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Gabinete da Presidência
REPERCUSSÃO GERAL
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 3
2. FUNDAMENTO LEGAL________________________________________________ 4
3. FINALIDADES________________________________________________________ 4
4. NATUREZA E COMPETÊNCIA PARA O EXAME _________________________ 5
5. VIGÊNCIA ___________________________________________________________ 5
6. PROCESSAMENTO QUANTO AOS RECURSOS MÚLTIPLOS_____________ 5
6.1. No STF _________________________________________________________________ 5
6.1.1. Procedimentos na Presidência do STF _________________________________________ 5
6.1.2. Procedimentos nos Gabinetes dos demais Ministros do STF_______________________ 6
6.2. Nos Tribunais e Turmas Recursais de origem _____________________________ 7
6.2.1. Recursos extraordinários _____________________________________________________ 7
6.2.2. Agravos de instrumento ______________________________________________________ 8
7. COLETÂNEA DE DECISÕES ORIGINADAS DE SESSÕES JUDICIAIS E
ADMINISTRATIVAS _____________________________________________________ 9
7.1 Vigência do instituto _____________________________________________________ 9
7.2 Questões constitucionais ainda não decididas ou sem jurisprudência
dominante no STF___________________________________________________________ 9
7.3 Questões constitucionais com jurisprudência dominante no STF ___________ 9
7.4 Efeitos da repercussão geral sobre os agravos de instrumento _____________ 9
7.5 Presunção de repercussão geral __________________________________________ 9
7.6 Cautelares e processos sobrestados em razão de reconhecimento
repercussão geral ___________________________________________________________ 9
7.7. Súmula vinculante tem efeito impeditivo de recurso _______________________ 9
7.8. Inexistência de repercussão geral em matéria infraconstitucional___________ 9
8. QUESTÕES PRÁTICAS QUANTO AO ACOMPANHAMENTO DAS DECISÕES
DE REPERCUSSÃO GERAL _____________________________________________ 9
9. CANAL DA REPERCUSSÃO GERAL ___________________________________ 9
ANEXO 1. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA E
MÉRITO JULGADO _____________________________________________________ 9
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REPERCUSSÃO GERAL
1. APRESENTAÇÃO
10
3,6%
73
26,5%
192
69,8%
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57
29,7%
122 13
63,5% 6,8%
2. FUNDAMENTO LEGAL
3. FINALIDADES
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Uniformizar a interpretação constitucional, sem exigir que o STF decida múltiplos casos
idênticos sobre a mesma questão constitucional.
Exige-se preliminar formal de repercussão geral sob pena de não ser admitido o recurso
extraordinário.
5. VIGÊNCIA
Os recursos extraordinários anteriores não devem ter seu seguimento denegado por
ausência da preliminar formal de repercussão geral.
6.1. No STF
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a.2.3. Se a seleção ainda não foi feita para um assunto específico, mas já houve
pronunciamento do STF quanto à repercussão geral do assunto em outro recurso, é
desnecessária a remessa de recursos representativos da mesma controvérsia,
podendo ocorrer o imediato sobrestamento de todos os recursos extraordinários e
agravos de instrumento sobre o tema. A identificação dessa hipótese se dá pela
consulta às matérias com repercussão geral reconhecida, no portal do Supremo
Tribunal Federal.
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6.2.2.2. Os agravos de instrumento múltiplos que forem remetidos ao Supremo Tribunal Federal
em desacordo com o art. § 1º do art. 543-B do CPC, ou seja, em número além do necessário para
representar a controvérsia, serão devolvidos aos Tribunais, Turmas Recursais ou Turma Nacional
de Uniformização dos Juizados Especiais, nos termos da Portaria 138/2009 da Presidência do
STF.
b) admitida a repercussão geral, os agravos ficam sobrestados, assim como os REs, até o
julgamento do mérito do leading case, surgindo, então as seguintes hipóteses:
b.2.2) se for exercido o juízo de retratação nos agravos (admitindo-se o RE), abre-se a
possibilidade da retratação do próprio acórdão recorrido (§3º do art. 543-B do CPC).
c) os agravos de instrumento pendentes no STF em 13/03/2008 serão por estes julgados (art. 2º da
ER 23/2008).
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VII – Não cabe Agravo de Instrumento (CPC, art. 544) nem Reclamação contra
decisão monocrática da origem que inadmite Recurso Extraordinário, aplicando
entendimento do STF sobre tema com Repercussão Geral
Não cabe o Agravo de Instrumento do art. 544 do CPC contra decisão do Tribunal ou
Turma de origem que inadmite Recurso Extraordinário, aplicando, equivocadamente, entendimento
do STF a respeito de tema com repercussão geral. Tampouco cabe Reclamação, sob pena de
desvirtuar o sistema da repercussão geral. Tratando-se de decisão monocrática, cabe Agravo
Regimental na origem, na forma do respectivo Regimento Interno. (AI 760.358-QO, Rel. Min.
Gilmar Mendes, e Reclamações 7.547 e 7.569, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 19/11/2009).
Ainda que a lei presuma a presença da repercussão geral sempre que a decisão na origem
for contrária a entendimento dominante no STF, é conveniente que o Relator do feito no STF
submeta ao Colegiado a análise de repercussão geral e a eventual reafirmação da jurisprudência.
Assim, antes da utilização, pelo Relator, da faculdade que decorre do art. 557 do CPC
(decisão monocrática), é importante que a matéria seja examinada, quanto à repercussão geral,
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pelo Plenário, garantindo-se os efeitos objetivos que daí decorrem sobre o novo controle difuso de
constitucionalidade, vale dizer, evitando que permaneçam sendo remetidas ao STF as mesmas
questões constitucionais (QO-RE 579.431, QO-RE 582.650, QO-RE 582.108, Min. Ellen Gracie).
Sobrestado recurso extraordinário sobre matéria cuja repercussão geral foi reconhecida, é
da competência do Tribunal de origem conhecer e julgar ação cautelar tendente a dar ao recurso
extraordinário efeito suspensivo. (QO-MC-AC 2.177, Min. Ellen Gracie)
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inexistência da repercussão geral (RISTF, art. 324, § 2º, na redação da ER nº 31/2009). Nos
demais casos, salvo impedimento, a ausência de manifestação resulta computada como existência
de repercussão geral.
Uma vez publicadas, as decisões também ficarão disponíveis no portal do STF, no “menu”
Jurisprudência, item “Repercussão Geral”.
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Para a obtenção de login e senha de acesso, deve ser indicado um endereço eletrônico
institucional (ex. vicepresidencia@tjxx.gov.br), preenchendo-se formulário no próprio sítio acima
indicado. Ao endereço eletrônico indicado será remetida a senha inicial de acesso e as primeiras
informações sobre o funcionamento deste novo canal do Poder Judiciário.
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1. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA DO TRABALHO E JUSTIÇA ESTADUAL. ART. 114, I E IX DA CF. DECISÃO SOBRE FORMA
DE PAGAMENTO DOS CRÉDITOS PREVISTOS NO QUADRO GERAL DE CREDORES E NO PLANO DE RECUPERAÇÃO
JUDICIAL. VRG LINHAS AÉREAS S/A. RECUPERAÇÃO JUDICIAL E FALÊNCIA. LEI Nº 11.101/2005.
Compete à Justiça Comum o julgamento de execução de créditos trabalhistas contra empresas em processo falimentar ou em
recuperação judicial. Com base nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, desproveu recurso extraordinário interposto contra acórdão do
Superior Tribunal de Justiça que mantivera decisão, proferida em conflito de competência entre a Justiça do Trabalho e a Justiça Estadual
Comum, que reputara ser da 1ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro a competência para julgar ação proposta pelo Sindicato
Nacional dos Aeronautas - SNA e associações de comissários, mecânicos de vôo e pilotos das empresas Varig e Nordeste Linhas Aéreas.
Alegava-se, na espécie, ofensa aos incisos I a IX do art. 114 da CF.
Preliminarmente, asseverou-se que o debate relativo às condições de admissibilidade do recurso e à existência de repercussão
geral estaria superado, ante o pronunciamento da Corte quanto à relevância constitucional do tema sob análise. Afirmou-se, ainda, não
caber ao Supremo examinar — em recurso extraordinário em que se discute a exegese do art. 114 da CF, na redação que lhe deu a EC
45/2004 —, se o art. 60 da Lei 11.101/2005 estabeleceria, ou não, a sucessão de créditos trabalhistas, haja vista tratar-se de matéria
totalmente estranha aos autos. Acrescentou-se, no ponto, que, no julgamento da ADI 3934/DF, acima relatado, a Corte já teria declarado a
constitucionalidade do referido dispositivo.
Quanto à questão de fundo, salientou-se que, no âmbito infraconstitucional, o assunto seria atualmente disciplinado pelos §§ 1º e
2º do art. 6º da Lei 11.101/2005, os quais complementados pelo art. 76, e seu parágrafo único, do mesmo diploma legal. Observou-se que,
tanto no regime anterior (Decreto-lei 7.661/45, artigos 7º, §§ 2º e 3º, e 23) quanto no atual, o legislador ordinário teria adotado o
entendimento no sentido de que, decretada a falência — e agora deferida a recuperação judicial —, a execução de todos os créditos,
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inclusive os de natureza trabalhista, deveria ser processada no juízo falimentar. Afirmou-se que tais regras consagrariam o princípio da
universalidade do juízo falimentar, que exerce uma vis attractiva sobre todas as ações de interesse da massa falida, caracterizando a sua
individualidade.
Explicou-se que, num processo falimentar, o patrimônio da empresa nem sempre corresponde ao montante de suas dívidas, razão
por que a regra da individualidade na execução dos créditos poderia ensejar a obtenção de vantagem indevida por certos credores em
prejuízo dos demais. Dessa forma, estaria afastada a regra da execução individual dos créditos, instaurando-se, em substituição, o
concurso de credores, a permitir a concretização do princípio da par condicio creditorum, que garante tratamento isonômico a todos os
credores de uma mesma categoria na percepção do que lhes é devido. Dessa maneira, instalar-se-ia, no processo de falência, o
denominado juízo universal, a atrair todas as ações aptas a afetar o patrimônio da empresa em processo de quebra ou recuperação
judicial. Registrou-se que o juízo universal da falência atrairia apenas os créditos consolidados, estando excluídas, portanto, as ações que
demandam quantia ilíquida, as trabalhistas e as de natureza fiscal, as quais terão prosseguimento nos juízos especializados (Lei
11.101/2005, art. 6º, §§ 1º, 2º e 7º).
