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ESCRITÓRIO LOCAL DE CURITIBANOS

ETAPAS NA

CULTURA DO ALHO NOBRE

EM SANTA CATARINA
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ETAPAS NA CULTURA DO ALHO


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Marco Antônio Lucini

1. SEMENTE

O sucesso da lavoura depende fundamentalmente do alho semente. Fatores como


tamanho, sanidade e IDV por ocasião do plantio são decisivos. Investimento bem feito
é com semente.
a. Variedades : as variedades são escolhidas levando-se em consideração além dos
aspectos edafoclimáticos e tecnológicos os comerciais. O escalonamento do
plantio, colheita e comercialização deve ser feito para diluir os riscos,
principalmente por ocasião da colheita. Por isso podemos indicar variedades
precoces como o Contestado e Jonas, variedades de ciclo médio como o Caçador e
Chonan e os tardios – Quitéria e São Valentin ou Esmeralda. Nos últimos anos as
variedades tardias se mostraram mais produtivas.
b. Tamanho da semente : o fator mais importante para o sucesso da atividade está no
tamanho e qualidade do alho semente, por isso escolhe-se os melhores alhos das
classes 6 e 7. O ideal por ocasião do plantio que o Índice Visual de Dormência
(IVD) esteja com 90%.
c. Época da escolha da semente: normalmente a escolha da semente já acontece na
safra anterior quando se determinam as quadras ou lotes destinados a semente.
Esses lotes são colocados em barracões separados.
d. Seleção da própria semente: o produtor deverá fazer na sua propriedade a seleção
massal ou clonal das variedades de alho cultivada, como forma de melhorar a
mesma e aumentar a produtividade.

2. PREPARO DO ALHO-SEMENTE PARA O PLANTIO


O preparo do alho semente deve ser de tal maneira que não se machuque os
bulbilhos que serão plantados. A classificação do dente por peso, a eliminação dos
bulbilhos com defeito e o tratamento dos mesmos fazem parte dessa etapa. O
preparo da semente de alho é todo manual, com ajuda de um debulhador semi
mecanizado. Se gasta na faixa dos 12 a 15 dias/homens por hectare, que são
remunerados por dia.
a. Debulha : o alho deve ser colocado ao sol para facilitar a debulha mecânica. Após
é feita uma seleção manual para repassar o alho que não ficou totalmente
debulhado e fazer a primeira seleção de qualidade – quando se separam além das
túnicas externas, do disco, do pito os bulbilhos com problemas de danos
mecânicos e afetados com fungos. Essa fase é muito importante, já que não pode
haver machucaduras nos bulbilhos por onde penetram fungos como o Penicillim sp
e o Fusarium sp. Por isso a colocação do alho semente ao sol ou numa estufa com
ar quente forçado a 45-48 °C é importante. Além disso agiliza a operação;

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Engenheiro Agrônomo. Epagri. Rua Mateus Conceição, 368. CEP 89.520-000, Curitibanos, Santa Catarina.
Telefone 49 3245 06 80. E-mail emcuritibanos@epagri.rct-sc.br
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b. Classificação: o bulbilho é classificado por tamanho após a debulha, já que se


planta de maneira distinta cada grupo de peso de bulbilho. Essa classificação é
realizada no rolo de classificar com cilindro e malhas. Devem-se plantar bulbilhos
com 5 a 8 gramas na sua maioria. Os bulbilhos menores que 3,0 gramas são
descartados e/ou comercializados para a indústria.
c. Tratamento da semente: depois de classificado o bulbilho o mesmo é colocado em
sacos de ráfia de 20 Kg. Então é imerso numa solução contendo nematicida,
acaricida e fungicida. O bulbilho permanece aí por 4 horas.
d. Cronograma de plantio: a primeira variedade a ser plantada é o Contestado. Os
melhores resultados são de final de maio a início de junho. Em seguido planta-se a
variedade Jonas, até meados de junho. Na seqüência planta-se o Caçador e o
Chonan. Por fim as variedades tardias como o Quitéria e o São Valentim ou
Esmeralda de meados de junho a final de julho.

