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As Quatro Nobres Verdades

por

Bhante Henepola Gunaratana

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Todo o conjunto dos ensinamentos do Buda gira ao redor desse tópico. Depois
de quarenta e cinco anos de serviço para a humanidade, o Buda disse “Bhikkhus,
todos estes anos eu apenas lhes ensinei quatro palavras.” Em outra ocasião ele disse:
“Bhikkhus, eu lhes ensinei tudo sem manter nada em segredo.” Ele tomou algumas
folhas da floresta e perguntou o que era maior, a quantidade de folhas na sua mão ou
a quantidade das folhas na floresta. Os bhikkhus responderam que as folhas na mão
dele comparadas com as folhas na floresta eram insignificantes. A floresta possuía
mais folhas do que aquelas na mão dele.

Analisando essas afirmações, elas parecem contraditórias. A primeira, quando


ele disse que ensinou apenas quatro palavras e depois disse que ensinou tudo sem
manter nada em segredo. Uma outra, quando ele disse que o que ele havia ensinado
era igual à quantidade de folhas na sua mão e aquilo que ele não havia ensinado era
igual a quantidade de folhas da floresta.

Não há contradição. Significa que devemos conhecer as quatro palavras em


Pali, não em Português. Elas são dukkha, samudaya, nirodha, magga. Em Português
elas significam sofrimento, a causa do sofrimento, o fim do sofrimento e o caminho que
conduz ao fim do sofrimento. Isso foi tudo que ele ensinou. Ao estudar a literatura
Budista você encontra uma verdadeira selva. É muito difícil para as pessoas conseguir
por essa selva em ordem e encontrar essas quatro palavras. As pessoas ficam
confusas. Nos dias de hoje é quase impossível, para muitas pessoas, conhecer aquilo
que o Buda realmente ensinou. Por isso existem muitas coisas por aí que passam por
ensinamentos do Buda.

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Qualquer coisa que você leia em nome do Budismo, que não se encaixe dentro
dessas quatro palavras que são o núcleo do ensinamento, pode colocar de lado sem
nenhum problema. A palavra dukkha tem sido interpretada como insatisfatório porque
a palavra sofrimento é muito desagradável. Ao ouvir a palavra você sofre. Você não
quer nem ouvir a palavra, quanto mais entendê-la.

A essas quatro palavras foram adicionadas outras quatro palavras (em Pali),
para indicar a sua função. Isto é, o entendimento perfeito, o abandono completo, a
realização perfeita e a prática perfeita. Você poderá começar por qualquer uma delas.
O entendimento perfeito é compreender o nosso predicamento, nosso problema,
nossa insatisfação. As pessoas não compreendem isso. Elas tentam fazer de conta
que isso não existe, tentam varrê-lo para debaixo do tapete. Elas dizem que isso não é
verdade – a vida é agradável, bela, prazerosa, satisfatória. Não existe o sofrimento.
Assim é como as pessoas enganam a si mesmas, escondem a verdade, fazem de
conta que não sofrem. É por isso que elas continuam permanecendo no samsara. O
Buda descreveu o sofrimento em poucas palavras e elas abrangem tudo aquilo que diz
respeito ao sofrimento.

Quando, antes de deixar a sua casa, o Buda viu as três marcas do sofrimento,
ele compreendeu a sua profundidade. As três marcas que ele viu foram a velhice, a
enfermidade e a morte. Essa não é uma experiência que impressione muita gente
porque ela pode ser ignorada. Velhice acontece para algumas pessoas, não para nós.
Nós nunca envelheceremos. Enfermidade, algumas pessoas se enfermam, nós não
nos enfermaremos. Algumas morrem, nós não morreremos. As pessoas podem
simular dessa forma. Siddhartha viu essas coisas desde a sua infância. É retratado
nos livros que ao ver o homem idoso ele começou a tremer, refletindo sobre o que era
aquilo, como se ele fosse uma pessoa muito estúpida que não soubesse nada. Ele na
verdade era um gênio. Ele não precisava ver aquele homem velho para compreender
a verdade da vida. Ele sabia que a vida é impermanente. Desde a infância ele sabia
da diferença entre ele e o seu pai. O seu pai era alto, velho e ele era jovem e pequeno.
Ele deve ter visto muitas folhas nas árvores – algumas eram velhas, outras novas. Ele
deve ter visto tudo isso e uma pequena coisa teria sido suficiente para despertar a
sabedoria, o conhecimento que ele havia cultivado no samsara. Essa não era a
primeira vez que ele compreendia o problema do sofrimento. Quando ele viu o homem
enfermo essa não foi a única vez que ele compreendeu que as pessoas adoecem.
Desde a sua infância ele havia compreendido isso. Embora ele estivesse afastado de
tudo isso ele compreendia tudo isso. Isso não era um segredo para ele. Quando ele

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viu essas três marcas no seu caminho para a cidade, esse foi um momento decisivo
para a sua decisão de encontrar uma solução para o sofrimento.

