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Elaborado por:
Ana Carolina Silva de Souza
Janeiro/2011
Centr
o de Tecnologia do Social
SUMÁRIO
SUMÁRIO.....................................................................................................................2
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................3
LISTA DE TABELA.........................................................................................................4
CONCEPÇÃO DA REEDUCAÇÃO POSTURAL .....................................................7
2.1 A Postura.................................................................................................................7
2.2 Boa Postura x Má Postura.......................................................................................8
2.3 Coluna Vertebral.....................................................................................................9
2.3.1 Estrutura e anatomia da coluna vertebral.......................................................10
2.3.2 Unidade Funcional..........................................................................................12
2.3.3 Músculos da Coluna vertebral........................................................................13
2.4 Alteração e Desvios Posturais...............................................................................15
2.4.1 Hipercifose......................................................................................................16
2.4.2 Hiperlordose...................................................................................................17
2.4.3 Escoliose.........................................................................................................19
2.5 Avaliação Postural.................................................................................................21
2.6 Alteração Postural no Favorecimento do Surgimento dos Distúrbios
Osteomusculares relacionado ao Trabalho Ocupacional (DORT)......................22
2.7 Reeducação Postural .............................................................................................30
2.7.1. Alongamento (RP).........................................................................................30
2.7.3. Treinamento Proprioceptivo..........................................................................38
3. INTERVENÇÃO.........................................................................................................41
3.1 Estruturações da Sessão de Intervenção Exercício Físico e Reeducação Postural41
3.2 Periodição da intervenção .....................................................................................44
REFERÊNCIA ................................................................................................................46
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LISTA DE FIGURAS
2.1 A Postura
A passagem do homem da posição de quadrúpede à bípede, tornou-se possível
devido ao processo progressivo de alterações anátomo-fisiológicas. A cabeça teve que
se equilibrar na posição superior da coluna, permitindo que os olhos ficassem voltados
para frente e que o tronco se equilibrasse sobre os membros inferiores, por meio da
cintura pélvica, apoiando-se no espaço ocupado pela planta dos pés (MOTTA; SILVA,
2001). Assim, o maior desafio, para homem, tem sido ficar em pé sem forçar sua
estrutura óssea ou articulações. Na luta contra a gravidade, o corpo se protege de várias
maneiras para compensar deficiências de equilíbrio ou dores (SATYANARAYANA,
KRISHNA, RAO, 1986)
A Postura corporal pode ser entendida como:
• a posição ou atitude do corpo,
• a maneira característica de sustentar o copo,
• o alinhamento e a orientação do corpo no ambiente,
• o arranjo das partes do corpo para uma atividade específica e
• o posicionamento dos segmentos num determinado momento (SMITH;
WEISS; LEHMKUHL, 1977; RASCH; BURKE, 1977; FRACCAROLI, 1981;
KENDALL; MCCREARY; PROVANCE, 1995).
Na verdade, a postura pode ser entendida por meio das suas formas estruturais e
funcionais, sob a influência de vários fatores, tais como: evolução do ser humano, as
necessidades da biomecânica, as exigências ambientais e os problemas emocionais que
interferem na imagem corporal, entre outros. Pois, a postura está sob a influência da
constituição óssea do indivíduo, da tonicidade muscular, das forças mecânicas do
organismo (musculatura, articulações e inervações) e a capacidade dos discos
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intervertebrais, que são responsáveis pelo suporte do peso corporal (Punnet e col.,
1991).
As curvaturas da coluna vertebral são essenciais para que a coluna seja flexível e
possa suportar compressão no sentido longitudinal (axial) sem prejudicar a postura ereta
e manter a tensão e estabilidade adequada das articulações interverterias (Pires; Rio,
1999). Segundo Gould III (1993), cálculos tem determinado que um sistema de três
curvas pode suportar mais forças compressivas de que um sistema reto.
Os músculos que atuam sobre a coluna vertebral podem ser divididos em duas
categorias: Anterior – os geram a flexão; e Posterior – são responsáveis pela extensão.
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da coluna vertebral. No entanto, a unica excessão é o músculo quadrado lombar que
atua como flexor lateral puro.