3. PREPARO DO SOLO
Além de um alho-semente graúdo e sadio, a rotação de culturas é fundamental para
o sucesso dessa cultura. Além da rotação de culturas o alho é muito exigente em
correção do solo, não tolera alumínio tóxico. Responde bem a adubações com fósforo,
nitrogênio e esterco. O preparo antecipado do solo – 35 a 45 dias antes do plantio – é
importante, pois deixara o canteiro totalmente destorroado, facilitando dessa maneira o
plantio. Nessa fase o tratorista tem uma importância muito grande, já que o
encanteiramento deve ser uniforme, com a mesma largura nos entre-canteiros e bem
destorroado.
a. Preparo do solo: depois da colheita dos cereais de verão o solo é preparado de
acordo com a cultura anterior;
i. Feijão: colhe-se o feijão e em seguida coloca-se o calcário, se necessário,
assim como o esterco. Com solo compactado passa-se o subsolador. No
caso de plantar aveia, semeia-se a aveia. Antes do plantio do alho – 30 dias
– o terreno é lavrado para que pegue chuva e geada. No plantio, quando se
passa a enxada rotativa para fazer o canteiro, o solo fica bem destorroado.
Normalmente um conjunto – trator X rotativa – prepara de 1,0 a 1,5 ha por
dia, dependendo do clima. Evitar sempre a utilização de herbicidas pré-
emergentes, pois podem deixar residual pro alho.
ii. Milho : depois de colher o milho, deve-se passar uma roçadeira e/ou grade
pesada para picar a palha. Para apressar a decomposição da palha deve-se
aplicar 2 sacos de uréia por ha com o implemento Vicon. A adição de
calcário e esterco deve ser feita logo após a colheita do milho. As áreas
onde for cultivado milho são mais difíceis de preparar o canteiro,
principalmente em anos chuvosos. Essas áreas devem ser plantadas
preferencialmente em julho. A exemplo do feijão, no milho também evitar
sempre a utilização de herbicidas pré-emergentes.
iii. Área nova de campo: a correção do solo deve ser no mínimo um ano antes
do plantio, para evitar problemas sérios de fitotoxicidez por alumínio.
Deve-se corrigir também o fósforo. Por ocasião da correção com calcário é
interessante a colocação do esterco de aves, para agilizar o processo.
iv. Observações: como o solo da região é argiloso, pesado, o preparo do
mesmo sempre deve ser antecipado, para que o destorroamento seja
perfeito. Com isso a uniformidade de plantio será a desejada. Preparo do
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solo em cima da hora pode acarretar num baixo stand, já que sempre fica
muito torrão que dificulta o plantio.
b. Encanteiramento : essa operação é realizada com enxada rotativa de 1,58m de
largura. Com isso se tem um canteiro de 1,30m de mesa. O intervalo entre-
canteiros é de 1,80 metros em média. Para o plantio de 1,0 por dia, é necessário 1
trator e 1 enxada rotativa. A altura do canteiro deve ser baixa em solos de
lombadas e alto em solos baixos, onde se acumula mais água.
c. Espaçamento : todo o alho é cultivado em cima de canteiros. O espaçamento
indicado é o de 3 linhas duplas para os bulbilhos de 4 a 8 gramas, com a distância
entre fileiras de 10 X 40 X 10 X 40 X 10 por 10 a 12 centímetros entre os
bulbilhos. Pode-se plantar também com 4 ou 5 fileiras simples, variando o espaço
entre dentes dentro da linha. Tem que se disponibilizar o espaço adequado para
cada peso de bulbilho plantado.
d. Localização - gleba : os bulbilhos graúdos devem ser plantados em glebas
distintas dos miúdos já que a tecnologia (especialmente espaçamento, nitrogênio
em cobertura), diferenciação e o ponto de colheita são distintos.
e. Importância: juntamente com o tamanho, qualidade e IVD do alho-semente, o
preparo do solo é fundamental para o sucesso da atividade, já que o stand é
decisivo na produção. Se houver muitas falhas haverá muito alho superbrotado.
Consideramos que 70% do sucesso da lavoura estará encaminhado se o plantio for
feito com semente graúda, IVD de 90% e de boa sanidade, área nova, solo bem
corrigido e adubado, stand desejado com irrigação e brotação inicial vigorosa.

