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2009/2010

Guia rápido de utilização de antimicrobianos, antiparasitários


e antivirais em infecções comunitárias, acidentes com material
biológico e violência sexual

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE UBERLÂNDIA - MG

Uberlândia/MG
2

PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA

Prefeito

Odelmo Leão Carneiro

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE UBERLÂNDIA

Secretário

Dr. Gladstone Rodrigues da Cunha Filho

Uberlândia/MG, 2010.
3

Guia rápido de utilização de antimicrobianos,


antiparasitários e antivirais em infecções
comunitárias, acidentes com material biológico
e violência sexual

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE UBERLÂNDIA

Uberlândia/MG
Agosto - 2010.
4

Produção, distribuição e informações:

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE UBERLÂNDIA


Gabinete Secretário Municipal de Saúde
Coordenadoria Geral Técnico da Rede

Endereço:
Av. Anselmo Alves dos Santos, 600
Bairro Santa Mônica
CEP 38.408-150
Telefone: (34) 3229-26645 / (34) 3239-2665
FAX: (.34) 3239-2419
E-mail: sms@uberlandia.mg.gov.br
Site: www.uberlandia.mg.gov.br
1ª Edição, 2010.

FICHA CATALOGRÁFICA

BORGES, A. S.; CARVALHO, C. J. V. de C.; GOMES, A. A. da S.; LASMAR, F. B.;


LEMOS, T. J.; MARINS, J. H. C.; SILVA, A. L e S.; VASCONCELOS, R. R. de V.; Guia
rápido de utilização de antimicrobianos, antiparasitários e antivirais em
infecções comunitárias, acidentes com material biológico e violência sexual.
Prefeitura Municipal de Uberlândia. Secretaria Municipal de Saúde,
agosto/2010. 89 págs.
5

LISTAS DE QUADROS

Quadro 1: Tratamento das diarréias agudas de acordo com os patógenos mais


prevalentes. ............................................................................................................................14

Quadro 2: Distribuição dos agentes etiológicos de meningites por faixa etária. .......15

Quadro 3: Distribuição dos agentes etiológicos de meningites por faixa etária. .......16

Quadro 4: Características laboratoriais do líquor nos diversos tipos de meningites....17

Quadro 5: Antibioticoterapia empírica para meningite de acordo com a faixa


etária........................................................................................................................................17

Quadro 6: Tratamento das Parasitoses Intestinais de acordo com o agente


etiológico. ...............................................................................................................................21

Quadro 7: Tratamento das principais infecções de pele e partes moles de acordo


com os agentes etiológicos. ................................................................................................22

Quadro 8: Escore para avaliação da gravidade das pneumonias adquiridas na


comunidade...........................................................................................................................26

Quadro 9: Tratamento da pneumonia hospitalar do adulto não associada à


ventilação mecânica. ..........................................................................................................26

Quadro 10: Tratamento da pneumonia hospitalar do adulto associada à ventilação


mecânica................................................................................................................................27

Quadro 11: Tratamento de pneumonias em casos especiais . ......................................27

Quadro 12: Considerações especiais no tratamento de pneumonias em pacientes


com co-morbidades. ............................................................................................................28

Quadro 13: Esquemas de tratamento para pneumonias. ..............................................28

Quadro 14: Esquema para profilaxia do tétano de acordo com estado vacinal e
tipos de ferimentos. ...............................................................................................................32

Quadro 15: Antibioticoterapia indicada para infecções secundárias causadas por


mordeduras.............................................................................................................................33

Quadro 16: Características das disfunções orgânicas nos diversos sistemas


encontradas nas sepse grave. ............................................................................................35

Quadro 18: Condutas pós exposição ocupacional ao vírus da Hepatite B.................43

Quadro 19: Conduta nos casos de violência sexual........................................................46

Quadro 20: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV pós-violência sexual em
pacientes adultos. .................................................................................................................46
6

Quadro 21: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV pós-violência sexual em
crianças e adolescentes. .....................................................................................................47

Quadro 22: Esquema para profilaxia das DST não-virais pós-violência sexual em
mulheres adultas e adolescentes com mais de 45 Kg não-gestantes. .........................48

Quadro 23: Profilaxia das DST não-virais pós-violência sexual em crianças,


adolescentes e gestantes com menos de 45 Kg..............................................................48

Quadro 24: Esquemas alternativos para profilaxia das DST não-virais em gestantes,
crianças e adolescentes. .....................................................................................................49

Quadro 25: Esquema para imunoprofilaxia pós-violência sexual contra a hepatite B.


..................................................................................................................................................49

Quadro 27: Anticoncepção de emergência hormonal pós-violência sexual. ............50

Quadro 28: Doses de Antimicrobianos. ..............................................................................53

Quadro 29: .Intervalo para as doses de Vancomicina de acordo com o Clearance


de Creatinina..........................................................................................................................54

Quadro 30: Doses de Antimicrobianos nos pacientes com alteração da função


renal. ........................................................................................................................................57

Quadro 31: Uso dos principais antimicrobianos na gestação e lactação. ..................61

Quadro 32: Uso dos principais antifúngicos na gestação e lactação. .........................62

Quadro 33: Uso dos principais antifúngicos na gestação e lactação. .........................62

Quadro 34: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas /


Grupo A – Azul. .......................................................................................................................63

Quadro 35: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas /


Grupo B – Verde.....................................................................................................................63

Quadro 36: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas /


Grupo C – Amarelo................................................................................................................64

Quadro 37: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas /


Grupo D – Laranja..................................................................................................................64

Quadro 38: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas /


Grupo E – Azul.........................................................................................................................65
7

LISTAS DE FLUXOGRAMAS

Fluxograma 1: Características nas diarréias de origem infecciosa. ..............................11

Fluxograma 2: Abordagem diagnóstica e terapêutica nos casos de diarréia aguda.


..................................................................................................................................................13

Fluxograma 3: Estratificação de risco pelo Sistema CURB das pneumonias adquiridas


na comunidade. ....................................................................................................................23

Fluxograma 4: Estratificação de risco pelo Sistema CRB das pneumonias adquiridas


ma comunidade....................................................................................................................24

Fluxograma 5: Escore para avaliação da gravidade das pneumonias adquiridas na


comunidade e opções de tratamento..............................................................................25

Fluxograma 6: Esquema para condução de pacientes com sepse e sepse grave...36

Quadro 17: Ficha de triagem para detecção de pacientes com quadro de sepse
grave........................................................................................................................................37

Fluxograma 7: Esquema empírico para tratamento da neutropenia febril em adultos.


..................................................................................................................................................39

Fluxograma 8: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV nos diversos tipos de
exposição ocupacional........................................................................................................42

Fluxograma 9: Imunização contra Hepatite B para profissionais de saúde


(modificado de Poland, 1998). ............................................................................................44

Fluxograma 10: Uso do teste rápido Anti-HIV utilizado nos casos de violência sexual.
..................................................................................................................................................47

Fluxograma 11: Paciente referindo sintomas gripais........................................................78

Fluxograma 12: Gestante ou Púérpera com suspeita clínica de H1N1.........................79

Fluxograma 13: Gestante ou Púérpera com suspeita clínica de H1N1.........................80

Fluxograma 14: Anamnese, exame clínico e oxímetria...................................................81

Fluxograma 15: Frequencia respiratória, radiografia de tórax, LDH, saturação O2 <


94%, hemograma, lactato e outros. ...................................................................................82
8

LISTAS DE TABELAS

Tabela1: Dosagem por peso e frequência diária.............................................................72

Tabela 2: Tratamento para adulto e ciranças > 7 anos..................................................73


9

SUMÁRIO

DIARRÉIA..................................................................................................................................11
MENINGITE BACTERIANA .......................................................................................................15
PARASITOSES INTESTINAIS .......................................................................................................18
INFECÇÕES DE PELE E PARTES MOLES ..................................................................................22
PNEUMONIA COMUNITÁRIA DO ADULTO (PAC)................................................................23
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU) .................................................................................29
TUBERCULOSE – BIOSSEGURANÇA E PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA ..................................31
PROFILAXIA DO TÉTANO ........................................................................................................32
MORDEDURAS HUMANAS E DE ANIMAIS DOMÉSTICOS ....................................................33
(Cães e Gatos) .......................................................................................................................33
SEPSE (Sepse, Sepse Grave e Choque Séptico)................................................................34
NEUTROPENIA FEBRIL EM ADULTO ........................................................................................38
ESQUEMA EMPÍRICO PARA NEUTROPENIA FEBRIL PARA ADULTOS ..................................39
NEUTROPENIA FEBRIL EM PEDIATRIA .....................................................................................40
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO ............................................................................41
CONDUTAS PÓS-EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ...................................................................43
VIOLÊNCIA SEXUAL.................................................................................................................46
PROFILAXIA PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL: HIV ...........................................................................46
PROFILAXIA PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL: DSTs .........................................................................48
PROFILAXIA PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL: TÉTANO ...................................................................50
DOSES DE ANTIMICROBIANOS ..............................................................................................52
DOSES DE ANTIMICROBIANOS DE ACORDO COM O CLEARANCE DE CREATININA.....56
USO DE ANTI-INFECCIOSOS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO .................................................59
CONTINGÊNCIA DA DENGUE ...............................................................................................63
PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE –
SRAG ........................................................................................................................................66
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................66
1. DEFINIÇÃO DE CASO DE SÍNDROME RESPIRAT ÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG)...........67
2. MANEJO CLÍNICO ..............................................................................................................68
2.1 Informações gerais .............................................................................................................68

2.2 Grupos e fatores de risco para complicações por influenza pandêmica (H1N1)
2009 ..........................................................................................................................................69
10

2.3 Avaliação simplificada de gravidade em serviços de saúde de atenção primária e


secundária.............................................................................................................................69
2.3.1 Avaliação em adultos..............................................................................................70
2.3.2 Avaliação em crianças .............................................................................................70
3. ASPECTOS LABORATORIAIS ...............................................................................................70
3.1 Informações gerais .........................................................................................................70
3.2 Coleta de amostras para testes diagnósticos ................................................................70
4. USO DO ANTIVIRAL .............................................................................................................71
4.1 Tratamento......................................................................................................................71
4.1.1 Indicação para tratamento .......................................................................................71
4.1.2 Dosagem recomendada...........................................................................................72
4.2 Quimioprofilaxia com uso de Oseltamivir ....................................................................73
4.3 Informações adicionais...................................................................................................74
5. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E CONTROLE ........................................................................74
5.1 Informações gerais .........................................................................................................74
5.2 Medidas preventivas.......................................................................................................75
6. MEDIDAS NO ATENDI MENTO AMBULATORIA L E PRONTO ATENDI MENTO ................75
7. ISOLAMENTO NO AMBIENTE HOSPITA LAR ......................................................................76
7.1 Isolamento em quarto privativo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave ...76
7.2 Isolamento por coorte....................................................................................................77
FLUXOGRAMAS .......................................................................................................................78
TELEFONES E LINKS ÚTEIS.........................................................................................................83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................84
11

DIARRÉIA

DIARRÉIA

Alteração do movimento intestinal normal caracterizado pelo aumento


do conteúdo de água, volume ou frequência das evacuações:

↓ da consistência (amolecidas a líquidas)

↑ da frequência para ≥ 3 evacuações/dia

AGENTE INFECCIOSO

DIARRÉIA

Frequentemente associada a náuseas, vômitos e dores abdominais

Fluxograma 1: Características nas diarréias de origem infecciosa.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

RECOMENDAÇÕES:
1. Iniciar re-hidratação oral (sempre que possível).
2. Avaliação clínica: estabelecer a gravidade e o diagnóstico diferencial:
- Desidratação profusa;
- Sintomas e sinais de hipovolemia;
- Diarréia com febre ou sanguinolenta;
- Extremos de idade (crianças e idosos);
- Imunocomprometidos (AIDS, DM, IRC, câncer, quimioterapia, radioterapia, uso de
corticóide, transplantados, hepatopatas);
- Características das fezes (freqüência e quantidade);
12

-História de viagem;
-Ingesta de carne crua ou mal cozida, frutos do mar, leite cru;
-Contato com pessoas doentes;
-Uso de medicamentos.
⇒ Casos que necessitem de internação hospitalar sempre considerar a necessidade de
interconsulta com Infectologista da UAI de abrangência, sobretudo no grupo de
Imunocomprometidos.
13

Abordagem da Diarréia Aguda

Fluxograma 2: Abordagem diagnóstica e terapêutica nos casos de diarréia aguda.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
14

Diarréia Aguda – Tratamento de Acordo com o Agente

Patógeno Tratamento Duração


• Ceftriaxone ,2g por dia, IV.
• Levofloxacino**** , 500 mg,VO, 1x/dia,
Shigella spp OU Ciprofloxacino, 500 mg VO 3 – 5 dias
12/12H.
• TMP – SMZ, 160-800 mg, VO 12/12H.
• Ceftriaxone, 2g por dia, IV .
* • Levofloxacino, 500 mg, VO, 1x/dia OU
Salmonella não-typhi 5 – 7 dias
Ciprofloxacino, 500 mg, VO, 12/12H.
• TMP – SMZ, 160-800 mg, VO, 12/12h.
• Eritromicina, 500 mg, 12/12h, OU 5 dias (Eritromicina)
Campylobacter
Azitromicina, 500 mg, 1x/dia. 3 dias (Azitromicina)
• Ceftriaxone, 2g por dia, IV.
** • Levofloxacino, 500 mg, VO, 1x/dia OU
Escherichia coli spp 3 dias
Ciprofloxacino, 500 mg, VO, 12/12h.
• TMP – SMZ, 160-800 mg, VO, 12/12h.
• Ceftriaxone, 2g por dia, IV.
*** • Levofloxacino, 500 mg, VO, 1x/dia OU
Yersinia spp
Ciprofloxacino, 500 mg, VO, 12/12h.
• TMP – SMZ, 160-800 mg, VO, 12/12h.
Clostridium difficile • Metronidazol, 500 mg, VO ou IV,
10 dias
toxigênico 8/8h.
Giardia • Metronidazol, 250 mg, VO ou IV, 8/8H 7 dias

Quadro 1: Tratamento das diarréias agudas de acordo com os patógenos mais


prevalentes.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

*Tratar somente casos graves ou pacientes com menos de 6 anos ou mais de 50 anos, doença valvar,
aterosclerose grave, neoplasia ou uremia.
**Não tratar E. coli êntero-hemorrágica.
***Tratar somente casos graves ou associados à bacteremia.
****Quinolonas não são aprovadas para tratamento menores de 18 anos.
15

MENINGITE BACTERIANA

Definição:

A meningite corresponde a um processo inflamatório das leptomeninges (conjunto das


membranas pia-máter e aracnóide que envolve o cérebro) caracterizado pela presença de
exsudato no espaço subaracnóideo, detectável no líquido cefalorraquidiano (LCR). Quando
a inflamação estender-se à medula espinhal e ao parênquima cerebral denomina
meningoencefalite.

Manifestação clínica:
A apresentação clínica clássica nos adultos consiste em cefaléia, febre e meningismo
(rigidez de nuca, sinais de Kernig e Brudzinski), muitas vezes com sinais de disfunção
cerebral (85% dos casos).
No RN e no lactente os sinais meníngeos não estão presentes pela imaturidade do sistema
nervoso e do tônus, tornando o diagnóstico baseado em irritabilidade, recusa alimentar,
crise convulsiva, apnéia e instabilidade térmica.
⇒ Para pesquisar o Sinal de Kernig, com o paciente em decúbito dorsal, o examinador
flete a coxa do paciente sobre o quadril em 90ºC e em seguida procura estender a
perna sobre a coxa. Se há irritação radicular nota-se contratura dos músculos
posteriores da coxa que causa dor e impede a conclusão da manobra.
⇒ Para pesquisar o Sinal de Brudzinsk, o examinador tenta elevar a cabeça do paciente
fletindo-a sobre o peito. O paciente flete involuntariamente as coxas.

DISTRIBUIÇÃO DOS AGENTES BACTERIANOS DE MENINGITES POR FAIXA


ETÁRIA

BACTÉRIAS FAIXA ETÁRIA


Streptococcus agalactiae, E.coli , Listeria monocytogenes, Klebsiella
pneumoniae, Recém-nato
Enterococcus sp. Salmonella sp.,
S. agalactiae, E. coli, L. monocytogenes, H. influenzae, Neisseria
1 a 3 meses
meningitidis, S. pneumoniae, Salmonella sp.
H. influenzae, N. meningitidis, S. pneumoniae, enterobactérias 4 meses a 1 ano
H. influenzae, N. meningitidis, S. pneumoniae 1 a 5 anos
N. meningitidis, S. pneumoniae 6 a 50 anos
N. meningitidis, S. pneumoniae, L. monocytogenes, bacilos gram-
> 50 anos
negativos aeróbios

Quadro 2: Distribuição dos agentes etiológicos de meningites por faixa etária.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
16

MENINGITES EM ADULTOS

ETIOLOGIA DA MENINGITE DE ACORDO COM A CIRCUNSTÂNCIA CLÍNICA


Circunstância clínica Etiologia usual Tratamento empírico inicial*
Adultos sem fator de Pneumococo (>80%) Ceftriaxona 1 – 2 g IV 12/ 12 h
risco Meningococo por 10 – 14 dias
Staphylococcus aureus ou
Trauma cranioencefálico Vancomicina 1 – 2 g IV 12/ 12 h +
coagulase-negativo
penetrante, neurocirurgia Cefepime 2 g IV 8/ 8 h por 10 –
Pseudomonas aeruginosa
ou válvula de derivação 14 dias*
Acetinobacter baumannii
Ceftriaxona 1 – 2 g IV 12/ 12 h
Fístula liquórica Pneumococo
por 10 – 14 dias*
Gestantes
Acrescentar ampicilina ao esquema, devido à possibilidade de
Adultos > 50 anos
infecção por Listeria
Portadores de HIV

Quadro 3: Distribuição dos agentes etiológicos de meningites por faixa etária.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

Observação: Alguns estudos sugerem que o uso de corticóide (dexametasona 0,15 mg/ kg/ dose
de 6/ 6 h por 4 dias) possa melhorar o prognóstico da meningite por S. pneumoniae. Se o
corticóide for utilizado, a vancomicina deverá ser evitada, pois sua penetração no líquor estará
diminuída.

* Ajustar terapêutica de acordo com o agente isolado.

Abordagem diagnóstica:

⇒ O diagnóstico precoce é essencial, uma vez que o atraso no tratamento está associado a
um pior prognóstico.
⇒ Diante da suspeita clínica, deve-se sempre proceder à punção lombar, salvo as raras
contra-indicações (infecção no local de punção, presença de sinais neurológicos focais,
suspeita de HIC grave e papiledema).
⇒ O LCR compatível com meningite bacteriana tem aumento importante de celularidade
(geralmente maior que 1.000 células por ml) com predomínio de polimorfonucleares,
proteínas elevadas e glicose baixa.
17

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO LÍQUOR NAS MENINGITES

Coloraçã
Tipo de Aspecto do Citometri Citologi o com a
Glicose Proteínas Cultura
Meningite líquor a a tinta da
China
Líquor 2/3 da
Claro 0a5 - < 40 mg/ dl Negativa -
normal glicemia
Meningite
Turvo ou
bacteriana > 500 PMN Diminuída > 40 mg/ dl Positiva -
purulento
aguda
Meningite
bacteriana Negativa
Claro ou PMN ou Diminuída Normal ou
aguda em < 500 ou -
pouco turvo MN ou normal aumentada
uso de Positiva
antibiótico
Meningite
Claro ou Positiva
tuberculos < 500 MN Diminuída > 40 mg/ dl -
pouco turvo (rara)
a
Meningite Diminuída
Claro < 500 MN > 40 mg/ dl Negativa Positiva
fúngica ou normal
Meningite
Claro < 500 MN Normal > 40 mg/ dl Negativa -
viral

Quadro 4: Características laboratoriais do líquor nos diversos tipos de meningites.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA
FAIXA ETÁRIA ANTIMICROBIANO ANTIMICROBIANO ALTERNATIVO
• Cefalosporina de 3ª geração
• Ampicilina + Aminoglicosídeo
< 2 meses (cefotaxima ou ceftriaxone) +
(Gentamicina ou amicacina)
Ampicilina
2 meses a 5 anos • Ceftriaxona • Cloranfenicol
> 5 anos • Ceftriaxona • Penicilina ou Cloranfenicol
Trauma ou • Vancomicina + cefalosporina
• Vancomicina + meropenem
neurocirurgia antipseudomonas

Quadro 5: Antibioticoterapia empírica para meningite de acordo com a faixa etária.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

Observação: Suspeita de H. influenzae e pneumococo fazer corticóide (0,15 mg/kg/dose de


Dexametasona IV de 4/4 horas) antes ou junto com a primeira dose de antibiótico
até o quarto dia de tratamento.
Ceftriaxone: 80 a 100 mg/kg/dia até 4 g por dia ( adultos 2g duas vezes ao dia).
18

PARASITOSES INTESTINAIS
Princípios gerais:
 Tratamento de parasitoses associadas:
a) Tratar inicialmente a parasitose potencialmente mais grave;
b) Observar anti-parasitários polivalentes;
c) A eficácia das drogas é menor quando utilizadas na vigência de multi-
parasitoses;
d) Não tratar: I. büstschlii; E. coli; E. nana; C. mesnili; T. hominis.

