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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEAMA


Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IEMA

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 019 DE 04 DE OUTUBRO DE 2005


(Publicada no Diário Oficial do Espírito Santo em 06 de outubro de 2005)

Estabelece procedimentos administrativos e critérios técnicos referentes à outorga de


direito de uso de recursos hídricos em corpos de água do domínio do Estado do Espírito
Santo.

O DIRETOR-PRESIDENTE DO INSTITUTO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E


RECURSOS HÍDRICOS - IEMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 4º, do
Decreto nº 1.324-R, de 07 de maio de 2004, e,
Considerando a necessidade de estabelecer procedimentos administrativos e critérios técnicos
referentes à outorga de direito de uso de recursos hídricos em corpos de água do domínio do
Estado do Espírito Santo;
Considerando o art. 21, parágrafo único, da Lei Estadual nº 5.818, de 29 de dezembro de 1998,
que determina que a outorga, até a edição do Plano de Recursos Hídricos das Bacias
Hidrográficas, se fará atendendo critérios técnicos estabelecidos pelo órgão gestor da política
estadual dos recursos hídricos;
Considerando o art. 22, §2º, da Lei Estadual nº 5.818, de 29 de dezembro de 1998, que determina
que o órgão gestor da política estadual dos recursos hídricos será responsável pela definição dos
critérios de outorga de direito de uso de recursos hídricos, prazo mínimo a ser outorgado, bem
como sua renovação;
Considerando o disposto na Resolução nº 16, de 08 de maio de 2001, do Conselho Nacional de
Recursos Hídricos e Resolução Normativa nº 005, de 07 de julho de 2005, do Conselho Estadual
de Recursos Hídricos, que estabelecem critérios gerais para a outorga de direito de uso de
recursos hídricos no âmbito de suas competências;
Considerando o art. 5º, I, da Lei Complementar Estadual nº 248, de 28 de junho de 2002, que
determina que compete ao IEMA, implantar e executar a Política Estadual de Recursos Hídricos,
e os Projetos e Programas Estaduais referentes ao setor;
Considerando o art. 5º, XX, da Lei Complementar Estadual nº 248, de 28 de junho de 2002, que
determina que compete ao IEMA, analisar as solicitações e expedir as outorgas do direito de uso
dos recursos hídricos, efetuando a sua fiscalização;
Considerando o art. 33, XVII, do Decreto Estadual nº 1.382-R de 07 de outubro de 2004, que
determina é competência do Diretor Presidente do IEMA estabelecer normas que assegurem ao
IEMA perfeita execução de trabalho;
RESOLVE:
Art. 1º Estabelecer procedimentos administrativos e critérios técnicos a serem observados na
formalização e análise dos processos de outorga de recursos hídricos, bem como a alteração e a
transferência dos atos de outorga emitidos.
Parágrafo único – Para efeito desta Instrução Normativa entende-se como processo de outorga a
formalização da solicitação dos seguintes pleitos:
I - Outorga de direito de uso de recursos hídricos;
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II - Renovação de outorga de direito de uso de recursos hídricos;


