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As algas na nossa alimentação

Colégio Rainha D. Leonor


Ciências da Natureza

AS ALGAS NA
NOSSA
ALIMENTAÇÃO

Trabalho realizado por: Ana Maurício, Luís Jacinto, Luís Serôdio, Miriam Clemente

Oceanos, Biodiversidade e Saúde Humana

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As algas na nossa alimentação

“O começo de todas as ciências é a surpresa


de que as coisas sejam aquilo que são”.

Aristóteles

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Introdução

As algas são utilizadas na alimentação humana já desde a antiguidade e foi no Extremo


Oriente que mais cedo se generalizou o seu consumo entre a população. Esta atribui às algas
propriedades determinantes da saúde, da longevidade e da sorte. Segundo números
apresentados pela FAO (Food and Agriculture Organization), das Nações Unidas, produzem-se
anualmente cerca de sete milhões de toneladas de algas frescas, das quais metade se destina
à alimentação humana directa. O restante destina-se à indústria alimentar, farmácia,
cosmética, fertilizantes, etc. Nos últimos vinte anos o consumo mundial de algas duplicou e,
estou certa, serão alimentos de referência obrigatória neste século. O Gelidium, a alga
vermelha do ágar-ágar. Esta alga cuja apanha é ainda praticada nalguns locais do nosso País,
é de onde se extrai o ágar-ágar, um coloide com múltiplas utilizações, que vão desde a
microbiologia à indústria alimentar, passando pela indústria têxtil e fotográfica. Apesar de
sermos um país à beira-mar plantado temos pouca tradição no consumo de algas. Mas é pena!

Figura 1- Gelidium sesquipedale

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Descrição científica

As algas marinhas dividem-se em vários subgrupos: Chlorophyta ou algas verdes;


Phaeophytas ou algas castanhas, as Rhodophyta ou algas vermelhas e as Cyanophyta ou
algas azuis. Em qualquer um destes grupos existem algas de grande interesse científico e
económico para o Homem, é o caso da alga que dá pelo nome científico de Gelidium
sesquipedale, conhecida por Alga vermelha agarófita ou Gelidium, cuja a apanha comercial é
praticada em algumas localidades do nosso País.

Figura 2- Representação esquemática


da alga Gelidium sesquipedale

 TAXONOMIA
Esta alga pertence ao subreino Thallophyta, Classe Rhodophyceae (algas vermelhas), Ordem
Gelidiales, família Gelidiaceae.

 DESCRIÇÃO
Esta alga possui um talo cartilaginoso, extremamente duro e forte que se fixa à rocha por um
sistema radicular semelhante a raízes denominado de rizóides. Apresenta ramos de 20 a 35
cm de comprimento, formando aspecto muito extensas e densas. O seu ramo principal é
ligeiramente achatado e delgado, com ramos secundários, geralmente opostos, delgados e
afilados em ambas as extremidades, com pequenos râmulos simples ou penados.

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Figura 3- Alga vermelha Gelidium

Figura 4- Detalhe de um fragmento do talo

 DISTRIBUIÇÃO
O Gelidium pode ser encontrado no Atlântico Norte desde o Canal da Mancha até à Mauritânia,
no Mediterrâneo Ocidental tem uma distribuição muito localizada, praticamente circunscrita ao
Norte de África próximo do Estreito de Gibraltar.

 HABITAT
Ocorre em águas temperadas e quentes, sobre substrato rochoso sujeito a forte
hidrodinamismo e insolação directa. A sua distribuição estende-se a uma profundidade de 1-3
m, encontrando-se muitas vezes nas poças debaixo de outras algas.

Figura 5- Extracção do ágar-ágar (Gelidium sesquipedale)


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 CICLO DE VIDA
É uma espécie perene, podendo ser encontrada durante todo o ano.

Figura 6- Algas vermelhas

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Utilização para o Homem

As utilizações deste colóide vão desde a microbiologia como meio sólido de cultura, à indústria
alimentar, onde o encontramos como emulsificante e conservante, como pectina em gelatinas,
compotas e marmeladas, agente clarificador na produção de cervejas, vinhos e café; à
indústria têxtil como cola e impermeabilizante para tecidos ou mesmo como lubrificante na
fabricação de lâmpadas ou na indústria fotográfica na produção de películas.

Figura 7- Recolha de algas Gelidium no seu habitat

Figura 8- Gelidium no processo de secagem


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Algas na nossa alimentação


As algas marinhas são uma das jóias do mar, adornando as águas com vida e cor e
fornecendo um recurso que pode melhorar a nossa alimentação, tanto do ponto de vista da
nutrição como da culinária e gastronomia. Existem milhares de variedades de algas marinhas,
sendo classificadas a partir da sua coloração, podendo ser designadas algas verdes,
vermelhas ou castanhas. Cada alga é única na sua forma, sabor e textura. Embora nem todas
as algas marinhas existentes sejam consumidas, uma grande parte é já incluída na
alimentação humana. As algas são alimentos riquíssimos em micronutrientes (vitaminas,
minerais e oligoelementos) mas também possuem proteínas com aminoácidos essenciais,
hidratos de carbono e pouca gordura, mas boa. Diante de tantas vantagens, seria ideal as
populações introduzirem este alimento na dieta nacional. Não é o que acontece. O português
não tem o hábito de consumir algas, contudo ingere os subprodutos das algas – mesmo assim
indirectamente. O ágar-ágar, substância gelatinosa, é usado na indústria alimentícia para dar
viscosidade a molhos e doces. Segue-se uma receita saborosa, fácil de confeccionar e que
contém ágar-ágar, extraído de algas.

Figura 9- Sobremesas confeccionadas com ágar-ágar

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Receita

Tarte caprichosa de ágar-ágar, queijo e chocolate

Para a massa

 200 g de bolachas de aveia


 70 g de margarina

Para o creme

 3 colheres de sopa de Ágar-ágar


 2 colheres de sopa de água
 200 g de queijo fresco em creme
 150 g de açúcar em pó
 3 iogurtes naturais cremosos
 2 dl de natas
 100 g de chocolate
 3 colheres de sopa de leite

Preparação

Rale grosseiramente as bolachas e misture-as com a margarina de modo a obter um preparado


com o aspecto de uma areia grossa. Espalhe sobre o fundo de um a forma de mola. Bata o
queijo fresco em creme com o açúcar e os iogurtes. À parte bata as natas até ficarem bem
espessas. Aqueça 2 colheres de sopa de leite e adicione 3 colheres de ágar-ágar em flocos.
Junte o preparado gelatinoso ao creme de queijo e misture bem. Adicione as natas batidas,
misturando delicadamente. Deite metade do preparado sobre a base de bolachas. Parta o
chocolate em pedaços pequenos, junte o leite e leve ao microondas na potência máxima
durante cerca de 40 segundos. Mexa com uma vara de arames até o chocolate estar
completamente derretido e junte ao restante creme de queijo. Deite no meio da tarte deixando
espalhar para a periferia. Com a ponta de uma faca puxe o creme branco da periferia para o
centro de modo a formar uns raios. Leve ao frigorífico e deixe refrescar bem.

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Biografia

 Oliveira, J.C. (1984). Notas sobre o crescimento de Gelidium sesquipedale (Clem.) Born. Et
Thur., na costa ocidental portuguesa. In Vasco Marques (ed.), Actas do IV Simpósio Ibérico de
Estudos do Benthos Marinho, Vol. III.

 Santos, R. e Duarte, P. (1991). Marine plant harvest in Portugal. J. Appl. Phycol.

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