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Empirismo - é uma corrente filosófica que considera que todo o conhecimento é o

resultado das nossas experiências.


A mente é um quadro em branco sobre o qual é gravado o conhecimento através das
sensações.
Só a experiência preenche o espírito com ideias. Não existem ideias inatas elas
formam-se através da experiência (sensações).

Nascemos sem saber o que é uma maçã; formamos a ideia de maçã a partir dos
sentidos: pela cor, pelo aroma, pelo toque na casca, pelo paladar quando a mordemos.
A partir destas sensações a informação chega ao cérebro, dá-se uma reflexão e ficamos
com a ideia de 'maçã'.

O empirismo é considerado a base do método cientifico; o conhecimento cientifico


baseia-se na investigação empírica ( experiência) e no raciocínio dedutivo.

O Empirismo de David Hume

2.1- O Conteúdo do conhecimento: Impressões e ideias.

Segundo Hume o conhecimento é composto por 2 elementos: as impressões e as ideias

Impressões – são todas as nossas sensações ( o que vemos cheiramos, tocamos,


sentimos,...) e sentimentos ( paixões, emoções, desejos...) que resultam da percepção
imediata da realidade, isto é, das experiências vividas.
Estas percepções são vivas e fortes.

Ideias – são as 'recordações' com que ficamos das sensações e sentimentos


experimentados (pensamentos, raciocínios). Ou seja são cópias fracas das impressões.

Para conhecer a maçã:


1ªfase – percepcionamos a maçã pelos sentidos ( cheiro, cor, paladar, textura,...)
2ª fase – 'recordamos' as impressões causadas pela maçã
e obtemos a ideia de maçã.

Verifica-se que:
–as impressões precedem sempre as ideias correspondentes
–as impressões são as causas das nossas ideias.
–Não existem ideias inatas, estas resultam das impressões/experiências vividas.

–Como todas as ideias são cópias pálidas das impressões, significa


que todas tem uma origem empírica. Logo, um surdo nunca poderá formar
qualquer ideia de tipo musical porque nunca ouviu qualquer som musical.

–Também somos capazes de ter ideias de coisas que nunca foram percebidas pelos
nossos sentidos:
EX:Unicórnio; fauno, alienígena
Nestes casos, elas são junções de ideias que já tivemos anteriormente.
Ex: unicórnio = ideia de cavalo+ chifre
fauno = ideia de homem+ bode
alienígena = ideia de homem deformado

Pode-se dizer que Hume aceita a existência de ideias secundárias, que


derivam de impressões da reflexão ( e não das sensações), isto é, que são
mais fruto da imaginação do que da memoria.

2.2 Os Tipos de Conhecimento

Para Hume existem dois tipos de pensamento: Conhecimento de ideias


Conhecimento de questões de facto.

Conhecimento de ideias ( relação entre ideias):

–Estes conhecimentos consistem em analisar o significado dos elementos de


uma proposição e estabelecer relações entre as ideias que ela contem.
( 'o quadrado tem 4 lados', analisamos o significado de 'quadrado' e de ' 4 lados' e
estabelecemos uma relação entre estas 2 ideias)

–Nestas proposições pode-se conhecer a verdade pela simples inspecção


lógica do seu conteúdo, a verdade não depende do confronto com os factos ou com a
experiência.
('O quadrado tem 4 lados' é uma proposição verdadeira pois depende da definição
matemática e não do mundo real)

–Estas proposições não nos dão qualquer conhecimento sobre o que existe ou acontece
no mundo. Permite-nos unicamente formar relações correctas entre ideias.

–São verdades necessárias; a sua negação é contraditória e é logicamente


impossível a sua negação.
( Negar que o 'quadrado tem 4 lados' é impossível pois entra em contradição com a
definição de quadrado)

–Tipo de pensamento usado na matemática e na lógica.


(baseado nas relações entre ideias, na analise lógica e no raciocínio dedutivo)

–São conhecimentos à priori ( não precisam da experiência)

Conhecimento de questões de facto:

- No conhecimento de facto, as proposições tem de ser testadas pela experiência


ou seja, temos de as confrontar com o mundo dos factos para verificar se são
verdadeiras ou falsas (exame empírico).
( O sol nasce todas as manhãs; o livro é pesado...)
- Estas proposições permitem-nos conhecer o mundo e o que nele existe e
acontece.

- È uma verdade contingente, isto é, a negação da proposição não implica uma


contradição.
(O Sol vai nascer amanhã – é verdade mas logicamente não é impossível que
isso não vá acontecer , embora seja pouco provável).

