Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Uberlândia/MG
2
Prefeito
Secretário
Uberlândia/MG, 2010.
3
Uberlândia/MG
Agosto - 2010.
4
Endereço:
Av. Anselmo Alves dos Santos, 600
Bairro Santa Mônica
CEP 38.408-150
Telefone: (34) 3229-26645 / (34) 3239-2665
FAX: (.34) 3239-2419
E-mail: sms@uberlandia.mg.gov.br
Site: www.uberlandia.mg.gov.br
1ª Edição, 2010.
FICHA CATALOGRÁFICA
LISTAS DE QUADROS
Quadro 2: Distribuição dos agentes etiológicos de meningites por faixa etária. .......15
Quadro 3: Distribuição dos agentes etiológicos de meningites por faixa etária. .......16
Quadro 14: Esquema para profilaxia do tétano de acordo com estado vacinal e
tipos de ferimentos. ...............................................................................................................32
Quadro 20: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV pós-violência sexual em
pacientes adultos. .................................................................................................................46
6
Quadro 21: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV pós-violência sexual em
crianças e adolescentes. .....................................................................................................47
Quadro 22: Esquema para profilaxia das DST não-virais pós-violência sexual em
mulheres adultas e adolescentes com mais de 45 Kg não-gestantes. .........................48
Quadro 24: Esquemas alternativos para profilaxia das DST não-virais em gestantes,
crianças e adolescentes. .....................................................................................................49
LISTAS DE FLUXOGRAMAS
Quadro 17: Ficha de triagem para detecção de pacientes com quadro de sepse
grave........................................................................................................................................37
Fluxograma 8: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV nos diversos tipos de
exposição ocupacional........................................................................................................42
Fluxograma 10: Uso do teste rápido Anti-HIV utilizado nos casos de violência sexual.
..................................................................................................................................................47
LISTAS DE TABELAS
SUMÁRIO
DIARRÉIA..................................................................................................................................11
MENINGITE BACTERIANA .......................................................................................................15
PARASITOSES INTESTINAIS .......................................................................................................18
INFECÇÕES DE PELE E PARTES MOLES ..................................................................................22
PNEUMONIA COMUNITÁRIA DO ADULTO (PAC)................................................................23
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU) .................................................................................29
TUBERCULOSE – BIOSSEGURANÇA E PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA ..................................31
PROFILAXIA DO TÉTANO ........................................................................................................32
MORDEDURAS HUMANAS E DE ANIMAIS DOMÉSTICOS ....................................................33
(Cães e Gatos) .......................................................................................................................33
SEPSE (Sepse, Sepse Grave e Choque Séptico)................................................................34
NEUTROPENIA FEBRIL EM ADULTO ........................................................................................38
ESQUEMA EMPÍRICO PARA NEUTROPENIA FEBRIL PARA ADULTOS ..................................39
NEUTROPENIA FEBRIL EM PEDIATRIA .....................................................................................40
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO ............................................................................41
CONDUTAS PÓS-EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ...................................................................43
VIOLÊNCIA SEXUAL.................................................................................................................46
PROFILAXIA PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL: HIV ...........................................................................46
PROFILAXIA PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL: DSTs .........................................................................48
PROFILAXIA PÓS-VIOLÊNCIA SEXUAL: TÉTANO ...................................................................50
DOSES DE ANTIMICROBIANOS ..............................................................................................52
DOSES DE ANTIMICROBIANOS DE ACORDO COM O CLEARANCE DE CREATININA.....56
USO DE ANTI-INFECCIOSOS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO .................................................59
CONTINGÊNCIA DA DENGUE ...............................................................................................63
PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE –
SRAG ........................................................................................................................................66
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................66
1. DEFINIÇÃO DE CASO DE SÍNDROME RESPIRAT ÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG)...........67
2. MANEJO CLÍNICO ..............................................................................................................68
2.1 Informações gerais .............................................................................................................68
2.2 Grupos e fatores de risco para complicações por influenza pandêmica (H1N1)
2009 ..........................................................................................................................................69
10
DIARRÉIA
DIARRÉIA
AGENTE INFECCIOSO
DIARRÉIA
RECOMENDAÇÕES:
1. Iniciar re-hidratação oral (sempre que possível).
2. Avaliação clínica: estabelecer a gravidade e o diagnóstico diferencial:
- Desidratação profusa;
- Sintomas e sinais de hipovolemia;
- Diarréia com febre ou sanguinolenta;
- Extremos de idade (crianças e idosos);
- Imunocomprometidos (AIDS, DM, IRC, câncer, quimioterapia, radioterapia, uso de
corticóide, transplantados, hepatopatas);
- Características das fezes (freqüência e quantidade);
12
-História de viagem;
-Ingesta de carne crua ou mal cozida, frutos do mar, leite cru;
-Contato com pessoas doentes;
-Uso de medicamentos.
⇒ Casos que necessitem de internação hospitalar sempre considerar a necessidade de
interconsulta com Infectologista da UAI de abrangência, sobretudo no grupo de
Imunocomprometidos.
13
*Tratar somente casos graves ou pacientes com menos de 6 anos ou mais de 50 anos, doença valvar,
aterosclerose grave, neoplasia ou uremia.
**Não tratar E. coli êntero-hemorrágica.
***Tratar somente casos graves ou associados à bacteremia.
****Quinolonas não são aprovadas para tratamento menores de 18 anos.
15
MENINGITE BACTERIANA
Definição:
Manifestação clínica:
A apresentação clínica clássica nos adultos consiste em cefaléia, febre e meningismo
(rigidez de nuca, sinais de Kernig e Brudzinski), muitas vezes com sinais de disfunção
cerebral (85% dos casos).
No RN e no lactente os sinais meníngeos não estão presentes pela imaturidade do sistema
nervoso e do tônus, tornando o diagnóstico baseado em irritabilidade, recusa alimentar,
crise convulsiva, apnéia e instabilidade térmica.
⇒ Para pesquisar o Sinal de Kernig, com o paciente em decúbito dorsal, o examinador
flete a coxa do paciente sobre o quadril em 90ºC e em seguida procura estender a
perna sobre a coxa. Se há irritação radicular nota-se contratura dos músculos
posteriores da coxa que causa dor e impede a conclusão da manobra.
⇒ Para pesquisar o Sinal de Brudzinsk, o examinador tenta elevar a cabeça do paciente
fletindo-a sobre o peito. O paciente flete involuntariamente as coxas.
MENINGITES EM ADULTOS
Observação: Alguns estudos sugerem que o uso de corticóide (dexametasona 0,15 mg/ kg/ dose
de 6/ 6 h por 4 dias) possa melhorar o prognóstico da meningite por S. pneumoniae. Se o
corticóide for utilizado, a vancomicina deverá ser evitada, pois sua penetração no líquor estará
diminuída.
Abordagem diagnóstica:
⇒ O diagnóstico precoce é essencial, uma vez que o atraso no tratamento está associado a
um pior prognóstico.
⇒ Diante da suspeita clínica, deve-se sempre proceder à punção lombar, salvo as raras
contra-indicações (infecção no local de punção, presença de sinais neurológicos focais,
suspeita de HIC grave e papiledema).
⇒ O LCR compatível com meningite bacteriana tem aumento importante de celularidade
(geralmente maior que 1.000 células por ml) com predomínio de polimorfonucleares,
proteínas elevadas e glicose baixa.
17
Coloraçã
Tipo de Aspecto do Citometri Citologi o com a
Glicose Proteínas Cultura
Meningite líquor a a tinta da
China
Líquor 2/3 da
Claro 0a5 - < 40 mg/ dl Negativa -
normal glicemia
Meningite
Turvo ou
bacteriana > 500 PMN Diminuída > 40 mg/ dl Positiva -
purulento
aguda
Meningite
bacteriana Negativa
Claro ou PMN ou Diminuída Normal ou
aguda em < 500 ou -
pouco turvo MN ou normal aumentada
uso de Positiva
antibiótico
Meningite
Claro ou Positiva
tuberculos < 500 MN Diminuída > 40 mg/ dl -
pouco turvo (rara)
a
Meningite Diminuída
Claro < 500 MN > 40 mg/ dl Negativa Positiva
fúngica ou normal
Meningite
Claro < 500 MN Normal > 40 mg/ dl Negativa -
viral
ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA
FAIXA ETÁRIA ANTIMICROBIANO ANTIMICROBIANO ALTERNATIVO
• Cefalosporina de 3ª geração
• Ampicilina + Aminoglicosídeo
< 2 meses (cefotaxima ou ceftriaxone) +
(Gentamicina ou amicacina)
Ampicilina
2 meses a 5 anos • Ceftriaxona • Cloranfenicol
> 5 anos • Ceftriaxona • Penicilina ou Cloranfenicol
Trauma ou • Vancomicina + cefalosporina
• Vancomicina + meropenem
neurocirurgia antipseudomonas
PARASITOSES INTESTINAIS
Princípios gerais:
Tratamento de parasitoses associadas:
a) Tratar inicialmente a parasitose potencialmente mais grave;
b) Observar anti-parasitários polivalentes;
c) A eficácia das drogas é menor quando utilizadas na vigência de multi-
parasitoses;
d) Não tratar: I. büstschlii; E. coli; E. nana; C. mesnili; T. hominis.
