| = k(w). Se } = i({> |) é diferenciável, j e k são deriváveis, então
g} C} g{ C} g|
= + ou } 0 (w) = i{ {0 (w) + i| | 0 (w)=
gw Cx gw C| gw
Note que esse resultado é obtido “dividindo” a diferencial de i por gw. Além disso, um
dipositivo prático para memorizar a Regra da Cadeia ou Regra da Derivação em Cadeia
é dado no diagrama em árvore, conforme a Figura 2.2.

Figura 2.2: Diagrama em árvore.

Alternativamente, na forma matricial


 ¸ h " #
g} i g{
= C}
C{
C}
C|
• gw
g| =
gw gw

1
Exemplo 2.21 Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = {2  | 2 . Se { = 1+w
e
w
| = 1+w , para todo w 5 R  {1}, então determine g}
gw
.

Solução. Pela Regra da Cadeia basta determinar i{ , i| , {0 (w) e | 0 (w). Como


1 1
i{ = 2{> i| = 2|> {0 (w) =  2
e | 0 (w) =
(1 + w) (1 + w)2
temos que
μ ¶μ ¶ μ ¶μ ¶
g} 2 1 2w 1 2
=  +  = >
gw 1+w (1 + w)2 1+w (1 + w)2
(w + 1)2
que é o resultado desejado. ¥

Mais geralmente, sejam i : [  R2 $ R e j> k : \  R2 $ R funções, com [ e \


conjuntos abertos, x = j({> |) e y = k({> |). Se } = i(x> y), x = j({> |) e y = k({> |) são
diferenciáveis, então
C} C} Cx C} Cy
= +
C{ Cx C{ Cy C{
e
C} C} Cx C} Cy
= + =
C| Cx C| Cy C|
Novamente, um dipositivo prático para memorizar essa Regra da Cadeia é dado no dia-
grama em árvore, conforme a Figura 2.3.

Figura 2.3: Diagrama em árvore.

Alternativamente, na forma matricial


" #
h i h i Cx Cx
C}
C{
C}
C|
= C}
Cx
C}
Cy
• C{
Cy
Cy
Cy
=
C{ C|

Exemplo 2.22 Seja i : R2 $ R a função definida por i(x> y) = x2 + y 3 . Se } = i({> |),


C} C}
x = 3{  | e y = { + 2|, então determine C{ e C| .

Solução. Como }x = 2x, x{ = 3, x| = 1, }y = 3y2 , y{ = 1 e y| = 2 temos que

C}
= 6x + 3y 2 = 3{2 + 12{| + 18{ + 12| 2  6|
C{
e
C}
= x + 6y 2 = 6{2 + 24{|  3{ + 24| 2 + |>
C|
que é o resultado desejado. ¥

EXERCÍCIOS

1. Sejam
Z | Z {2 |
2
i ({> |) = log(1 + (sen w) )gw e j ({> |) = exp (cos w) gw=
{ {

Use o Teorema Fundamental do Cálculo e a Regra da Cadeia para calcular as


derivadas parciais i{| e j{| .
2. Seja μ ¶
{ ³|´
i ({> |) = sen + log =
| {
Mostre que {i{ + |i| = 0.

3. Seja i : R2  {(0> 0)}$ R a função definida por


p
|{ + || {2 + 2{| + | 2
i ({> |) = = =
{+| {+|
Verifique que i{ e i| são identicamente nulas em G, mas i não é constante.

4. Seja i : R $ R uma função real de uma variável derivável qualquer. Mostre que as
funções
* ({> |) = i ({  |) e # ({> |) = i ({|)
satisfazem às relações:

*{ + *| = 0 e {#{  |#| = 0=

g}
5. Calcule nos seguintes casos:
gw
p
} = {2 + | 2 ; { = w3
(d) } = |h{ + {h| ; { = w e | = sen w (f)
e | = cos w
} = x2 y + yz2 + xyz3 ;
(e) } = log (1 + {2 + | 2 ) ; { = log w e | = hw (g)
x = w2 > y = w e z = w3 =
Cz Cz
6. Calcule e nos seguintes casos:
C{ C|
z = 3x + 7y; x = {2 |
(d) z = x2 + y 3 ; x = 3{  | e y = { + 2| (f) s
e y = {|
z = cos ( + ) ;
(e) z = log (w2 + v2 ) ; w = {3 + | 2 e v = 3{| (g) s
 = { + | e  = {|=
7. Considere a função Z | ¡ ¢
i ({> |) = exp w2 gw=
{
Calcule as derivadas parciais iv , iu e iuv , no caso em que { = uv4 e | = u4 v.
¯$¯
$ ¯ ¯
8. Sejam RS = {l+|j o vetor posição do ponto S = ({> |) e u = ¯RS ¯. Se i : R $ R
é uma função real de uma variável real duas vêzes derivável e } = i (u), mostre que
1
{} = }uu + }u =
u
9. Considere duas funções reais i : R $ R e j : R2 $ R e sejam z = i (x) e x = j ({> |).
Admitindo a existência das derivadas envolvidas, deduza que
¡ ¢
{z = i 00 (x) j{2 + j|2 + i 0 (x) {j=
10. Uma função i : G  R2 $ R chama-se homogênea de grau q quando

i (w{> w|) = wq i ({> |) > ; w 5 U+


W
e ; ({> |) 5 G=

Mostre que qualquer função homogênea i satisfaz à Relação de Euler. Leonhard


Euler (1707-1783), matemático suiço.

{i{ ({> |) + |i| ({> |) = qi ({> |) em G=

Verifique que as funções

{2  3{| + | 2
} = {2 + | 2 e } = p
2{2 + 3| 2

são homogêneas.

11. Com as hipóteses do Exercício 10 da Seção 2=1 e admitindo que { = u cos  e


| = u sen , deduza as relações:

Cx 1 Cy Cy 1 Cx
= e = =
Cu u C C u C

12. Sejam i (x> y) uma função diferenciável e } = i ({  |> |  {). Mostre que }{ + }| =
0.

13. Sejam * e # funções reais deriváveis e suponhamos que *0 (1) = 4.

(a) Se μ ¶
¡ ¢ {
i ({> |) = {2 + | 2 # >
|
mostre que
{i{ ({> |) + |i| ({> |) = 2i ({> |) =

(b) Se μ ¶
{
j ({> |) = * >
|
calcule j{ (1> 1) e j| (1> 1).

2.4 Derivada Direcional e Gradiente


Nesta seção vamos estender a noção de derivadas parciais a outras direções que não
sejam retas paralelas ao eixos.
Sejam i : [  R2 $ R uma função, com [ um conjunto aberto, S = ({> |) 5 [, e

u = (cos > sen ) = cos i + sen j 5 R2


um vetor unitário, para todo  5 R. A derivada direcional de i no ponto S , na direção
do vetor u, é definida como

i (S + wu)  i(S ) i({ + w cos > | + w sen )  i ({> |)


lim = lim
w<0 w w<0 w
quando esse limite existe e denotaremos por

Ci
({> |)> uu i ou Gu i=
Cu
Note que  é o ângulo entre o vetor u e o eixo dos {.

Observação 2.23 Observe que quando u = (1> 0) = i, obtemos

Ci i ({ + w> |)  i ({> |) Ci
({> |) = lim = ({> |)=
Cu w<0 w C{
Que é a derivada parcial de i em relação a {. De modo inteiramente análogo, quando
u = (0> 1) = j, obtemos a derivada parcial de i em relação a |.

Exemplo 2.24 Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = | exp({|). Determine


a derivada direcional de i no ponto S = (0> 0) na direção do vetor v = (4> 3) = 4i + 3j.

Solução. Para resolver este problema devemos primeiro verificar se o vetor v é unitário.
Como
s
|v| = 42 + 32 = 5

temos que ele não é um vetor unitário. Assim, devemos obter a normalização do vetor v,
isto é,
1 4 3
u= v= i+ j
|v| 5 5
é um vetor unitário com a mesma direção e sentido do vetor v. Portanto,
¡ ¢ μ ¶
Ci i 45 w> 35 w  i(0> 0) 3 12 2 3
(0> 0) = lim = lim exp w = =
Cu w<0 w w<0 5 25 5

Note que o sinal positivo significa que i cresce na direção considerada. ¥

Exemplo 2.25 Seja i : R2 $ R a função definida por


( 3
{ |
{6 +|2
se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) =
0 se ({> |) = (0> 0)=

Determine a derivada direcional de i no ponto S = (0> 0) na direção de qualquer vetor


unitário u.
Solução. Seja u = (cos > sen ) 5 R2 , onde  5 R, um vetor unitário qualquer. Então

Ci i (w cos > w sen ) w4 cos2  sen  w cos2  sen 


(0> 0) = lim = lim 7 = lim = 0=
Cu w<0 w w<0 w cos6  + w3 sen2  w<0 w4 cos6  + sen2 

Portanto, todas as derivadas direcionais de i no ponto S = (0> 0) existem. No entanto,


i não é contínua no ponto S = (0> 0), pois ao longo do caminho | = p{3 , com { 6= 0,
obtemos
{3 | {6 p p p
lim 6 2
= lim 6 2
= lim 2
= =
({>|)<(0>0) { + | {<0 { (1 + p ) {<0 1 + p 1 + p2
Portanto, o limite depende de p, ou seja, não existe. ¥

Exemplo 2.26 Seja i : R2 $ R a função definida por


(
{|
{2 +| 2
se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) =
0 se ({> |) = (0> 0)=

Determine a derivada direcional de i ponto S = (0> 0) na direção de qualquer vetor


unitário u que não seja paralelo ao eixos.

Solução. Seja u = (cos > sen ) 5 R2 um vetor unitário, com cos  6= 0 e sen  6= 0. Então
w2 cos  sen 
Ci i (w cos > w sen ) w2 cos  sen 
(0> 0) = lim = lim = lim
Cu w<0 w w<0 w w<0 w
não existe. Portanto, a derivada direcional de i no ponto S = (0> 0) na direção do vetor
u não existe. No entanto, as derivadas parciais de i no ponto S = (0> 0) existem. ¥

Teorema 2.27 Sejam i : [  R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com [ um


conjunto aberto. Se i é diferenciável no ponto S , então i possui derivada direcional no
ponto S na direção de qualquer vetor unitário u = (cos > sen ) 5 R2 . Neste caso,

Ci Ci Ci
(d> e) = (d> e) cos  + (d> e) sen =
Cu C{ C|

Prova. Suponhamos que i seja diferenciável no ponto S . Então

lim H(wu) = lim H(w cos > w sen ) = 0=


w<0 w<0

Como
Ci Ci
i(S + wu) = i(S ) + (d> e) · (w cos ) + (d> e) · (w sen ) + |w| H(wu)
C{ C|
temos que
i(S + wu)  i(S ) Ci Ci
lim = (d> e) cos  + (d> e) sen =
w<0 w C{ C|
Portanto, a derivada direcional de i no ponto S = (d> e) na direção do vetor u existe. ¥
Note, pelo Teorema 2.27, que
μ ¶
Ci Ci Ci
= i+ j • u (o produto escalar)
Cu C{ C|

O gradiente de i, em símbolos ui ou grad(i), é o vetor

Ci Ci
ui = i+ j=
C{ C|
Como u é um vetor unitário temos que
Ci
= ui • u = |ui| cos !>
Cu
com ! o ângulo entre os vetores ui e u, ou seja, a derivada direcional de i no ponto S é
simplesmente a componente do vetor gradiente na direção do vetor unitário u. Portanto,
se i : [  R2 $ R é uma função diferenciável no ponto S = (d> e) 5 [, então:

1. O máximo de Ci
Cu
no ponto S é igual a |ui(S )|.

2. O mínimo de Ci
Cu
no ponto S é igual a  |ui (S )|,

pois 1  cos !  1. Assim, o máximo (o mínimo) da taxa de variação de i({> |) no


ponto S = (d> e), ocorre quando o vetor u tem a direção e o sentido do vetor ui(S )
(ui(S )), isto é,
1
u= ui (S )=
|ui(S )|
Neste caso, o gradiente de i aponta na direção em que a função i cresce (decresce) mais
rapidamente. Portanto, concluímos que:

1. O gradiente aponta para uma direção segundo a qual a função é crescente.

2. Dentre todas as direções ao longo das quais a função i cresce, a direção do gradiente
é a de crescimento mais rápido.

Exemplo 2.28 Seja i : R3 $ R a função definida por i({> |> }) = 2{2 + 3| 2 + } 2 .


Determine a derivada direcional de i no ponto S = (2> 1> 3) e na direção do vetor v =
(1> 0> 2) = i  2k.

Solução. Para resolver este problema devemos primeiro verificar se o vetor v é unitário.
Como
p s
|v| = 12 + (2)2 = 5
temos que ele não é um vetor unitário. Assim, devemos obter a normalização do vetor v,
isto é,
1 1 2
u= v = s i s k
|v| 5 5
é um vetor unitário com a mesma direção e sentido do vetor v. Como ui = (4{> 6|> 2})
temos que ui(S ) = (8> 6> 6) = 8i + 6j + 6k= Portanto,

Ci 4
(S ) = ui(S ) • u =  s =
Cu 5
Note que o sinal negativo significa que i decresce na direção considerada. ¥

Exemplo 2.29 Seja i : R3 $ R a função definida por


(
1
{2 +| 2 +} 2
> se ({> |> }) 6= (0> 0> 0)
i ({> |> }) =
0> se ({> |> }) = (0> 0> 0)=

Determine o valor máximo da derivada direcional de i no ponto S = (1> 2> 3).

Solução. Pelo exposto acima, basta determinar a norma do vetor gradiente de i no ponto
S . Como
2{ 2| 2}
i{ = 2 > i| = 2 e i} =
({2 + | 2 + } 2 ) ({2 + | 2 + } 2 ) ({2 + | 2 + } 2 )2
temos que
2 4 6
i{ (1> 2> 3) = 2
> i| (1> 2> 3) = 2 e i| (1> 2> 3) =  2 =
14 14 14
Portanto, o valor máximo da derivada direcional de i em S = (1> 2> 3) é igual a
q s
56
|ui (S )| = i{ (S )2 + i| (S )2 + i} (S )2 = >
142
que é o resultado desejado. ¥

Sejam i : [  R2 $ R uma função, com [ um conjunto aberto, { = j(w) e | = k(w).


Suponhamos que } = i({> |) seja diferenciável no ponto S = ({> |) 5 [, j e k sejam
deriváveis em algum intervalo aberto L. Então, pela Regra da Cadeia, obtemos

g} C} g{ C} g|
(S (w)) = + = ui (S (w)) • S 0 (w)>
gw C{ gw C| gw
com
S 0 (w) = ({0 (w)> | 0 (w)) = {0 (w)i + | 0 (w)j=

Agora, consideremos uma curva de nível da função i contida em [, isto é,

Fn = {({> |) 5 [ : i ({> |) = n}=

Então, dado S (w) na curva Fn , obtemos

I (w) = i (S (w)) = i({(w)> |(w)) = n> w 5 R=


Assim,
g}
0 = I 0 (w) = (S (w)) = ui (S (w)) • S 0 (w)> ; w 5 R=
gw
Portanto, se o vetor S (w) 6= 0, para todo w 5 R, então o vetor ui (S (w)) 6= 0 é perpendi-
cular à curva de nível Fn , pois a derivada direcional de i no ponto S na direção do vetor
unitário
1
u= S (w)
|S (w)|
é sempre tangente à curva Fn . Por essa razão, o plano tangente a uma superfície V, tendo
equação cartesiana I ({> |> }) = 0, no ponto S = (d> e> f) 5 V, é o plano que passa no
ponto S tendo o gradiente ui (S ) como vetor normal ou o vetor normal unitário
1 1
n= ui (S ) ou n =  ui(S )
|ui (S )| |ui(S )|
a superfície V em S , isto é, se T = ({> |> }) é um ponto qualquer desse plano, então
$
S T • ui (S ) = 0 ou I{ (d> e> f)({  d) + I| (d> e> f)(|  e) + I} (d> e> f)(}  f) = 0=

Neste caso, a reta normal à superfície V no ponto S = (d> e> f) 5 V é a reta paralela ao
vetor ui (S ), isto é,
$
S T = wui(S )> w 5 R>
com T um ponto qualquer da reta ou, equivalentemente,
{d |e }f
= = =
I{ (d> e> f) I| (d> e> f) I} (d> e> f)
Exemplo 2.30 Determine o plano tangente e a reta normal à superfície V, dada pela
equação cartesiana {2 + | 2 + 3} 2  5 = 0, no ponto S = (1> 1> 1).

Solução. Seja I ({> |> }) = {2 +| 2 +3} 2 5. Então, pelo exposto acima, basta determinar
o vetor gradiente de i no ponto S . Como I{ (S ) = 2, I| (S ) = 2 e I} (S ) = 6 (uI (S ) =
(2> 2> 6)) temos que

2({  1) + 2(|  1) + 6(}  1) = 0 ou 2{ + 2| + 6}  10 = 0=

Neste caso, a reta normal à superfície V no ponto S = (1> 1> 1) 5 V é dada por
;
A
? { = 1 + 2w {1 |1 }1
| = 1 + 2w ou = = >
A
= 2 2 6
} = 1 + 6w> w 5 R>
que é o resultado desejado. ¥

Exemplo 2.31 Sejam i : [  R2 $ R uma função e S = (d> e) 5 [ fixado, com [ um


conjunto aberto. Mostre que se i é diferenciável no ponto S e V a superfície dada pelo
gráfico de i, então o plano tangente a V no ponto T = (d> e> i (d> e)) é dado por

}  i (d> e) = i{ (d> e)({  d) + i| (d> e)(|  e)


Solução. Seja I ({> |> }) = }  i ({> |). Então o resultado segue do Exemplo 2.30. ¥

Exemplo 2.32 Determine a reta tangente e a reta normal à curva F, dada pela equação
cartesiana {2  {| + | 2  7 = 0, no ponto S = (1> 2).

