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Medidas de Controle:
Preparo:
Aplicação:
Para pulverizar nas plantas, na hora de usar, misturar 200 ml do extrato com 200 gramas de
sabão e dez litros de água. O sabão quanto mais forte (alcalino) melhor, o qual deverá ser
cortado em pequenos pedaços e dissolvido em água quente antes de adicionar a mistura.
• É tóxico para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. O seu preparo e
aplicação requerem cuidados.
• A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a aplicação do
fumo.
• Não deve ser empregado o fumo em plantas da família da batata.
Quando aplicada como cobertura do solo, pode prevenir o ataque de lesmas, caracóis e
lagartas cortadeira, porém pode prejudicar insetos benéficos do solo como as minhocas.
CALDA DE FUMO 2
Medidas de Controle:
Segue aqui uma boa alternativa para o controle de pragas e doenças, sem o uso de
agrotóxicos em hortaliças, plantas ornamentais e frutíferas. Como dica iremos fazer o
controle através da calda do fumo, onde utilizaremos os seguintes ingredientes:
PREPARO:
Ferver os 10 litros de água, retirar do fogo, adicionar 100 g de fumo picado, deixar
esfriar (a nicotina vai se dissolver na água quente). Esse extrato deve ser guardado em um
recipiente por até 30 dias.
Marcenar as 20 g de pimenta e colocar em vidro ou garrafa com tampa, junto com 1
litro de álcool e deixar descansando uma semana antes de usar. Este preparo pode ser
armazenado por alguns meses, se estiver bem tampado.
Dissolver 50 g do sabão neutro em 1 litro de água quente.
Na hora de usar, colocar 1 litro do extrato de fumo junto com ½ copo de extrato de
pimenta, juntando com a solução do sabão. Colocar tudo em um pulverizador costal de 20
litros. Agitar a mistura e completar com água.
Augusto Braga
Extensionista Agrícola da EMATER-PB
• É tóxico para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. O seu preparo e
aplicação requerem cuidados.
• A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a aplicação do
fumo.
• Não deve ser empregado o fumo em plantas da família da batata.
Quando aplicada como cobertura do solo, pode prevenir o ataque de lesmas, caracóis e
lagartas cortadeira, porém pode prejudicar insetos benéficos do solo como as minhocas.
FUMO (NICOTINA)
Indicação - a nicotina contida no fumo é um excelente inseticida, tendo ação de contato
contra pulgões, tripes e outras pragas. Quando aplicada como cobertura do solo, pode
prevenir o ataque de lesmas, caracóis e lagartas cortadeiras, porém, pode prejudicar insetos
benéficos ao solo como as minhocas. 0 fumo em pó sobre os vegetais é um defensivo
contra pragas de corpo mole, como lesmas e outras, sendo menos tóxico se empregado
nesta forma. Na agricultura orgânica seu emprego deve ser precedido de autorização do
orgão certificador.
Características - a calda pronta pode ser acrescida de sabão e cal hidratada, melhorando a
sua atividade e persistência na folha. Quando a nicotina é exposta ao sol, diminui sua ação
em poucos dias. A adição de algumas gotas de fenol, é recomendada para manter suas
características iniciais. A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a
aplicação do fumo. Não deve ser empregado o fumo em plantas da família da batata ou
tomate (Solanaceae). 0 tratamento com concentrações acima do recomendado, pode causar
danos para muitas plantas. A nicotina bem diluída apresenta baixo risco para o homem e
animais de sangue quente e 24 horas depois de pulverizada, torna-se inativa. No entanto,
em elevada concentração é tóxica para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. 0
seu preparo e aplicação requerem cuidados. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-
se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes do consumo. Devido ao seu alto poder
inseticida, o seu emprego na agricultura orgânica é bastante restrito.
Receita 1 - para controle de pulgões, cochonilhas, grilos, vagalumes.
Ingredientes: 15 a 20 cm de fumo em corda e água. Preparo: Coloque o fumo em corda
deixando de molho durante 24 horas, com água suficiente para cobrir o recipiente.
Aplicação: Para cada litro de água, use 5 colheres (de sopa) dessa mistura, usando no
mesmo dia.
Receita 2 - controle de lagartas e pulgões em plantas frutíferas e hortaliças.
Ingredientes: 100g de fumo em corda, 1 litro de álcool e 100g de sabão. Preparo: misture
100g de fumo em corda cortado em pedacinhos com 1 litro de álcool. Junte 100g de sabão
e deixe curtir por 2 dias. Aplicação: para pulverizar plantas utilize 1 copo do produto em 15
litros de água.