APRESENTAÇÃO CONTROLE
PARASITOSE ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
COMERCIAL DE CURA
Forma intestinal assintomática
Etofamida
®
500 mg, 2 x ao dia, 3 dias Kitnos 500 mg/ cp
7, 14 e 21
OU
dias
Teclosan ®
Falmonox 100 mg/ cp
100 mg, 3 x ao dia, 5 dias
Intestinal sintomática / extra-intestinal
Metronidazol genérico 250 mg/
Metronidazol 500 a 750 mg, 3 x ao cp ou 400 mg/ cp ou susp. Oral
dia, 10 dias ou 20 a 40 mg/ Kg/ dia, – 40 mg/ ml genérico 250 mg ou
AMEBÍASE em 3 doses, 10 dias 400 mg/ PC ou susp. Oral 40
(Entamoeba mg/ ml
histolytica) Tinidazol, 2 g ou 50 mg/ Kg, dose ® ®
Pletil / Ampliuml / 500 mg/ cp
única
®
Nimorazol, 2 g ou 50 mg/ Kg, dose Nagoxim 500 mg/ cp ou susp. 7, 14, 21 e
única OU Oral 250 mg/ 10 ml 28 dias
Ornidazol, 2 g ou 50 mg/ Kg dose
única OU
®
Secnidazol Secnidal ou Secnidazol
2 g ou 50 mg/ Kg, dose única genérico 500 mg ou 1 g/ cp
ASSOCIADO A: (ministrar final)
®
Etofamida OU Kitnos 500 mg/ cp
®
Teclosan Falmonox 100 mg/ cp
Metronidazol
250 mg, 3 vezes ao dia Metronidazol genérico
OU 250 mg/ cp ou 400 mg/ cp ou
15 mg/ Kg/ dia em 3 doses por 7 a 10 susp. Oral – 40 mg/ ml
dias OU
Tinidazol
GIARDÍASE ®
2 g ou 50 mg/ Kg, dose única Pletil / Amplium 500 mg/ cp 7, 14 e 21
(Giardia lamblia/
OU dias
intestinalis)
Nimorazol. 2 g ou 50 mg/ Kg, dose ®
Falmonox 100 mg/ cp
única OU
Ornidazol, 2 g ou 50 mg/ Kg, dose
única OU
®
Secnidazol, 2 g ou 50 mg/ Kg, dose Secnidal ou Secnidazol®
única genérico 500 mg ou 1 g/ cp
19
…continuação.
ALTERNATIVAS DE CONTROLE DE
PARASITOSE APRESENTAÇÃO COMERCIAL
TRATAMENTO CURA
®
Albendazol, 400 mg/ dia, 5 dias Albendazol genérico ou Zentel 400
OU mg/ cp ou susp. Oral 40 mg/ ml
Nitazoxanida
500 mg 2 x/dia, ®
Annita 500 mg/ cp
Crianças: 7,5 mg/ Kg 2 x/ dia
por 3 dias
Sulfametoxazol + trimetropim*
50 mg/ Kg/ dia (S) e
10 mg/ Kg/ dia (T), 15 dias
Bactrim, Infectrim, genérico 400 mg
25 mg/ Kg/ dia (S) e
(S) + 80 mg (T)/ cp ou susp. Oral 200
5 mg/ Kg/ dia (T), 28 dias por 6
mg (S)/ 5 ml + 40 mg (T)/ 5 ml
ISOSPORÍASE a 8 semanas
7, 14 e 21 dias
(Isospora belli) *Recaídas em 45% dos casos
OU
Sulfadiazina
100 mg/ Kg/ dia + Sulfadiazina 500 mg/ cp
Pirimetamina 25 mg/ dia por 6 Daraprim® 25 mg/ cp
a 8 semanas
Baixos índices de
cura
parasitológica.
Melhora clínica
Azitromicina 500 mg, VO
Apresentações comerciais diversas transitória em
CRIPTOSPORIDÍASE 2 x/ dia, 14 a 28 dias
alguns casos. Boa
(Cryptosporidium SP)
eficácia em
pacientes com
3
CD4 > 200/ mm
Nitazoxanida ®
Annita 500 mg/ cp
500 mg 2 x/ dia, 3 dias
Imunocompetente
Bactrim, Infectrim, genérico 400 mg
Sulfametaxazol + trimetropim
(S) + 80 mg (T)/ cp ou susp. oral 200
800 mg (S) + 160 mg (T),
mg (S)/ 5 ml + 40 mg (T)/ 5 ml
2 x ao dia, 7 dias
CICLOSPORÍASE
Imunodeprimido
(Cyclospora
Sulfametaxazol + trimetropim
cayetanensis) Bactrim, Infectrim, genérico 400 mg
(Ataque) 800 mg (S) + 160 mg
(S) + 80 mg (T)/ cp ou susp. oral 200
(T), 4 x ao dia, 10 dias
mg (S)/ 5 ml
(Manutenção) 800 mg (S) +
160 mg (T), 3 x/ semana
MICROSPORÍASE
Eficaz para E.
(Enterocytozoon ®
Albendazol 400 mg, 3 x/ dia por Zentel ou Albendazol genérico ou intestinalis;
bieneusi,
2 – 4 semanas 400 mg/ cp ou susp. oral 40 mg/ ml eficácia duvidosa
Encephalitozoon
para E. bieneusi
intestinalis)
Tetraciclina 30 a 50 mg/ Kg/dia
®
durante 10 dias Tentrex 500 mg/ cp
BALANTIDÍASE
Evitar em crianças OU 7, 14 e 21 dias
(Balantidium coli)
Metronidazol Metronidazol genérico 250 mg ou
20 mg/ Kg/ dia durante 7 dias 400 mg/ cp ou susp. oral – 40 mg/ ml
Metronidazol
Metronidazol genérico 250 mg ou
250 mg, 3 x ao dia,
DIENTAMEBÍASE 400 mg/ cp ou susp. oral – 40 mg/ ml
7 a 10 dias 7, 14 e 21 dias
(Dietamoeba fragilis) (gen) 250 mg ou 400 mg/ cp ou
15 mg/ Kg/ dia, em 3 tomadas,
susp. Oral 40 mg/ ml
7 a 10 dias
20
…continuação.
