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12/02/2008 – 3ª feira/1ª aula

DIREITO CIVIL IV – JOSÉ DE RIBAMAR

1ª PROVA – 24 DE ABRIL (FAZER OS EXERCÍCIOS)


2ª PROVA – 26 DE JUNHO

DIREITO DAS OBRIGAÇÕES II

UNIDADE I – DOS PAGAMENTOS ESPECIAIS (ART. 334... CC)


UNIDADE II – DO INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO
UNIDADE III – DAS PERDAS E DANOS
UNIDADE IV – DOS JUROS LEGAIS
UNIDADE V – DA CLÁUSULA PENAL
UNIDADE VI – DAS ARRAS (ENTRADA/”SINAL” NA HORA DE FAZER O
CONTRATO)
UNIDADE VII – DA RESPONSABILIDADE CIVIL (ARTS. 927 À 954 DO CC)
→ SEMINÁRIO

Bibliografia:
Carlos Roberto Gonçalves (Leitura média)
Pablo Stolze Gagliano
Sérgio Cavalieri
Fábio Ulhoa Coelho (Leitura rápida)
J. M. Leone Lopes de Oliveira (fala cada artigo)

14/02/2008 – 5ª feira/2ª aula

Aula do Prof.º Estevão - Vespertino

Transmissão das obrigações


- A obrigação pode ser transmitida do patrimônio de alguém para o de
outra pessoa;
- Quando o sujeito ativo transmite o direito o negócio jurídico é
denominado CESSÃO DE CRÉDITO.
- Quando o sujeito passivo transmite seu dever, chama-se ASSUNÇÃO
DE DÍVIDA (troca do sujeito passivo, outra pessoa assumi a dívida).

Cessão de Crédito
Cedido – devedor; Cedente – titular do crédito; Cessionário –
adquirente do título (novo titular).
- Cessão não depende de anuência do devedor (ex.: cheque que eu
passo pra outra pessoa)
- Só existe impedimento se:
1) for incompatível com a natureza da obrigação. Ex.: crédito
personalístico, salário, pensão...
2) Contrariar a Lei
3) Contrariar o contrato:
- Proteção ao cessionário de boa-fé
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- Deve ser feita a comunicação ao cedido
- O cedente é responsável, perante o cessionário, pela existência do
crédito, não pela solvência do cedido (salvo, cláusula especial). Ex.:
se eu te passei um cheque e a pessoa é insolvente eu não tenho
culpa.
- Diferença entre o valor da prestação transmitida e o pago ao
cedente deve se considerada “despesa de cessão”.

Assunção de Dívida – art. 299 - 303


- Transmissão da obrigação passiva. Ex.: uma empresa que compra
outra empresa, tem que “pegar” as dívidas também, e assim, abater
no valor total.
- Concordância expressa do credor-crédito, depende da solvência ou
idoneidade patrimonial, o silêncio representa NÃO (precisa da
concordância expressa do sujeito ativo).
Art. 299 – não tem validade se o outro agente for insolvente.
§único – o silêncio significa a recusa (quase sempre é o contrário).
Art. 300 - a dívida se transfere e a garantia também.
Art. 301 – houve a anulação daquela assunção, o antigo (do outro
devedor), volta a existir na relação jurídica. Ex.: foi estabelecido um
novo contrato com um novo devedor, que aparentava ser maior de
idade, mas era menor, desta forma o negócio é anulado e o antigo
contrato volta a existir.
Art. 302 – exceção pessoal=”capacidade”, o novo devedor não pode
querer se beneficiar com o benefício o outro devedor. Ex.: se o antigo
devedor era menor, o negócio era anulável, essa exceção é só para o
menor, é pessoal, e não para qualquer devedor, por isso, o novo
devedor não se beneficia também.
Art. 303 – neste caso quem calar consente. Se o devedor não
responder pela dívida quem vai garantir é o próprio imóvel.
Espécies:
• Expromissão – (afastar) interesse do credor, o credor arranja
alguém que venha a substituir o devedor.
• Delegação –
Efeitos:
• Liberatório – Ac x Yd
• Cumulativo – Ac x Bd+Yd. Devedor primitivo e assuntor
substituído, são solidários.

Garantias especiais da obrigação: ver art. 366; uma nova


obrigação feita extingue a anterior.
• Penhor
• Hipoteca
• Fiança
• Seguro
• Anticrese

DO PAGAMENTO – ART. 304/333


Adimplemento
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- Pagamento tem dois sentidos:
1) Sentido estrito (“strito senso”) -> entrega de dinheiro ao sujeito
ativo em cumprimento da obrigação pecuniária.
2) Sentido largo (“latu senso”) -> adimplemento da obrigação de
qualquer natureza, mediante a entrega ao sujeito ativo da prestação
de dar, fazer ou não fazer.

De quem deve pagar


Quem pode pagar: devedor, co-devedor, fiador, sócio, garantidor,
herdeiros – até os bens que o falecido deixou, (interessados e 3º
interessados no cumprimento do débito). E o 3º não interessado, não
há possibilidade de seus bens suprirem as dívidas do outro.
- Pagamento pelo interessado (devedor ao credor)
- Pagamento em nome do devedor pelo terceiro não interessado (que
não estava no negócio); Sub-rogação – ex.: eu paguei, mas, o recibo é
no nome do devedor, pode ser feito por outras pessoas. Todos os
direitos e garantias permanecem.
- Pagamento em nome do próprio terceiro não interessado (a pessoa
paga pelo devedor, mas não assumi a dívida dele, o devedor passa a
dever a este (não é sub-rogação), normalmente ocorre entre pai e
filho.
- Reembolso, salvo se o devedor pudesse ilidir.
Art. 305 – o credor só vai ter direito ao reembolso, mais nada. Ele não
poderá cobrar dos fiadores que tinham contrato com o antigo credor.
O terceiro interessado só poderá cobrar juros do devedor, se ele teve
que pagar juros.
Art. 305, §único -> eu só vou poder receber dela no dia antigo do
vencimento, da mesma forma, se a dívida já estivesse prescrita o
devedor não seria obrigado a pagar ao que pagou sua dívida.
Art. 306 – se um terceiro interessado pagar a dívida do devedor, e o
devedor não quiser que ele pague, não der autorização, ele não terá
direito ao reembolso. Mas, se o devedor podia evitar que o terceiro
interessado pagasse, e não evitou, o terceiro interessado passa a ter
direito ao reembolso.
Art. 307 – se eu tenho uma dívida de 20 mil, eu posso oferecer, por
exemplo, um carro nesse valor, o credor não é obrigado a aceitar,
mas, ele pode aceitar ou não a transmissão de propriedade. Esse
pagamento só poderá ser feito pelo devedor, se ele for realmente o
dono, se estiver no nome dele, e se ele puder alienar (vender) o
carro.
§único – C entrega o feijão em depósito para A, A vende o feijão para
B, B consome o feijão de boa-fé, C deve reclamar com A.