Receita 3 - controle de vaquinhas, pulgões, cochonilhas, lagartas.
Ingredientes: 1 pedaço de fumo em corda (10 - 15 cm); 0,5 litros de álcool; 0,5 litros de
água e 100g de sabão em barra. Preparo: corte o fumo em pequenos pedaços e junte a água
e o álcool. Misture em um recipiente deixando curtir durante 15 dias. Decorrido esse
tempo, dissolva o sabão em 10 litros de água e junte com a mistura já curtida de fumo e
álcool. Aplicação: pode ser aplicado com pulverizador ou regador. No caso de hortaliças,
aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes da colheita.
ESPALHANTE ADESIVO
Existem insetos (pulgões, por exemplo) que, devido a sua capa cerosa, dificultam a ação de
produtos que, como o extrato de fumo, os matem por contato. Neste caso, o espalhante
adesivo melhora a ação de contato do extrato de fumo sobre o pulgão e, conseqüentemente,
permite um controle mais efetivo. A farinha de trigo apresentava boa atuação como
espalhante adesivo.
Preparo:
Para evitar obstrução de bicos do pulverizador, é prudente coar a calda, podendo-se utilizar
para isto a própria peneira do pulverizador.
Dosagem:
Esta dose pode ser aumentada ou diminuída de acordo com o grau de cerosidade das folhas.
0 sabão (não detergente) tem efeito inseticida e quando acrescentado em outros defensivos
naturais pode aumentar a sua efetividade.
0 sabão sozinho tem bom efeito sobre muitos insetos de corpo mole como: pulgão,
lagartas e mosca branca.
Raspar o sabão até obter 1 colher de chá que será colocada em 1 litro de água até total
dissolução.
O sabão pode também ser fervido para dissolver e aplicado quando frio.
CRAVO DE DEFUNTO
Cravo-de-defunto (Tagetes minuta) e ou Cravorana (Tagetes sp) silvestre.
As plantas inteiras, principalmente no florescimento, são boas repelentes de insetos e
nematóides (no solo). Usadas em bordadura das culturas ou em pulverizações na forma de
extratos alcoólicos, atuam tanto por ação direta contra as pragas, quanto por "disfarce" das
culturas pelo seu forte odor.
Fórmula Geral: 200 gramas de planta verde, mascerados por 12 (doze) horas em álcool
(aproximadamento 1 litro) e diluídos em 18 a 19 litros de água (20 litros para pulverização)
CINAMOMO
Cinamomo (Melia azedorach L., família Meliaceae)
O chá das folhas e o extraído acetônico-alcoólico dos frutos (ambos na dosagem média de
200 gramas para um volume final de 20 litros para pulverização) são inseticidas. Os frutos
devem ser moídos e seu pó pode ser usado na conservação de grãos armazenados.
Observação: É uma árvore ornamental comum no sul do Brasil, de origem asiática.
SABONETEIRA
Saboneteira ( Sapindus saponaria L.)
Árvore nativa da América Tropical, usada como ornamental , possui nos frutos um efeito
inseticida. Para se ter uma idéia de seu poder de ação, vale mencionar que seis frutos
bastam para preservar 60 quilos de grãos armazenados.
Os estratos podem ser feitos dos frutos amassados diretamente em água (uso imediato) ou
conservados por extração acetônica e/ou alcoólica. Em ambos os casos, 200 gramas são
suficientes para o volume de 20 litros de um pulverizador costal.
QUÁSSIA OU PAU-AMARGO
Quássia ou Pau-amargo (Quassia amara, família Simarubaceae)
Arbusto alto, nativo da América Central, com ação inseticida especialmente contra moscas
e mosquitos, pelo alto teor de substâncias amargas na casca e madeira. Estas partes podem
ser usadas em pó ou extrato acetônico-alcoólico, assim como os ramos e folhas, variando
apenas a concentração: 200 gramas de cascas ou madeira moída.
MUCUNA PRETA
Mucuna-preta (Mucuna sp ou Stizolobium oterrium)
Plantada associada ao milho, evita mais de 90% da instalação dos gorgulhos nas espigas
TAIUÁ
Tajujá (Cayaponia tayuya)
Planta da família das cucurbitáceas, atrativa para as vaquinhas. Sua limitação consiste no
fato de que as raízes que são a parte mais útil da planta, são de cultivo mais difícil que o do
Purungo.