 Tratamento de êntero-parasitoses na gestação:


a) Evitar o uso de anti-parasitários na gestação, sobretudo durante o primeiro
trimestre e principalmente os imidazólicos;
b) Cogitar o tratamento quando a parasitose for suficientemente sintomática para
colocar em risco a gestação; nesse caso, protelar para depois do primeiro
trimestre. Exceções: infecção por Taenia solium;

APRESENTAÇÃO CONTROLE
PARASITOSE ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
COMERCIAL DE CURA
Forma intestinal assintomática
Etofamida
®
500 mg, 2 x ao dia, 3 dias Kitnos 500 mg/ cp
7, 14 e 21
OU
dias
Teclosan ®
Falmonox 100 mg/ cp
100 mg, 3 x ao dia, 5 dias
Intestinal sintomática / extra-intestinal
Metronidazol genérico 250 mg/
Metronidazol 500 a 750 mg, 3 x ao cp ou 400 mg/ cp ou susp. Oral
dia, 10 dias ou 20 a 40 mg/ Kg/ dia, – 40 mg/ ml genérico 250 mg ou
AMEBÍASE em 3 doses, 10 dias 400 mg/ PC ou susp. Oral 40
(Entamoeba mg/ ml
histolytica) Tinidazol, 2 g ou 50 mg/ Kg, dose ® ®
Pletil / Ampliuml / 500 mg/ cp
única
®
Nimorazol, 2 g ou 50 mg/ Kg, dose Nagoxim 500 mg/ cp ou susp. 7, 14, 21 e
única OU Oral 250 mg/ 10 ml 28 dias
Ornidazol, 2 g ou 50 mg/ Kg dose
única OU
®
Secnidazol Secnidal ou Secnidazol
2 g ou 50 mg/ Kg, dose única genérico 500 mg ou 1 g/ cp
ASSOCIADO A: (ministrar final)
®
Etofamida OU Kitnos 500 mg/ cp
®
Teclosan Falmonox 100 mg/ cp
Metronidazol
250 mg, 3 vezes ao dia Metronidazol genérico
OU 250 mg/ cp ou 400 mg/ cp ou
15 mg/ Kg/ dia em 3 doses por 7 a 10 susp. Oral – 40 mg/ ml
dias OU
Tinidazol
GIARDÍASE ®
2 g ou 50 mg/ Kg, dose única Pletil / Amplium 500 mg/ cp 7, 14 e 21
(Giardia lamblia/
OU dias
intestinalis)
Nimorazol. 2 g ou 50 mg/ Kg, dose ®
Falmonox 100 mg/ cp
única OU
Ornidazol, 2 g ou 50 mg/ Kg, dose
única OU
®
Secnidazol, 2 g ou 50 mg/ Kg, dose Secnidal ou Secnidazol®
única genérico 500 mg ou 1 g/ cp
19

…continuação.

ALTERNATIVAS DE CONTROLE DE
PARASITOSE APRESENTAÇÃO COMERCIAL
TRATAMENTO CURA
®
Albendazol, 400 mg/ dia, 5 dias Albendazol genérico ou Zentel 400
OU mg/ cp ou susp. Oral 40 mg/ ml
Nitazoxanida
500 mg 2 x/dia, ®
Annita 500 mg/ cp
Crianças: 7,5 mg/ Kg 2 x/ dia
por 3 dias
Sulfametoxazol + trimetropim*
50 mg/ Kg/ dia (S) e
10 mg/ Kg/ dia (T), 15 dias
Bactrim, Infectrim, genérico 400 mg
25 mg/ Kg/ dia (S) e
(S) + 80 mg (T)/ cp ou susp. Oral 200
5 mg/ Kg/ dia (T), 28 dias por 6
mg (S)/ 5 ml + 40 mg (T)/ 5 ml
ISOSPORÍASE a 8 semanas
7, 14 e 21 dias
(Isospora belli) *Recaídas em 45% dos casos
OU
Sulfadiazina
100 mg/ Kg/ dia + Sulfadiazina 500 mg/ cp
Pirimetamina 25 mg/ dia por 6 Daraprim® 25 mg/ cp
a 8 semanas
Baixos índices de
cura
parasitológica.
Melhora clínica
Azitromicina 500 mg, VO
Apresentações comerciais diversas transitória em
CRIPTOSPORIDÍASE 2 x/ dia, 14 a 28 dias
alguns casos. Boa
(Cryptosporidium SP)
eficácia em
pacientes com
3
CD4 > 200/ mm
Nitazoxanida ®
Annita 500 mg/ cp
500 mg 2 x/ dia, 3 dias
Imunocompetente
Bactrim, Infectrim, genérico 400 mg
Sulfametaxazol + trimetropim
(S) + 80 mg (T)/ cp ou susp. oral 200
800 mg (S) + 160 mg (T),
mg (S)/ 5 ml + 40 mg (T)/ 5 ml
2 x ao dia, 7 dias
CICLOSPORÍASE
Imunodeprimido
(Cyclospora
Sulfametaxazol + trimetropim
cayetanensis) Bactrim, Infectrim, genérico 400 mg
(Ataque) 800 mg (S) + 160 mg
(S) + 80 mg (T)/ cp ou susp. oral 200
(T), 4 x ao dia, 10 dias
mg (S)/ 5 ml
(Manutenção) 800 mg (S) +
160 mg (T), 3 x/ semana
MICROSPORÍASE
Eficaz para E.
(Enterocytozoon ®
Albendazol 400 mg, 3 x/ dia por Zentel ou Albendazol genérico ou intestinalis;
bieneusi,
2 – 4 semanas 400 mg/ cp ou susp. oral 40 mg/ ml eficácia duvidosa
Encephalitozoon
para E. bieneusi
intestinalis)
Tetraciclina 30 a 50 mg/ Kg/dia
®
durante 10 dias Tentrex 500 mg/ cp
BALANTIDÍASE
Evitar em crianças OU 7, 14 e 21 dias
(Balantidium coli)
Metronidazol Metronidazol genérico 250 mg ou
20 mg/ Kg/ dia durante 7 dias 400 mg/ cp ou susp. oral – 40 mg/ ml
Metronidazol
Metronidazol genérico 250 mg ou
250 mg, 3 x ao dia,
DIENTAMEBÍASE 400 mg/ cp ou susp. oral – 40 mg/ ml
7 a 10 dias 7, 14 e 21 dias
(Dietamoeba fragilis) (gen) 250 mg ou 400 mg/ cp ou
15 mg/ Kg/ dia, em 3 tomadas,
susp. Oral 40 mg/ ml
7 a 10 dias
20

…continuação.

APRESENTAÇÃO CONTROLE
PARASITOSE ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
COMERCIAL DE CURA
Metronidazol genérico 250 mg/
Metronidazol
cp ou 400 mg/ cp ou susp. oral –
500 a 750 mg, 3 x ao dia,
BLASTOCISTOSE 40 mg/ ml (gen) 250 mg ou 400 7, 14 e 21
10 dias OU
(Blastocystis hominis) mg/ cp ou susp. oral 40 mg/ ml dias
Nitazoxanida ®
Annita 500 mg/ cp
500 mg 2 x/ dia, 3 dias
Albendazol ®
ANCILOSTOMÍASE Zentel ou Alendazol genérico
400 mg, dose única, repetida após 7
(Ancylostoma 400 mg/ cp 7, 14 e 21
dias OU
duodenale, Necator ® dias
Nitazoxanida Pantelmin ou Mebendazol
americanus)
500 mg 2 x/ dia, 3 dias (genérico) 100 mg/ cp
Formas Habituais
Ivermectina ®
Revectinal 6 mg/ cp
200 mc/ Kg, dose única OU
®
ESTRONGILOIDÍASE Cambendazol Cambem 180 mg/ cp,
8, 9 e 10
(Strongyloides 5 mg/ Kg, dose única OU 6 mg/ ml susp. oral
® dias (ou) 7,
stercoralis) Tiabendazol Thiabem ou Tiabendazol
14 e 21 dias
25 mg/ Kg/ dose, 2 x ao dia, genérico
2 dias (máximo de 3,0 g/ dia) 500 mg/ cp ou
Repetir após 10 a 15 dias 250 mg/ cp susp. oral
Hiper-Infecção
Ivermectina ®
Revectinal 6 mg/ cp
200 mg/ Kg dia, 2 dias OU
Tiabendazol ®
Thiabem ou Tiabendazol
25 mg/ Kg/ dose, 2 x ao dia,
ESTRONGILOIDÍASE genérico Até
5 a 7 dias OU
(Strongyloides 500 mg/ cp ou negativação
500 mg/ dia durante 30 dias OU
stercoralis) 250 mg/ cp susp. oral do exame de
Repetir após 10 a 15 dias
fezes
Cambendazol ®
Cambem
5 mg/ Kg, dose única semanal, 3 a5
180 mg/ cp
semanas, dependendo da evolução
6 mg/ ml susp. oral
clínica
Forma Habitual
Levamizol
Adultos: 150 mg, dose única Ascaridil 80 mg ou 7, 14 e 21
Crianças: 80 mg, dose única 150 mg/ cp dias
OU
®
Albendazol (gen) ou Zentel
Albendazol
400 mg/ cp ou susp. Oral 40 mg/
400 mg, dose única
ml
Oclusão / sub-oclusão intestinal
ASCARIDÍASE
Diante do
(Ascaris lumbricoides)
insucesso do
tratamento
Hexa-hidrato de piperazina 100 mg/
“Solução de piperazina com licor clínico,
Kg + 50 ml de óleo mineral por SNG
de aneixa” abordagem
após 24 h : 50 mg/ Kg + 50 ml de
(Laborsil – 500 mg/ 5 ml) ou cirúrgica
óleo mineral dose máxima diária de
Vermifran 500 mg/ 5 ml) com
piperazina: 6g
remoção
manual dos
vermes
®
TENÍASES Cestox
Praziquantel 10 mg/ Kg, dose única
(T. solium, T. saginata) 150 mg/ cp
21

… continuação

APRESENTAÇÃO CONTROLE
PARASITOSE ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
COMERCIAL DE CURA
Tamização
das fezes de
24 h após o
Clorossalicilamida ® tratamento
Atenase
Adultos: 2 g (escolex) ou
500 mg/ cp
Crianças: 1 g, dose única idem 90 dias
após o
tratamento
(proglotes)
Praziquantel ®
Cestox
25 mg/ Kg, dose única
150 mg/ cp
HIMENOLEPÍASE Repetir após 10 dias OU 7, 14 e 21
(H. nana, H. diminuta) Clorossalicilamida ® dias
Atenase
Adultos: 2 g; crianças: 1 g, 1 x/ dia,
500 mg/ cp
durante 6 dias consecutivos
®
Zentel ou Albendazol genérico
Albendazol
ou 400 mg/ cp ou susp. Oral 40
400 mg em dose única OU
mg/ ml
TRICURÍASE ® 7, 14 e 21
Pantelmin
(Trichuris trichiura) dias
Mebendazol Mebendazol genérico
100 mg, dose única OU 100 mg/ cp ou susp. Oral 20 mg/
ml
®
Zentel ou Albendazol genérico
Albendazol Swab anal a
ou 400 mg/ cp ou susp. Oral 40
400 mg, dose única OU partir do dia
ENTEROBÍASE mg/ ml
8 pós
(Enterobius Pamoato de pirvínio
® tratamento,
vermiculares) 10 mg/ Kg, dose única (não Pyr-pam 100 mg/ cp e susp.
durante 7
absorvido; pode ser utilizado durante Oral 50 mg/ 5 ml
dias
a gestação
Oxamniquina
® 6 coprosco-
Adultos: 12,5 a 15 mg/ Kg, dose Mansil 250 mg/ cp e susp. Oral
pias
única; 50 mg/ ml
ESQUISTOSSOMOSE mensais, a
Crianças: 20 mg/ Kg, dose única OU
(Schistosoma mansoni) ® partir do 45º
Cisticid 500 mg/ cp (uso
Praziquantel dia pós-
hospitlar)
40 a 60 mg/ Kg, dose única ® tratamento
Cestox 150 mg/ cp

Quadro 6: Tratamento das Parasitoses Intestinais de acordo com o agente etiológico.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
22

INFECÇÕES DE PELE E PARTES MOLES

TRATAMENTO
DOENÇA AGENTES ALTERNATIVA COMENTÁRIOS
1ª ESCOLHA
Difícil diferenciar
Streptococcus • Azitromicina 500 mg,
• Cefalexina 500 mg, impetigo
IMPETIGO grupo A VO, 1 x/ dia por 5
VO, 6/ 6 h, por 7 dias estafilocócico de
S. aureus dias
estreptocócico
• Cefalexina 500 mg,
Streptococcus VO, 6/ 6 h, por 7 dias • Clindamicina 600 Internar se sinais
grupo A • Cefazolina 1 g, IV , mg, IV 8/ 8 h, 7 dias sistêmicos, lesão
ERISIPELA
S. aureus (mais 8/ 8 h, 7 dias ou 300 mg, VO, extensa ou
raramente) • Pen. Cristalina 12 6/ 6 h, 7 dias comorbidades
milhões U/ dia
• Cefalexina 500 mg, Internar se sinais
VO 6/ 6 h, 7 dias • Clindamicina 600 sistêmcios, lesão
Streptococcus
• Cefazolina 1 g, IV, mg, IV, 8/ 8 h, 7 dias extensa ou
CELULITE grupo A
8/ 8 h, 7 dias ou 300 mg, VO, 6/ 6 comorbidades.
S. aureus
• Oxacilina 2g, IV, h, 7 dias Solicitar
4/ 4 h, 7 dias hemocultura.

Quadro 7: Tratamento das principais infecções de pele e partes moles de acordo com os
agentes etiológicos.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
23

PNEUMONIA COMUNITÁRIA DO ADULTO (PAC)

AVALIAÇÃO DE GRAVIDADE DA PAC (SUGESTÃO 1)

Fluxograma 3: Estratificação de risco pelo Sistema CURB das pneumonias adquiridas na


comunidade.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
24

Confusão Mental UNIDADES DE


Frequência respiratória min. ATENÇÃO
** CRB - 65 Hipotensão arterial (Blood pressure): PRIMÁRIA
- PAS < 90 mmHg ou PAD ≤ 60 mmHg
CONSULTÓRIOS
Idade anos

ESCORE 0 1 OU 2 3 OU 4

GRUPO 1
GRUPO 1 GRUPO 1
Mortalidade
Mortalidade BAIXA: Mortalidade ALTA:
INTERMEDIÁRIA:
1,2% 31%
8,15%

TRATAMENTO AVALIAÇÃO
AMBULATORIAL HOSPITALIZAÇÃO
NO
URGENTE
HOSPITAL

Fonte: LIM, W. S. et al. Thorax, 2003; 58:377.

SISTEMA CURB – 65 / CRB - 65

** CRB – 65 - Forma simplificada da CURB - 65

Fluxograma 4: Estratificação de risco pelo Sistema CRB das pneumonias adquiridas ma


comunidade.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
25

AVALIAÇÃO DE GRAVIDADE DA PAC (SUGESTÃO 2)

Fluxograma 5: Escore para avaliação da gravidade das pneumonias adquiridas na


comunidade e opções de tratamento.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
26

ESCORE DE GRAVIDADE DE PAC PONTOS


Idade Nº anos
Sexo feminino - 10
Asilo + 10
Neoplasias + 30
Hepatopatia + 20
ICC + 10
Doença Cérebo-Vascular + 10
Insuficiência Renal (IR) + 10
Confusão mental + 20 Total= ________
Taquipnéia – FR > 30 irpm + 20
PAS < 90 mmHg + 20
Temp. axilar < 35ºC ou > 40ºC +15
Pulso > 125 bpm + 10
pH arterial < 7,35 + 30
Uréia > 40 mg/ dL + 20
Glicose > 250 mg/ dL + 10
Sódio < 130 mg/ dL +2
Hemoglobina < 9 g/ L + 10
Derrame pleural + 10
2 2
PO < 60 mmHg ou Sat O < 90% + 10

Quadro 8: Escore para avaliação da gravidade das pneumonias adquiridas na comunidade.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

Pneumonia Hospitalar
Não associada à ventilação Mecânica
Sem Uso Prévio ATM Com Uso Prévio ATM*
Cefalosporina 3ª ger. Ou quinolona respiratória Cefalosporina 3ª / 4ª ger. anti-pseudomonas*
Obs.: Se aspiração, considerar associação com + MRSA? (Casos Graves)
clindamicina ou metronidazol

Quadro 9: Tratamento da pneumonia hospitalar do adulto não associada à ventilação


mecânica.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
27

Pneumonia Hospitalar
Associada à ventilação Mecânica
Momento do
diagnóstico
Sem uso prévio ATM Com uso prévio ATM*
clínico-
radiológico
Cefalosporina de 3ª/4ª Cefalosporina 3ª/4ª
Precoce (< 5 Ceftriaxona ou Cefepima ou
geração anti-pseudomonas* ger. ou anti-
dias ventilação quinolona piperacilina-
ou piperacilina-tazobactam* pseudomonas* +
mecânica) respiratória tazobactam
+ MRSA MRSA
Cefalosporina 3ª/4ª Cefalosporina
Cefalosporina 3ª/4ª
Tardio (> 5 dias geração anti- Cefalosporina 3ª/4ª geração 3ª/4ª ger. anti-
geração anti-
ventilação pseudomonas ou anti-pseudomaonas* ou pseudomonas*
pseudomonas* ou
mecânica) piperacilina- carbapenem + MRSA ou carbapenem*
carbapenem + MRSA
tazobactam + MRSA?

Quadro 10: Tratamento da pneumonia hospitalar do adulto associada à ventilação


mecânica.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
* Discutir a cada caso a associação com aminoglicosídeos.
MRSA – cobertura para S. aureus resistente a Oxacilina.

Situação clínica Condição Antimicrobiano Duração do


tratamento
Hígido sem fatores de risco • Clindamicina ou
para colonização gástrica* (p. • Ampicilina ou
ex.: crise convulsiva, • Penicilina
intoxicação exógena aguda,
Pneumonite aspirativa pós-anestesia efetiva).
“BCP” + aspiração do • Quinolona respiratória ou 7 – 14 dias
conteúdo gástrico Fatores de risco para • Cefalosporina 3ª geração + conforme
testemunhada com febre, colonização gástrica por Gram- macrolídeo* gravidade e
leucocitose e imagem – neg.: • Considerar adição de evolução
início nas primeiras 24 h • Institucionalizados e clindamicina ou metronidazol
da aspiração hospitalizados
• Disfagia neurológica,
obstrução intestinal, sonda
gástrica ou enteral e
bloqueadores H2
Tratamento ambulatorial • Quinolona respiratória ou*
Pneumonite adquirida Amoxacilina-clavulanato
na comunidade com 7 – 14 dias
risco para aspiração Tratamento internado • Quinolona respiratória ou conforme
Rebaixamento do nível • Cefalosporina 3ª geração + gravidade e
de consciência, disfagia macrolídeo evolução
ou obstrução digestiva • Considerar adição de
clindamicina ou metronidazol
Tratamento ambulatorial • Amoxacilina-clavulanato ou
• Clindamicina
Prolongada
(> 3
Abscesso ou Tratamento internado semanas)
pneumonia necrotizante • Quinolona respiratória ou conforme
Cefalosporina 3ª geração + gravidade e
macrolídeo evolução
• Adicionar clindamicina
metronidazol

Quadro 11: Tratamento de pneumonias em casos especiais .