4. PLANTIO
Todo o plantio é manual. Ele é realizado, dependendo da lavoura, desde final de maio
até final de julho. O sucesso da lavoura passa também pelo plantio bem realizado, com o
número de plantas ( stand ) desejado e o ápice dos bulbilhos virados para cima.
Para que o plantio tenha essa uniformidade é necessário que o preparo do solo seja
feito no tempo certo, só assim haverá o destorroamento dos canteiros. A marcação onde será
feito o plantio deve ser bem visível e sem torrão. Com isso o rendimento da mão de obra será
superior. O rendimento médio de plantio varia de 200 a 400 metros de canteiro por dia por
trabalhador.
A remuneração da mão de obra do plantio é por metro de canteiro, em torno dos R$
0,06-0,08/metro de canteiro com 3 linhas duplas.
Em média são necessários 20 trabalhadores rurais para o plantio de 1,0 hectare de
alho.
Como se gasta 12 a 15 dias para o preparo da lavoura, logo com 35 pessoas em média
planta-se 1,0 hectare/dia. O número de pessoas varia entre as regiões produtoras de alho em
função da especialização da mão de obra.

5. IRRIGAÇÃO
Entre os fatores que afetam a produtividade está a irrigação. Ela é importante para
passar da barreira dos 8.000 Kg/ha no sul do Brasil.
Logo após o plantio deve ser feita a primeira irrigação para que a brotação do dente
seja rápida e uniforme. Assim não haverá problemas de falhas devido à incidência do fungo
Penicillim sp e Fusarium sp no bulbilho.
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Durante o ciclo da cultura a irrigação é importante para o desenvolvimento da mesma,


especialmente em veranicos. A maior resposta é após a diferenciação, quando o solo deve
ficar sempre em capacidade de campo.
O turno de rega deve ser de 3 a 4 dias, à partir de início de outubro, quando já houve a
diferenciação e a evapotranspiração é maior. Em anos de chuvas normais faz-se em torno de 8
irrigadas.

6. CONTROLE FITOSSANITÁRIO E DE PLANTAS DANINHAS


Logo após o plantio, usando pulverizador de barra com bico leque, passa-se herbicida
pré-emergente. Os produtos mais usados são o Ronstar, Ronstar + Afalon e o Herbadox. O
solo deve estar úmido para uma melhor ação desses produtos.
No decorrer do ciclo o controle das plantas daninhas é feito basicamente com
herbicidas. O controle das folhas largas é feito com o herbicida Totril de forma seqüencial
com meia dose, quando a invasora tiver de 2 a 4 folhas definitivas ou normal com a invasora
com mais de 4 folhas definitivas.
Para as gramínias usa-se também herbicida, entre eles o Select, o Poast, Podium, etc.
Quando há a incidência de folhas largas e gramínias, deve-se controlar primeiro as
plantas daninhas de folha larga –latifoliadas.
O herbicida Totril pode causar fitotoxicidade se usado em horas impróprias ( alta
temperatura e baixa umidade relativa ) e/ou dosagens altas. Da mesma forma deve-se ter
cuidado com o óleo mineral dos graminicidas, já que o alho é muito sensível, podendo haver
problemas de fitotoxicidade.
O grande macete nessa fase é fazer o controle das plantas daninhas quando as mesmas
estiverem com 2 a 4 folhas definitivas. Dessa maneira usa-se menos produto por hectare,
evita-se fitotoxicidade. Além do mais se pode repetir esse controle a cada 14-21 dias
dependendo das plantas daninhas.
Além do controle das invasoras com herbicidas – pré-emergente e pós-emergentes é
necessário fazer o repasse com enxada, durante o ciclo todo da cultura.