LEITE DE VACA
Oídio da abobrinha, causado pelo fungo Sphaerotheca fuliginea, é uma das principais
doenças da cultura e de outras cucurbitáceas (pepino e outras variedades de abóbora),
sobretudo em cultivo protegido (estufas). A doença ataca toda a parte aérea da planta
(folhas, ramos, caules, flores), fazendo com que esta perca o vigor e tenha sua produção
prejudicada.
O método de controle mais utilizado nos sistemas convencionais de cultivo é o emprego de
fungicidas. Contudo, seu uso contínuo resulta não apenas em riscos de contaminação
ambiental como na seleção de populações do fungo resistentes aos produtos. Aliado a esses
fatos, existe um mercado crescente para alimentos produzidos sem a utilização de
agrotóxicos, sendo o de produtos orgânicos, o mais conhecido
Como no sistema de produção orgânico não se permite o uso de fungicidas, esse grupo de
agricultores dispõe de poucas alternativas para o controle do Oídio da abobrinha, fato que
começa a mudar com a descoberta do leite cru como produto promissor para esse fim.
• O leite pode ter ação direta sobre o fungo devido à sua propriedade germicida.
• O leite contém vários sais e aminoácidos na sua composição, sendo que essas
substâncias são conhecidas por induzirem resistência nas plantas.
A técnica foi desenvolvida pensando em ser uma alternativa para a agricultura orgânica.
Entretanto, devido ao baixo custo e à facilidade de obtenção do produto, vem sendo adotada
por diversos produtores, sejam eles orgânicos ou convencionais.
Esses produtores estão utilizando o leite de vaca cru na concentração de 5%, isto é , 5 litros
de leite para 95 litros de água, uma vez na semana e quando a infestação está muito alta
utilizam a 10%, para o controle do Oídio da abobrinha e do pepino.
MANIPUEIRA (MANDIOCA)
No decurso de dez anos (1976/85), cresceu em mais de 500% o consumo de agrotóxicos no
Brasil, enquanto, no mesmo período, a rentabilidade da produção agrícola brasileira crescia
em apenas 5%. A discrepância entre estes dados atesta, em linhas gerais, o malogro
econômico de tão elevado investimento.
Fig. 1. Extrato líquido das raízes de mandioca -a manipueira- coletado na casa-de-farinha (prédio ao lado)
e sendo estocado para posterior aplicação no campo.
Iniciada em 1979 (11), esta linha de pesquisa, intitula da "Utilização da Manipueira como
Defensivo Agrícola", já produziu doze trabalhos científicos, de zdos quais relativos a
primeira etapa do projeto (utilização como nematicida), reunindo um acervo de resultados
positivos. Os dois outros trabalhos (9, 10) correspondem á segunda etapa (utilização como
inseticida) e relatam pesquisas recentes que atestam a eficácia do composto no combate,
também, a insetos fitoparasitos.
O trabalho pioneiro aconteceu há mais de dez anos, exatamente quando Ponte et al. (11)
descobriram a potencialidade nematicida inerente à manipueira, mediante o cultivo de
plantas de quiabo (Hibiscus esculentus L.) em solos envasados que haviam sido
previamente infestados com ovos e larvas de nematóides das galhas (Meloidogyne spp.) e,
dez dias depois, tratados com manipueira. Na ocasião, a partir de crescentes dosagens de
manipueira (0, 500, 750 e 1000 ml por vaso), obtiveram decrescentes percentagens de
plantas atacadas de Meloidoginose: 100, 60, 50 e 30%, respectivamente (Quadro 1). Neste
experimento, conduzido em casa-de-vegetação, foram usados vasos de 6L de capacidade,
contendo solo limo-arenoso.
(1) ml de manipueira por vaso contendo 6 L de solo infestado com cerca de 10.000 espêcimes de
nematóide das galhas.
(2) Média de 15 plantas por tratamento, distribuídas em quatro vasos. Notas atribuídas conforme o
seguinte critério: 0 - ausência de galhas; 1 - 1 a 3 galhas por sistema radicular; 2 - 4 a 6 galhas; 3 - 7 a
12 galhas; 4 - 13 a 20 galhas; 5 - mais de 20 galhas, correspondendo, respectivamente, às infest
Dois anos depois, Ponte e Franco (7) comprovaram essa potencialidade nematóxica através
de dados ainda mais positivos do que os obtidos no experimento pioneiro. Com efeito, para
a dosagem de 1000 ml por vaso, a percentagem de plantas atacadas, que fora de 30% no
primeiro ensaio (Quadro 1), caiu para 0% (Quadro 2). Segundo os citados autores, este
melhor desempenho do composto deveu-se ao uso exclusivo, no segundo ensaio, de
manipueira extraída apenas de mandioca brava e não de uma mistura de extratos de
mandiocas brava e mansa, como aconteceu no primeiro experimento. Neste segundo ensaio,
o tomateiro (Lycopersiconesculentum Mill.) cv. Santa Cruz foi usado como planta-teste,
haja vista a sua condição de hospedeiro da mais alta suscetibilidade ao parasitismo de
nemitóides do gênero Meloidogyne.