Após alcançar a iluminação, no seu primeiro sermão ele descreveu o


sofrimento. Ele disse aos cinco bhikkhus, o nascimento é sofrimento. Sofrimento de
quem? Da mãe, do bebe, da sociedade? Na verdade é sofrimento de todos. Todos os
bebês nascem, não com um grande sorriso. Todos nascemos com um grande choro.
Esse choro pode ser ouvido em todo o mundo. Esse choro continua até que a pessoa
morra. Algumas vezes ele é ruidoso, outras vezes queima internamente. Esse choro é
um lamento por comida, roupas, medicamentos, papéis, veículos, estradas, casas,
dinheiro e tantos outros problemas. Todos nós temos esse lamento interior, a todo
instante. Todos os problemas no mundo hoje e no futuro dependem do nascimento,
desse lamento. Veja o que acontece no mundo. Tudo está poluído – ar, água, a
população se expandindo, guerras em toda parte, todos os tipos de enfermidade.
Pense em todas as coisas que experimentamos no dia de hoje devido ao nascimento
de todos nós. Bilhões de pessoas nasceram e bilhões de problemas foram criados no
mundo. Todos podem ouvir esse lamento.

Se você pensar nisso, dirá que não quer voltar a nascer. Esta vida é o
bastante. A isto se denomina não obter aquilo que se deseja. Não obter aquilo que se
deseja é sofrimento. Obter aquilo que se deseja também é sofrimento. Essas são as
duas tragédias na nossa vida, ambas são sofrimento. O Buda explicou o que significa
não obter o que se deseja. Você não consegue um emprego, não vive em uma boa
vizinhança, não tem uma boa casa, bom carro, você quer obter essas coisas, mas não
as tem, por isso você sofre. Essa é uma análise superficial. Até mesmo uma criança
poderá compreendê-la.

Um significado mais profundo de não obter aquilo que se deseja é quando


pessoas inteligentes, bem instruídas, adultas, ao pensar e ponderar sobre os
problemas que enfrentaram na vida, concluem que não necessitam mais de outras
vidas. Esta é o bastante. Eu enfrentei as piores situações possíveis. Não quero mais
outras vidas. Esta é o bastante. Esse é um desejo bastante honesto. O Buda disse
que somente formulando esse tipo de desejo não é possível interromper o ciclo. Você
foi pego na armadilha. Você não é capaz de evitar o próximo nascimento. Porquê?
Através do desejo você não elimina as causas para o próximo nascimento. No
momento em que você pensou nisso, os fundamentos para a próxima vida já foram
estabelecidos. Quer você goste ou não, você foi pego. Você não consegue escapar.

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Esse é o sofrimento de não obter aquilo que se deseja e obter aquilo que não se
deseja. Você não quer renascer, mas renascerá.

Você poderá se perguntar por que devo obter aquilo que não quero? Não é
justo. Eu sempre acabo obtendo aquilo que não quero. Você criou isso. Você preparou
a si mesmo. O próximo passo é que ao nascer estamos crescendo. Começamos com
uma célula e terminamos com três trilhões de células. Pensamos que isso é o
suficiente. Não queremos crescer mais. Mas isso é parte do trato. Você fez um acordo.
Você está crescendo. Pergunte a uma criança a idade que ela tem. Ela pode ter quase
cinco anos e ela dirá que tem cinco anos. Ela quer se tornar um adulto e possui essa
ansiedade de crescer. Essa ansiedade não cessa quando a criança cresce e se torna
um adulto. Uma vez que ele alcança uma certa idade, ele quer parar esse
crescimento. Mas ele não consegue. Ele iniciou esse processo e este segue sem
interrupção. O crescimento em si não é doloroso. O que acontece na mente quando
pensamos sobre o crescimento é que causa a dor. Não é a aparência do
envelhecimento que é dolorosa ou o processo de crescimento em si que é doloroso.
Quando pensamos a seu respeito é que surge a dor. Porquê? Porque o crescimento
nos leva a algum lugar. Nos leva numa direção e começamos a antecipar aquilo que
irá ocorrer. Essa é outra coisa que não queremos. Ficamos chocados – as pessoas
morrem. Eu morrerei. Esse pensamento é tão chocante. Se existe qualquer coisa que
possamos fazer para impedir isso, nós a faremos. As pessoas gastam fortunas para
impedir a morte, o crescimento. Não somente a cirurgia plástica, mas muitas outras
coisas também.