Daqueles a quem se deve pagar


- Se Caio deve a Tício, e paga a Mélvio, que é o pai de Tício, mas o pai
não entrega o dinheiro ao filho, Caio terá que pagar novamente,
mesmo que ele tenha um recibo, este só irá valer caso ele queira
entrar na justiça contra Mélvio (Ação de enriquecimento ilícito).

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Art. 309 – se a pessoa que recebeu for pródigo ou menor de idade
(credor putativo), e mentir ou enganar o credor, e ele for de boa-fé
pagar, este pagamento é válido.
Art. 310 – Se houve boa-fé o devedor não é obrigado a pagar de novo.
Desde que ele prove que o pagamento foi em proveito do incapaz. O
ônus da prova é do devedor.
Incapaz é relativamente ou absolutamente?
Doutrina majoritária diz que qualquer um dos dois cabe neste artigo
se o devedor provar que foi em benefício do credor.
Doutrina Minoritária diz que só cabe este artigo se for relativamente,
mesmo que prove que foi em benefício do credor ele terá que pagar
de novo.
Art. 311 – Tipos de Representação:
1) Legal – aquele estipulado na Lei. Ex.: pai, curador (representa o
curatelado, da mesma forma o tutor)...
2) Judicial – aquele estipulado por ordem judicial. Ex.:
Inventariante...
3) Convencional – Procuração com poderes especiais para dar
quitação.
4) Mandato Tácito – há uma presunção relativa (“júris tantun”) de
quitação. Ex.: alguém me dá um recibo assinado pelo credor, e
eu pago e pego o recibo.
A boa-fé tem que ser analisada. Ex.: se a pessoa que veio me
trazer o recibo assinado, está mal vestido, sujo, suado, e eu
tinha costume de pagar sempre a um empregado da empresa,
uniformizado, era possível de eu perceber que não deveria ter
pagado a aquela pessoa, desta forma, eu pago novamente. Mas
se não era possível, não há essa obrigação.

Do Objeto do Pagamento e sua Prova (art. 313-326, CC)


Art. 313 – se o devedor combinou de entregar mil reais ao credor, ele
não pode exigir que o credor aceito seu relógio no lugar, nem vice e
versa. Nem que seja algo mais valioso. Permite que o credor se
“livre” do devedor.
Art. 314 – mesmo que a divida seja divisível, se o combinado foi de
pagar de uma vez só, o credor não é obrigado a aceitar.
Art. 315 –
• Dívida em Dinheiro – compra de, por exemplo, uma geladeira.
• Dívida em valor – alimentos, indenização...
De qualquer forma, os pagamentos deverão ser feitos em REAL (art.
318).
Art. 316 – a correção do valor é lícita. Cláusula de Escala Móvel é a
cláusula do contrato que admite uma correção de tempo em tempo.
Art. 317 – Teoria da imprevisão (Cláusula Rebus Sil Stantibus),
quando por motivos imprevisíveis (ficar desempregado não é
imprevisível, tem que ser algo que seja imprevisível para a
sociedade) há uma intervenção Estatal, e ele tenta estabelecer um
equilíbrio no contrato.
Art. 318 –
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Art. 319 – o devedor pode deixar de pagar se o credor não quiser dar
o recibo. Mas, o devedor deve consignar (art. 335, I).
Art. 320 –
Art. 321 – a doutrina aplica este artigo nos títulos intransferíveis.
Art. 322 – é uma presunção relativa e não absoluta, pode ocorrer o
contrário (“júris tantun”). O credor deve provar, pois o artigo trás a
possibilidade do contrário ocorrer. Ex.: pagamento de um carnê.
Art. 323 – a regra do pagamento é quando se dá a quitação do
capital, se dá o pagamento dos juros, isto é uma presunção relativa
(“júris tantun”).
Art. 324 – Diferenciar o título da obrigação.
Art. 325 – se o credor der causa a algum acontecimento que aumente
o valor do serviço, por exemplo, ele próprio deverá quitar.
Art. 326 – valerá a medida do local do pagamento.

Do lugar do pagamento (art. 327 – 330)


Art. 327 – O pagamento pode ser:
Quesível – credor se dirige ao domicílio do devedor. (REGRA)
Portable – o devedor se dirige ao domicílio do credor (caso o devedor
não vá ao domicilio do credor, ele fica em mora, e o credor pode
cobrar todos os encargos).
Art. 328 – deve observar se a tradição é do imóvel ou no imóvel, far-
se-á no lugar do bem.
Art. 329 – O que será “caso grave”? Esta é a crítica dos
doutrinadores.
Art. 330 –

Do Tempo do Pagamento (art. 331 – 333)


Art. 331 –
Obrigação pura: não possuem um tempo especificado. Pode ser
cobrada a qualquer momento pelo credor.
Obrigação impura: possuem um tempo especificado.
Art. 332 –
Art. 333 – casos em que o credor poderá cobrar a dívida antes do
tempo combinado (exceção à regra).
Obs.:
Leilão – bem móvel.
Praça – Bem imóvel.
Arresto – há um crédito, e para garantir, o Juiz pede para arrestar o
bem.
Seqüestro – há um litígio.