APRESENTAÇÃO CONTROLE
PARASITOSE ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
COMERCIAL DE CURA
Metronidazol genérico 250 mg/
Metronidazol
cp ou 400 mg/ cp ou susp. oral –
500 a 750 mg, 3 x ao dia,
BLASTOCISTOSE 40 mg/ ml (gen) 250 mg ou 400 7, 14 e 21
10 dias OU
(Blastocystis hominis) mg/ cp ou susp. oral 40 mg/ ml dias
Nitazoxanida ®
Annita 500 mg/ cp
500 mg 2 x/ dia, 3 dias
Albendazol ®
ANCILOSTOMÍASE Zentel ou Alendazol genérico
400 mg, dose única, repetida após 7
(Ancylostoma 400 mg/ cp 7, 14 e 21
dias OU
duodenale, Necator ® dias
Nitazoxanida Pantelmin ou Mebendazol
americanus)
500 mg 2 x/ dia, 3 dias (genérico) 100 mg/ cp
Formas Habituais
Ivermectina ®
Revectinal 6 mg/ cp
200 mc/ Kg, dose única OU
®
ESTRONGILOIDÍASE Cambendazol Cambem 180 mg/ cp,
8, 9 e 10
(Strongyloides 5 mg/ Kg, dose única OU 6 mg/ ml susp. oral
® dias (ou) 7,
stercoralis) Tiabendazol Thiabem ou Tiabendazol
14 e 21 dias
25 mg/ Kg/ dose, 2 x ao dia, genérico
2 dias (máximo de 3,0 g/ dia) 500 mg/ cp ou
Repetir após 10 a 15 dias 250 mg/ cp susp. oral
Hiper-Infecção
Ivermectina ®
Revectinal 6 mg/ cp
200 mg/ Kg dia, 2 dias OU
Tiabendazol ®
Thiabem ou Tiabendazol
25 mg/ Kg/ dose, 2 x ao dia,
ESTRONGILOIDÍASE genérico Até
5 a 7 dias OU
(Strongyloides 500 mg/ cp ou negativação
500 mg/ dia durante 30 dias OU
stercoralis) 250 mg/ cp susp. oral do exame de
Repetir após 10 a 15 dias
fezes
Cambendazol ®
Cambem
5 mg/ Kg, dose única semanal, 3 a5
180 mg/ cp
semanas, dependendo da evolução
6 mg/ ml susp. oral
clínica
Forma Habitual
Levamizol
Adultos: 150 mg, dose única Ascaridil 80 mg ou 7, 14 e 21
Crianças: 80 mg, dose única 150 mg/ cp dias
OU
®
Albendazol (gen) ou Zentel
Albendazol
400 mg/ cp ou susp. Oral 40 mg/
400 mg, dose única
ml
Oclusão / sub-oclusão intestinal
ASCARIDÍASE
Diante do
(Ascaris lumbricoides)
insucesso do
tratamento
Hexa-hidrato de piperazina 100 mg/
“Solução de piperazina com licor clínico,
Kg + 50 ml de óleo mineral por SNG
de aneixa” abordagem
após 24 h : 50 mg/ Kg + 50 ml de
(Laborsil – 500 mg/ 5 ml) ou cirúrgica
óleo mineral dose máxima diária de
Vermifran 500 mg/ 5 ml) com
piperazina: 6g
remoção
manual dos
vermes
®
TENÍASES Cestox
Praziquantel 10 mg/ Kg, dose única
(T. solium, T. saginata) 150 mg/ cp
21
… continuação
APRESENTAÇÃO CONTROLE
PARASITOSE ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
COMERCIAL DE CURA
Tamização
das fezes de
24 h após o
Clorossalicilamida ® tratamento
Atenase
Adultos: 2 g (escolex) ou
500 mg/ cp
Crianças: 1 g, dose única idem 90 dias
após o
tratamento
(proglotes)
Praziquantel ®
Cestox
25 mg/ Kg, dose única
150 mg/ cp
HIMENOLEPÍASE Repetir após 10 dias OU 7, 14 e 21
(H. nana, H. diminuta) Clorossalicilamida ® dias
Atenase
Adultos: 2 g; crianças: 1 g, 1 x/ dia,
500 mg/ cp
durante 6 dias consecutivos
®
Zentel ou Albendazol genérico
Albendazol
ou 400 mg/ cp ou susp. Oral 40
400 mg em dose única OU
mg/ ml
TRICURÍASE ® 7, 14 e 21
Pantelmin
(Trichuris trichiura) dias
Mebendazol Mebendazol genérico
100 mg, dose única OU 100 mg/ cp ou susp. Oral 20 mg/
ml
®
Zentel ou Albendazol genérico
Albendazol Swab anal a
ou 400 mg/ cp ou susp. Oral 40
400 mg, dose única OU partir do dia
ENTEROBÍASE mg/ ml
8 pós
(Enterobius Pamoato de pirvínio
® tratamento,
vermiculares) 10 mg/ Kg, dose única (não Pyr-pam 100 mg/ cp e susp.
durante 7
absorvido; pode ser utilizado durante Oral 50 mg/ 5 ml
dias
a gestação
Oxamniquina
® 6 coprosco-
Adultos: 12,5 a 15 mg/ Kg, dose Mansil 250 mg/ cp e susp. Oral
pias
única; 50 mg/ ml
ESQUISTOSSOMOSE mensais, a
Crianças: 20 mg/ Kg, dose única OU
(Schistosoma mansoni) ® partir do 45º
Cisticid 500 mg/ cp (uso
Praziquantel dia pós-
hospitlar)
40 a 60 mg/ Kg, dose única ® tratamento
Cestox 150 mg/ cp
TRATAMENTO
DOENÇA AGENTES ALTERNATIVA COMENTÁRIOS
1ª ESCOLHA
Difícil diferenciar
Streptococcus • Azitromicina 500 mg,
• Cefalexina 500 mg, impetigo
IMPETIGO grupo A VO, 1 x/ dia por 5
VO, 6/ 6 h, por 7 dias estafilocócico de
S. aureus dias
estreptocócico
• Cefalexina 500 mg,
Streptococcus VO, 6/ 6 h, por 7 dias • Clindamicina 600 Internar se sinais
grupo A • Cefazolina 1 g, IV , mg, IV 8/ 8 h, 7 dias sistêmicos, lesão
ERISIPELA
S. aureus (mais 8/ 8 h, 7 dias ou 300 mg, VO, extensa ou
raramente) • Pen. Cristalina 12 6/ 6 h, 7 dias comorbidades
milhões U/ dia
• Cefalexina 500 mg, Internar se sinais
VO 6/ 6 h, 7 dias • Clindamicina 600 sistêmcios, lesão
Streptococcus
• Cefazolina 1 g, IV, mg, IV, 8/ 8 h, 7 dias extensa ou
CELULITE grupo A
8/ 8 h, 7 dias ou 300 mg, VO, 6/ 6 comorbidades.
S. aureus
• Oxacilina 2g, IV, h, 7 dias Solicitar
4/ 4 h, 7 dias hemocultura.
Quadro 7: Tratamento das principais infecções de pele e partes moles de acordo com os
agentes etiológicos.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
23
ESCORE 0 1 OU 2 3 OU 4
GRUPO 1
GRUPO 1 GRUPO 1
Mortalidade
Mortalidade BAIXA: Mortalidade ALTA:
INTERMEDIÁRIA:
1,2% 31%
8,15%
TRATAMENTO AVALIAÇÃO
AMBULATORIAL HOSPITALIZAÇÃO
NO
URGENTE
HOSPITAL
Pneumonia Hospitalar
Não associada à ventilação Mecânica
Sem Uso Prévio ATM Com Uso Prévio ATM*
Cefalosporina 3ª ger. Ou quinolona respiratória Cefalosporina 3ª / 4ª ger. anti-pseudomonas*
Obs.: Se aspiração, considerar associação com + MRSA? (Casos Graves)
clindamicina ou metronidazol
Pneumonia Hospitalar
Associada à ventilação Mecânica
Momento do
diagnóstico
Sem uso prévio ATM Com uso prévio ATM*
clínico-
radiológico
Cefalosporina de 3ª/4ª Cefalosporina 3ª/4ª
Precoce (< 5 Ceftriaxona ou Cefepima ou
geração anti-pseudomonas* ger. ou anti-
dias ventilação quinolona piperacilina-
ou piperacilina-tazobactam* pseudomonas* +
mecânica) respiratória tazobactam
+ MRSA MRSA
Cefalosporina 3ª/4ª Cefalosporina
Cefalosporina 3ª/4ª
Tardio (> 5 dias geração anti- Cefalosporina 3ª/4ª geração 3ª/4ª ger. anti-
geração anti-
ventilação pseudomonas ou anti-pseudomaonas* ou pseudomonas*
pseudomonas* ou
mecânica) piperacilina- carbapenem + MRSA ou carbapenem*
carbapenem + MRSA
tazobactam + MRSA?
CO-MORBIDADES CONSIDERAR
Anaeróbio - opções de tratamento:
• Amoxicilina – clavulanato
Etilismo, dentes precários, aspiração
• Clindamicina
• Metronidazol
Etilismo,insuficiência hepática, diabetes, • Bacilos Gram-negativos
neoplasias, idoso • Não prescrever macrolídeos isoladamente
S. aureus, H. influenzae, S. pneumoniae, P.
Bronquiectasia, fibrose cística, internação prévia
aeruginosal
Flora mista – anaeróbios, bactérias gram-positivas
Abscesso pulmonar
e negativas
S. pneumoniae, Pneumocystis jiroveci, M.
AIDS
tuberculosis
*Comentários: usar em casos graves com pO2 < 70 mmHg: Prednisona 40 mg, VO, 12 / 12 h e redução
escalonada por pelo menos 3 semanas. Pacientes com HIV / AIDS devem fazer profilaxia secundária com SMX /
TMP: 800 – 160 mg/ dia até contagem de células. CD4+ > 200 céls/ ml por mais de 3 meses.
