Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
br
Livros:
CPC – Atualizado (2008)
Curso de Execução civil – Daniel Roberto Hertel – Ed. Lumen Juris
+ Textos que estão na copiadora (sobre assuntos atuais do processo civil. Ex.: art. 387, IV,
CPP – juiz penal fixando indenização civil.
Avaliação:
1ª Prova – 10 pontos + trabalho individual (facultativo) – 1 ponto extra.
2ª Prova – 10 pontos + trabalho (resenha de um livro) – ponto extra.
Com questões objetivas de concurso, OAB e matéria da sala.
Metodologia:
Roteiro no início de cada aula.
Plano de curso:
No blog ou mandar e-mail para o professor: danielhertel@terra.com.br
03/02/2009 – terça-feira
04/02/2009 – quarta-feira
10/02/2009 - terça-feira
11/02/2009 - quarta-feira
2) PARTES
Conceito (tradicional de Chiovenda) – é aquele que pede, e aquele em face de quem se
pede.
As partes são chamadas de Exeqüente (ou Executante) e Executado. Para estudar as partes
faremos uma divisão:
2.1) LEGITIMIDADE ATIVA(quem pode ser o Exeqüente ou Executante)
• REQUERER A EXECUÇÃO
Art. 566, CPC - Podem promover a execução forçada:
I - o credor a quem a lei confere título executivo; (art. 585, I – o cheque é um título
executivo; o contrato de locação...)
II - o Ministério Público, nos casos prescritos em lei. (Em regra, o MP não pode requerer
a execução. Ele pode requerer quando houver um artigo de lei autorizando-o a fazê-lo.
Necessita de autorização expressa neste sentido. Ex.: art. 16, Lei 4.717/65 – Lei de
Ação Popular; art. 15, Lei 7.347/85).
• REQUERER A EXECUÇÃO OU NELA PROSSEGUIR
Art. 567, CPC - Podem também promover a execução, ou nela prosseguir:
I - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste,
Ihes for transmitido o direito resultante do título executivo;
Obs.: quando a pessoa falece ela é chamada de de cujus, após é aberta a sucessão da
pessoa, até 60 dias depois, pode ser ajuizada a ação de inventário e partilha, que se
forma o espólio, que é um conjunto de bens direitos e obrigações do falecido. O espólio
possui personalidade judiciária, ou seja, ele pode ser autor ou réu de ações. Ele é
representado pelo inventariante (art. 12, V do CPC). O espólio vai terminar com a
sentença de partilha, que é a sentença de divisão do espólio. Antes da sentença de
partilha a legitimidade para requerer a execução é do espólio, uma vez lançada nos
autos a sentença de partilha, ou seja, após a sentença de partilha, a legitimidade é dos
herdeiros (a sentença dirá qual herdeiro que é legítimo; se a sentença se omitir, é
solidária). Existem casos excepcionais em que a legitimidade é dos herdeiros, e não do
espólio, como por exemplo, Ação de investigação de paternidade, Ação de
reconhecimento de união estável... (entendimento do STJ).
II - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo Ihe foi transferido por
ato entre vivos; (quando um crédito é cedido a outra pessoa, quem recebe o crédito é o
cessionário)
III - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. (sub-rogação é se
colocar na situação jurídica de outra pessoa. Pode ser legal, vem da lei, ou
convencional, que vem de um contrato).
2.2) LEGITIMIDADE PASSIVA(quem pode ser Executado)
• Art. 568, CPC - São sujeitos passivos na execução:
17/02/2009 - terça-feira
18/02/2009 - quarta-feira
3) COMPETÊNCIA
Pela doutrina, é a medida da jurisdição. Determinar quem vai julgar a demanda. A
competência para a execução vai variar conforme o tipo de título que será executado.
3.1) EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL
03/03/2009 - terça-feira
04/03/2009 - quarta-feira
10/03/2009 - terça-feira
11/03/2009 - quarta-feira
VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; (CDA –
Certidão de dívida ativa; quando deixa de pagar um tributo essa dívida é anotada em um livro
da dívida ativa, e essa certidão é título extrajudicial).
VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. (o
legislador admite que novos títulos sejam criados na legislação extravagante. Ex.: o contrato
de honorários de advogado, art. 24, Lei 8.906/94; as decisões dos tribunais de contas da
União, dos Estados ou dos Municípios, art. 71, §3º, CF;
5.5) TÍTULO QUE COMTEMPLE OBRIGAÇÃO CERTA, LÍQUIDA E EXIGÍVEL
Para requerer a execução o credor precisa preencher 2 requisitos: inadimplemento do
devedor e um título executivo, que deve ser certo, líquido e exigível.
Art. 586, CPC. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de
obrigação certa, líquida e exigível.
Título Certo – não existe dúvida quanto a sua existência. Ex.: uma nota promissória rasgada,
que foi colada.
Título Líquido – é aquele que estampa no seu bojo/corpo o quanto que é devido. Ex.: o
cheque.