Aduziu-se, também, que, de acordo com o art. 83, I e VI, c, da Lei 11.101/2005, os créditos de até 150 salários mínimos teriam
tratamento preferencial, sendo transformados em quirografários os que superassem esse valor. Mencionou-se, ainda, o disposto no art. 54
do aludido diploma legal, segundo o qual, o plano de recuperação judicial, aprovado pelo juízo da falência, não poderia prever prazo
superior a 1 ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho, anteriormente
vencidos, e nem prazo superior a 30 dias para o pagamento, até o limite de 5 salários mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza
estritamente salarial, vencidos nos 3 meses anteriores ao pedido. Assim, a Lei 11.101/2005 teria se mantido fiel ao princípio da par condicio
creditorum no tocante aos créditos trabalhistas, contemplados com a devida precedência sobre os demais, em decorrência de sua natureza
alimentar. Por sua vez, a Justiça do Trabalho teria conservado a jurisdição cognitiva sobre tais créditos cuja execução, quando líquidos,
ficariam a cargo da Justiça Comum, uma vez instaurado o processo falimentar. O novo diploma teria ampliado a possibilidade de os
empregados receberam o que lhes é devido, ao inserir no ordenamento jurídico o instituto da recuperação judicial, o qual teria por escopo
manter em atividade as empresas que estivessem passando por dificuldades de caráter conjuntural, tendo em conta a função social que
exercem. Por fim, após afastar qualquer violação aos incisos I a IX do art. 114 da CF, esclareceu-se, quanto a esse último inciso, que ele
teria apenas outorgado ao legislador ordinário a faculdade de submeter à competência da Justiça do Trabalho outras controvérsias, além
das taxativamente previstas nos incisos anteriores, desde que oriundas da relação de trabalho. Vencidos os Ministros Marco Aurélio e
Carlos Britto, que davam provimento ao recurso.
Leading case: RE 583.955, Min. Ricardo Lewandowski.
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trinta por cento. ... Art. 58. Para efeito de determinação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, o lucro líquido ajustado
poderá ser reduzido por compensação da base de cálculo negativa, apurada em períodos-base anteriores em, no máximo, trinta por
cento.”) — v. Informativo 369. Entendeu-se que a lei em exame veio assegurar às empresas um benefício fiscal que viabilizou a
compensação de prejuízos apurados em exercícios anteriores.
A Min. Ellen Gracie, em voto-vista, acrescentou tratar-se, na espécie, de utilização dos prejuízos acumulados até 31.12.94 e não de
dedução de prejuízos correspondentes ao exercício corrente. Observou que, em relação aos prejuízos verificados no ano-base/91, haveria
possibilidade de compensação em até 4 anos-calendário subseqüentes (Decreto-lei 1.598/77); no ano-base/92, sem fixação de prazo (Lei
8.383/91); no ano-base/93, em até 4 anos-calendário subseqüentes (Lei 8.541/92), não tendo sido alterada essa estrutura pela Lei
8.981/95, que apenas impôs restrição à proporção com que os prejuízos poderiam ser apropriados a cada apuração do lucro real. Salientou
que, em matéria de imposto de renda, a lei aplicável é a vigente na data do encerramento do exercício fiscal e que os recorrentes tiveram
modificada pela Lei 8.981/95 uma mera expectativa de direito. Asseverou que o conceito de lucro é o que a lei define, não necessariamente
o que corresponde às perspectivas societárias ou econômicas. Assim, o Regulamento do Imposto de Renda - RIR, que antes permitia o
desconto de 100% dos prejuízos fiscais, para efeito de apuração do lucro real, passou, com a Lei 8.981/95, a limitar essas compensações a
30% do lucro real apurado no exercício correspondente. Aduziu ser somente por benesse da política fiscal que se estabelecem
mecanismos como o ora analisado, por meio dos quais se autoriza o abatimento de prejuízos verificados, mais além do exercício social em
que constatados. Frisou que, como todo favor fiscal, ele se limita às condições fixadas em lei, a qual definirá se o benefício será calculado
sobre totalidade, ou não, do lucro líquido. Em razão disso, até que encerrado o exercício fiscal, ao longo do qual se forma e se conforma o
fato gerador do imposto de renda, o contribuinte possui mera expectativa de direito quanto à manutenção dos patamares fixados pela
legislação que regia os exercícios anteriores. Considerou não se estar diante, portanto, de qualquer alteração de base de cálculo do tributo,
a exigir lei complementar, nem de empréstimo compulsório, não havendo ofensa aos princípios da irretroatividade ou do direito adquirido.
Concluiu que a Lei 8.981/95 não incide sobre fatos geradores ocorridos antes do início de sua vigência e que os prejuízos havidos em
exercícios anteriores não são fato gerador algum, mas meras deduções cuja projeção para exercícios futuros foi autorizada nos termos da
lei, a qual poderá ampliar ou reduzir a proporção de seu aproveitamento. Vencido o Min. Marco Aurélio, relator, que dava provimento ao
recurso, para declarar a inconstitucionalidade do art. 42 da citada lei, no que postergou a compensação dos prejuízos.
Leading case: RE 344.994, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ o acórdão Min. Eros Grau.
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da Previdência Social [Decreto 3.048/99: “Art. 116. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos
dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença,
aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a R$ 360,00
(trezentos e sessenta reais).”], que teve como objetivo regulamentar o art. 80 da Lei 8.213/91.
Asseverou-se que o inciso IV do art. 201 da CF comete à Previdência Social a obrigação de conceder “auxílio-reclusão para os
dependentes dos segurados de baixa renda”, e que se extrai, de sua interpretação literal, que a Constituição limita a concessão do citado
benefício às pessoas que estejam presas, possuam dependentes, sejam seguradas da Previdência Social e tenham baixa renda.
Observou-se que, caso a Constituição pretendesse o contrário, constaria do referido dispositivo a expressão “auxílio-reclusão para os
dependentes de baixa renda dos segurados”. Aduziu-se que o auxílio-reclusão surgiu a partir da EC 20/98 e que o requisito “baixa renda”,
desde a redação original do art. 201 da CF, ligava-se aos segurados e não aos dependentes. Ressaltou-se, ademais, que, mesmo
ultrapassando o âmbito da interpretação literal dessa norma para adentrar na seara da interpretação teleológica, constatar-se-ia que, se o
constituinte derivado tivesse pretendido escolher a renda dos dependentes do segurado como base de cálculo do benefício em questão,
não teria inserido no texto a expressão “baixa renda” como adjetivo para qualificar os “segurados”, mas para caracterizar os dependentes.
Ou seja, teria buscado circunscrever o universo dos beneficiários do auxílio-reclusão apenas aos dependentes dos presos segurados de
baixa renda, não a estendendo a qualquer detento, independentemente da renda por este auferida, talvez como medida de contenção de
gastos.
Acrescentou-se que um dos objetivos da EC 20/98, conforme a Exposição de Motivos encaminhada ao Congresso Nacional, seria o
de restringir o acesso ao auxílio-reclusão, haja vista que o constituinte derivado ter-se-ia amparado no critério de seletividade que deve
reger a prestação dos benefícios e serviços previdenciários, a teor do art. 194, III, da CF, para identificar aqueles que efetivamente
necessitam do aludido auxílio. Nesse sentido, tal pretensão só poderia ser alcançada se a seleção tivesse como parâmetro a renda do
próprio preso segurado, pois outra interpretação que levasse em conta a renda dos dependentes, a qual teria de obrigatoriamente incluir no
rol destes os menores de 14 anos — impedidos de trabalhar, por força do art. 227,§ 3º, I, da CF —, provocaria distorções indesejáveis,
visto que abrangeria qualquer segurado preso, independentemente de sua condição financeira, que possuísse filhos menores de 14 anos.
Por fim, registrou-se que o art. 13 da EC 20/98 abrigou uma norma transitória para a concessão do citado benefício e que, para os fins
desse dispositivo, a Portaria Interministerial MPS/MF 77/2008 estabeleceu o salário de contribuição equivalente a R$ 710,08 (setecentos e
dez reais e oito centavos) para o efeito de aferir-se a baixa renda do segurado, montante que superaria em muito o do salário-mínimo hoje
em vigor. Esse seria mais um dado a demonstrar não ser razoável admitir como dependente econômico do segurado preso aquele que
aufere rendimentos até aquele salário de contribuição. Vencidos os Ministros Cezar Peluso, Eros Grau e Celso de Mello, que desproviam o
recurso.
Leading case: RE 587.365, Min. Ricardo Lewandowski, RE 486.413, Min. Ricardo Lewandowski
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se que a GDASST teria se transformado numa gratificação de natureza genérica, extensível, portanto, aos servidores inativos, desde o
momento em que os servidores ativos passaram a recebê-la sem a necessidade da avaliação de desempenho. Aduziu-se, entretanto, a
partir de ressalva no voto do Min. Cezar Peluso, a possibilidade de sobrevir o regulamento, estabelecendo, sem ferir direito adquirido e sem
reduzir vencimentos, os critérios de avaliação, portanto, de 60 a 100 pontos. Reputou-se revogado, por conseguinte, o dispositivo que
garantiu o valor mínimo da gratificação em 10 pontos. Vencido o Min. Marco Aurélio, que dava provimento ao recurso extraordinário.
Leading case: RE 572.052, Min. Ricardo Lewandowski
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serviços de profissão legalmente regulamentada passam a contribuir para a seguridade social com base na receita bruta da prestação de
serviços, observadas as normas da Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991.”) — v. Informativos 436, 452 e 459.
Considerou-se a orientação fixada pelo STF no julgamento da ADC 1/DF (DJU de 16.6.95), no sentido de: a) inexistência de
hierarquia constitucional entre lei complementar e lei ordinária, espécies normativas formalmente distintas exclusivamente tendo em vista a
matéria eventualmente reservada à primeira pela própria CF; b) inexigibilidade de lei complementar para disciplina dos elementos próprios
à hipótese de incidência das contribuições desde logo previstas no texto constitucional. Com base nisso, afirmou-se que o conflito aparente
entre o art. 56 da Lei 9.430/96 e o art. 6º, II, da LC 70/91 não se resolve por critérios hierárquicos, mas, sim, constitucionais quanto à
materialidade própria a cada uma dessas espécies normativas. No ponto, ressaltou-se que o art. 56 da Lei 9.430/96 é dispositivo
legitimamente veiculado por legislação ordinária (CF, art. 146, III, b, a contrario sensu, e art. 150, § 6º) que importou na revogação de
dispositivo inserto em norma materialmente ordinária (LC 70/91, art. 6º, II). Concluiu-se não haver, no caso, instituição, direta ou indireta, de
nova contribuição social a exigir a intervenção de legislação complementar (CF, art. 195, § 4º). Vencidos os Ministros Eros Grau e Marco
Aurélio que davam provimento aos recursos, para que fosse mantida a isenção estabelecida no art. 6º, II, da LC 70/91. Em seguida, o
Tribunal, por maioria, rejeitou pedido de modulação de efeitos. Vencidos, no ponto, os Ministros Menezes Direito, Eros Grau, Celso de
Mello, Carlos Britto e Ricardo Lewandowski, que deferiam a modulação, aplicando, por analogia, o disposto no art. 27 da Lei 9.868/99. O
Tribunal também rejeitou questão de ordem que determinava a baixa do processo ao STJ, pela eventual falta da prestação jurisdicional,
vencidos o Min. Marco Aurélio, que a suscitara, e o Min. Eros Grau. Por fim, o Tribunal acolheu questão de ordem suscitada pelo Min.