Solução. Seja I ({> |) = {2  {| + | 2  7. Então I{ (S ) = 4 e I| (S ) = 5 (uI (S ) =


(4> 5)). Logo,

4({ + 1) + 5(|  2) = 0 ou  4{ + 5|  14 = 0=

é a reta tangente à curva F no ponto S = (1> 2). Neste caso, a reta normal à curva F
no ponto S = (1> 2) 5 F é dada por 5{ + 4|  3 = 0. ¥

Exemplo 2.33 Determine a reta tangente à curva F obtida pela interseção de duas su-
perfícies da implicitamente pelas equações i({> |> }) = 0 e j({> |> }) = 0 no ponto S 5 F.

Solução. Para resolver este problema basta determinar a direção u = ui(S ) × uj(S )
$
no ponto S = (d> e> f) 5 F e fazer S T = wv, w 5 R, com T um ponto desta reta ou,
equivalentemente,
$
S T = wui(S )> w 5 R>

com T um ponto qualquer da reta ou, equivalentemente,


{d |e }f
= = >
i| j}  i} j| i} j}  i} j} i{ j|  i| j{

que é o resultado desejado. ¥

Seja i : [  R2 $ R uma função diferenciável, com [ um conjunto aberto. A


estimativa da variação do valor de i quando nos movemos uma pequena distância gv a
partir de um ponto S = (d> e) 5 [ na direção do vetor unitário u é dada por

gi Ci
gi = (ui(S ) • u) gv ou = ui (S ) • u = (S )=
gu Cu
Note que a derivada direcional faz o mesmo papel da diferencial de uma função real de
uma variável real.

Exemplo 2.34 Sejam i : R2 $ R a função definida por i({> |) = { exp(|). Determine a


variação do valor de i se ponto U = ({> |) se move gv = 0=1 unidade do ponto S = (2> 0)
na direção do ponto T = (4> 1).

Solução. Vamos primeiro determinar a derivada direcional de i no ponto S = (2> 0) na


$
direção do vetor v = S T = 2i + j; a normalização do vetor v é dada por
1 2 1
u= v = s i + s j=
|v| 5 5
Como i{ = exp(|) e i| = { exp(|) temos que i{ (S ) = 1 e i| (S ) = 2. Portanto,
ui(S ) = i + 2j e μ ¶
2 1 4
ui (S ) • u = (i + 2j) · s i + s j = s
5 5 5
Note que o sinal positivo significa que i cresce na direção considerada. Finalmente,

4 0=4
gi = (ui(S ) • u) gv = s · 0=1 = s >
5 5
ou seja, gi  0=18 unidade. ¥

EXERCÍCIOS

1. Calcule a derivada direcional da função } = i ({> |) no ponto S , na direção indicada:

(a) } = {3 + 5{2 |, S = (2> 1) na direção da reta | = {.


(b) } = | exp ({|), S = (0> 0) na direção da reta v = 4i + 3j.
(c) } = {2  | 2 , S = (2> 3) na direção tangente à curva 2{ + 5| 2 = 15, no ponto
s
(0> 3).

Ci
2. Calcule a derivada direcional nos seguintes casos:
Cu
1
(a) i ({> |> I}) = exp(|) sen { + 3
exp(3|) sen 3{ + } 2 ; S = (@3> 0> 1) e u =
 12 i + 22 j + 12 k.
(b) i ({> |> }) = {2 | + 3|} 2 ; S = (1> 1> 1) e u = 13 i  23 j + 23 k.
(c) i ({> |> }) = log ({2 + | 2 + } 2 ); S = (1> 1> 1) e u =  23 i + 13 j + 23 k.

3. Calcule o valor máximo da derivada direcional da função z = i ({> |> }) no ponto


S:
1
(d) z = {2 +| 2 +} 2
; S = (1> 2> 3) (e) z = exp({) cos (|}) ; S = (1> 0> ) =

4. Seja } = i ({> |) uma função diferenciável em cada ponto do círculo {2 + | 2 = 1.


Mostre que a derivada direcional de i no ponto ({> |) na direção da tangente ao
círculo é |i{ + {i| .

5. Encontre o plano tangente e a reta normal à superfície dada no ponto indicado:


p
(d) } = {2  | 2 ; S = (1> 1> 0) (f) } = { {2 + | 2 ; S = (3> 4> 15)
p
(e) {2 + 2| 2 + 3} 2 = 6; S = (1> 1> 1) (g) } = 9  {2  | 2 ; S = (1> 2> 2) =
6. Determine as equações paramétricas da reta tangente à curva dada no ponto S
indicado.
(
( {2 + | 2 + } 2 = 4
3{  5|  } + 7 = 0 ;
(d) ; S = (1> 2> 0) (f) {=1
|=2 ¡ s ¢
S
( = 1> 1> 2
( 2{|
} = {2 +|2
{2 + | 2 + } 2 = 14 ;
(e) ; S = (1> 3> 2) (g) | = 1
{=1
S = (1> 1> 1) =

7. Seja F a curva em R3 descrita por: { = sen w, | = sen w e } = cos 2w, 0  w  2.


Mostre que a curva F está contida no paraboloide {2 + | 2 + } = 1 e determine a
reta tangente e o plano normal à curva no ponto correspondente a w = 4 .

8. Calcule ui e verifique em cada caso que este vetor é normal as curvas ou superfícies
de nível.

(a) i ({> |) = {2 + | 2 .
(b) i ({> |) = exp ({2 + | 2 ).
(c) i ({> |> }) = 2{2 + 2| 2  {}.

9. Sejam i ({> |> }) = 3{ + 5| + 2} e denote por q o vetor normal exterior à esfera


{2 + | 2 + } 2 = u2 . Calcule a derivada direcional Gu i ({> |> }).

10. Calcule a derivada direcional no ponto S = (3> 4> 5) da função z = {2 + | 2 + } 2 , na


direção tangente à curva (
{2 + | 2  } 2 = 0
2{2 + 2| 2  } 2 = 25
no ponto S .

11. Seja i : R2 $ R a função definida por


; 2
? { | > se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) = {2 + | 2
=
0> se ({> |) = (0> 0)=

Verifique que i tem derivada direcional na origem em qualquer direção, mas não é
aí diferenciável.

12. Admitindo as operações possíveis e considerando d e e constantes reais, prove as


seguintes regras de derivação:

(a) u (di + ej) = dui + euj.


(b) u (i j) = jui + i uj.
³ ´ jui  i uj
i
(c) u = .
j
j2
$
13. Seja RS ¯= {i¯ + |j + }k o vetor posição de um ponto S = ({> |> }) do R3 e represente
¯$¯
por u = ¯RS ¯. Mostre que se i (u) é uma função real de uma variável real derivável,
então $
0 RS
ui (u) = i (u) =
u
¡ ¢
Usando essa fórmula, calcule u (u), u 1u e u (log u).

14. Sejam 0 ?  ? 1@2 e i ({> |) = |{|| . Mostre que:

(a) i{ (0> 0) = i| (0> 0) = 0.


(b) i tem derivada direcional na origem apenas nas direções i e j.

15. Determine a reta tangente à curva, no ponto S indicado:


;
( A
3{2 + | 2 + } = 4 ? 3{| + 2|} + 6 = 0
(d) ; S = (1> 2> 3) (e) {2  2{} + | 2 } = 1;
{2 + | 2 + } 2 = 12 A
=
S = (1> 2> 0) =

16. Calcule a derivada direcional no ponto S = (1> 2> 3) da função z = 2{2  | 2 + } 2 >
na direção da reta que passa nos pontos D = (1> 2> 1) e E = (3> 5> 0).

17. Considere a curva de equações paramétricas { = w, | = w2 e } = w3 , w 5 R.

(a) Determine a reta tangente e o plano normal no ponto S = (2> 4> 8).
(b) Determine a reta tangente que passa no ponto S = (0> 1> 2).
(c) Verifique se existe reta tangente passando no ponto S = (0> 1> 3).

18. Seja i : R $ R uma função derivável, com i 0 (w) A 0, para todo w. Mostre que se
j ({> |) = i ({2 + | 2 ), então a derivada direcional Gv j ({> |) será máxima quando
v = {i + |j.

19. Mostre que se i : R $ R é uma função real de uma


³ ´variável real derivável, então os
planos tangentes à superfície de equação } = |i {| passam todos pela origem.

20. Determine o plano tangente à superfície } = 2{2 + | 2  3{|, paralelo ao plano de


equação 10{  7|  2} + 5 = 0.

21. Determine um plano que passa nos pontos S = (5> 0> 1) e T = (1> 0> 3) e que seja
tangente à superfície {2 + 2| 2 + } 2 = 7.

22. Determine os pontos da superfície } = 8  3{2  2| 2 nos quais o plano tangente é


perpendicular à reta { = 2  3w, | = 7 + 8w e } = 5  w.
23. Determine o ponto da superfície } = 3{2  | 2 , cujo o plano tangente é paralelo ao
plano de equação
3{ + | + 2} = 1=

24. Determine em que pontos da superfície } = {2  {| + | 2  2{ + 4| o plano tangente


é horizontal.

25. Mostre que a reta normal à esfera {2 + | 2 + } 2 = u2 , no ponto S passa pela centro
da esfera.

26. A temperatura W no ponto ({> |) de uma placa metálica circular com centro na
origem vem dada por
400 
W ({> |) = 2 2
F=
2+{ +|
Qual a direção que se deve tomar a partir do ponto D = (1> 1), de modo que a
temperatura aumente o mais rápido possível e com que velocidade W ({> |) aumenta
ao passar pelo ponto D nessa direção?

27. Um ponto S se move ao longo de uma curva F em um campo escalar diferenciável


z = i ({> |> }) a uma velocidade gv
gw
. Se W representa o vetor tangente unitário à
curva F, prove que a taxa instatânea de variação de z em relação ao tempo, no
ponto S , é
gv
(W • ui ) =
gw
28. A superfície de um lago é representada por uma região G do plano {| de modo que
a profundidade (medida em metros) sob o ponto ({> |) é s ({> |) = 300  {2  | 2 .
Em que direção um bote no ponto D = (4> 9) deve navegar para que a profundidade
da água decresça mais rapidamente? Em que direção a profundidade permanece a
mesma?

29. A temperatura no ponto ({> |> }) do cilindro {2 + | 2 = 1 vem dada por

W ({> |> }) = {| + }  F=

Qual a taxa instantânea de variação da temperatura, em relação a w, ao longo da


hélice { = cos w, | = sen w e } = w? Qual a taxa no ponto S = (1> 0> 0) da hélice?

30. A temperatura no ponto ({> |) de uma placa retangular é W ({> |) = { sen 2|  F.


Um ponto S se move no sentido horário, ao longo do círculo unitário centrado na
origem, a uma velocidade constante de 2 unidades de comprimento de arco por
segundo. Qual a velocidade de variação de temperatura no instante em que o ponto
S se situar em às !
1 3
> ?
2 2
Avaliando o que foi construído
Não perca tempo: dedique-se à resolução das tarefas relacionadas ao assunto desta
unidade. Saiba que o aprendizado em Matemática deve ser sequencial, continuado e o
sucesso no estudo das funções reais de várias variáveis reais que virão pela frente de-
pende dos conhecimentos de derivadas parciais, diferenciabilidade, derivadas direcionais
e gradiente.

Respostas, Sugestões e Soluções

Seção 2.1
1. Todas sa derivadas são calculadas usando regras básicas de derivação. Por simpli-
2 2
cidade, no item (f) substituímos a expressão h{ +| por D:

(d) (e) (f) (g)


| 2
}{ 6{ (2{2 + 1) |D | cos {| +
{2 + | 2 {
{ 1
}| 3| 2 (2| 2 + 1) {D { cos {| +
{ + |2
2 |
2{| 2
}{{ 6 (6 + 4{2 ) {|D | 2 sen {|  {2
({2 + | 2 )2
2{| 1
}|| 6| (6 + 4| 2 ) {|D {2 sen {|  |2
({ + | 2 )2
2

| 2  {2
}|{ 0 (1 + 2{2 + 2| 2 ) D cos {|  {| sen {|
({2 + | 2 )2
e

(h) (i )
{ |
}{ p
1 + {2 + | 2 1  {2 | 2
| {
}| p
1 + {2 + | 2 1  {2 | 2
1 + |2 2{| 3
}{{
(1  {2 | 2 )2
3
(1 + {2 + | 2 ) 2
1 + {2 2{3 |
}||
(1  {2 | 2 )2
3
(1 + {2 + | 2 ) 2
{| {2 | 2  {  2{2 | 3
}|{ =
(1  {2 | 2 )2
3
(1 + {2 + | 2 ) 2

1. (d) 
+ I2 , (e) 0, (f) i{| (1> 0) = i|{ (1> 0) = 0, (g) 1.
6 3
2. Por simplicidade, seja
μ ¶
1
D = D({> |) = exp  =
{ + |2
2

No ponto ({> |) 6= (0> 0), temos que

2{D 2|D
i{ ({> |) = e i| ({> |) = 2 =
({2 2
+| ) 2 ({ + | 2 )2

Na origem as derivadas são calculadas pela definição.


¡ ¢
i (k> 0) exp  k12 i (0> n)
i{ (0> 0) = lim = lim = 0 e i| (0> 0) = lim = 0=
k<0 k k<0 k n<0 n

pois, pondo { = k1 , obtemos


{
lim = 0=
{<+" exp({2 )

De fato, pelo Teorema do Valor Médio aplicado ao intervalo [0> {], prova-se que
exp({) A 1 + {, para todo { A 0. Assim,
μ 2¶
{ {2 {2
exp A1+ A =
2 2 2

Elevando ao quadrado ambos membros, obtemos

{4 { 4
exp({2 ) A , 2
? 3=
4 exp({ ) {

Portanto,
{ 4
0  lim 2
? lim 3 = 0=
{<+" exp({ ) {<+" {

Note que, para qualquer q 5 N, prova-se que


{q
lim = 0=
{<+" exp({)

Agora,
Ci{ i{ (0> n)  i{ (0> 0) 0
i{| (0> 0) = (0> 0) = lim = lim = 0=
C| n<0 n n<0 n

De modo inteiramente análogo, prova-se que i|{ (0> 0) = 0. Note que i{| (0> 0) =
i|{ (0> 0).

3. Por derivação direto, obtemos


; 4 5 2 3
? { |  | + 4{ | > se ({> |) 6= (0> 0)
i{ ({> |) = ({2 + | 2 )2
=
0> se ({> |) = (0> 0)=
e ; 5 4 3 2
? {  {|  4{ | > se ({> |) 6= (0> 0)
i| ({> |) = ({2 + | 2 )2
=
0> se ({> |) = (0> 0)=
Para verificarmos a continuidade da derivada parcial i{ na origem, usaremos o
Teorema do Confronto. Como
¯ 4 ¯
¯ { |  | 5 + 4{2 | 3 ¯ ||| | 4 + ||| {4 + 4{2 | 2 |||
0  |i{ ({> |)| = ¯¯ ¯
¯  6 |||
({2 + | 2 )2 ({2 + | 2 )2
temos que

0= lim 6 |||  lim i{ ({> |)  lim 6 ||| = 0=


({>|)<(0>0) ({>|)<(0>0) ({>|)<(0>0)

Assim,
lim i{ ({> |) = 0 = i{ (0> 0) =
({>|)<(0>0)

Portanto, i{ é contúnua em (0> 0). De modo inteiramente análogo, prova-se que i|


é contúnua em (0> 0).

4. Como i ({> |) = {2 + | 3 e S = ({2 + | 2 > |) temos que

i (S ) = ({2 + | 2 )2 + | 3 = {4 + 2{2 | 2 + | 4 + | 3 =

Logo,
Ci ¡ ¢ C ¡ ¢
(S ) = 2 {2 + | 2 e [i (S )] = 4{ {2 + | 2 =
C{ C{
Note que
Ci C
(S ) 6= [i (S )]=
C{ C{
5. Como
({2  | 2 )| 2 2{3 |
}{ =  e }| =
({2 + | 2 )2 ({2 + | 2 )2
temos que
{({2  | 2 )| 2 2{3 | 2 {| 2
{}{ + |}| =  + = = }=
({2 + | 2 )2 ({2 + | 2 )2 {2 + | 2

6. Procedimento semelhante ao Exercícios 5.

7. Procedimento semelhante ao Exercícios 5.

8. Como x{{ = 2D e x|| = 2F temos que {x = 0 se, e somente se, D + F = 0.

9. Como x{ = y| e x| = y{ temos que x{{ = y|{ e x|| = y{| . Logo,

{x = x{{ + x|| = y|{  y{| = 0>

pois y{| = y|{ .


Seção 2.2
1. (a) Sejam (u> ) as coordenadas polares do ponto ({> |). Então { = u cos  e | =
u sen . Como
p
u = {2 + | 2
temos que u $ 0 quando { $ 0 e | $ 0. Assim,
3u3 cos2  sin 
lim i ({> |) = lim = 0>
({>|)<(0>0) u<0 u2
que é independente de . Logo,

lim i ({> |) = 0 = i (0> 0)


({>|)<(0>0)

e i é contínua em (0> 0).


(b) As derivadas parciais i{ e i| são dadas por:
;
? 6{| 3
> se ({> |) 6= (0> 0)
i{ ({> |) = ({2 + | 2 )2
=
0> se ({> |) = (0> 0)
; 2 2 2
? 3{ ({  | ) > se ({> |) 6= (0> 0)
i{ ({> |) = ({2 + | 2 )2
=
0> se ({> |) = (0> 0)=

Assim, considerando os caminhos | = 0 e | = {, veremos que i{ e i| não têm


limite em (0> 0). Portanto, i{ e i| são descontínuas em (0> 0).
(c) Note, neste caso, que considerando os caminhos k = 0 e n = k, veremos que
H (k> n) 3k2 n
s = 3
k2 + n2 (k2 + n 2 ) 2
não tem limite em (0> 0). Portanto, i não é diferenciável em (0> 0). Isto não
contradiz o Lema Fundamental, pois neste caso ele não se aplica.

2. Note que
i({> 0) i (0> |)
i{ (0> 0) = lim = 1 e i| (0> 0) = lim = 1=
{<0 { |<0 |
Logo, i{ (0> 0) e i| (0> 0) existem. Assim, basta verificar que se
H(k> n)
lim s = 0=
(k>n)<(0>0) k2 + n2
Como
k2 n + kn2 H(k> n) k2 n + kn2
H (k> n) = i (k> n)  *(k> n) =  e s =  q >
k2 + n 2 k2 + n2 2 2 3
(k + n )
temos, ao longo do caminho n = pk com k A 0, que

H(k> n) k3 (p + p2 ) p + p2
lim s = lim  q = q
(k>n)<(0>0) k2 + n2 k<0 k3 (1 + p2 )3 (1 + p2 )3

não existe. Portanto, a função i não é diferenciável em (0> 0).