Longo da cabeça
Longo do pescoço
Músculos Hióiodes
Região toracolombar
Músculos do abdome
Reto abdominal
Transverso do abdome
Trapézio
Esplênio da Cabeça
Esplênio do Pescoço
Músculos suboccpitais
Eretores da Espinha
(sacro espinhal)
Figura 5– Grupo posterior da coluna cervical
Fonte: Miranda, E. Coluna Vertebral. Rio de Janeiro: Editora Sprint. 2007
Região toracolombar
Semi-espinhal
Multífidos
Rotadores
interespinhais
Intertransversário
Figura 6– Grupo posterior da coluna cervical
Fonte: Miranda, E. Coluna Vertebral. Rio de Janeiro: Editora Sprint. 2007
2.4.1 Hipercifose
2.4.2 Hiperlordose
2.4.3 Escoliose
De acordo com Bradford e col. (1994), escoliose é derivada da palavra grega que
significa curvatura. Na literatura médica, significa uma curvatura da coluna. A coluna
normal tem curvaturas fisiológicas quando vista de lado, mas não há desvio lateral
quando vista de frente ou de trás.
Segundo Ferreira, Defino (2001), é uma deformidade que afeta a coluna
vertebral nos três planos, sendo o desvio lateral no plano frontal, a rotação vertebral no
plano axial e a lordose no plano sagital, que produz uma topografia irregular na
superfície do tronco. Mas para Dickson (1999), a escoliose é uma deformidade oposta
da cifose que é unilateral, possui uma rotação estável, tendo um caráter progressivo no
plano sagital.
A escoliose pode ser causa por seguintes possíveis fatores:
• defeitos estruturais hereditários;
• deterioração das vértebras,
• ligamentos ou músculos, como conseqüência de infecções ou
deformidades;
• paralisia unilateral dos músculos espinhais;
• diferença de comprimento dos membros inferiores;
• pé plano ou pronação unilateral;
• desequilíbrio do desenvolvimento muscular resultante da ocupação ou
hábitos (Rasch; Burke, 1987).
A escoliose pode ser distinguida como escoliose funcional, que está associada a
hábitos regulares de posturas incorretas, como o mau posicionamento no estado de
sentado ou a hábitos de transporte de pasta de um só lado, o que resulta em assimetrias
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funcionais na cargabilidade da musculatura da coluna vertebral, fator comum em
trabalhadores (SEDA, 1982).
Mezurecky (2002) descreve que a escoliose se apresenta, freqüentemente, com
uma pélvis ou ombros assimétricos com desequilíbrio simétrico do tronco lateralmente
para a esquerda ou direita.
Mas Krusen (1994) destaca que os sintomas da escoliose são primariamente os
da aparência indesejável. As seqüelas estéticas são significativas porque a escoliose é
mais freqüente em meninas na proporção de 2:1. Outra seqüela é a prevalência de
complicações cardiopulmonares secundárias, a deformidade da caixa torácica, como por
exemplo déficit da capacidade vital. A dor é considerada a terceira seqüela, mas há
controvérsia a respeito da presença de dor (EROL; BLESSEY, 1999).
Segundo Knoplich (1989), Rasch; Burke (1987), e Kisner; Colby (1992),
Bienfait (1995), se a escoliose se não for tratada, pode desencadear graves
comprometimentos em um indivíduo tais como:
• limitação das habilidades motoras,
• da instabilidade postural,
• diminuição da resistência à fadiga (endurece),
• dor e/ou desconforto ,
• diminuição do esquema corporal,
• má aparência,
• dificuldades obstétricas,
• diminuição da capacidade da coluna em sustentar o peso corporal,
• deformação das cavidades corporais,
• deslocamento de órgãos por compressão,
• comprometimentos significativos no sistema cardiorespiratório,
• problemas psíquicos tais como complexo de inferioridade e várias outras
inibições, e
• uma expectativa de vida curta.
3. INTERVENÇÃO
Neste capitulo será abordado como você, professora, deverá planeja o seu
plano de aula.
MESES F E V E R E IR O M A
M E S O C IC L O S Me
P re p a ra ç ã o
1 2
M IC R O C IC L O S
0 8 a 1 21 5 a 1 92 2 a 2 60 1 a 0 5 0 8 a 1125 a 1
O B J E T IV O
Figura 7 – Periodização do primeiro semestre
S é r i e Ts e m
ALO N G AM EN TO 3 30s
Centro de Tecnologia do Social
M eses J u lh o
M e s o c ic lo
1 2 a 2 31
Figura 8- Periodização do segundo semestre
26 a
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