Todos nascemos com um bilhete de ida e não há recurso. Nos mantemos


sempre na mesma direção porque as coisas são impermanentes. Por “coisas”
queremos dizer que os agregados são impermanentes. Portanto essa impermanência
é parte inerente do sistema. Eles são permanentemente impermanentes. A única coisa
permanente é a impermanência. Assim seguimos sempre naquela direção. Quando
nos damos conta de que não há como parar isso, ficamos muito insatisfeitos.

Isso é verdade? Como você pode dizer que o sofrimento existe na Índia, na
África, no Sri Lanka, mas não em Melbourne na Austrália ou em Nova Iorque nos
EUA? O sofrimento existe em todo lugar. É muito assustador quando você pensa a
respeito disso – e é por essa razão que algumas pessoas dizem que o Budismo é
pessimista. O Budismo diz a verdade. Mas o Buda não parou por aí. Ele disse que
precisamos compreender, aceitar e entender isso como adultos. Quando os animais
enfrentam esse tipo de situação, eles ficam muito ansiosos e sentem um grande

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sofrimento. Eles não compreendem nada. Nós não queremos ser assim. Queremos
ser seres humanos inteligentes, adultos, maduros e responsáveis. Não queremos fujir
desse fato. Queremos enfrentar isso, mas e daí?

Tentamos descobrir porque sofremos. Qual é a causa? O Buda encontrou a


causa. É o desejo, o apego. As pessoas não gostam de dizer que o desejo é a causa
do sofrimento porque é através dele que se criam todas as coisas. O desejo é o
criador. O desejo pode criar as coisas da forma como você quiser. Criamos coisas
para esta vida e para a seguinte. O desejo é tão poderoso que pode criar coisas por
muitas vidas. O desejo pode criar inúmeros renascimentos.

Nesta vida, tudo que desfrutamos em nome da civilização é criação do nosso


desejo. Gostamos do conforto, das experiências agradáveis que conduzem à busca, à
cobiça. Quando sentimos uma sensação agradável nós a cobiçamos. Quando temos
cobiça nos dedicamos à busca. Quanta investigação você fez a respeito de várias
coisas? Isso é causado pelo desejo. Como resultado da busca você encontra muitas
coisas e decide quais aceitar e quais rejeitar. Quando você obtém o que quer, se torna
mesquinho e quer protegê-la. Nesta mesma vida, lutamos usando armas, palavras e
força física para proteger aquilo que temos. Esse é um dos aspectos do desejo. Não
quer dizer que não desfrutemos de certas coisas. Por exemplo, em nome da
civilização desenvolvemos tantas coisas, todos os recursos modernos. Milhões de
coisas foram criadas à nossa volta devido ao desejo. E, no entanto, isso nunca
diminuiu o nosso desejo, não trouxe um só momento de verdadeira paz e felicidade.
Só trouxe paz e felicidade temporárias e superficiais.

Por outro lado, como conseqüência do desejo surgem quatro tipos de apego.
Os prazeres sensuais criam o desejo de renascer aqui ou ali. Por um lado quando
pensamos nos problemas desta vida, não queremos renascer. Mas por outro lado
quando pensamos nos prazeres que desfrutamos na vida queremos repeti-los,
renascer repetidamente. Você quer renascer com uma certa pessoa na próxima vida.
Quantas vezes você formulou esse juramento? É por isso que o Buda disse que uma
vez que você experimente algo, irá querer repeti-lo. Essa é a natureza do desejo. Mas
esse não é o sofrimento que o desejo causa. O sofrimento causado pelo desejo é
perder aquilo que você tem. O prazer que você desfruta não lhe é fiel. Esse prazer irá
lhe dar as costas, irá abandoná-lo, pois ele é impermanente. Você quer agarrar esse
prazer impermanente, mas ele desaparece. Aquela pessoa com quem você quer ficar
para sempre lhe trai e poderá se tornar sua inimiga. Quando você não quer algo, não
consegue evitá-lo. Depois de algum tempo você volta a querer e então tudo recomeça.