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
28

CO-MORBIDADES CONSIDERAR
Anaeróbio - opções de tratamento:
• Amoxicilina – clavulanato
Etilismo, dentes precários, aspiração
• Clindamicina
• Metronidazol
Etilismo,insuficiência hepática, diabetes, • Bacilos Gram-negativos
neoplasias, idoso • Não prescrever macrolídeos isoladamente
S. aureus, H. influenzae, S. pneumoniae, P.
Bronquiectasia, fibrose cística, internação prévia
aeruginosal
Flora mista – anaeróbios, bactérias gram-positivas
Abscesso pulmonar
e negativas
S. pneumoniae, Pneumocystis jiroveci, M.
AIDS
tuberculosis

Quadro 12: Considerações especiais no tratamento de pneumonias em pacientes com co-


morbidades.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

Medicamento Dose Intervalo Via


Amoxacilina 500 mg 8 / 8 horas Oral
Amoxacilina- 875 mg
12 / 12 horas Oral
clavulanato 125 mg
Amoxacilina-
875 mg 12 / 12 horas Oral
sulbactan
Azitromicina 500 mg 1 x dia IV / oral
1g 12 / 12 horas IV
Ceftriaxone
2g 1 x ao dia IV
Doxicilina 100 mg 12 / 12 horas Oral

Levofloxacina 500 mg 1 x dia IV / oral


600 mg 8 / 8 horas IV
Clindamicina
300 mg 8 / 8 horas Oral
Sulfametoxazol – Dose: SMX / TMP IV / oral
trimetropim 80 – 100 mg/ Kg/ de 6 / 6 horas 21 d
#Pneumocistose# SMX *

Quadro 13: Esquemas de tratamento para pneumonias.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

*Comentários: usar em casos graves com pO2 < 70 mmHg: Prednisona 40 mg, VO, 12 / 12 h e redução
escalonada por pelo menos 3 semanas. Pacientes com HIV / AIDS devem fazer profilaxia secundária com SMX /
TMP: 800 – 160 mg/ dia até contagem de células. CD4+ > 200 céls/ ml por mais de 3 meses.
29

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)

Bacteriúria assintomática:
⇒ Caracterizada pela presença de bactérias na urocultura (>100.000UFC por ml) e
ausência de sinais e sintomas de infecção.
⇒ Indicação de tratamento: paciente com risco de desenvolver bacteremia:
• Transplante de órgãos sólidos;
• Granulocitopenia;
• Gravidez;
• Pré-operatório de cirurgias urológicas;
• Pré-operatório de colocação de prótese.
⇒ Tratamento de acordo com o antibiograma durante 05 dias.

Infecção do Trato Urinário Baixo (Cistite):

1) MULHER GRÁVIDA, PUÉRPERA OU NUTRIZ

• Realizar urina tipo 1 (EAS) e urocultura;


• Tratamento de acordo com o antibiograma, levar em consideração os potenciais
efeitos colaterais fetais na escolha do antibiótico;
• Duração do tratamento: 07(sete) dias.

SE Urina tipo 1 alterada→Solicitar urocultura e:


→ Iniciar ATB empírico {cefalosporina de 1ª geração (cefalexina ou cefadroxila) ou
Amoxicilina};
→ Reavaliar com resultado da cultura e antibiograma e ajustar esquema de tratamento;
→ Fazer Urina tipo 1 e urocultura, 2 a 4 semanas após.

2) MULHER NÃO-GRÁVIDA
→ A ITU não complicada em mulheres não-grávidas geralmente não requer realização de
exames laboratoriais.
→ Iniciar tratamento empírico via oral.
→ ATB: Norfloxacino, 400mg duas vezes ao dia; Nitrofurantoína, 100mg de 6 em 6 h., ou
Cefalexina, 500 mg, de 6 em 6 h.;
→ Duração: Três (03) dias.
→ Na ausência de melhora clínica, realizar Urina tipo 1 e cultura.
→ Bactéria resistente a droga utilizada, fazer novo tratamento por 3 dias, de acordo com
o antibiograma.
→ Bactéria sensível à droga utilizada, deve reavaliar o caso.
→ Cultura negativa: Fazer nova cultura em 48 h sem antibiótico, se persistir negativa,
solicitar ou encaminhar para especialista e cogitar tratar Chlamydia trachomatis,
Ureaplasma urealitycum, Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis (Doxiciclina 100mg,
2 x/ dia, por 7 dias, ou Azitromicina 1 g, dose única).

3) HOMEM
→A ITU nos pacientes do sexo masculino está frequentemente associada à hiperplasia
prostática.
→Solicitar EAS, urocultura e exame clínico da próstata.
→Tratamento de acordo com antibiograma por 7 (sete) dias.
→Sempre encaminhar para avaliação urológica.
30

Infecção do trato urinário alto (pielonefrite aguda):


→Na presença de sintomas clínicos sugestivos de pielonefrite aguda (febre, lombalgia e
calafrios) solicitar EAS, Urocultura e Hemocultura.
→Iniciar antibioticoterapia oral, intramuscular ou intravenosa, de acordo com o estado
geral do paciente, e reavaliar em 48 a 72 hs para passar à terapia oral.
→Investigar alterações do trato urinário como obstrução / cálculos.

→ATB:
• Aminoglicosídeos (Gentamicina 5 mg/kg/dia ou Amicacina 15mg/kg/dia).
• Quinolonas (Ciprofloxacina 400mg IV ou 500 mg VO 2 vezes ao dia ou Levofloxacina
500 mg/dia VO ou IV).
• Ceftriaxona 1 g IV 12/12 hs.
OBS: Para gestantes, pacientes com insuficiência renal ou de risco de adquiri-la e com
idade maior
que 65 anos usar de preferência cefalosporina (Ceftriaxone).
Duração do tratamento: 10 a 14 dias.

Tratamento de infecção do trato urinário recorrente


A) Mais de três (03) ITUs por ano relacionadas ao coito:
• Realizar profilaxia pós-coito
• Opções de antibióticos:
⇒ SMX-TMP (400 mg/80 mg) – Um (01) comprimido em dose única;
⇒ Cefalexina 500 mg em dose única; ou,
⇒ Norfloxacina 400 mg em dose única.

B) Mais de três (03) ITUs por ano não relacionada ao coito:


• Realizar profilaxia contínua com dose única diária por um período de 6 meses a um ano.
• Antibióticos:
⇒ SMX-TMP (400 mg/80 mg) – Um (01) comprimido por dia;
⇒ Norfloxacina 400 mg, em dose única diária;
⇒ Nitrofurantoína 200 mg por dia.
• Encaminhar para avaliação urológica.
31

TUBERCULOSE – BIOSSEGURANÇA E PRECAUÇÃO


RESPIRATÓRIA

Proteção respiratória:
- Profissionais de Saúde devem utilizar máscara N95 (equivalente PFF2) ao entrar em
contato com pacientes com suspeita ou confirmação de Tuberculose bacilífera, ou em
ambientes com alto risco de Tuberculose bacilífera, ou em ambientes com alto risco de
gerar aerossóis (Exemplo: salas de broncoscopia, inalação com pentamidina, salas de
autópsia, manipulação de material biológico potencialmente contaminado).
- As máscaras N95 (PFF2) podem ser reutilizadas por períodos longos pelo mesmo
profissional enquanto apresentar-se íntegra, seca, limpa e com boa vedação.
- As máscaras cirúrgicas comuns não oferecem proteção adequada quando utilizadas
pelos profissionais, ficando seu uso restrito na contenção das partículas no momento em
que são geradas. Assim, são indicadas para os pacientes bacilíferos fora dos locais de
isolamento.

Pacientes internados – mantê-los em PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA PARA


AEROSSÓIS:
⇒ Quarto individual.
⇒ Pressão negativa em relação às áreas adjacentes.
⇒ A exaustão do ar deve ser feita para ambiente externo (longe de calçadas, janelas que
podem ser abertas, pessoas, animais e correntes de ar). Se o ar for recirculado deve ser
filtrado através de filtro HEPA.
⇒ No caso do paciente necessitar ser transportado, este deve utilizar máscara cirúrgica
cobrindo boca e nariz.
⇒ Não havendo a disponibilidade de quarto com pressão negativa, colocar em quarto
individual com portas fechadas e desligar o ar condicionado.

Pacientes ambulatoriais:
⇒ Agendar as consultas ao longo do turno, priorizando o atendimento de pacientes
bacilíferos e suspeitos.
⇒ Agendar as consultas de pacientes bacilíferos em horas de menor fluxo.
⇒ Oferecer máscara cirúrgica para pacientes bacilíferos ou suspeitos.
⇒ Somente utilizar ar condicionado desde que instalados exaustores ou filtros HEPA.

Durante a consulta:
⇒ Manter as janelas abertas para ambiente externo quando possível.
⇒ Direcionar o fluxo de ar para a janela (ou porta) da sala de atendimento utilizando o
ventilador de pé, de modo que o ar forme uma “barreira” entre o médico e o paciente.
⇒ Exaustores podem ser utilizados desde que a porta seja mantida fechada.

Transporte de paciente:
⇒ O paciente deve utilizar máscara cirúrgica.
⇒ Minimizar número de transportes.
⇒ Agendar exames preferencialmente ao final do turno.
⇒ O paciente não deve ficar na sala de espera antes ou após a realização do
exame.
32

PROFILAXIA DO TÉTANO

Ferimento limpo ou
Todos os outros ferimentos*
superficial
História de imunização
Imunoglobulina
contra tétano Imunoglobulina
Vacina humana Vacina
humana antitetânica
antitetânica
Menos de 3 doses ou
Sim Não Sim Sim
ignorado
Vacinação primária completa (> 3 doses):
• Última dose há menos de Não Não Não Não
5 e 10 anos
• Última dose entre 5 e 10 Não Não Sim Não
anos
• Última dose há mais de Sim Não Sim Não
10 anos

Quadro 14: Esquema para profilaxia do tétano de acordo com estado vacinal e tipos de
ferimentos.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

*Consideram-se outros ferimentos: fraturas expostas, ferimentos por arma branca ou de fogo,
queimaduras extensas, ferimentos com retenção de corpos estranhos, ferimentos profundos e
puntiformes (provocados por agulhas, pregos ou outros objetos pontiagudos).

Vacina:
• Para menores de 7 anos: utilizar a tríplice (DPT), dupla infantil (DT) ou a tríplice.
• Para maiores de 7 anos: utilizar a dupla tipo adulto (dT).

Imunoglobulina humana antitetânica: 250 UI IM.

Observação:
• Não administrar imunoglobulina e vacina no mesmo grupo muscular.
33

MORDEDURAS HUMANAS E DE ANIMAIS DOMÉSTICOS

(Cães e Gatos)

Cuidados locais:
 Realizar limpeza vigorosa (com degermante ou sabão), irrigação com SF (500 ml) ou
água limpa imediatamente.
 No hospital, repetir a limpeza e fazer desbridamento com retirada de tecido desvitalizado.
 Lesões puntiformes profundas devem ser abertas cirurgicamente com cicatrização por
segunda intenção.
 As demais lesões devem ser desbridadas, lavadas e suas bordas aproximadas.

Características da mordedura e do ATB 1ª Escolha Opções Duração


paciente
Clindamicina 600 mg
VO 6/ 6 h +
5 dias
Ciprofloxacina 500 mg
VO 12/ 12 h
Ambulatorial

Amoxacilina +
clavulanato Clindamicina 600 mg
(500/ 125 mg) VO 6/ 6 h +
VO 8/ 8 h 5 dias
TMP – SMZ 160 mg/ 800
• Mordedura humana ou animal mg VO 12/ 12h
(cão ou gato) com envolvimento
de cartilagem, mãos, pés e Doxicilina 100 mg
5 dias
articulações ou lesões profundas VO 12/ 12h
• Qualquer mordedura em Clindamicina
pacientes imunocomprometidos, 600 – 900 mg Piperaciclina- Tazobactan
esplenectomizados, etilistas, IV 8/ 8 h + 4,5 g IV 8/ 8 H
cirróticos ou diabéticos Ciprofloxacina 200 - ou
400 mg IV Clindamicina
Internado

12 h ou 600 – 900 mg
Clindamicina 5 dias
IV 8/ 8 h
600 – 900 mg +
IV 8/ 8 h + TMP – SMZ
Ceftriaxone 2 g IV 8 – 10 mg/ Kg/ dia
24/ 24 h IV 6 – 12 h

Quadro 15: Antibioticoterapia indicada para infecções secundárias causadas por


mordeduras.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

Observações: Para mordedura por porco (Flavobacterium 2B resistente a amoxacilina-clavulanato)_ e


animais marinhos (predomínio de Víbrio, Aeromonas e Pseudomonas spp.) está indicada a
associação com ciprofloxacina.

Observação: Vacinação anti-rábica:


• UAI Martins de segunda a sexta-feira em horário comercial.
34

SEPSE (Sepse, Sepse Grave e Choque Séptico)

A resposta inflamatória pode ser desencadeada por vários estímulos, e se


caracteriza pela produção de mediadores solúveis, as citocinas pró-inflamatórias (TNFα, IL-
1, IL-6, IL-8) e antiinflamatórias (IL-4, IL-10, TNF-β); ocorre ativação da cascata de
coagulação, com formação de micro-trombos, disfunção das células endoteliais, que perdem
a capacidade de regular o fluxo sanguíneo. Consequentemente há aumento da
permeabilidade microvascular, vasodilatação profunda e transudação de fluídos. A má
distribuição do fluxo sanguíneo microvascular leva a isquemia tissular e morte celular,
resultando na disfunção dos órgãos. Quando o indivíduo não consegue conter a resposta
inflamatória localmente, há o aparecimento dos sintomas resultantes da atividade sistêmica
das citocinas. A liberação maciça de citocinas e dos mediadores pró-inflamatórios
caracteriza da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS). A SIRS desencadeada por infecção,
caracteriza a sepse.

1. Definições
• Bacteremia: presença de bactérias viáveis no sangue. Pode ser transitória ou secundária
a um foco infeccioso intra ou extra-vascular.
A ocorrência de tremores e calafrios são mecanismos desencadeados pelo hipotálamo, a
partir da liberação de IL-I, para aumentar a temperatura corpórea, não devendo ser
interpretado como sinônimo de bacteremia.
• Infecção: processo patológico induzido por microorganismos /Invasão de tecidos
estéreis. Pode levar a resposta inflamatória local ou sistêmica.
Todo paciente com infecção (Pneumonia, ITU, Tegumentar, Abdominal, Meningite etc),
deve ser avaliado em termos da repercussão sistêmica que esta pode estar provocando,
pois se em Sepse ou Sepse Grave deve ser tratado como uma urgência médica, pela alta
mortalidade associada.
• Sepse: Infecção associada com resposta inflamatória sistêmica (SRIS). Pode ser
causada por bactérias, vírus, fungos, protozoários.
• SRIS: Resposta inflamatória sistêmica devido à estimulação inespecífica do sistema
imune. Pode ser desencadeada por inúmeros fatores: infecção, pancreatite, politrauma,
isquemia, choque hemorrágico, lesão orgânica imunológica, cirurgia, queimadura.

A SRIS se caracteriza por:


⇒ Temperatura >= 38,3ºC ou <= 36ºC;
⇒ Freqüência cardíaca >=90 bpm;
⇒ Freqüência respiratória > =20 ipm;
⇒ Leucócitos > = 12.000 células/mm3 ou <= 4.000 /mm3 ou >10% células imaturas;
⇒ Estado mental alterado;
⇒ Hiperglicemia (>150mg/dl) em não diabéticos.

• Sepse grave: sepse associada com hipoperfusão ou hipotensão ou disfunção


orgânica.
• Hipoperfusão:
⇒ Acidose metabólica inexplicada;
⇒ PH < = 7,3;
⇒ Déficit de base > 5 meq/ l;
⇒ Lactato plasmático > 1,5 valores normais; ou,
⇒ Saturação Venosa de Oxigênio < 70%
 Hipotensão: PA sistólica < 90mmHg ou queda de 40mmHg;
 Disfunção orgânica: não explicada por outra causa (tabela 01).
35

• Choque Séptico: hipotensão refratária apesar da ressuscitação volêmica adequada,


associada com disfunção de órgãos.

Aumento da uréia > 40 ou creatinina > Oligúria: < 0,5 ml/ Kg/ 1 hora
RENAL
1,2
FR > = 20 ipm
RESPIRATÓRIA Ou PaCO2 < 32 mmHg Dispnéia, cianose
Raio X alterado
FC > 90 Enchimento capilar lentificado,
CARDIOVASCULAR PAS < 90 mmHg ou queda 40 mmHg, desassossego, palpitação, dor
arritimia, PCR torácica
Náuseas, vômitos, dor
Íleo adinâmico: diminuição
TGI abdominal, distensão
RHA, sangramento
abdominal
HEPÁTICO Bil > 1,2 Icterícia
Confusão, coma, psicose Desorientação
SNC
Rebaixamento do Glasglow < 13 - 12 Desassossego
Plaquetas < 150.000
HEMATOLÓGICO INR > 1,5 Sangramentos
TTpA > 60 seg

Quadro 16: Características das disfunções orgânicas nos diversos sistemas encontradas
nas sepse grave.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

Sepse, Sepse grave e Choque séptico são estágios evolutivos do quadro infeccioso.
Todo paciente com infecção deve ser avaliado se encontra ou não em Sepse Grave, e se
necessário receber Ressuscitação Volêmica imediata, ter coletados exames para
diagnóstico da infecção e iniciado antibioticoterapia, conforme o fluxograma.
36

SEPSE E SEPSE GRAVE

Todo paciente com infecção deverá ser avaliado se está ou não em Sepse ou Sepse Grave

Avalie e Anote Temperatura, FC, FR, Consciência, Diurese, PA, Oximetria

Sepse – Mortalidade 3 – 10%


Evidência de Infecção Associado com > = 2 Sepse Grave = Sepse mais 1 dos seguintes:
Febre > 38º ou < 36ºC PA sistólica ≤ 90 mmHg ou queda 40 mmHg
FR min ou pC ≤ 32 mmHg Débito urinário < 0,5 ml/ Kg/ hora em 2 h ou creatinina
FC min > 2 mg/ dl
Leucócitos ou ≤ 4.000 ou formas pH < 7,3 com BE < -5
jovens Alteração do estado mental ou Glasglow < 13
Bilirrubina > 3 mg/ dl
Plaquetas < 100.000
Se estiver em sepse colha: INR > 1,5 ou TTPa > 60 s
Hemograma, gasometria, eletrólitos, função renal,
bilirrubinas, coagulograma, hemocultura

Pacientes Hipotensos devem receber Ressuscitação Volêmica imediata:


Inicie com SF 0,9% 1.000 ml em 30 min. Geralmente são necessários 20 ml/ Kg a 40 ml/ Kg.
Monitore a resposta à infusão do Soro Fisiológico e anote os controles: PA, FR Diurese hora, ausculta
cardíaca e pulmonar, Oximetria, consciência
Objetivo PA > 90 mmHg, Diurese > 0,5 ml/ Kg/ h, Sat venosa > 70%

Cuidado ao expandir pacientes idosos, cardiopatias ou com insuficiência renal!

Em função da suspeita clínica da infecção solicite os exames para diagnóstico:


(Ex.: Líquor, Raio X de Tórax, Urocultura, Ultrassom, etc.)

Pacientes em Sepse e Sepse Grave: Iniciar Antibioticoterapia imediatamente após a coleta da


hemocultura, de acordo com o foco mais provável. Ver sugestão de Antibiótico para Pneumonia, ITU,
Infecção Tegumentar, Meningite, Infecção Abdominal em diretriz específica.

Após 4 horas de ressuscitação volêmica adequada se NÃO houve melhora da PA


e do Débito urinário, instale CVC e PVC.

Se PVC < 5 cm H2O continuar SF 0,9% 500 ml/ a Se PVC < 5 cm H2O e PA média < 60 mmHg:
cada 30 min até PVC > 8 cm H2O. iniciar norepinefrina 4 amp/ SF 0,9% 250 ml: 10
ml/ h (10 mcgt/ min).