29
Bacteriúria assintomática:
⇒ Caracterizada pela presença de bactérias na urocultura (>100.000UFC por ml) e
ausência de sinais e sintomas de infecção.
⇒ Indicação de tratamento: paciente com risco de desenvolver bacteremia:
• Transplante de órgãos sólidos;
• Granulocitopenia;
• Gravidez;
• Pré-operatório de cirurgias urológicas;
• Pré-operatório de colocação de prótese.
⇒ Tratamento de acordo com o antibiograma durante 05 dias.
2) MULHER NÃO-GRÁVIDA
→ A ITU não complicada em mulheres não-grávidas geralmente não requer realização de
exames laboratoriais.
→ Iniciar tratamento empírico via oral.
→ ATB: Norfloxacino, 400mg duas vezes ao dia; Nitrofurantoína, 100mg de 6 em 6 h., ou
Cefalexina, 500 mg, de 6 em 6 h.;
→ Duração: Três (03) dias.
→ Na ausência de melhora clínica, realizar Urina tipo 1 e cultura.
→ Bactéria resistente a droga utilizada, fazer novo tratamento por 3 dias, de acordo com
o antibiograma.
→ Bactéria sensível à droga utilizada, deve reavaliar o caso.
→ Cultura negativa: Fazer nova cultura em 48 h sem antibiótico, se persistir negativa,
solicitar ou encaminhar para especialista e cogitar tratar Chlamydia trachomatis,
Ureaplasma urealitycum, Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis (Doxiciclina 100mg,
2 x/ dia, por 7 dias, ou Azitromicina 1 g, dose única).
3) HOMEM
→A ITU nos pacientes do sexo masculino está frequentemente associada à hiperplasia
prostática.
→Solicitar EAS, urocultura e exame clínico da próstata.
→Tratamento de acordo com antibiograma por 7 (sete) dias.
→Sempre encaminhar para avaliação urológica.
30
→ATB:
• Aminoglicosídeos (Gentamicina 5 mg/kg/dia ou Amicacina 15mg/kg/dia).
• Quinolonas (Ciprofloxacina 400mg IV ou 500 mg VO 2 vezes ao dia ou Levofloxacina
500 mg/dia VO ou IV).
• Ceftriaxona 1 g IV 12/12 hs.
OBS: Para gestantes, pacientes com insuficiência renal ou de risco de adquiri-la e com
idade maior
que 65 anos usar de preferência cefalosporina (Ceftriaxone).
Duração do tratamento: 10 a 14 dias.
Proteção respiratória:
- Profissionais de Saúde devem utilizar máscara N95 (equivalente PFF2) ao entrar em
contato com pacientes com suspeita ou confirmação de Tuberculose bacilífera, ou em
ambientes com alto risco de Tuberculose bacilífera, ou em ambientes com alto risco de
gerar aerossóis (Exemplo: salas de broncoscopia, inalação com pentamidina, salas de
autópsia, manipulação de material biológico potencialmente contaminado).
- As máscaras N95 (PFF2) podem ser reutilizadas por períodos longos pelo mesmo
profissional enquanto apresentar-se íntegra, seca, limpa e com boa vedação.
- As máscaras cirúrgicas comuns não oferecem proteção adequada quando utilizadas
pelos profissionais, ficando seu uso restrito na contenção das partículas no momento em
que são geradas. Assim, são indicadas para os pacientes bacilíferos fora dos locais de
isolamento.
Pacientes ambulatoriais:
⇒ Agendar as consultas ao longo do turno, priorizando o atendimento de pacientes
bacilíferos e suspeitos.
⇒ Agendar as consultas de pacientes bacilíferos em horas de menor fluxo.
⇒ Oferecer máscara cirúrgica para pacientes bacilíferos ou suspeitos.
⇒ Somente utilizar ar condicionado desde que instalados exaustores ou filtros HEPA.
Durante a consulta:
⇒ Manter as janelas abertas para ambiente externo quando possível.
⇒ Direcionar o fluxo de ar para a janela (ou porta) da sala de atendimento utilizando o
ventilador de pé, de modo que o ar forme uma “barreira” entre o médico e o paciente.
⇒ Exaustores podem ser utilizados desde que a porta seja mantida fechada.
Transporte de paciente:
⇒ O paciente deve utilizar máscara cirúrgica.
⇒ Minimizar número de transportes.
⇒ Agendar exames preferencialmente ao final do turno.
⇒ O paciente não deve ficar na sala de espera antes ou após a realização do
exame.
32
PROFILAXIA DO TÉTANO
Ferimento limpo ou
Todos os outros ferimentos*
superficial
História de imunização
Imunoglobulina
contra tétano Imunoglobulina
Vacina humana Vacina
humana antitetânica
antitetânica
Menos de 3 doses ou
Sim Não Sim Sim
ignorado
Vacinação primária completa (> 3 doses):
• Última dose há menos de Não Não Não Não
5 e 10 anos
• Última dose entre 5 e 10 Não Não Sim Não
anos
• Última dose há mais de Sim Não Sim Não
10 anos
Quadro 14: Esquema para profilaxia do tétano de acordo com estado vacinal e tipos de
ferimentos.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
*Consideram-se outros ferimentos: fraturas expostas, ferimentos por arma branca ou de fogo,
queimaduras extensas, ferimentos com retenção de corpos estranhos, ferimentos profundos e
puntiformes (provocados por agulhas, pregos ou outros objetos pontiagudos).
Vacina:
• Para menores de 7 anos: utilizar a tríplice (DPT), dupla infantil (DT) ou a tríplice.
• Para maiores de 7 anos: utilizar a dupla tipo adulto (dT).
Observação:
• Não administrar imunoglobulina e vacina no mesmo grupo muscular.
33
(Cães e Gatos)
Cuidados locais:
Realizar limpeza vigorosa (com degermante ou sabão), irrigação com SF (500 ml) ou
água limpa imediatamente.
No hospital, repetir a limpeza e fazer desbridamento com retirada de tecido desvitalizado.
Lesões puntiformes profundas devem ser abertas cirurgicamente com cicatrização por
segunda intenção.
As demais lesões devem ser desbridadas, lavadas e suas bordas aproximadas.
Amoxacilina +
clavulanato Clindamicina 600 mg
(500/ 125 mg) VO 6/ 6 h +
VO 8/ 8 h 5 dias
TMP – SMZ 160 mg/ 800
• Mordedura humana ou animal mg VO 12/ 12h
(cão ou gato) com envolvimento
de cartilagem, mãos, pés e Doxicilina 100 mg
5 dias
articulações ou lesões profundas VO 12/ 12h
• Qualquer mordedura em Clindamicina
pacientes imunocomprometidos, 600 – 900 mg Piperaciclina- Tazobactan
esplenectomizados, etilistas, IV 8/ 8 h + 4,5 g IV 8/ 8 H
cirróticos ou diabéticos Ciprofloxacina 200 - ou
400 mg IV Clindamicina
Internado
12 h ou 600 – 900 mg
Clindamicina 5 dias
IV 8/ 8 h
600 – 900 mg +
IV 8/ 8 h + TMP – SMZ
Ceftriaxone 2 g IV 8 – 10 mg/ Kg/ dia
24/ 24 h IV 6 – 12 h
1. Definições
• Bacteremia: presença de bactérias viáveis no sangue. Pode ser transitória ou secundária
a um foco infeccioso intra ou extra-vascular.
A ocorrência de tremores e calafrios são mecanismos desencadeados pelo hipotálamo, a
partir da liberação de IL-I, para aumentar a temperatura corpórea, não devendo ser
interpretado como sinônimo de bacteremia.
• Infecção: processo patológico induzido por microorganismos /Invasão de tecidos
estéreis. Pode levar a resposta inflamatória local ou sistêmica.
Todo paciente com infecção (Pneumonia, ITU, Tegumentar, Abdominal, Meningite etc),
deve ser avaliado em termos da repercussão sistêmica que esta pode estar provocando,
pois se em Sepse ou Sepse Grave deve ser tratado como uma urgência médica, pela alta
mortalidade associada.