III - Outorga preventiva
Art. 2º O IEMA poderá emitir outorgas preventivas de uso de recursos hídricos, conforme
disposto no art. 7º, da Resolução nº 16/2001, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos,
mediante requerimento, com a finalidade de declarar a disponibilidade de água para os usos
requeridos.
§ 1º A outorga preventiva não confere direito de uso de recursos hídricos e se destina a reservar a
vazão passível de outorga, possibilitando, aos investidores, o planejamento de empreendimentos
que necessitem desses recursos.
§ 2º O prazo de validade da outorga preventiva será fixado levando-se em conta a complexidade
do planejamento do empreendimento, limitando-se ao máximo de três anos, não renovável.
Art. 3º Os processos de outorga e demais pleitos definidos nesta Instrução Normativa, serão
formalizados junto ao IEMA mediante a apresentação de requerimentos e formulários
específicos, conforme modelos disponibilizados por esse Instituto, e demais documentos
necessários, obedecendo-se ao disposto no art. 12, da Resolução Normativa do Conselho
Estadual de Recursos Hídricos, nº 005/2005, contendo:
I - Caracterização administrativa do empreendimento;
II - Informações técnicas do(s) uso(s) ou interferência(s) nos recursos hídricos e finalidade(s) de
uso da água pretendida(s).
§ 1º Para cada uso ou interferência em recursos hídricos pleiteada, far-se-á necessária a
formalização de um processo de outorga.
§ 2º O requerente deverá se comprometer, em qualquer tempo, a disponibilizar para o IEMA os
documentos necessários à comprovação da veracidade das informações prestadas, ficando sujeito
às penalidades legais em caso de inexpressão da verdade.
Art. 4º Para formalização do processo de outorga deverão ser obrigatoriamente apresentados:
I - Requerimento de outorga, renovação ou outorga preventiva devidamente preenchido e
assinado pelo requerente ou representante legal;
II - Formulário de uso ou interferência em recursos hídricos e formulário(s) de finalidade(s) de
uso da água, devidamente preenchidos;
III - Cópia autenticada do CPF e RG do requerente ou representante legal. Quando o requerente
for pessoa jurídica deverá apresentar também CNPJ e cópia autenticada da documentação que
associa o representante legal à empresa ou instituição;
IV - Cópia autenticada do documento de registro do imóvel local da realização do uso ou
interferência em recursos hídricos. Quando a propriedade não pertencer ao requerente, este
deverá apresentar também cópia autenticada da documentação que associa o requerente ao
imóvel, além da anuência do proprietário quando se tratar de obras hidráulicas, como
barramentos e pontes. Quando a propriedade pertencer a mais de uma pessoa, o requerimento
deverá ser assinado por todos ou por representante legalmente nomeado;
V - Comprovante de pagamento dos custos de análise, sendo os valores definidos em Lei;
VI - Cópia da publicação do pedido de outorga no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo.
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Parágrafo único - O pedido de outorga será publicado na forma de extrato, pelo requerente,
contendo:
I - Identificação do requerente;
II - Tipo de uso ou interferência e sua localização com coordenadas geográficas, nome do
manancial, bacia hidrográfica e município;
III - Finalidade(s) de uso pretendida(s).
Art. 5º O IEMA deverá concluir a análise do processo de outorga em até 120 (cento e vinte)
dias, a contar da data de formalização, ressalvadas as necessidades de formulação de exigências
complementares.
Art. 6º A análise do processo de outorga obedecerá à ordem de protocolização do requerimento
junto ao IEMA, ressalvada a complexidade de análise do uso ou interferência pleiteada e a
necessidade de complementação de informações.
Parágrafo único - Dar-se-á prioridade a análise do processo de outorga quando envolver uma
das seguintes situações:
I - Relevante conflito pelo uso de recursos hídricos;
II - Interesse Público;
III - Liberação de financiamento.
Art. 7º Para emissão da outorga, o IEMA realizará avaliação:
I - Do pleito, sob o aspecto do uso racional da água; e
II - Do corpo de água e da bacia, quanto à disponibilidade hídrica.
§ 1º Na avaliação do pleito quanto ao uso racional da água, será verificada a compatibilidade de
demanda hídrica com a(s) finalidade(s) de uso pretendida(s), no que se refere à eficiência no uso
da água.
§ 2º Na avaliação do corpo de água e da bacia hidrográfica, quanto à disponibilidade hídrica,
serão considerados:
I - Vazão de referência;
II - Demandas hídricas totais a montante e a jusante do(s) ponto(s) de uso ou interferência;
III - Outros parâmetros, desde que devidamente justificados tecnicamente.
§ 3º De acordo com o tipo de uso ou interferência em recursos hídricos ou finalidade de uso da
água, poderão ser solicitados documentos e estudos técnicos constantes de termos de referência
disponibilizados por este Instituto e/ou documentos e informações adicionais necessários à
análise do processo de outorga.
§ 4º Os estudos técnicos citados no parágrafo anterior devem ser elaborados por profissionais
devidamente habilitados e acompanhados de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.
Art. 8º O IEMA adotará como vazão de referência a vazão média mínima de sete dias
consecutivos e com dez anos de recorrência - Q7,10, exceto para os corpos de água relacionados a
seguir, em que a vazão de referência a ser adotada será a vazão de permanência de 90% (noventa
por cento) - Q90:
I - Corpos de água na Região Hidrográfica do Rio Itaúnas;
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II - Corpos de água na Região Hidrográfica do Rio São Mateus;