Título Exigível – é aquele que não esta subordinado/sujeito a nenhuma condição ou termo
suspensivo. Ex.: nota promissória que vencerá daqui a 10 meses.
Natureza Jurídica – dessas 3 características (certeza, liquidez e exigibilidade) – a
natureza jurídica é de condições da ação.
Nulidade da execução – A conseqüência da falta de uma das 3 características é a
extinção do processo (art. 598, c/c 267, VI, CPC). Quando falta certeza, liquidez ou
exigibilidade a execução é nula.
Art. 618, CPC - É nula a execução (NULIDADE ABSOLUTA – vai culminar na extinção do
processo):
17/03/2009 - terça-feira
b) Títulos Extrajudiciais
b1) Definitiva – será definitiva como regra geral.
b2) Provisória – na hipótese do art. 587, CPC. A execução do título extrajudicial será provisória
quando for interposto recurso de apelação contra a sentença que tiver julgado improcedente
os embargos do devedor, desde que estes, sejam recebidos com efeito suspensivo.
Art. 587. É definitiva a execução fundada em título extrajudicial; é provisória enquanto
pendente apelação da sentença de improcedência dos embargos do executado, quando
recebidos com efeito suspensivo.
18/03/2009 - quarta-feira
31/03/2009 - terça-feira
01/04/2009 - quarta-feira
5.3) Remessa dos autos ao contador – regra geral os autos não devem ser remetidos à
contadoria do Juízo. Pois, a responsabilidade de elaborar a memória de atualização da divida.
Somente em 2 hipóteses o legislador permitiu:
1) quando o credor estiver ao abrigo da assistência judiciária;
2) quando a memória de atualização aparentemente exceda os limites da sentença
exeqüenda.
6) Liquidação e Juizado Especial
Juizados Especiais Estaduais – regidos pela lei 9.099/95 – não se admite a liquidação de
sentença. Pois, a sentença será necessariamente líquida, por força de Lei (por causa da
celeridade, se houvesse a liquidação isso iria atrasar o curso do processo).
Art. 38, Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda
que genérico o pedido.
7) Questões diversas
Título parcialmente líquido – é possível uma sentença que seja em parte líquida e em
parte ilíquida? Sim, como por exemplo, no caso de uma sentença condenatória ao pagamento
de dano moral no valor de R$10.000,00 (líquida), e pagamento de dano material a ser
apurado na fase de liquidação (ilíquida). Em relação à parte líquida o credor deve pedir a
execução, e em relação à parte ilíquida ele deve pedir a liquidação. A execução e a liquidação
podem ser protocoladas simultaneamente (todavia, em petições diferentes). Mas, para que
não ocorra tumulto nos autos, a execução será feita nos autos principal, e a liquidação será
feita em autos apartados/separados.
Art. 475-I – § 2º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é
lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação
desta.
Liquidação provisória – é uma novidade da reforma processual. Consiste no direito que
tem o credor de pedir a liquidação da sentença antes mesmo do seu trânsito em julgado. É
pedida no 1º grau, diante do juiz “a quo”, enquanto os autos estão no tribunal, se for o caso.
07/04/2009 - terça-feira
3) Outras regras
3.1) Certidão da propositura da execução - é uma novidade da reforma processual. O
credor pode pedir em Cartório (pode ser também no Detran se possuir carro) . Esta certidão
permitirá a averbação perante os órgãos que possuem registro de bens das pessoas (RGI). Se
o devedor, após a averbação da certidão, alienar este imóvel será considerada em fraude de
execução (mesmo que seja antes da citação. Sendo a alienação ineficaz).
Art. 615-A. O exeqüente poderá, no ato da distribuição, obter certidão comprobatória do
ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de
averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à
penhora ou arresto.
§ 3º Presume-se em fraude à execução a alienação ou ração de bens efetuada após a
averbação (art. 593).
3.2) Prescrição – a propositura da execução interrompe a prescrição, todavia, para que isso
ocorra, a citação do devedor deve ser feita conforme o art. 219, §2º do CPC.
Art. 617, CPC - A propositura da execução, deferida pelo juiz, interrompe a prescrição, mas a
citação do devedor deve ser feita com observância do disposto no art. 219.
Art. 219, § 2º, CPC - Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias
subseqüentes ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável
exclusivamente ao serviço judiciário; (promover execução é pagar as custas processuais, e
entregar em Cartório a contra-fé, que é a copia da inicial/exordial, geralmente é feito quando
o advogado ajuíza a ação).
Antes da reforma o juiz não podia conhecer de ofício a prescrição. Mas com a reforma é
possível que a prescrição seja conhecida de oficio.
Art. 219, § 5º, CPC – O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição.
3.3) Nulidades – as principais nulidades estão previstas no artigo 618, CPC, e estas
nulidades, se enquadram na categoria das nulidades absolutas, ou seja, podem ser
conhecidas de oficio, e vão gerar na extinção do processo.