Gilmar Mendes, relator, para permitir a aplicação do art. 543-B do CPC, vencido o Min. Marco Aurélio. Não participou da votação nas
questões de ordem o Min. Joaquim Barbosa, ausente naquele momento.
Leading case: RE 377.457, Min. Gilmar Mendes; RE 381.964, Min. Gilmar Mendes.
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Frisou-se, portanto, que as restrições impostas à atuação do administrador público pelo princípio da moralidade e demais postulados do art.
37 da CF são auto-aplicáveis, por trazerem em si carga de normatividade apta a produzir efeitos jurídicos, permitindo, em conseqüência, ao
Judiciário exercer o controle dos atos que transgridam os valores fundantes do texto constitucional. Com base nessas razões, e fazendo
distinção entre cargo estritamente administrativo e cargo político, declarou-se nulo o ato de nomeação do motorista, considerando hígida,
entretanto, a nomeação do Secretário Municipal de Saúde.
Leading case: RE 579.951, Min. Ricardo Lewandowski.
Súmula Vinculante nº 13 - A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º
grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta
e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
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incidência, sobreposição —, a possibilidade de o contribuinte se creditar, na situação analisada, somente teria surgido com a edição da Lei
9.779/99. Vencidos os Ministros Ricardo Lewandowski, relator, e Cezar Peluso, que desproviam o recurso. Vencido, em parte, o Min. Eros
Grau que lhe provia parcialmente, ao fundamento de que apenas no caso da isenção, que é benefício fiscal, e não no da alíquota zero,
técnica fiscal, seria justificável, no período anterior à vigência da Lei 9.779/99, a manutenção do crédito discutido.
Leading case: RE 562.980, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio
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pecuniários, correspondentes ao valor da gratificação do mês anterior à publicação da lei. Considerou-se que a Lei Complementar
203/2001 teria preservado o montante percebido pela recorrente, tendo, inclusive, expressamente garantido que “os índices da revisão
geral da remuneração dos servidores públicos serão obrigatoriamente aplicados aos adicionais e gratificações que passam a ser
representados por valores pecuniários”. Vencidos os Ministros Carlos Britto e Marco Aurélio que davam provimento ao recurso.
Leading case: RE 563.965, Min. Cármen Lúcia.
Atualizado em 19/4/2010. 35
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Mencionou-se, também, o que afirmado no julgamento da Rcl 5381/AM (DJE 8.8.2008), no sentido de que, depois da decisão
proferida na ADI 2135 MC/DF (DJE de 7.3.2008), que suspendera os efeitos da EC 19/98 para retornar ao regime jurídico único, não
haveria como, no sistema jurídico-administrativo brasileiro constitucionalmente posto, comportar esse tipo de contratação pelo regime da
CLT. Por fim, asseverou-se que a prorrogação indevida no contrato de trabalho de servidor temporário não transmuda esse vínculo original,
de natureza tipicamente administrativa, num vínculo trabalhista.
Aduziu-se que a prorrogação do contrato, nessas circunstâncias, seja ela expressa ou tácita, em que se opera a mudança do prazo
de vigência deste, de temporário para indeterminado, pode até ensejar nulidade ou caracterizar ato de improbidade, com todas as
conseqüências que isso acarreta, mas não alterar a natureza jurídica do vínculo. Vencido o Min. Marco Aurélio que afirmava que a
competência seria definida pela causa de pedir e pelo pedido, e, tendo em conta que, no caso, a recorrida ajuizara uma reclamação
trabalhista, evocando, a partir do princípio da realidade, a existência do vínculo empregatício, reputava ser da Justiça do Trabalho a
competência para dirimir o conflito de interesses.
Leading case: RE 573.202, Min. Ricardo Lewandowski.
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de seu consumo de energia elétrica, tendo sido, inclusive, essa a intenção do constituinte derivado ao criar o novo tributo, conforme
relatório da PEC 559/2002. Explicou-se que, por ser a iluminação pública um serviço público uti universi, isto é, de caráter geral e
indivisível, prestado a todos os cidadãos, indistintamente, não seria possível, sob o aspecto material, incluir todos os seus beneficiários no
pólo passivo da obrigação tributária. Observou-se que, de toda sorte, os principais beneficiários do serviço sempre seriam aqueles que
residem ou exercem as suas atividades no âmbito do Município ou do Distrito Federal, ou seja, pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou
privadas, identificáveis por meio das respectivas faturas de energia elétrica.
Aduziu-se, também, que a lei complementar em questão instituiu um sistema progressivo de alíquotas ao estabelecer, em seu art.
2º, como base de cálculo da contribuição o valor da Tarifa de Iluminação Pública — apurado mensalmente e correspondente ao custo
mensal do serviço de iluminação pública, variando as alíquotas conforme a qualidade dos consumidores de energia elétrica e quantidade
de seu consumo —, mas o teria feito com respeito aos princípios da isonomia e da capacidade contributiva dos sujeitos passivos.
Asseverou-se que a igualdade, no direito tributário, deve ser compreendida no sentido de proporcionalidade, pois constituiria um verdadeiro
absurdo pretender-se que todos pagassem o mesmo tributo, ou seja, quanto à aplicabilidade do postulado da isonomia às contribuições,
elas estariam submetidas ao princípio da igualdade geral, que, todavia, não incidiria no momento de sua instituição, mas na forma de rateio
do respectivo encargo financeiro. Frisou-se a plausibilidade da alegação de que não haveria critério seguro de discriminação para se
conferir a determinado contribuinte uma carga maior, mas reputou-se — diante do silêncio da Constituição Federal no que concerne à
hipótese de incidência da contribuição de iluminação pública, liberando o legislador local a eleger a melhor forma de cobrança do tributo, e
tendo em conta o caráter sui generis da exação — razoáveis e proporcionais os critérios escolhidos pelo diploma legal impugnado para
estabelecer a sua base de cálculo, discriminar os seus contribuintes e fixar as alíquotas a que estão sujeitos. Concluiu-se que o Município
de São José, ao empregar o consumo mensal de energia elétrica de cada imóvel, como parâmetro para ratear entre os contribuintes o
gasto com a prestação do serviço de iluminação pública, buscou realizar, na prática, a almejada justiça fiscal, que consiste, precisamente,
na materialização, no plano da realidade fática, dos princípios da isonomia tributária e da capacidade contributiva, porquanto seria lícito
supor que quem tem um consumo maior tem condições de pagar mais. Rejeitou-se, por fim, a argumento de que a base de cálculo da
COSIP se confundiria com a do ICMS, já que a contribuição em exame não incidiria propriamente sobre o consumo de energia elétrica,
mas corresponderia ao rateio do custo do serviço municipal de iluminação pública entre contribuintes selecionados segundo critérios
objetivos, pelo legislador local, com amparo na faculdade que lhe conferiu a EC 39/2002. Vencido o Min. Marco Aurélio, que provia o
recurso, declarando incidentalmente a inconstitucionalidade da norma, ao fundamento de que esta teria criado uma taxa de iluminação
pública.
Leading case: RE 573.675, Min. Ricardo Lewandowski.
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providências para assegurar a continuidade da prestação desse serviço, dentre as quais, a instituição do debatido encargo, por meio da
Medida Provisória 14/2001, convertida na Lei 10.438/2002, tendo por objetivo financiar, por rateio entre os consumidores, os custos,
inclusive de natureza operacional, tributária e administrativa, relativos à aquisição de energia elétrica e à contratação de capacidade de
geração ou potência pela Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial - CBEE. Aduziu-se que a Lei 10.438/2002 previu dois tipos
de obrigações de responsabilidade dos consumidores atendidos pelo Sistema Elétrico Nacional Interligado: a) o adicional tarifário
específico e b) a parcela das despesas incorridas com a compra de energia no âmbito do Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE,
tendo sido a matéria regulada pela Resolução 249/2002 da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, a qual, por sua vez, dispôs
sobre três modalidades de encargos: a) o Encargo de Capacidade Emergencial; b) o Encargo de Aquisição de Energia Elétrica
Emergencial e c) o Encargo de Energia Livre Adquirida no MAE.
Explicou-se que o Encargo de Capacidade Emergencial resultaria do rateio dos custos incorridos com a contratação de capacidade
de geração ou de potência pela CBEE; o Encargo de Aquisição de Energia Elétrica Emergencial decorreria do rateio dos custos resultantes
da aquisição de energia elétrica pela CBEE, e o Encargo de Energia Livre Adquirida no MAE derivaria do rateio das despesas originadas
da compra de energia no âmbito deste pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas de geração e de distribuição até dezembro de
2002. Asseverou-se que tais encargos não se enquadrariam na definição de tributo contida no art. 3º do Código Tributário Nacional, por
não possuírem o requisito de compulsoriedade. Esclareceu-se que os referidos encargos eram cobrados dos consumidores finais de
energia elétrica atendidos pelo Sistema Interligado Nacional, com exceção apenas dos consumidores de baixa renda, ou seja, a obrigação
de pagar tais encargos estava diretamente ligada à hipótese de tratar-se, ou não, o obrigado de consumidor de energia elétrica provinda
daquele sistema. Destarte, esses encargos não seriam de pagamento compulsório, já que os consumidores poderiam se valer de outros
meios para a aquisição de energia elétrica que não a proveniente do Sistema Interligado Nacional, estando a corroborar com essa tese o
disposto no art. 176, § 4º, da CF e no Decreto 2.003/96, que o regulamentou. Em suma, reputando razoável e legítimo admitir que a
energia elétrica consumida por alguém possa originar-se de sistema de geração próprio ou de terceiro, dissociado do Sistema Interligado
Nacional, concluiu-se que os encargos instituídos pela Lei 10.438/2002 não apresentariam a compulsoriedade típica das espécies
tributárias, não estando sujeitos, por essa razão, aos princípios e regras constitucionais que regem os tributos. Afirmou-se que tais
encargos, embora tivessem o caráter de prestações pecuniárias correspondentes à utilização de um serviço público — e, nesse sentido,
aproximar-se-iam do conceito de taxas —, na verdade, configurariam tarifas ou preços públicos, em virtude do caráter facultativo da fruição
do bem que remuneravam.