III - Corpos de água na Bacia Hidrográfica do Rio Barra Seca;
IV - Cursos de água intermitentes.
(Redação alterada pela Instrução Normativa IEMA nº 010, de 18 de julho de 2007)
Art. 9º Ficam estabelecidos os seguintes critérios de outorga para uso de águas superficiais:
§ 1º O somatório das vazões outorgadas fica limitado a 50% (cinqüenta por cento) da vazão de
referência do corpo de água.
§ 2º A jusante de cada uso ou interferência, deverá ser garantido fluxo residual mínimo
equivalente a 50% (cinqüenta por cento) da vazão de referência, observada a permanência dessa
vazão.
(Redação alterada pela Instrução Normativa IEMA nº 010, de 18 de julho de 2007)
§ 3º O limite de outorga poderá ser superior a 50% (cinqüenta por cento) da vazão de referência,
desde que seja garantido fluxo residual mínimo a jusante conforme estabelecido no parágrafo
anterior, considerando-se os usos outorgados a montante e a jusante do uso ou interferência em
questão, nos seguintes casos:
I - Quando houver regularização de vazão, desde que o atendimento à respectiva demanda ocorra
com uma permanência mínima de 80% (oitenta por cento), salvo os casos justificados pelo
IEMA;
II - Situações de interesse público que não produzam prejuízos a direitos de terceiros.
(Redação alterada pela Instrução Normativa IEMA nº 010, de 18 de julho de 2007)
§ 4º Nenhum usuário receberá outorga superior a 25% (vinte e cinco por cento) da vazão de
referência para um mesmo uso, salvo os casos tecnicamente justificados pelo IEMA.
§ 5º Os empreendimentos de aqüicultura cujas estruturas de cultivo localizem-se fora do corpo
de água deverão atender os critérios quantitativos estabelecidos acima bem como os critérios
qualitativos estabelecidos na Instrução Normativa IEMA nº 007, de 21 de junho de 2006, sendo
ambos avaliados em um mesmo processo de outorga.
(Redação alterada pela Instrução Normativa IEMA nº 010, de 18 de julho de 2007)
Art. 10 Os critérios técnicos e procedimentos gerais para uso de águas subterrâneas serão
definidos em Instrução Normativa específica.
Art. 11 Os critérios técnicos para lançamento de efluentes em corpos de água serão definidos em
Instrução Normativa específica.
Art. 12 Os critérios técnicos e procedimentos gerais para uso de recursos hídricos para fins de
aproveitamento de potenciais hidrelétricos serão definidos em Instrução Normativa específica.
Art. 13 As derivações, captações, lançamentos e acumulações consideradas como insignificantes
serão definidos pelo CERH em Resolução específica.
Art. 13-A – Serão definidos, em Instrução Normativa específica, os critérios técnicos e
procedimentos gerais para análise de requerimentos de Outorga referentes às seguintes
interferências:
I – Pontes;
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II – Obras hidráulicas, tais como soleira de nível, diques, obras de canalização, retificação e
desvio de leito de cursos de água;
III – Passagens molhadas e travessias aéreas, subaquáticas e subterrâneas;
IV – Serviços de dragagem;
V – Outras interferências que não alterem o regime de vazões do curso de água.
(Incluído pela Instrução Normativa IEMA nº 003, de 04 de março de 2008)