• Sepse: Infecção associada com resposta inflamatória sistêmica (SRIS). Pode ser
causada por bactérias, vírus, fungos, protozoários.
• SRIS: Resposta inflamatória sistêmica devido à estimulação inespecífica do sistema
imune. Pode ser desencadeada por inúmeros fatores: infecção, pancreatite, politrauma,
isquemia, choque hemorrágico, lesão orgânica imunológica, cirurgia, queimadura.
Aumento da uréia > 40 ou creatinina > Oligúria: < 0,5 ml/ Kg/ 1 hora
RENAL
1,2
FR > = 20 ipm
RESPIRATÓRIA Ou PaCO2 < 32 mmHg Dispnéia, cianose
Raio X alterado
FC > 90 Enchimento capilar lentificado,
CARDIOVASCULAR PAS < 90 mmHg ou queda 40 mmHg, desassossego, palpitação, dor
arritimia, PCR torácica
Náuseas, vômitos, dor
Íleo adinâmico: diminuição
TGI abdominal, distensão
RHA, sangramento
abdominal
HEPÁTICO Bil > 1,2 Icterícia
Confusão, coma, psicose Desorientação
SNC
Rebaixamento do Glasglow < 13 - 12 Desassossego
Plaquetas < 150.000
HEMATOLÓGICO INR > 1,5 Sangramentos
TTpA > 60 seg
Quadro 16: Características das disfunções orgânicas nos diversos sistemas encontradas
nas sepse grave.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
Sepse, Sepse grave e Choque séptico são estágios evolutivos do quadro infeccioso.
Todo paciente com infecção deve ser avaliado se encontra ou não em Sepse Grave, e se
necessário receber Ressuscitação Volêmica imediata, ter coletados exames para
diagnóstico da infecção e iniciado antibioticoterapia, conforme o fluxograma.
36
Todo paciente com infecção deverá ser avaliado se está ou não em Sepse ou Sepse Grave
Se PVC < 5 cm H2O continuar SF 0,9% 500 ml/ a Se PVC < 5 cm H2O e PA média < 60 mmHg:
cada 30 min até PVC > 8 cm H2O. iniciar norepinefrina 4 amp/ SF 0,9% 250 ml: 10
ml/ h (10 mcgt/ min).
Não use Dopamina em baixa dose para Dobre a dose cada 30 min até 60 ml/ h (60 mcgt/
“proteger rim”! min) ou FC > 130/ min.
Com paciente internado programe: insulina para controle glicêmico, aporte calórico,
profilaxia de TVP, assistência ventilatória, sedação.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
37
Quadro 17: Ficha de triagem para detecção de pacientes com quadro de sepse grave.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
38
Definições:
A neutropenia febril é definida como a presença de:
• Febre: temperatura axilar > 38,0ºC em uma medição ou > 37,8ºC mantida por uma hora,
não relacionada a infusão de hemoderivados.
• Neutropenia: número de granulócitos < 500/ mm3 ou entre 500 e 1000/ mm3 com
tendência a queda.
Baixo risco:
• Neutrófilos > 100/ mm3 ou < 100/ mm3 com plaquetas > 75.000/ mm3.
• Doença de base em remissão.
• Intervalo entre quimioterapia e neutropenia maior que 10 dias.
• Paciente em bom estado geral.
• Ausência de hipotensão ou disfunção de órgãos.
• Ausência de co-morbidade: mucosite grave, diarréia, infecção perianal, celulite ou
pneumonia.
Alto risco:
• Paciente que não preencha os critérios descritos acima.
Exames iniciais:
• Hemograma.
• Uréia/ creatinina.
• Radiografia de tórax.
• Hemocultura (2 pares).
• Urocultura.
• Cultura de qualquer outro sítio potencialmente envolvido na infecção.
CEFEPIMA* CEFEPIMA*
Após 48 h reavaliar
Afebril Febril
VANCOMICINA
Baixo-risco
Persistência da febre após 24 h**
Alto-risco
Completar 3 – 5 dias Suspeita ou colonização Aspergillus?
Alta com ATM VO
de ATM IV Risco de Candida glabrata/ Krusei?
Uso recente de fluconazol?
TMO alogênico?
Antibioticoterapia inicial:
• Esquema 1 – monoterapia
Cefepima (50 mg/ Kg/ dose de 8/ 8 h)
- Deve ser introduzido para todas as crianças neutropênicas febris à admissão, exceto
quando houver indicação dos Esquemas 2 ou 3.
MATERIAIS DE RISCO:
Fluxograma 8: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV nos diversos tipos de exposição
ocupacional.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
43
HEPATITE B
* Profissionais que já tiveram Hepatite B estão imunes à reinfecção e não necessitam de profilaxia pós-
exposição. Tanto a vacina quanto a imunoglobulina devem ser aplicadas dentro de período de 7 dias após o
acidente, idealmente nas primeiras 24 horas após o acidente.
** Uso associado de imunoglobulina hiperimune contra a Hepatite B está indicado se o paciente-fonte tiver alto
risco para infecção pelo HBV, como: usuários de drogas injetáveis, pacientes em programa de diálise, contatos
domiciliares e sexuais de portadores de HBsAg positivo, homens que fazem sexo com homens, heterossexuais
com vários parceiros e relações sexuais desprotegidas, história prévia de doenças sexualmente transmissíveis,
pacientes provenientes de páreas geográficas de alta endemicidade para Hepatite B, pacientes provenientes de
prisões e de instituições de atendimento a pacientes com deficiência mental.
*** IGHAHB (2x) = 2 doses de imunoglobulina hiperimune para Hepatite B com intervalo de mês entre as doses.
Esta opção deve ser indicada para aqueles que já fizeram 2 séries de 3 doses da vacina, mas não apresentaram
resposta vacinal, ou apresentam alergia grave à vacina
44
Em exposições com paciente-fonte infectado pelo vírus da Hepatite C e naquelas com fonte
desconhecida, está recomendado o acompanhamento do profissional de saúde.
VIOLÊNCIA SEXUAL
CONDUTAS EM AGRAVOS RESULTANTES DA VIOLÊNCIA SEXUAL
ATENDIMENTO INCIAL (REALIZADO EM QUALQUER UNIDADE DE ATENDIMENTO DE SAÚDE):
1) ACOLHIMENTO INICIAL:
A) Informar à vítima de violência sexual, sempre que possível, o que será realizado em cada
etapa do atendimento e a importância de cada medida. A autonomia da vítima de violência
sexual deve ser respeitada, acatando-se a eventual recusa de algum procedimento.
B) Oferecer atendimento psicológico o mais breve possível.
Quadro 20: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV pós-violência sexual em pacientes
adultos.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
47
Quadro 21: Profilaxia para contaminação pelo vírus HIV pós-violência sexual em crianças e
adolescentes.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
Fluxograma 10: Uso do teste rápido Anti-HIV utilizado nos casos de violência sexual.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
48
Quadro 22: Esquema para profilaxia das DST não-virais pós-violência sexual em mulheres
adultas e adolescentes com mais de 45 Kg não-gestantes.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
Quadro 23: Profilaxia das DST não-virais pós-violência sexual em crianças, adolescentes e
gestantes com menos de 45 Kg.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
49
Quadro 24: Esquemas alternativos para profilaxia das DST não-virais em gestantes,
crianças e adolescentes.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
1. O uso de ceftriaxona e de azitromicina para profilaxia da sífilis está sendo investigado, mas
doses adequadas não foram estabelecidas para esse fim;
2. A administração profilática do metronidazol e de suas alternativas pode ser postergada ou
evitada em casos de intolerância gastrintestinal conhecida ao medicamento;
O uso profilático de outras quinolonas deve ser considerado como alternativa em situações em que a
ofloxacina não estiver disponível.
Mulheres imunizadas contra hepatite B, com esquema vacinal completo, não necessitam de
reforço ou do uso de imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB). Mulheres não
imunizadas ou que desconhecem seu status vacinal devem receber a primeira dose da
vacina e completar o esquema posteriormente, com um e seis meses. Mulheres com
esquema vacinal incompleto devem completar as doses recomendadas.
IMUNOPROFILAXIA
Vacina Anti-Hepatite B
Aplicar IM em deltóide
0,1 e 6 meses após a violência sexual
Imunização ativa
IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTI-HEPATITE B
Aplicar IM em glúteo 0,06 ml/ Kg
Imunização ativa Dose única
Quadro 26: Esquema para profilaxia de tétano pós-violência sexual nas diversas situações
vacinais e tipos de ferimentos.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007.
ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
1) Administração da AE é, classicamente descrita dividindo-se a dose total em duas doses iguais,
em intervalos de 12 horas, com a primeira dose iniciada, no máximo, em 72 horas (três dias).
Contudo, os recentes estudos da Organização Mundial de Saúde oferecem claras evidências de
que a dose única de 1,5 mg de levonorgestrel é tão eficaz como duas doses de 0,75 mg
separadas. Também evidenciam efeitos protetores até cindo dias após a relação sexual
desprotegida, embora com taxas de falhas maiores.
2) A absorção da AE pelo epitélio da vagina oferece níveis semelhantes aos da absorção pela via
oral, tanto para o levonorgestrel, como para o método de Yuzpe. A via vaginal pode ser utilizada
em situações especiais como em casos de inconsciência da mulher devido aos traumatismos
severos.
51
Coleta de material
DOSES DE ANTIMICROBIANOS
… continuação.
Aminoglicosídeos
• Nefrotoxicidade: neomicina > genta = tobra > amicacina > estreptomicina.
• Maior risco: associação com diuréticos e outras drogas nefrotóxicas.
• Diminui o risco de nefrotoxicidade: dose única diária (não indicado para neutropênicos,
nem endocardite).
54
Vancomicina
• Nefrotoxicidade questionável, mas provável, principalmente quando combinada a outros
agentes nefrotóxicos, em particular aos aminoglicosídeos.
• Cálculo de intervalo conforme tabela
• Colher vancocinemia no vale (imediatamente antes da próxima dose) e aplicar nova dose
se estiver na faixa terapêutica (5-10).
• Nefrotoxicidade associada a nível sérico > 20 mg/ml.
Clearance Intervalo
(ml/min) (dias)
120 0,5
100 0,6
80 0,75
60 1
40 1,5
30 2
20 2,5
10 4
5 6
0 12
Imipenem:
• Não é nefrotóxico mas considerar o risco de convulsão quando FG diminuída.
Anfotericina B:
• Maior risco: dose acumulada > 3g (até 80%), disfunção renal prévia
• O risco de nefrotoxicidade diminui quando: hidratação com salina antes da infusão,
infusão lenta em 4-6h ou contínua em 24h.
• Indicações de formulações lipídicas: Cr > 2x o limite superior do normal para a idade.
• Distúrbios eletrolíticos que podem preceder ou acompanhar a queda da FG:
hipomagnesemia, hipocalemia e acidose metabólica (renal).
Sulfas:
• Risco de precipitação de cristais.
Trimetoprim:
• Risco de hipercalemia
Cefepime:
• Risco de alterações de consciência e crise convulsivas parciais em pacientes com FG
diminuída.
Aciclovir:
• Maior risco: disfunção renal prévia, altas doses, infusão rápida.
55
… continuação.
Quadro 30: Doses de Antimicrobianos nos pacientes com alteração da função renal.
Fonte: Guia de Utilização de Anti-infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções Hospitalares. Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 2007. p - 170.
ANTIBIÓTICO DOSE
• Caspofungina • 35 mg/dia na doença hepática moderada
Sem dados na doença grave
• Clindamicina • Diminuir 30%
• Cloranfenicol • Atingir nível sérico 5-20ug/ml
• Itraconazol -
• Metronidazol • Diminuir 50%
58
• Quinupristina/dalfopristina -
• Voriconazol • 6mg/kg12/12hs 2 dias
• 2mg/Kg 12/12hs
• Sem dados na doença grave
… continuação.
60
… continuação.
61
USO NA
USO NA GESTAÇÃO LACTAÇÃO
ANTIPARASITÁRIOS COMENTÁRIOS
(CATEGORIA FDA*) (CATEGORIA
(OMS)**
Albendazol C S
Atovaquone C
Cloroquina C S
Ivermectina C
Mebendazol C S
Mefloquina C E
Pentamidina C ND
Pirimetamina C
Praziquantel B S
Quinidina C
Monitorar hemólise, icterícia
Quinino X S especialmente em
prematuros e em < 1 mês
CONTINGÊNCIA DA DENGUE
AZUL: Atendimento inicial: UBS, PSF, UAI, Ambulatório de Clínica Médica ou Pediatria.
GRUPO A - AZUL
Sinais e sintomas clássicos:
• Febre há menos de 7 dias + 2 dos sinais/sintomas – dor retro-orbitária – mialgia – prostração
– exantemas.
Exames laboratoriais (desejáveis):
• Sorologia para dengue (por amostragem na epidemia), HMG (Obs.: Se alterados, tratar
como Grupo B – Amarelo).
Tratamento (no domicílio): Hidratação VO forçada, analgésico/antipirético, orientar sobre
desidratação e sinais de alarme.
HIDRATAÇÃO ORAL
Adultos 60 a 80 ml/kg/dia (1/3 soro hidratação oral + 2/3 outros líquidos: água, sucos, chás)
Crianças Oferecer com freqüência soro de hidratação oral e outros líquidos
Quadro 34: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas / Grupo A –
Azul.
Fonte: Guia de Atenção à saúde – Dengue 2009.
VERDE: Atendimento inicial: UBS, PSF, UAI, Ambulatório de Clínica Médica ou Pediatria.
GRUPO B - VERDE
Sinais e sintomas clássicos* em condições especiais:
• Gestante, criança, idoso, diabetes, hipertensão, asma, bronquite crônica, doença
hematológica ou renal crônica, cardiopatia, doença cloridropéptica, doença auto-imune.
Febre há menos de 7 dias + 2 dos sinais/sintomas – dor retro-orbitária – mialgia –
Exames laboratoriais (mandatórios):
• Sorologia para Dengue, HMG.
Tratamento:
• Hemograma, Ht, Plq e LT alterados → tratar como Grupo B – Amarelo.
• Hemograma, Ht, Plq e LT não alterados → tratar como Grupo A – Azul (no domicílio).
HIDRATAÇÃO ORAL
Adultos 60 a 80 ml/kg/dia (1/3 soro hidratação oral + 2/3 outros líquidos: água, sucos, chás)
Crianças Oferecer com freqüência soro de hidratação oral e outros líquidos
Quadro 35: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas / Grupo B –
Verde.
Fonte: Guia de Atenção à saúde – Dengue 2009.
*Conforme descrito para Grupo A – Azul.
64
Quadro 36: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas / Grupo C –
Amarelo.
Fonte: Guia de Atenção à saúde – Dengue 2009.
GRUPO D - LARANJA
Sinais e sintomas clássicos* + sinais de alerta:
• Dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hipotensão postural, lipotímia, hepatomegalia
dolorosa, hemorragias importantes (hematêmese, melena), sonolência, irritabilidade, diminuição de
diurese, diminuição repentina da temperatura corpórea/hipotermia, aumento repentino do Ht, diminuição
abrupta de Plq, desconforto respiratório.
Exames laboratoriais:
• Mandatórios: Ht a cada 4 h, Plq a cada 12 h, TTpA e TAP (se sangramento maior), hemograma completo,
tipagem sanguínea, albumina, RX tórax, sorologia para Dengue).
• Se necessário: glicose, uréia, creatinina, íons, gasometria, transaminases, ultrassom abdome e tórax.
Tratamento (hospitalar – mínimo 24 h): Hidratação IV vigorosa imediata (repetir até 3x), com reavaliação clínica
a cada 2 h em criança e a cada 4 h em adulto.
• Melhora clínica/laboratorial: tratamento de manutenção e, após essa etapa, se melhora clínica/laboratorial,
avaliar tratamento no domicílio.
• Sem melhora clínica/laboratorial tratar como grupo D – Vermelho.
• Solicitar transferência.
HIDRATAÇÃO IV VIGOROSA
Adultos 25 ml/kg (SF 0,9 % em 4 h)
Crianças 20 ml/kg (SF 0,9 % em 4 h)
TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO (TOTAL DE 24 h)
25 ml/kg (SF 0,9 % em 8 h)
Adultos
25 ml/kg (SF 0,9 % em 12 h)
25 ml/kg (SF 0,9 % em 8 h)
Crianças
25 ml/kg (SF 0,9 % em 12 h)
*Conforme descrito para Grupo A – Azul.
Quadro 37: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas / Grupo D –
Laranja.