7. CONTROLE FITOSSANITÁRIO
As condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura, especialmente à partir de
setembro, são também favoráveis ao desenvolvimento das doenças foliares e ao tripes.
O controle eficiente é o preventivo, que normalmente inicia-se em final de agosto em
anos de inverno quente ou em meados de setembro em anos de inverno frios. O término dos
tratamentos fitossanitários vai até 15 dias antes da colheita.
No controle das doenças – ferrugem, alternária e bacteriose – são usados vários
fungicidas específicos. A aplicação é feita com trator X pulverizador de barra.
O não controle das doenças acarreta no fracasso da lavoura. A tecnologia de aplicação
é muito importante, como a hora certa de entrar na lavoura, a qualidade da água usada, a
rapidez com que se faz a cobertura da área, o destino das embalagens. Não é só o produto em
si que controla as doenças e pragas.
Para a maior eficiência do controle, deve-se fazer 3 vezes por semana o
monitoramento da lavoura. Baseado no levantamento semanal, com o aparecimento e/ou
evolução das doenças, plantas daninhas e tripes é que se toma a decisão de qual produto
aplicar. Esse monitoramento é fundamental no sucesso do controle fitossanitário e de PD.
Hoje já temos no mercado vários produtos de contato e sistêmico com ação sobre as
principais doenças. Os produtos mais usados para o controle da ferrugem e alternária são:
Dithane ou Manzate, Captan, Rovral, Daconil ou Clorotalonil, Folicur, Score, Nativo, Cabrio
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Top, Amístar, Midas, etc. Existem outros produtos que controlam essas doenças, mas são
usados em menor escala.
Para o controle do tripes, existem muitos produtos, sugere-se o uso alternado de
princípios ativos como um piretróide (Decis, Karate, Pirate, Turbo, etc) e um fosforado
(Sumithion, Orthene) ou as misturas de princípios ativos como o Connect, Deltafos, Polytrin.

8. TRATOS CULTURAS
1. Capina : além do uso de herbicidas a capina deve ser realizada na área toda, já que
o mesmo não controla 100% as invasoras. A capina é realizada baseada no
acompanhamento da lavoura. Deve-se ter o cuidado nos encontros das barras, de 7
X 7 canteiros, onde normalmente há uma área não coberta com herbicida, que
necessita da repassada com a enxada.
2. Adubação de cobertura : o manejo de nitrogênio é a chave do sucesso da lavoura
de alho. A cultura responde bem a adubações de cobertura até 300 Kg/N/ha. São 2
a 4 coberturas realizadas com trator X Vicon, sendo a primeira aos 30 dias, a
segunda se necessário aos 50 dias e a terceira e quarta após a diferenciação.
3. Corte da haste floral : a quebra da haste floral – pito – deve ser realizada em alhos
que passaram pela câmara fria antes do plantio, quando o mesmo tiver em torno de
25 cm. A quebra do pito muito precoce faz com que se produza um bulbo com as
túnicas externas frouxas. Em anos com invernos muito rigorosos essa prática deve
ser estendida para toda a lavoura. Essa prática faz com que haja um aumento da
produtividade de 10 a 15%. A quebra de pito bem realizada exige em torno de 40
dias homem por hectare, que podem ser remunerados por metro. As maiores
respostas são então com variedades que passaram em câmara fria e/ou que a haste
floral aparece cedo. Em variedades em que o pito sai perto da colheita não há
resposta na produção.

