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O que é, de fato, pregação bíblica?

Valdeci da Silva Santos

Introdução
Nos últimos dias vários livros têm sido escritos sobre o tópico da
pregação. Ao mesmo tempo em que estes livros trazem grandes contribuições
sobre o tema eles também dificultam o entendimento sobre o que é, de fato, a
pregação bíblica. Dessa forma, devemos ao menos atentar para oito
pressuposições básicas sobre a pregação bíblica.
1. A pregação bíblica é fundamental em sua importância
Qual é o lugar da pregação no culto público contemporâneo? Será que
cada pastor acredita, realmente, que a pregação é o principal meio da salvação
determinado por Deus e, portanto, compromete suas melhores horas e
energias na preparação de suas mensagens?
Há muita falta de confiança da pregação nos últimos dias e,
conseqüentemente, há muitas propostas de substituição neste sentido. A
pregação tem sido marginalizada e as pessoas buscam espontaneidade vs.
substância e técnicas de comunicação vs. preparo.
A Bíblia testifica sobre a importância e primazia da pregação. Para isto
basta analisar:
a. Os ministérios de Jesus e dos apóstolos;
b. A natureza da verdade – A verdade espiritual não é um fator a ser
descoberto através de diálogos e discussões, a aplicação de teses e antíteses
que resultam em sínteses, mas algo que foi revelado pelo Senhor. Portanto, a
verdade revelada deve ser proclamada pelo pregador. Por esta razão, o
monólogo é tão importante na pregação, ou seja, um processo que envolve
uma declaração.
c. A natureza do homem sem Cristo. Segundo as Escrituras, a mente
humana está cega e somente o Espírito pode curá-lo. Somente o poder de
Deus pode transformar o coração do ser humano.

2. A pregação bíblica é espiritual em sua essência


A tarefa da pregação não é primariamente psicológica, intelectural ou
retórica, mas é essencialmente espiritual. Ao escrever sobre a nobreza da
pregação, Bryan Chapell afirma: “quando encaramos pessoas reais, dotadas de
uma alma eterna, equilibrando-se entre o céu e o inferno, a nobreza da
pregação nos amedronta, ao mesmo tempo em que revela nossa
insuficiência”.1
Há que se lembrar que o objetivo da pregação é transformar vidas e isto
é algo que somente Deus pode fazer. Se o pregador compreender esta verdade
ele dedicará mais tempo na preparação espiritual, pois Deus resiste ao soberbo
(Tg 4.6).

3. A pregação bíblica é didática em sua natureza

1
CHAPELL, Bryan. Pregação Cristocêntrica. São Paulo: Cultura Cristã, 2002, p. 17.
O objetivo da pregação não é realizar debates teológicos nem realizar
palestras filosóficas, mas instruir a mente humana a fim de que o coração
humano seja atingido. Esta é a razão pela qual as Escrituras identificam a
pregação com “persuasão” ou “exortação”. Todavia, deve-se lembrar que não
se pode exortar alguém a crer sem ao mesmo tempo explicar em quem crer.
Dessa forma, a natureza da pregação é didática.

4. A pregação bíblica é expositiva em sua forma


Cada sermão deveria ser uma exposição das Escrituras. O alimento que
o pastor serve às ovelhas, o pão que é apresentado para a nutrição dos
cristãos é a própria Palavra de Deus. Nenhum pregador pode colocar outra
espada nas mãos do Espírito que não seja a própria Palavra de Deus, pois ele
não usará outro instrumento. Dessa forma, o conteúdo da pregação não é a
história do pregador, nem a filosofia de algum escritor, mas a própria Palavra
de Deus.
Um bom exemplo bíblico sobre o zelo pela exposição pode ser
encontrado em Neemias 8-9, onde a Palavra de Deus é aberta e exposta aos
judeus que haviam retornado do exílio babilônico. Esta é a razão pela qual os
pregadores deveriam ser chamados “servos da Palavra” e não o inverso. Neste
sentido, a primeira coisa a fazer não é correr aos comentários, mas estudar a
Palavra e procurar exegetizá-la, buscando o seu significado real a fim de
instruir o povo de Deus.

5. A pregação bíblica é sistemática em seu padrão


O bom pregador sempre procurará ter um plano ao invés de pregar
aleatoriamente. Este plano sistemático é útil tanto ao pregador quanto ao
ouvinte, pois o raciocínio humano funciona sistemática e ordenadamente.

6. A pregação bíblica é pastoral em seu propósito


A primeira função do pastor é alimentar o rebanho. Logo, não há base
bíblica para a dicotomia entre pastor vs pregador. Paulo se apresentava como
um pai, cuja responsabilidade é a de nutrir os filhos. Com isto, as pregações de
auto-ajuda, entusiastas e neurolinguísticas não possuem respaldo bíblico.

7. A pregação bíblica é clara em sua estrutura


Há que se entender que se o texto não estiver claro para o pregador, o
mesmo não ficará claro para o povo. Calvino insistia nos princípios de
brevidade e clareza. Dessa forma, o bom pregador sempre buscará ser simples
em sua mensagem sem ser simplista.

8. A pregação bíblica é relevante em sua aplicação


A aplicação da mensagem deve começar sempre com o próprio
pregador. John Owen costumava dizer: “Um homem só prega bem um sermão
aos outros quando prega para a sua própria alma . . . Se a Palavra não residir
poderosamente em nós, não será poderosamente comunicada por nós”.2

Considerações finais
Há que sempre lembrar do elemento da unção, a ação do Espírito e da
direção do Altíssimo sobre o pregador, suas palavras, ações e vidas.

2
OWEN, John. The works of John Owen. XVI: 76.

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