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Portanto, não existe felicidade permanente em qualquer coisa que desfrutemos. O
desejo nos engana e isso é um convite a que repitamos as situações prazerosas.
Assim é o desejo pela sensualidade.

Em segundo lugar, nós temos certas opiniões, idéias. Elas nos conduzem à dor
a ao sofrimento. Temos um desejo por renascimentos repetidos. Onde quer que
nasçamos iremos enfrentar os mesmos problemas, a impermanência e
conseqüentemente o sofrimento.

Em seguida, a ignorância. Nos apegamos à nossa ignorância devido ao desejo.


Isso nos traz muitos problemas, agora e no futuro. Quando dizemos que o desejo é a
causa do sofrimento, as pessoas dizem que não. O desejo é a causa do prazer. O
desejo é sempre desagradável, não bem vindo? Não. Existem certos tipos de desejo
que queremos cultivar. Tal como o desejo de desenvolver o insight, de alcançar os
jhanas, de nos livrarmos dos irritantes psíquicos, de sermos felizes todo o tempo. Esse
tipo de desejo é chamado de desejo benéfico e é o desejo de ficar sem desejo.
Queremos cultivar isso. Os desejos prejudiciais são a causa de toda a nossa dor e
sofrimento.

A terceira verdade é a verdade do fim do sofrimento. O fim do sofrimento


necessariamente é o fim do desejo. Muito simples. Se o desejo é a causa do
sofrimento, o fim do sofrimento é o fim do desejo. Isto é o que se chama Nibbana. Ni
significa ausência, ana significa desejo.

Compreender a primeira verdade, compreender a segunda verdade,


compreender a terceira verdade, compreender a quarta verdade. Esse é o
entendimento correto. É correto dizer que o Buda ensinou o Caminho do Meio.
Também é correto dizer que o Buda ensinou as Quatro Nobres Verdades. Quer você
diga o Caminho do Meio ou as Quatro Nobres Verdades, é a mesma coisa. Porquê?
No Caminho do Meio estão incluídas as Quatro Nobres Verdades. A isto se denomina
o conhecimento, a ausência de ignorância. O que é a ignorância? Não compreender
as Quatro Nobres Verdades é ignorância. Não compreender dukkha, não compreender
a sua causa, não compreender o seu fim, não compreender o caminho que conduz ao
seu fim é ignorância. O que é conhecimento? Conhecimento é compreender essas
quatro coisas.

Quando existe ignorância existe a confusão. Ignorância é chamada de avijja.


Confusão é chamada moha. Quando não conhecemos a verdade, construímos teorias.
Formulamos todos os tipos de teorias. Teorias em relação ao mundo, ao eu. Todas as
teorias do mundo estão baseadas nesses dois fatores. Quais são os dois fatores? A

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crença no eu e no mundo. Essas teorias nos confundem e a isso se denomina moha.
Avijja é uma coisa, moha é outra. Moha é o resultado de avijja. Avijja é não
compreender as Quatro Nobres Verdades.

O segundo elemento do Nobre Caminho Óctuplo é a Intenção Correta. O que é


a intenção correta? A intenção de renúncia, generosidade, amor bondade e
compaixão. O Buda disse que se cultivarmos esses pensamentos, estaremos
cultivando a intenção correta. A generosidade não significa dar coisas para outras
pessoas. Esse é um significado superficial. Tem o significado de generosidade mas
não o significado completo. O significado mais profundo é o abandono de todas as
formas de apego a qualquer coisa que seja material ou imaterial. Abandonar todo tipo
de apego, apagá-lo, removê-lo da sua mente para que nunca mais retorne, a isto se
denomina a verdadeira generosidade. Isso nós podemos conseguir, mas não de
maneira muito rápida ou fácil. Somente quando atingimos o último estágio de
iluminação é que alcançamos esse tipo de generosidade. Cada coisa que façamos em
nome da generosidade, por menor que seja, nos conduzem para aquela realização.