Não use Dopamina em baixa dose para Dobre a dose cada 30 min até 60 ml/ h (60 mcgt/
“proteger rim”! min) ou FC > 130/ min.

Com paciente internado programe: insulina para controle glicêmico, aporte calórico,
profilaxia de TVP, assistência ventilatória, sedação.

Fluxograma 6: Esquema para condução de pacientes com sepse e sepse grave.

Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
37

FICHA DE TRIAGEM PARA DETECÇÃO DE SEPSIS GRAVE

1) O paciente tem história sugestiva de um quadro infeccioso recente?


Pneumonia / Empiema Pele / partes moles Endocardite
Infecção urinária Infecção óssea / articular Infecção de prótese
Infecção abdominal aguda Infecção de ferida operatória Outras infecções
Meningite Infecção da corrente sanguínea
associada a cateter
2) O paciente apresenta alguns destes sinais e sintomas no momento do diagnóstico do quadro infeccioso?
(dois ou mais)
Hipertermia > 38,3ºC Calafrios Leucocitose > 12.000
Hipotermia < 36ºC Taquicardia > 90 bpm Leucopenia < 4.000
Alteração aguda do estado Taquipnéia > 20 mpm Hiperglicemia > 120 (na
mental ausência de DM)
3) Há algum destes sinais de disfunção orgânica presente no momento do diagnóstico, que não aquele
relacionado ao local da infecção e que não seja secundário a uma doença crônica? (ATENÇÃO: disfunção
respiratória deve ser considerada mesmo em casos de infecção respiratória)
PAS < 90 ou PAM < 65 mmHg Bilirrubina > 2 mg/ dL Infiltrado pulmonar bilateral
Queda da PAS > 40 mmHg Contagem de plaquetas < 100.000 com PaO2/ FiO2 < 300
Creatinina > 2,0 mg/ dL ou Lactato > 2 mmmol/L Infiltração pulmonar bilateral
diurese menor que 0,5 ml/ Kg/ h Coagulopatia (RNI > 1,5 ou TTPa com recente (ou aumentada
nas últimas 2 horas > 60 seg) necessidade de oxigênio para
manter SpO2 > 90
Se você marcou sim em todas as três perguntas anteriores, então o paciente apresenta sepse grave. Anote a
data e o horário da instalação da disfunção orgânica*. Data: ___/___/______ Horário: ____:____
* Momento em que o apciente apresentou, por exemplo, diminuição da pressão arterial. Este evento pode ter sido anotado no prontuário
pela enfermagem, e não necessariamente a equipe tenha iniciado ou deflagrado o processo de intervenção para tratamento.

Quadro 17: Ficha de triagem para detecção de pacientes com quadro de sepse grave.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
38

NEUTROPENIA FEBRIL EM ADULTO

Definições:
A neutropenia febril é definida como a presença de:
• Febre: temperatura axilar > 38,0ºC em uma medição ou > 37,8ºC mantida por uma hora,
não relacionada a infusão de hemoderivados.
• Neutropenia: número de granulócitos < 500/ mm3 ou entre 500 e 1000/ mm3 com
tendência a queda.

Classificação de acordo com o risco de infecção:

Baixo risco:
• Neutrófilos > 100/ mm3 ou < 100/ mm3 com plaquetas > 75.000/ mm3.
• Doença de base em remissão.
• Intervalo entre quimioterapia e neutropenia maior que 10 dias.
• Paciente em bom estado geral.
• Ausência de hipotensão ou disfunção de órgãos.
• Ausência de co-morbidade: mucosite grave, diarréia, infecção perianal, celulite ou
pneumonia.

Alto risco:
• Paciente que não preencha os critérios descritos acima.

Exames iniciais:
• Hemograma.
• Uréia/ creatinina.
• Radiografia de tórax.
• Hemocultura (2 pares).
• Urocultura.
• Cultura de qualquer outro sítio potencialmente envolvido na infecção.

Princípios básicos da terapêutica empírica para neutropenia febril:


• Iniciar prontamente antimicrobiano de amplo espectro.
• Levar em conta na escolha, a epidemiologia local (agentes mais freqüentes e perfil de
sensibilidade desses agentes) e observar a somatória dos efeitos colaterais.
• Avaliação diária cuidadosa, com atenção aos detalhes da evolução.
• Insistir no diagnóstico etiológico.
• Qualquer que seja o esquema empregado, deve-se usar por 3 dias consecutivos para
avaliação dos resultados.
• Solicitar propedêutica inicial conforme item 2 e solicitar transferência via Central
de Regulação Municipal.
39

ESQUEMA EMPÍRICO PARA NEUTROPENIA FEBRIL PARA


ADULTOS

Paciente proveniente da comunidade Paciente com > 48 h de hospitalização


Baixo-risco Alto-risco

CEFEPIMA* CEFEPIMA*

Após 48 h reavaliar

Hemocultura (+) ou foco Hemocultura (-)


clinicamente definido

Afebril Febril

Reajustar de acordo com Estável Instável


antibiograma Aguardar + 24 h
Tratar pelo tempo recomendado
para o sítio em questão
No caso do uso de anfotericina B
VANCOMICINA +
interromper se forem observadas:
Persistência de febre** IMIPENEW
- recuperação de granulócitos
MEROPENEM
- resolução dos sintomas e sinais
clínicos
- resolução radiológica
- negativação das culturas IMIPENEM / MEROPENEM*
Cobertura para anaeróbio se
abscesso perianal, intra-abdominal
ou gengivite
Persistência da
febre após 24 h**

VANCOMICINA

Baixo-risco
Persistência da febre após 24 h**

Alto-risco
Completar 3 – 5 dias Suspeita ou colonização Aspergillus?
Alta com ATM VO
de ATM IV Risco de Candida glabrata/ Krusei?
Uso recente de fluconazol?
TMO alogênico?

* Indicações para utilização SIM NÃO


precoce de Vancomicina:
- Mucosite grave
Anfo B Fluconazol 400 – 800 mg/ dia
- Evidente infecção relacionada a
0,5 – 1 mg/ Kg ou anfo B 0,5 – 1 mg/ Kg
cateter venoso central
- Colonização por S. aureus
resistente a oxacilina ou S.
pneumoniae resistente a penicilina
- Instabilidade hemodinâmica Neutrófilos > 500/ Neutrófilos < 500/ mm3
mm3 por > 2 dias Completar 2 semanas
** Reavaliação clínica e laboratorial Parar após 5 dias
de tratamento
ATM - antimicrobiano

Fluxograma 7: Esquema empírico para tratamento da neutropenia febril em adultos.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
40

NEUTROPENIA FEBRIL EM PEDIATRIA

As orientações contidas na parte inicial desta norma se referem a pacientes neutropênicos


que desenvolvem febre sem que seja identificados o foco do processo infeccioso na
avaliação inicial.
As normas relativas aos antimicrobianos indicados nas diferentes situações foram
elaboradas com base na análise de sensibilidade dos principais agentes causadores de
infecções em neutropênicos do Instituto da Criança. Estas normas serão periodicamente
revistas.
Definições:
• Neutropenia: Contagem total de neutrófilos periféricos < 1000/ mm3 com perspectiva
de queda em 72 horas.
• Febre: Dois ou mais episódios de t > 37,8ºC em 24 horas ou um episódio de t > 38,5ºC.
• Avaliação laboratorial inicial: Hemograma, hemoculturas (veia periférica +/-
cateter), Rx Tórax, urina tipo 1 + urocultura, proteína C reativa.

Antibioticoterapia inicial:

• Esquema 1 – monoterapia
Cefepima (50 mg/ Kg/ dose de 8/ 8 h)
- Deve ser introduzido para todas as crianças neutropênicas febris à admissão, exceto
quando houver indicação dos Esquemas 2 ou 3.

• Esquema 2 – esquema duplo


Cefepima (50 mg/Kg/dose de 8/8 h)
MAIS
Vancomicina (1200 mg/ m2/ dia de 6/ 6 h).
Deve ser utilizado sempre que houver evidência de infecção por germes Gram-
positivos:
- Presença de hiperemia ou secreção purulenta em túnel de cateter vascular
implantado.
- Hemocultura exibindo crescimento de cocos Gram-positivos, ainda sem identificação e
testes de sensibilidade.
- Evidência clínica e/ ou radiológica de pneumonia.
- Presença de flebite, celulite ou erisipela.

• Esquema 3 – esquema triplo


Cefepima (50 mg/Kg/dose de 8/8 h)
MAIS
Vancomicina (1200 mg/ m2/ dia de 6/ 6 h).
MAIS
Amicacina (15 mg/ kg/ dia 1 vez)
Deve ser utilizado para crianças que à admissão estiverem em mau estado geral,
apresentando sinais de sepse franca, instabilidade hemodinâmica, hipotensão e/ou
choque.
41

ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO


(EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL)

Condutas em Acidentes com Material Biológico (Exposição Ocupacional):


1) Cuidados com o ferimento:
• Lavagem exaustiva com água e sabão nas exposições percutâneas.
• Lavagem exaustiva com água ou soro fisiológico a 0,9% nas exposições em
mucosas.
• Evitar expressão (“espremer”) do local do ferimento, cortes, éter, glutaraldeído,
hipoclorito.
2) Procurar assistência médica (QUE DEVERÁ SE GUIAR ATRAVÉS DOS ITENS
SEGUINTES).
3) Identificar a fonte (conhecida / não conhecida) e o setor de trabalho onde ocorreu o
acidente ocupacional.
4) Caracterizar tipo de exposição:
• Percutânea → quebra da barreira de pele íntegra (por agulhas, bisturi, vidro,
etc.)
• Mucosa → olhos, nariz, boca e genitália.
• Cutânea → pele não íntegra (dermatites, feridas abertas, etc.).
• Mordeduras humanas.
5) Caracterizar o risco da exposição:
Exposição percutânea:
Mais Grave → Agulha com lúmen, em artéria ou veia, sangue visível no dispositivo,
lesão profunda.
Menos Grave → Agulha sem lúmen, lesão superficial.
Exposição mucosa ou pele não íntegra:
Grande volume → Contato prolongado e/ou grande quantidade de material biológico de
risco.
Pequeno volume → Contato de curta duração e/ou poucas gotas de material de risco.
6) História Clínica / Comorbidades do paciente-fonte e do acidentado:
HIV / HBV (Histórico vacinal) / HCV / Sífilis / Doenças de Chagas.
Obter prontuário médico do paciente fonte se possível.
Outras comorbidade: nefropatia, hepatopatia, neoplasia, transplante, etc.
7) Teste rápido de HIV do paciente-fonte (EXAME DE URGÊNCIA).
8) Coletar sorologia do paciente-fonte (HIV, AgHBs, Anti-HBcTotal, Anti-HCV, VDRL,
Sorologia para Chagas).
9) Coletar sorologia do acidentado (HIV, AgHBs, Anti-HBcTotal, Anti-HBs, Anti-HCV, VDRL,
Chagas).
10) Aplicar fluxogramas (HIV, HVB).
Para HCV, Sífilis e Chagas → acompanhamento clínico-laboratorial.
Encaminhar para acompanhamento clínico-laboratorial nos serviços de referência.

MATERIAIS DE RISCO:

• Sangue, outros materiais com sangue, sêmen e secreções vaginais.


• Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdio), líquido amniótico, líquor e líquido
articular são potencialmente infectantes.
• Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva (exceto em ambientes
odontológicos) são líquidos biológicos sem risco de transmissão ocupacional. A
presença de sangue nestes líquido torna-se materiais infectantes.
42

• Qualquer contato sem barreira de proteção com material concentrado de vírus


(laboratório de pesquisa, com cultura de vírus e vírus em grandes quantidades) deve ser
considerado uma exposição ocupacional que requer avaliação e acompanhamento.

Fluxograma 8: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV nos diversos tipos de exposição
ocupacional.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
43

CONDUTAS PÓS-EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

HEPATITE B

SITUAÇÕES VACINAL E PACIENTE-FONTE


SOROLÓGICA DO HBSAG DESCONHEC
PROFISSIONAL DE HBSAG POSITIVO HBSAG NEGATIVO IDO OU NÃO
SAÚDES EXPOSTO TESTADO
Não vacinado IGHAHB + iniciar Iniciar vacinação Iniciar vacinação**
vacinação
Com vacinação IGHAHB + Completar vacinação Completar vacinação**
incompleta completar vacinação
Previamente vacinado
Com resposta vacinal Nenhuma medida Nenhuma medida Nenhuma medida
conhecida e adequada específica específica específica
(≥ 10 mUI/ml)
Sem resposta vacinal IGHAHB + 1ª dose Iniciar nova série de Iniciar nova série de
após a 1ª série (3 da vacina contra vacina (3 doses) vacina (3 doses)**
doses) Hepatite B da nova
série de 3 doses
Sem resposta vacinal IGHAHB (2x) *** Nenhuma medida IGHAHB (2x)***
após a 2ª série (6 específica
doses)
Testar o profissional Testar o profissional de Testar o profissional de
de saúde: saúde: saúde:

Se resposta vacinal Se resposta vacinal Se resposta vacinal


adequada: nenhuma adequada: nenhuma adequada: nenhuma
Resposta vacinal medida específica. medida específica. medida específica.
desconhecida
Se resposta vacinal Se resposta vacinal Se resposta vacinal
inadequada: inadequada: fazer inadequada: fazer
IGHAHB + 1ª dose segunda série de segunda série de
da vacina contra vacinação. vacinação.**
Hepatite B.

Quadro 18: Condutas pós exposição ocupacional ao vírus da Hepatite B.


Fonte: Hepatites Virais: O Brasil está atento. Ministério da Saúde, 2008.

* Profissionais que já tiveram Hepatite B estão imunes à reinfecção e não necessitam de profilaxia pós-
exposição. Tanto a vacina quanto a imunoglobulina devem ser aplicadas dentro de período de 7 dias após o
acidente, idealmente nas primeiras 24 horas após o acidente.

** Uso associado de imunoglobulina hiperimune contra a Hepatite B está indicado se o paciente-fonte tiver alto
risco para infecção pelo HBV, como: usuários de drogas injetáveis, pacientes em programa de diálise, contatos
domiciliares e sexuais de portadores de HBsAg positivo, homens que fazem sexo com homens, heterossexuais
com vários parceiros e relações sexuais desprotegidas, história prévia de doenças sexualmente transmissíveis,
pacientes provenientes de páreas geográficas de alta endemicidade para Hepatite B, pacientes provenientes de
prisões e de instituições de atendimento a pacientes com deficiência mental.

*** IGHAHB (2x) = 2 doses de imunoglobulina hiperimune para Hepatite B com intervalo de mês entre as doses.
Esta opção deve ser indicada para aqueles que já fizeram 2 séries de 3 doses da vacina, mas não apresentaram
resposta vacinal, ou apresentam alergia grave à vacina
44

IMUNOPROFILAXIA CONTRA HEPATITE B

Fluxograma 9: Imunização contra Hepatite B para profissionais de saúde (modificado de


Poland, 1998).
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
45

Recomendações para profilaxia de Hepatite C após exposição ocupacional a


material biológico:

Em exposições com paciente-fonte infectado pelo vírus da Hepatite C e naquelas com fonte
desconhecida, está recomendado o acompanhamento do profissional de saúde.

Como o período de incubação da Hepatite C dura em média 7 semanas (variando entre 2 a


24 semanas) e a grande maioria (> 75%) dos casos agudos é assintomática, é necessária a
investigação laboratorial para o diagnóstico. Cerca de 70% a 85% dos casos de
contaminação pelo HCV evoluem para doença crônica.

Na ausência de medidas profiláticas (p. exs. Imunoglobulinas ou vacinas) para prevenção da


transmissão do HCV e diante de algumas evidências de que o tratamento da infecção aguda
com antivirais (P. ex. interferon) poderia prevenir a evolução para doença crônica, sugere-
se, principalmente nas exposições de alto risco com fonte positiva, a realização da pesquisa
de HCV RNA no 90º dia após a exposição. Esse exame está indicado para o diagnóstico e
tratamento precoce da infecção aguda. O tratamento da Hepatite C aguda deverá ser
realizado antes de 120 dias de evolução da doença, para melhor resposta terapêutica, em
Serviço Especializado. Após 180 dias de evolução, a Hepatite C é considerada crônica, e o
tratamento deverá ser feito de acordo com as indicações desta forma da doença.

Recomendações para profilaxia de Doença de Chagas após exposição


ocupacional a material biológico:

⇒ Fonte com sorologia positiva para doença de Chagas:


• A infecção acidental ocorre principalmente nos profissionais de saúde que exercem
atividades laboratoriais;
• Recomenda-se benzonidazol na dose de 7 – 10 mg/ Kg/ dia, de 8/ 8 horas, por via
oral, durante 10 dias (1 cp = 100 mg).
46

VIOLÊNCIA SEXUAL
CONDUTAS EM AGRAVOS RESULTANTES DA VIOLÊNCIA SEXUAL
ATENDIMENTO INCIAL (REALIZADO EM QUALQUER UNIDADE DE ATENDIMENTO DE SAÚDE):
1) ACOLHIMENTO INICIAL:
A) Informar à vítima de violência sexual, sempre que possível, o que será realizado em cada
etapa do atendimento e a importância de cada medida. A autonomia da vítima de violência
sexual deve ser respeitada, acatando-se a eventual recusa de algum procedimento.
B) Oferecer atendimento psicológico o mais breve possível.

2) PREENCHIMENTO DE PRONTUÁRIO MÉDICO:


A) Registro pormenorizado, em prontuário médico, da história da violência sexual, para
posterior encaminhamento a serviço de referência no atendimento deste agravo:

Quadro 1 – Registro de Encaminhamento


HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA
Registrar em prontuário:
1. Local, dia e hora aproximada da violência
sexual;
2. Tipo de violência sexual sofrida;
3. Forma de constrangimento utilizada;
4. Tipificação e número de agressões;
5. Órgão que realizou o encaminhamento.
3) ENCAMINHAMENTO PARA SERVIÇO DE REFERÊNCIA: {HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – Rua Pará, 1720 – Bairro Umuarama – Fone:
(34) 3218-2311}.

Quadro 19: Conduta nos casos de violência sexual.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

ATENDIMENTO EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA

PROFILAXIA PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL: HIV


PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL - ADULTOS
3 DROGAS POSOLOGIA APRESENTAÇÃO
AZT: 300 mg 2x/ dia Cápsula
3TC: 150 mg 2x/ dia ou 300 mg 1x/ dia (< 50 Kg: 2 mg/ Kg
Comprimido 150 mg
- AZT + 3TC + 2x/ dia)
IDV/ r Em associação:
AZT + 3TC: 1 comprimido 2x/ dia comprimido de AZT 300 mg
- AZT + 3TC + + 3TC 150 mg
LPV/ r IDV: 800 mg 2x/ dia Cápsula 400 mg
RTV: 100 – 200 mg 2x/ dia Cápsula 100 mg
LPV/ r: 400/ 100 mg (3 cápsulas) 2x/ dia Cápsula 133,3/ 33,3 mg
*Efavirenz: Pode ser utilizado em substituição ao IP em homens em situação de violência sexual, mas não deve
ser utilizado em mulheres grávidas ou com possibilidade de gravidez durante o período de quimioprofilaxia, pela
possibilidade de efeito teratogênico.
Obs.: Nos casos de contra-indicação ao AZT, ou indicação de outros esquemas, consultar o “Recomendações
para Terapia Anti-Retroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV – 2006”.