3. Y , Y , I , I , Y , I e I .

(a) Consequência direta da definição.


(b) Faça k> n $ 0 e deduza que

i (d + k> e + n) $ i (d> e) =

Isto é a continuidade de i em S = (d> e).


(c) A função do Exercício 1 é um contraexemplo
(d) A função ;
? {|
> se ({> |) 6= (0> 0)
i({> |) = {2+ |2
= 0> se ({> |) = (0> 0)=
tem derivadas parciais de primeira ordem na origem, mas não é diferenciável
em (0> 0).
(e) Esta afirmação é o Lema Fundamental!
(f) A função do Exercício 5 é um contraexemplo.
(g) A existência das derivadas i{ e i| não garante nem a continuidade.

4. Todas as funções apresentadas e suas derivadas }{ e }| são funções elementares do


cálculo sendo, portanto, contínuas no interior de seus respectivos domínios. Como
as derivadas parciais são contínuas temos, pelo Lema Fundamental, que as funções
são diferenciáveis.

5. Observe que i({> |) = i(|> {). Assim, basta determinar i{ ({> |) e fazer i| ({> |) =
i{ (|> {). Como
; Ã !
31
A
? 2{ sen p 1 { cos ({2 + | 2 ) 2
 3 > se ({> |) 6= (0> 0)
i{ ({> |) = {2 + | 2 ({ 2 + |2) 2
A
=
0> se ({> |) = (0> 0)=

temos que
; Ã !
31
A
? 2| sen p 1 | cos ({2 + | 2 ) 2
 3 > se ({> |) 6= (0> 0)
i| ({> |) = {2 + | 2 ({ 2 + |2) 2
A
=
0> se ({> |) = (0> 0)=
Agora, mostre que i{ e i| não têm limite na origem e conclua que essas derivadas
são descontínuas em (0> 0). Quanto a diferenciabilidade, observe que
à !
H (k> n) s 1
lim s = k2 + n2 sen p =0
(k>n)<(0>0) k2 + n2 {2 + | 2

Portanto, a função i diferenciável em (0> 0).

6. Antes de responder, confira o Exercício 3.

(a) Como i{ ({> |) = exp(|) e i| ({> |) = { exp(|) são contínuas no ponto


S = (1> 0) temos, pela Lema Fundamental, que i é dierenciável em S
(b) Note que a derivada i{ não existe em S . Portanto, a função i não pode ser
diferenciável em S .
(c) A derivada i| não existe no ponto S = (0> 0) e a função não pode ser diferen-
ciável em S .
p
(d) } = |{|| não é diferenciável em S = (0> 0), pois

H (k> n)
lim s
(k>n)<(0>0) k2 + n 2
não é zero
(e) As derivadas parciais i{ e i| não existem em S = (0> 0) e a função não é
diferenciável em S = (0> 0).
(f) No domínio
G+ = {({> |) : { A 0}

a função reduz-se a
C ³p ´
}= { (1 + | 2 ) >
C{
com derivadas parciais

1 + |2 {|
i{ ({> |) = p e i| ({> |) = p
2
2 { (1 + | ) { (1 + | 2 )

contínuas em G+ . Assim, pelo Lema Fundamental, deduziremos que i é difer-


enciável em G+ . Em
G3 = {({> |) : { ? 0}

a conclusão é a mesma. Em um ponto S = (0> e) a derivada parcial i{ não


existe. Portanto, a função i não é diferenciável. Concluímos então que } é
diferenciável em G3 ^ G+ .
(g) Como as derivadas parciais i{ ({> |) e i| ({> |) são contínuas em S = (1> 2)
temos, pelo Lema Fundamental, que i é diferenciável em S = (1> 2).
(h) A função i não é diferenciável na origem, pois não é contínua em S = (0> 0).

7. Calcule as derivadas parciais i{ e i| e use a definição gi = i{ g{ + i| g|.

(a) gi = (15{2 + 8{|) g{ + (4{2  6| 2 ) g|.


(b) gi = |}h{ g{ + }h{ g| + |h{ g}.
h i £ { ¤
| 2{2 | | |
(c) gi = sin 1+{ 2 
(1+{2 ) 2 cos 1+{ 2 g{ + 1+{2 cos 1+{2 g|.

{g|  |g{
(d) gi = .
{2 + | 2
8. Note que i({> |> }) = i(|> {> }) = i (}> |> {) e
; 2 2 2
? |}({ + | + } ) > se ({> |> }) 6= (0> 0> 0)
i{ ({> |> }) = ({2 + | 2 + } 2 )2
=
0> se ({> |> }) = (0> 0> 0)=
Logo, i| ({> |> }) = i{ (|> {> }) e i| ({> |> }) = i{ (}> |> {), ou seja, as derivadas parciais
existem. Como
H (k> n> p) knp
s = 3
2 2 2
k +n +p (k2 + n 2 + p2 ) 2
temos, ao longo do caminho k = w, n = w e p = w, que
knp w3 1
lim = 3 = lim = s =
3
(k>n>p)<(0>0>0) (k2 + n2 + p2 ) 2 w<0 (3w2 ) 23 3
Portanto, i não é diferenciável em S = (0> 0> 0).

Seção 2.3
1. Como a função log(1 + (sen w)2 ) é contínua temos que ela tem uma primitiva I , ou
seja, I 0 (w) = log(1 + (sen w)2 ). Assim, pelo Teorema Fundamental do Cálculo,

i({> |) = I (|)  I ({)=

Logo, pela Regra da Cadeia,


CI (|) CI ({) gI ({) g{ g{
i{ ({> |) =  = = [log(1 + (sen {)2 )] =
C{ C{ gw gw gw
Portanto, i{| = 0. De modo inteiramente análogo,
¡ ¢ ¡ ¢
j{| = {2 sen {2 | exp cos {2 | =

2. Como μ ¶ μ ¶
1 { 1 {
i{ =  |  { cos e i| = 2 |  { cos
{| | | |
temos que
μ ¶ μ ¶
{ { | {
{i{ + |i| =  |  { cos + 2 |  { cos = 0=
{| | | |
3. Note que i ({> |) = i(|> {). Como
2 p ({+|)2 3({2 +2{|+|2 )
s2({+|)  {2 + 2{| + | 2 s
2 2{ +2{|+|2 {2 +2{|+|2
i{ ({> |) = 2 = 2 =0
({ + |) ({ + |)

temos que i{ ({> |) e i| ({> |) são identicamente nulas em G.

4. Seja x = x({> |) = {  |. Então, pela Rega da Cadeia,

gi Cx gi gi Cx gi
*{ = = e *| = = =
gx C{ gx gx C| gx

Portanto,
gi gi
*{ + *| =
 = 0=
gx gx
De modo inteiramente análogo, prova a outra relação.

5. Usando a Regra da Cadeia

g} C} g{ C} g|
} 0 (w) = = + >
gw C{ gw C| gw

obtemos

(a) } 0 (w) = (sen w + cos w) exp({) + (1 + w cos w) exp(sen w).


2 ln w + 2w exp(2w)
(b) } 0 (w) = £ ¤.
w 1 + exp(2w) + (ln w)2
3w5  cos w sen w
(c) } 0 (w) = s .
w6 + cos2 w
(d) } 0 (w) = 12w11 + 7w6 + 5w4 .

6. Usando a Regra da Cadeia, obtemos

(a) z{ = 3{2 + 12| 2 + 12{| + 18{  6| e z| = 6{2 + 24| 2 + 24{|  6{ + 2|.


6{4 + 18| 2 4{| + 18|
(b) z{ = e z| = .
{5 + 9{| 2 {4 + 9| 2
6{|+7| 2 +7{
3{I
(c) z{ = I
2 {|
e z| = 2 {|
.
¡ s ¢
¡ s ¢ | sen { + | + {| ¡ s ¢
(d) z{ =  sen { + | + {|  s e z| =  sen { + | + {| +
¡ 2 {|
s ¢
{ sen { + | + {|
s .
2 {|

2 v8
7. Usando o mesmo raciocínio do Exercício 1 da Seçao 2=3, obtemos iu = v4 hu +
8 2 2 8 8 2 2 8 8 2
4u3 vhu v , iv = 4uv3 hu v + u4 hu v e iuv = 4v3 (1 + 2u2 v8 ) hu v + 2u12 hu v .
8. Já vimos que {} = }{{ + }|| e usando a Regra da Cadeia, obtemos

{2 |2 |2 {2
}{{ = }uu + }u 3 e }|| = }uu 2 + }u 3=
u2 u u u
Logo,
{2 + | 2 1 {2 + | 2 1
{} = }uu 2
+ }u 2
= }uu + }u
u u u u
9. Usando a Regra da Cadeia, obtemos

z{ = i 0 (x) x{ e z{{ = i 00 (x) x2{ + i 0 (x) x{{

e de modo inteiramente análogo, obtemos

z|| = i 00 (x) x2| + i 0 (x) x|| =

Portano,
¡ ¢
{z = i 00 (x) x2{ + x2| + i 0 (x) {x=

10. Usando a Regra da Cadeia e derivando ambos os lados da equação i (w{> w|) =
wq i ({> |) em relação a w, obtemos

i{ (w{> w|){ + i| (w{> w|)| = qwq31 i({> |)>

para todo w. Em particular, pondo w = 1, obtemos

i{ ({> |){ + i| ({> |)| = qi ({> |)=

11. Usando a Regra da Cadeia, obtemos


Cx Cy
= xu = x{ {u + x| |u e = y = y{ { + y| | =
Cu C
Agora, usando as relações x{ = y| , x| = y{ , {u = cos , |u = sen , { = u sen 
e | = u cos , obtemos
Cx 1 1 Cy
= cos y|  sen y{ = (u sen y{ + u cos y| ) = =
Cu u u C
De modo inteiramente análogo, obtemos
Cy 1 Cx
= =
C u C

12. Usando a Regra da Cadeia, obtemos

}{ = ix x{ + iy y{ com }| = ix x| + iy y| >

com x = {  | e y = |  {. Como x{ = y| = 1 e x| = y{ = 1 temos que

}{ + }| = (ix x{ + iy y{ ) + (ix x| + iy y| ) = (ix  iy ) + (ix + iy ) = 0=


{
13. Pondo x = |
e usando a Regra da Cadeia, obtemos:

(a) Como μ ¶ μ ¶μ ¶
{ ¡ 2 2
¢ 0 { 1
i{ = 2{# + { +| #
| | |
e μ ¶ μ ¶μ ¶
{ ¡ 2 2
¢ 0 { {
i| = 2|# + { +| #  2
| | |
temos que μ ¶
¡ ¢ {
{i{ + |i| = 2 {2 + | 2 # = 2i=
|
(b) Como μ ¶ μ ¶
1 { { 0 {
j{ = *0 e j| = 2 *
| | | |
temos que j{ (1> 1) = 1 e j| (1> 1) = 1.

Seção 2.4
s 20+2
I
1. (a) 26 2, (b) 3
e (c) I 3.
5 26
I
53 6
2. (a) 4
, (b) 322
3
e (c) 29 .
I
14
3. (a) 98
e (b) h.

4. Como n = (2{> 2|) é o vetor normal ao círculo {2 + | 2 = 1 temos que v = (2|> 2{)
é o vetor tangente ao círculo {2 + | 2 = 1 e
1
u= v = (|> {)
|v|
é o vetor unitário tangente. Logo,
Ci
= ui • u = (i{ > i| ) • (|> {) = |i{ + {i| =
Cu

5. Já vimos que a equação do plano tangente a uma superfície de equação I ({> |> }) = 0
no ponto S = (d> e> f) é dado por:
$
uI (S ) • S T = 0=

(a) O vetor gradiente uI (S ) = (2> 2> 1), plano tangente 2{  2|  } = 0 e a


reta normal
{1 |1
= = }=
2 2
(b) uI (S ) = (2> 4> 6), { + 2| + 3} = 6 e
{1 |4 }1
= = =
2 4 6
¡ 43 ¢
(c) uI (S ) = 5
>  24
5
> 1 , 43{  24|  5} = 15 e

5 ({  3) 5 (| + 4)
= = } + 15
43 24
(d) uI (S ) = (2> 4> 4), {  2|  2} + 9 = 0 e
{+1 |2 }2
= = =
2 4 4
6. Confira o Exemplo 2.33.

(a) Sejam i ({> |> }) = 3{  5|  } + 7 e j({> |> }) = |  2. Então ui(S ) =


(3> 5> 1), uj(S ) = (0> 1> 0) e
¯ ¯
¯ i j k ¯
¯ ¯
¯ ¯
v = ui(S ) × uj(S ) = ¯ 3 5 1 ¯ = i + 3k=
¯ ¯
¯ 0 1 0 ¯

Portanto, ;
A
? {=1+w
|=2
A
=
} = 3w> ; w 5 R=
13
(b) { = 1, | = w e } = 2
 32 w, w 5 R.
(c) { = 1, | = w e } = I3  I1 w, w 5 R.
2 2

(d) { = w, | = 1 e } = w  2, w 5 R.

7. Para mostrar que a curva F está contida no paraboloide

{2 + | 2 + } = 1>

basta substituir as coordenadas de F na equação do paraboloide e comprovar a


identidade. O vetor
v = S 0 (w) = ({0 (w)> | 0 (w)> } 0 (w))
tangente à curva F no ponto w0 é dado por
Ãs s !
2 2
v= > > 2
2 2

e a reta tangente ; I I
2 2
A
? { = + w
I2 I2
2 2
|= 2 + 2w w 5 R=
A
=
} = 2w>
O plano normal passa no ponto S e é ortogonal ao vetor v. Portanto, sua equação
é
s s
2{ + 2|  4} = 2=
8. (d) ui = (2{> 2|), (e) ui = (2{ exp({2 + | 2 )> 2| exp({2 + | 2 )) e
(f) ui = (4{  }) > 4|> {). Em (d) e (e) as curvas de nível são circunferências
e o vetor tangente no ponto ({> |) é v = (|> {). Logo, ui • v = 0.

9. Seja j({> |> }) = {2 + | 2 + } 2  u2 . Então q = uj = (2{> 2|> 2}). Portanto,


μ ¶
1 1 1
Gu i ({> |> }) = ui • q = (3> 5> 2) • (2{> 2|> 2}) = (3{> 5|> 2})=
|q| 2u u

10. Confira o Exercício 6, que o vetor v = (80> 60) é tangente a curva e a derivada
direcional é
v
uz • = 0=
|v|
11. Seja u = (d> e) uma direção unitária qualquer. Então
i (dw> ew)
Gu i (0> 0) = lim = d2 e=
w<0 w
Em particular, i{ (0> 0) = 0 e i| (0> 0) = 0. O erro da aproximação linear de i é
k2 n
H (k> n) = i(k> n)  *(k> n) = >
k2 + n2
de modo que
H (k> n)
s
k2 + n2
não tem limite na origem e, consequentemente, i não é diferenciável em (0> 0).

12. Basta observar que


C Ci Cj
(di + ej) = d +e
C{ C{ C{
e usa a definição do gradiente.

13. Seja ³p ´
z = i (u) = i 2 2 2
{ +| +} =
Então, pela Regra da Cadeia, obtemos
{ 0
z{ = i (u)
u
e, por simetria, temos que
| }
z| = i 0 (u) e z} = i 0 (u) =
u u
Logo,
$
0RS
uz = i (u)
u
e considerando
1
i (w) = w> i (w) = e i (w) = log w>
w
obtemos $ μ ¶ $ $
RS 1 RS RS
uu = > u =  3 u (log u) = 2 =
u u u u
14. Confira o Exercício 11.

15. Confira o Exercício 6.

(a) v = (28> 34> 32) e


1{ |2 }+3
= = =
28 34 32
(b) v = (6> 4> 6) e
{1 |+2 }
= = =
6 4 6
16. A direção unitária é
1 $ 1
u = ¯¯$¯¯ DE = s (2> 3> 1)
¯DE ¯ 14

Portanto,
1 10
Gu z = uz • u = (4> 4> 6) • s (2> 3> 1) =  s =
14 14
Note que o sinal negativo significa que z decresce na direção considerada.

17. Confira Exercício 7.

(a) { = 2 + w, | = 4 + 4w, } = 8 + 12w e { + 4| + 12}=


(b) O vetor tangente à curva em um ponto genérico é v = (1> 2w> 3w2 ) e repre-
$
sentando por T o ponto de tangência, então resolvendo a relação S1 T = y,
obtemos w = 1 e o ponto T é (1> 1  1). Portanto, a reta tangente é
1| }+1
{+1= = =
2 3

(c) Para mostrar que não há reta tangente pelo ponto S2 = (0> 1> 3), basta ob-
$
servar que o sistema S1 S2 = y não tem solução.

18. A derivada direcional Gu j será máxima quando x apontar na direção do vetor


gradiente. Agora, basta observar que
¡ ¢
uj ({> |) = 2i 0 {2 + | 2 ({i + |m)

e que v = {i + |m aponta na direção de uj.