È um conhecimento à posteriori (necessita verificação experimental)


(baseia-se na relação causa-efeito e no raciocínio indutivo)

2.3 Os conhecimentos de facto e a relação de causalidade

O nosso conhecimento do mundo consiste essencialmente em descobrir as causas de


certos efeitos. Nós procuramos explicar os efeitos descobrindo as causas.
Cada proposição tem 2 acontecimentos e nós estabelecemos uma relação de causa-
efeito entre eles: Um é a causa o outro o efeito, e o efeito sucede sempre à causa.

O que entendemos exactamente por relação causal?


Por relação causal ou de casualidade entendemos uma ligação necessária entre dois
acontecimentos.
Um determinado aumento da temperatura (A) é a causa da dilatação de certos corpos.(B)
Verificamos que sempre que se dá A acontece B; assim pensamos que sempre que
acontece A tem de acontecer B , é uma consequência da conjunção constante ou
sucessão regular de A e de B.

Mas será que temos experiência desta ideia de ligação necessária?


Quando dizemos que acontecendo A sempre acontecerá B, estamos a falar de um facto
futuro, que ainda não aconteceu.
A única fonte de verdade dos conhecimentos de facto é a experiência, mas não podemos
experimentar o que ainda irá acontecer.

Segundo Hume o conhecimento dos factos reduz-se ás impressões actuais (Presente) ou


passadas (Passado) não temos impressões sensíveis ou experiência do que ainda não
aconteceu (Futuro) logo não existe conhecimento de factos futuros.

A ideia de relação causal (de uma ligação necessária entre dois fenómenos) :'sempre foi,
sempre será assim' , é uma ideia que não tem qualquer impressão sensível.
Como o critério de verdade de um conhecimento de facto é que uma ideia corresponda a
uma impressão sensível, não temos legitimidade para falar de uma relação causal entre
os dois fenómenos.

Como nasce então a ideia de uma ligação necessária entre causa e efeito?
A ideia da casualidade surge da regularidade, da união de ideias que se repetem muitas
vezes; quando pensamos numa delas surge-nos a ideia da outra por sucessão.
Ou seja,quando vemos muitas vezes dois acontecimentos unidos, somos levados pelo
habito a esperar que o outro se mostre.
Portanto a ideia de casualidade é uma mera associação de ideias pois o vinculo entre
causa-efeito não pode ser demonstrado como objectivamente necessário,dado que o
curso da natureza pode mudar.
O habito e a crença na regularidade da natureza, explicam a ligação e entre os factos mas
não a sua necessária ligação.
A crença na ideia de causalidade é uma projecção psicológica ( desejo que o futuro seja
previsível e portanto controlável), é uma crença subjectiva sem base racional ou empírica.

A analise de Hume é por muitos considerada devastadora e profundamente céptica,


esta ideia de causalidade vem pôr em causa a objectividade do conhecimento cientifico.
Todo o conhecimento procede da experiência, logo todo o conhecimento fica encerrado
no mundo empírico. Não conseguimos obter certezas nem rigor.
Ao abolir o principio de causalidade lança a suspeita em toda a ciência experimental.

Contudo Hume pensa que não podemos deixar de acreditar na ideia da regularidade
constante dos fenómenos porque, sem essa crença, a vida seria impraticável.
A crença numa relação causal é útil não só para a nossa vida quotidiana mas também
para as ciências experimentais.

Com a sua critica ele nunca pretendeu afirmar que não há relações causais no mundo, o
que ele afirma é que racionalmente não podemos justificar essa crença, nem a razão nem
a experiência a podem justificar.
Por uma espécie de instinto natural a mente humana funciona com a ideia de
casualidade, mas isso não significa que seja assim que funciona a natureza.

2.4 O problema do mundo exterior


Segundo Hume a nossa mente conhece unicamente as suas próprias
percepções,ou seja as ideias que derivam das impressões sensíveis.

São portanto estados internos, subjectivos e não constituem prova de que algo
tem uma existência continua e independente fora de nós. (é possível que às
nossas ideias não corresponda nenhuma realidade fora da nossa mente)

È a aparente constância das coisas (as que vimos hoje são semelhantes as que
vimos ontem), que nos leva acreditar que tem uma existência independente
das nossas percepções.(que realmente existem no mundo real)

Para Hume esta crença não é justificável, mas o facto de racionalmente não
poder explicar o mundo externo não quer dizer que ele não exista.
Não podemos conhecer a existência do mundo externo, mas podemos acreditar
que ele existe.

Na verdade não há forma de saber se as impressões e ideias na nossa mente


correspondem a alguma realidade fora de nós. Isto é, será que o mundo real
existe?

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