Fonte: Guia de Atenção à saúde – Dengue 2009.
VERMELHO: Atendimento inicial: UAI - Encaminhamento: HC/UFU.
65
GRUPO E - VERMELHO
Sinais e sintomas clássicos* + sinais de choque:
• Hipotensão postural, PA convergente, extremidades frias, cianose, pulso rápido e fino,
enchimento capilar (> 2 segundos).
Exames laboratoriais (mandatórios):
• Ht a cada 2 h e Plq a cada 12 h.
• Dados vitais a cada 15 a 30 minutos.
• Hemograma, proteínas totais e frações, coagulograma (TAP/ TTpA), eletrólitos, perfil
hepático, função renal, ultrasson abdominal, RX tórax.
• Sorologia para Dengue.
Tratamento (hospitalar – mínimo 24 h):
Hidratação IV vigorosa imediata (repetir até 3x), com reavaliação clínica a cada 15 a 30 minutos.
• Melhora clínica/laboratorial: tratar como Grupo C – Laranja.
• Sem melhora clínica/laboratorial: avaliar hemoconcentração.
• Ht avaliar hemorragia.
• Com hemorragia procurar foco.
• Sem hemorragia UTI.
• Ht ou albumina colóide.
• Melhora clínica/laboratorial tratar como Grupo C - Laranja
• Sem melhora UTI.
• Solicitar transferência.
Quadro 38: Caso suspeito de Dengue – resumo das recomendações clínicas / Grupo E –
Azul.
Fonte: Guia de Atenção à saúde – Dengue 2009.
66
INTRODUÇÃO
11 Internação hospitalar: pacientes que são admitidos para ocupar um leito hospitalar por
um período igual ou maior a 24 horas.
Leito hospitalar de internação: cama numerada e identificada, destinada à internação de
um paciente dentro de um hospital, localizada em quarto ou enfermaria, que se constitui no
67
ALERTA: Deve ser dada atenção especial a essas alterações quando ocorrerem em
pacientes que apresentem fatores de risco para a complicação por influenza.
Notificação imediata:
• Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG com internação hospitalar e óbitos
por SRAG devem ser notificados individual e imediatamente no Sinan on-line usando a
Ficha de Investigação Individual.
• Surto de Síndrome Gripal – SG deve ser notificado de forma agregada, no módulo de Surto
no SinanNET, assinalando-se no campo Código do Agravo/Doença o CID J06.
endereço exclusivo de um paciente durante sua estada no hospital e que está vinculada a
uma unidade de internação ou serviço. Portaria nº 312, de 2 de maio de 2002, estabelece,
para utilização nos hospitais integrantes do SUS, a padronização da Nomenclatura do Censo
Hospitalar.
68
2. MANEJO CLÍNICO
Fatores de risco
• Idade: inferior a 2 ou superior a 60 anos de idade; e,
• Gestação: independentemente da idade gestacional.
ATENÇÃO: Todos os indivíduos que compõem o grupo de risco ou que apresentem fatores
de risco para complicações por influenza requerem – obrigatoriamente – avaliação e
monitoramento clínico constantes de seu médico assistente, para indicação ou não de
tratamento com Oseltamivir, além da adoção de todas as demais medidas terapêuticas.
Atenção especial deve ser dada às grávidas, independentemente do período de gestação.
3. ASPECTOS LABORATORIAIS
Obs: A coleta de material biológico deverá ser feita preferencialmente antes do início do
tratamento.
4. USO DO ANTIVIRAL
4.1 Tratamento
medidas terapêuticas. De forma complementar, uma atenção especial deve ser dada às
grávidas, independentemente do período de gestação.
O Ministério da Saúde alerta que as indicações de uso do Oseltamivir,
contidas neste Protocolo, se baseiam na bula do medicamento, conforme seu registro
na Anvisa, nas recomendações da OMS, na evidência científica robusta relacionada
ao uso racional do medicamento (uso terapêutico e prevenção de resistência
medicamentosa) na gripe sazonal; e nas evidências disponíveis, até o momento, para
o vírus pandêmico (H1N1) 2009.
Prescrição e dispensação não previstas neste Protocolo ficam sob a
responsabilidade conjunta do médico responsável pela prescrição e da autoridade de
saúde local.
A dose recomendada é de 75mg, duas vezes ao dia, por 5 dias, para adultos. Para
crianças acima de um ano de idade e menor que 12 anos, com menos de 40kg, as doses
variam de acordo com o peso, durante 5 dias, conforme especificação a seguir.
O uso deste medicamento para profilaxia está indicado apenas nas seguintes
situações:
• Os profissionais de laboratório que tenham manipulado amostras clínicas que contenham o
vírus influenza pandêmico (H1N1) 2009 sem o uso de Equipamento de Proteção Individual
(EPI) ou que as utilizaram de maneira inadequada; e
• Os trabalhadores de saúde que estiveram envolvidos na realização de procedimentos
invasivos (geradores de aerossóis) ou na manipulação de secreções de um caso suspeito
ou confirmado de infecção pela influenza pandêmica (H1N1) 2009 sem o uso de EPI ou que
utilizaram EPI de maneira inadequada.
Nesses casos, a dosagem recomendada é de 75mg uma vez ao dia, durante dez
dias após a exposição. Em casos de resistência ao Oseltamivir, deve-se usar o Zanamivir,
medicamento inibidor da neuraminidase, administrado por via inalatória. Está contraindicado
para pessoas com pneumopatias crônicas, devido ao risco de provocar broncoespasmo, e
não é aprovado para uso em crianças com menos de sete anos de idade.
Tratamento
• Pacientes que não apresentem resposta ao Oseltamivir, quando este for introduzido até 48
horas do início dos sintomas, e que estejam em unidade hospitalar.
• Pacientes imunocomprometidos que não apresentaram resposta ao Oseltamivir.
Importante:
• Se for afastado o diagnóstico de infecção por qualquer vírus influenza, suspender a
administração do Oseltamivir;
• Na ficha de notificação, atualizar ou incluir no campo informações adicionais as
atualizações sobre data de início do tratamento com Oseltamivir e as medidas
complementares adotadas.
• A notificação de eventos adversos ao medicamento deve ser feita à Anvisa por meio do
endereço eletrônico anvisa@saude.gov.br. Maiores informações acessem
www.anvisa.gov.br.
As seguintes medidas devem ser observadas pelos serviços de saúde que prestam
atendimento ambulatorial e pronto atendimento a casos de Síndrome Gripal ou Síndrome
Respiratória Aguda Grave:
• Estabelecer critérios de triagem para identificação e pronto atendimento dos casos, com o
objetivo de reduzir o risco de transmissão na sala de espera para outros pacientes, bem
como priorizar o atendimento dos pacientes com Síndrome Gripal que apresentam fatores
de risco ou sinais de agravamento;
76
OSELTAMIVIR
Fonte: Ministério da Saúde.
Recomendado até 48 h após o início
dos sintomas
Fonte: Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG. Ministério da Saúde.
Brasília /DF. 2010. 26P
79
Fonte: Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG. Ministério da Saúde.
Brasília /DF. 2010. 26P
80
TRATAMENTO TRATAMENTO
AMBULATORIAL HOSPITALAR
OSELTAMIVIR
Recomendado até 48 h após o início
Fonte: Ministério da Saúde. dos sintomas
Fonte: Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG. Ministério da Saúde.
Brasília /DF. 2010. 26P
81
ANAMNESE
EXAME CLÍNICO
OXIMETRIA
SIM
SIM
OSELTAMIVIR
Recomendado até 48 h após o início
Fonte: Ministério da Saúde. dos sintomas
Fonte: Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG. Ministério da Saúde.
Brasília /DF. 2010. 26P
82
NÃO
- Gasometria arterial
- Oxigênio (60 FIO2)
Melhora clínica?
- OSELTAMIVIR
SIM
SpO2 > 94% SpO2 < 94%
OSELTAMIVIR
Recomendado até 48 h após o início
Fonte: Ministério da Saúde.
dos sintomas
Fluxograma 15: Frequencia respiratória, radiografia de tórax, LDH, saturação O2 < 94%,
hemograma, lactato e outros.
Fonte: Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG. Ministério da Saúde.
Brasília /DF. 2010. 26P
83
úteis
• Notificação de emergências
Ouvidoria :0800-940-1480
• sms@uberlandia.mg.gov.br
84
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKER, R. D. et al. Response to pegylated Interferon and Ribavirin in children with chronic
hepatitis C.