Em seguida, frisou-se que tanto a taxa quanto o preço público constituem um pagamento realizado em troca da fruição de um
serviço ou bem estatal, divisível e específico, sendo a primeira caracterizada pela compulsoriedade, já que resulta de uma obrigação legal,
enquanto que o segundo, pela facultatividade, já que decorre de uma relação contratual. Além disso, observou-se que as receitas das taxas
ingressam nos cofres do Estado, mas as provenientes dos preços públicos integram patrimônio privado dos entes que atuam por delegação
do Estado. Ao referir-se à Exposição de Motivos que acompanhou a citada Medida Provisória 14/2001, convertida na Lei 10.438/2002, e do
próprio texto desses diplomas normativos, considerou-se que as ações financiadas com a receita decorrente desses encargos pretenderam
assegurar o aumento da capacidade de geração e oferta de energia elétrica, bem como evitar interrupções abruptas em seu fornecimento,
garantindo o pleno atendimento da demanda. Tendo isso em conta, reputou-se forçoso convir que tais encargos representariam uma
contraprestação pecuniária pelo consumo de energia elétrica advinda do Sistema Interligado Nacional, além de constituir um meio para
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custear a continuidade da prestação do serviço. Também não se vislumbrou óbice em classificar os encargos em questão como tarifa ou
preço público, haja vista o destino de sua arrecadação, dado não integrarem o orçamento público. Reportou-se, no ponto, à orientação
firmada pela Corte no julgamento da ADC 9 MC/DF (DJU de 23.4.2004), no sentido de que seria compatível com a ordem constitucional o
valor arrecadado como tarifa especial ou sobretarifa relativa ao consumo de energia elétrica acima das metas estabelecidas pela Medida
Provisória 2.152/2001, e que a Constituição de 1988 teria introduzido considerável mudança no tratamento conferido à tarifa, que passou a
ser objeto de uma política tarifária, deixando de equivaler a um simples preço público
Aduziu-se que a Resolução 249/20002 dispôs que os encargos examinados seriam cobrados de forma individualizada e
identificados na fatura de energia elétrica dos consumidores (artigos 3º, § 2º, 5º, § 2º, e 12, § 3º), destinando-se às concessionárias,
permissionárias e autorizadas. Registrou-se que os valores recolhidos a título de Encargo de Capacidade Emergencial e de Encargo de
Aquisição de Energia Elétrica Emergencial seriam repassados à CBEE para o pagamento dos custos com a aquisição de energia elétrica e
a contratação de capacidade de geração ou de potência de energia elétrica, e os correspondentes ao Encargo de Energia Livre Adquirida
no MAE seriam empregados pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas para saldar as transações nele realizadas, por meio de
um mecanismo de liquidação. Asseverou-se que, não obstante os valores recolhidos passassem pela CBEE ou pelo MAE, em nenhum
momento integrariam um fundo especial, razão por que não se vislumbrou a alegada ofensa ao princípio da não-afetação, salientando-se,
ainda, que a renda proveniente desses encargos também não constituiria receita pública. Rejeitou-se, da mesma forma, a apontada afronta
aos princípios da moralidade, da isonomia, da proporcionalidade ou da razoabilidade, porquanto, em virtude de os encargos terem sido
criados com o escopo de viabilizar a continuidade dos serviços de geração e distribuição de energia elétrica no âmbito do Sistema
Interligado Nacional, seria perfeitamente compatível com a ordem natural das coisas que fossem cobrados daqueles que dela se utilizaram,
e na medida do respectivo consumo. Por fim, apontou-se a impossibilidade de os custos, que levaram à cobrança dos encargos debatidos,
serem suportados exclusivamente pelos agentes do Sistema Interligado Nacional, responsáveis pela geração e transmissão de energia,
visto que isso prejudicaria consideravelmente e de forma ilegítima o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos administrativos
realizados entre eles e o Estado, na qualidade de permissionários ou concessionários.
Leading case: RE 576.189, Min. Ricardo Lewandowski.
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Com base nesse entendimento, o Tribunal desproveu recurso extraordinário interposto pelo INSS em que sustentava a
competência da Justiça especializada para executar, de ofício, as contribuições previdenciárias devidas, incidentes sobre todo o período de
contrato de trabalho, quando houvesse o reconhecimento de serviços prestados, com ou sem vínculo trabalhista, e não apenas quando
houvesse o efetivo pagamento de remunerações. Salientou-se que a decisão trabalhista que não dispõe sobre pagamento de salário, mas
apenas se restringe a reconhecer a existência do vínculo empregatício não constitui título executivo no que se refere ao crédito de
contribuições previdenciárias.
Assim, considerou-se não ser possível admitir uma execução sem título executivo. Asseverou-se que, em relação à contribuição
social referente ao salário cujo pagamento foi determinado em decisão trabalhista é fácil identificar o crédito exeqüendo e, por conseguinte,
admitir a substituição das etapas tradicionais de sua constituição por ato típico, próprio, do magistrado. Ou seja, o lançamento, a
notificação, a apuração são todos englobados pela intimação do devedor para o seu pagamento, porque a base de cálculo para essa
contribuição é o valor mesmo do salário que foi objeto da condenação. Já a contribuição social referente ao salário cujo pagamento não foi
objeto da sentença condenatória, e, portanto, não está no título exeqüendo, ou não foi objeto de algum acordo, dependeria, para ser
executada, da constituição do crédito pelo magistrado sem que este tivesse determinado o pagamento do salário, que é exatamente a
causa e a base da sua justificação.
O Min. Ricardo Lewandowski, em acréscimo aos fundamentos do relator, aduziu que a execução de ofício de contribuição social
antes da constituição do crédito, apenas com base em sentença trabalhista que reconhece o vínculo empregatício sem fixar quaisquer
valores, viola também o direito ao contraditório e à ampla defesa. Em seguida, o Tribunal, por maioria, aprovou proposta do Min. Menezes
Direito, relator, para edição de súmula vinculante sobre o tema, e cujo teor será deliberado nas próximas sessões. Vencido, no ponto, o
Min. Marco Aurélio, que se manifestava no sentido da necessidade de encaminhamento da proposta à Comissão de Jurisprudência.
Leading case: RE 569.056, Min. Menezes Direito.
Atualizado em 19/4/2010. 41
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Em que pese o reconhecimento da não-recepção dos dispositivos legais, o Tribunal negou provimento ao recurso extraordinário,
mantendo o acórdão que autorizava a utilização do salário mínimo no caso concreto, asseverando que a alteração da base de cálculo do
adicional de insalubridade e do correspondente critério de reajuste dependerá de lei de iniciativa do Poder Executivo, e que não cabe ao
Poder Judiciário atuar como legislador positivo, para substituir os critérios legais de cálculo. A relatora, Min. Cármen Lúcia, durante a
sessão e após os debates, reajustou seu voto, que inicialmente previa a conversão em reais do valor do salário mínimo e a sua atualização
por índices oficiais, para assentar a impossibilidade da substituição do parâmetro até que o legislador o faça.
Leading case: RE 565.714, Min. Cármen Lúcia
Súmula Vinculante nº 4 - Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador
de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
Atualizado em 19/4/2010. 42
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de 5 anos, previstos no CTN. Inconstitucionalidade do parágrafo único do art. 5º do Decreto-Lei 1.569/77, que determinava que o
arquivamento das execuções fiscais de créditos tributários de pequeno valor seria causa de suspensão do prazo prescricional.
Leading cases: RE 560.626, RE 556.664 e RE 559.882, Min. Gilmar Mendes; RE 559.943, Min. Cármen Lúcia.
Súmula vinculante nº 8 – São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei
8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.
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29. EXTENSÃO A APOSENTADOS DO PAGAMENTO DA GRATIFICAÇÃO POR ATIVIDADE DE MAGISTÉRIO – GAM. LEI
COMPLEMENTAR ESTADUAL 977/05. EC 41/03, ART. 7º. DIREITO À PARIDADE DE PROVENTOS DE INATIVIDADE
COM VENCIMENTOS PAGOS AOS SERVIDORES ATIVOS
A Gratificação por Atividade de Magistério - GAM, instituída pela Lei Complementar estadual 977/2005, estende-se aos servidores
que ingressaram no serviço público antes da publicação das Emendas Constitucionais 20/98 e 41/2003 e se aposentaram após a EC
41/2003, observados os requisitos estabelecidos nos artigos 2º e 3º da EC 47/2005, bem como respeitado o direito de opção pelo regime
transitório ou pelo novo regime. Com base nesse entendimento, o Tribunal proveu, em parte, recurso extraordinário interposto contra
acórdão que reputara legítima a extensão do pagamento da GAM aos autores que se aposentaram até a data da publicação da EC
41/2003, ao fundamento de que o art. 7º da referida emenda constitucional teria assegurado o direito à paridade de proventos de
inatividade com os vencimentos pagos aos servidores ativos apenas àqueles que já recebiam proventos de aposentadoria ou pensão na
data da publicação da EC 41/2003. Asseverou-se, inicialmente, que a GAM deveria ser estendia aos professores inativos, haja vista que a
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legislação de regência não teria explicitado, em nenhum de seus dispositivos, quaisquer circunstâncias especiais ou requisitos para o seu
recebimento, alcançando ela, sem exceção, todos os servidores do quadro do magistério paulista em atividade. Considerou-se, assim, que
a Lei Complementar 977/2005 teria instituído verdadeiro aumento de vencimentos aos servidores do referido quadro de magistério,
aplicando-se o disposto no art. 40, § 8º, da CF.
Prosseguindo, aduziu-se que a EC 41/2003 extinguiu o direito à paridade dos proventos para os servidores que ingressaram no
serviço público após a sua publicação, tendo-o, entretanto, assegurado aos que estavam na fruição da aposentadoria na data de sua
publicação, estendendo-lhes quaisquer vantagens ou benefícios posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
concessão da pensão (EC 41/2003, art. 7º). Observou-se que, relativamente aos servidores que ingressaram no serviço público antes da
EC 41/2003 e se aposentaram após a sua edição, seria necessário observar a incidência de regras de transição fixadas pela EC 47/2005, a
qual complementou a reforma previdenciária com efeitos retroativos à data de vigência da EC 41/2003 (EC 47/2005, art. 6º). Explicou-se
que, nesses casos, duas situações ensejariam o direito à paridade e à integralidade de vencimentos, quais sejam, a dos servidores que
ingressaram, de modo geral, no serviço público antes da EC 41/2003, e a dos servidores que ingressaram antes da EC 20/98. No ponto,
ressaltou-se que, no que tange aos primeiros, o art. 2º da EC 47/2005 teria garantido a integralidade e a paridade desde que atendidos, de
forma cumulativa, estes requisitos: 1) 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher; 2) 35 anos de contribuição, se homem;
30, se mulher; 3) 20 anos de efetivo exercício no serviço público, e 4) 10 anos de carreira e 5 anos de efetivo exercício no cargo em que se
der a aposentadoria. Acresceu-se, ainda, a redução, em 5 anos, nos limites de idade e de tempo de contribuição para os professores do
ensino infantil, fundamental e médio. Já no que respeita aos segundos, o direito à paridade e à integralidade teria sido assegurado pelo art.