28/02/08 - quinta-feira
Dos Pagamentos Especiais: o pagamento é o meio pelo qual o
devedor deve cumprir a obrigação perante o seu credor, ou seu
representante legal. Há, no entanto, a possibilidade deste pagamento
não se realizar de forma direta e voluntária, pois, pode o credor, por
exemplo, se recusar a receber, de forma injusta, a prestação e o
devedor para se liberar da relação obrigacional que tem com o

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credor, usar de meios conducentes (adequados) a fim de romper o
liame obrigacional.
A estes pagamentos, denominamos de pagamentos especiais, quais
sejam: o pagamento em consignação (art. 334-345), o pagamento
com sub-rogação (art. 346-351), a imputação do pagamento (art.
352-355), a dação em pagamento (art. 359), a novação (art. 360-
367), compensação (art. 368-380), confusão (art. 381 usque 384),
remissão (art. 385-388).

Da Consignação em Pagamento – art. 334, CC


Conceito – o pagamento em consignação é um depósito da coisa
devida, colocado à disposição do credor. Não é pagamento voluntário,
mas produz os mesmos efeitos extintivos da obrigação, desde que
seja depositado perante o credor(s) que tenha sido depositado o
objeto da prestação, pelo modo (maneira) que foi ajustado e no
tempo fixado da obrigação, uma vez que, faltando um desses
pressupostos a consignação feita não é válida. Logo, podemos
entender que o pagamento em consignação é o processo por meio do
qual o devedor pode liberar-se da relação obrigacional, efetuando o
depósito judicial da prestação devida, quando recusar-se o credor a
recebê-la de forma injusta, ou se para esse recebimento houver
qualquer motivo legal impeditivo.
Modalidades –
Efeitos –
Depósito pode ser:
• Estabelecimento bancário: normalmente de consignação em
dinheiro.
O devedor se dirige ao Banco oficial (um Banco do Estado, ex.:
caixa econômica, Banco do Brasil, Banestes...) -> O Banco
notifica por AR o credor para vir receber ou manifestar a recusa
(prazo de 10 dias). Neste prazo ele pode receber/aceitar
(extingue a obrigação), ou não receber: -> Se ele for notificado
e não se manifestar, o depósito é valido e a obrigação é extinta.
-> Se ele for notificado e manifestar a recusa dentro do prazo
de 10 dias, cabe ao devedor no prazo de 30 dias propor a ação
judicial de consignação (prazo decadencial).
• Judicial: propositura da ação -> Juiz defere e autoriza o devedor
a depositar a quantia ou coisa no prazo de 5 dias -> expedição
de mandado para citação do réu contestar a ação no prazo de
15 dias, ou receber a quantia depositada (art. 338, o devedor
pode desistir da ação antes da contestação, ele só pode fazer
isso se houver o consentimento dos co-devedores,
garantidores... pois quando ele paga, libera todos da
obrigação). -> Hipótese do art. 340 após a aceitação do
depósito pelo credor ou contestação da ação -> Instrução
processual -> Julgamento da ação -> *Se procedente =
extingue a obrigação; *Se improcedente = condenará o
devedor ao: - levantamento da coisa depositada ou a sua

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complementação; ou – ao pagamento das custas e honorários
advocatícios.
O credor pode recusar o pagamento, e aí é que o devedor pode entrar
com uma ação judicial de consignação em pagamento
Quais obrigações podem ser consignadas? Dar coisa certa, incerta e
fazer, em que possa entregar alguma coisa. Somente nas obrigações
de dar, e nas de fazer quando estiver ligada a uma ação de dar é que
se admite a consignação.

04/03/08 - terça-feira
Art. 335 – Hipóteses que permitem a consignação em pagamento,
mas poderá haver outras não previstas em Lei, desde que sejam para
liberar o devedor da obrigação:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber
o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar,
tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido,
declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso
perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber
o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Art. 336 –
Art. 896, CPC - Na contestação, o réu poderá alegar que:
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa
devida;
II - foi justa a recusa;
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do
pagamento;
IV - o depósito não é integral.
Parágrafo único - No caso do inciso IV, a alegação será admissível se
o réu indicar o montante que entende devido.

Art. 344 - Ex.: se houvesse um litígio entre Vila Velha e Vitória,


discutindo quem é o dono do tributo, e o devedor pagar um deles,
sem saber de quem é o direito e sabendo do litígio, está assumindo o
risco do pagamento, talvez tenha que pagar duas vezes (art. 344, CC
- O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante
consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores,
tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento). Mas,
aquele que recebeu está obrigado a restituir, caso não seja dele o
direito (Art. 876, CC - Todo aquele que recebeu o que lhe não era
devido fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que
recebe dívida condicional antes de cumprida a condição).
Art. 342 – “coisa indeterminada” = “coisa incerta” – será decidida
após a escolha e a cientificação do credor.
Art. 341 -
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Art. 343 –
Art. 345 – exceção à regra, sempre que pode requerer a consignação
é o devedor, e neste artigo permite-se que o credor também requeira.

Pagamento com Sub-rogação


Conceito – consiste na substituição de uma coisa por outra ou de
uma pessoa por outra. Quando a substituição é por coisa, a sub-
rogação é real. Quando a substituição é por pessoa a sub-rogação é
pessoal. O direito obrigacional estuda a sub-rogação pessoal, ou seja,
a sucessão singular de uma pessoa por outra na relação obrigacional.
Obs.: a sub-rogação é pagamento não liberatório do devedor, por que
visa substituir o credor satisfeito da relação obrigacional, pois, a
obrigação pelo pagamento, normalmente se extingue. Mas, em
virtude da sub-rogação a dívida, extinta para o credor originário,
subsiste para o devedor, que passa a ter por credor investido nas
mesmas garantias, aquele que lhe pagou ou lhe permitiu pagar a
dívida. Trata-se, portanto, de pagamento não liberatório do devedor.
Espécies podem ser:
• Legal – nas hipóteses previstas no art. 346, ou quando a Lei
assim definir.
• Convencional – por convenção das partes, nas hipóteses
previstas no art. 347.
Modalidades:
• Real – advêm de direito de propriedade.
• Pessoal
Efeitos, o efeito faz com que transfira ao novo credor todos os
direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo credor, em relação
à dívida, contra o devedor principal e os fiadores:
• Liberatório – liberar da obrigação
• Translativo – transfere para o outro credor todos os direitos,
ações, privilégios e garantias do primitivo credor, em relação à
dívida, contra o devedor principal e os fiadores.