9. COLHEITA
A colheita inicia-se em meados de novembro, com as variedades Contestado. Em
seguida o Jonas, o Caçador, o Chonan, por fim os tardios das variedades Quitéria e São
Valentin ou Esmeralda, já na última semana de dezembro.
Sem considerar os dias de chuva, o período da colheita é de 50 dias.
Para a determinação do ponto de colheita usam-se aspectos visuais como: número de
folhas verdes (4 a 6 folhas), formação do bulbo – achatamento, firmeza, marcação dos dentes
- ciclo, variedades.
Para evitar perdas no final da colheita – alho passando do ponto – procura-se antecipar
um pouco a colheita dos primeiros lotes.
A colheita é manual em 99% das lavouras e apenas 1% mecânica. Na manual arranca-
se o alho, coloca-se em cima do canteiro de maneira que a folha de uma planta proteja o bulbo
da outra, para fazer a pré-cura por 2 a 4 dias, dependendo do clima. Após o alho é amarrado,
colocado em carretas agrícolas ou caminhões e transportado até o barracão onde será
estaleirado. O trabalhador rural com alguma prática consegue arrancar em média 300 metros
de canteiro por dia, logo menos de 20 dias homens por hectare são suficientes para essa tarefa.
Da mesma forma, após a pré-cura, menos de 20 homens são necessários para o amarrio do
alho. Em média se gasta 35 dias homens só para arrancar e amarrar o alho.
O pagamento da mão de obra nessa etapa também é por rendimento, por metro de
canteiro arrancado e amarrado.
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O cuidado nessa etapa é que o alho não deva ser batido e tão pouco pegue sol no
bulbo.
Na colheita mecânica, a máquina de colher arranca e amarra o alho. Sendo necessário
o acompanhamento da mesma para não haver falhas. Após arrancado e amarrado o alho é
colocado em caminhões para ser levado ao barracão. Nesse caso não se faz a pré-cura à
campo. Esse alho deve ser destinado aos barracões mais ventilados, para evitar a mela no
barracão.
A máquina colhe 1,0 hectare por dia. São necessários 8 a 10 pessoas para carregar o
alho ao barracão de cura.
A máquina de colher não deve ser usada em solos de ladeira, em solos muito
compactados e em alhos com ataque severo de bacteriose, para evitar perdas nessa operação.
Além disso, quem não tiver um barracão bem ventilado não deve guardar o alho colhido com
a máquina.
É necessário o repasse manual, após a passagem da máquina de colher. Duas a quatro
pessoas são necessárias para essa tarefa, dependo do estado do solo e do alho.

10. CURA NO BARRACÃO


A cura do alho é realizada nos barracões destinados a esse fim. Após a pré-cura, no
caso do alho colhido a mão, ou da colheita com máquina o alho é transportado até o barracão
para fazer a cura. Caso o alho não tenha sido “descanutado” o mesmo deve ser feito antes do
transporte para o barracão com facão ou foice cortada.
No transporte e estaleiramento devem-se evitar danos nos bulbos, que podem acarretar
o chochamento do mesmo.
O pessoal do transporte geralmente é diarista e os trabalhadores que estão estaleirando
recebem por tarefa – por vara estaleirada.
Na operação de pendurar o alho nos bambús o cuidado é que as cabeças do mesmo
fiquem para baixo. O barracão deve ser ventilado. Devem ser feitas janelas de ventilação, para
evitar que o alho mofe ou mele no barracão.
O alho colhido com a máquina e que não passou por pré-cura no campo deve ser
destinado aos barracões mais ventilados.
Cada vara de bambú de 2 metros rende de 12 a 20 Kg de alho toaletado, dependendo a
maneira como foi colocado à cavaleiro, número de maços, alho com e sem pré-cura.
O alho fica no barracão por no mínimo 30 dias, para que a cura seja realizada. O alho
com haste floral menor faz a cura mais rápida.
Assim como na lavoura, nas quadras faz-se o monitoramento, no barracão esse
acompanhamento também é realizado. O objetivo é acompanhar a cura e evitar a ocorrência
de mofos e alhos melados no barracão. Quando isso acontecer fazer imediatamente janelas
colocando o alho melado ao sol.