Art. 618 - É nula a execução:
I - se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa (não há dúvida
quanto a sua existência), líquida (contempla o valor devido) e exigível (art. 586);
II - se o devedor não for regularmente citado; (a citação é um dos atos mais importantes do
processo, é um pressuposto de existência da relação jurídica processual para o réu, se o
devedor na for regularmente citado, a execução será nula. Mesmo a falta de citação, que é
um defeito gravíssimo, pode ser suprida com o comparecimento espontâneo do devedor);
art. 214, § 1º - O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação.
III - se instaurada antes de se verificar a condição (evento futuro e incerto) ou de ocorrido o
termo (evento futuro e certo), nos casos do art. 572.
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
Podem ser alegadas em qualquer tempo e grau de jurisdição, por meio de uma simples
petição nos autos (matéria de ordem pública), e esta petição, na prática, é chamada de
objeção de pré-executividade ou exceção de pré-executividade. O prazo dos
embargos não são suspensos por essa petição, nem o contrário.
3.4) Ineficácia –
Art. 619 - A alienação de bem aforado ou gravado por penhor, hipoteca, anticrese ou
usufruto será ineficaz em relação ao senhorio direto, ou ao credor pignoratício, hipotecário,
anticrético, ou usufrutuário, que não houver sido intimado.
O credor hipotecário deve ser intimado, pois ele possui uma garantia real (que pode ser
oposta contra todas as pessoas, é a oponibilidade erga omnes) de recebimento do crédito
dele.
22/04/2009 - quarta-feira
28/04/2009 - terça-feira
05/05/2009 - terça-feira
06/05/2009 - quarta-feira
19/05/2009 - terça-feira
9) Inércia
O devedor foi citado para fazer o pagamento, mas mateve-se inerte, deixou o prazo correr in
albis. A conseqüência é que o oficial voltará e realizará a penhora a avaliação e a intimação
do devedor.
9.1) Penhora, avaliação e intimação
Art. 652, § 1º Não efetuado o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de
justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo
auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.
O devedor vai ser intimado da penhora para, querendo, requerer a substituição do bem que
foi penhorado, no prazo de 10 dias.
Art. 668. O executado pode, no prazo de 10 (dez) dias após intimado da penhora, requerer a
substituição do bem penhorado, desde que comprove cabalmente que a substituição não
trará prejuízo algum ao exeqüente e será menos onerosa para ele devedor (art. 17, incisos IV
e VI, e art.620).
9.2) Devedor não é encontrado para intimação
Pode ser que o devedor não seja encontrado para intimação. Se isso ocorrer o Juiz terá 2
alternativas:
• Determinar a realização de novas diligências, ou seja, que o oficial de justiça vá até o
encontro do devedor para sua intimação em outro local (trabalho, casa de familiares...);
ou
• Dispensar a intimação do devedor;
O critério mais utilizado é o da razoabilidade, por exemplo, se o executado não foi intimado
pois estava trabalhando, o juiz “deve” determinar novas diligências. Todavia, se o executado
está se escondendo o oficial, o juiz “deve” dispensar a intimação.
9.3) Localização de bens
O juiz de ofício ou a requerimento da parte, poderá determinar a intimação do devedor para
que ele apresente um juízo o rol de bens que estão no seu patrimônio. Essa intimação não
será feita na pessoa do devedor, será feita na pessoa do advogado do devedor (se não tiver
advogado constituído nos autos, a intimação será pessoal, mas a regra é a intimação do
advogado). A conseqüência de o devedor não indicar esses bens para o juízo é a imposição de
uma multa de 20% em cima do valor da causa. Se não tiver bem nenhum, tem que informar
que não possui bem nenhum, essa penalidade é para o caso de se manter inerte.
Art. 601 - Nos casos previstos no artigo anterior, o devedor incidirá em multa fixada pelo
juiz, em montante não superior a 20% (vinte por cento) do valor atualizado do débito em
execução, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material, multa essa
que reverterá em proveito do credor, exigível na própria execução.
10) Parcelamento
O prazo para requerer este parcelamento é de 15 dias, contados a partir da juntada aos autos
do mandado devidamente cumprido.
- Condições do parcelamento:
O parcelamento deve ser na forma ex legis (prevista em lei) devendo ser de 30% à vista, e o
restante em até 6 prestações mensais, que serão acrescidos de juros de mora de 1% ao mês
e correção monetária. O devedor só tem o direito de exigir o parcelamento nestas condições,
caso o devedor queira de outra forma ele pode procurar o credor para tentar fazer um acordo
na execução, pois, pode tudo.
As conseqüências do não cumprimento do parcelamento são:
• Vencimento antecipado de todas as prestações;
20/05/2009 - quarta-feira
26/05/2009 - terça-feira
02/06/2009 - terça-feira
03/06/2009 - quarta-feira
16/06/2009 - terça-feira
17/06/2009 - quarta-feira