19. É suficiente provar que o plano tangente pode ser escrito sob a forma

D{ + E| + F} = 0=

Já vimos que a equação do plano tangente passado no ponto S = (d> e) é dado por
³d´
} = }{ (S ) ({  d) + }| (S ) (|  e) + f> com f = ei =
e
Assim, pela Regra da Cadeia, obtemos
³d´ ³d´ d ³d´
}{ (S ) = i 0 e }| (S ) = i  i0 =
e e e e
Portanto, o plano tangente é dado por
³d´ h ³ d ´ d ³ d ´i
i0 {+ i  i0 |  } = 0=
e e e e

20. Devemos determinar g tal que

10{  7|  2} + g = 0=

Como n = (10> 7> 2) é o vetor normal ao plano

10{  7|  2} + 5 = 0=

temos que uI = n, com

I ({> |> }) = 2{2 + | 2  3{|  }=

Assim, resolvendo o sistema uI = n, obtemos o ponto de tangência


μ ¶
1
S = > 1> 3
2

e a equação do plano tangente é dada por

10{  7|  2}  6 = 0=

21. Como o plano que passa nos pontos S = (5> 0> 1) e T = (1> 0> 3) deve ser tangente à
superfície
{2 + 2| 2 + } 2 = 7
$
temos que uI • S T = 0, com

I ({> |> }) = {2 + 2| 2 + } 2  7=

Assim, obtemos } = 4{. Pondo { = 1, temos que } = 2 e S = (1> ±1> 2) é o ponto


de tangência, pois
12 + 2| 2 + 22 = 7 , | 2 = 1=

Agora, devemos determinar o plano que passa por S = (1> 1> 2) e é perpendicular
ao vetor uI (S ) = (2> 4> 4). Portanto, sua equação é dada por

2{ + 4| + 4} = 14=
22. Como v = (3> 8> 1) é a direção da reta temos que uI = v, com

I ({> |> }) = 3{2 + 2| 2 + }  8=

Assim, resolvendo o sistema uI = v, obtemos o ponto de tangência


μ ¶
1 3
S = > 2>  =
2 4
Logo, plano desejado passa no ponto S e é normal ao vetor v. Portanto, sua equação
é dada por
12{  32| + 4} = 67=

23. Como n = (3> 1> 2) é o vetor normal ao plano

3{ + | + 2}  1 = 0=

temos que uI = n, com

I ({> |> }) = 3{2  | 2  }=

Assim, resolvendo o sistema uI = n, obtemos o ponto de tangência


μ ¶
1 1 1
S =  > > =
4 4 8
Neste caso, o plano tangente é dado por
5
3{ + | + 2} + = 0=
8
24. Como
uI = (2{  |  2> { + 2| + 4> 1)>
com
I ({> |> }) = {2  {| + | 2  2{ + 4|  }>
temos que uI = k, pois o plano tangente deve ser horizontal. Assim, resolvendo
o sistema uI = k, obtemos { = 0, | = 2 e } = 4. Portanto, o plano horizontal
que passa no ponto S = (0> 2> 4) tem equação } = 4=

25. Seja S = (d> e> f) um ponto qualquer da esfera. EntãouI (S ) = 2S , com

I ({> |> }) = {2 + | 2 + } 2  u2
$
e a reta normal em S é dada por S T = wuI (S ), w 5 R, ou ainda,
;
A
? { = d + 2dw
| = e + 2ew
A
=
} = f + 2fw=

Em particular, pondo w =  12 , obtemos o ponto R = (0> 0> 0) da reta que é o centro


da esfera.
26. A temperatura W ({> |) aumenta mais rapidamente na direção

uW (1> 1) = (50> 50)


s
com velocidade |uW (1> 1)| = 50 2  F@fp.

27. Já vimos que a derivada direcional Gu i (S ) mede a variação de i em relação à


distância v, medida na direção u. Portanto, a taxa de variação de z, em relação ao
tempo w, é dada por
gz gz gv gv
= = (uz (S ) • W ) =
gw gv gw gw
28. A profundidade permanece a mesma quando
s|
tan  = = p>
s{
com inclinação p constante. Assim,
2|
p= , | = p{=
2{
9
Em particular, no ponto D = (4> 9), obtemos p = 4
e | = 94 {.

29. Confira o Exercício 27 da Seçao 2=4.


¡s ¢ s ¡s ¢
30. Confira o Exercício 27 da Seçao 2=4.  cos 3 + 3 sen 3 .
Capítulo 3

Aplicações das Derivadas Parciais

Situando a Temática
Com os conhecimentos das derivadas parciais estudaremos os problemas práticos de
maximizar e minimizar funções que relacionam distância máxima e mínima a um plano,
de aplicações em Economia, Administração, etc.
Neste Capítulo, encontraremos os valores máximos e mínimos de funções reais de várias
variáveis reais e descobriremos onde eles ocorrem. Por exemplo, qual é a maior tempe-
ratura de uma placa de metal aquecida e onde ela ocorre? Onde uma dada superfície
atinge seu ponto mais alto sobre uma dada região do plano? Como veremos, podemos
responder a essas questões usando as derivadas parciais de algumas funções apropriadas.
Além disso, veremos ainda um método poderoso para encontrar os valores de máximos e
mínimos de funções condicionadas: o Método dos Multiplicadores de Lagrange. Joseph
Louis Lagrange (1736-1813), matemático francês.

Problematizando a Temática
Da mesma forma que as funções reais de uma variável real podem ser utilizadas como
eficiente ferramenta de modelagem em diversas situações problema, principalmente aque-
las que possuem como objetivo a maximização ou a minimização de determinado compo-
nente variável. Vejamos um exemplo de uma situação dessa natureza.
Mostre que, dentre todos os triângulos de mesmo perímetro, o triângulo equilátero tem
a maior área. Suponhamos que os lados do triângulo sejam {, | e }. Então o perímetro
fixo do triângulo é dado por 2s = { + | + }. Portanto, queremos encontrar o ponto
S = ({> |> }) que maximiza a função “área do triângulo D, dada pela fórmula de Heron
p
D= s(s  {)(s  |)(s  })=”

Em bem pouco tempo estaremos aptos a efetuar os cálculos necessários à obtenção da


resposta a essa questão. Heron de Alexandria (aproximadamente 100 anos d. C.)

77
Conhecendo a Temática
3.1 Máximos e Mínimos
É pertinente lembrar que as técnicas de máximo e mínimo das funções reais de uma
variável real se estendem com alguns cuidados para funções reais de várias variáveis reais.
É bom lembrar que todos os resultados desta seção continuam válidos para todas as
funções reais de várias variáveis reais.
Seja i : [  R2 $ R uma função, com [ um conjunto aberto. Um ponto S 5 [ é
um ponto de máximo local de i , se existir uma vizinhança delta de S , Y (S ), tal que

i (T)  i (S ) > ; T 5 Y (S ).

Neste caso, diremos que i (S ) é o valor máximo de i em Y (S ). Um ponto S 5 [ é um


ponto de mínimo local de i , se existir uma vizinhança delta de S , Y (S ), tal que

i (S )  i (T) > ; T 5 Y (S ).

Neste caso, diremos que i (S ) é o valor mínimo de i em Y (S ). Se i (T)  i (S ), para


todo T 5 [, diremos que S é um ponto de máximo absoluto de i . Se i (S )  i (T),
para todo T 5 [, diremos que S é um ponto de mínimo absoluto de i. A seguir
apresentaremos um resultado, devido a Weierstrass, que garante a existência de pontos
de máximos e mínimos. Karl Weierstrass (1815-1897), matemático alemão.

Teorema 3.1 (Teorema de Weierstrass) Seja i : [  R2 $ R uma função, com [


um conjunto compacto. Se i é contínua em [, então i possui pelo menos um ponto de
máximo e pelo menos um ponto de mínimo em [. ¥

Teorema 3.2 (Teste da Derivada Primeira) Sejam i : [  R2 $ R uma função


contínua, com [ um conjunto aberto, e S = (d> e) 5 [ fixado. Suponhamos que S é um
ponto de máximo ou mínimo local de i . Então i{ (d> e) = 0 e i| (d> e) = 0.

Prova. Suponhamos que S = (d> e) seja um ponto de máximo local de i. Então existe
uma vizinhança delta de S , Y (S ), tal que

i (T)  i (S ) > ; T = ({> |) 5 Y (S ).

Como Y (S ) é um conjunto aberto podemos escolher um w tal que T = S +w(k> n) 5 Y (S )


e i(T) está definido. Assim,
i (S + wv)  i (S ) >
com v = (k> n). Logo, a função j(w) = i (S + wv) possui um máximo local em w = 0, ou
seja, j 0 (0) = 0. Portanto, pela Regra da Cadeia,

j0 (w) = ui (S + wv) • v , ui (S ) • v = 0=

Em particular, pondo v = (1> 0) e v = (0> 1), obtemos i{ (d> e) = 0 e i| (d> e) = 0. ¥


Exemplo 3.3 Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = | 2 {2 . Então i{ ({> |) =
2{ e i| ({> |) = 2|. Assim, em S = (0> 0), temos que i{ (0> 0) = 0 e i| (0> 0) = 0. No
entanto, S não é ponto de máximo e nem de mínimo local de i , pois se fixarmos | = 0 e
{ 6= 0, então j({) = i({> 0) = {2 ? 0, isto é, j tem um máximo em { = 0. Por outro
lado, se fixarmos { = 0 e | 6= 0, então k(|) = i(0> |) = | 2 A 0, isto é, k tem um mínimo
em | = 0. Portanto, em qualquer vizinhança delta do ponto R = (0> 0) existem pontos
S = ({> |) tais que i (S )  i(R) e i(S )  i(R), respectivamente. Assim, a recíproca do
Teorema 3=2 é falsa.

Seja i : [  R2 $ R uma função, com [ um conjunto aberto. Diremos que ponto


S 5 [ é um ponto crítico de i se ui (S ) = (0> 0) ou ui(S ) não existe.
p
Exemplo 3.4 Seja i : R2 $ R a função definida por i({> |) = {2 + | 2 . Determine,
se existir, os pontos críticos de i .

Solução. Note que i({> |) = i(|> {). Assim, basta determinar i{ ({> |) e fazer i| ({> |) =
i{ (|> {). É fácil verificar, para ({> |) 6= (0> 0), que
{ |
i{ ({> |) = p e i| ({> |) = i{ (|> {) = p
2
{ +| 2 { + |2
2

Assim, ui({> |) 6= (0> 0). Agora, vamos analizar no ponto S = (0> 0).
i({> 0)  i (0> 0) |{|
i{ (0> 0) = lim = lim = ±1 e i| (0> 0) = i{ (0> 0) = ±1>
{<0 { {<0 {

isto é, i{ (0> 0) e i| (0> 0) não existem. Portanto, ui(0> 0) não existe. Consequentemente,
S = (0> 0) é o único ponto crítico de i. ¥

Exemplo 3.5 Seja i : R2 $ R a função definida por i ({> |) = | 2  {2 . Determine, se


existir, os pontos críticos de i.

Solução. É fácil verificar que i{ ({> |) = 2{ e i| ({> |) = 2|. Logo, ui ({> |) = (0> 0) se,
e somente se, { = | = 0. Portanto, S = (0> 0) é o único ponto crítico de i . ¥

Sejam i : [  R2 $ R uma função contínua, com [ um conjunto aberto, que possue


derivadas parciais em [ e S = (d> e) 5 [ fixado. Diremos que S é um ponto de sela de
i se ui (S ) = (0> 0) e S não é ponto de máximo e nem de mínimo de i. Por exemplo, o
ponto crítico S = (0> 0) do Exemplo 3.3, é um ponto de sela de i .

Teorema 3.6 (Teste da Derivada Segunda) Sejam i : [  R2 $ R uma função,


com [ um conjunto aberto, e S = (d> e) 5 [ fixado. Suponhamos que i tenha derivadas
parciais segundas contínuas em uma vizinhança delta  de S , Y (S ), e ui(S ) = (0> 0);
D = i{{ (S ), E = i{| (S ) = i|{ (S ) e F = i|| (S ). Então:

1. Se E 2  DF ? 0 e D ? 0, então S é um máximo local de i.


2. Se E 2  DF ? 0 e D A 0, então S é um mínimo local de i .

3. Se E 2  DF A 0, então S é um ponto de sela de i.

4. Se E 2  DF = 0, então o teste não se aplica. ¥

Observação 3.7 Sejam i : [  R2 $ R uma função, com [ um conjunto aberto, e


S = (d> e) 5 [ fixado.

1. Note que D = i{{ (S ) desempenha o mesmo papel da derivada segunda de uma


função real de uma variável real, por exemplo, se D A 0, então S é um ponto de
mínimo local de i .

2. Quando E 2  DF = 0 o teste da derivada segunda não dar nenhuma informação,


ou seja, no ponto S = (d> e) qualquer coisa pode acorrer. Por exemplo, se i({> |) =
{4 + | 4 , então i possui um mínimo no ponto S = (0> 0), mas E 2  DF = 0.

Exemplo 3.8 Seja i : R2 $ R a função definida por i({> |) = {2 + | 2 . Localize e


classifique os pontos críticos de i.

Solução. Como i{ ({> |) = 2{ e i| ({> |) = 2| temos que ui({> |) = (0> 0) se, e somente
se, { = 0 e | = 0. Assim, (0> 0) é o único ponto crítico de i. Agora, para aplicarmos
o Teste da Derivada Segunda, devemos determinar as derivadas parciais i{{ , i{| , i|| e
verificar se elas são contínuas em uma vizinhança delta do ponto crítico (0> 0). Como
i{{ ({> |) = 2, i{| ({> |) = 0 e i|| ({> |) = 2 temos que elas são claramente contínuas.
Assim, se S = (0> 0), então

E 2  DF = 02  2 · 2 = 4 ? 0 e D = 2 A 0=

Portanto, S = (0> 0) é um ponto de mínimo local de i . Note que i (0> 0) = 0 é o valor de


mínimo de i. ¥

Exemplo 3.9 Seja i : R2 $ R a função definida por i({> |) = 2{3 + | 3  3{2  3|.
Localize e classifique os pontos críticos de i .

Solução. Como i{ ({> |) = 6{2  6{ e i| ({> |) = 3| 2  3 temos que ui ({> |) = (0> 0) se,
e somente se, 6{2  6{ = 0 e 3| 2  3 = 0 se, e somente se, { = 0, { = 1, | = 1 e | = 1.
Assim, (0> 1), (0> 1), (1> 1) e (1> 1) são os pontos críticos de i. Agora, para aplicarmos
o Teste da Derivada Segunda, devemos determinar as derivadas parciais i{{ , i{| , i|| e
verificar se elas são contínuas em uma vizinhança delta de cada um dos pontos críticos.
Como i{{ ({> |) = 12{  6, i{| ({> |) = 0 e i|| ({> |) = 6| temos que elas são claramente
contínuas. Assim, se S = (0> 1), então

E 2  DF = 02  (6)(6) = 36 ? 0 e D = 6 ? 0=
Logo, S = (0> 1) é um ponto de máximo local de i . Se S = (1> 1), então

E 2  DF = 02  (6)(6) = 36 A 0=

Assim, S = (1> 1) é ponto de sela de i . Se S = (0> 1), então

E 2  DF = 02  (6)(6) = 36 A 0=

Neste caso, S = (0> 1) é novamente um ponto de sela de i. Finalmente, se S = (1> 1),


então
E 2  DF = 02  (6)(6) = 36 ? 0 e D = 6 A 0=
Portanto, S = (1> 1) é um ponto de mínimo local de i . Note que i(0> 1) = 2 e i (1> 1) =
3 são os valores de máximo e mínimo de i , respectivamente. ¥

Exemplo 3.10 Seja i : [  R2 $ R a função definida por i ({> |) = ({  2)2 | + | 2  |.


Determine os pontos de máximos e mínimos de i em

[ = {({> |) 5 R2 : {  0> |  0 e { + |  4}=

Solução. Para resolver este problema devemos dividir a prova em vários passos:
1=r Passo. A Figura 3.1 expõe graficamente o conjunto [. Como [ é um conjunto
compacto temos, pelo Teorema de Weierstrass, que i possui pelo menos um máximo e
um mínimo em [.

Figura 3.1: Esboço do conjunto [.

2=r Passo. Determine os pontos críticos de i no interior de [, isto é, no conjunto


aberto. Como i{ ({> |) = 2|({2) e i| ({> |) = ({2)2 +2|1 temos que ui({> |) = (0> 0)
se, e somente se, 2|({  2) = 0 e ({  2)2 + 2|  1 = 0 se, e somente se, { = 2 ou | = 0.
¡ ¢
Se { = 2, então | = 12 . Se | = 0, então { = 1 ou { = 3. Portanto, S = 2> 12 é o único
¡ ¢
ponto crítico de i no interior de [ e i 2> 12 = 14 .
3=r Passo. Analizar o comportamento de i na fronteira de [.
(d) Se | = 0, então j({) = i({> 0) = 0 e 0  {  4.
(e) Se { = 0, então k(|) = i(0> |) = | 2 + 3| e 0  |  4. Como k0 (|) = 2| + 3 A 0,
para todo | 5 [0> 4], temos que k é crescente. Logo, o máximo e o mínimo de k ocorrem
nos extremos desse intervalo, isto é, i (0> 0) = 0 e i(0> 4) = 28.
(f) Se { = 4  |, então n(|) = i (4  |> |) = | 3  3| 2 + 3| e 0  |  4. Como
n0 (|) = 3(|  1)2 A 0, para todo | 5 [0> 4], temos que n é crescente. Logo, o máximo e o
mínimo de n ocorrem nos extremos desse intervalo, isto é, i (4> 0) = 0 e i (0> 4) = 28.
¡ ¢
Finalmente, comparando os valores de i verificamos que S = 2> 12 é um ponto de
¡ ¢
mínimo e T = (0> 4) é um ponto de máximo. Note que i 2> 12 = 14 e i (0> 4) = 28 são os
valores de mínimo e máximo de i, respectivamente. ¥

Exemplo 3.11 Uma placa metálica circular com um metro de raio, colocada com centro
em R = (0> 0) do plano {|, é aquecida, de modo que a temperatura em um ponto S = ({> |)
é dada por
W ({> |) = (16{2 + 24{ + 40| 2 )  F
com { e | estando em metros. Determine a menor e a maior temperatura na placa.