Art. 346-351

07/03/2008 - quinta-feira
CAPÍTULO IV
DA IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO

Conceito
Modalidades
• Imputação do devedor
• Imputação do credor
• Imputação da Lei
Efeitos – buscar a extinção da dívida
Dívida Valor R$ Venciment
o
Ac x Bd 500,00 02/01/2008 10%
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Ac x Bd 1000,00 10/02/2008 1%
Ac x Bd 200,00 20/02/2008 2%
Ac x Bd 300,00 05/02/2008

O devedor, quando paga, tem o direito de declarar qual é a obrigação


que está pagando dentre todas as que ele tem. A essa operação pela
qual o devedor de varias dívidas a um mesmo credor, ou o próprio
credor em seu lugar, diante da insuficiência do pagamento para
saldar todas elas declara qual das dívidas estará pagando, denomina-
se imputação do pagamento.
Requisitos da imputação
• Existência de duas ou mais dívidas, líquidas e vencidas de um
só devedor para com um só credor;
• Idêntica natureza das dívidas (dívidas em dinheiro, imputar
somente em dinheiro...)
• Suficiência para resgate (solver) uma delas

11/03/2008 – terça-feira
DA DAÇÃO EM PAGAMENTO – ART. 356-359
Conceito - Também chamado de DATIO INSOLUTUM pelos romanos,
a dação em pagamento é o acordo liberatório feito entre o credor e o
devedor, em virtude do qual consente ele, em receber coisa diversa
da que lhe é devida (que não seja dinheiro) em substituição a
prestação devida, com o objetivo (efeito) de ver extinta a relação
obrigacional.
A dação pode ter por objeto qualquer tipo de prestação, positiva (dar
e fazer) e negativa (não fazer, bens móveis e imóveis, direitos reais
ou pessoais, cessão de crédito...).
A dação modifica o objeto da prestação na mesma obrigação.
Sempre que o credor aceitar prestação diversa do que a que se
combinou.
Repristinação da dação – João está devendo Maria, mas não tem
dinheiro para pagar, que era o combinado, então ambos combinam
de João pagar com o carro (dação em pagamento), mas, por exemplo,
se o carro era roubado, e Maria “perde” o carro, ela tem o direito de
restabelecer a relação anterior (de pagar em dinheiro). Ela possui
essa garantia.

DA NOVAÇÃO – ART. 360-367


Conceito – é a criação de uma nova obrigação com o objetivo de
extinguir a obrigação anterior, devendo se distinguir a posterior, da
anterior pela mudança das pessoas (devedor ou credor) ou da
substância, isto é, do conteúdo ou da causa debendi (causa do
débito).
Há 4 espécies de novação:
a) Novação objetiva (art. 360, I): assim chamada quando não
ocorre alteração nos sujeitos da obrigação, tendo em vista que
o mesmo devedor contrai com o mesmo credor nova dívida
(objeto), para extinguir e substituir a obrigação anterior;
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b) Novação subjetiva passiva (art. 360, II): quando ocorre a
substituição do pólo passivo da obrigação. O novo devedor
sucede ao antigo, firmando nova obrigação com o credor e
extinguindo a obrigação anterior.
c) Novação subjetiva ativa (art. 360, III): quando em virtude de
obrigação nova, outro credor sucede ao antigo, extinguindo a
obrigação anterior, ficando o devedor exonerado para com este.
d) Novação Mista (doutrina): quando em virtude de obrigação nova
há sucessão ou do pólo passivo ou ativo da relação obrigacional
e do objeto da obrigação, de maneira que haja a extinção da
obrigação primitiva.

I - Novação Objetiva:
Ac x Bd  Ac x Bd --- criaram essa nova obrigação e extinguiram a
anterior.
Carro R$

II - Novação Subjetiva do Credor:


Ac x Bd  Yc x Bd --- criaram essa nova obrigação e extinguiram a
anterior.
Carro Carro

III – Novação subjetiva do devedor:


Ac x Bd  Ac x Zd --- criaram essa nova obrigação e extinguiram a
anterior.
Carro R$

IV – Novação Mista (aceita somente na doutrina):


Ac x Bd  Yc x Bd --- criaram essa nova obrigação e extinguiram a
anterior.
Carro terreno

EM TODOS OS CASOS OCORREU UMA NOVAÇÃO. A novação modifica


o objeto em outra obrigação.

Novação por expromissão – ex.: pai que passa a ser o novo


devedor no lugar do filho, para não ver o nome da família sujo.

Requisitos –
I) Existência de uma obrigação anterior/dívida;
II) Constituição de uma nova obrigação em substituição à anterior;
III) Capacidade e legitimação das partes interessadas em novar;
IV)Intenção de novar, representada pelo consentimento das
partes, pois a novação não se presume;
V) A inserção, inclusão de um elemento novo (credor, devedor ou
objeto).

13/03/2008 - quinta-feira
Da Novação – continuação (art. 360-367)
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Art. 363 – o código não protege a má-fé.
Art. 364 – o novo devedor não terá direito a multas, cláusulas
penais, hipoteca, fiança, e etc. com relação ao antigo devedor. A não
ser que o antigo devedor, fiador, e etc. consintam.
Art. 365 – na solidariedade o indivíduo pode novar. Se 3 devedores
solidário devem 300 mil, e o credor decide liberar 1 da solidariedade,
pagando este 100 mil, ele está exonerado da obrigação, e os outros
2, permanecem solidários e devendo 200 mil.
Art. 366 –
Art. 367 –