Quadro 20: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV pós-violência sexual em pacientes
adultos.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
47

PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL - ADULTOS


3 DROGAS POSOLOGIA APRESENTAÇÃO
AZT: 360 mg/ M2/ dose 2x/dia (dose Cápsula 100 mg: Solução oral
máxima 600 mg/ dia) 10 mg/ ml (frasco de 24 ml)
3TC: 4 mg/ Kg/ dose 2x/ dia ou 8 mg/ Kg
Comprimido 150 mg
dose única (dose máxima 300 mg/dia)
Em associação: comprimido de
- AZT + 3TC + IDV/ r Ou AZT + 3TC: 1 comprimido 2x/ dia
AZT 300 mg + 3TC 150 mg
IDV: 500 mg/ M2 3x/ dia Cápsula 400 mg
- AZT + 3TC + LPV/ r
RTV: 400 mg/ M2 2x/ dia (dose máxima Cápsula 100 mg: Solução oral
de 600 mg 2x/dia) 80 mg/ ml (frasco de 240 ml)
Cápsula 133,3/ 33,3 mg:
LPV/ r: 230/ 57, 5 mg/ M2 2x/ dia Solução oral 80 mg/ ml (frasco
de 160 ml)
*Efavirenz: O efavirenz não deve ser utilizado em adolescentes do sexo feminino devido ao potencial
teratogêncio deste fármaco.
2
M = peso (Kg) x 4 + 7 Peso em Kg = 2 x idade + 8
Peso (Kg) + 90

Quadro 21: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV pós-violência sexual em crianças e
adolescentes.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

Violência sexual com exploração de risco de


infecção pelo HIV

Teste rápido anti-HIV no agressor com


aconselhamento prévio

Teste reagente Teste não reagente

Iniciar quimioprofilaxia para HIV na Não iniciar


vítima quimioterapia

Encaminhar vítima para


acompanhamento clínico-
ambulatorial

Fluxograma 10: Uso do teste rápido Anti-HIV utilizado nos casos de violência sexual.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
48

PROFILAXIA PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL: DSTs

PROFILAXIA DAS DST NÃO VIRAIS EM MULHERES ADULTAS E


ADOLESCENTES COM MAIS DE 45 KG NÃO GESTANTES
PENICILINA G BENZATINA 2,4 milhões UI (1,2 milhões UI
IM dose única
Profilaxia da sífilis em cada nádega)
OFLOXACINA*
400 mg VO dose única
Profilaxia da gonorréia
AZITROMICINA
Profilaxia da clamidiose e do 1g VO dose única
cancro mole
METRONIDAZOL
2g VO dose única
Profilaxia da tricomoníase

Quadro 22: Esquema para profilaxia das DST não-virais pós-violência sexual em mulheres
adultas e adolescentes com mais de 45 Kg não-gestantes.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

(*) alternativa: Ciprofloxacino 500 mg VO, dose única.

PROFILAXIA DAS DST NÃO VIRAIS EM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E GESTANTES COM


MENOS DE 45 KG
(dose máxima: 2,4 milhões UI)
PENICILINA G BENZATINA 50 mil UI/ Kg
Crianças e adolescentes 2,4 milhões UI IM dose única
Gestantes (1,2 milhões UI em cada
nádega)
CEFTRIAXONA
250 mg
Crianças e adolescentes IM dose única
500 MG
Gestantes
AZITROMICINA
20 Mg/ Kg
Crianças e adolescentes VO dose única
1g
Gestantes
METRONIDAZOL 818, por 7 dias
15 mg/ Kg/ dia
Crianças e adolescentes VO (máximo: 2 g)
2g
Gestantes dose única

Quadro 23: Profilaxia das DST não-virais pós-violência sexual em crianças, adolescentes e
gestantes com menos de 45 Kg.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
49

ALTERNATIVAS PRA A PROFILAXIA DAS DST NÃO VIRAIS


CRIANÇAS E
PROFILAXIA GESTANTES ADULTOS
ADOLESCENTES
Estearato de
Estearato de
Estearato de eritromicina eritromicina
Penicilina eritromicina
500 mg VO a cada 6 horas 50 mg/ Kg/ dia VO a
benzatina (sífilis) 500 mg VO a cada 6
durante 15 dias cada 6 horas por 15
horas durante 15 dias
dias
Ceftriaxona
Ofloxacina Ceftriaxona Ceftriaxona 250 mg IM dose única
(gonorréia) 500 mg IM dose única 250 mg IM dose única Tianfenicol
2,5 g VO dose única
Estearato de
Estearato de
Estearato de eritromicina eritromicina
Azitromicina eritromicina
500 mg VO a cada 6 horas 500 mg/ Kg/ dia VO a
(clamidíase) 500 mg VO a cada 8
durante 7 dias cada 6 horas por 10 a
horas durante 7 dias
14 dias
Ceftriaxona
250 mg IM dose única, ou
Azitromicina Ceftriaxona Ceftriaxona
Estearato de eritromicina
(cancro mole) 125 mg IM dose única 250 mg IM dose única
500 mg VO a cada 6 horas
durante 7 dias
Secnidazol ou
Metronidazol Secnidazol ou Tinidazol
Tinidazol
(tricomoníase) 2,0 g VO dose única
2,0 g VO dose única

Quadro 24: Esquemas alternativos para profilaxia das DST não-virais em gestantes,
crianças e adolescentes.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
1. O uso de ceftriaxona e de azitromicina para profilaxia da sífilis está sendo investigado, mas
doses adequadas não foram estabelecidas para esse fim;
2. A administração profilática do metronidazol e de suas alternativas pode ser postergada ou
evitada em casos de intolerância gastrintestinal conhecida ao medicamento;
O uso profilático de outras quinolonas deve ser considerado como alternativa em situações em que a
ofloxacina não estiver disponível.
Mulheres imunizadas contra hepatite B, com esquema vacinal completo, não necessitam de
reforço ou do uso de imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB). Mulheres não
imunizadas ou que desconhecem seu status vacinal devem receber a primeira dose da
vacina e completar o esquema posteriormente, com um e seis meses. Mulheres com
esquema vacinal incompleto devem completar as doses recomendadas.

IMUNOPROFILAXIA
Vacina Anti-Hepatite B
Aplicar IM em deltóide
0,1 e 6 meses após a violência sexual
Imunização ativa
IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTI-HEPATITE B
Aplicar IM em glúteo 0,06 ml/ Kg
Imunização ativa Dose única

Quadro 25: Esquema para imunoprofilaxia pós-violência sexual contra a hepatite B.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
50

PROFILAXIA PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL: TÉTANO


FERIMENTO LIMPO OU OUTROS TIPOS DE
HISTÓRIA DE VACINAÇÃO SUPERFICIAL FERIMENTO
CONTRA-TÉTANO SAT ou SAT ou
VACINA VACINA
IGHAT* IGHAT*
Incerta ou menos de 3 doses Sim Não Sim Não
3 doses ou mais; última dose
Sim Não Sim Não
há menos de 5 anos
3 doses ou mais; última dose
Sim Não Sim Não
entre 5 a 10 anos
3 doses ou mais; última dose
Sim Não Sim Não
há mais de 10 anos

Quadro 26: Esquema para profilaxia de tétano pós-violência sexual nas diversas situações
vacinais e tipos de ferimentos.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA

ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA HORMONAL


LEVONORGESTREL
PRIMEIRA ESCOLHA
0,75 mg de levonorgestrel/ por comprimido
2 comprimidos VO dose única ou
1 comprimido VO a cada 12 horas
MÉTODO DE YUZPE
SEGUNDA ESCOLHA
AOHC com 50 µg de etinil-estradiol e 250 µg de levorgenestrel/ por comprimido
2 comprimidos VO a cada 12 horas ou
4 comprimido VO dose única

AOHC com 30 µg de etinil-estradiol e 150 µg de levorgenestrel/ por comprimido


4 comprimidos VO a cada 12 horas ou
8 comprimido VO dose única
µg = micrograma

Quadro 27: Anticoncepção de emergência hormonal pós-violência sexual.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES
1) Administração da AE é, classicamente descrita dividindo-se a dose total em duas doses iguais,
em intervalos de 12 horas, com a primeira dose iniciada, no máximo, em 72 horas (três dias).
Contudo, os recentes estudos da Organização Mundial de Saúde oferecem claras evidências de
que a dose única de 1,5 mg de levonorgestrel é tão eficaz como duas doses de 0,75 mg
separadas. Também evidenciam efeitos protetores até cindo dias após a relação sexual
desprotegida, embora com taxas de falhas maiores.
2) A absorção da AE pelo epitélio da vagina oferece níveis semelhantes aos da absorção pela via
oral, tanto para o levonorgestrel, como para o método de Yuzpe. A via vaginal pode ser utilizada
em situações especiais como em casos de inconsciência da mulher devido aos traumatismos
severos.
51

Coleta de material

A identificação de achados que constituam provas médico-legais é de grande


importância na violência sexual, tanto para a comprovação do crime, como para a
identificação do agressor. Cerca de 95% dos agressores não são condenados por falta de
provas materiais, muitas vezes exigidas pela Justiça.
Material do conteúdo vaginal, anal ou oral deve ser coletado por meio de swab ou
similar, sendo acondicionado em papel filtro estéril e mantido em envelope lacrado,
preferentemente em ambiente climatizado. Nos serviços que dispõem de congelamento de
material, a medida poderá ser adotada.
O material não deve ser acondicionado em sacos plásticos que, por manterem umidade,
facilitam a proliferação bacteriana que destrói células e DNA. Deve-se abolir o uso de
fixadores, incluindo-se a álcool e formol, pela possibilidade de desnaturar o DNA. O
material deverá ficar arquivado no serviço, em condições adequadas, à disposição do Poder
Judiciário.
52

DOSES DE ANTIMICROBIANOS

FUNÇÃO RENAL NORMAL


DOSES
Antimicrobiano Intervalo
Pediátrica (dose/kg/dia) Adulto (dose/dia)
Ácido Nalidíxico 33-55 mg 2-4 g 6h
Amicacina 15 mg 15 mg/kg/dia d.u diária
Amoxacilina + Ácido
20-50 mg de Amoxacilina 0,75-1,5 g 8-12h
Clavulânico
Ampicilina IV 100-400 mg 2-12 g 6h
Ampicilina VO 50-100 mg 1-2 g 6h
Ampicilina +
100-400 mg de Ampicilina 6-12 g 6h
Sulbactam
Anfotericina B 0,5-1,5 mg idem 24h
Anfotericina B
3-5 mg idem 24h
Coloidal
Anfotericina B
3-5 mg idem 24h
Lipossomal
Azitromicina 5-10 mg 250-500 mg 24h
Aztreonam 75-150 mg 3-8 g 6-8h
Cefaclor 40 mg 0,75-1,5 g 8h
Cefadroxila 30 mg 1-2 g 12h
Cefalexina 25-100 mg 1-4 g 6h
Cefalotina 50-125 mg 2-12 g 6h
Cefazolina 50-100 mg 2-6 g 8h
Cefepima 100-150 mg 2-4 g 8-12h
Cefixima 8 mg 400 mg 12-24h
Cefoperazona 50-200 mg 2-4 g 8-12h
Cefotaxima 100-200 mg 2-12 g 6h
Cefotetana 40-80 mg 2-6 g 12h
Cefoxitina 100-150 mg 4-12 g 6h
Cefpodoxima proxetila 10 mg 200-800 mg 12-24h
Cefprozila 15-30 mg 0,5-1 g 12h
Ceftazidima 100-150 mg 2-6 g 8h
Ceftriaxona 50-100 mg 1-4 g 12-24h
Cefuroxima IV 75-150 mg 2,25-4,5 g 8-12h
Cefuroxima VO 20-30 mg 0,5-1 g 8-12h
Cetoconazol 5-10 mg 200-400 mg 12-24h
Ciprofloxacino IV IV 10-20 mg 400 - 800 mg 12h
Ciprofloxacino VO 20-30 mg 1 – 1,5 g 12h
Claritromicina 15 mg 0,5-1 g 12h
Clindamicina IV 20 - 40 mg 1,8 - 2,7 g 6 - 8h
Clindamicina VO 20 - 30 mg 0,6 - 1,8 g 6h
Cloranfenicol 50 – 100 mg 2–4g 6h
Colistina 2,5 mg 4 - 6 milhões UI ou 3 a 5 8 – 12h
mg/kg/dia atinox 300mg
Doxiciclina 2,5 - 5 mg 100 - 300 mg 12 - 24h
Eritromicina 30 - 50 mg 1- 4g 6h
Fluconazol 3 - 10 mg 100 - 400 mg 24h
Gentamicina 7,5 mg 3 - 5 mg/Kg/dia d. u. diária
Griseofulvina 10 - 15 mg 0,5 - 1 g 12h
Imipenem + 50 - 100 mg 2-3g 6 - 8h
Cilastatina
Itraconazol 3 -6 mg 200 - 400 mg 12 - 24h
Meropenem 60 - 120 mg 1,5 - 6 g 8h
Metronidazol 30- 50 mg 1,5 - 2 g 6 - 8h
Nitrofurantoína 5 - 7 mg 400 mg 6h
Oxacilina 100 - 300 mg 6 - 12 g 4 - 6h
53

… continuação.

Penicilina G benzatina 25.000 - 50.000 UI 1.200.000 UI dose única


Penicilina G cristalina 100.000 - 400.000 UI 4 - 30 milhões UI 4 - 6h
Penicilina G procaína 50.000 UI 0,6 - 4,8 milhões 12 - 24h
Penicilina V 25 - 50 mg 0,75 - 2 g 6 - 8h
Piperacilina + 150 - 400 mg de 12 g 6h
Tazobactam Piperacilina
Sulfametoxazol + 20 - 40 mg de 400 - 800 mg 12h
Trimetoprim Sulfametoxazol
Teicoplanina 10 - 20 mg 400 – 800 mg 12 – 24h
Tetraciclina 25 - 50 mg 1-2g 6h
Terbinafina < 20 Kg : 125 mg 500 mg 24h
20 - 40 Kg : 250 mg
>40 Kg : 500 mg
Ticarcilina + Ácido 200 - 400 mg de 4 - 16 g 6h
Clavulânico Ticarcilina
Vancomicina 40 - 60 mg 2g 6 – 12h

Quadro 28: Doses de Antimicrobianos.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007. p-170.

Função renal alterada:

Considerações sobre antimicrobianos e função renal:


• A creatinina plasmática (Cr) é um mau marcador da filtração glomerular (FG). Geralmente
a Cr eleva-se quando a FG já está comprometida em pelo menos 50%.
• Utilizar fórmulas de estimativa da FG, como a Equação de Cockroft, que leva em
consideração sexo, peso e idade.

Cl Cr (ml/min)= (140 – idade) x peso/creatinina sérica (mg/dl) x 72

Mulheres = multiplicar por 0,85

• Existem grupos de risco para nefrotoxicidade para os quais a monitorização criteriosa da


função renal, a correção de doses e a aplicação de medidas preventivas estão indicadas.
• Grupos de risco:
- idade > 65 anos;
- desnutridos;
- pacientes hipovolêmicos ou hemodinamicamente instáveis;
- disfunção renal prévia: Cr basal maior que 1,4 mg/dl ou FG calculada < 60 ml/min.;
- diabéticos, hepatopatas, nefróticos, cardiopatas, oncológicos;
- associação com drogas nefrotóxicas.

Considerações especiais sobre nefrotoxicidade:

Aminoglicosídeos
• Nefrotoxicidade: neomicina > genta = tobra > amicacina > estreptomicina.
• Maior risco: associação com diuréticos e outras drogas nefrotóxicas.
• Diminui o risco de nefrotoxicidade: dose única diária (não indicado para neutropênicos,
nem endocardite).
54

Vancomicina
• Nefrotoxicidade questionável, mas provável, principalmente quando combinada a outros
agentes nefrotóxicos, em particular aos aminoglicosídeos.
• Cálculo de intervalo conforme tabela
• Colher vancocinemia no vale (imediatamente antes da próxima dose) e aplicar nova dose
se estiver na faixa terapêutica (5-10).
• Nefrotoxicidade associada a nível sérico > 20 mg/ml.

Clearance Intervalo
(ml/min) (dias)
120 0,5
100 0,6
80 0,75
60 1
40 1,5
30 2
20 2,5
10 4
5 6
0 12

Quadro 29: .Intervalo para as doses de Vancomicina de acordo com o Clearance de


Creatinina.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

Imipenem:
• Não é nefrotóxico mas considerar o risco de convulsão quando FG diminuída.

Anfotericina B:
• Maior risco: dose acumulada > 3g (até 80%), disfunção renal prévia
• O risco de nefrotoxicidade diminui quando: hidratação com salina antes da infusão,
infusão lenta em 4-6h ou contínua em 24h.
• Indicações de formulações lipídicas: Cr > 2x o limite superior do normal para a idade.
• Distúrbios eletrolíticos que podem preceder ou acompanhar a queda da FG:
hipomagnesemia, hipocalemia e acidose metabólica (renal).

Sulfas:
• Risco de precipitação de cristais.

Trimetoprim:
• Risco de hipercalemia

Cefepime:
• Risco de alterações de consciência e crise convulsivas parciais em pacientes com FG
diminuída.

Aciclovir:
• Maior risco: disfunção renal prévia, altas doses, infusão rápida.
55

Nefrite Intersticial Alérgica (NIA):


• Drogas classicamente associadas com a NIA: rifampicina (principalmente com uso
intermitente), oxacilina, ampicilina, cefalosporinas, sulfametoxazol-trimetoprim,
vancomicina e quinolonas.
• Suspeita: “rash” cutâneo, febre e eosinofilia acompanhando a diminuição da FG,
(somente em 30% dos casos todos esses aspectos clínicos estão presentes).

Drogas que não precisam de correção: Abacavir, azitromicina, caspofungina, ceftriaxone,


cloranfenicol, clindamicina, doxiciclina, efavirenz, indinavir, nelfinavir, nevirapina,
pirimetamina.
56

DOSES DE ANTIMICROBIANOS DE ACORDO COM O


CLEARANCE DE CREATININA
Clearance Clearance Clearance Apresentação Observaçõe
Droga Dose
normal 50 – 90 10 – 50 HC s
5-12,4 mg/kg - 12/12h ou 2,5 mg/kg
Aciclovir 8/8h 250mg/ amp
8/8h 1x/d 1x/d
100 mg
Amantadina 100 mg 12/12h 100 mg 48h 00 mg 7dias 100 mg/cp
1x/d
Amicacina (e 10 mg/kg 7,5 mg/kg 50 mg/ml ou
15 mg/kg 1x/d 3 mg/kg 48h
Estreptomicina) 1x/d 48h 250 mg/ml
500 mg 500 mg
Amoxicilina 500 mg 8/8h 500 mg 1x/d 500 mg/cp
8/8h 12/12h
reduzir da
Amoxicilina + Ác. 500 mg/125 500 mg/125
500 mg/125 8/8h 12/12h 1x/d dose de
Clavulânico 8/8h mg /cp
amoxicilina
Ampicilina 6/6h 6/6h 12/12h 1x/d 1 g/amp
Ampicilina + 2 g/1 g
2 g/1 g 6/6h 2 g/1 g 6/6h 2 g/1 g 1x/d 2 g/1 g/amp
Sulbactam 12/12h
Anfotericina B 1x/d 1x/d 1x/d 48h ver texto
Aztreonam 2 g 8/8h 2 g 8/8h 1 g 8/8h 500 mg 8/8h 1 g/amp
Cefazolina 1 g 8/8h 1 g 8/8h 1 g 12/12h 1 g 1x/d 1 g/amp
Cefepima 2 g 12/12h 2 g 12/12h 2 g 1x/d 1 g 1x/d 1 g/amp
Cefotaxima 2 g 8/8h 2 g 8/8h 2 g 12/12h 2 g 1x/d 1 g/amp
Cefoxitina 2 g 8/8h 2 g 8/8h 2 g 12/12h 2 g 1x/d 1 g/amp
Ceftazidima 2 g 8/8h 2 g 12/12h 2 g 1x/d 2 g 48h 1 g/amp
750-1500 750-1500 750-1500
Cefuroxima 750-1500 mg 8/8h 750 mg/amp
mg 8/8h mg 12/12 mg 1x/d
400 mg 200 mg 200 mg
Ciprofloxacino 400 mg 12/12h 00 mg/amp
12/12h 12/12h 12/12h
500 mg 250 mg 250 mg/cp ou
Claritromicina 500 mg 12/12h 250 mg 8/8h
12/12h 12/12h 500 mg/amp
200 mg 25 e 100
Didanosina 200 mg 12/12h 200 mg 1x/d 100 mg /d
12/12h mg/cp
500 mg 500 mg
Eritromicina 500 mg 6/6h 500 mg 6/6h 250 mg/cp
6/6h 12/12h
Etambutol 1x/d 1x/d 36h 48h 400 mg/cp
250-500 mg
Etionamida 100% 100% 50% 250 mg/cp
12/12h
500 mg 500 mg
Fanciclovir 500 mg 8/8h 250 mg 1x/d 250 mg/cp
8/8h 12/12h
Fluconazol 200 mg/d 200 mg/d 100 mg/d 100 mg/d
Ganciclovir 5 mg/kg 2,5 mg/kg 1,25 mg/kg 3 500 mg/
5 mg/kg 12/12h
(indução) 12/12h 1x/d x/semana ampola
Ganciclovir 2,5 mg/kg 1,25 mg/kg 0,625 mg/kg 500 mg/
5 mg/kg 1x/d
(manutenção) 1x/d 1x/d 3 x/semana ampola
Gatifloxacino 400 mg 200 mg 400 mg/cp ou
400 mg 1x/d 200 mg 1x/d
(e Monifloxacino) 1x/d 1x/dh amp
Gentamicina 4 mg/kg 10 mg/ml ou
5 mg/kg 1x/d 4 mg/kg 48h 2 mg/kg 48h
(e Tobramicina) 1x/d 40 mg/ml
500 mg 250 mg 500
Imipenem 500 mg 6/6h 250 mg 6/6h
8/8h 12/12h mg/ampola
dar após
Isoniazida 400 mg/d 100% 100% 100% 100 mg/cp
diálise
Itraconazol 100-400mg/d 100% 100% 50% 100mg/cp
150 mg 50-150 mg 25-50 mg
Lamivudina 150 mg 12/12h 150 mg/cp ou 10 mg/ml(vo)
12/12h 1x/d 1x/d
500 mg 250 mg cada 500 mg/cp ou 1a dose =
Levofloxacino 500 mg 1x/d 250 mg 1x/d
1x/d 48h amp 500 mg
em ClCr<10
600 mg 600 mg 600 mg 600 mg/cp ou
Linezolida 600 mg 12/12h dar após
12/12h 12/12h 12/12h amp
dialise
57

… continuação.