3º, parágrafo único, da EC 47/2005, desde que presentes estas condições: 1) 35 anos de contribuição, se homem, e 30, se mulher; 2) 25
anos de efetivo exercício no serviço público, 15 anos de carreira e 5 anos no cargo em que se der a aposentadoria e 3) idade mínima
resultante da redução, relativamente aos limites do art. 40, § 1º, III, a, da CF, de 1 ano de idade para cada ano de contribuição que exceder
os limites acima descritos.
Leading case: RE 590.260, Min. Ricardo Lewandowski
Atualizado em 19/4/2010. 46
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pronunciamentos da Corte, quando se poderia alegar expectativa do término da cobrança do tributo, por maior razão não se deveria
reconhecer a incidência desse prazo quando havia mera expectativa de alíquota menor. Vencidos os Ministros Carlos Britto, Marco Aurélio
e Celso de Mello, que desproviam o recurso, ao fundamento de que a EC 42/2003, ao revogar o inciso II do § 3º do art. 84 do ADCT,
incluído pela EC 37/2002, o qual previa a alíquota de 0,08% da CPMF para o exercício financeiro de 2004, não teria apenas prorrogado a
cobrança dessa contribuição, mas também majorado sua alíquota, causando surpresa aos contribuintes e afrontando o princípio da
anterioridade nonagesimal.
Leading case: RE 566.032, Min. Gilmar Mendes
31. COFINS. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. NECESSIDADE DE LEI COMPLEMENTAR. LEI Nº 9.718/98, ARTIGO 8º.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal confirmou o entendimento da Corte no sentido da inconstitucionalidade do parágrafo 1º do
artigo 3º da Lei 9.718/98, que alargou a base de cálculo do PIS e da Cofins, para reconhecer que a receita bruta (faturamento) seria a
“totalidade das receitas auferidas” pelas empresas.
A decisão, tomada no julgamento do Recurso Extraordinário 527602, seguiu o entendimento do ministro Marco Aurélio, para quem
o novo conceito de faturamento criado pelo dispositivo questionado – uma lei ordinária, foi além do que previu a Constituição Federal – que
determinava a necessidade de uma lei complementar para tal.
Já o artigo 8º da mesma lei, que aumentou a alíquota da contribuição, de 2% para 3%, foi considerado constitucional pela Corte,
uma vez que não existe a necessidade de lei complementar para tratar do aumento da alíquota.
Os ministros se mantiveram fiéis a uma série de REs julgados recentemente pela Corte que tratavam deste assunto – como os
recursos 357950, 390840, 358273, 346084 e 336134.
Leading case: RE 527.602, Min. Eros Grau, relator para o acórdão Min. Marco Aurélio
Atualizado em 19/4/2010. 47
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Aduziu o relator que, depois, o Decreto-Lei 1.248/72 ampliou o incentivo para incluir as operações nas quais o industrial vendesse a
sua produção no mercado interno a empresa comercial exportadora (produtor-vendedor), desde que destinada ao exterior, mas que o
Decreto-Lei 1.894/81 acabou excluindo esse produtor-vendedor do conjunto de beneficiários. Quanto às normas concernentes à vigência
temporal do crédito-prêmio do IPI, registrou que foi editado o Decreto-Lei 1.658/79, que reduziu gradualmente o crédito-prêmio até a sua
extinção definitiva em 30.6.83, porém, antes de sobrevir o termo final por ele estabelecido, outros diplomas teriam sido editados, dispondo
sobre o prazo de vigência do aludido incentivo. No ponto, citou o Decreto-Lei 1.722/79, que autorizou o Ministro de Estado da Fazenda a
reduzir, paulatinamente, o incentivo fiscal, até 30.6.83, o Decreto-Lei 1.724/79, que, promovendo nova alteração na sistemática, revogou as
disposições em contrário e delegou ao Ministro de Estado da Fazenda a atribuição de fixar a data de extinção do incentivo, e o Decreto-Lei
1.894/81, que restabeleceu o estímulo fiscal sem prazo de vigência, estendendo-o às empresas exportadoras de produtos de fabricação
nacional, adquiridos no mercado interno, delegando, novamente, ao Ministro da Fazenda poderes para extingui-lo. Com base nessas
autorizações, disse que o Ministro da Fazenda editou diversas Portarias, tratando do crédito-prêmio do IPI, dentre as quais se destacaria a
Portaria 176/84, a qual determinou a extinção definitiva do referido incentivo em 1º.5.85. Afirmou, ainda, que, de 1985 até a promulgação
da CF/88 (art. 41, § 1º, do ADCT), nenhuma outra norma teria sido editada tratando expressamente da vigência do crédito-prêmio do IPI,
havendo, entretanto, o Decreto-Lei 2.413, de 10.2.88, reconhecido, implicitamente, que o incentivo fiscal teria se mantido íntegro até aquela
data.
O relator informou, em seguida, que o Supremo teria declarado a inconstitucionalidade parcial do art. 1º do referido Decreto-Lei
1.724/79 e do inciso I do art. 3º do Decreto-Lei 1.894/81, por considerar que a delegação de atribuições ao Ministro da Fazenda para
reduzir, suspender ou extinguir o incentivo em questão afrontaria o art. 6º da CF/67, alterada pela EC 1/69 (RE 186623/RS, DJU de
12.4.2002; RE 186359/RS, DJU de 10.5.2002; RE 180828/RS, DJU de 14.3.2003), o que teria levado o Senado Federal a editar a
Resolução 71/2005, a qual suspendeu a execução das expressões declaradas inconstitucionais. Ante a profusão de normas relativas ao
crédito-prêmio e a superveniente declaração de inconstitucionalidade parcial dos aludidos dispositivos, três soluções diferentes teriam
passado a ser defendidas e adotadas pelos especialistas e tribunais: 1) o crédito-prêmio teria sido revogado em 30.6.83 pelo Decreto-Lei
1.658/79; 2) o crédito-prêmio teria sido extinto em 5.10.90, nos termos do art. 41 do ADCT, em especial diante de seu caráter setorial; 3) o
crédito-prêmio continuaria em vigor até hoje, haja vista que, por não possuir natureza setorial, não teria sido abrangido pelo art. 41 do
ADCT. Para o relator, ao declarar inconstitucional apenas a delegação de atribuições ao Ministro da Fazenda para promover a redução,
suspensão ou extinção do crédito-prêmio, as decisões do Supremo teriam preservado a competência daquele para aumentar o incentivo,
bem como a norma que o instituiu sem prazo definido de vigência (DL 491/69). Assim, com fundamento no princípio da conservação dos
atos jurídicos, essa declaração parcial de inconstitucionalidade não só não teria expungido o crédito-prêmio do ordenamento jurídico, como
teria tornado indeterminado o seu termo final de vigência, condicionado, no entanto, ao disposto no art. 41, § 1º, do ADCT.
Em seguida, o Min. Ricardo Lewandowski, tendo em conta o disposto na norma transitória, e asseverando que incentivos ou
estímulos fiscais são todas as normas jurídicas ditadas com finalidades extrafiscais de promoção do desenvolvimento econômico e social
que excluem total ou parcialmente o crédito tributário, afirmou que a natureza de estímulo fiscal do crédito-prêmio estaria claramente
evidenciada tanto por essa definição quanto pela terminologia utilizada pelos sucessivos textos normativos que trataram do tema, desde o
Decreto-Lei 491/69. Ressaltou, ademais, o fato de o crédito-prêmio ter sido criado com o objetivo de promover o desenvolvimento de um
setor determinado da economia, qual seja, o setor industrial, por meio do incentivo à exportação de produtos manufaturados. Aduziu que,
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ao elaborar o art. 41 do ADCT, os legisladores constituintes teriam pretendido rever todos os incentivos fiscais vigentes à época, com
exceção dos de natureza regional. Concluiu o relator que, por ser um incentivo fiscal de cunho setorial, o crédito-prêmio do IPI, para
continuar vigorando, deveria ter sido confirmado, portanto, por lei superveniente no prazo de dois após a publicação da CF/88, e que, como
isso não ocorreu, teria sido extinto, inexoravelmente, em 5.10.90. Por fim, o Tribunal deliberou no sentido de adotar as regras do art. 543-B
do CPC.
Leading cases: RE 561.485 e RE 577.348, Min. Ricardo Lewandowski
33. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL E JUÍZO FEDERAL DA MESMA SEÇÃO JUDICIÁRIA.
ART. 105, I, “D”, DA CF.
Compete ao Tribunal Regional Federal o julgamento de conflito de competência estabelecido entre Juizado Especial Federal e juiz
de primeiro grau da Justiça Federal da mesma Seção Judiciária. Com base nesse entendimento, o Tribunal proveu recurso extraordinário,
para anular acórdão do Superior Tribunal de Justiça, determinando-se a remessa dos autos ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a
fim de que julgue, como entender de direito, o conflito de competência entre o Juízo Federal do 7º Juizado Especial e o Juízo Federal da
35ª Vara da Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro. Na espécie, o STJ, dando solução ao aludido conflito, declarara o Juízo Federal
competente para julgar ação declaratória de nulidade, cumulada com pedido de pensão por falecimento, ajuizada contra o INSS. Contra
essa decisão, o Ministério Público interpusera agravo regimental, ao qual fora negado provimento, o que ensejara a interposição do recurso
extraordinário. Salientou-se, inicialmente, que, nos termos do art. 105, I, d, da CF, a competência do STJ para julgar conflitos de
competência está circunscrita aos litígios que envolvam tribunais distintos ou juízes vinculados a tribunais diversos. Considerou-se que a
competência para dirimir o conflito em questão seria do Tribunal Regional Federal ao qual o juiz suscitante e o juizado suscitado estariam
ligados, haja vista que tanto os juízes de primeiro grau quanto os que integram os Juizados Especiais Federais estão vinculados àquela
Corte. No ponto, registrou-se que esse liame de ambos com o tribunal local restaria caracterizado porque: 1) os crimes comuns e de
responsabilidade dos juízes de primeiro grau e das Turmas Recursais dos Juizados Especiais são julgados pelo respectivo Tribunal
Regional Federal e 2) as Varas Federais e as Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais são instituídos pelos respectivos
Tribunais Regionais Federais, estando subordinados a eles administrativamente.