Solução. 1=r Passo. Primeiro faça um esboço do domínio de W ,

[ = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2  1}=

Como [ é um conjunto compacto temos, pelo Teorema de Weierstrass, que W possui pelo
menos um máximo e um mínimo em [.
2=r Passo. Determine os pontos críticos de i no interior de [, isto é, no conjunto
aberto. Como W{ ({> |) = 32{ + 24 e W| ({> |) = 80| temos que ui ({> |) = (0> 0) se, e
¡ ¢
somente se, { =  34 e | = 0. Portanto, S =  34 > 0 é o único ponto crítico de i no
interior de [. Agora, para aplicarmos o Teste da Derivada Segunda, precisamos dos
¡ ¢
valores W{{ ({> |) = 32, W{| ({> |) = 0 e W|| ({> |) = 80. Assim, se S =  34 > 0 , então

E 2  DF = 02  (32)(80) = 2=560 ? 0 e D = 32 A 0=
¡ ¢
Portanto, S =  34 > 0 é um ponto de mínimo local e
μ ¶ μ ¶2 μ ¶
3 3 3
W  > 0 = 16  + 24  + 40 · 02 = 9 F=
4 4 4
3=r Passo. Analizar o comportamento de i na fronteira de [. Sejam (1> ) as coor-
denadas polares do ponto ({> |) 5 [. Então { = cos  e | = sen , para todo  5 [0> 2].
Assim, S = (cos > sen ) percorre toda a fronteira de [. Como

j() = W (cos > sen ) = 16 + 24 cos  + 24 sen2 

temos que

j0 () = 24 sen  + 48 sen  cos  = 24 sen (1  2 cos ) = 0


 5
se, e somente se,  = 0,  = ,  = 3
e= 6
.
(d) Quando  = 0, obtemos

j() = 16 + 24 cos 0 + 24 sen2 0 = 40 F=

(e) Quando  = , obtemos

j() = 16 + 24 cos  + 24 sen2  = 8 F=

(f) Quando  = 3 , obtemos


 
j() = 16 + 24 cos + 24 sen2 = 46 F=
3 3
5
(g) Quando  = 6
, obtemos
5 5
j() = 16 + 24 cos + 24 sen2 = 46 F=
6 6
³ I ´
Logo, sobre a fronteira da placa, a máxima temperatura é 46 F nos pontos S = 12 > ± 23
e a mínima temperatura é 8 F no ponto T = (1> 0). Portanto, 9 F e 46 F são os
valores de menor e maior temperatura na placa. ¥

EXERCÍCIOS

1. Localize e classifique os pontos críticos da função } = i ({> |) e determine se ela tem


extremo absoluto em seu domínio
(d) } = {| (j) } = 1  {2  2| 2
(e) } = 12 {4  2{3 + 4{| + | 2 (k) } = 13 {3 + 43 | 3  3{  4|  3
(f) } = {| 2 + {2 |  {| (l) } = log ({|)  2{  3|
2 2
(g) } = {  {| + | (m) } = {2  2{| + | 2
(h) } = {2 + 2{| + 3| 2 + 4{ + 6| (n) } = {| 2 + 3| 2  3{| + 2{  4| + 1
(i) } = {4 + | 3 + 32{  9| (o) } = {3  3{| 2 + | 3

2. Verifique que no domínio

G = {({> |) 5 R2 : { A 0 e | A 0}

a função i do Exercício 1 item (e) não tem mínimo. Qual o maior valor que i
assume em G? Construa uma função contínua em G que não possua máximo nem
mínimo.

3. Determine o máximo e o mínimo (absolutos) de } = i ({> |) no conjunto G indicado:

(a) } = {|, G = {({> |) 5 R2 : 2{2 + | 2  1}.


(b) } = { + |, G é o quadrado de vértices (±1> ±1).
1
(c) } = , G = {({> |) 5 R2 : ({  2)2 + | 2  1}.
{2 + |2
(d) } = {h3{ cos |, G = [1> 1] × [> ].
(e) } = {2 + 2| 2  {, G = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2  1}.
(f) } = {3 + | 3  3{  3|, G = {({> |) 5 R2 : 0  {  2 e |||  2}.

4. Determine o(s) ponto(s) da curva


μ ¶
w
{ = cos w> | = sen w e } = sen
2

mais distante(s) da origem.

5. Quais das funções seguintes tem um máximo ou mínimo em todo plano R2 ?

(d) } = exp({2  | 2 ) (e) } = exp({2  | 2 ) (f) } = {2  2{ (sen | + cos |) =

6. Sejam [  R2 um conjunto aberto e i : [ $ R a função definida por

i({> |) = {2 (1  |)3 + | 2 =

Mostre que i contém um ponto crítico, mas sem máximo ou mínimo absoluto.

7. A temperatura W em um disco {2 + | 2  1 é dada por W ({> |) = 2{2 + | 2  |. Em


que ponto do disco a temperatura é mais alta e em que ponto ela é mais baixa?

3.2 Multiplicadores de Lagrange


Na Seção 3=1 abordamos o problema de determinar os pontos de máximo e mínimo de
uma função em uma região compacta. Nesta seção vamos apresentar um dispositivo para
determinar os pontos de máximo e mínimo na fronteira da região.

Teorema 3.12 (Método dos Multiplicadores de Lagrange) Sejam i> j : [  R2 $


R duas funções, com [ um conjunto aberto. Suponhamos que i e j tenham derivadas
parciais primeiras contínuas em uma vizinhança delta  de T, Y (T), que contém a curva
F de equação cartesiana j({> |) = 0. Se a restrição de i a F tem um máximo ou um
mínimo local em um ponto S 5 F e uj(S ) 6= (0> 0), então existe um  5 R tal que

ui(S ) + uj(S ) = (0> 0)=

O número real  é chamado de multiplicador de Lagrange.


Prova. Veremos a seguir que se uj(S ) 6= (0> 0), então o Teorema da Função Implícita
garante que a curva j({> |) = 0 em Y (T) pode ser representada por uma curva na forma
paramétrica com S 0 (w) 6= 0. Sendo assim, suponhamos que a curva F esteja na forma
paramétrica e S (w) = ({(w)> |(w)) 5 F, para todo w 5 R. Então, pela Regra da Cadeia,
obtemos
gi Ci g{ Ci g|
i 0 (w) = = + = ui • x>
gw C{ gw C| gw
com x = S 0 (w) o vetor tangente à curva F. Como i possui um máximo ou um mínimo
local em qualquer ponto S (w) 5 F temos que i 0 (w) = 0. Logo, o vetor gradiente ui(S ) é
perpendicular à curva F. Por outro lado, como o vetor gradiente uj(S ) é perpendicular
à curva F temos que os vetores ui e uj são linearmente dependentes. Portanto, existe
um  5 R tal que
ui (S ) + uj(S ) = (0> 0)>

que é o resultado desejado. ¥

Observação 3.13 O método dos multiplicadores de Lagrange é equivalente a: para de-


terminar um ponto crítico de uma função } = i ({> |) sujeito a um vínculo j({> |) = 0,
formaremos a função
I ({> |> ) = i({> |) + j({> |)

e resolveremos o sistema I{ = 0, I| = 0 e I = 0. É importante lembrar que este


resultado pode ser estendido para um número qualquer de variáveis.

Exemplo 3.14 Determine a menor distância da origem à hipérbole de equação cartesiana


{| = 1.

Solução. Já vimos que a distância da origem a um ponto S = ({> |) dessa hipérbole é


p
dada por g(R> S ) = {2 + | 2 . Portanto, devemos minimizar a função i ({> |) = {2 + | 2
sujeito ao vínculo ou à restrição j({> |) = {|  1. Agora, para resolver esse tipo de
problema devemos dividir a prova em dois passo:
1=r Passo. Determine ui e uj. É fácil verificar que ui({> |) = (2{> 2|) e uj({> |) =
(|> {). Logo, uj({> |) = (0> 0) se, e somente se, { = | = 0. Como j(0> 0) 6= 0 temos que o
ponto S = (0> 0) não está na curva. Assim, pelo Teorema 3.12, existe um  5 R tal que

ui({> |) + uj({> |) = (0> 0)>

com ({> |) satisfazendo j({> |) = 0.


2=r Passo. Resolver o sistema para obtermos os pontos críticos de i .
;
A
? 2{ + | = 0
2| + { = 0
A
=
{|  1 = 0
Multiplicando a primeira equação por | e a segunda por {, obtemos
2 2
= 2
e  =  2 , {2 = | 2 , | = {>
| {
pois {| = 1. Assim,

{| = 1 e | = { , {2 = 1 , { = | = 1 ou { = | = 1=

Portanto, a distância mínima ocorre nos pontos S = (1> 1) e T = (1> 1). Neste caso,
s
g(R> S ) = g(R> T) = 2 u. c.>

que é o resultado desejado. ¥

Exemplo 3.15 Determine a distância da parábola | = {2 + 1 à reta {  | = 2.

Solução. Já vimos que a distância de um ponto S = ({> |) da parabóla | = {2 + 1 à reta


u : {  |  2 = 0 é dada por
|d{ + e| + f| |{  |  2|
g(S> u) = s = s =
d2 + e2 2
Assim, devemos minimizar a função i({> |) = {  |  2 sujeita ao vínculo j({> |) =
|  {2  1.. Agora, para resolver esse tipo de problema devemos dividir a prova em dois
passo:
1=r Passo. Determine ui e uj. É fácil verificar que ui ({> |) = (1> 1) e uj({> |) =
(2{> 1). Logo, uj({> |) 6= (0> 0), para todo ({> |) 5 R2 . Assim, pelo Teorema 3.12„
existe um  5 R tal que
ui({> |) + uj({> |) = (0> 0)>
com ({> |) satisfazendo j({> |) = 0.
2=r Passo. Resolver o sistema para obtermos os pontos críticos de i.
(
1  2{ = 0
1 +  = 0

1
É claro que  = 1, { = 2
e | = 54 . Portanto,
¯1 5 ¯ ¯ 11 ¯ s
¯   2¯ ¯ ¯ 11 2
g(S> u) = 2 s4 = 4
s = u. c.>
2 2 8
que é o resultado desejado. ¥

Exemplo 3.16 Determine o volume da maior caixa retangular de lados paralelos aos
planos coordenados no primeiro octante, que possa ser inscrita no elipsoide de equação
cartesiana
16{2 + 4| 2 + 9} 2 = 144=
Solução. A Figura 3.2 expõe graficamente a caixa.

Figura 3.2: Esboço da caixa.

Assim, o volume da caixa é dado por Y = {|}, com {, | e } os comprimentos dos lados
da caixa. Portanto, devemos maximizar a função i ({> |) = {|} sujeito ao vínculo

j({> |> }) = 16{2 + 4| 2 + 9} 2  144=

1=r Passo. Determine ui e uj. É fácil verificar que ui({> |> }) = (|}> {}> {|) e
uj({> |> }) = (32{> 8|> 18}). Logo, uj({> |> }) = (0> 0> 0) se, e somente se, { = | = } = 0.
Como j(0> 0> 0) 6= 0 temos que o ponto S = (0> 0> 0) não está na superfície. Assim,
uj({> |> }) 6= (0> 0> 0) se ({> |> }) 6= (0> 0> 0). Portanto, pelo Teorema 3.12, existe um
 5 R tal que
ui ({> |> }) + uj({> |> }) = (0> 0> 0)>
com ({> |> }) satisfazendo j({> |> }) = 0.
2=r Passo. Resolver o sistema para obtermos os pontos críticos de i .
;
A
A 8|} + 32{ = 0
A
? 8{} + 8| = 0
A
A 8{| + 18} = 0
A
=
16{ + 4| + 9} 2  144 = 0
2 2

Multiplicando a primeira equação por {, a segunda por |, a terceira por } e somando,


obtemos
1
24{|} + 2(16{2 + 4| 2 + 9} 2 ) = 0 ,  =  {|}=
12
Assim,
1 1 3
8|}(1  {2 ) = 0> 8{}(1  | 2 ) = 0 e 2{|(4  } 2 ) = 0=
3 12 4
s s I
4 3
Como { A 0, | A 0 e } A 0 temos que { = 3, | = 2 3 e } = 3 . Portanto, o volume
s
Y = 64 3  111 u. v. ¥

Exemplo 3.17 Mostre que, dentre todos os triângulos de mesmo perímetro, o triângulo
equilátero tem a maior área.
Solução. Suponhamos que os lados do triângulo sejam {, | e }, respectivamente. Então
o perímetro fixo do triângulo é dado por 2s = { + | + }. Portanto, queremos encontrar o
ponto S = ({> |> }) que maximiza a função área do triângulo dada pela fórmula de Heron:
p
D= s({  s)(|  s)(}  s)=

Neste caso, devemos maximizar a função i({> |> }) = s({  s)(|  s)(}  s) sujeita ao
vínculo j({> |> }) = { + | + }  2s.
1=r Passo. Determine ui e uj. É fácil verificar que

ui({> |> }) = (s(|  s)(}  s)> s({  s)(}  s)> s({  s)(|  s))

e uj({> |> }) = (1> 1> 1). Logo, uj({> |> }) 6= (0> 0> 0), para todos {, | e }. Assim, pelo
Teorema 3.12, existe um  5 R tal que

ui({> |> }) + uj({> |> }) = (0> 0> 0)>

com ({> |> }) satisfazendo j({> |> }) = 0.


2=r Passo. Resolver o sistema para obtermos os pontos críticos de i.
;
A
A s(|  s)(}  s) +  = 0
A
? s({  s)(}  s) +  = 0
A
A s({  s)(|  s) +  = 0
A
=
{ + | + }  2s = 0

Multiplicando a primeira equação por {  s, a segunda por |  s, a terceira por }  s e


somando, obtemos

3s({  s)(|  s)(}  s)  s = 0 ,  = 3({  s)(|  s)(}  s)=

Assim,

(|  s)(}  s)(3{  2s) = 0> ({  s)(}  s)(3|  2s) = 0 e ({  s)(|  s)(3}  2s) = 0=

Como s A {, s A | e s A } temos que


2s
{=|=}= =
3
Portanto, o triângulo é equilátero. ¥

Exemplo 3.18 Mostre que se {, | e } são números reais positivos, então


s
3
{+|+}
{|}  >
3
ou seja, a média geométrica é menor do que ou igual a média aritmética.
Solução. Devemos maximizar a função i ({> |> }) = {|} sujeita ao vínculo j({> |> }) =
{ + | + }  n, com n uma constante real positiva.
1=r Passo. Determine ui e uj. É fácil verificar que ui({> |> }) = (|}> {}> {|) e
uj({> |> }) = (1> 1> 1). Logo, uj({> |> }) 6= (0> 0> 0), para todos {, | e }. Assim, pelo
Teorema 3.12, existe um  5 R tal que

ui ({> |> }) + uj({> |> }) = (0> 0> 0)>

com ({> |> }) satisfazendo j({> |> }) = 0.


2=r Passo. Resolver o sistema para obtermos os pontos críticos de i .
;
A
A |} +  = 0
A
? {} +  = 0
A
A {| +  = 0
A
=
{+|+}n =0

Multiplicando a primeira equação por {, a segunda por |, a terceira por } e somando,


obtemos
3
3{|} + n = 0 ,  =  {|}=
n
Assim,
3 3 3
|}(1  {) = 0> {}(1  |) = 0 e {|(1  }) = 0=
n n n
Como { A 0, | A 0 e } A 0 temos que { = | = } = n3 . Sendo esse o valor máximo de i ,
devemos ter
n3
i ({> |> })  i(n> n> n) = >
27
para todos {, |, } positivos e { + | + } = n, ou seja,
s n {+|+}
3
{|}  = =
3 3
Note que o mesmo raciocínio, aplicado a função i({1 > = = = > {q ) = {1 · · · {q , mostra que a
média geométrica de q números reais positivos é menor do que ou igual a média aritmética
desses números. ¥

Exemplo 3.19 Determine a menor distância da origem à curva de equação cartesiana

{2  (|  1)3 = 0> com |  1=

Solução. Já vimos que a distância da origem a um ponto S = ({> |) dessa curva é


p
dada por g(R> S ) = {2 + | 2 . Portanto, devemos minimizar a função i ({> |) = {2 + | 2
sujeito ao vínculo j({> |) = {2  (|  1)3 . É fácil verificar que ui ({> |) = (2{> 2|) e
uj({> |) = (2{> 3(|  1)2 ). Logo, uj({> |) = (0> 0) se, e somente se, { = 0 e | = 1.
Como j(0> 1) = 0 não podemos garantir a existência de um  5 R tal que

ui({> |) + uj({> |) = (0> 0)>


com ({> |) satisfazendo j({> |) = 0. De fato, suponhamos que um tal  exista. Então
;
A
? 2{ + 2{ = 0
2|  3(|  1)2 = 0
A
=
{2  (|  1)3 = 0

Pela primeira equação, obtemos { = 0 ou  = 1. Se { = 0, então pela terceira equação


| = 1 e pela segunda equação 2 = 0, o que é impossível. Se  = 1, então a segunda
s3
equação não tem solução. No entando, fazendo o gráfico da curva | = 1 + {2 , confira
Figura 3.3, veremos que o problema tem solusão com { = 0 e | = 1. Portanto, a hipótese
uj({> |) 6= (0> 0) do Teorema 3.12 não pode ser omitida. ¥

s
3
Figura 3.3: Gráfico da curva | = 1 + {2 .

EXERCÍCIOS

1. Usando o Método dos Multiplicadores de Lagrange, resolva os seguintes problemas


de extremos vinculados:

(a) } = 3{ + 4|; {2 + | 2 = 1.
(b) } = cos2 { + cos2 |; {  | = 
4
e 0  {  .
(c) } = { + |; {| = 16, { A 0 e | A 0.
(d) z = {| + |} + {}; {2 + | 2 + } 2 = 1.
(e) } = {2 + | 2 ; {4 + | 4 = 1.
(f) z = {|}; {| + |} + {} = 2, {  0, |  0 e }  0.
(g) z = { + | + }; {2 + | 2 + } 2 = 1.
(h) z = ({ + | + })2 ; {2 + 2| 2 + 3} 2 = 1.
(i) } = {2 + 2| 2 ; 3{ + | = 1.
(j) } = {2 | 2 ; 4{2 + | 2 = 8.

2. Determine a distância do ponto S = (1> 0) à parábola | 2 = 4{.

3. Determine a distância da origem à curva 5{2 + 5| 2 + 6{| = 1.

4. Determine os pontos da curva interseção do elipsoide {2 + 4| 2 + 4} 2 = 1 com o plano


{  4|  } = 0 mais próximos da origem.

5. Determine três números positivos cuja soma seja n e o produto o maior possível.

6. Determine o ponto do paraboloide } = {2 +| 2 mais próximo do ponto S = (3> 6> 4).

7. Determine o ponto da elipse {2 + 4| 2 = 16 mais próximo da reta {  | = 10.

8. Determine o maior valor assumido pela função

i ({> |) = sen { sen | sen ({ + |)

na região compacta

U = {({> |) 5 R2 : 0  {  > 0  |   e 0  { + |  }=

9. Determine os extremos da função i ({> |) = 8{3  3{| + | 3 no quadrado

T = [0> 1] × [0> 1] =

10. Determine o maior valor da expressão { (| + }) quando {2 + | 2 = 1 e {} = 1.

11. Entre todos os pontos do paraboloide } = 10  {2  | 2 que estão acima do plano


{ + 2| + 3} = 0, encontre aquele mais afastado do plano.

