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FACULDADE IPIRANGA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: Conjuntura Econômica
PROFESSOR: Carlos Augusto da Silva Souza

TEXTO PARA DISCUSSÃO: Aspectos conceituais da Economia Política

1. MODO DE PRODUÇÃO

Modo de produção é a forma de organização socioeconômica associada a uma


determinada etapa de desenvolvimento das sociedades. Para a teoria Marxista
o modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e
serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade
é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes
nessa sociedade. . Existem seis modos de produção: Primitivo, Asiático,
Escravista, Feudal, Capitalista e Comunista

 Modo de produção Comunal Primitivo:

O modo de produção comunal primitiva designa uma formação econômica e


social que abrange um período muito longo, desde o aparecimento da
sociedade humana. A comunidade primitiva existiu durante centenas de
milhares de anos, enquanto o período compreendido pelo escravismo, pelo
feudalismo e pelo capitalismo mal ultrapassa cinco milênios.

Na comunidade primitiva os homens trabalhavam em conjunto. Os meios de


produção e os frutos do trabalho eram propriedade coletiva, ou seja, de todos.
Não existia ainda a idéia da propriedade privada dos meios de produção, nem
havia a oposição proprietários x não proprietários.

As relações de produção eram relações de amizade e ajuda entre todos; elas


eram baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção, a terra em
primeiro lugar.

Também não existia o estado. Este só passou a existir quando alguns homens
começaram a dominar outros. O estado surgiu como instrumento de
organização social e de dominação.

 Modo de produção escravista:

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Na sociedade escravista os meios de produção (terras e instrumentos de
produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era
considerado um instrumento, um objeto, assim como um animal ou uma
ferramenta.

Assim, no modo de produção escravista, as relações de produção eram


relações de domínio e de sujeição: senhores x escravos. Um pequeno número
de senhores explorava a massa de escravos, que não tinham nenhum direito.

Os senhores eram proprietários da força de trabalho (os escravos), dos meios


de produção (terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do produto de
trabalho.

 Modo de produção asiático:

O modo de produção asiático predominou no Egito, na China, na Índia e


também na África do século passado.

Tomando como exemplo o Egito, no tempo dos faraós, vamos notar que a
parte produtiva da sociedade era composta pelos escravos, que era forçados, e
pelos camponeses, que também eram forçados a entregar ao Estado o que
produziam. A parcela maior prejudicando cada vez mais o meio de produção
asiático.

Fatores que determinaram o fim do modo de produção asiático:

• A propriedade de terra pelos nobres;

• O alto custo de manutenção dos setores improdutivos;

• A rebelião dos escravos.

 Modo de produção feudal:

A sociedade feudal era constituída pelos senhores x servos. Os servos não


eram escravos de seus senhores, pois não eram propriedade deles. Eles
apenas os serviam em troca de casa e comida. Trabalhavam um pouco para o
seu senhor e outro pouco para eles mesmos.

Num determinado momento, as relações feudais começaram a dificultar o


desenvolvimento das forças produtivas. Como a exploração sobre os servos no
campo aumentava, o rendimento da agricultura era cada vez mais baixo. Na

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cidade, o crescimento da produtividade dos artesãos era freado pelos
regulamentos existentes e o próprio crescimento das cidades era impedido pela
ordem feudal.Já começava a aparecer às relações capitalistas de produção.

 Modo de produção capitalista:

O capitalismo compreende o sistema econômico que se fortaleceu a partir do


século XVI com a Revolução Industrial. O capitalismo compreende quatro
etapas:

 Pré-capitalismo: o modo de produção feudal ainda predomina, mas já se


desenvolvem relações capitalistas.

 Capitalismo comercial: a maior parte dos lucros concentra-se nas mãos dos
comerciantes, que constituem a camada hegemônica da sociedade; o trabalho
assalariado torna-se mais comum.

 Capitalismo industrial: com a revolução industrial, o capital passa a ser


investido basicamente nas industrias, que se tornam à atividade econômica
mais importante; o trabalho assalariado firma-se definitivamente.

 Capitalismo financeiro: os bancos e outras instituições financeiras passam a


controlar as demais atividades econômicas, através de financiamentos à
agricultura, a industria, à pecuária, e ao comercio.