No ano seguinte, Sena e Ponte (12) aplicaram manipueira em uma cultura de cenoura
(Daucus carota L.), de apenas 15 dias de idade e já sob ameaça de um severo ataque de
nematóides das galhas, a julgar pelo grau de infestação exibido pelas plantinhas removidas
por ocasião do primeiro desbaste. Nos canteiros tratados (l L do composto por m2), a par da
leve incidência de Meloidoginose constatada à época da colheita. a produção de cenouras
foi l00% superior à obtida nos canteiros não tratados, onde a incidência da doença foi
severa e generalizada.
Ainda em 1983, os mesmos autores (6) constataram que a manipueira poderia ser estocada
por um período de até três dias, à temperatura ambiente (25-31°C), sem nenhum prejuízo
para o seu poder nematicida. Com efeito, realizaram um experimento em que a manipueira
foi armazenada, em vasilhames de plástico não tamponados, por 0, 1, 3 e 5 d; logo após
estes períodos de estocagem, aplicaram 1 L dessa substâcia em vasos contendo 6 L de solo
previamente infestado de nematóides das galhas; ao final, constataram a ausência total de
galhas nas 12 plantas de tomate que haviam sido posteriormente cultivadas em cada um dos
vasos dos tratamentos correspondentes a 0, 1 e 3 d de armazenamento, enquanto
constatavam 5 galhas no conjunto das 12 plantas do tratamento de 5 d. Esta determinação é
importante do ponto-de-vista prático, pois anula a obrigatoriedade de usar o composto
apenas no mesmo dia de sua extração.
Em 1986, ao fim de vários experimentos (em casa-de-vegetação) que integraram a sua tese
de mestrado, Franco (1) obteve algumas valiosas informações adicionais sobre a utilização
da manipueira no tratamento de solos contaminados por nematóides fitoparasitos. Ficou
comprovado, por exemplo, um efeito residual fitotóxico que persiste por alguns dias, razão
porque se deve observar, entre a aplicação do composto no solo e a data do plantio ou
transplantio, um período de carência de 18 a 21 d, de acordo com as determinações
experimentais envolvendo as culturas hortícolas já mencionadas anteriormente (quiabo,
tomate e cenoura), além do mamoeiro (Carica papaya L.).
Ainda no sentido de melhor orientar o tratamento do solo com manipueira, Franco e Ponte
(2) estudaram dois importantes aspectos pertinentes ao assunto: diluição e interferência da
manipueira na fertilidade do solo. Em relação ao primeiro aspecto, comprovaram que o
composto pode ser diluído em até 50% de água, sem prejuízo de sua ação nematicida. Esta
conclusão fundamentouse nos resultados de um experimento conduzido em solo envasado
(6 L por vaso) e pesadanente infestado de nematóides das galhas; aplicou-se, em cada vaso,
1 L de manipueira, usando a nas seguintes diluições: 100, 75, 50, 25 e 0% (testemunha,
com aplicação apenas de água). O composto diluído em igual parte de água (50%) foi tão
eficiente quanto à manipueira pura (l00%) ou a 75%, a julgar pela total ausência de galhas
nas plantas de tomate posteriormente cultivadas nos solos submetidos aos três citados
tratamentos. Já a manipueira a 25% (1 parte do composto para três de água) foi ineficaz,
com as respectivas plantas exibindo um número de galhas tao elevado quanto áquele
apresentado pelas plantas da testemunha. Com respeito à fertilidade do solo, concluíram
que a manipueira presta-se como fertilizante, aumentando, substancialmente, os níveis de
macronutrientes do solo, especialmente potássio, nitrogênio e magnêsio. Assim, além de
nematicida, há a vantagem adicional de ser um ótimo adubo.
Esta segunda fase do projeto teve início em 1988, mediante um teste preliminar conduzido
por Ponte et al (9) e envolvendo o controle de cochonilhas de carapaça marron (Coccus
hesperidium L.). Na oportunidade, uma única pulverização com manipueira pura, sobre
algumas copas de limoeiro-galego (Citrus aurantifolia Swingle) praguejadas por tais
cochonilhas, foi suficiente para eliminar quase toda a população desses coccídeos.