Clearance Clearance Clearance Apresentação Observaçõe


Droga Dose
normal 50 – 90 10 – 50 HC s
1000 mg 1000 mg 500 ou 1000
Meropenem 1000 mg 8/8h 500 mg 1x/d
8/8h 12/12h mg/amp
500 mg
Metronidazol 500 mg 8/8h 500 mg 8/8h 250 mg 8/8h 500 mg/amp
8/8h
Nitrofurantoína 100 mg 100 mg evitar evitar 100 mg/cp
400 mg 200 mg 200 mg/cp ou
Ofloxacino 400 mg 12/12h 200 mg 1x/d
12/12h 12/12h 400 mg/amp
Penicilina 4-24 milhões/d 100% 75% 25% variável
Pentamidina 1x/d 1x/d 1x/d 36h 300 mg/amp
Piperacilina + 4 g/500 mg 2 g/500 mg 2 g/250 mg 4 g/500
4 g/500 mg 6/6h
Tazobactam 6/6h 8/8h 6/6h mg/amp
Pirazinamida 1,5-2g/d 100% 100% 50% 500 mg/d
300-600 300-600 300 mg/cp dar
Rifampicina 600 mg/d 600 mg/d
mg/d mg/d após diálise
Sulfametoxazol 400 mg + 80
8/8h 12/12h 18/18 h 1x/d
+Trimetropim mg/cp ou amp
400 mg 200 ou 400
Teicoplanina 400 mg 12/12h 400 mg 48h 400 mg 72h
1x/d mg/amp
250-500 250-500 não se sabe
Terbinafina 250-500 mg/d 125-250 mg/cp
mg/d mg/d evitar
Tetraciclina 6/6h 8/8h 12/12h 1x/d 250 mg/cp
Ticarcilina + Ácido 3 g/100 mg 1500 mg/50 1500 mg/50 3 g/100
3 g/100 mg 6/6h
clavulânico 6/6h mg 12/12h mg 12/12h mg/amp
Vancomicina 1 g 12/12h 1 g 12/12h 1 g 24-96h 1 g 4-7d 500 mg/amp ver texto
0,75 mg 0,75 mg
Zalcitabina 0,75 mg 8/8h 0,75 mg 1x/d 0,75 mg / cp
8/8h 12/12h
200 mg 200 mg 8/8h
200 mg 8/8h ou 100 mg/cp ou
Zidovudina 8/8h ou 300 ou 300 mg 100 mg 8/8h
300 mg 12/12h 10 mg/ml
mg 12/12h 12/12h

Quadro 30: Doses de Antimicrobianos nos pacientes com alteração da função renal.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007. p - 170.

Função hepática alterada

→ Antibióticos metabolizados no fígado, sem necessidade de ajuste no


hepatopata grave
• Amoxacilina-clavulanato • Claritromicina
• Azitromicina • Fluconazol
• Aztreonan • Levofloxacino
• Cefalotina • Moxifloxacino
• Cefotaxima • Oxacilina
• Ceftriaxone • Telitromicina

→ Antibióticos metabolizados no fígado, com necessidade de ajuste no


hepatopata grave

ANTIBIÓTICO DOSE
• Caspofungina • 35 mg/dia na doença hepática moderada
Sem dados na doença grave
• Clindamicina • Diminuir 30%
• Cloranfenicol • Atingir nível sérico 5-20ug/ml
• Itraconazol -
• Metronidazol • Diminuir 50%
58

• Quinupristina/dalfopristina -
• Voriconazol • 6mg/kg12/12hs 2 dias
• 2mg/Kg 12/12hs
• Sem dados na doença grave

→ Antibióticos metabolizados no fígado com contra-indicação relativa


no hepatopata grave
• Cefotetan
• Cetoconazol
• Eritromicina
• Sulfonamidas
• Tetraciclinas
59

USO DE ANTI-INFECCIOSOS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO


USO NA GESTAÇÃO USO NA
ANTIBIÓTICOS COMETÁRIOS
(CATEGORIA (OMS)** LACTAÇÃO
• Se uso inevitável
preferencial gentamicina,
Aminoglicosídeos
pois há mais estudos de seu
Amicacina, Gentamicina,
D S uso durante a gestação, sem
Netilmicina,Tobramicina
relatos de teratogenicidade.
Estreptomicina
• Compatível com
aleitamento materno
• Reação alérgica é o
principal problema: indução
de parto prematuro por
liberação de histamina.
• Pequena excreção no leite
materno: possíveis efeitos
para o neonato como
modificação na flora
intestinal e reações
alérgicas.
• Ticarcilina: pode ser
teratogênica para roedores,
devendo ser evitadas em
gestantes.
• Piperacilina: usada entre 24
e 35 semanas em ruptura
β-lactâmicos Penicilinas,
prematura de membranas:
penicilina com inibidor de
B S não foram observados
β-lactamase,
efeitos adversos maternos
cefalosporinas, aztreonam
ou fetais. Pouco excretada
no leite e considerada
compatível com
amamentação.
• Em estudo com grande
número de pacientes, o uso
de amoxacilina/clavulato foi
associado com uma taxa
significativamente alta de
enterocolite necrotizante
neonatal.
• Aztreonam: estudos
inconclusivos no 1º trimestre
da gestação: potencial
teratogênico não
estabelecido.
• Carbapenens: estudos
Imipenem-cilastatina C ND
animais não demonstraram
teratogenicidade, mas
aumento de abortos
espontâneos.
• Não encontramos na
literatura estudos que
expliquem a diferença na
categorização entre
Meropenem B ?
meropenem e imipenem.

… continuação.
60

USO NA GESTAÇÃO USO NA


ANTIBIÓTICOS COMETÁRIOS
(CATEGORIA (OMS)** LACTAÇÃO
• Sd do bebê cinzento: – Fígado do
RN não faz a conjugação da
Cloranfenicol C E
droga: altas concentrações de
droga livre
Clindamicina B E
Linezolida C
Macrolídeos • Eritomicicina: Não utilizar a
Eritromicina, formulação estolato devido ao riso
B
Aziromicina de hepatotoxicidade - Compatível
com amamentação
• Espiramicina: - Difusão pela
placenta é incomum, entretanto se
concentra na placenta e alcança
concentrações suficientes para
diminuir a transmissão de
Espiramicina toxoplasmose - Não trata o feto
infectado
- Ausência de relatos de
alterações fetais - Excretado no
leite materno em concentrações
bacteriostáticas
• Claritromicina – Poucos estudos
e resultados contraditórios: –
Passagem pela placenta em
Claritromicina C
grandes quantidades – Base fraca,
com concentração no leite materno
podendo ter efeitos no TGI do RN
• Incompatível com aleitamento
Metronidazol B E
materno
• Ausência de relatos de efeitos
teratogênicos • Seguro mesmo no
1º trimestre • Evitar uso próximo ao
parto (risco de anemia hemolítica
Nitrofurantoína B S em RN com deficiência de G6PD)
• Compatível com a lactação, mas
a OMS recomenda evitar uso no 1º
mês de lactação, em prematuros,
deficiência de G6PD e icterícia
Polimixinas C
• Alta concentração em líquido
amniótico e sangue do cordão
umbilical • Segurança do uso na
gravidez é controverso: Estudos
em animais: desenvolvimento de
artropatias e alterações ósseas e
Quinolonas
de peso em roedores. Estudos em
Ciprofloxacino,
humanos: não houve
Ofloxacino,Levoflox
C E demonstração de alterações
acino,
articulares e estudos incluindo RN
Moxifloxacino,
de mulheres expostas no 1º
Norfloxacino
trimestre não mostraram aumento
no risco de mal-formações •
Concentrações menores passam
para o leite materno. Ofloxacino e
norfloxacino: menor concentração
no leite materno

… continuação.
61

USO NA GESTAÇÃO USO NA


ANTIBIÓTICOS (CATEGORIA LACTAÇ COMETÁRIOS
(OMS)** ÃO
• Ácido Nalidíxico: – Não passa
a placenta – Sem efeitos
teratogênicos
(animais/humanos) – Ação
sobre ácidos nucléicos: evitar 1º
Ácido Nalidíxico E
trimestre da gestação – Não é
recomendado na lactação –
Indução de anemia hemolítica e
depressão medular – Evitar em
RN com deficiência de G6PD
• Pode competir com a
bilirrubina nos sítios de ligação
de albumina, quando
administrado no final da
gestação: aumenta o risco de
kernicterus • Pode causar
anemia no RN devido à
Sulfonamidas/Trimetropin C
deficiência de G6PD •
Sulfadiazina: evitar na
amamentação, especialmente
em <1mês • Cotrimoxazol:
Compatível, evitar em
prematuros e em <1 mês e
deficiência de G6PD
Tetraciclinas D
Teicoplanina ? • Droga não aprovada pelo FDA
• Potencial risco para
ototoxicidade e
nefrotoxicidade fetal
• Sd do homem vermelho:
grande
Vancomicina C ND
liberação de histamina pode
levar a
contração uterina intensa
podendo
levar a parto prematuro

Quadro 31: Uso dos principais antimicrobianos na gestação e lactação.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
62

ANTIFÚNGICOS USO NA GESTAÇÃO USO NA COMETÁRIOS


(CATEGORIA (OMS)** LACTAÇÃO
• Não há relato de toxicidade
durante a gravidez • Poucos
dados sobre uso na lactação
Anfotericina B • As formulações lipídicas
deoxicolato e tem menor tamanho e as
B ND
formulações altas concentrações
lipídicas sangüíneas são detectadas,
podem ser fatores de
passagem para o leite
materno e para o feto.
• Não há estudos adequados
em mulheres grávidas •
Evidências de
embriotoxicidade em animais
(ossificação incompleta do
Caspofungina C
crânio, aumento da
reabsorção óssea) •
Apresenta difusão
placentária em animais •
Excreção pelo leite
• Não devem ser usados na
Fluconazol, gestação: evidências de
Fluconazol
Itraconazol, C teratogenicidade. Sérios
compatível
Cetoconazol riscos de mal formações com
Voriconazol e Cetoconazol
Voriconazol D
Flucitosina C ND
Terbinafina B

Quadro 32: Uso dos principais antifúngicos na gestação e lactação.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.

USO NA
USO NA GESTAÇÃO LACTAÇÃO
ANTIPARASITÁRIOS COMENTÁRIOS
(CATEGORIA FDA*) (CATEGORIA
(OMS)**
Albendazol C S
Atovaquone C
Cloroquina C S
Ivermectina C
Mebendazol C S
Mefloquina C E
Pentamidina C ND
Pirimetamina C
Praziquantel B S
Quinidina C
Monitorar hemólise, icterícia
Quinino X S especialmente em
prematuros e em < 1 mês

Quadro 33: Uso dos principais antifúngicos na gestação e lactação.


Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
63

CONTINGÊNCIA DA DENGUE

CASO SUSPEITO DE DENGUE – RESUMO DAS RECOMENDAÇÕES


CLÍNICAS

AZUL: Atendimento inicial: UBS, PSF, UAI, Ambulatório de Clínica Médica ou Pediatria.

GRUPO A - AZUL
Sinais e sintomas clássicos:
• Febre há menos de 7 dias + 2 dos sinais/sintomas – dor retro-orbitária – mialgia – prostração
– exantemas.
Exames laboratoriais (desejáveis):
• Sorologia para dengue (por amostragem na epidemia), HMG (Obs.: Se alterados, tratar
como Grupo B – Amarelo).
Tratamento (no domicílio): Hidratação VO forçada, analgésico/antipirético, orientar sobre
desidratação e sinais de alarme.
HIDRATAÇÃO ORAL
Adultos 60 a 80 ml/kg/dia (1/3 soro hidratação oral + 2/3 outros líquidos: água, sucos, chás)
Crianças Oferecer com freqüência soro de hidratação oral e outros líquidos

Quadro 34: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas / Grupo A –
Azul.
Fonte: Guia de Atenção à saúde – Dengue 2009.

VERDE: Atendimento inicial: UBS, PSF, UAI, Ambulatório de Clínica Médica ou Pediatria.

GRUPO B - VERDE
Sinais e sintomas clássicos* em condições especiais:
• Gestante, criança, idoso, diabetes, hipertensão, asma, bronquite crônica, doença
hematológica ou renal crônica, cardiopatia, doença cloridropéptica, doença auto-imune.
Febre há menos de 7 dias + 2 dos sinais/sintomas – dor retro-orbitária – mialgia –
Exames laboratoriais (mandatórios):
• Sorologia para Dengue, HMG.
Tratamento:
• Hemograma, Ht, Plq e LT alterados → tratar como Grupo B – Amarelo.
• Hemograma, Ht, Plq e LT não alterados → tratar como Grupo A – Azul (no domicílio).

HIDRATAÇÃO ORAL
Adultos 60 a 80 ml/kg/dia (1/3 soro hidratação oral + 2/3 outros líquidos: água, sucos, chás)
Crianças Oferecer com freqüência soro de hidratação oral e outros líquidos

Quadro 35: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas / Grupo B –
Verde.
Fonte: Guia de Atenção à saúde – Dengue 2009.
*Conforme descrito para Grupo A – Azul.
64

AMARELO: Atendimento inicial: UAI.


GRUPO C - AMARELO
Sinais e sintomas clássicos*+ manifestações hemorrágicas:
• Espontâneas (gengivorragia, metrorragia, petéquias, equimoses, sangramento de mucosas,
sangramento menor em trato gastrointestinal) ou induzidas (prova do laço positiva).
Exames laboratoriais (mandatórios):
• Sorologia (por amostragem na epidemia), HMG.
Tratamento (hospitalar):
• Hidratação VO vigorosa: iniciar imediatamente em qualquer ponto de atenção.
• Ht  até 10% do basal ou criança (entre 38% e 42%), mulher (entre 40% e 44%), homem (entre 45% e
50%) ou Plq entre 50 e 100 mil ou LT < 1.000 céls/mm3  orientar tratamento no domicílio.
• Ht  acima de 10% do basal ou criança (> 42%), mulher (> 44%), homem (50%) ou Plq < 50.000 céls/
mm3  observação mínima de 12 h  Hidratação VO vigorosa supervisionada ou parenteral (repetir se
necessário), analgésico/antipirético, orientar sinais de alarme  melhora clínica/laboratorial: avaliar
tratamento no domicílio*, sem melhora clínica/laboratorial: internar.
HIDRATAÇÃO ORAL
Adultos 80 ml/kg/dia 80 ml/kg/dia (1/3 SF 0,9% em 4 a 6 h)
Crianças 50 ml/kg em 4 a 6 50 a 100 ml/kg/dia (soro de hidratação oral em 4 a 6 h) ou 20
h ml/kg (SF 0,9% em 2 h)
*Conforme descrito para Grupo A – Azul.

Quadro 36: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas / Grupo C –
Amarelo.
Fonte: Guia de Atenção à saúde – Dengue 2009.

AMARELO: Atendimento inicial: UAI - Encaminhamento: HC/UFU.

GRUPO D - LARANJA
Sinais e sintomas clássicos* + sinais de alerta:
• Dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hipotensão postural, lipotímia, hepatomegalia
dolorosa, hemorragias importantes (hematêmese, melena), sonolência, irritabilidade, diminuição de
diurese, diminuição repentina da temperatura corpórea/hipotermia, aumento repentino do Ht, diminuição
abrupta de Plq, desconforto respiratório.
Exames laboratoriais:
• Mandatórios: Ht a cada 4 h, Plq a cada 12 h, TTpA e TAP (se sangramento maior), hemograma completo,
tipagem sanguínea, albumina, RX tórax, sorologia para Dengue).
• Se necessário: glicose, uréia, creatinina, íons, gasometria, transaminases, ultrassom abdome e tórax.
Tratamento (hospitalar – mínimo 24 h): Hidratação IV vigorosa imediata (repetir até 3x), com reavaliação clínica
a cada 2 h em criança e a cada 4 h em adulto.
• Melhora clínica/laboratorial: tratamento de manutenção e, após essa etapa, se melhora clínica/laboratorial,
avaliar tratamento no domicílio.
• Sem melhora clínica/laboratorial tratar como grupo D – Vermelho.
• Solicitar transferência.
HIDRATAÇÃO IV VIGOROSA
Adultos 25 ml/kg (SF 0,9 % em 4 h)
Crianças 20 ml/kg (SF 0,9 % em 4 h)
TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO (TOTAL DE 24 h)
25 ml/kg (SF 0,9 % em 8 h)
Adultos
25 ml/kg (SF 0,9 % em 12 h)
25 ml/kg (SF 0,9 % em 8 h)
Crianças
25 ml/kg (SF 0,9 % em 12 h)
*Conforme descrito para Grupo A – Azul.

Quadro 37: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas / Grupo D –
Laranja.
Fonte: Guia de Atenção à saúde – Dengue 2009.
VERMELHO: Atendimento inicial: UAI - Encaminhamento: HC/UFU.
65

GRUPO E - VERMELHO
Sinais e sintomas clássicos* + sinais de choque:
• Hipotensão postural, PA convergente, extremidades frias, cianose, pulso rápido e fino,
enchimento capilar (> 2 segundos).
Exames laboratoriais (mandatórios):
• Ht a cada 2 h e Plq a cada 12 h.
• Dados vitais a cada 15 a 30 minutos.
• Hemograma, proteínas totais e frações, coagulograma (TAP/ TTpA), eletrólitos, perfil
hepático, função renal, ultrasson abdominal, RX tórax.
• Sorologia para Dengue.
Tratamento (hospitalar – mínimo 24 h):
Hidratação IV vigorosa imediata (repetir até 3x), com reavaliação clínica a cada 15 a 30 minutos.
• Melhora clínica/laboratorial: tratar como Grupo C – Laranja.
• Sem melhora clínica/laboratorial: avaliar hemoconcentração.
•  Ht  avaliar hemorragia.
• Com hemorragia  procurar foco.
• Sem hemorragia  UTI.

•  Ht ou  albumina  colóide.
• Melhora clínica/laboratorial  tratar como Grupo C - Laranja
• Sem melhora  UTI.
• Solicitar transferência.

HIDRATAÇÃO IV VIGOROSA (EXPANSÃO)


Adultos e Crianças 20 ml/kg (SF 0,9 % em até 20 minutos)
*Conforme descrito para Grupo A – Azul.