12. Identifique os pontos críticos da função i ({> |> }) = 2{2 +| 2 +} 2 , sujeitos à condição
{2 |} = 1.

13. Determine a menor distância da origem à hipérbole de equação cartesiana

{2 + 8{| + 7| 2 = 225=

14. Determine o máximo e o mínimo de

i ({> |) = {| 2 + 2{ + | 4 + 1

no conjunto
G = {({> |) 5 R2 : {2 + | 2  1}=

15. Determine a distância do paraboloide } = {2 + | 2 + 10 ao plano 3{ + 2|  6} = 0


16. Quais os pontos da elipse {2 +{|+| 2 = 3 mais próximos e mais distantes da origem?

17. A temperatura W em um ponto S ({> |> }) da esfera {2 + | 2 + } 2 = 4 é dada por


W (S ) = 100{| 2 }. Em qual ponto da esfera a temperatura é máxima e em qual
ponto ela é mínima?

18. Uma caixa retangular sem tampa deve ter 32 p3 de volume. Determine suas dimen-
sões, de modo que sua área total seja mínima.

19. Determine o volume da maior caixa retangular com lados paralelos aos planos co-
ordenados que pode ser colocada dentro do elipsoide

{2 | 2 } 2
+ 2 + 2 = 1=
d2 e f

20. Mostre que, dentre todas as caixas retangulares com mesma área, o cubo tem o
maior volume.

21. Um paralelepípedo retângular possui três de suas faces nos planos coordenados.
Seu vértice oposto à origem está no plano 4{ + 3| + } = 36 e no primeiro octante.
Determine esse vértice de tal forma que o paralelepípedo tenha volume máximo.

22. Uma indústria fabrica caixas retangulares de 8 p3 de volume. Determine as dimen-


sões que tornam o custo mínimo, se o material para a tampa e a base custa o dobro
do material para os lados.

23. Determine o retângulo de maior perímetro inscrito na elipse

{2 | 2
+ 2 = 1=
d2 e

3.3 Derivadas de Funções Implícitas


Já vimos no curso de Cálculo Diferencial e Integral I que a função | = 2{2  3 define
| como uma função explícita de {, pois podemos escrever | = i ({), com i ({) = 2{2  3.
Enquanto, a equação 4{2  2| = 6 define | como uma função implícita de {. Em geral,
i é uma função implícita se, e somente se, a substituição de | por i ({) conduz a uma
identidade.
O nosso objetivo nesta seção é encontrar condições que garantam que a equação
I ({> |) = 0 tenha soluções e defina uma de suas variáveis como função da outra. Mais
geralmente, I ({1 > {2 > = = = > {q ) = 0, com q  2, tenha soluções e defina uma de suas
variáveis como função das outras.
É importante lembrar que a derivação de funções implícitas não é difícil, desde que se
tenham em mente as variáveis dependentes e independentes.
Teorema 3.20 (Teorema da Função Implícita) Seja I : [  R2 $ R uma função,
com [ um conjunto aberto. Suponhamos que I tenha derivadas parciais primeiras con-
tínuas em [. Se existir S = (d> e) 5 [ tal que I| (S ) 6= 0 (uI (S ) 6= (0> 0)) e I (S ) = 0,
então a equação cartesiana I ({> |) = 0 determina uma função | = i ({) em uma vizi-
nhança delta de d, Y (d), tal que

({> i ({)) 5 [ e I ({> i ({)) = 0> ; { 5 Y (d) =

Além disso,
I{
i 0 ({) =  =
I|

Prova. Vamos provar apenas a segunda parte do teorema, pois a primeira está além dos
propósitos destas notas. Seja } = I (x> |), com x = { e | = i ({). Então, pela Regra da
Cadeia,
g} CI gx CI g|
}{ = = + = Ix x0 + I| | 0 =
g{ Cx g{ C| g{
Como } = I ({> i ({)) = 0, para todo ({> |) 5 Y (S ), temos que }{ = 0. Sendo x0 ({) = 1,
Ix = I{ e | 0 ({) = i 0 ({), obtemos

0 = }{ = I{ + I| i 0 ({) =

Portanto,
I{
i 0 ({) =  >
I|
que é o resultado desejado. ¥

A Figura 3.4 expõe graficamente o gráfico da função | = i ({) como a imagem inversa
da função I no ponto 0, isto é, I 31 (0) é igual ao gráfico de i.

Figura 3.4: O gráfico de | = i ({).

Exemplo 3.21 Sejam | = i ({) e | 4 + 3|  4{3  5{ + 1 = 0. Determine | 0 .


Solução. Seja I ({> |) = | 4 + 3|  4{3  5{ + 1. Então, pelo Teorema 3.20, basta
determinar I{ e I| . Como I{ = 12{2  5 e I| = 4| 3 + 3 temos que

g| I{ 12{2 + 5
| 0 ({) = = = >
g{ I| 4| 3 + 3
que é o resultado desejado. ¥

Exemplo 3.22 (Teorema da Função Inversa) Seja i : L  R $ R uma função, com


L um intervalo aberto. Se i é diferenciável em f 5 L e i (f) 6= 0, então existe uma função
{ = j(|) diferenciável em um intervalo aberto contendo g = i (f) tal que i(j(|)) = | e
1
j0 (|) = =
i 0 ({)

Solução. Seja I ({> |) = i({)  |. Então I{ (f> g) = i 0 (f) 6= 0. Logo, pelo Teorema
Função Implícita, existe uma função { = j(|) diferenciável em um intervalo aberto con-
tendo g = i(f) tal que
I (j(|)> |) = i (j(|))  | = 0>
ou seja, i (j(|)) = |. Como I{ = i 0 ({) e I| = 1 temos que
I| 1 1
j 0 (|) =  = 0 = 0 >
I{ i ({) i ({)
que é o resultado desejado. ¥

Observação 3.23 Se I ({> |) possui derivadas parciais segunda ordem contínuas, então

I{ + I| i 0 ({) = 0 , I{{ + I{| i 0 ({) + I|{ i 0 ({) + I|| (i 0 ({))2 + I| i 00 ({) = 0=

Portanto,
I{{ I|2  2I{| I{ I| + I|| I{2
i 00 ({) =  =
I|3
Assim, temos uma fórmula de recorrência para obter as derivadas de i de ordem q desde
que I tenha derivadas parciais contínuas até essa ordem.

Teorema 3.24 Seja I : [  R3 $ R uma função, com [ um conjunto aberto. Supo-


nhamos que I tenha derivadas parciais primeiras contínuas em [. Se existir S =
(d> e> f) 5 [ tal que I} (S ) 6= 0 (uI (S ) 6= (0> 0> 0)) e I (S ) = 0, então a equação
cartesiana I ({> |> }) = 0 determina uma função } = i ({> |) em uma vizinhança delta de
T = (d> e), Y (d> e), tal que

({> |> i ({> |)) 5 [ e I ({> |> i ({> |)) = 0> ; { 5 Y (d> e) =

Além disso,
C} I{ C} I|
= e = =
C{ I} C| I}
Prova. Vamos provar apenas um item da segunda parte do teorema. Sejam z =
I (x> y> }), com } = i ({> |), { = x({> |) e | = y({> |). Então, pela Regra da Cadeia,
obtemos
Cz CI Cx CI Cy CI C}
z{ = = + + = Ix x{ + Iy y{ + I} }{ =
C{ Cx C{ Cy C{ C} C{
Como z = I ({> |> i ({> |)) = 0, para todo ({> |> }) 5 Y (S ), temos que z{ = 0. Sendo
x{ = 1, Ix = I{ e y{ = 0, obtemos

0 = z{ = I{ + I} }{ =

Portanto,
C} I{
= >
C{ I}
que é o resultado desejado. ¥

Observação 3.25 É importante observar que o resultado acima continua verdadeiro se


substituirmos } por { ou |.

Exemplo 3.26 Se } = i ({> |) e {2 } 2 + {| 2  } 3 + 4|}  5 = 0. Determine }{ e }| .

Solução. Seja
I ({> |> }) = {2 } 2 + {| 2  } 3 + 4|}  5=
Então, pelo Teorema 3.24, basta determinar I{ , I| e I} . Como

I{ = 2{} 2 + | 2 > I| = 2{| + 4} e I} = 2{2 }  3} 2 + 4|

temos que
C} I{ 2{} 2 + | 2 C} I| 2{| + 4}
= = 2 2
e = = 2 >
C{ I} 2{ }  3} + 4| C| I} 2{ }  3} 2 + 4|
que é o resultado desejado. ¥

Sejam I> J : [  R2 $ R duas funções, com [ um conjunto aberto. Suponhamos


que I e J tenham derivadas parciais primeiras contínuas em [. O Jacobiano de I e J
em relação a x e y é o determinante funcional definido por
¯ ¯
C (I> J) ¯¯ Ix Iy ¯¯
M(x> y) = =¯ ¯ = Ix Jy  Iy Jx =
C (x> y) ¯ Jx Jy ¯

Carl Gustav Jacob Jocobi (1804-1851), matemático alemão.

Teorema 3.27 Sejam I> J : [  R4 $ R duas funções, com [ um conjunto aberto.


Suponhamos que I e J tenham derivadas parciais primeiras contínuas em [. Se existir
S = (d> e> f> g) 5 [ tal que

I (S ) = 0> J (S ) = 0 e M(x> y) (S ) 6= 0>


então as equações simultâneas I ({> |> x> y) = 0 e J ({> |> x> y) = 0 determinam duas
funções x = i ({> |) e y = j ({> |) em uma vizinhança delta de T = (d> e), Y (d> e), tais
que
({> |> x> y) 5 [> I ({> |> i ({> |) > j ({> |)) = 0

e
J ({> |> i ({> |) > j ({> |)) = 0> ; ({> |) 5 Y (d> e) =

Além disso,

Ci M({> y) Cj M(x> {) Ci M(|> y) Cj M(x> |)


= > = > = e = =
C{ M(x> y) C{ M(x> y) C| M(x> y) C| M(x> y)

Prova. Vamos provar apenas um item da segunda parte do teorema. Seja z = I (u> v> x> y),
com u = {, v = |, x = i ({> |) e y = j ({> |). Então, pela Regra da Cadeia, obtemos.

Cz Cz Cu Cz Cv Cz Cx Cz Cy
z{ = = + + + = zu u{ + zv v{ + zx x{ + zy y{ =
C{ Cu C{ Cv C{ Cx C{ Cy C{
Como z = I ({> |> x> y) = 0, para todo ({> |) 5 Y (d> e), temos que zu = 0. Sendo u{ = 1,
Iu = I{ e v{ = 0, obtemos

0 = z{ = I{ + Ix i{ + Iy j{ =

De modo inteiramente análogo,

0 = J{ + Jx i{ + Jy j{ =

Assim, temos o sistema não homogênea


(
Ix Ci
C{
Cj
+ Iy C{ = I{
Ci Cj =
Jx C{ + Jy C{ = J{

Portanto, pela Regra de Cramer, obtemos

Cx Ci M({> y) Cy Cj M(x> {)
= = e = = >
C{ C{ M(x> y) C{ C{ M(x> y)

que é o resultado desejado. ¥

Exemplo 3.28 Considerando o sistema


(
3{2 + |  x2 + y = 0
{  2|  x + 2y 2 = 0

calcule x{ e y{ .
Solução. É claro que as funções

I ({> |> x> y) = 3{2 + |  x2 + y e J ({> |> x> y) = {  2|  x + 2y2

satisfazem as hipóteses do Teorema 3.27. Sejam x = i ({> |) e y = j ({> |). Então

I{ = 6{> I| = 1> Ix = 2x> Iy = 1

e
J{ = 1> J| = 2> Jx = 1> Jy = 4y=
Assim,
M(x> y) = 8xy + 1> M({> y) = 24{y  1 e M(x> {) = 2x + 6{=
Portanto,
Cx 24{y  1 Cy 2x + 6{
x{ = = e x| = = >
C{ 8xy  1 C{ 8xy  1
que é o resultado desejado. ¥

EXERCÍCIOS

1. Verifique a aplicabilidade do Teorema da Função Implícita e determine | 0 (S ) e


| 00 (S ).
(d) | 3  {| + {2  3 = 0; S = (2> 1) (f) { log { + | exp(|) = 0; S = (1> 0)
(e) log ({|) + {| 2  1 = 0; S = (1> 1) (g) log ({|)  2{| + 2 = 0; S = (1> 1) =

g{
2. Use o Teorema da Função Implícita e calcule no ponto S especificado.
g|
(d) | 3 + {3  cos ({|) = 0; S = (1> 0)
(e) 2{2 + | 2  log ({2 + | 2 ) = 2; S = (1> 0) =

3. Determine }{ e }| , com } = i ({> |) definida implicitamente pela equação:


(d) {2 + | 2 + } 2 = 1 (e) {|(1 + { + |)  } 2 = 0 (f) {} 2  3|} + cos } = 0=

4. Resolva o sistema (
x + y + sen ({|) = 0
3x + 2y + {2 + | 2 = 0
e determine x e y como funções de { e |.

5. Um gás ideal obedece a seguinte lei:: S Y = nW , com n uma constante real; S , Y e


W , respectivamente, a pressão, o volume e a temperatura. Deduza a relação
CS CY CW
= 1=
CY CW CS
6. Seja I ({> |> }) = 0, com z = I ({> |> }) uma função diferenciável tal que

I (S ) = 0> I{ (S ) 6= 0> I| (S ) 6= 0 e I} (S ) 6= 0=

Mostre que, em S , vale a relação

C{ C| C}
= 1=
C| C} C{

7. Admitindo a continuidade das derivadas envolvidas, prove as seguintes relações:

C ({> |) C (x> y) C ({> |) C ({> |) C (x> y)


· = e · = 1=
C (x> y) C (}> z) C (}> z) C (x> y) C ({> |)

8. Admita que o sistema (


x3  2x  y  3 = 0
{2 + | 2  x  4 = 0
define x e y como funções de { e |. Determine as derivadas y{ e y| , no ponto em
que { = 1 e | = 2.

9. Considere { e | e } como funções de x e y, definidas pelo sistema


;
A
? {2  | cos (xy) + } 2 = 0
{2 + | 2  sen (xy) + 2} 2 = 2
A
=
{|  sen x cos y + } = 0

Determine as derivadas {x e |y no ponto de coordenadas { = 1, | = 1, } = 0, x = 2
e y = 0.

10. Admita que o sistema


(
{2  {w  | 2 w2 + 2v + 2 = 0
| 2  2|w + {w2  |v + v2  6 = 0

define { e | como funções de v e w. Determine as derivadas {v , {w , |v e |w , no ponto


em que { = 2, | = 0, v = 1 e w = 1.

3.4 Transformações
Neste seção vamos estudar as transformações ou as aplicações em geral. Em particu-
lar, apresentaremos as transformações retangulares, cilíndricas e esféricas que representam
uma fermamente poderosa no cálculo das integrais quando trabalhamos com regiões limi-
tadas e complicadas, ou seja, as transformações têm por finalidade simplificar a descrição
de certos conjuntos ou funções.
Seja W : [  R2 $ R2 uma função, com [ um conjunto não vazio. Se U é um
subconjunto de [, então vamos denotar a imagem de U sob W por

W (U) = {(x> y) 5 R2 : (x> y) = W ({> |)> para algum ({> |) 5 U}


= {W ({> |) : ({> |) 5 U}=

Neste caso, diremos que W transforma U sobre W (U). É comum representar essa trans-
formação por meio das equações simultâneas

x = i ({> |) e y = j ({> |) >

com W ({> |) = (x> y).


Note que as curvas x de W (x = f1 constante) são as imagens de retas horizontais no
plano xy e as curvas y de W (y = f1 constante) são as imagens de retas verticais no plano
xy, as quais são chamadas de sistema de coordenadas curvilíneas. Neste caso, a imagem
de um retângulo Uxy no plano xy é uma figura curvilínear delimitada pelas curvas de nível
x = f1 e x = f2 , respectivamente. A Figura 3.5 expõe graficamente a transformação W .

Figura 3.5: Representação gráfica de W .

Exemplo 3.29 Seja a transformação W : R2 $ R2 definida por

{ = u cos  e | = u sen =

Então a reta u = 1 é transformado no círculo {2 + | 2 = 1. Neste caso, se

U = {(u> ) 5 R2 : 0  u  1 e 0    2}

representa um retângulo no plano u, então W (U) representa um disco de centro na origem
e raio 1 no plano {|. Faça um esboço das regiões.

Exemplo 3.30 Seja a transformação W : R2 $ R2 definida por

x = i ({> |) e y = j ({> |) =
Mostre que se x e y são funções contínuas que possuem derivadas parciais de primeira
ordem contínuas e satisfazem as equações de Cauchy-Riemann (confira Exercício 10 da
Seção 2=1), então as famílias de curvas de nível x = f1 e y = f2 são ortogonais. Comprove
o resultado com as funções x = {2  | 2 e y = 2{| esboçando algumas curvas de nível.

Solução. Para resolver este problema basta provar que as retas tangentes às curvas são
perpendiculares. Note, por definição, que
Cx Cx g| x{
0 = gf1 = gx = g{ + g| , p1 = =
C{ C| g{ x|
e
Cy Cy g| y{
0 = gf2 = gy = g{ + g| , p2 = = =
C{ C| g{ y|
Como x{ = y| e x| = y{ temos que
μ ¶μ ¶ μ ¶μ ¶
x{ y{ x{ x|
p1 · p2 =   =  = 1=
x| y| x| x{
Portanto, as famílias de curvas de nível x = f1 e y = f2 são ortogonais. ¥

Observação 3.31 Dados ({1 > |1 ), ({2 > |2 ) 5 [. Se ({1 > |1 ) 6= ({2 > |2 ) implicar que
W ({1 > |1 ) 6= W ({2 > |2 ), diremos que W é injetora. Neste caso, W possui uma inversa
W 31 : W ([)  R2 $ R2 definida por

W 31 (x> y) = ({> |) > com { = k (x> y) e | = n (x> y) =

Exemplo 3.32 Seja a transformação W : R2 $ R2 definida por x = { + | e y = { + |,


ou ainda,
W ({> |) = ({ + |> { + |) =
Então W é injetora com inversa W 31 : R2 $ R2 definida por
x + y x+y
{= e |= >
2 2
ou seja, μ ¶
31 x + y x + y
W (x> y) = > =
2 2

Suponhamos que a transformação W : R2 $ R2 definida por


(
x = i ({> |)
(3.1)
y = j ({> |)

seja invertível. Então W 31 : R2 $ R2 é definida por


(
{ = k (x> y)
(3.2)
| = n (x> y) =

Os sistemas (3.1) e (3.2) são chamados fórmulas de mudança de coordenadas.