Além de outros testes bem sucedidos e envolvendo, inclusive, insetos-praga de maior porte
-por exemplo, as lagartas-peludas (Agraulis spp.) das passifloráceas-, Ponte e Santos(10)
concluíram, recentemente, um experimento que comprova a elevada potencialidade
inseticida da manipueira; com efeito, os citados autores controlaram duas importantes
pragas da citricultura -o pulgão negro (Toxoptera citricidus (Kirk)) e a cochonilha escama-
farinha (Pinnaspis aspidistrae (Sing))- usando três diferentes concentrações de manipueira:
50, 75 e 100%; nestas três concentrações, o composto revelou-se tão eficiente quanto o
inseticida comercial (parathion-metilico) usado como testemunha, além de muito mais
econômico do que este. Mais recentemente, os mesmos autores (trabalho ainda não
publicado) usaram a manipueira no tratamento de um plantio de tomateiros de dois meses
de idade, já severamente atacado pela traça (Scrobipalpula absoluta (Meirick)), uma das
mais importantes pragas da cultura no nordeste brasileiro. Em razão da sensibilidade do
tomateiro ao composto, a manipueira foi aplicada em diluição menos concentrada (1:4).
Mesmo assim, houve controle absoluto da praga, com apenas duas pulverizações, espaçadas
de 15 d.
à luz das pesquisas já desenvolvidas durante esta segunda etapa do projeto, pode-se
concluir, em resumo, que: a) a manipueira, como inseticida, pode ser usada pura (sobre
árvores adultas) ou diluída em 1 a 4 partes de água, dependendo a diluição da sensibilidade
da planta e do inseto ao composto; b) adicionar à manipueira a ser pulverizada sobre a
planta uma pequena porção (1 a l.5%) de açúcar ou farinha de trigo, para garantia de
melhor aderência; c) fazer duas ou três pulverizações, espaçadas de 12 a l5 d.
NOVAS FRONTEIRAS
Ja teve início, a partir de 1991, a terceira etapa do projeto, durante a qual será investigada
uma possível ação fungicida da manipueira. Neste sentido, os dois primeiros experimentos
já foram montados. Em um destes experimentos, o composto está sendo avaliado como
fungicida de folhagem, no controle curativo de oídios (Oidium spp.); no outro, como
fungicida de solo, no controle de patógenos do gênero Fusarium.
MANIPUEIRA
É o líquido de aspecto leitoso e cor amarelo-claro que escorre de raízes carnosas da
mandioca (Manihot esculenta Crantz), por ocasião da prensagem das mesmas, com vista à
obtenção da fécula ou da farinha de mandioca. É, portanto, um subproduto ou resíduo da
industrialização da mandioca, que fisicamente se apresenta na forma de suspensão aquosa
e, quimicamente, como uma miscelânea de compostos que se prestam como macro e
micronutrientes vegetais.
- Recomendações de uso
Acaricida - manipueira diluída em água (uma parte de manipueira para duas partes de
água) – no mínimo, três pulverizações foliares, a intervalos semanais.
Adubo foliar - manipueira diluída em água (uma parte de manipueira para quatro partes de
água) - seis pulverizações foliares, a intervalos semanais.
Inseticida – manipueira diluída em igual volume de água (uma parte de manipueira para
uma parte de água) - três pulverizações foliares, a intervalos semanais.
ALHO
Indicação - o extrato do alho pode ser utilizado na agricultura como defensivo agrícola,
tendo ampla ação contra pragas e moléstias. Segundo vários pesquisadores, quando
adequadamente preparado tem ação fungicida, combatendo doenças como míldio e
ferrugens; tem ação bactericida e controla insetos nocivos como a lagarta da maçã, pulgão,
etc. Sua principal ação é de repelência sobre as pragas, sendo inclusive recomendado o
plantio intercalado de certas fruteiras como a macieira, para repelir pragas.
Características e preparo - no Brasil o uso do alho está restrito ainda a pequenas áreas,
como na agricultura orgânica, enquanto que em outros países como nos Estados Unidos,
pela possibilidade de empregar o óleo de alho, obtido através de extração industrial, já é
possivel empregá-lo em larga escala em cultivos comerciais. Uma fórmula para o preparo
de um defensivo com alho compreende a mistura de 1,0 kg de alho + 5,0 litros de água +
100 gramas de sabão + 20 colheres (de café) de óleo mineral. Os dentes de alho devem ser
finamente moídos e deixados repousar por 24 horas, em 20 colheres de óleo mineral. Em
outro vasilhame, dissolve-se 100 gramas de sabão (picado) em 5 litros de água, de
preferência quente. Após a dissolução do sabão, mistura-se a solução de alho. Antes de
usar, é aconselhavel filtrar e diluir a mistura com 20 partes de água. As concentrações são
variáveis de acordo com o tipo de pragas que se quer combater (Stoll, 1989). Quando
pulverizado sobre as plantas depois de 36 horas não deixa cheiro nos produtos agrícolas.