CAPÍTULO VII
DA COMPENSAÇÃO
Art. 368-380
Conceito – é o encontro de créditos entre duas pessoas, ao mesmo
tempo, credoras e devedoras, uma da outra, a fim de extinguir total
ou parcialmente as dívidas, até a concorrente quantia.
OBS.: somente nas obrigações de dar coisa certa e incerta, e restituir
é que pode ser feita a compensação.
OBS.²: é um exercício de direito potestativo, ou seja, qualquer dos
credores pode impor o outro credor recíproco a compensação, desde
que haja os requisitos da compensação.
Espécies:
• Legal – quando determinada pela Lei, e não pode ser usada por
uma das partes. O juiz, no entanto, não pode declará-la de
ofício, por que deve ser alegada por um dos credores
recíprocos, mas seus efeitos retroagem à data em que se
verificou.
• Convencional – se resulta de contrato entre as partes, e assim,
depende do acordo, sua extensão e seus efeitos.
• Judicial – a resultante de reconvenção (art. 315-318 CPC).
Modalidades:
• Total - atinge todo o crédito
• Parcial - atinge parte do crédito
Requisitos – LEGAL:
• Reciprocidade das dívidas – as partes devem ser
concomitantemente, credoras e devedoras umas das outras de
obrigações distintas.
• Liquidez das dívidas – a dívida é líquida quando é certa
quanto à existência e determinada quanto ao seu objeto, isto é,
quando consta o que é devido e quanto é devido.
• Exigibilidade das dívidas (vencidas) – somente pode se
operar entre dívidas vencidas, uma vez que e por vencimento
que gera a exigibilidade.
• Fungibilidade das dívidas (coisas homogêneas) – arroz
com arroz, feijão com feijão, etc. Só se podem compensar
coisas fungíveis, ou seja, aquelas que podem ser substituídas
por outras de mesma espécie, qualidade e quantidade.

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OBS.: Se no contrato se especifica a qualidade das prestações,
embora no mesmo gênero, não poderão ser compensadas se
diferirem uma da outra (art. 370).
Efeitos:

18/03/2008 – terça-feira
Art. 371 – Compensação (continuação)

Princípio da Reciprocidade das dívidas (requisito da compensação):


5.000 3.000
Ac x Bd  Bc x Ad
Fiador

Art. 377 –
10.000
Ac x Bd – Yc (cessionário) x Bd
 terá que notificar o devedor  se ele nada alegar da cessão
realizada  não haverá compensação por ter renunciado ao direito de
compensar.  e ele alega que quer compensar  haverá a
compensação.
 se não notificar o devedor  ele pode alegar a compensação
ao tempo que for exigida a obrigação por parte do cessionário.

25/03/08 - terça-feira
CAPÍTULO VIII
DA CONFUSÃO (ART. 381-384)

Transfere
Ac  Bc  Cc  cAd
Ou
Emite um título cede cede cede
A --------------- B ----- C ------ D ----- CAD

Conceito – confusão é a reunião na mesma pessoa das qualidades


de credor e de devedor de uma mesma relação obrigacional. Opera-
se ordinariamente pela sucessão por morte, a título universal (dentro
da escala de sucessão que a lei traz) ou titular (pelo testamento),
pela cessão de crédito e pela sub-rogação. A confusão opera a
extinção da dívida (seja total ou parcial – art. 382) agindo sobre seu
sujeito ativo e passivo e não sobre a obrigação, como se dá na
compensação. A confusão acarreta a impossibilidade do exercício
simultâneo da ação creditória e da prestação. Havendo confusão
apenas na dívida acessória, não se extingue a obrigação principal, a
exemplo do fiador que herda direito creditório pelo qual se
responsabiliza. Igualmente, se o fiador se tornar devedor da dívida
afiançada, a fiança se extingue, mas, subsiste a obrigação principal.
Se, porém, a confusão se der na obrigação principal extingue as
obrigações acessórias.

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CAPÍTULO IX
DA REMISSÃO DAS DÍVIDAS (ART. 385-388)

Remissão – remitir; perdoar.


Remição – remir; resgatar.
Desde que tenha o consentimento do devedor e não pode causar
prejuízo ao credor (art. 158).
Conceito - Advêm do ato de perdoar a relação obrigacional, desde
que este ato de perdoar seja aceito pelo devedor (pressuposto
indispensável), além de que este ato de perdoar não venha causar
prejuízo de terceiro. A remissão decorre do ato de remitir que
significa conceder o perdão, perdoar, diferentemente da remição que
advêm do ato de remir, que significa resgate de um bem penhorado
ou sob constrição judicial. A remissão pode ser total ou parcial, sendo
total extingue totalmente a relação obrigacional, e sendo parcial
extingue parte da relação obrigacional.

TÍTULO IV
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 389-393)
 Obrigações podem ser:
• Negociais -> contratuais (art. 389...)
• Não negociais -> extracontratuais (art. 186 c/c 927 CC)
 Ponto comum das obrigações negociais e não negociais quando
inadimplidas:
• Obrigação de reparar o prejuízo (ressarcimento).
 Inadimplemento pode ser:
• Absoluto, (art. 389) – não há mais aproveitamento para o
credor.
o Total
o Parcial
• Relativo (mora – estado que retarda o cumprimento da
obrigação), (art. 394) – há o aproveitamento do credor.

27/03/08 - quinta-feira
Continuação...

Conceito
As obrigações devem ser cumpridas, pois o adimplemento é a regra,
e o inadimplemento a exceção, por ser uma patologia no direito
obrigacional, que representa um rompimento da harmonia social,
capaz de provocar a reação do credor, que poderá lançar mão de
certos meios (execução) para satisfazer o seu crédito. Ocorre o
inadimplemento absoluto quando a prestação não sendo de utilidade
para o credor, o devedor não a cumpri totalmente ou parcialmente.
Ocorrerá inadimplemento relativo quando a prestação embora haja o
retardamento do seu cumprimento por parte do devedor, ainda é útil

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a credor vê-la cumprida, pois o devedor se encontra em estado de
mora.
Modalidades
• Inadimplemento absoluto (art. 389)
o Total
o Parcial
A prestação não é mais útil ao credor.
• Inadimplemento relativo -> (Mora – art. 394) -> a
prestação ainda é útil ao credor.
O inadimplemento nas obrigações
• Negociais (art. 389...)
• Não negociais (art. 186 c/c 927)
Ponto comum do inadimplemento das obrigações negociais e
não negociais -> o direito de ver reparado o dano (Ressarcimento).
Efeitos