 Modo de produção Comunista:

A base econômica do comunismo é a propriedade social dos meios de


produção, isto é, os meios de produção são públicos ou coletivos, não existindo
empresas privadas. A finalidade da sociedade comunista é a satisfação
completa das necessidades materiais e culturais da população: emprego,
habitação, educação, saúde. Nela não há separação entre proprietário do
capital (patrão) e proprietários da força do trabalho (empregados). Isto não quer
dizer que não haja diferenças sociais entre as pessoas, bem como salários
desiguais em função de o trabalho ser manual ou intelectual.

2. RELAÇÕES DE PRODUÇÃO

As relações de produção são as formas como os seres humanos desenvolvem


suas relações de trabalho e distribuição no processo de produção e reprodução

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da vida material. Segundo a teoria marxista, nas sociedades de classes as
relações de propriedade são expressões jurídicas das relações de produção.
Assim, nas sociedades de classes, as relações de produção são relações entre
classes sociais, proprietários e não-proprietários. As relações de produção,
conjuntamente com as forças produtivas são os componentes básicos do modo
de produção, a base material da sociedade. Na economia marxista as forças
produtivas correspondem aos elementos que exercem na sociedade uma
influência para modificar ou transformar uma natureza. As forças produtivas
dividem-se em dois sub-grupos: os meios de produção e a força de trabalho.

3. FORÇAS PRODUTIVAS

Refere-se aos elementos que exercem na sociedade uma influência para


modificar ou transformar a natureza, bem como produzir bens materiais.
Compreendem os meios de produção e a força de trabalho.

3.1. MEIOS DE PRODUÇÃO

Podemos definir meios de produção como o conjunto formado pelos "meios


de trabalho" e pelos "objetos de trabalho", além da maneira como a sociedade
se organiza economicamente.
Os meios de trabalho incluem os "instrumentos de produção" (máquinas,
ferramentas), as instalações (edifícios, armazéns, silos etc), as fontes de
energia utilizadas na produção (elétrica, hidráulica, nuclear, eólica etc.) e os
meios de transporte.
Os "objetos de trabalho" são os elementos sobre os quais ocorre o trabalho
humano (matérias-primas minerais, vegetais e animais, o solo etc.). Os meios
de produção servem como base em modelos de organização social. Para uma
análise de uma sociedade é preciso primeiro verificar em que tipo de meio de
produção ela se baseia, pois sendo a produção talvez a parte mais importante
da vida em sociedade, a mesma tem absoluta relevância na ordem social que
vigora. O modo de produção seria uma espécie de infra-estrutura da
sociedade, o modelo básico de organização social, sendo as formas das
demais instituições comunitárias reflexo desta organização. ( Ver Materialismo
Histórico )

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Se os meios de produção de uma sociedade são Privados, e a força de
trabalho é livre, podemos ver essa sociedade como sendo Capitalista. Em
sendo esses meios socializados, ou não privados poderemos, talvez, então
estar olhando para uma sociedade Socialista. Isso é uma forma bastante
simplificada de buscar entender como se formam sociedades Capitalistas ou
Socialistas. Obviamente, existem fatores bem mais profundos que precisam ser
analisados, seja quanto aos regimes se democráticos ou autoritários até de
quem realmente está detendo o domínio desses meios produtivos ou, quanto a
cultura disseminada e arraigada de um povo.

3.2. Força de trabalho pode significar: Refre-se ao elemento humano (trablho)


incorporado no processo de processo. De uma forma geral a força de trabalho
pode ser classificada a partir de duas situações:

• O número de pessoas em um determinado lugar que possui a


capacidade de ser empregado.

• A capacidade dos trabalhadores de produzirem riqueza material.

Para os teóricos de orientação marxista a compra e venda da força de trabalho


é uma das características básicas do capitalismo. O valor da força de trabalho
é o valor dos meios de subsistência necessários para conservação e
reprodução do seu possuidor. E umas das consequências da utilização do valor
de uso da força de trabalho é que o proprietário dos meios de produção, não
paga senão após ter funcionado, por exemplo no fim de cada mês. No entanto
o trabalhador adianta pois o valor de uso de sua força de trabalho, quer dizer,
produz seus meios de subsistência necessários (o seu salário) e também
produz a mais valia absorvida pelo capitalista.