Quadro 38: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas / Grupo E –
Azul.
Fonte: Guia de Atenção à saúde – Dengue 2009.
66

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO DE SÍNDROME


RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE – SRAG
MANEJO CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

INTRODUÇÃO

Diante da pandemia de influenza desencadeada pela circulação, entre seres


humanos, do vírus influenza pandêmico (H1N1) 2009 e com base no conhecimento atual
sobre a disseminação mundial deste vírus, o Ministério da Saúde elaborou e revisa
constantemente os protocolos com o objetivo de adequar as medidas estabelecidas no
Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza (PBPPI), a cada novo
cenário em que o país se encontra.
A situação epidemiológica atual, no Brasil e no mundo, caracteriza-se por uma
pandemia com predominância de casos clinicamente leves e com baixa letalidade. Diante
dessa situação, a Organização Mundial de Saúde (OMS), quando da passagem para o nível
seis de Alerta Pandêmico, estratificou os países em: “Sem ocorrência de casos”, “Em
transição” (ainda sem evidências de transmissão comunitária) e “Com transmissão
sustentada”. O Brasil enquadra-se nesta última classificação.
Este fenômeno pode favorecer a recombinação genética, podendo levar ao
surgimento de novas ondas epidêmicas e eventual alteração de sua virulência. Esses
fatores podem levar ao aumento da demanda por serviços de saúde ambulatoriais e
hospitalares, principalmente por indivíduos com fatores de risco para complicações e óbito
pela doença.
Ano passado, a estratégia de enfrentamento desta Emergência de Saúde Pública
de Importância Internacional (ESPII) foi baseada em medidas de contenção – identificação
precoce, tratamento e isolamento de casos e no seguimento de seus contatos próximos. No
cenário atual esta estratégia perde importância e efetividade – fenômeno esperado na
transmissão de agentes infecciosos, particularmente com as características dos vírus
influenza – requerendo medidas mais integradas de monitoramento da situação
epidemiológica e de priorização da assistência aos casos graves ou com potencial de
complicação.
Este Protocolo de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG trata do manejo
clínico, diagnóstico e tratamento de casos de SRAG com internação hospitalar1, cujo

11 Internação hospitalar: pacientes que são admitidos para ocupar um leito hospitalar por
um período igual ou maior a 24 horas.
Leito hospitalar de internação: cama numerada e identificada, destinada à internação de
um paciente dentro de um hospital, localizada em quarto ou enfermaria, que se constitui no
67

objetivo é normatizar as medidas de controle da influenza humana quando da identificação


de situações particulares de risco, como a detecção de casos de Síndrome Respiratória
Aguda Grave e de surtos de Síndrome Gripal em ambientes restritos.
Como toda normatização, este Protocolo está sujeita a ajustes decorrentes da sua
utilização prática e das modificações do cenário epidemiológico. Ressalta-se que ele se
aplica ao cenário epidemiológico brasileiro na atual fase pandêmica, de acordo com as
orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

1. DEFINIÇÃO DE CASO DE SÍNDROME RESPIRAT ÓRIA


AGUDA GRAVE (SRAG)

Indivíduo de qualquer idade com Síndrome Respiratória Aguda caracterizada por


febre alta mesmo que referida, tosse e dispnéia, acompanhada ou não dos sinais e sintomas
abaixo:
a) Aumento da frequência respiratória (de acordo com idade);
b) Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente; e
c) Em crianças, além dos itens acima, observar também os batimentos de asa de
nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.

O quadro clínico pode ou não ser acompanhado das alterações laboratoriais e


radiológicas listadas abaixo:
• Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia; e,
• Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso, ou presença de área de
condensação.

ALERTA: Deve ser dada atenção especial a essas alterações quando ocorrerem em
pacientes que apresentem fatores de risco para a complicação por influenza.

Notificação imediata:
• Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG com internação hospitalar e óbitos
por SRAG devem ser notificados individual e imediatamente no Sinan on-line usando a
Ficha de Investigação Individual.
• Surto de Síndrome Gripal – SG deve ser notificado de forma agregada, no módulo de Surto
no SinanNET, assinalando-se no campo Código do Agravo/Doença o CID J06.

endereço exclusivo de um paciente durante sua estada no hospital e que está vinculada a
uma unidade de internação ou serviço. Portaria nº 312, de 2 de maio de 2002, estabelece,
para utilização nos hospitais integrantes do SUS, a padronização da Nomenclatura do Censo
Hospitalar.
68

2. MANEJO CLÍNICO

2.1 Informações gerais

No indivíduo com manifestações clínicas compatíveis com Síndrome Respiratória


Aguda Grave, deve-se:
• Recomendar fortemente a internação do paciente, dispensando-lhe todos os cuidados que
o caso requer;
• Realizar avaliação clínica minuciosa;
• Coletar amostras de material biológico dos pacientes com SRAG com internação
hospitalar;
• Coletar amostra de secreção nasofaringeana até o 7º dia de início dos sintomas;
• Orientar o afastamento temporário, de acordo com cada caso, das atividades de rotina
(trabalho, escola, etc.), avaliando-se o período de transmissibilidade da doença;
• Utilizar equipamentos de proteção, individual conforme orientações deste Protocolo; e • O
paciente, uma vez instalado o quadro de Síndrome Gripal, MESMO COM QUADRO LEVE
EM QUE NÃO ESTEJA INDICADA A INTERNAÇÃO HOSPITALAR, deve ser orientado a
ficar atento a todos os sinais e sintomas de agravamento e, em persistindo ou piorando um
sinal ou sintoma, nas 24 a 48 horas consecutivas ao exame clínico, ele deve RETORNAR
imediatamente a um serviço de saúde; mecanismos adicionais podem ser desenvolvidos em
cada unidade de saúde, de modo a ajudar nesse monitoramento, no intervalo de 24h a 48h,
visando à identificação precoce de sinais de agravamento.

Está indicada a internação em terapia intensiva para pacientes que apresentarem as


seguintes complicações:
a) Instabilidade hemodinâmica;
b) Sinais e sintomas de insuficiência respiratória;
c) Comprometimento pulmonar no exame radiológico;
d) Hipoxemia, com necessidade de suplementação de oxigênio acima de 3 l/min para
manter
saturação arterial de oxigênio acima de 90%;
e) Relação PO2/FiO2 abaixo de 300, caracterizando a lesão pulmonar aguda;
f) Necessidade de atendimento fisioterápico contínuo; e,
g) Alterações laboratoriais, como elevação significativa de desidrogenase láctica (DHL) e
creatinofosfoquinase (CPK), alteração da função renal e alteração do nível de consciência.
69

Para o uso de antibióticos, caso seja indicado, recomenda-se que os médicos


sigam os protocolos/consensos da Sociedade Brasileira de Infectologia ou da Sociedade
Brasileira de Pneumologia.

IMPORTANTE: Para menores de 18 anos de idade é contraindicado o uso de salicilatos em


casos suspeitos ou confirmados de infecção por vírus influenza, por causa do risco de
desenvolvimento da Síndrome de Reye.

2.2 Grupos e fatores de risco para complicações por


influenza pandêmica (H1N1) 2009

Grupo de risco – Pessoas que apresentem as seguintes condições clínicas:


• Imunodepressão: por exemplo, indivíduos transplantados, pacientes com câncer, em
tratamento para Aids ou em uso de medicação imunossupressora;
• Condições crônicas: por exemplo, hemoglobinopatias, problemas cardiovasculares,
pneumopatias, insuficiência hepática, doenças renais crônicas, doenças neurológicas,
doenças metabólicas (diabetes mellitus e obesidade grau III (Índice de Massa Corporal
maior ou igual a 40) e doença genética (Síndrome de Down); e,
• Indígenas (população aldeada).

Fatores de risco
• Idade: inferior a 2 ou superior a 60 anos de idade; e,
• Gestação: independentemente da idade gestacional.

ATENÇÃO: Todos os indivíduos que compõem o grupo de risco ou que apresentem fatores
de risco para complicações por influenza requerem – obrigatoriamente – avaliação e
monitoramento clínico constantes de seu médico assistente, para indicação ou não de
tratamento com Oseltamivir, além da adoção de todas as demais medidas terapêuticas.
Atenção especial deve ser dada às grávidas, independentemente do período de gestação.

2.3 Avaliação simplificada de gravidade em serviços de saúde de atenção


primária e secundária

Os indivíduos que apresentem sintomas de gripe, inicialmente, devem ser


acompanhados pela Atenção Básica. Os casos de SRAG deverão ser encaminhados para o
Hospital, se apresentarem um ou mais dos sinais e sintomas abaixo.
70

2.3.1 Avaliação em adultos


• Alteração do nível de consciência, sonolência, convulsão ou paralisia;
• Frequência respiratória > 30 IRPM;
• PA diastólica < 60 mmHg ou PA sistólica < 90 mmHg; e,
• Idade > 60 anos

2.3.2 Avaliação em crianças


• Cianose;
• Batimento de asa de nariz;
• Taquipnéia: 2 meses a menor de 1 ano (>50 IRPM); 1 a 5 anos (>40 IRPM);
• Toxemia;
• Tiragem intercostal;
• Desidratação/vômitos/inapetência, letargia;
• Dificuldade para ingestão de líquidos ou amamentar;
• Estado geral comprometido;
• Dificuldades familiares em medicar e observar cuidadosamente; e,
• Presença de comorbidades/imunodepressão

3. ASPECTOS LABORATORIAIS

3.1 Informações gerais

ATENÇÃO: O exame laboratorial para diagnóstico específico de influenza pandêmica


(H1N1) 2009 somente está indicado para:
1. Acompanhar casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave com internação hospitalar; e,
2. Em casos de surtos de Síndrome Gripal em comunidades fechadas, segundo orientação
da Vigilância Epidemiológica, três amostras são necessárias.

3.2 Coleta de amostras para testes diagnósticos

Diante de um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave com internação


hospitalar poderão ser coletadas amostras clínicas de:
• Secreção nasofaringeana – para detecção de vírus influenza;
• Sangue para hemocultura – para realização de pesquisa de agentes microbianos e
avaliação da resistência antimicrobiana; e,
• Outras amostras clínicas – serão utilizadas apenas para monitoramento da evolução
clínica do paciente e/ou para realização de diagnóstico diferencial, conforme as hipóteses
71

elencadas pelo médico do hospital de referência e as evidências geradas pela investigação


epidemiológica.

Obs: A coleta de material biológico deverá ser feita preferencialmente antes do início do
tratamento.

ATENÇÃO: O Ministério da Saúde alerta aos profissionais de saúde e aos familiares de


indivíduos com Síndrome Respiratória Aguda Grave que as condutas clínicas não
dependem do resultado do exame laboratorial específico para influenza pandêmica (H1N1)
2009. Esclarece ainda que este exame, mesmo quando indicado, demanda um tempo longo
de realização, pela complexidade da técnica utilizada.

4. USO DO ANTIVIRAL

4.1 Tratamento

O Oseltamivir deve ser utilizado em pacientes com Síndrome Respiratória Aguda


Grave (SRAG), cujo início dos sintomas tenha ocorrido no período de 48 horas,
observando-se as recomendações do fabricante constantes na “bula” do medicamento.
Também, a critério médico, está indicado para tratamento de pacientes com Síndrome
Gripal que sejam portadores de fatores de risco.
Como em toda prescrição terapêutica, atentar para as interações medicamentosas,
as contraindicações formais e os efeitos colaterais. O medicamento pode induzir resistência
aos vírus influenza, se utilizado de forma indiscriminada.
Segundo a orientação do fabricante, o Oseltamivir deve ser usado durante a
gravidez somente se o benefício justificar o risco potencial para o feto.

4.1.1 Indicação para tratamento

Todos os indivíduos que apresentarem Síndrome Respiratória Aguda Grave


(SRAG) e fator de risco para agravamento, de acordo com avaliação médica.
O Ministério da Saúde reitera que todos os indivíduos que compõem o grupo de
risco ou que apresentem fatores de risco para complicações por influenza requerem –
obrigatoriamente – avaliação e monitoramento clínico constantes de médico assistente, para
indicação ou não de tratamento com Oseltamivir; além da adoção de todas as demais
72

medidas terapêuticas. De forma complementar, uma atenção especial deve ser dada às
grávidas, independentemente do período de gestação.
O Ministério da Saúde alerta que as indicações de uso do Oseltamivir,
contidas neste Protocolo, se baseiam na bula do medicamento, conforme seu registro
na Anvisa, nas recomendações da OMS, na evidência científica robusta relacionada
ao uso racional do medicamento (uso terapêutico e prevenção de resistência
medicamentosa) na gripe sazonal; e nas evidências disponíveis, até o momento, para
o vírus pandêmico (H1N1) 2009.
Prescrição e dispensação não previstas neste Protocolo ficam sob a
responsabilidade conjunta do médico responsável pela prescrição e da autoridade de
saúde local.

4.1.2 Dosagem recomendada

A dose recomendada é de 75mg, duas vezes ao dia, por 5 dias, para adultos. Para
crianças acima de um ano de idade e menor que 12 anos, com menos de 40kg, as doses
variam de acordo com o peso, durante 5 dias, conforme especificação a seguir.

Tabela1: Dosagem por peso e frequência diária.

Fonte: GSK e CDC.

Considerar a possibilidade de utilização de dose dobrada de Oseltamivir (150mg)


de 12 em 12 horas, nas seguintes circunstâncias:
• Insuficiência respiratória, neutropenia, imunossupressão, quimioterapia ou uso de
corticosteróides e obesidade grau III em função da idade; e
• Na insuficiência renal a dose deve ser ajustada ao clearence:
10-30ml/min = 75mg de 24/24h; em hemodiálise = 30mg após a hemodiálise e em
diálise peritoneal = 30mg 1 vez por semana.
73

4.2 Quimioprofilaxia com uso de Oseltamivir

O uso deste medicamento para profilaxia está indicado apenas nas seguintes
situações:
• Os profissionais de laboratório que tenham manipulado amostras clínicas que contenham o
vírus influenza pandêmico (H1N1) 2009 sem o uso de Equipamento de Proteção Individual
(EPI) ou que as utilizaram de maneira inadequada; e
• Os trabalhadores de saúde que estiveram envolvidos na realização de procedimentos
invasivos (geradores de aerossóis) ou na manipulação de secreções de um caso suspeito
ou confirmado de infecção pela influenza pandêmica (H1N1) 2009 sem o uso de EPI ou que
utilizaram EPI de maneira inadequada.

Nesses casos, a dosagem recomendada é de 75mg uma vez ao dia, durante dez
dias após a exposição. Em casos de resistência ao Oseltamivir, deve-se usar o Zanamivir,
medicamento inibidor da neuraminidase, administrado por via inalatória. Está contraindicado
para pessoas com pneumopatias crônicas, devido ao risco de provocar broncoespasmo, e
não é aprovado para uso em crianças com menos de sete anos de idade.

Tratamento
• Pacientes que não apresentem resposta ao Oseltamivir, quando este for introduzido até 48
horas do início dos sintomas, e que estejam em unidade hospitalar.
• Pacientes imunocomprometidos que não apresentaram resposta ao Oseltamivir.

Tabela 2: Tratamento para adulto e ciranças > 7 anos.

Fonte: GSK e CDC.

Quimioprofilaxia com uso de Zanamivir criteriosamente

• Contatos próximos (profissionais de saúde, parentes, etc.) de pacientes que foram


infectados com alguma cepa resistente ao Oseltamivir e comprovada laboratorialmente por
um dos laboratórios de referência.
74

Obs.: Zanamivir é administrado por inalação através de um aparelho Diskhaler fornecido


junto com a medicação. Zanamivir é um pó seco, não um aerossol, e não deve ser
administrado utilizando-se nebulizadores, ventiladores e outros aparelhos normalmente
usados para administrar medicamentos em soluções de aerossol. Zanamivir não é
recomendado para pessoas com doenças respiratórias crônicas, como asma ou doença
pulmonar obstrutiva crônica, que aumentam o risco de broncoespasmo (CDC).

4.3 Informações adicionais

Os pacientes que desenvolvem efeitos colaterais gastrointestinais graves podem


reduzir a absorção oral do Oseltamivir. Porém, atualmente, não há nenhuma evidência
científica para sugerir o aumento da dose ou do tempo de utilização do antiviral, nesta
situação.
Para os pacientes que vomitam até uma hora após a ingestão do medicamento, pode ser
administrada uma dose adicional, conforme esquema anterior.
Tão importante quanto o tratamento específico para a Síndrome Respiratória Aguda Grave é
a adoção oportuna de todas as medidas de suporte clínico ao paciente, segundo avaliação
médica de cada caso, além do uso de medidas não farmacológicas.

Importante:
• Se for afastado o diagnóstico de infecção por qualquer vírus influenza, suspender a
administração do Oseltamivir;
• Na ficha de notificação, atualizar ou incluir no campo informações adicionais as
atualizações sobre data de início do tratamento com Oseltamivir e as medidas
complementares adotadas.
• A notificação de eventos adversos ao medicamento deve ser feita à Anvisa por meio do
endereço eletrônico anvisa@saude.gov.br. Maiores informações acessem
www.anvisa.gov.br.

5. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E CONTROLE

5.1 Informações gerais

Atualmente, as evidências sugerem que o vírus influenza pandêmico (H1N1) 2009


está apresentando uma dinâmica de transmissão semelhante à da influenza sazonal. Sendo
assim, recomendase que sejam instituídas medidas de precaução para gotícula e
75

precaução-padrão na assistência a casos suspeitos e confirmados de infecção pelo vírus


pandêmico (H1N1) 2009 nos serviços de saúde. Entretanto, para procedimentos com risco
de geração de aerossol, devem ser adotadas as seguintes medidas de precaução para
aerossóis e precaução padrão:

5.2 Medidas preventivas

É importante destacar que a adoção de medidas de precaução deve estar sempre


associada a outras medidas preventivas, tais como:
• Frequente higienização das mãos;
• Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
• Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
• Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
• Evitar tocar superfícies com luvas ou outro EPI contaminados, ou com mãos
contaminadas.
As superfícies envolvem aquelas próximas ao paciente (ex.: mobiliário e equipamentos para
a saúde) e aquelas fora do ambiente próximo ao paciente, porém relacionadas ao cuidado
com o paciente (ex.: maçaneta, interruptor de luz, chave, caneta, entre outros);
• Não circular dentro do hospital usando os EPI, que devem ser imediatamente removidos
após a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento; e • Restringir a atuação de
profissionais de saúde com doença respiratória aguda na assistência ao paciente.

Observação: Trabalhadora de saúde grávida deve ser afastada de prestação de


assistência direta a pacientes com SRAG.

6. MEDIDAS NO ATENDI MENTO AMBULATORIA L E


PRONTO ATENDI MENTO

As seguintes medidas devem ser observadas pelos serviços de saúde que prestam
atendimento ambulatorial e pronto atendimento a casos de Síndrome Gripal ou Síndrome
Respiratória Aguda Grave:
• Estabelecer critérios de triagem para identificação e pronto atendimento dos casos, com o
objetivo de reduzir o risco de transmissão na sala de espera para outros pacientes, bem
como priorizar o atendimento dos pacientes com Síndrome Gripal que apresentam fatores
de risco ou sinais de agravamento;
76

• Orientar os profissionais do serviço quanto às medidas de precaução a serem adotadas;


• Colocar máscara cirúrgica nos pacientes suspeitos de Síndrome Gripal e Síndrome
espiratória
Aguda Grave, desde que a situação clínica do caso permita;
• A máscara cirúrgica deve ser utilizada desde o momento da triagem até o
encaminhamento para o hospital de referência, quando indicado, desde que a situação
clínica do caso permita;
• Orientar os pacientes a adotar as medidas de precaução para gotícula e higienizar as
mãos após tossir ou espirrar;
• Prover lenço descartável para higiene nasal na sala de espera;
• Prover lixeira, preferencialmente com acionamento por pedal, para o descarte de lenços e
lixo;
• Prover dispensadores com preparações alcoólicas para as mãos (sob as formas gel ou
solução) nas salas de espera e estimular a higienização das mãos após contato com
secreções
respiratórias;
• Prover condições para higienização simples das mãos: lavatório/pia com dispensador de
sabonete líquido, suporte para papel-toalha, papel-toalha, lixeira com tampa e abertura sem
contato manual;
• Manter os ambientes ventilados;
• Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies do consultório e de outros ambientes
utilizados pelo paciente;
• Realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos e produtos para saúde que tenha sido
utilizado na atenção ao paciente; e
• Se houver necessidade de encaminhamento do paciente para outro serviço de saúde,
notificar previamente o serviço referenciado.