Reportou-se à orientação firmada pelo Tribunal no julgamento do HC 86834/SP (DJU de 9.3.2007), no sentido de reconhecer a
competência do Tribunal Regional Federal para o julgamento dos crimes comuns e de responsabilidade praticados por juízes de primeiro
grau e das Turmas Recursais. Citou-se, também, o disposto na Lei 10.259/2001, que comete aos Tribunais Regionais Federais a faculdade
de instituir os Juizados Especiais Federais e de estabelecer sua competência, bem como lhes atribui o poder-dever de coordenar e prestar
suporte administrativo aos Juizados Especiais (artigos 21, 22 e 26). Observou-se, ademais, que a Constituição não arrola as Turmas
Recursais dentre os órgãos do Poder Judiciário, os quais são por ela discriminados no art. 92, de forma taxativa, outorgando-lhes, apenas,
a incumbência de julgar os recursos oriundos dos Juizados Especiais. Considerou-se que a Constituição não conferiu, portanto, às Turmas
Recursais, integradas por juízes de primeiro grau, a natureza de órgãos autárquicos ou a qualidade de tribunais, também não lhes tendo
outorgado qualquer autonomia com relação aos Tribunais Regionais Federais. Explicou-se que, por isso, contra suas decisões não cabe
recurso especial ao STJ, mas sim recurso extraordinário ao Supremo. Assim, não sendo possível qualificar as Turmas Recursais como
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tribunais, não seria lícito concluir que os juízes dos Juizados Especiais estariam a elas vinculados, salvo — e exclusivamente — no que
concerne ao reexame de seus julgados.
Leading case: RE 590.409, Min. Ricardo Lewandowski
34. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. EMPRESA PRIVADA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. TERCEIRO
NÃO-USUÁRIO DO SERVIÇO. ART 37, § 6º DA CF.
Enfatizando a mudança da jurisprudência sobre a matéria, o Tribunal, por maioria, negou provimento a recurso extraordinário
interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, que concluíra pela responsabilidade civil objetiva de
empresa privada prestadora de serviço público em relação a terceiro não-usuário do serviço. Na espécie, empresa de transporte coletivo
fora condenada a indenizar danos decorrentes de acidente que envolvera ônibus de sua propriedade ciclista, o qual falecera. Inicialmente,
o Tribunal resolveu questão de ordem suscitada pelo Min. Marco Aurélio, no sentido de assentar a necessidade de se ouvir o Procurador-
Geral da República, em face do reconhecimento da repercussão geral e da possibilidade da fixação de novo entendimento sobre o tema,
tendo o parquet se pronunciado, em seguida, oralmente.
No mérito, salientando não ter ficado evidenciado, nas instâncias ordinárias, que o acidente fatal que vitimara o ciclista ocorrera por
culpa exclusiva deste ou em razão de força maior, reputou-se comprovado o nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano
causado ao terceiro não-usuário do serviço público, e julgou-se tal condição suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da
pessoa jurídica de direito privado, nos termos do art. 37, § 6º, da CF (“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”). Asseverou-se que não se poderia interpretar restritivamente o alcance do
art. 37, § 6º, da CF, sobretudo porque a Constituição, interpretada à luz do princípio da isonomia, não permite que se faça qualquer
distinção entre os chamados “terceiros”, ou seja, entre usuários e não-usuários do serviço público, haja vista que todos eles, de igual modo,
podem sofrer dano em razão da ação administrativa do Estado, seja ela realizada diretamente, seja por meio de pessoa jurídica de direito
privado. Observou-se, ainda, que o entendimento de que apenas os terceiros usuários do serviço gozariam de proteção constitucional
decorrente da responsabilidade objetiva do Estado, por terem o direito subjetivo de receber um serviço adequado, contrapor-se-ia à própria
natureza do serviço público, que, por definição, tem caráter geral, estendendo-se, indistintamente, a todos os cidadãos, beneficiários
diretos ou indiretos da ação estatal. Vencido o Min. Marco Aurélio que dava provimento ao recurso por não vislumbrar o nexo de
causalidade entre a atividade administrativa e o dano em questão.
Leading case: RE 591.874, Min. Ricardo Lewandowski
35. SERVIDOR PÚBLICO. FÉRIAS. DIREITO DE SERVIDOR PÚBLICO COMISSIONADO A PERCEBER FÉRIAS NÃO
GOZADAS ACRESCIDAS DE UM TERÇO.
O Tribunal desproveu recurso extraordinário interposto pelo Estado do Rio Grande do Norte contra acórdão que mantivera
sentença que reconhecera a servidor público ocupante de cargo comissionado o direito a receber, quando exonerado, o valor referente às
férias não usufruídas, acrescido de um terço. Alegava o Estado recorrente que, como não tinha gozado as férias, o servidor não teria direito
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ao referido adicional. Na linha do que decidido no julgamento do RE 324656/RJ (DJU de 17.8.2006), no sentido de que não é o gozo de
férias que garante o adicional de, pelo menos, um terço a mais, e sim o próprio direito às férias constitucionalmente assegurado (CF, art.
7º, XVII), entendeu-se que, no caso, haveria dupla punição do servidor exonerado, que, além de não poder gozar as férias por necessidade
de serviço, também não recebera o acréscimo de um terço, o que configuraria, ainda, enriquecimento ilícito do Estado. Rejeitou-se,
ademais, a alegação do recorrente de que o terço constitucional não seria devido, por não dispor a legislação estadual (Lei Complementar
122/94, art. 83) de previsão do seu pagamento para a hipótese de férias não gozadas, haja vista não ser possível à legislação
infraconstitucional restringir um direito constitucional garantido ao trabalhador.
Leading case: RE 570.908, Min. Cármen Lúcia
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37. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE (ART. 150, III, “c”, DA CF). IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
E SERVIÇOS (ICMS). LEI ESTADUAL QUE PRORROGA MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA ESTABELECIDA EM LEI
ANTERIOR. CONSTITUCIONALIDADE.
O Tribunal, à maioria, fixou entendimento segundo o qual não viola o princípio da anterioridade nonagesimal (art. 150, III, “c”, da
CF) lei que simplesmente prorroga a majoração de alíquota estabelecida em lei anterior. No caso, o Estado de São Paulo interpôs recurso
extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça local que afastara a Lei estadual n.º 11.813, de 16.12.2004, que prorrogara, para o ano
de 2005, a majoração da alíquota do ICMS, de 17% para 18%. Deu-se provimento ao recurso extraordinário, com fundamento em que o
princípio da anterioridade nonagesimal somente se aplica nos casos de instituição ou majoração de tributo, e não no caso de simples
prorrogação de alíquota já incidente anteriormente. No mesmo sentido, citaram-se os julgamentos da ADI 2.673/DF, rel. Min. Ellen Gracie,
DJ 6.12.2002, e do RE 566.032-RG, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 22.10.2009.
Ficaram vencidos os Ministros Carlos Britto, Marco Aurélio e Celso de Mello, que entendiam tratar-se de majoração de alíquota,
visto que a lei anterior previa a vigência da alíquota do ICMS em 18% somente até 31.12.2004, de modo que a nova lei, prorrogando esse
prazo, causaria surpresa ao contribuinte, violando a Constituição Federal.
Leading case: RE 584.100, Min. Ellen Gracie
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39. ICMS. ALÍQUOTA. LEI ESTADUAL QUE PRORROGA MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA ESTABELECIDA EM LEI
ANTERIOR. PROIBIÇÃO DE VINCULAÇÃO DE RECEITA DE IMPOSTOS. ART. 167, IV DA CF. LEIS Nº 9.903/97 E
10.136/98 DE SÃO PAULO
O Tribunal, à maioria, decidiu pela constitucionalidade da Lei nº 9.903/97 do Estado de São Paulo, por entender que o referido
diploma legal não estabelece qualquer vinculação de arrecadação do imposto sobre circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços (ICMS). No julgamento, não ficou configurada a ofensa ao art. 167, inciso IV, da Constituição Federal, negando-se provimento ao
recurso extraordinário.
Assim, foram afastadas as alegações da recorrente, a empresa Heral S.A. Indústria Metalúrgica, de que a lei impugnada mantinha
a vinculação do valor relativo à majoração do ICMS à capitalização da Nossa Caixa, do Banco do Estado de São Paulo (Banespa) ou a um
programa habitacional, existente desde 1989. Para a recorrente, não obstante a Lei paulista não preveja expressamente a vinculação do
adicional arrecadado, exige a divulgação, no Diário Oficial do Estado, dos gastos da arrecadação adicional, o que configuraria violação ao
referido dispositivo constitucional.
O Ministro Marco Aurélio ficou vencido, por entender que havia vinculação de receita, em razão da obrigatoriedade da publicação
da destinação do excesso arrecadado com a majoração do imposto.
Leading case: RE 585.535-RG, Min. Ellen Gracie.
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do regime da repercussão geral aos recursos protocolados em data anterior à regulamentação do referido instituto; e e) autorizar os
Tribunais, Turmas Recursais e de Uniformização a adotar os procedimentos previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC, especificamente a
retratação das decisões ou a inadmissibilidade dos recursos extraordinários, sempre que as decisões contrariarem ou se pautarem pela
jurisprudência desta Casa e forem contrastadas por recursos extraordinários.
Leading case: RE 597.389-QO, Min. Gilmar Mendes
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que não se verifique identidade integral entre uma base e a outra, não ofende o § 2º do art. 145 da CF. Vencidos os Ministros Carlos Britto
e Marco Aurélio que o desproviam. O relator, em seguida, apresentou proposta de novas súmulas vinculantes e a remeteu à Comissão de
Jurisprudência.
Leading case: RE 576.321-QO, Min. Ricardo Lewandowski
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10. BASE DE CÁLCULO DA COFINS E INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 3º, § 1º, DA LEI 9.718/98
O Tribunal resolveu questão de ordem no sentido de reconhecer a existência de repercussão geral da questão constitucional,
reafirmar a jurisprudência da Corte acerca da inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei 9.718/98, que ampliou a base de cálculo da
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS, e negar provimento a recurso extraordinário interposto pela União.