Preparo e aplicação - ingredientes: 100 gramas de cavalinha seca ou 300 gramas de planta
verde; 10 litros de água para maceração e 90 litros de água para diluição. Preparo: ferver as
folhas de cavalinha em 10 litros de água por 20 minutos. Diluir a calda resultante em 90
litros de água. Aplicação: regar ou pulverizar as plantas, alternando com a urtiga. Fonte:
Geraldo Deffune, 1992.
CONFREI
Indicação - combate a pulgões em hortaliças e frutíferas e como adubo foliar.
Preparo e aplicação - ingredientes: 1,0 kg de confrei e água para diluição.
Preparo: utilizar o liqüidificador para triturar 1 quilo de folhas de confrei com água ou
então deixar em infusão por 10 dias. Acrescentar 10 litros de água. Aplicação: pulverizar
periodicamente as plantas.
PIMENTA MALAGUETA
Indicação - a pimenta (vermelha ou malagueta) pode ser empregada como um defensivo
natural em pequenas hortas e pomares. Tem boa eficiência quando concentrada e misturada
com outros defensivos naturais, no combate a pulgões, vaquinhas, grilos e lagartas.
Obedecer um período de carência mínima de 12 dias da colheita, para evitar obter frutos
com forte odores.
Receita 1 - ingredientes: 50 g de fumo de rolo, picado + 1 punhado de pimenta vermelha +
1 litro de álcool + 250 g de sabão em pó. Preparo: dentro de 1 litro de álcool, coloque o
fumo e a pimenta, deixando essa mistura curtir durante 7 dias. Para usar essa solução, dilua
o conteúdo em 10 litros de água contendo 250 gramas de sabão em pó dissolvido ou então,
detergente, de modo que o inseto grude nas folhas e nos frutos. No caso de hortaliças e
medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.
URTIGA
Indicação - planta empregada na agricultura orgânica, prinicipalmente na horticultura para
aumentar a resistência e no combate a pulgões.
Preparo e aplicação - Ingredientes: 500 g de urtiga fresca ou 100g de urtiga seca e 10 litros
de água. Preparo: Colocar 500 gramas de urtiga fresca ou 100 gramas de urtiga seca em 10
litros de água por dois dias ou então deixar curtir por quinze dias. Aplicação: a primeira
forma de preparo para aplicação imediata sobre as plantas atacadas. A segunda, deve ser
diluída, sendo uma parte da solução concentrada para 10 partes de água.
CINZAS
LEITE
Indicação - o leite na sua forma natural ou como soro de leite é indicado para controle de
ácaros e ovos de diversas lagartas, atrativo para lesmas e no combate de várias doenças
fúngicas e viróticas. O seu emprego é recomendado para hortas domésticas e comunitárias.
Preparo e recomendações: um dos métodos recomendados, é diluir 1 litro de leite em 3 a 10
litros de água e pulverizar as plantas. Repetir depois de 10 dias para doenças e 3 semanas
quando aplicado contra insetos. A mistura de leite azedo com água e cinza de madeira, é
citado como efetivo no controle de míldio. Há indicações do uso do leite como atrativo
para lesmas. Distribuir no chão, ao redor das plantas, estopa ou saco de amiagem molhado
com água e um pouco de leite. De manhã, virar a estopa ou o saco utilizado e matar as
lesmas que se reuniram embaixo. Pode ser utilizado como fungicida no pimentão, pepino,
tomate, batata. Sem contra-indicação para hortaliças. Preparar mistura com: 2,5 litros de
leite, 1,5 kg de cinza de madeira, 1,5 kg de esterco fresco de bovino e 1,5 kg de açúcar.
Aplicar no tomate a cada 10 dias, aplicar no café a cada 15 a 30 dias.
NIM
O Nim ou Amargosa (Azadirachta indica A. Juss) é uma planta que pertence à família
Meliaceae, de origem asiática, muito resistente e de rápido crescimento, alcançando
normalmente de 10 a 15 m de altura e produzindo uma madeira avermelhada, dura e
resistente.
Contudo, não são as suas características botânicas as que mais despertam o interesse de
agricultores em todo o mundo. O que chama a atenção desses agricultores é o conteúdo
de azadirachtina da planta, um princípio ativo que vem demonstrando alta eficácia no
combate a diversas pragas e doenças que atacam plantas e animais.