J. Clin. Gastroenterol ,[S.l.], v. 41, n. 1, p. 111-114, 2007.
BION, J.; JAESCHKE, R.; THOMPSON, B. T.; LEVY, M.; DELLINGER, R. P. Surviving
Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and
septic shock: 2008. Intensive Care Med 2008 Jun;34(6):1163-4.
BOCHUD, P. Y.; BONTEN, M.; MARCHETTI, O.; CALANDRA, T. Antimicrobial therapy for
patients with severe sepsis and septic shock: an evidence-based review. Crit Care Med
2004 Nov;32(11 Suppl):S495-S512.
______. Ministério da Saúde. Hepatites virais: o Brasil está atento. Brasília, 2005.
CARTER ,C. Implementing the severe sepsis care bundles outside the ICU by
outreach. Nurs Crit Care 2007 Sep;12(5):225-30.
CHAGGAR, K. et al. An enzyme immnnoassay for detection of IgA class antibodies against
the hepatitis delta virus. Journal of Virological Methods, [S.l.], v. 32, p. 193-199, 1991.
CHAN, H. L.; GHANY, M. G.; LOK, A. S. F. Hepatitis B in schiff’s diseases of the liver.
8th. ed. Philadelphia: Lippincott Williams e Wilkins, 1998. p. 757-792.
CHOO, Q. L. et al. Isolation of a cDNA clone derived from a blood-borne non-A non-B
hepatitis genome. Science. [S.l.], v. 224, p. 359-362, 1989.
CORRÊA, R. C. et al. Hepatitis C virus seroprevalence and risk factors among patients with
infecion. Rev. Inst. Med. Trop. S. Paulo. São Paulo, v. 43, n. 1, p. 15, 2001.
CORRÊA, R. C. et al. Prevalence of hepatitis B and C in the sera of patients with HIV
infection in São
Paulo, Brazil. Rev. Inst. Med. Trop. S. Paulo. São Paulo, v. 42, n. 2, p. 81-85, 2001.
DELLINGER, R. P.; CARLET, J. M.; MASUR, H.; GERLACH, H.; CALANDRA, T.; COHEN,
J. et al. Surviving Sepsis Campaign guidelines for management of severe sepsis and
septic shock. Intensive Care Med 2004 Apr;30(4):536-55.
DIENSTAG, J. L. et al. Lamivudine as initial treatment for chronic hepatitis B in the United
States. N.
Engl. J. Med. [S.l.], n. 341, p. 1256-1263, 1999.
ENGVALL, E. et al. Enzime linked immunosorbent assay (ELISA): III quantitation os specific
antibodies
by enzime-labelled. Immunol. [S.l.], v. 109, p. 129-135, 1971.
FARCI, P. et al. Treatment of chronic hepatitis D with interferon alpha-2a. N. Engl. J. Me.,
[S.l.], n. 330, 1994.
FATTTOVICH, G. et al. Natural history and prognostic factors for chronic hepatitis type B.
Gut. [S.l.],
n. 32, p. 294-298, 1991.
FRIED, M. W. et al. Peginterferon alfa-2a plus ribavirin for chronic hepatitis C virus infection.
N. Engl. J. Med. [S.l.], v. 347, n. 13, p. 975-982, 2002.
______. Therapy for acute hepatitis C. N. Engl. J. Med. [S.l.], v. 345, n. 20, p. 1495-1497,
2001.
JAECKEL, E. et al. Treatment of acute hepatitis C with interferon alfa-2b. N. Engl. J. Med.
[S.l.], v. 345, n. 20, p. 1452-1457, 2001.
KEEFFE, E. B. et al. A treatment algorithm for the management of chronic hepatitis B virus
infection in the United States. Clinical Gastroenterology and Hepatology. [S.l.], v. 2, p. 87-
106, 2004.
LACKNER, H. et al. Interferon-alpha and ribavirin in treating children and young adults with
chronic hepatitis C after malignancy. Pediatrics. [S.l.], v. 106, n. 4, p. E53, 2000.
LAI, C. L. et al. A one-year trial of lamivudine for chronic hepatitis B: Asia Hepatitis
Lamivudine Study Group. N. Engl. J. Med. [S.l.], v. 339, p. 61-68, 1998.
LAU, D. T. et al. Long-term follow-up of patients with chronic hepatitis B treated with
interferon alfa. Gastroenterology. [S.l.], v. 113, p. 1660-1667, 1997.
LAU, D. T. Y. et al. Long term therapy of chronic hepatitis B with lamivudine. Hepatology.
[S.l.], v. 32, p. 828-834, 2000.
LAZINSKI, D. W. et al. Relating structure to function in the hepatitis delta virus antigen.
Journal of Virol. [S.l.], v. 67, p. 2672-2680, 1993.
LEE, W. M. Hepatitis B virus infection. N. Engl. J. Med. [S.l.], v. 337, p. 1733-1745, 1997.
LIN, S. M. et al. Long-term beneficial effect of interferon therapy in patients with chronic
hepatitis B vírus infection. Hepatology. [S.l.], v. 29, p. 971-975, 1999.
LIN, S. M. et al. Long-term beneficial effect of interferon therapy in patients with chronic
hepatitis B vírus infection. Hepatology. [S.l.], v. 30, p. 257-264, 1999.
MALIK, A. H.; LEE, W. M. Chronic hepatitis B virus infection: treatment strategies for the next
millenium. Ann. Intern. Med., [S.l.], v. 132, p. 723-731, 2000.
MANNS, M. P. et al. Peg-interferon alfa-2b plus ribavirin compared with interferon alfa-2b
plus ribavirin for initial treatment of chronic treatment of chronic hepatitis C: a randomized
trial. Lancet. [S.l.], v. 358, n. 9285, p. 958-965, 2001.
Hepatites virais: o Brasil está atento MURRAY, K.; BARTON, B.; GONZALEZ-PERALTA, R.
Development of a multicenter, randomized controlledtrial for children with chronic hepatitis C
( PEDS-C). J. Pediatr. Gastroenterol. Nutr. [S.l.], v. 41, p. 524, 2005.
PEREIRA, G. A. et al. Human immunodeficiency virus type 1 and hepatitis virus co-infection
and viral subtypes at an HIV testing center in Brazil. J. Med. Virol. [S.l.], v. 78, n. 6, p. 719-
23, jun. 2006.
89
PIO MARINS, R. Estudo de sobrevida dos pacientes com Aids segundo escolaridade e
co-infecção por Hepatite C e Tuberculose. Coorte Brasileira de 1995-96. 2004. Tese
(Doutorado em Saúde Coletiva)–Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual
de Campinas, Campinas, 2004.
PIO MARINS, R. et al. Characteristic and survival of aids papients with hepatitis C: the
Brasilian National Cohort of 1995 – 1996. AIDS. [S.l.], v. 19, n. S4, p. S27-S30, 2005.
POYNARD, T. et al. Randomised trial of interferon alpha-2b plus ribavirin for 48 weeks or for
24 weeks versus interferon alpha-2b plus placebo for 48 weeks for treatment of chronic
infection with hepatitis C virus: International Hepatitis Interventional Therapy Group (IHIT).
Lancet. [S.l.], v. 352, n. 9138, p. 1426-1432, 1998.
SILVA, A. C. M.; BARONE, A. A. Fatores de risco para infecção pelo HIV em pacientes com
o vírus da hepatite C. Revista de Saúde Pública, [S.l.], v. 40, n. 3, jun. 2006.
SORIANO, V. et al. Care of patients coinfected with HIV and hepatitis C virus: 2007 updated
recommendations from the HCV–HIV International Panel. AIDS. [S.l.], v. 21, p. 1073-1089,
2007.
90
SORIANO, V. et al. Care of patients with chronic hepatitis C and HIV co-infection:
recommendations from the HIV-HCV International Panel. AIDS. [S.l.], v. 16, n. 6, p. 813-828,
2002.
TREITINGER, A. et al. Prevalence of serologic markers of HBV and HCV infection in HIV-1
seropositive patients in Florianópolis, Brazil. Braz. J. Infect. Dis. [S.l.], v. 3, p. 1-5, 1999.
WIRTH, S. et al. Peginterferon alfa-2b Plus Ribavirin Treatment inChildren and Adolescents
With Chronic Hepatitis C. Hepatology. [S.l.], v. 41, p. 1013-1018, 2005.