Vencido, parcialmente, o Min. Marco Aurélio, que entendia ser necessária a inclusão do processo em pauta. Em seguida, o Tribunal, por
maioria, aprovou proposta do Min. Cezar Peluso, relator, para edição de súmula vinculante sobre o tema, e cujo teor será deliberado nas
próximas sessões. Vencido, também nesse ponto, o Min. Marco Aurélio, que se manifestava no sentido da necessidade de encaminhar a
proposta à Comissão de Jurisprudência.
Leading case: RE 585.235-QO, Min. Cezar Peluso.
11. VALIDADE DO TERMO DE ADESÃO DA LC 110/2001 PARA PAGAMENTO DE DIFERENÇAS DE FGTS. SÚMULA
VINCULANTE 1
O Tribunal, por maioria, resolveu questão de ordem suscitada em recurso extraordinário, pelo Min. Gilmar Mendes, Presidente, no
sentido de reconhecer a repercussão geral da questão constitucional nele analisada, concernente à ofensa ao ato jurídico perfeito por
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decisão que desconsidera a validade dos acordos comprovadamente firmados com a Caixa Econômica, decorrentes do termo de adesão
previsto na LC 110/2001, que trata de correção monetária dos saldos em conta do FGTS. O Tribunal também reafirmou a jurisprudência da
Corte quanto ao tema, citando o Enunciado 01 de sua Súmula Vinculante (“Ofende a garantia constitucional do ato termo de adesão
instituído pela Lei Complementar nº 110/2001.”), e denegou a distribuição do recurso, bem como de todos os demais versando a mesma
matéria, determinando, ainda, a devolução dos autos à origem para adoção dos procedimentos previstos no art. 543-B, § 3º, do Código de
Processo Civil. Vencido, parcialmente, o Min. Marco Aurélio que não aplicava o novo regime da repercussão geral aos recursos interpostos
em data anterior à regulamentação desse instituto.
Leading case: RE 591.068-QO, Min. Gilmar Mendes.
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de todos os demais recursos que versem essa mesma matéria, com devolução dos autos à origem, para adoção do novo regime de
julgamento dos recursos extraordinários e agravos, previsto no art. 543-B, do CPC. Vencido, na questão, o Min. Marco Aurélio.
Leading case: RE 582.650-QO, Min. Ellen Gracie.
Súmula vinculante nº 7 - A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional 40/2003, que limitava a taxa
de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicabilidade condicionada à edição de lei complementar.
14. PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO PENAL EM CASO DE DESCUMPRIMENTO DAS MEDIDAS DA TRANSAÇÃO PENAL
HOMOLOGADA
O Tribunal, em julgamento de questão de ordem, reconheceu a repercussão geral do tema (para os fins do art. 543-B, § 3º, do
CPC) e, no mérito, negou provimento ao recurso extraordinário, para reafirmar a jurisprudência da Corte no sentido de que, em caso de
descumprimento das medidas estabelecidas na transação penal (art. 76 da Lei n.º 9.099/95), deve-se proceder à remessa dos autos ao
Ministério Público a fim do prosseguimento da ação penal. Aduziu-se que a homologação da transação penal não faz coisa julgada
material.
Leading case: RE 602.072-QO, Min. Cezar Peluso.
16. AUSÊNCIA DE REQUISIÇÃO DO RÉU PRESO PARA COMPERECER A AUDIÊNCIA DE OITIVA DE TESTEMUNHA,
REALIZADA MEDIANTE CARTA PRECATÓRIA
O Tribunal reconheceu a repercussão geral da matéria (para os fins do art. 543-B, § 3º, do CPC) e negou provimento ao recurso
extraordinário interposto pela defesa do réu. O recorrente alegava nulidade do processo em razão do não comparecimento do réu à
audiência de oitiva de testemunhas realizada por meio de carta precatória, por violação ao devido processo legal (art. 5º, inciso LIV, da CF).
O relator, acompanhado pela maioria, entendeu não haver nulidade, visto que o réu não manifestou intenção de comparecer ao ato
processual, citando precedentes (RHC 81.302, HC 67.755 e HC 68.436, dentre outros).
Ficaram vencidos os Ministros Marco Aurélio, sob o fundamento de tratar-se de formalidade essencial, e Celso de Mello, que
afirmou que o acusado, preso ou não, tem direito de audiência e de presença, independentemente dos inconvenientes administrativos de
seu deslocamento.
Leading case: RE 602.543-QO, Min. Cezar Peluso.
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62 Pagamento da correção das tabelas dos serviços prestados ao RE 602.324-RG Min. Ellen 06/11/09
Sistema Único de Saúde – SUS, em virtude da implantação do
Plano Real.
63 Incidência do imposto de renda sobre verbas rescisórias AI 705.941-RG Min. Peluso 20/11/09
decorrentes de adesão a plano de demissão voluntária. Matéria
infraconstitucional.
64 Termo inicial dos juros moratórios em ação de repetição de indébito RE 596.492-RG Min. Ellen Gracie 05/02/10
tributário. Trânsito em julgado da decisão. Art. 167 do CTN e
Súmula STJ 188. Matéria infraconstitucional.
65 Base de cálculo do adicional de periculosidade dos empregados do RE 602.162-RG Min. Ellen Gracie 05/02/10
setor de energia elétrica. Lei n.º 7.369/85 e Súmula TST 191.
Matéria infraconstitucional.
66 Direito Processual do Trabalho. Pressupostos de admissibilidade de AI 751.478-RG Min. Dias Toffoli 12/02/10
Ação Rescisória. Matéria infraconstitucional.
67 Direito do Trabalho. Contrato temporário. Categoria profissional AI 776.522-RG Min. Dias Toffoli 05/03/10
especial. Professores. Férias. Incidência do terço constitucional
sobre a integralidade do período de férias gozadas. Matéria restrita
ao plano do direito local.
68 Processual Civil. Greve dos membros das carreiras jurídicas da AI 778.850 Min. Ayres Britto 12/03/10
Advocacia-Geral da União. Suspensão ou devolução de prazos
processuais. Matéria infraconstitucional.
69 Direito Administrativo. Servidor Público. Gratificação especial para RE 569.066 Min. Ellen Gracie 12/03/10
assessores jurídicos do Estado do Rio Grande do Sul. Leis
Estaduais 6.371/93, 6.568/94 e 6.615/94. Matéria
infraconstitucional.
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73 Direito do consumidor. Serviço de telefonia. Cobrança de pulsos. AI 777.749-QO Min. Gilmar 15/04/10
Discriminação de pulsos excedentes à franquia mensal. Matéria Mendes
infraconstitucional. (Negou-se RG para o mérito da questão dos
pulsos. A questão da competência teve RG reconhecida no RE
561.574-RG e mérito julgado no RE 571.572).
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62 Servidor público. Remuneração. Base de cálculo de adicional por tempo de RE 563.708-RG Min. Cármen 09/02/08
serviço. Art. 37, inc. XIV, da Constituição da República. Interpretação do
citado dispositivo constitucional posterior à promulgação da EC 19/98.
63 Servidor público. Militar. Previdência. Aposentadoria especial de policiais RE 567.110-RG Min. Cármen 09/02/08
contida no art. 1º, inc. I, da Lei Complementar n. 51/1985. Eventual conflito
com o art. 40, § 4º (EC 20/1998), da Constituição da República.
64 Previdência social. Benefício assistencial de prestação continuada. Idoso. RE 567.985-RG Min. Marco 09/02/08
Renda per capita familiar inferior a meio salário mínimo. Art. 203, inc. V, da Aurélio
Constituição da República. Alteração do critério objetivo de aferição do
estado de pobreza modificado para meio salário mínimo, ante o disposto nas
Leis n. 9.533/97 e 10.689/2003. Comprovação da miserabilidade por outros
critérios que não os adotados pela Lei n. 8.742/93, declarada constituição
pelo STF na ADI 1.232.
65 Precatório. Fracionamento de precatório judicial para pagamento de parte RE 568.647-RG, Min. Marco 09/02/08
incontroversa. Alegada violação do art. 100, §§ 1º e 4º, da Constituição da substituído pelo RE Aurélio / Min.
República. 591.740 (Min. Eros) Eros Grau
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90 Possibilidade de imposição de efeitos próprios de sentença penal AI 762.146RG Min. Peluso 04/09/09
condenatória à transação penal prevista na Lei nº 9.099/95. Liberdade e
propriedade. Princípios do devido processo legal, contraditório e presunção
de inocência.
91 Competência para julgar causas envolvendo complementação de RE 586.453-RG Min. Ellen 11/09/09
aposentadoria por entidades de previdência privada.
92 Constitucionalidade do recolhimento do FGTS no caso de contratação sem RE 596.478-RG Min. Ellen 11/09/09
concurso público, prevista no art-19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP
2164-41/2001.
93 Prisão preventiva. Flagrante. Tráfico de drogas. Crime hediondo. Cabimento RE 601.384-RG Min. Ellen 11/09/09
de liberdade provisória sem fiança.
94 Contribuição adicional de 2,5% sobre a folha de salários, a ser paga por RE 598.572-RG Min. Ricardo 18/09/09
bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de
títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil,
cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização,
agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de
previdência privada abertas e fechadas. Art. 22, § 1º, da Lei 8.212/91.
Princípios da isonomia e capacidade contributiva. Art. 195, I, da CF.
95 Reserva de vagas (sistema de cotas). Ação afirmativa, Universidade Federal RE 597.285-RG Min. Ricardo 18/09/09
do Rio Grande do Sul – UFRGS. Princípio da proporcionalidade.
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Matéria
Repercussão em análise no Processo relacionado
Processo Relator Processo Relator Vista
1 Expedição de precatório complementar sem necessidade de RE 605.481 Min. Ellen Gracie --- --- ---
citação da Fazenda Pública. Alegação de violação ao art. 730
do CPC, à ordem cronológica dos precatórios (art. 100 da
CF/88), bem como à ampla defesa, ao devido processo legal e
ao contraditório. Reconhecimento da repercussão geral.
Ratificação da jurisprudência.
2 Competência legislativa. Lei municipal sobre tempo de espera RE 610.221 Min. Ellen Gracie --- --- ---
de clientes em filas de bancos. Assunto de interesse local.
Reconhecimento da repercussão geral. Ratificação da
jurisprudência.
3 Aplicação de multa para pagamento de precatório não RE 608.852 Min. Ellen Gracie --- --- ---
realizado dentro do prazo. CPC, arts. 14, V, 600 e 601. Matéria
infraconstitucional. Ausência de repercussão geral.
4 Reajuste das tarifas de energia elétrica durante o período de RE 609.448 Min. Ellen Gracie --- --- ---
congelamento de preços, denominado Plano Cruzado,
regulado pelos Decretos-Leis 2.283/86 e 2.284/86. Matéria
infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Ausência de
repercussão geral.