01/04/08 - terça-feira

Capítulo II - DA MORA – Art. 394-401


Mora é: o retardamento no cumprimento da obrigação. Se o
retardamento for CULPOSO, por parte do devedor a mora se diz
SOLVENDI, ou DEBITORIS. Se por parte do credor que não quer
receber a prestação no tempo, lugar e forma que a convenção ou a
Lei estabelecer a mora é do credor, também denominada de
ACCIPIENDI, ou CREDITORIS.
Inadimplemento Relativo (art. 394)
• Do devedor (art. 395/399; efeitos) – SOLVENDI, ou
DEBITORIS.
• Do credor (art. 400; efeitos) - ACCIPIENDI, ou
CREDITORIS
Purgação da Mora (art. 401)
• Por parte do devedor (art. 401-I)
• Por parte do credor (art. 401-II)
Pressupostos para a existência da mora
• Do devedor
o Existência de dívida líquida e vencida
o Inexecução culposa do devedor
o Interpelação judicial ou extrajudicial, quando a
dívida não for a termo
• Do credor
o Existência de dívida líquida e vencida
o Oferta do pagamento pelo devedor
o Recusa do credor em receber o pagamento no
tempo, lugar e forma convencionada, ou
determinada pela Lei.
Art. 397:
• Caput – Mora Ex Re
• §único – Mora Ex Personae
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03/04/2008 - quinta-feira
CAPÍTULO III
DAS PERDAS E DANOS

Conceito
Entende-se por perdas e danos a indenização imposta ao devedor que
não cumpriu a obrigação de forma absoluta ou relativa.
O art. 402 estabelece a extensão das perdas e danos, que devem
abranger:
1. Danos emergentes – que são a diminuição patrimonial
sofrida pelo credor, é aquilo que ele efetivamente perde,
seja por que teve depreciado o seu patrimônio, seja por
que aumentou o seu passivo (suas despesas).
2. Lucros cessantes – consistem na diminuição potencial do
patrimônio do credor, pelo lucro que deixou de auferir, em
razão do inadimplemento do devedor. Obs.: os lucros
cessantes visam recompor uma vantagem econômica do
credor e somente são devidos, quando previstos ou
previsíveis no momento em que a obrigação foi contraída.
Medida das perdas e danos
• Danos emergentes
• Lucros cessantes
Início da contagem dos juros (normalmente os livros não
trazem)
• Nas obrigações líquidas, certas e com termo: contam-se os
juros, desde o advento do termo (art. 397).
• Nas obrigações líquidas, certas e sem termos: contam-se os
juros a partir da interpelação ou notificação (art. 397, §ú).
• Nas obrigações negativas contam-se os juros desde o dia que o
devedor praticou o ato que devia se abster (art. 390).
• Nas obrigações de ato ilícito desde o dia que se perpetrou o ato
ilícito (art. 398).
OBS.: tratando-se de ato ilícito que venha causar dano moral os
juros para a indenização compensatória do dano moral começa
a fluir a partir da decisão que o fixou.
• Nas obrigações que não são em dinheiro, mas que se
transformaram em pecúnia. Os juros começam a fluir a partir da
citação inicial (art. 405).

08/04/08 - terça-feira

CAPÍTULO IV
DOS JUROS LEGAIS (art. 406-407)

Juros Compensatórios
Juros Moratórios

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Conceito – proveito tirado de um capital emprestado são frutos civis, é a
remuneração que o credor pode exigir do devedor por se privar de certa
quantia ou coisa. Os juros podem ser compensatórios, moratórios,
convencionais, legais e compostos. Os juros legais poderão ser:
compensatórios ou moratórios. Os juros convencionais poderão também ser
legais. Os juros compensatórios visam remunerar o capital emprestado
mediante contrato de mutuo. Também são chamados remuneratórios (ex.:
art. 586). Os juros moratórios são aqueles previstos para a hipótese da
ocorrência de mora, constituindo uma penalidade a ser aplicada ao devedor
moroso, em decorrência da demora no cumprimento da obrigação.

CAPÍTULO V
DA CLÁUSULA PENAL (Arts. 408-416)

Conceito – cláusula penal ou pena convencional é um pacto acessório em


que as partes contratantes pré estabelecem as perdas e danos a serem
aplicadas contra aquele que deixar de cumprir a obrigação ou retardar o seu
cumprimento. A cláusula penal tem a função intimidatória e coercitiva,
podendo ser fixada a referida multa em dinheiro na entrega de alguma
coisa ou no fazer alguma coisa. A cláusula penal pode ser compensatória
(art. 410) ou moratória (art. 411). Quando compensatória é fixada para o
total inadimplemento da obrigação de maneira que o credor terá o direito
de exigir ou a obrigação principal ou a cláusula penal de forma alternativa.
A cláusula penal moratória é aquela fixada para o caso de inadimplemento
relativo (mora) ou em segurança de alguma cláusula especial fixada na
relação contratual. Neste caso, havendo o inadimplemento terá o credor o
direito de exigir a obrigação principal conjuntamente com a cláusula penal.
Modalidades
• Cláusula penal compensatória (art. 410) – total inadimplemento da
obrigação.
• Cláusula penal moratória (art. 411)
Nas obrigações indivisíveis (ART. 414):
Devedores:
A O culpado responde integralmente
pela
B X Ycredor  cláusula penal.
C Se o credor exigir de todos, cada um
responde
Cavalo por sua quota parte.
De quem o credor deve exigir? Aos três
A quem cabe as perdas e danos, no caso de perda do animal por culpa de
A? A
Nas Obrigações Divisíveis (ART. 415):
1.000 – A
1.000 – B X Ycredor  Somente o culpado responde
pela
1.000 – C cláusula penal.

DAS ARRAS
Conceito
Arras ou sinal é a quantia em dinheiro, ou outra coisa fungível, que um dos
contratantes dá ao outro em antecipado, com o objetivo de assegurar o
cumprimento da obrigação, evitando o seu inadimplemento.