Art. 14 Não são objetos de outorga de direito de uso de recursos hídricos e cadastramento, os
serviços de limpeza de calhas de rios, córregos e canais, conforme definido no art. 1º, da
Resolução Normativa do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, nº 003/2001.
Art. 15 Em caso de deferimento do processo de outorga o requerente publicará extrato no Diário
Oficial do Estado do Espírito Santo, em conformidade com o art. 25 da Resolução Normativa do
Conselho Estadual de Recursos Hídricos, nº 005/2005, contendo, no mínimo, as seguintes
informações:
I - Identificação do outorgado;
II - Identificação do corpo hídrico, sua localização geográfica e hidrográfica, quantidade, e
finalidade a que se destinem as águas;
III - Tipo de uso ou interferência;
IV - Prazo de vigência;
V - Número e data da portaria de outorga.
Parágrafo único - O pedido de publicação deverá ser encaminhado à Imprensa Oficial em até 30
(trinta) dias corridos subseqüentes à data de comunicação do deferimento do processo pelo
IEMA ao usuário, conforme aviso de recebimento - AR dos correios, sob pena de cancelamento
da portaria de outorga.
Art. 16 Do ato de indeferimento da outorga ou da renovação caberá defesa, pedido de
reconsideração e recurso, na forma e prazos determinados pelo art. 15, da Resolução Normativa
do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, nº 005/2005.
Parágrafo único - Não apresentada defesa, pedido de reconsideração ou recurso na forma e
prazos determinados, será determinado o arquivamento do processo, e a publicação do
indeferimento do processo de outorga no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo, sem
devolução dos emolumentos relativos aos custos de análise e publicação do mesmo.
Art. 17 O IEMA poderá arquivar o processo de outorga se o requerente não apresentar os
documentos ou informações solicitados no prazo de 60 (sessenta) dias, subseqüentes à data de
comunicação pelo IEMA ao usuário, conforme aviso de recebimento - AR dos correios, sem
devolução dos emolumentos relativos aos custos de análise e publicação do mesmo.
Art. 18 Quando se tratar de renovação de outorga, se o tipo e a localização geográfica do uso ou
interferência não for alterado e não houver aumento da vazão ou volume outorgado descrito na
portaria, os documentos citados nos incisos II a IV do art. 4º serão dispensados de apresentação.
§ 1º O pedido de renovação a ser publicado no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo,
deverá conter a identificação do requerente e o número e a data de publicação da portaria de
outorga objeto da renovação.
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§ 2º A renovação de outorga deverá observar o disposto no art. 14 da Resolução Normativa do


Conselho Estadual de Recursos Hídricos, nº 005/2005.
Art. 19 Para solicitação de alteração da portaria de outorga deverá ser formalizado o
requerimento de alteração devidamente preenchido e assinado.
§ 1º Não poderá ser solicitada alteração, mas sim uma nova outorga, quando se tratar de
alteração do tipo ou localização geográfica do uso ou interferência, ou aumento da vazão ou
volume outorgado;
§ 2º Em caso de deferimento do pleito, o requerente publicará extrato no Diário Oficial do
Estado do Espírito Santo, contendo número e data de publicação da portaria de outorga e o(s)
dado(s) alterado(s), após recebimento da comunicação de deferimento enviada pelo IEMA.
Art. 20 Para solicitação de transferência do ato de outorga, deverá ser formalizado o
requerimento de transferência e a documentação jurídica que justifique tal pleito.
§ 1º Em caso de deferimento do pleito, o requerente publicará extrato no Diário Oficial do
Estado do Espírito Santo, contendo número e data de publicação da portaria de outorga e a
identificação do novo outorgado, após recebimento da comunicação de deferimento enviada pelo
IEMA.
§ 2º A transferência do ato de outorga deverá observar o disposto no art. 4º, da Resolução
Normativa do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, nº 005/2005.
Art. 21 (Revogado pela Instrução Normativa IEMA nº 004, de 06 de março de 2006)
Art. 22 O ato administrativo de outorga não exime o outorgado do cumprimento da legislação
ambiental pertinente ou das exigências de outros órgãos e entidades competentes.
Art. 23 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Cariacica, 04 de outubro de 2005.


MARIA DA GLÓRIA BRITO ABAURRE
Diretora-Presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

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