5 Adicional trintenário. Militar reformado. Lei estadual. Matéria RE 609.466 Min. Ellen Gracie --- --- ---
infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Ausência de
repercussão geral.
6 Punição disciplinar restritiva de liberdade imposta com RE 610.218 Min. Ellen Gracie --- --- ---
fundamento em Regulamento Disciplinar da Polícia Militar
instituído por Decreto estadual. Declaração de legalidade do
Regulamento Disciplinar. Alegação violação ao art. 5º, LXI, da
CF/88. Eventual ofensa indireta. Matéria infraconstitucional.
Ausência de repercussão geral.
Atualizado em 19/4/2010. 92
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7 Direito a pensão. Filha de ex-servidor, solteira, maior de 21 RE 610.220 Min. Ellen Gracie --- --- ---
anos de idade. Lei estadual. Matéria infraconstitucional e
restrita ao âmbito do direito local. Ausência de repercussão
geral.
8 Extensão aos inativos de reajustes concedidos a ferroviários RE 610.223 Min. Ellen Gracie --- --- ---
em atividade com base em acordo coletivo. Matéria
infraconstitucional e restrita ao âmbito do direito local.
Ausência de repercussão geral.
9 Direito Administrativo. Servidor público estadual. Gratificação AI 746.996 Min. Dias Toffoli
especial de Técnico de Nível Superior (GTNS). Gratificação
instituída por Lei estadual. Matéria restrita ao plano do direito
local. Ausência de repercussão geral.
10 Administrativo. Servidor público. Policial Civil. Adicional AI 783.172 Min. Dias Toffoli
noturno. Regime de plantão. Matéria restrita ao plano do direito
local. Ausência de repercussão geral.
Atualizado em 19/4/2010. 93
Supremo Tribunal Federal
Gabinete da Presidência
Atualizado em 19/4/2010. 95
Supremo Tribunal Federal
Presidência
Assessoria de Gestão Estratégica
AUTUADOS DISTRIBUÍDOS
MÊS 2007 2008 2009 2010 Diferença * 2007 2008 2009 2010 Diferença *
JAN 11.545 7.423 3.167 4.055 888 21.103 6.503 2.937 2.991 54
FEV 6.559 7.112 3.691 5.034 1.343 6.260 6.973 3.456 2.941 -515
MAR 9.188 7.742 4.672 8.142 3.470 9.014 7.398 4.145 3.408 -737
TOTAL 27.292 22.277 11.530 17.231 5.701 36.377 20.874 10.538 9.340 -1.198
Dados atualizados até: 31/03/2010
** A partir de 17/10/2009 os processos deixaram de ser registrados com numeros de protocolo e passaram a receber diretamente o numero da respectiva
classe processual (autuado).
Autuação X Distribuição
40.000
35.000
30.000
25.000
Quantidade
20.000 36.377
15.000 27.292
22.277 20.874
10.000 17.231
11.530 10.538 9.340
5.000
0
2007 2008 2009 2010 2007 2008 2009 2010
Autuados Distribuídos
Supremo Tribunal Federal
Presidência
Assessoria de Gestão Estratégica
AUTUADOS DISTRIBUÍDOS
Total 17.231 9.340
Diferenças 7.891
20.000
15.000
7.891
10.000
17.231
9.340
5.000
0
AUTUADOS DISTRIBUÍDOS
4000
2500
3500
3000 2000
2500
1500
2000
1500 1000
1000
500
500
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
STM 0 15 19 9 11 15 14 0 83
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1° SEM 2° SEM 1° SEM 2° SEM 1° SEM 2° SEM 1° SEM
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1° SEM 2° SEM 1° SEM 2° SEM 1° SEM 2° SEM 1° SEM
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1° SEM 2° SEM 1° SEM 2° SEM 1° SEM 2° SEM 1° SEM
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
1° SEM 2° SEM 1° SEM 2° SEM 1° SEM 2° SEM 1° SEM
%
SEQ. ASSUNTO QTDE. %
Acumulado
1 ASSUNTO NÃO DISPONÍVEL 6.121 7,38% 7,38%
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR
2 1.446 1,74% 9,12%
PÚBLICO CIVIL | REAJUSTES DE
REMUNERAÇÃO, PROVENTOS OU PENSÃO
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR
3 637 0,77% 9,89%
PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E
BENEFÍCIOS
1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO
4 617 0,74% 10,63%
TRABALHO | ATOS PROCESSUAIS | NULIDADE
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR
5 587 0,71% 11,34%
PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E
BENEFÍCIOS | TETO SALARIAL
%
SEQ. ASSUNTO QTDE. %
Acumulado
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR
14 PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E 422 0,51% 16,38%
BENEFÍCIOS | GRATIFICAÇÃO INCORPORADA /
QUINTOS E DÉCIMOS / VPNI
1 - DIREITO CIVIL | RESPONSABILIDADE CIVIL |
15 412 0,50% 16,87%
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | IPI/
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS
16 405 0,49% 17,36%
INDUSTRIALIZADOS
2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO
1 - DIREITO DO CONSUMIDOR | CONTRATOS DE
17 CONSUMO | BANCÁRIOS | EXPURGOS 398 0,48% 17,84%
INFLACIONÁRIOS / PLANOS ECONÔMICOS
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR
18 397 0,48% 18,32%
PÚBLICO CIVIL | REGIME ESTATUTÁRIO |
ENQUADRAMENTO
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO |
19 INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO | 379 0,46% 18,78%
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS / PLANOS
ECONÔMICOS | POUPANÇA
1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CONTRIBUIÇÕES |
20 366 0,44% 19,22%
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | MILITAR |
21 362 0,44% 19,65%
SISTEMA REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS |
GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | ICMS/
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE
22 357 0,43% 20,09%
MERCADORIAS
2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO
%
SEQ. ASSUNTO QTDE. %
Acumulado
1 - DIREITO PREVIDENCIÁRIO | BENEFÍCIOS EM
ESPÉCIE
2 - DIREITO PREVIDENCIÁRIO | RMI - RENDA
26 314 0,38% 21,67%
MENSAL INICIAL, REAJUSTES E REVISÕES
ESPECÍFICAS | REAJUSTES E REVISÕES
ESPECÍFICOS
1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO
27 TRABALHO | JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA | 300 0,36% 22,03%
COMPETÊNCIA
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR
28 PÚBLICO CIVIL | REAJUSTES DE 292 0,35% 22,38%
REMUNERAÇÃO, PROVENTOS OU PENSÃO |
ÍNDICE DA URV LEI 8.880/1994
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO |
RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO
2 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
29 281 0,34% 22,72%
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR
PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E
BENEFÍCIOS | REVISÃO GERAL ANUAL (MORA
DO EXECUTIVO - INCISO X, ART. 37, CF 1988)
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
30 MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR 268 0,32% 23,05%
PÚBLICO CIVIL | APOSENTADORIA
1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO
TRABALHO | FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E
31 EXTINÇÃO DO PROCESSO | EXTINÇÃO DO 262 0,32% 23,36%
PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO |
ADEQUAÇÃO DA AÇÃO / PROCEDIMENTO
1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO
TRABALHO | LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO /
32 262 0,32% 23,68%
EXECUÇÃO DE SENTENÇA | VALOR DA
EXECUÇÃO / CÁLCULO / ATUALIZAÇÃO
1 - DIREITO PREVIDENCIÁRIO | BENEFÍCIOS EM
33 ESPÉCIE | BENEFÍCIO ASSISTENCIAL (ART. 256 0,31% 23,99%
203,V CF/88)
1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | ISS/
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS
34 239 0,29% 24,27%
2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO
| FATO GERADOR/INCIDÊNCIA
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR
35 PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E 238 0,29% 24,56%
BENEFÍCIOS | REVISÃO GERAL ANUAL (MORA
DO EXECUTIVO - INCISO X, ART. 37, CF 1988)
Supremo Tribunal Federal
Presidência
Assessoria de Gestão Estratégica
%
SEQ. ASSUNTO QTDE. %
Acumulado
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | ATOS
36 237 0,29% 24,85%
ADMINISTRATIVOS | IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA
1 - DIREITO CIVIL | OBRIGAÇÕES |
37 INADIMPLEMENTO | JUROS DE MORA - 232 0,28% 25,13%
LEGAIS/CONTRATUAIS | LIMITAÇÃO DE JUROS
1 - DIREITO DO TRABALHO | CONTRATO
38 INDIVIDUAL DE TRABALHO | FGTS | CORREÇÃO 229 0,28% 25,40%
MONETÁRIA
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
39 MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | 226 0,27% 25,68%
RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR
40 PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E 226 0,27% 25,95%
BENEFÍCIOS | GRATIFICAÇÕES DA LEI
8.112/1990
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
41 MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR 224 0,27% 26,22%
PÚBLICO CIVIL | PENSÃO
1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO
42 TRABALHO | PROCESSO E PROCEDIMENTO | 218 0,26% 26,48%
PROVAS
1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO |
43 211 0,25% 26,74%
RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO |
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO
TRABALHO | LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO /
44 EXECUÇÃO DE SENTENÇA | EFEITO 209 0,25% 26,99%
SUSPENSIVO / IMPUGNAÇÃO / EMBARGOS À
EXECUÇÃO
1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CONTRIBUIÇÕES |
45 CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS | 208 0,25% 27,24%
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
1 - DIREITO DO CONSUMIDOR | CONTRATOS DE
CONSUMO | TELEFONIA
2 - DIREITO CIVIL | OBRIGAÇÕES | ESPÉCIES DE
46 CONTRATOS 202 0,24% 27,48%
3 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS
MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | ENTIDADES
ADMINISTRATIVAS / ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Supremo Tribunal Federal
Presidência
Assessoria de Gestão Estratégica
%
SEQ. ASSUNTO QTDE. %
Acumulado
1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | ICMS/
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE
47 MERCADORIAS 200 0,24% 27,72%
2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO
| BASE DE CÁLCULO
1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO
48 TRABALHO | PARTES E PROCURADORES | 198 0,24% 27,96%
SUCUMBÊNCIA | HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Secretário-Geral da Presidência
Luciano Felício Fuck
e-mail: Luciano.fuck@stf.gov.br
Tel.: (61) 3217.4181
Fax: (61)3217.4526
Gabinete da Presidência
Juíza Federal Auxiliar Taís Schilling Ferraz
e-mail: tais.ferraz@stf.gov.br
assuntosinstitucionais@stf.gov.br
Tel.: (61) 3217.4678
Fax.: (61) 3217.4429
Assessora da Presidência
Christine Oliveira Peter da Silva
e-mail: christine@stf.gov.br
Tel.: (61) 3217.4165