Segundo o pesquisador Hélcio Abreu Jr., o alto poder inseticida da planta permite
alcançar até 90% de sucesso no controle agroecológico com os extratos de Nim, com a
vantagem de não se afetar os inimigos naturais (predadores, parasitas e
entomopatógenos). Desta forma, é possível manter a população de pragas em níveis
baixos, fora do nível de dano econômico.
Através do cultivo do NIM em sua propriedade, o produtor pode reduzir muitos dos
seus custos e ainda garantir uma renda extra através da extração do seu óleo a partir dos
seus frutos e do seu extrato através das suas folhas. Com 10 anos o NIM já atinge o
ponto de corte e o valor da sua madeira é bem elevado.
No quadro a seguir, são apresentados alguns exemplos do potencial de controle do
Nim:
Por fim, é preciso ressaltar que embora não haja período de carência para esses
produtos, e os produtos à base do Nim tenham baixa toxicidade para mamíferos, foi
comprovada a toxicidade dos mesmos para os peixes, devendo ser utilizados com
bastante cuidado em propriedades que pratiquem a piscicultura. Em outras palavras,
nenhum insumo agroecológico por mais inofensivo que seja, deve ser utilizado sem o
acompanhamento criterioso de um profissional (agrônomo, veterinário ou zootecnista
capacitado).
- Zabrotes subfasciatus do feijoeiro – óleo de nim (2ml) + óleo safrol (2ml) para 200
sementes
ALHO E CAVALINHA
Acrescentar em 100 mililitros de água 20 gramas de alho amassado, deixando em infusão
por 24 horas. Paralelamente, fazer outra infusão com 10 g de folhas de cavalinha, em 100
ml de água. Misturar as duas soluções, coar e aplicar, nesta proporção, nas plantas através
de pulverizações foliares. É indicado para o controle do míldio em pepino.
CINAMOMO OU SANTA BÁRBARA (MELIA
AZEDARACH - FAMÍLIA MELIACEA)
Extrato aquoso de folhas e frutos de Cinamomo a 10% (macerar 10 g de folhas e frutos de
Cinamomo em 100 ml de água. Deixar em infusão por 24 horas, coar e pulverizar,
semanalmente). Controle de pulgões do feijoeiro.
CALDA SULFOCÁLCICA
Resultado de uma reação corretamente balanceada entre o cálcio e o enxofre dissolvidos em
água e submetidos à fervura, constituindo uma mistura de polissulfetos de cálcio. Foi
preparada pela primeira vez no ano de 1852, por Grison. Além do seu efeito fungicida,
exerce ação sobre ácaros, cochonilhas e outros insetos sugadores, tem também ação
repelente sobre “brocas” que atacam tecidos lenhosos.
- Ingredientes
(Para preparar 20 litros de calda)
• 5 kg de enxofre
• 2,5 kg de cal virgem
- Modo de preparo
Em tambor de ferro ou latão sobre forno ou fogão, adicionar vagarosamente a cal virgem
a 10 litros de água, agitando constantemente com uma pá de madeira. No início da
fervura, misturar vigorosamente o enxofre previamente dissolvido em água quente e
colocar o restante da água, também pré-aquecida. Ferver uma hora e quando a calda passar
da cor vermelha para a pardo-avermelhada estará pronta. Após o resfriamento, deverá ser
coada em pano ou peneira fina para evitar entupimento dos pulverizadores, sendo que a
borra restante poderá ser empregada para caiação de troncos de arbóreas.
A calda pronta deve ser estocada em recipiente de plástico opaco ou vidro escuro e
armazenada em local escuro e fresco, por um período relativamente curto, sendo ideal sua
utilização até, no máximo, 60 dias após a preparação.
- Recomendações de uso
O uso rotineiro da calda Sulfocálcica requer certos cuidados que são a seguir listados:
CALDA BORDALESA
É uma suspensão coloidal, de cor azul celeste, obtida pela mistura de uma solução de
sulfato de cobre com uma suspensão de cal virgem ou hidratada. Acredita-se que foi usada
pela primeira vez na Europa no ano de 1800 para controle de doenças de origens fúngicas.
- Ingredientes
(Para preparar 100 litros de calda a 1%)
- Modo de preparo
O sulfato de cobre deve ser colocado em um saco de pano poroso, deixado imerso em 50
litros de água por 24 horas, para que ocorra total dissolução dos cristais. Em outro
vasilhame procede-se a queima ou extinção da cal em pequeno volume d’água; a medida
que a cal reagir, vai-se acrescentando mais água até completar 50 litros.