A força de trabalho do trabalhador é uma mercadoria que o capitalista compra


e que gera as riquezas. Porém essa mercadoria (a força de trabalho) gera mais
riqueza do que quanto ela mesma vale. Nesse sentido, tem-se a impressão de
que o capitalista comprou uma caixa de leite de 1 litro mas quando a abriu viu
que tinha mais de 1 litro que se podia extrair da caixa. Isso contraria as
equações e a lei da equivalência. Mas como o comércio se baseia na troca
justa, a força de trabalho é comprada pelo preço necessário para repô-la sem
progresso, ou com progresso lento do trabalhador (digamos uma sobra no

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salário que ele investe nos estudos, ou para ser mais visível, na academia,
para ter mais músculos). Assim, temos uma troca justa: se paga ao trabalhador
para que ele mantenha a força que ele fornece (abaixo disso ele é
superexplorado e se atrofia, comendo menos tem menos força a oferecer, e
acima disso ele progride e passa a ter mais capacidade a oferecer). Porém,
assim como o trabalhador faz o que bem entender com o que ele adquire nas
suas compras (pode comprar uma carne mas alimentar a si e dar o osso ao
cachorro, assim ele alimenta duas bocas com o que comprou para uma), o
capitalista também usa como bem entender a força de trabalho, e assim gera
mais valor, é a mais-valia. Apesar de no exemplo do cachorro, o operário ter
feito uso melhor do valor-de-uso da carne, ele só o fez do valor-de-uso, e não
do valor-de-troca. E a sensação de ganho ficou restrito à sua vida particular,
privada, individual. Enquanto isso, o capitalista ganhou no valor-de-troca, pois
adiante essa mais-valia que ele conseguiu e irá se transformar em mais
produtos será trocada por dinheiro e outros bens para a empresa, portanto não
é um ganho apenas na sua vida particular.

Considerando como mercadoria a "força de trabalho" e não simplesmente


"trabalho" foi possível resolver as contradições nas fórmulas de Adam Smith e
David Ricardo, pois estes falavam em capitalistas comprando o trabalho e
pagando o equivalente (o salário) necessário para reprodução, assim como se
paga a mercadoria com um equivalente que possibilita a reposição da
mercadoria no futuro. Mas ao mesmo tempo falavam em um excedente (a
mais-valia), o que tornava a fórmula contraditória pois como poderia sobrar um
excedente ao capitalista na troca sem prejudicar a reposição da mercadoria?
(nas outras mercadorias, se é pago abaixo do necessário, o excedente que fica
no bolso se transforma num prejuízo posterior pois a mesma mercadoria no
futuro terá menos qualidade). Para satisfazer a equação é necessário separar a
"força de trabalho" do "trabalho", assim como se separa o potencial da
potência.

4. CLASSES SOCIAIS

Uma classe social é um grupo de pessoas que têm status social similar
segundo critérios diversos, especialmente o econômico. Segundo a óptica

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marxista, em praticamente toda sociedade, seja ela pré-capitalista ou
caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a classe dominante, que
controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas por aquela,
reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe
dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da humanidade é a
sucessão das lutas de classes, de forma que sempre que uma classe
dominada passa a assumir o papel de classe dominante, surge em seu lugar
uma nova classe dominada, e aquela impõe a sua estrutura social mais
adequada para a perpetuação da exploração.

A divisão da sociedade em classes é consequencia dos diferentes papeis que


os grupos sociais têm no processo de produção, seguindo a teoria de Karl
Marx. È do papel ocupado por cada classe que depende o nível de fortuna e de
rendimento, o género de vida e numerosas caracteristicas culturais das
diferentes classes. Classe social define-se como conjunto de agentes sociais
nas mesmas condições no processo de produção e que têm afinidades
políticas e ideologicas.

5. CAPITALISMO E SISTEMA CAPITALISTA

O capitalismo é caracterizado por quatro conjuntos de esquemas institucionais


e comportamentais: produção de mercadorias, orientada pelo mercado;
propriedade privada dos meios de produção; um grande seguimento da
população que não pode existir, a não ser que venda sua força de trabalho no
mercado; e comportamento individualista, aquisitivo, maximizador, da maioria
dos indivíduos dentro do sistema econômico. HUNT (1989:26)

Primeira característica:

Na produção de mercadorias, a atividade produtiva de uma pessoa não tem


qualquer ligação direta com seu consumo; ambos devem ser mediados pela
troca e pelo mercado. Além disso, uma pessoa não tem qualquer ligação direta
com as pessoas que produzem as mercadorias que consome. Tal relação
social é mediada pelo mercado.