Teorema 3.33 Sejam i> j : [  R2 $ R duas funções, com [ um conjunto aberto,
e S = (d> e) 5 [ fixado. Suponhamos que i e j tenham derivadas parciais primeiras
contínuas em Y (d> e). Se
C ({> |)
M(x> y)(S ) = (S ) 6= 0> ; (x> y) 5 Y (d> e) >
C (x> y)
então as equações { = i (x> y) e | = j (x> y) podem ser resolvidas implicitamente para x
e y em função de { e |. Além disso,
|y {y |x {x
x{ = > x| =  > y{ =  e y| = =
M (x> y) M (x> y) M (x> y) M (x> y)
Prova. Sejam I ({> |> x> y) = i (x> y)  { e J ({> |> x> y) = j (x> y)  |. Então, pelo
Teorema 3.27,
C(I>J)
Cx C({>y) jy |y
=  C(I>J) = = =
C{ M (x> y) M (x> y)
C(x>y)
As outras derivadas parciais obtêm-se de modo inteiramente análogo. ¥
Exemplo 3.34 Seja W : R2 $ R2 a transformação definida por
(
{ = u cos 
u A 0 e  5 [0> 2)=
| = u sen >
Determine o Jacobiano de W , isto é,
C ({> |)
M(u> ) = =
C (u> )
Solução. Como {u = cos , { = u sen , |u = sen  e | = u cos  temos que
C ({> |)
M(u> ) = = {u |  { |u = cos u cos  + u sen  sen  = u(cos2  + sen2 ) = u>
C (u> )
que é o resultado desejado. ¥

Seja S = ({> |> }) 5 R3 fixado. Chama-se coordenadas cilíndricas de S no espaço


ao terno (u> > }), com u e  sendo as coordenadas polares para a projeção do ponto S
sobre o plano {| e mantendo-se } fixado. A Figura 3.6 expõe graficamente as coordenadas
cilíndricas do ponto S .

Figura 3.6: Coordenadas cilíndricas e esféricas.


Assim, a representação W : R3 $ R3 definida por
;
A
? { = u cos 
| = u sen  > u A 0 e  5 [0> 2)>
A
=
}=}

possui inversa W 31 : R3 $ R3 definida por


; p
A
? u = {2 + | 2
¡ ¢
 = arctan {|
A
=
} = }=

Exemplo 3.35 Determine as coordenadas cilíndricas do ponto (3> 3> 7).


s ¡ s ¢
Solução. Como { = | = 3 temos que u = 3 2 e  = 4 . Portanto, 3 2> 4 > 7 são as
coordenadas cilíndricas do ponto (3> 3> 7). ¥

3
Seja S = ({> |> }) 5 R¯$fixado.
¯ Chama-se coordenadas esféricas de S no espaço ao
¯ ¯ $
terno (> > !), com  = ¯RS ¯, ! o ângulo entre o vetor RS e o vetor unitário k e  o
ângulo polar associado a projeção de S sobre o plano {|. A Figura 3.6 expõe graficamente
as coordenadas esféricas do ponto S . ¯$¯ ¯$¯
¯ ¯ ¯ ¯
Note que { = u cos , | = u sen , } =  cos ! e ¯S T¯ =  sen !. Como u = ¯S T¯ temos
que ;
A { =  cos  sen !
?
| =  sen  sen ! (3.3)
A
=
} =  cos !=
Assim, a representação W : R3 $ R3 definida pelo sistema (3.3), com  A 0,  5 [0> 2) e
! 5 [0> ), tem inversa W 31 : R3 $ R3 definida por
; p
A
A
A  = {2 + | 2 + } 2
? |
 = arctan μ
{ q ¶
A
A {2 +| 2
A
= ! = arctan =
}2

¡ ¢
Exemplo 3.36 Determine as coordenadas retangulares do ponto 4> 3 > 6 .


Solução. Como  = 4,  = 3
e ! = 6 . temos que
;
2
A
? { +s
A | 2 + } 2 = 16
|
= 3
A q{
I
A
= {2 +| 2 3
} 2 = 3
=

Elevando ao quadrado ambos os membros da terceira equação, obtemos


{2 + | 2 1 2 2 2 1 2
2
= , 16 = { + | + } = } + } 2 , } 2 = 12=
} 3 3
s
Assim, } = 2 3 e {2 + | 2 = 4. Agora, elevando ao quadrado ambos os membros da
segunda equação, obtemos

|2
2
= 3 , 4 = {2 + | 2 = {2 + 3{2 , {2 = 1=
{
s ¡ s s ¢
Logo, { = 1 e | = 3. Portanto, 1> 3> 2 3 são as coordenadas retangulares do ponto
¡  ¢
4> 3 > 6 . ¥

EXERCÍCIOS

1. Determine o Jacobiano das transformações W seguintes:


;
( ( A
x = 2{  | { = u cos  ? { = u cos 
(d) (g) (j) | = u sen 
y = { + 4| | = u sen  A
=
}=}
; ;
( A A { =  cos  sen !
x = 3{ + 2| ? x = 2{ + | ?
(e) (h) y = 2|  } = (k) | =  sen  sen !
y ={| A
= A
=
z = 3{ } =  cos !=
;
( A x = { cos |  }
x = exp({)  | ?
(f) (i ) y = { sen | + 2}
y = { + 5| A
=
z = {2 + | 2

2. Considere a transformação W : R2 $ R2 definida por


(
x = exp({) + | 3
y = 3 exp({)  2| 3 =

(a) Calcule o Jacobiano da transformação W e de sua inversa W 31 .


C{ C|
(b) Calcule as derivadas e no ponto em que { = 0 e | = 1.
Cx Cy
3. Considere a transformação W : R3 $ R3 definida por

W (x> y> z) = ({ (x> y> z) > | (x> y> z) > } (x> y> z)) >

com Jacobiano M(x> y> z) 6= 0. Mostre que

1 C (|> }) 1 C ({> })
x{ = e x| =  =
M C (y> z) M C (y> z)
Deduza expressões análogas para as derivadas: x} , y{ , y| , y} , z{ , z| , e z} .

4. Verifique que a mudança de coordenadas  = { + fw e  = {  fw transforma a


equação de ondas xww  f2 x{{ = 0 na equação simplificada x = 0.
5. Mostre que a mudança de coordenadas x = d{ + e| e y = f{ + g| transforma o
quadrado de vértices (0> 0), (1> 0), (1> 1) e (0> 1) em um paralelogramo de área
¯ ¯
¯ C (x> y) ¯
¯ ¯
¯ C ({> |) ¯ =

6. Verifique que a mudança de coordenadas x = {d e y = |e transforma a elipse e2 {2 +


d2 | 2 = d2 e2 .no círculo unitário de centro na origem do plano xy.

7. Defina uma mudança de coordenadas W : R3 $ R3 que aplica o elipsoide


{2 | 2 } 2
+ + 2 =1
d2 e2 f
na esfera unitária.

8. Qual a imagem da circunferência {2 + | 2 = d2 pela transformação W : R3 $ R3


definida por W ({> |) = (4{> |)?

9. Determine a imagem da reta { = f pela transformação W : R3 $ R3 definida por


W ({> |) = (exp({) cos |> exp({) sen |).

10. Esboce no plano {| a região delimitada pelas parábolas {2 = |, {2 = 2|, | 2 = { e


| 2 = 2{ e determine a imagem dessa região pela mudança de coordenadas {2 = |x
e | 2 = {y.

11. Determine a imagem da região

U = {({> |) 5 R2 : |{| + |||  1}

pela mudança de coordenadas x = { + | e y = {  |. Qual a imagem da hipérbole


{| = 1 por essa mudança de coordenadas?

12. Seja i : R $ R uma função real com derivada contínua e positiva. Mostre que a
transformação W : R2 $ R2 definida por

W (x> y) = (i (x) > y + xi (x))

tem Jacobiano não nulo em qualquer ponto (x> y) sendo, portanto, invertível. Veri-
fique que
¡ ¢
W 31 ({> |) = i 31 ({) > | + {i 31 ({) =

13. Em cada caso é dada uma mudança de coordenadas (x> y) = W ({> |). Descreva as
retas x = n e y = n nos dois sistemas de coordenadas (plano {| e plano xy) para os
valores: n = 2, 1, 0, 1, 2. Determine a transformação inversa W 31 .
(d) W ({> |) = (3{> 5|) (g) W ({> |) = ({ + 1> 2  | 3 )
(e) W ({> |) = ({  |> 2{ + 3|) (h) W ({> |) = (exp({)> exp(|))
(f) W ({> |) = ({3 > { + |) (i) W ({> |) = (exp(2{)> exp(3|))=
14. Em cada caso encontre a imagem da curva F pela mudança de coordenadas W ({> |).

(a) F é o retângulo de vértices (0> 0) > (0> 1) > (2> 1), (2> 0) e W ({> |) = (3{> 5|).
(b) F é o círculo {2 + | 2 = 1 e W ({> |) = (3{> 5|).
¡| {
¢
(c) F é o triângulo de vértices (0> 0) > (3> 6), (9> 4) e W ({> |) = >
2 3
.
¡ ¢
(d) F é a reta 3{  2| = 4 e W ({> |) = |2 > {3 .
(e) F é a reta { + 2| = 1 e W ({> |) = ({  |> 2{ + 3|).
(f) F é o quadrado de vértices (0> 0) > (1> 1) > (2> 0), (1> 1) e

W ({> |) = (5{ + 4|> 2{  3|) =

(g) F é o círculo {2 + | 2 = 1 e W ({> |) = (5{ + 4|> 2{  3|).

15. Seja F a curva descrita pela equação cartesiana


¡ ¢
d {2 + | 2 + e{ + f| + g = 0=

(a) Considere a possibilidade de d ou g ser zero e identifique F como sendo um


círculo ou uma reta.
(b) Determine a imagem da curva F pela transformação W : R2 $ R2 definida por
μ ¶
{ |
W ({> |) = > =
{2 + | 2 {2 + | 2
16. Complete a seguinte tabela de coordenadas:
Cartesianas: ({> |> }) Cilíndricas: (u> > }) Esféricas: (> > !)
(2> 2> 1)
¡ ¢
12> 6 > 3
4
s
(1> 1>  2)
17. Identifique a superfície descrita em coordenadas cilíndricas por:
(d) u = 4 (f) } = 2u (h) u2 + } 2 = 16
(e)  = 4 (g) 3u2 + } 2 = 9 (i) u sec  = 4=

18. Identifique a região do R3 descrita em coordenadas esféricas por:


(d)  = 6 cos  sen ! (h) ! = 4 (l) tan  = 4
(e)  = 5 cosec ! (i ) 2  3 = 0 (m) =d
(f)  = 6 (j)  cos  sen ! = 1 (n) 2  3 + 2  0
(g) cos ! = 4 (k)  = 2 cos ! (o)  = cosec ! cotg !=
19. As superfícies dadas abaixo estão representadas por suas equações cartesianas. Passe
as equações para coordenadas cilíndricas e esféricas.
(d) Esfera: {2 + | 2 + } 2 = 4 (g) Hiperboloide: {2 + | 2  } 2 = 1
(e) Paraboloide: 4} = {2 + | 2 (h) Plano: 3{ + |  4} = 0
(f) Cone: {2 + | 2  4} 2 = 0 (i) Cilindro: {2 + | 2 = 4=
20. Sejam { = { (x> y) e | = | (x> y) definidas implicitamente pelo sistema:
(
{2 + | 2 x = y
(3.4)
{ + |2 = x

(a) Expresse as derivadas {x e |y em termos de {, |, x e y.


(b) Determine um par de funções { = { (x> y) e | = | (x> y) definidas implicita-
mente pelo sistema (3.4)

Avaliando o que foi construído


Neste Capítulo vimos como aplicar os conhecimentos das derivadas parciais na re-
solução de problemas práticos de maximizar e minimizar funções que relacionam distância
máxima e mínima a um plano, volumes, temperaturas, etc. Portanto, use os resultados e
técnicas desenvolvidos nesta unidade no estudo dos problemas de maximizar e minimizar
que virão pela frente.

Respostas, Sugestões e Soluções


Seção 3.1
1. Na tabela abaixo apresentamos os pontos críticos com a seguinte classificação: S
(sela), mL (mínimo local) e ML (máximo local). Em alguns casos a existência ou
não de extremos absolutos pode ser investigada por observação do limite da função.
pontos críticos natureza mA MA
(a) (0> 0) S não não
(b) (0> 0),(1> 2) e (4> 8) ML não não
1 1
(c) (0> 0), (1> 0), (0> 1) e ( 3 > 3 ) S, S, S e mL não não
(d) (0> 0) mL sim não
¡ 3 1¢
(e) 2> 2 mL sim não
s s
(f) (2> 3) e (2>  3) mL e S não não
(g) (0> 0) ML não sim
s s s s
(h) ( 3> 1), ( 3> 1), ( 3> 1), ( 3> 1) mL, S, S e ML não não
¡1 1¢
(i) >
2 3
mL sim não
(j) infinitos ({> {) o teste falha não não
(k) (2> 1) e (8> 2) mL e ML não não
(l) (0> 0) o teste falha não não
¡ ¢
2. O ponto S = 12 > 13 é um ponto de máximo absoluto da função
1
} = {4  2{3 + 4{| + | 2 =
2
em G. A função
1 1 |{
 =
j ({> |) =
{ | {|
é contínua em G, mas não possui máximo nem mínimo.

3. Cada uma das funções é contínua e está definida em um conjunto compacto. Assim,
pelo Teorema de Weierstrass cada função tem ao menos um ponto de máximo e um
ponto de mínimo absolutos.
pontos de máximo pontos de mínimo
³ I ´ ³ I ´ ³ I ´ ³ I ´
1 2 1 2 1 2 1 2
(a) >
2 2
e  2
>  2
 >
2 2
e 2
>  2

(b) (1> 1) (1> 1)


(c) (1> 0) (3> 0)
(d) (1> ±) (1> ±)
¡1 ¢
(e) (1> 0) 2
>0
(f) (0> 1) e (0> 2) (1> 1)

4. Já vimos que a distância da origem a um ponto S = ({> |> }) dessa curva é dada por
p
g(R> S ) = {2 + | 2 + } 2 =

Portanto, devemos maximizar a função i ({> |> }) = {2 + | 2 + } 2 , ou seja,


 μ ¶¸2
w
j(w) = i(w> w> w) = 1 + sen =
2
Como μ ¶ μ ¶
0 w w
j (w) = 2 sen cos = sen w = 0
2 2
temos que w = n, n 5 Z, são os pontos críticos de j. Logo, j 00 (w) = cos w ? 0 em
w =  + 2p, p 5 Z. Portanto, S = (1> 0> 1) e T = (1> 0> 1) são os pontos
desejados.

5. Vamos fazer um esboço da solução, por isso, tente completar!

(a) Note que se } = i ({> |) = exp({2  | 2 ), então i{ = 2{ exp({2  | 2 ) e i{ =


2| exp({2  | 2 ). Logo, ui = (0> 0) se, e somente se, { = 0 e | = 0. Assim,
(0> 0) é o único ponto crítico de i e i(0> 0) = 1. Agora, se fixarmos | = 0 e
{ 6= 0, então j({) = i ({> 0) = exp({2 ), com

lim j({) = 4 e lim j({) = 0>


{<+" {<3"

isto é, j é estritamente crescente. Neste caso, j não tem máximo e nem mínimo
absoluto. Se fixarmos { = 0 e | 6= 0, então k({) = i(0> |) = exp(| 2 ), com

lim k(|) = 0 e lim k(|) = 4>


|<+" |<3"

isto é, k é estritamente decrescente. Neste caso, não tem máximo e nem mínimo
absoluto. Portanto, i não tem máximo e nem mínimo absoluto.
(b) Não tem mínimo absoluto. A origem é um ponto de máximo, com valor máx-
imo.
(c) Não tem máximo absoluto. Os pontos
³s  ´ μ ¶
s 5
Sn = 2> + n e Tn =  2> + n > n 5 Z
4 4

são pontos de mínimo absoluto, com o valor mínimo igual a 2.

6. Como i{ = 2{(1  |)3 e i| = 3{2 (1  |)2 + 2| temos que ui ({> |) = (0> 0) se, e
somente se, 2{(1  |)3 = 0 e 3{2 (1  |)2 + 2| = 0. Logo, { = 0 ou | = 1. Se { = 0,
então | = 0. Se | = 1, então 2 = 0, o que é impossível. Assim, (0> 0) é o único ponto
crítico de i e i (0> 0) = 0. Note que i{{ ({> |) = 2(1  |)3 , i{| ({> |) = 6{(1  |)2 e
i|| ({> |) = 6{2 (1  |) + 2. Daí, se S = (0> 0), então

E 2  DF = 02  2 · 2 = 4 ? 0 e D = 2 A 0=

Portanto, S = (0> 0) é um ponto de mínimo local de i . Agora, veja o item (d) do


Exercício 5=
 
7.  14 F e ³32 F são os
´ valores de menor e maior temperatura na placa, nos pontos
¡ 1¢ I
0> 2 e ± 23 >  12 , respectivamente.