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OBS.: As arras não se confundem com a cláusula penal, pois as arras são
pagas de forma antecipada enquanto que a cláusula penal só pode ser
exigida em caso descumprimento da obrigação avençada.
As arras podem ser confirmatórias e penitenciais, admitindo, a doutrina, a
existência das assecuratórias que não estão previstas de forma codificada
no ordenamento jurídico.
Sendo dado o sinal, a título de arras confirmatórias, àquele que às deu se
desistir do negócio perderá o sinal dado. Da mesma forma, se quem desistir
do negócio for o que recebeu as arras terá de devolver o sinal recebido e
indenizar a parte inocente com o mesmo valor recebido acrescido de juros,
correção, honorários... Tratando-se ainda de arras confirmatórias a parte
inocente poderá pedir indenização suplementar provando maior prejuízo,
valendo as arras como mínimo de indenização.
Terá direito ainda, a parte inocente a exigir a execução do contrato, além de
pedir as perdas e danos.
Tratando-se de arras penitenciais em havendo o arrependimento de se dar
início ao contrato se quem deu arras, desistir do negócio, perderá o sinal
dado, ou se for a outra parte que as recebeu desistir do negócio terá que
devolver o sinal recebido e pagar o equivalente a este sinal. Neste caso,
nenhuma das partes inocentes terá o direito de exigir indenização
suplementar, tendo em vista que eles já preestabeleceram o direito de se
arrepender.
Modalidades
• Arras Confirmatórias
• Arras penitenciais
• Assecuratórias
Efeitos

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______________________________2º
BIMESTRE______________________________

06/05/08 - terça-feira
TÍTULO IX
RESPONSABILIDADE CIVIL (art. 927-954)

Melhor livro: Carlos Roberto Gonçalves

A evolução da responsabilidade civil


O homem por sua própria natureza tende normalmente a reagir
quando alguma coisa venha a lhe incomodar. As reações ao seu
patrimônio e a sua honra quando ofendidos provocavam nele duas
situações:
• Vingança privada imediata – ato de vingar; represália.
• Vingança mediata – punição legal; retaliação.
Lei de talhão - “olho por olho, dente por dente”.
A vingança é substituída pela compensação do dinheiro.
O direito Francês aperfeiçoou a idéia de responsabilidade civil. Os
tempos modernos evoluem para a responsabilidade civil por culpa
presumida para a responsabilidade sem culpa fundada no principio da
equidade existente desde o direito romano “aquele que tem bônus
deve arcar com os ônus” (responsabilidade objetiva – teoria do risco e
a teoria do dano objetivo).
Nosso código civil recepcionou:
• A responsabilidade com culpa - art. 186, 187, e 927 que fala da:
 Teoria subjetiva da culpa (se discute o nexo causal
entre conduta culposa e o dano):

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o Responsabilidade civil por culpa provada (cabe a
vítima provar de que aquele agiu com imprudência,
imperícia, dolo, negligência...)
o Responsabilidade civil por culpa presumida (cabe ao
agressor provar que a vítima agiu com culpa, ou que
foi algo de força maior – Ex.¹: art. 936; tem autores
que entendem que é objetiva, e outros que entendem
que é responsabilidade presumida, como Carlos
Roberto Gonçalves; Ex.²: quem bate na traseira de um
carro, ele tem que provar que não é culpado)
• A responsabilidade por culpa presumida (art. 936-938)
• A responsabilidade independente de culpa (art. 927 §único, 933
e 1299); Teoria objetiva, não se discute a culpa para que haja
a indenização. Se discute o nexo causal entre a conduta e dano.
Art. 7º, inc. XXVIII, da CF – responsabilidade do empregador com o
empregado.

08/05/08 - quinta-feira

Responsabilidade Civil por fato de terceiro (art. 932)

• Responsabilidade civil do imputado decorrente de sua ação ou


omissão  responsabilidade civil por ato próprio 
responsabilidade civil direta
• Responsabilidade civil decorrente de fato de 3º que esteja
ligado ao imputado (art. 932) (provar a conduta culposa do 3º,
a responsabilidade do pai passa a ser objetiva) 
responsabilidade civil por fato de 3º  responsabilidade civil
indireta
• Efeitos (art. 933)  responsabilidade objetiva do imputado ao
qual está vinculado o 3º que praticou o fato  responsabilidade
solidária do 3º e do imputado (art. 942, §único)

13/05/08 – terça-feira

Art. 935 -> A sentença criminal e seus reflexos no cível.


Sentença de criminal (art. 65, CPP)
• Reconhece o fato como crime e seu autor (art. 63, CPP); A
justiça criminal prevalece em relação ao cível que não poderá
questionar mais o que foi apurado (art. 63, CPP).
• Estado de necessidade;
• Legítima defesa;
• Estrito cumprimento do dever legal;
Ex.: João joga Maria na frente de Marcos, em estado de necessidade,
para não ser morto. E Maria morre. João teria que indenizar a família
de Maria, ou se ela tivesse ficado viva, ela mesma. Contudo, João tem
direito de regresso contra o terceiro (Marcos).

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Se a sentença for de:
• Absolvição por política criminal (ex.: perdão judicial);
• Fato não constitui crime;
• Prescrição;
Não impede a discussão no cível. O caso poderia ser discutido no
ramo cível, não excluindo assim, a responsabilidade.

Art. 936 -> Responsabilidade por fato da coisa


• Coisa animada (art. 936) – a responsabilidade pode ser do
detentor ou do proprietário, depende do caso concreto. Ex.: o
cão está no pet shop, e lá causou algum dano. Quem responde
é o detentor, o dono do pet shop (pois é uma posse jurídica).
Art. 942 que trata da solidariedade. Se o animal tiver dono, o
dono é responsável, se não tiver (silvestres e etc., que não
estiverem em cativeiro), ninguém será responsabilizado.
• Coisa inanimada (art. 937/938) – Ex.: uma pessoa coloca uma
cerca elétrica, em uma altura baixa, então uma criança encosta
na cerca e sofre um dano. Deste modo, o dono da cerca pode
ser responsabilizado.
Culpa genérica – o Estado não tem conhecimento do problema, por
isso não toma providência. Portanto, o Estado não tem
responsabilidade sobre o fato.
Culpa específica – o Estado tem ciência do que ocorreu e não toma
providência.

20/05/08 - terça-feira

Art. 939  Responsabilidade Civil por demanda de obrigação


antes do vencimento.
“O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora
dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo
que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes,
embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.”

Art. 940  Responsabilidade Civil por demanda de dívida já


paga no todo ou em parte.
“Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem
ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido,
ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que
houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo
se houver prescrição.”