1 - O sulfato de cobre deve possuir, no mínimo, 98% de pureza e a cal não deve conter
menos que 95% de CaO;
2 - a calda deve ser empregada logo após o seu preparo ou no máximo dentro de 24
horas; quando estocada pronta, perde eficácia com rapidez;
4 - os recipientes de plástico, madeira ou alvenaria são os mais indicados, porque não são
atacados pelo cobre e pela cal;
Ingredientes
(Para preparar 100 litros de calda)
- Modo de preparo
Para a preparação de 100 litros da calda é necessário dissolver 500 g de cal virgem em 50
litros de água ; Em outro recipiente são dissolvidos: 200 g de ácido bórico, 500 g de
sulfato de cobre, 800 g de sulfato de magnésio, 200 g de sulfato de zinco e 400 g de uréia
em outros 50 litros de água. A seguir, num terceiro recipiente, adiciona-se esta mistura dos
sais, sob forte agitação, à água de cal previamente preparada. Não é necessário diluir.
- Recomendações de uso
Observação: Devem ser tomados os mesmos cuidados indicados para as caldas bordalesa e
sulfocálcica.
PIMENTA DO REINO, ALHO E SABÃO
Prepara-se uma garrafada com 100g de pimenta do reino e 1 litro de álcool; deixa-se
repousar por 1 semana. Paralelamente, fazer outra garrafada com 100g de alho amassado e
1 litro de álcool. Uma semana após, dissolver 50 g de sabão neutro em 1 litro de água
quente. No momento da aplicação, misturar as três substâncias coadas nas seguintes
proporções: 200 ml da garrafada de pimenta + 100 ml da garrafada de alho + toda a solução
de sabão. Dissolver a mistura para 20 litros de água. A pulverização deve ser feita nas horas
mais frescas do dia . Recomendado para controle das pragas das solanáceas.
EXTRATO PIROLENHOSO
É um sub-produto orgânico resultante da condensação da fumaça expelida no processo de
carbonização de madeira ou bambu. Segundo informações populares, este produto tem ação
repelente sobre determinados insetos pragas e previne algumas doenças de plantas.
Entretanto, ainda não se tem resultados de pesquisas oficiais no Brasil quanto às melhores
dosagens e limitações de uso.
DETERGENTE NEUTRO
O detergente neutro poderá ser utilizado para controle de formas adultas de mosca-branca.
Dilua 0,5 a 1,0 de detergente neutro e pulverize as plantas atacadas.
Para evitar que as formigas ataquem arbustos e árvores: recomenda-se o uso do suco de
pimenta vermelha. Amasse bem algumas pimentas vermelhas, até fazer um suco grosso.
Molhe um pano neste suco e amarre em volta do caule da planta ou pincele o tronco.
E dentro de casa: o coentro e as pimentas em geral podem ser usados dentro de casa sob a
forma de sachês amarrados às plantas.
E se elas também já estão atacando seus armários: espalhe cravos-da-índia dentro deles
para espantar as formigas.
OLÉO MINERAL
Ingredientes:
2 litros de água
1 kg de sabão comum (em pedra ou líquido)
8 litros de óleo mineral
Modo de fazer:
Pique o sabão (se for em pedra), misture com o óleo e a água e leve ao fogo, mexendo
sempre, até que levante fervura. A mistura vai adquirir a consistência de uma pasta.
Guarde em um pote bem tampado e na hora da aplicação, dissolva cerca de 50g pasta em
água morna e dilua tudo em 3 litros de água.
Controle: Cochonilhas
MACERADO DE URTIGA
Ingredientes:
11 litros de água
100 g de folhas frescas de urtiga (use luvas para manusear a planta, pois ela causa
irritações na pele).
Modo de fazer:
Misture as folhas de urtiga em um litro de água. Deixe a infusão agir por 3 dias,
mantendo-a em um local seco e à meia-sombra. Coe e dilua o extrato em 10 litros de água.
Este preparado pode ser armazenado por alguns dias (em local seco e arejado) para
pulverizações preventivas nas plantas a cada 15 dias.
Controle: Pulgões
ANGICO
Ingredientes:
100 g de folhas de angico
1 litro de água
Modo de fazer:
Coloque as folhas de angico de molho na água por cerca de 10 dias, misturando
diariamente. Coe o chá e guarde em uma garrafa tampada. Quando for utilizar em
pulverizações, dilua uma parte do extrato em 10 partes de água.
Controle: LAGARTAS