Quando praticamos a meditação desenvolvemos a generosidade. Todas as


vezes que demonstramos amizade para com alguém estamos cultivando o amor
bondade. Todas as vezes em que praticamos a compaixão estamos desenvolvendo a
intenção correta da compaixão.

A linguagem correta é dizer a verdade, unir as pessoas, com gentileza e


bondade, dizendo coisas que tenham significância.. Existem quatro tipos de linguagem
correta. Sempre colocamos a linguagem correta em termos negativos como abster-se
de mentir, caluniar, fofocar e linguajar grosseiro. Se colocarmos em termos positivos
significa dizer a verdade, falar de forma a unir as pessoas, falar de forma gentil,
agradável e coisas que tenham significância ao invés de fofocar.

Ação correta é viver e deixar viver, não matar. Permitir que os outros desfrutem
daquilo que possuem, abster-se de roubar. Permitir que os outros preservem a sua
honra, dignidade, respeito sem feri-los sexualmente ou observando o princípio de
dignidade interiormente. As atividades sexuais dentro dos limites aceitáveis pela lei e
pela sociedade são aceitas. O celibato não é mencionado no Nobre Caminho Óctuplo.
Porque? Porque esse caminho pode ser praticado por qualquer pessoa. Pessoas
leigas podem praticar esse caminho.

O modo de vida correto é abster-se de vender armas, comprar e vender


substâncias venenosas, comprar e vender animais, escravizar seres humanos e agir
nos negócios de forma desonesta. Conduzir os negócios de forma honesta e sincera.

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Realizar os seus lucros com decência. Em algumas sociedades os comerciantes
aplicam uma margem de lucro de 50% ou 75% aos produtos. Se alguém aplicar uma
margem de 200% estará agindo de forma desonesta.

O esforço correto é prevenir que pensamentos prejudiciais surjam na mente,


superar tais pensamentos se eles já surgiram na mente, desenvolver pensamentos
benéficos na mente e manter na mente aqueles pensamentos benéficos que já
surgiram.

A atenção plena correta é a atenção plena em relação ao corpo, sensações,


consciência e atividades mentais. A concentração correta é definida como sendo os
quatro jhanas.

Se você praticar o Nobre Caminho Óctuplo definitivamente poderá se livrar de


toda a dor e sofrimento. Essa é a garantia. Se você se restringir à primeira verdade e
apenas disser que a vida é sofrimento, você estará lidando com apenas um quarto e
deixando de lado três quartos dos ensinamentos. Você estará equivocado. Você deve
lidar com todas as quatro unidades lógicas. Existe uma base, um silogismo e os
passos para completar a lógica. Tudo isso faz parte de um conjunto. A isto se
denomina uma unidade lógica, porque o Buda nos deu a premissa de que a vida é
sofrimento. Depois ele nos deu a causa, a segunda verdade. Podemos eliminá-la? A
terceira verdade. Como fazê-lo é a quarta verdade.

Podemos lidar com todas essas quatro verdades ao praticarmos a meditação,


seguindo o Nobre Caminho Óctuplo. É por isso que digo que esse caminho é o
coração do Budismo. Em outras palavras é a meditação. É um caminho para ser
cultivado, desenvolvido, meditado. Isso é o que fazemos. Meditar não quer dizer ficar
sentado num um lugar, focar a mente, obter um pouco de concentração e esquecer o
mundo. Isso não é meditação. Essa é uma parte ínfima da meditação. A verdadeira
meditação é a prática do Nobre Caminho Óctuplo. Você poderá vê-lo na prática, no
seu dia a dia.

Isto conclui a palestra sobre as Quatro Nobres Verdades. Isto é apenas a ponta
do Iceberg. É apenas uma visão geral. Para compreendê-lo você deve gastar pelo
menos quarenta e cinco anos como fez o Buda ou você terá que praticar meditação
por quinhentos anos, ou, se nesta vida você praticar a meditação com honestidade e
sinceridade, de acordo com o Satipatthana Sutta, existe a garantia de alcançar a
iluminação em sete anos. O Buda disse que se você for dedicado, honesto e
consistente e praticar apenas isso, nada mais, poderá alcançar a iluminação em sete

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dias. Você não precisa viver muitas vidas para alcançar a iluminação. Nesta mesma
vida você poderá alcançá-la.

Nota: Veja também o Saccavibhanga Sutta – MN 141 e o Satipatthana Sutta – MN 10

Revisado: 1 Dezembro 2001

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