 Segunda característica:

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A propriedade privada dos meios de produção: Isso significa que a sociedade
dá a certas pessoas o direito de determinar como matérias-primas,
ferramentas, maquinaria e edifícios destinados à produção podem ser usados.
Tal direito necessariamente implica que outros indivíduos sejam excluídos do
grupo daqueles que tem algo a dizer sobre como estes meios de produção
podem ser usados.

No sistema capitalista, as padarias, as fábricas, confecções, gráficas,


papelarias etc., pertencem a empresários e não ao Estado. Nesse sistema, a
produção e a distribuição das riquezas são regidas pelo mercado, no qual, em
tese, os preços são determinados pelo livre jogo da oferta e da procura. O
capitalista, proprietário de empresa, compra a força de trabalho de terceiros
para produzir bens que, após serem vendidos, lhe permitem recuperar o capital
investido e obter um excedente denominado lucro. No capitalismo, as classes
não mais se relacionam pelo vínculo da servidão (período Feudal da Idade
Média), mas pela posse ou carência de meios de produção e pela livre
contratação do trabalho e/ou tabalhadores

 Terceira característica:

A existência de uma numerosa classe trabalhadora que não tem qualquer


controle sobre os meios necessários para a execução de sua atividade
produtiva. Isso quer dizer que as mercadorias que os trabalhadores produzem
não lhes pertencem, mas sim, aos capitalistas proprietários dos meios de
produção. O trabalhador típico entra no mercado possuindo apenas sua força
de trabalho.

 Quarta característica:

A maioria das pessoas é movida por um comportamento individualista,


aquisitivo e maximizador. Isto é necessário para o funcionamento adequado do
capitalismo, onde a busca do lucro e a necessidade de capital orienta o
comportamento e a vida das pessoas.

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 Outros elementos que caracterizam o capitalismo são a acumulação
permanente de capital; a geração de riquezas; o papel essencial
desempenhado pelo dinheiro e pelos mercados financeiros; a concorrência, a
inovação tecnológica ininterrupta e, nas fases mais avançadas de evolução do
sistema, o surgimento e expansão das grandes empresas multinacionais. A
divisão técnica do trabalho, ou seja, a especialização do trabalhador em tarefas
cada vez mais segmentadas no processo produtivo, é também uma
característica importante do modo capitalista de produção, uma vez que
proporciona aumento de produtividade. O modelo capitalista também é
chamado de economia de mercado ou de livre empresa.

6. DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO

A primeira fase de expansão do capitalismo confunde-se com a revolução


industrial, cujo berço foi a Inglaterra, de onde se estendeu aos países da
Europa ocidental e, posteriormente, aos Estados Unidos. A evolução do
capitalismo industrial foi em grande parte conseqüência do desenvolvimento
tecnológico. Por imposição do mercado consumidor os setores de fiação e
tecelagem foram os primeiros a usufruir os benefícios do avanço tecnológico. A
indústria manufatureira evoluiu para a produção mecanizada, possibilitando a
constituição de grandes empresas, nas quais se implantou o processo de
divisão técnica do trabalho e a especialização da mão-de-obra.

Ao mesmo tempo em que se desencadeava o surto industrial, construíram-se


as primeiras estradas de ferro, introduziu-se a navegação a vapor, inventou-se
o telégrafo e implantaram-se novos progressos na agricultura. Sucederam-se
as conquistas tecnológicas: o ferro foi substituído pelo aço na fabricação de
diversos produtos e passaram a ser empregadas as ligas metálicas; descobriu-
se a eletricidade e o petróleo; foram inventadas as máquinas automáticas;
melhoraram os sistemas de transportes e comunicações; surgiu a indústria
química; foram introduzidos novos métodos de organização do trabalho e de
administração de empresas e aperfeiçoaram-se a técnica contábil, o uso da
moeda e do crédito.

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Na Inglaterra, Adam Smith e seus seguidores desenvolveram sua teoria liberal
sobre o capitalismo. Na França, após a revolução de 1789 e as guerras
napoleônicas, passou a predominar a ideologia do laissez-faire, ou do
liberalismo econômico, que tinha por fundamentos o livre comércio, a abolição
de restrições ao comércio internacional, o livre-câmbio, o padrão-ouro e o
equilíbrio orçamentário. O liberalismo se assentava no princípio da livre
iniciativa, baseado no pressuposto de que a não regulamentação das
atividades individuais no campo socioeconômico produziria os melhores
resultados na busca do progresso.