Art. 941 
“As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o
autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o
direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter
sofrido.”

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Art. 942  Bens que atingirão o patrimônio do devedor, co-
devedores, co-autores, co-autores e das pessoas enumeradas
no art. 932.
“Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem
ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais
de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.
Parágrafo único - São solidariamente responsáveis com os autores os
co-autores e as pessoas designadas no art. 932.”

Art. 943  Limites da Responsabilidade Civil dos sucessores.


“O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-
se com a herança.”
Art. 1.792 c/c 1.997

CAPÍTULO II
DA INDENIZAÇÃO

Art. 944  a indenização vai depender da gravidade da culpa da


pessoa.
Art. 945  trata da culpa concorrente. Ação culposa das duas
pessoas que causem dano, portanto, cada uma responderá pelo dano
causado a outrem.

27/05/08 - terça-feira

TUTELA PROTETIVA DE INCOLUMIDADE DO CORPO E MENTE


DA RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DE HOMICÍDIO

Art. 948  No caso de homicídio, a indenização consiste, sem


excluir outras reparações:

I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu


funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia,
levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.

DIREITOS DOS LEGITIMADOS DA VÍTIMA

I - Despesas com tratamento da


vítima
Despesas de funeral
Despesas com luto
Direito dos
legitimados II – Prestações de *Pela morte do
filho menor em idade

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a pleitearem alimentos a que ainda não
trabalha:
Indenização quem o morto (pensionamento
até os 25 anos –
os devia idade
presumida de sobrevida)
da vítima)

outros direitos -Dano moral


- Dano material patrimonial,
se houver.

*Pela morte do filho menor


em idade
Que já pode trabalhar ou
trabalha:
(pensionamento até os 65/70
anos), sendo que até os 25
anos recebe-se 2/3 e depois
dos 25 anos 50% do valor
remuneratório que recebia o
de cujus.

* Pela morte de um dos pais.


(pensionam
ento até 65/70 anos)

RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DE LESÃO CORPORAL


OU OFENSA À SAÚDE SEM DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE
LABORATIVA

Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor


indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros
cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo
que o ofendido prove haver sofrido.

- Despesas com o tratamento da vítima


Direitos da vitima - Lucros cessantes até o fim da
convalescença
- Danos materiais
- Danos morais

RESPONSABILIDADE CIVIL, DECORRENTE DE LESÃO CORPORAL


OU OFENSA À SAÚDE COM DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE
LABORATIVA QUE IMPEÇA OU DIMINUA A CAPACIDADE DO
OFENDIDO EXERCER OFÍCIO OU PROFISSÃO.

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Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não
possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a
capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá
pensão correspondente à importância do trabalho para que se
inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.

- Despesas com o tratamento da vitima até o fim da


convalescença.

- Pensão correspondente ao trabalho que realizava


ou da depreciação que sofrer. (Divergência
jurisprudencial: se é sobre o que ganhava ou sobre
a diferença entre o que ganhava e o que passou a
ganhar com a diminuição da capacidade laborativa).

Direitos da Vítima - Danos morais.

- Danos materiais patrimoniais.

- Danos estéticos

- Indenização a ser paga de uma só vez.

RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DE PRATICA


PROFISSIONAL

Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplicam-se ainda no
caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade
profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a
morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo
para o trabalho.

- Obrigação de meio – demonstrar culpa


do agente.

Responsabilidade Contratual

- Obrigação de resultado – culpa


presumida do ofensor.

Abrangência da Responsabilidade: todas as profissões que das


ações de seus agentes vierem a causar danos a saúde ou a
integridade corporal da pessoa.
RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DE ATOS DE
USURPAÇÃO OU DE ESBULHO.

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Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da
restituição da coisa, a indenização consistirá em pagar o valor das
suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; faltando a
coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado.
Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a
própria coisa, estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de
afeição, contanto que este não se avantaje àquele.

- restituição da coisa usurpada ou


esbulhada
- pagamento do valor das deteriorações
Lucros cessantes
Direitos do Ofendido - faltando a coisa: indenização do
equivalente
a ser paga ao prejudicado.
- Forma de indenização: preço
ordinário e pelo de
afeição, contanto que o de afeição não
se avantaje
ao ordinário.

29/05/08 - quinta-feira

RESPONSABILIDADE DECORRENTE DE CALÚNIA, INJÚRIA E


DIFAMAÇÃO

Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá


na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.

Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material,


caberá ao juiz fixar, eqüitativamente, o valor da indenização, na
conformidade das circunstâncias do caso.

Honra subjetiva: sentimento que cada um tem a respeito de seus


atributos (físicos, intelectuais, morais e demais dotes da pessoa
humana)

Honra objetiva: é a reputação, aquilo que as pessoas pensam a


respeito de uma pessoa (no que diz respeito aos seus atributos
físicos, intelectuais, morais e demais dotes da pessoa humana).

Injúria: ofende-se a honra subjetiva, conceituada como a


manifestação de conceitos ou de pensamentos, que represente
ultraje, menosprezo ou insulto a outrem. (ex. ela é uma
“mulherzinha”)

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Difamação: atinge a honra objetiva, constituindo atribuição de fato
que constitui motivo de reprovação social. (ex.: ele é “safado”)

Calúnia, viola a honra objetiva, configurada na imputação de fato


qualificado como crime (ele é “ladrão”).
Obs. Pela violação à honra podem surgir danos morais e
materiais.

RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DE OFENSA À


LIBERDADE PESSOAL (Responsabilidade Objetiva do Estado -
art. 37, parágrafo 6º. Da CF)

Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no


pagamento das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se
este não puder provar prejuízo, tem aplicação o disposto no parágrafo
único do artigo antecedente.

Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal:

I - o cárcere privado;
II - a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;
III - a prisão ilegal.

Fundamento: art. 5º, inciso LXV da Constituição Federal (são


exemplificativos, e não taxativos) que impõe ao Estado o dever de
indenizar por erro judiciário assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença.

Critério de equidade verificação do grau de culpa, o tempo de


encarceramento ilegal e a repercussão pelo dano
psíquico (p.ex.)

2ª PROVA – 26/06

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