Seção 3.2
1. Usando o Método dos Multiplicadores de Lagrange, obtemos
pontos de máximo pontos de mínimo
¡3 4¢ ¡ 3 4¢
(a) >  >
¡ 4 5  ¢ ¡ 54 3 ¢5
(b) 8
>8 8
> 8
(c) não há (4> 4)
³ I I I ´
(d) ± 33 > ± 33 > ± 33 pontos da curva
³ ´
1 1
(e) (±1> 0) e (0> ±1) ±I4 > ± I
4
³q q q ´ 2 2
2
(f) > 23 > 23 S ({> |> }) tal que { = 0, ou | = 0 ou } = 0
³ 3 ´ ³ ´
1 I1 I1 1 1 1
(g) I > >  3>  3>  3
I I I
³ 3q 3 3 q q ´
6
(h) ± 11 > ± 12 11
6
> ± 13 11
6
pontos do plano { + | + } = 0
¡6 1¢
(i) não há >
19 19
(j) (±1> ±2) não há.

2. g = 1 u c.
¡1 ¢ ¡ ¢ I
3. S = > 1 e T =  14 >  14 ; g =
4 4 4
2
u c=
4. S = (0> I168 >  I468 ) e T = (0>  I168 > I468 ); g = 0=25 u c.

5. { = | = } = n3 .

6. S = (1> 2> 5).


s s
7. S = ( I85 >  I25 ); g = 10( 5  1) u c.
s
¡ ¢ 3 3
8. i 3 > 3 = .
8
¡1 1
¢
9. Máximo no ponto P = (1> 0) e mínimo no ponto p = >
4 2
.
I
2
I
2
s
10. O maior valor da expressão { (| + }) é 1 e ocorre quando { = 2
, |= 2
e}= 2;
I I s
ou { =  22 , | =  22 e } =  2.
¡ ¢
11. S = 16 > 13 > 355
36
.

12. S1 = (1> 1> 1), S2 = (1> 1> 1), S3 = (1> 1> 1) e S4 = (1> 1> 1).

13. Já vimos que a distância da origem a um ponto S = ({> |) dessa hipérbole é dada por
p
g(R> S ) = {2 + | 2 . Portanto, devemos minimizar a função i({> |) = {2 +| 2 sujeita
à restrição j({> |) = {2 + 8{| + 7| 2  225. É fácil verificar que ui({> |) = (2{> 2|) e
uj({> |) = (2{ + 8|> 8{ + 14|). Logo, uj({> |) = (0> 0) se, e somente se, { = | = 0.
Como j(0> 0) 6= 0 temos que existe um  5 R tal que

ui ({> |) + uj({> |) = (0> 0)>

com ({> |) satisfazendo j({> |) = 0. Agora, vamos resolver o sistema para obtermos
os pontos críticos de i.
;
A
? 2{ + (2{ + 8|) = 0
2| + (8{ + 14|) = 0
A
= 2
{ + 8{| + 7| 2  225 = 0
As duas primeiras equações desse sistema é equivalente a:
(
(1 + ){ + 4| = 0
=
4{ + (1 + 7)| = 0
Assim, se  = 0 ou  = 1, então { = | = 0 é uma solução sistema, o que é
impossível, pois j(0> 0) 6= 0. Logo,  6= 0 e  6= 1. Portanto,
μ ¶
4 16 1
{= |,  + 1 + 7 | = 0 ,  = ou  = 1>
1+ 1+ 7
pois | 6= 0. Se  = 17 , Ientão | = 2{. Logo, a equação {2  16{2 + 28{2  225 = 0
tem soluções { = ± 151313 . Portanto,
às s ! às s !
15 13 30 13 15 13 30 13
 > e >
13 13 13 13
são os pontos mais próximos da origem, pois se  = 1, então { = 2|. Logo, I
a
15 65
equação 4| 2  16| 2 + 7| 2  225 = 0 não tem solução. Portanto, g(R> S ) = 13 u
c.

14. 1=d Solução. Como i{ ({> |) = | 2 + 2 A 0, em todos os pontos do interior de


G, temos, pelo Teorema de Weierstrass, que os pontos de máximos e mínimos de i
ocorrem na fronteira de G. Sejam (1> ) as coordenadas polares do ponto ({> |) 5 [.
Então { = cos  e | = sen , para todo  5 [0> 2]. Assim, S = (cos > sen ) percorre
toda a fronteira de [. Como

j() = i (cos > sen ) = cos  sen2  + 2 cos  + sen4  + 1

temos que

j 0 () =  sen3  + 2 sen  cos2   2 sen  + 4 cos  sen3  = sen3 (4 cos   3) = 0
I
3
se, e somente se,  = 0,  = , cos  = e sen  = ± 617 Assim,
4
às ! às !
3 7 3 7
S = (1> 0)> T = (1> 0)> U = > e V= > =
4 4 4 4

É fácil verificar que


823
i(S ) = 1> i (T) = 3 e i(U) = i(V) = A 3>
256
ou seja, S é ponto de mínimo e U, V pontos de máximos.
2=d Solução. Vamos usar os Multiplicadores de Lagrange, para resolver o problema.
Seja j({> |) = {2 + | 2  1. Então é fácil verificar que ui ({> |) = (| 2 + 2> 2{| + 4| 3 )
e uj({> |) = (2{> 2|). Logo, uj({> |) = (0> 0) se, e somente se, { = | = 0. Como
j(0> 0) 6= 0 temos que o ponto (0> 0) não está na curva. Assim, existe um  5 R tal
que
ui({> |) + uj({> |) = (0> 0)>
com ({> |) satisfazendo j({> |) = 0. Logo, devemos resolver o sistema para obtermos
os pontos críticos de i . ;
A
? |2 + 2 + 2{ = 0
2{| + 4| 3 + 2| = 0
A
=
{2 + | 2  1 = 0
Note que a segunda equação

{| + 2| 3 + | = 0 / |({ + 2| 2 + ) = 0=

Logo, temos duas possibilidades: se | = 0, obtemos { = ±1. Se | 6= 0, então

{ + 2| 2 +  = 0 ,  = {  2| 2 =
Substituindo na primeira equação e usando a terceira, obtemos

| 2 +2 2{2  4{| 2 = 0 , 1 {2 +2 2{2  4{(1 {2 ) = 0 , 4{3 3{2  4{ +3 = 0=

Assim, { = 34 , pois { = ±1 , | = 0. Portanto, os pontos críticos são:


às ! às !
3 7 3 7
S = (1> 0)> T = (1> 0)> U = > e V= >
4 4 4 4

É fácil verificar que


823
i (S ) = 1> i (T) = 3 e i(U) = i (V) = A 3>
256
ou seja, S é ponto de mínimo e U, V pontos de máximos.
1427
15. g = u c.
168
s s
16. Máximos (± 3>
3) e mínimos (±1> ±1).
1600 
17. F é o valor de maior temperatura na placa nos pontos
9
à r r r !
2 2 2
± > ±2 > ;
3 3 3

e 0 F é o valor de menor temperatura na placa nos pontos dos círculos


( ( (
{=0 |=0 }=0
F1 := 2 2
F2 := 2 2
F3 :=
| +} =4 { +} =4 {2 + | 2 = 4=

18. { = 4 p> | = 4 p e } = 2 p.
8def
19. Y = I
3 3
u. v.

20. Semelhante ao Exemplo 3=17.

21. Y = (3> 4> 12).


s
3
s
22. Base quadrada de lado 4 p e altura 2 3 4 p

23. Oo retângulo de lados


2d2 2e2
{= s e |=s =
d2 + e2 d2 + e2

Seção 3.3
1. (d) | 0 = 3 e | 00 = 62; (e) | 0 =  23 e | 00 = 23
27
; (f) | 0 = 1 e | 00 = 3; (g) | 0 = 1
e | 00 = 2.
g{ g{
2. (d) {0 = = 0; (e) {0 = = 0.
g| g|

(|+2{|+|2 ) {+2{|+{2 }2
3. (d) }{ =  {} e }| =  |} ; (e) }{ = 2}
e }| = 2}
; (f) }{ = sen }+3|32{}
e
3}
}| = 2{}33|3sen }
.

4. x = 2 sen ({|)  {2  | 2 e y = 3 sen ({|) + {2 + | 2 .

5. Note que derivando implicitamente a equação S Y nW = 0, em que S é uma função


de Y , obtemos
CS CS S
Y +S =0, = =
CY CY Y
De modo inteiramente análogo, obtemos

CY n CW Y
= e = =
CW S CS n
Portanto,
CS CY CW S n Y
=  · · = 1=
CY CW CS Y S n
6. Semelhante ao Exercício anterior com a equação I ({> |> }) = 0, em que { é uma
função de |, obtemos
C{ C{ I|
I{ + I| = 0 , = =
C| C| I{

7. Note que se { = i(x> y) e | = j(x> y), com x = k(}> z) e y = n(}> z), então usando
a Regra da Cadeia, obtemos
¯ ¯ ¯ ¯
¯ { { ¯ ¯ { x +{ y { x +{ y ¯
C ({> |) ¯ } z ¯ ¯ x } y } x z y z ¯
= ¯ ¯=¯ ¯
C (}> z) ¯ |} |z ¯ ¯ |x x} + |y y} {x xz + {y yz ¯
¯ ¯ ¯ ¯
¯ { { ¯ ¯ x x ¯ C ({> |) C (x> y)
¯ x y ¯ ¯ } z ¯
= ¯ ¯·¯ ¯= · =
¯ |x |y ¯ ¯ y} yz ¯ C (x> y) C (}> z)

Em particular, pondo { = } e | = z, obtemos


¯ ¯
C ({> |) C (x> y) C ({> |) ¯¯ 1 0 ¯¯
· = =¯ ¯ = 1=
C (x> y) C ({> |) C ({> |) ¯ 0 1 ¯

8. Sejam I ({> |> x> y) = x3  2x  y  3 e J({> |> x> y) = {2 + | 2  x  4. Então use as


relações
1 C (I> J) 1 C (I> J)
y{ =  e y| = 
M C (y> |) M C ({> y)
para determinar que y{ = 4 e y| = 2.

9. Semelhante ao Exercício anterior.


10. Sejam I ({> |> v> w) = {2 {w| 2 w2 +2v+2 e J({> |> v> w) = | 2 2|w+{w2 |v+v2 6.
Então
C (I> J)
M= = 9=
C ({> |)
Agora, usando as fórmulas de derivação encontramos
2 2 4 14
{v = > {w =  > |v = e |w =  =
3 3 9 9

Seção 3.4
1. (d) M = 9; (e) M = 5; (f) M = 5 exp({) + 1; (g) M = u; (h) M = 3; (i)
M = 2 ({2  2|) cos |  2 (2{2 + |) sen |; (j) M = u, (k) M = 2 sen !.
1
2. (d) M(W ) = 15 exp({)| 2 M e M (W 31 ) =  15 exp({)| 2 , nos pontos com | 6= 0; (e) Em

{ = 0 e | = 1, obtemos M = 15. Portanto,


1 6 1 1
{x = y| = e |y = x{ =  =
M 15 M 15
3. Confira a prova do Teorema 3.32.

4. Note que x = i(> ),  = j({> w) e  = k({> w). Assim, pela Regra da Cadeia,
obtemos
Cx Cx C Cx C Cx Cx C Cx C
x{ = = + e xw = = +
C{ C C{ C C{ Cw C Cw C Cw
Como
C C C C
= 1> = f> =1 e = f
C{ Cw C{ Cw
temos que μ ¶
Cx Cx Cx Cx Cx Cx
x{ = = + e xw = =f 
C{ C C Cw C C
Logo,
μ ¶ μ ¶ μ ¶
C Cx C Cx C Cx
x{{ = = +
C{ C{ C{ C C{ C
2 2
C x C C x C C x C C 2 x C
2
= + + +
C2 C{ CC C{ CC C{ C 2 C{
= x + 2x + x

e
μ ¶ μ μ ¶ μ ¶¶
C Cx C Cx C Cx
xww = =f 
Cw Cw Cw C Cw C
μ 2 2

C x C C x C C x C C 2 x C
2
= f +  
C2 Cw CC Cw CC Cw C 2 Cw
= f2 (x + x ) =

Portanto,

xww  f2 x{{ = f2 (x + x )  f2 (x + 2x + x ) = 2f2 x , x = 0=
5. Note que o vetor z1 = (1> 0) no plano {| é transformado no vetor w1 = (d> f) no
plano xy e o vetor z2 = (0> 1) no plano {| é transformado no vetor w2 = (e> g) no
plano xy. Já vimos que a área do paralelogramo determinadas pelos vetores w1 e
w2 é dada por

|dg  ef| = |w1 × w2 | = |w1 | |w2 | sen  = |w1 | (|w2 | sen ) = e · k>

com  o ângulo entre os vetores w1 e w2 . Por outro lado,


¯ ¯ ¯ ¯
C (x> y) ¯ x{ x| ¯ ¯ d e ¯¯
¯ ¯ ¯
=¯ ¯=¯ ¯ = dg  ef=
C ({> |) ¯ y{ y| ¯ ¯ f g ¯
Portanto, ¯ ¯
¯ C (x> y) ¯
¯ ¯
¯ C ({> |) ¯ = |dg  ef| = |w1 × w2 | =

6. Como { = dx e | = ey temos que


{2 | 2 (dx)2 (ey)2
+ = + 2 = x2 + y2 , x2 + y 2 = 1=
d2 e2 d2 e
|
7. A mudança de coordenadas é x = {d , y = e
e z = }f .

8. Note que se x = 4{ e y = |, então a imagem é a elipse x2 + 16y2 = 16d2 .

9. Note que se x = exp({) cos | e y = exp({) sen |, então a imagem da reta { = f é o


círculo x2 + y2 = exp(2f).

10. A imagem da região é o quadrado de vértices


μ ¶ μ ¶ μ ¶
1 1 1 1
> > > 1 > 1> e (1> 1)=
2 2 2 2

11. A imagem da região U no plano {| é o quadrado [1> 1] × [1> 1] no plano xy. Note
que
1 1
{ = (x + y) e | = (x  y)=
2 2
Logo, μ ¶μ ¶
1 1 x2 y 2
{| = 1 , (x + y) (x  y) = 1 ,  = 1>
2 2 4 4
ou seja, a imagem é uma hipérbole no plano xy.

12. Note que { = i (x) e | = y + xi (x). Logo,


¯ ¯ ¯ ¯
C ({> |) ¯¯ {x {y ¯¯ ¯¯ i 0 (x) 0 ¯
¯
M(W ) = =¯ ¯=¯ ¯ = i 0 (x) 6= 0=
C (x> y) ¯ |x |y ¯ ¯ i (x) + xi (x) 10 ¯

pois i 0 (x) A 0, para todo x. Como i é contínua e i 0 (x) A 0 temos, pelo Teorema
da Função Inversa, que existe uma função x = j({), j = i 31 tal que i(j({)) = {.
Portanto, x = i 31 ({) e y = | + {i 31 ({), ou seja,
¡ ¢
W 31 ({> |) = i 31 ({) > | + {i 31 ({) =
13. Vamos fazer apenas o item (d). Como x = 3{ e y = 5| temos que { = n3 e | = n5
são retas no plano {| paralelas aos eixos dos | e dos {, respectivamente. Faça um
esboço. Neste caso, ³x y ´
W 31 (x> y) = > =
3 5
14. A imagem em cada caso é:

(a) O retângulo de vértices (0> 0), (6> 0), (6> 5) e (0> 5).
(b) A elipse 25{2 + 9| 2 = 225=
(c) O triângulo de vértices (0> 0), (3> 1) e (2> 3).
(d) A reta 4x  9y = 1.
(e) A reta x  3y + 5 = 0.
(f) O paralelogramo de vértices (0> 0), (1> 5), (10> 4) e (9> 1).
(g) A elipse 13x2 + 41y2 + 4xy = 529.

6 0. Enquanto, representa uma reta se d = 0. (e)


15. (d) Representa um círculo se d =
Sejam
{ |
x= 2 e y =  =
{ + |2 {2 + | 2
Então a imagem de F sob esta transformação é igual a:
¡ ¢
g x2 + y 2 + ex  fy + d = 0=

A qual representa um círculo se g 6= 0. Enquanto, representa uma reta se g = 0.

16. A tabela completa é:


Cartesianas: ({> |> }) Cilíndricas: (u> > }) Esféricas: (> > !)
¡  ¢ ¡  5 ¢
(2> 2> 1) 2> 4 > 1 3> >
s s s s  s ¡ 4 63 ¢
(3 6> 3 2> 6 2) (6 2> 6 > 6 2) 12> >
s s  s ¡ 6 34 ¢
(1> 1>  2) ( 2> 4 >  2) 2> 4 > 4

17. (d) o círculo {2 + | 2 = 16; (e) o par de planos ({  |) ({ + |) = 0; (f) a folha


superior do cone } 2 = 4 ({2 + | 2 ); (g) o elipsoide 9{2 + 9| 2 + 3} 2 = 27; (h) a esfera
{2 + | 2 + } 2 = 1; (i) o cilindro circular reto ({  2)2 + | 2 = 4.

18. (d) a esfera de centro (3> 0> 0) e raio 3; (e) o cilindro circular reto de raio 5; (f)
s
os planos { ± 3| = 0; (g) o plano } = 4; (h) o cone {2 + | 2 = } 2 ; (i) a esfera
{2 + | 2 + } 2 = 9, juntamente com a origem; (j) o plano { = 1; (k) a esfera
{2 + | 2 + (}  1)2 = 9; (l) um par de palnos;(m) a esfera de centro na origem e raio
d; (n) a região entre as esferas de raios 1 e 2 centradas na origem; (o) o paraboloide
} = {2 + | 2 .

19. As identificações são:


(a) u2 + } 2 = 4 e  = 2.
(b) 4} = u2 e  = 4 cotg ! cosec !.
(c) u2  4} 2 = 0 e tg ! = 2.
(d) u2  } 2 = 1 e 2 cos 2! = 1.
(e) 4} = u (3 cos  + sen ) e (3 cos  + sen ) tg ! = 1.
(f) u = 2 e 2 sen2 ! = 4.

20. Sejam I ({> |> x> y) = {2 + | 2 x  y = 0, J ({> |> x> y) = { + | 2  x = 0 e

C (I> J)
M= =
C ({> |)

(a) Agora, usando as fórmulas de derivação implícita, obtemos

1 C (I> J) 1 C (I> J)
{x =  e |y =  =
M C (x> |) M C ({> y)

(b) Resolvendo o sistema encontramos, por exemplo,


q
1³ s
2
´ 1 s
{= x  4y  3x e |=s x + 4y  3x2 =
2 2

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