11. PREPARO DO ALHO


1. Corte : após a cura todo o alho é cortado manualmente. O trabalhador rural usa
tesoura de poda para essa operação. Se paga por tarefa na faixa dos R$ 1,20-1,80/caixa
de 20 Kg. Em geral o rendimento é de 15 caixas de 20 Kg/dia/trabalhador. O alho após
cortado é acondicionado em caixas de plástico de 20 Kg e transportado até o “pakin
house”, para ser classificado. No momento do corte já é feita uma primeira seleção de
alhos industriais, sendo colocados em caixas separadas. Nesse período o cuidado
maior é com alhos com meia cura. Após cortado esse alho deve necessariamente
passar pelo sol ou por ventiladores. Em período de chuvas pode haver o
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amarelecimento das túnicas externas. O corte começa em meados de dezembro e


prolonga-se até junho.
2. Classificação : após o alho cortado o mesmo é classificado por tamanho – classe.
Nessa mesma operação, o alho passa na máquina de classificar que é na realidade um
grande rolo com várias malhas. Esse tipo de máquina está presente na maioria das
propriedades produtoras de alho. Nos últimos anos tem aparecido máquinas
espanholas, argentinas e nacionais com classificador de bulbos em malhas e esteiras. É
um sistema superior, classifica melhor com menos danos nos bulbos. Já há máquinas
nacionais desses modelos, porém em pequeno número ainda.
3. Limpeza : dependendo do destino do alho, o mesmo é limpo. Essa operação consiste
em tirar as túnicas externas sujas. Além da limpeza essa operação faz também a
seleção por qualidade, onde se tira fora todo alho com defeito. O rendimento dessa
operação é muito baixo, já que o trabalhador deve pegar bulbo por bulbo para a
limpeza do mesmo. Para melhorar o rendimento da limpeza, o alho deve ser colocado
ao sol ou em ventilador com ar forçado. Se paga também por caixa preparada, na faixa
dos R$ 1,00 a 1,50/caixa/10 Kg. O rendimento é de 15 a 20 caixas de 10
Kg/dia/trabalhador. No caso de venda de alho somente classificado (escovado), o
mesmo deve ser bancado para tirar fora os bulbos com defeitos, numa mesa especial.
Essa operação geralmente é feita por diaristas.
4. Embalagem : no caso de alho-semente o mesmo é colocado em caixas de plástico
fornecidas pelo comprador, no romaneio negociado previamente. Outro sistema
bastante usado é a venda do alho classificado e ensacado em sacos de ráfia de 10 ou 20
Kg. É o preparo mais rápido de todos. No caso de alho consumo na caixa de madeira
ou papelão de 10 Kg, o alho pode ser só escovado ou toaletado, selecionado e
acondicionado nessas caixas. A caixa é pregada, cintada, rotulada de acordo com a
norma 242 do MDA para a comercialização. Considerando a mão de obra para o
preparo do produto, custo da caixa, quebra do produto essa operação só se justifica
caso o preço final agregado seja maior que R$ 6,00 a caixa de 10 Kg. Nesse caso fica
fácil de comercializar já que há um padrão e uma marca em jogo. Além do mais,
dificilmente há calote em alhos de qualidade, bem embalados com uma marca boa.

12. COMERCIALIZAÇÃO
Historicamente o preço do alho tem seus melhores preços – no caso da safra do
sul – em dezembro (precoce) e início de janeiro e após à partir de final de abril, maio, junho e
julho.
O plantio de alhos precoces como o Contestado, ou o uso da câmara fria em alhos
como o Caçador, visa a obtenção de uma mercadoria para a venda em dezembro.
No período em que há uma oferta muito grande no mercado – à partir de meados de
janeiro até final de abril – deve-se procurar vender alho-semente e sair do mercado.
Em final de abril e início de maio o mercado começa a ficar bom novamente. Nesse
período vende-se o alho que não foi tratado com anti-brotante.
De meados de maio até final de julho o mercado é tradicional de entre-safra, com os
melhores preços do mercado, ocasião onde devem ser comercializados os alhos tratados com
anti-brotante.
O alho pode ser armazenado em câmaras frigorícas, após a cura. Sugere-se que o
mesmo seja classificado, colocado em caixas de plástico de 20 Kg e frigorificados de zero a
menos dois graus, com umidade relativa de 70-75%.

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