7. ISOLAMENTO NO AMBIENTE HOSPITA LAR

7.1 Isolamento em quarto privativo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda


Grave

O isolamento, quando indicado, deve ser realizado preferencialmente em um quarto


privativo, com vedação na porta e bem ventilado deve ter a duração de até sete dias após o
início dos sintomas, ou até 24 horas após a cessação da febre.
77

7.2 Isolamento por coorte

Considerando-se a possibilidade de aumento do número de casos com


complicações, se o hospital não possuir quartos privativos disponíveis em número suficiente
para atendimento de todos aqueles que requeiram internação, deve-se estabelecer o
isolamento por coorte, ou seja, separar em uma mesma enfermaria ou unidade os pacientes
com infecção por influenza pandêmica (H1N1) 2009.
Se existir um grande número de pacientes infectados, deve-se definir área
específica do hospital para isolamento dos casos. É fundamental que seja mantida uma
distância mínima de um metro entre os leitos.
78

FLUXOGRAMAS GRIPE SUÍNA

PACIENTE REFERINDO SINTOMAS GRIPAIS

NÃO ACOLHIMENTO Síndrome gripal:


tosse, febre, astenia,
rinorréia, coriza
Não é necessário confirmação
laboratorial

Resfriado Comum Avaliação para diagnóstico de


ou outro diagnóstico síndrome gripal
diferencial
- Estabilizar o paciente;
SIM - Encaminhar imediatamente
para o serviço hospitalar
indicado pela SMS/SES;
Sinais de alerta? - Orientações gerais (c) para
- Administrar SIM
(A) os contatos;
sintomáticos (evitar uso de - Notificar o caso de
AAS);
Síndrome Aguda Grave.
- Orientações gerais © SIM “Monitorar o retorno dos pacientes após alta
e sobre sinais de pelo serviço de referência.”
alerta (A) para os
pacientes e seus
contatos; Fatores de risco?
- Realizar (B)
acompanhamento - Avaliar necessidade de
domiciliar ou por encaminhamento para
telefone, se possível serviço de referência
diariamente, por ACS NÃO SIM (seguir orientação da
ou outro profissional SMS/SES);
de saúde e garantir - Indicado a critério
reavaliação do paciente médico o tratamento com
se necessário. OSELTAMIVIR.

OSELTAMIVIR
Fonte: Ministério da Saúde.
Recomendado até 48 h após o início
dos sintomas

ADULTOS: 75 mg, 2x/d por 5 dias


A–Sinais de Alerta B–Fatores de Risco CRIANÇAS: (> 1 ano e até 40 Kg):
- < 15 kg: 30 mg 2x/ d;
- Gestantes; - 15 a 23 Kg: 45 mg 2x/d;
Presença de pelo menos um dos critérios a - Pacientes com doença crônica pulmonar, - 23 a 40 Kg: 60 mg 2x/d.
cardiovascular, renal, hepática, hematológica, Quimioprofilaxia APENAS para profissionais de
seguir: saúde ou de laboratório que manipularem
- Taquipnéia: neiurológica, neuromuscular, metabólica (incluindo secreções sem uso de EPI: 75 mg/ d por 10
* crianças até 2 meses: FR > 60 irpm obesidade [C > 40] e diabetes mellitus); dias
* > 2m e < 12m: FR > 50 irpm - Imunossuprimidos (SIDA; transplantados e Importante: se afastado diagnóstico de
infecção por influenza suspender medicação.
* 1 a 4a: > 40 irpm tratamento crônico com imunossupressores);
Em gestante é considerado é considerado risco
* > 4 anos: FR > 30 irpm - Idade < 2 anos ou > 60 anos. classe C.
* adultos: FR > 25 irpm
- Desidratação C–Orientações Domiciliares para Pacientes
- Batimento de asa de nariz; tiragem Contaminados e Contatos
intercostal, cornagem;
Para pessoas com suspeita de contaminação
- Agravamento dos sinais e sintomas iniciais
- Higienizar as mãos com água e sabonete (ou se possível álcool gel 70%) após tossir,
(febre, mialgia, tosse dispnéia)
espirrar, usar o banheiro e antes de refeições;
- Alteração dos sinais vitais:
- Não compartilhar objetos de uso pessoa e alimentos;
* hipotensão arterial: PAD < 60 mmHg ou
- Permanecer sempre que possível em sua residência;
PAS < 90 mmHg
- Ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
* FC elevada (> 120 bpm)
- Febre (T > 38ºC) persistente por mais de Para familiares e cuidadores
5 dias - Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter ambientes ventilados);
- Oximetria de pulso: saturação O2 < 94% - Higienizar as mãos frequentemente;
(somente se disponível na unidade) - Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente
- Crianças: Cianose, incapacidade de ingerir contamiandas.
líquidos ou qualquer um dos sintomas
Para população em geral
anteriores.
- Não há necessidade de usar máscara;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter os ambientes ventilados).

Fluxograma 11: Paciente referindo sintomas gripais.

Fonte: Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG. Ministério da Saúde.
Brasília /DF. 2010. 26P
79

GESTANTE OU PUÉRPERA COM SUSPEITA CLÍNICA


DE INFLUENZA A (H1N1) (tosse + febre ºC)

-Verificar gravidade do quadro clínico;


- Solicitar Hemograma, Uréia, Creatinina e Radiografa de tórax

Quadro clínico leve e Quadro clínico leve e alteração do


Hemograma, U/Cr e Hemograma* ou de U/Cr ou de
Radiografia de tórax sem Radiografia de tórax**
alterações
OU
* neutrofilia,
Quadro clínico grave: lecocitose,
- Desconforto respiratório leucopenia
- Tratamento medicamentoso antiviral; - Hipotensão
- Isolamento domiciliar por 7 dias (Fluxograma - Desidratação ** infiltrado
Gestante – Algoritmo 2) - Alteração no Hemograma intersticial
- Referenciar para a UBS mais próxima para localizado ou
- Alteração na radiografia de tórax**
área de
acompanhamento e marcar retorno ambulatorial - Vômitos/ Diarréia intensos condensação
para reavaliação em 7 a 14 dias - Doença de base associada (DM, LES,
cardiopatia, asma...)

Contato telefônico em 48 horas Piora dos sintomas

Melhora dos sintomas Quadro clínico inalterado


Internação hospitalar para vigilância
materno-fetal em centro de referência
com UTI adulto e neonatal
Retorno ambulatorial pré-natal Novo contato
de origem em 7 a 14 dias telefônico em 48 horas
OSELTAMIVIR
Recomendado até 48 h após o início
Fonte: Ministério da Saúde. dos sintomas

A–Sinais de Alerta B–Fatores de Risco ADULTOS: 75 mg, 2x/d por 5 dias


CRIANÇAS: (> 1 ano e até 40 Kg):
- Gestantes; - < 15 kg: 30 mg 2x/ d;
- 15 a 23 Kg: 45 mg 2x/d;
Presença de pelo menos um dos critérios a - Pacientes com doença crônica pulmonar, - 23 a 40 Kg: 60 mg 2x/d.
seguir: cardiovascular, renal, hepática, hematológica, Quimioprofilaxia APENAS para profissionais de
- Taquipnéia: neiurológica, neuromuscular, metabólica (incluindo saúde ou de laboratório que manipularem
obesidade [C > 40] e diabetes mellitus); secreções sem uso de EPI: 75 mg/ d por 10
* crianças até 2 meses: FR > 60 irpm dias
* > 2m e < 12m: FR > 50 irpm - Imunossuprimidos (SIDA; transplantados e Importante: se afastado diagnóstico de
* 1 a 4a: > 40 irpm tratamento crônico com imunossupressores); infecção por influenza suspender medicação.
- Idade < 2 anos ou > 60 anos. Em gestante é considerado é considerado risco
* > 4 anos: FR > 30 irpm classe C.
* adultos: FR > 25 irpm
- Desidratação C–Orientações Domiciliares para Pacientes
- Batimento de asa de nariz; tiragem Contaminados e Contatos
intercostal, cornagem;
Para pessoas com suspeita de contaminação
- Agravamento dos sinais e sintomas iniciais
- Higienizar as mãos com água e sabonete (ou se possível álcool gel 70%) após tossir,
(febre, mialgia, tosse dispnéia)
espirrar, usar o banheiro e antes de refeições;
- Alteração dos sinais vitais:
- Não compartilhar objetos de uso pessoa e alimentos;
* hipotensão arterial: PAD < 60 mmHg ou
- Permanecer sempre que possível em sua residência;
PAS < 90 mmHg
- Ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
* FC elevada (> 120 bpm)
- Febre (T > 38ºC) persistente por mais de Para familiares e cuidadores
5 dias - Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter ambientes ventilados);
- Oximetria de pulso: saturação O2 < 94% - Higienizar as mãos frequentemente;
(somente se disponível na unidade) - Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente
- Crianças: Cianose, incapacidade de ingerir contamiandas.
líquidos ou qualquer um dos sintomas
Para população em geral
anteriores.
- Não há necessidade de usar máscara;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter os ambientes ventilados).

Fluxograma 12: Gestante ou Púérpera com suspeita clínica de H1N1.

Fonte: Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG. Ministério da Saúde.
Brasília /DF. 2010. 26P
80

GESTANTE OU PUÉRPERA COM SUSPEITA CLÍNICA


DE INFLUENZA A (H1N1) (tosse + febre ºC)

Avaliação inicial pelo médico clínico/ infectologista/ generalista e


caracterização do ambiente de tratamento
(Fluxograma Atenção Primária à Saúde)

TRATAMENTO TRATAMENTO
AMBULATORIAL HOSPITALAR

Queixas exclusivamente Queixas obstétricas associadas ao


clínicas associadas ao quadro gripal (qualquer idade
quadro de síndrome gestacional):
gripal - Sangramento genital
- Rotura das membranas ovulares
- Trabalho de parto

- Verificar necessidade de avaliação obstétrica


específica imediata após a consulta clínica ou Encaminhar para avaliação
retorno ao pré-natal de origem em 7 a 14 obstétrica específica imediata
dias; após a consulta clínica
- Se a paciente estiver sendo atendida na APS,
referenciar para UBS onde realiza seu pré-
natal, para continuar acompanhamento da
síndrome gripal por 7 a 14 dias.

OSELTAMIVIR
Recomendado até 48 h após o início
Fonte: Ministério da Saúde. dos sintomas

A–Sinais de Alerta B–Fatores de Risco ADULTOS: 75 mg, 2x/d por 5 dias


CRIANÇAS: (> 1 ano e até 40 Kg):
- Gestantes; - < 15 kg: 30 mg 2x/ d;
- 15 a 23 Kg: 45 mg 2x/d;
Presença de pelo menos um dos critérios a - Pacientes com doença crônica pulmonar, - 23 a 40 Kg: 60 mg 2x/d.
seguir: cardiovascular, renal, hepática, hematológica, Quimioprofilaxia APENAS para profissionais de
- Taquipnéia: neiurológica, neuromuscular, metabólica (incluindo saúde ou de laboratório que manipularem
obesidade [C > 40] e diabetes mellitus); secreções sem uso de EPI: 75 mg/ d por 10
* crianças até 2 meses: FR > 60 irpm dias
* > 2m e < 12m: FR > 50 irpm - Imunossuprimidos (SIDA; transplantados e Importante: se afastado diagnóstico de
* 1 a 4a: > 40 irpm tratamento crônico com imunossupressores); infecção por influenza suspender medicação.
- Idade < 2 anos ou > 60 anos. Em gestante é considerado é considerado risco
* > 4 anos: FR > 30 irpm classe C.
* adultos: FR > 25 irpm
- Desidratação C–Orientações Domiciliares para Pacientes
- Batimento de asa de nariz; tiragem Contaminados e Contatos
intercostal, cornagem;
Para pessoas com suspeita de contaminação
- Agravamento dos sinais e sintomas iniciais
- Higienizar as mãos com água e sabonete (ou se possível álcool gel 70%) após tossir,
(febre, mialgia, tosse dispnéia)
espirrar, usar o banheiro e antes de refeições;
- Alteração dos sinais vitais:
- Não compartilhar objetos de uso pessoa e alimentos;
* hipotensão arterial: PAD < 60 mmHg ou
- Permanecer sempre que possível em sua residência;
PAS < 90 mmHg
- Ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
* FC elevada (> 120 bpm)
- Febre (T > 38ºC) persistente por mais de Para familiares e cuidadores
5 dias - Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter ambientes ventilados);
- Oximetria de pulso: saturação O2 < 94% - Higienizar as mãos frequentemente;
(somente se disponível na unidade) - Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente
- Crianças: Cianose, incapacidade de ingerir contamiandas.
líquidos ou qualquer um dos sintomas
Para população em geral
anteriores.
- Não há necessidade de usar máscara;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter os ambientes ventilados).

Fluxograma 13: Gestante ou Púérpera com suspeita clínica de H1N1.

Fonte: Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG. Ministério da Saúde.
Brasília /DF. 2010. 26P
81

ANAMNESE
EXAME CLÍNICO
OXIMETRIA

NÃO Fator de risco e/ou sinal de alerta

SIM

- OSELTAMIVIR (se inicia há menos de 48 h).


- Alta com monitoramento - Avaliar entrada em protocolo de sepse.
- Encaminhar para a APS (para
garantir continuidade do cuidado)

Exames complementares alternados?


NÃO
(radiografia de Tórax; Hemograma; Saturação O2 < 92%; outros)

SIM

NÃO Choque? SIM

- Internar e avaliar agravamento - Acionar regulação para CTI


- Avaliar intubação traqueal - Reposição volêmica
- Avaliar sinais vitais e eximetria - Drogas vasoativas

OSELTAMIVIR
Recomendado até 48 h após o início
Fonte: Ministério da Saúde. dos sintomas

A–Sinais de Alerta B–Fatores de Risco ADULTOS: 75 mg, 2x/d por 5 dias


CRIANÇAS: (> 1 ano e até 40 Kg):
- Gestantes; - < 15 kg: 30 mg 2x/ d;
- 15 a 23 Kg: 45 mg 2x/d;
Presença de pelo menos um dos critérios a - Pacientes com doença crônica pulmonar, - 23 a 40 Kg: 60 mg 2x/d.
seguir: cardiovascular, renal, hepática, hematológica, Quimioprofilaxia APENAS para profissionais de
- Taquipnéia: neiurológica, neuromuscular, metabólica (incluindo saúde ou de laboratório que manipularem
obesidade [C > 40] e diabetes mellitus); secreções sem uso de EPI: 75 mg/ d por 10
* crianças até 2 meses: FR > 60 irpm dias
* > 2m e < 12m: FR > 50 irpm - Imunossuprimidos (SIDA; transplantados e Importante: se afastado diagnóstico de
* 1 a 4a: > 40 irpm tratamento crônico com imunossupressores); infecção por influenza suspender medicação.
- Idade < 2 anos ou > 60 anos. Em gestante é considerado é considerado risco
* > 4 anos: FR > 30 irpm classe C.
* adultos: FR > 25 irpm
- Desidratação C–Orientações Domiciliares para Pacientes
- Batimento de asa de nariz; tiragem Contaminados e Contatos
intercostal, cornagem;
Para pessoas com suspeita de contaminação
- Agravamento dos sinais e sintomas iniciais
- Higienizar as mãos com água e sabonete (ou se possível álcool gel 70%) após tossir,
(febre, mialgia, tosse dispnéia)
espirrar, usar o banheiro e antes de refeições;
- Alteração dos sinais vitais:
- Não compartilhar objetos de uso pessoa e alimentos;
* hipotensão arterial: PAD < 60 mmHg ou
- Permanecer sempre que possível em sua residência;
PAS < 90 mmHg
- Ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
* FC elevada (> 120 bpm)
- Febre (T > 38ºC) persistente por mais de Para familiares e cuidadores
5 dias - Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter ambientes ventilados);
- Oximetria de pulso: saturação O2 < 94% - Higienizar as mãos frequentemente;
(somente se disponível na unidade) - Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente
- Crianças: Cianose, incapacidade de ingerir contamiandas.
líquidos ou qualquer um dos sintomas
Para população em geral
anteriores.
- Não há necessidade de usar máscara;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter os ambientes ventilados).

Fluxograma 14: Anamnese, exame clínico e oxímetria.

Fonte: Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG. Ministério da Saúde.
Brasília /DF. 2010. 26P
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FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA, RADIOGRAFIA DE TÓRAX, LDH,


SATURAÇÃO O2 < 94%, HEMOGRAMA, LACTATO E OUTROS

NÃO Algum acima alterado? SIM

Observar por TRATAMENTO


12 horas HOSPITALAR

Exame clínico, Internar


sinais vitais,
oximetria de 2/ 2 h

NÃO

- Gasometria arterial
- Oxigênio (60 FIO2)
Melhora clínica?
- OSELTAMIVIR

SIM
SpO2 > 94% SpO2 < 94%

- Orientações gerais (C) e sobre sinais de alerta


(A) para os pacientes e seus contatos
- Realizar acompanhamento domiciliar ou por
telefone, se possível diariamente, por ACS ou Observação com Intubação
outro profissional de saúde e garantir oxigenoterapia traqueal
reavaliação do paciente se necessário

OSELTAMIVIR
Recomendado até 48 h após o início
Fonte: Ministério da Saúde.
dos sintomas

A–Sinais de Alerta B–Fatores de Risco ADULTOS: 75 mg, 2x/d por 5 dias


CRIANÇAS: (> 1 ano e até 40 Kg):
- Gestantes; - < 15 kg: 30 mg 2x/ d;
- 15 a 23 Kg: 45 mg 2x/d;
Presença de pelo menos um dos critérios a - Pacientes com doença crônica pulmonar, - 23 a 40 Kg: 60 mg 2x/d.
seguir: cardiovascular, renal, hepática, hematológica, Quimioprofilaxia APENAS para profissionais de
- Taquipnéia: neiurológica, neuromuscular, metabólica (incluindo saúde ou de laboratório que manipularem
obesidade [C > 40] e diabetes mellitus); secreções sem uso de EPI: 75 mg/ d por 10
* crianças até 2 meses: FR > 60 irpm dias
* > 2m e < 12m: FR > 50 irpm - Imunossuprimidos (SIDA; transplantados e Importante: se afastado diagnóstico de
* 1 a 4a: > 40 irpm tratamento crônico com imunossupressores); infecção por influenza suspender medicação.
- Idade < 2 anos ou > 60 anos. Em gestante é considerado é considerado risco
* > 4 anos: FR > 30 irpm classe C.
* adultos: FR > 25 irpm
- Desidratação C–Orientações Domiciliares para Pacientes
- Batimento de asa de nariz; tiragem Contaminados e Contatos
intercostal, cornagem;
Para pessoas com suspeita de contaminação
- Agravamento dos sinais e sintomas iniciais
- Higienizar as mãos com água e sabonete (ou se possível álcool gel 70%) após tossir,
(febre, mialgia, tosse dispnéia)
espirrar, usar o banheiro e antes de refeições;
- Alteração dos sinais vitais:
- Não compartilhar objetos de uso pessoa e alimentos;
* hipotensão arterial: PAD < 60 mmHg ou
- Permanecer sempre que possível em sua residência;
PAS < 90 mmHg
- Ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
* FC elevada (> 120 bpm)
- Febre (T > 38ºC) persistente por mais de Para familiares e cuidadores
5 dias - Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter ambientes ventilados);
- Oximetria de pulso: saturação O2 < 94% - Higienizar as mãos frequentemente;
(somente se disponível na unidade) - Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente
- Crianças: Cianose, incapacidade de ingerir contamiandas.
líquidos ou qualquer um dos sintomas
Para população em geral
anteriores.
- Não há necessidade de usar máscara;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter os ambientes ventilados).

Fluxograma 15: Frequencia respiratória, radiografia de tórax, LDH, saturação O2 < 94%,
hemograma, lactato e outros.

Fonte: Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG. Ministério da Saúde.
Brasília /DF. 2010. 26P
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TELEFONES E LINKS ÚTEIS

Informações à população e aos profissionais de saúde, das 8h às 19h, em dias

úteis

• Gerência Regional de Saúde: 3214-4600

• Notificação de emergências

 Vigilância Epidemiológica : 3231-4080 / 3253-5444

 Ouvidoria :0800-940-1480

• sms@uberlandia.mg.gov.br
84

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