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O presente artigo tem como objeto de refletir a respeito dos processos de alfabetização e de
letramento desenvolvidos na sala de aula, investigando as práticas sociais de leitura que fazem parte
do contexto dos alunos e suas relações com as práticas desenvolvidas numa escola. Os textos
escritos apresentados serão analisados à luz de fundamentos teóricos de Koch (2006-2009) e
Marcuschi (2001). Esses textos correspondem a modelos de análise para os alunos do Curso de
Pedagogia de São Roque. Faz-se necessário um estudo dessa natureza, uma vez que esses alunos
aprendem com o trabalho de produção escrita. O estudo com textos escritos de crianças, no Curso de
Pedagogia, é de fundamental importância, tendo em vista tratar-se de acadêmicos que pretendem
trabalhar com a alfabetização e não apenas esta, mas sim o próprio trabalho com leitura e escrita em
séries subsequentes.
INTRODUÇÃO
Alfabetização e Letramento
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O indivíduo que aprende a ler e a escrever é alfabetizado, quando ele passa a fazer
uso da leitura e da escrita, envolver-se nas práticas sociais de leitura e de escrita se
torna letrado. O que é diferente de um indivíduo que não sabe ler e escrever é
analfabeto, ou, sabendo ler e escrever, não faz uso da leitura e da escrita, é
alfabetizada, mas não é letrada. Ser analfabeto ou iletrado no mundo moderno
significa estar fora dos padrões que a sociedade tanto exige para isso deve sempre
buscar formas de aprender e apreender a língua materna para não ser excluído do
meio social. De certa forma, o educando em seu percurso de aprendizado fará o
reconhecimento na modalidade da escrita e quanto mais amadurecido sua ideia
estiver, mais rápida reconhecerá as diferenças na modalidade da escrita e incluirá
em seu universo o novo sistema na língua materna acentuando o valor que a língua
materna possui para o seu engrandecimento no seu processo de alfabetização e
letramento.
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ANÁLISE TEXTUAL
(1) “Ao professor cabe a tarefa de despertar no educando uma atitude crítica
diante da realidade em que se encontra inserido, preparando-o para o 'ler o
mundo': a princípio, o seu mundo, mas, daí em diante, e paulatinamente,
todos os mundos possíveis” (Koch, 1993, p.160).
(2) "O leitor/ouvinte, por sua vez, espera sempre um texto dotado de sentido e
procura a partir da informação contextualmente dada, construir uma
representação coerente, por meio da ativação do seu conhecimento de mundo
e/ ou deduções que o levam a estabelecer relações de casualidade’’, (Koch,
2006 p.31).
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(3) “Desta forma, deu-se ênfase ao que é dito e ao que está implícito. Registrou-
se que a coerência é entendida como algo que se estabelece na interação, na
interlocução, numa situação comunicativa entre dois usuários, dando sentido
ao texto para os usuários, devendo ser visto como princípios de
interpretabilidade” (KOCH & TRAVAGLIA, 1989, p. 11).
Durante muito tempo, pensava-se que ser alfabetizado era conhecer o código
linguístico, ou seja, conhecer as letras do alfabeto. Atualmente, sabe-se que,
embora seja necessário o conhecimento das letras, não é suficiente para ser
completo no uso da língua escrita:
(4) “Por sua vez, mencionam que coerência é o que faz o texto ter sentido para os
usuários, devendo ser entendida como um princípio de interpretabilidade,
ligado à inteligibilidade do texto em uma situação de comunicação à
capacidade que o receptor tem para compreender o sentido desse texto”.
(Koch e Travaglia 1999, p.10).
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Vivemos, pois, num mundo cada vez mais competitivo, por conta do crescimento
populacional, especialmente nas grandes cidades, quem não estiver bem preparado
está fadado ao insucesso. Os meios de comunicação que utilizamos e exige de nós
o conhecimento da língua para que consigamos transmitir, com precisão, o que
desejamos transmitir, com rescisão, o que desejamos por isto a fala e a escrita é de
fundamental importância:
(7) “Fala e escritas são, portanto, duas modalidades de língua, assim, embora se
utilizem do mesmo sistema linguístico cada uma delas possui mera transcrição
da fala, como muitas vezes se pensa (Koch, 2009, p. 14)”.
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texto escrito, tal qual foi construído na ausência do leitor. O leitor é um agente livre,
ele pode ler para si próprio, podendo selecionar o que lhe interessa ler.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante desta breve análise tentamos evidenciar que as repetições em textos orais
são muito mais acentuadas principalmente no início da alfabetização, mas com a
inserção de trabalhos de retextualização, ou seja, textos permanentes e contínuos
executados pelos educandos que desenvolverão suas habilidades os alunos
poderão escrever melhores textos escritos nos anos seguintes. Portanto, essa
análise, ainda é primária em relação ao projeto em desenvolvimento, e que leva-nos
à observação de que as ‘marcas de oralidade’, são mais recorrentes no texto escrito,
são as repetições, principalmente no início da alfabetização, a ausência de
pontuação, uma escrita próxima da transcrição fonética e a utilização dessas
características que são próprios e típicos da fala.
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que são tipicamente falados e outros que se configuram por meio da utilização de
características de fala para a escrita, com diferenciais e possibilitando ao educando
que faça o reconhecimento geral de tudo que já aprendeu.
BIBLIOGRAFIA
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 13ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e
Terra, 1984.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo. 41ª ed. Cortez. 2001.
SIMÕES, Vera Lucia Blanc. Histórias infantis e aquisição de escrita. São Paulo
Perspectiva. vol.14 n. 1 São Paulo Jan./Mar. 2000.
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