A partir da primeira guerra mundial, o quadro do capitalismo mundial sofreu


importantes alterações: o mercado internacional restringiu-se; a concorrência
americana derrotou a posição das organizações econômicas européias e impôs
sua hegemonia inclusive no setor bancário; o padrão-ouro foi abandonado em
favor de moedas correntes nacionais, notadamente o dólar americano, e o
movimento anticolonialista recrudesceu.

Os Estados Unidos, depois de liderarem a economia capitalista mundial até


1929, foram sacudidos por violenta depressão econômica que abalou toda sua
estrutura e também a fé na infalibilidade do sistema. A política do liberalismo foi
então substituída pelo New Deal: a intervenção do estado foi implantada em
muitos setores da atividade econômica, o ideal do equilíbrio orçamentário deu
lugar ao princípio do déficit planejado e adotaram-se a previdência e a
assistência sociais para atenuar os efeitos das crises. A progressiva
intervenção do estado na economia caracterizou o desenvolvimento capitalista
a partir da segunda guerra mundial. Assim, foram criadas empresas estatais,
implantadas medidas de protecionismo ou restrição na economia interna e no
comércio exterior e aumentada a participação do setor público no consumo e
nos investimentos nacionais.

A implantação do modo socialista de produção, a partir de 1917, em um


conjunto de países que chegou a abrigar um terço da população da Terra,
representou um grande desafio para o sistema de economia de mercado. As
grandes nações capitalistas passaram a ver o bloco socialista como inimigo
comum, ampliado a partir da segunda guerra mundial com a instauração de

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regimes comunistas nos países do leste europeu e com a revolução chinesa.
Grande parte dos recursos produtivos foi investida na indústria bélica e na
exploração do espaço com fins militares. Essa situação perdurou até a
desagregação da União Soviética, em 1991, e o início da marcha em direção à
economia de mercado em países como a China.

7. CRÍTICA AO CAPITALISMO

A mais rigorosa crítica ao capitalismo foi feita por Karl Marx, ideólogo alemão
que propôs a alternativa socialista para substituir o Capitalismo. Segundo o
marxismo, o capitalismo encerra uma contradição fundamental entre o caráter
social da produção e o caráter privado da apropriação, que conduz a um
antagonismo irredutível entre as duas classes principais da sociedade
capitalista: a burguesia e o proletariado (o empresariado e os assalariados).

O caráter social da produção se expressa pela divisão técnica do trabalho,


organização metódica existente no interior de cada empresa, que impõe aos
trabalhadores uma atuação solidária e coordenada. Apesar dessas
características da produção, os meios de produção constituem propriedade
privada do capitalista. O produto do trabalho social, portanto, se incorpora a
essa propriedade privada. Segundo o marxismo, o que cria valor é a parte do
capital investida em força de trabalho, isto é, o capital variável. A diferença
entre o capital investido na produção e o valor de venda dos produtos, a mais-
valia (lucro), apropriada pelo capitalista, não é outra coisa além de valor criado
pelo trabalho.

Segundo os Marxistas, o sistema capitalista não garante meios de subsistência


a todos os membros da sociedade. Pelo contrário, é condição do sistema a
existência de uma massa de trabalhadores desempregados, que Marx chamou
de exército industrial de reserva, cuja função é controlar, pela própria
disponibilidade, as reivindicações operárias. O conceito de exército industrial
de reserva derruba, segundo os marxistas, os mitos liberais da liberdade de
trabalho e do ideal do pleno emprego.

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Entretanto, a experiência Marxista de uma sociedade socialista justa e
igualitária não se concretizou. Depois de setenta anos de vigência, e muitas
dificuldades internas decorrentes, principalmente, da instalação de burocracias
autoritárias no poder, os regimes socialistas não tinham conseguido
estabelecer a sociedade justa e de bem-estar que pretendiam seus primeiros
ideólogos. A União Soviética, maior potência militar do planeta, exauriu seus
recursos na corrida armamentista, mergulhou num irrecuperável atraso
tecnológico e finalmente se dissolveu em 1991. A Iugoslávia socialista se
fragmentou em sangrentas lutas étnicas e a China abriu-se, cautelosa e
progressivamente, para a economia de mercado.

O capitalismo, no entanto, apesar de duramente criticado pelos socialistas


(marxistas), mostrou uma notável capacidade de adaptação a novas
circunstâncias, fossem elas decorrentes do progresso tecnológico, da
existência de modelos econômicos alternativos ou da crescente complexidade
das relações internacionais.

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