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RECURSOS DOS ACÓRDÃOS DAS TURMAS RECURSAIS NO ÂMBITO DOS

JUIZADOS ESPECIAIS

Como regra, os juizados especiais cíveis e criminais têm como única e última instância
de recurso as Turmas Recursais.
Segundo dicção legal da Lei nº 9.099/95, não há possibilidade de recurso especial ou
extraordinário das decisões das turmas recursais, exceto os embargos declaratórios. No
entanto, o comando maior insculpido na Constituição Federal garante a possibilidade do
recurso extraordinário nos casos em que ferir as garantias constitucionais.
Atualmente, observa-se quanto ao tema o teor da súmula 203 do egrégio Superior
Tribunal de Justiça, que dispõe, in verbis: "Não cabe recurso especial contra decisão proferida
por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais" (AgRg no Ag 400.076-BA, na sessão de
23/05/02, ocasião em que a Corte Especial deliberou pela alteração da súmula 203).
Essa redação, produzida pelo STJ em 2002, substituiu a que vigorava desde 1998, a
qual se reproduz abaixo para fins de cotejo: "Não cabe recurso especial contra decisão
proferida, nos limites de sua competência, por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais"
(04/02/1998, DJ 12/02/1998).
A posição daquele tribunal comportava, assim, uma exceção à inadmissibilidade do
recurso especial tirado contra decisão de turma recursal: na hipótese de discussão acerca da
competência do juizado especial para processar e julgar determinada matéria.
Diante da atual redação da súmula, é absoluta a vedação ao conhecimento de recurso
especial que tem por objeto impugnar decisão de turma recursal. Majoritariamente, entende-se
que somente o recurso extraordinário é cabível na espécie, desde que preenchidos os
pressupostos do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, obviamente.
Para sedimentar essa posição, o STJ tomou a literalidade do inciso III do art. 105 da
Constituição Federal, cuja redação não contempla a turma recursal, e concluiu que qualquer
decisão que não provenha de tribunal não é passível de ser atacada através do recurso
especial. A turma recursal, embora funcione como órgão colegiado de segundo grau de
jurisdição no âmbito dos juizados especiais, tem em sua composição juízes de primeiro grau,
de primeira instância.
Sabidamente, não raro, as decisões emanadas dessas Turmas Recursais são de moldes
a ensejar o cabimento do recurso extraordinário e por vezes até mesmo o especial. Contudo, a
subida do recurso extraordinário fica adstrita ao recebimento do relator da Turma recursal que
irá se posicionar quanto ao seguimento de tal recurso.
A questão encontra-se pacificada tanto na jurisprudência, quanto na doutrina: “Da
decisão da turma não há recurso previsto, exceto embargos de declaração, que podem ser
opostos ao acórdão. Mesmo assim, é possível admitir-se o recurso extraordinário desde que
presentes os pressupostos para sua interposição, a ser exercida no prazo de 15 dias...”
(GENACÉIA DA SILVA ALBERTON – RT753/466).
FAGUNDES CUNHA (artigo publicado na RJ nº 227/107 e ss.), citando o Min.
CELSO DE MELLO, preleciona que é “plenamente cabível a interposição de recurso
extraordinário nas decisões colegiadas de primeiro grau que, em processo instaurado perante o
Juizado Especial de Pequenas Causas, resolvam controvérsia de índole constitucional...”
Outro não é o entendimento de J.S.FAGUNDES CUNHA (RJ 220/ 129 E SS.):
“No STF firmou-se orientação, diante do texto do art. 102,
III, da CF de 1988, que, em princípio, cabe RE de
decisões, em instância única, de tribunais ou Juízos, desde
que nela se discuta questão constitucional, inclusive em se
tratando de Juizados Especiais de Pequenas Causas.”

No caso de não ser aceito o recurso extraordinário caberá o Agravo, no prazo de cinco
dias, para que a peça recursal suba. Esse comando está disciplinado pelo Código de Processo
Civil.
A jurisprudência acompanha esse entendimento doutrinário:
5012973 – RECLAMAÇÃO – JUIZADO ESPECIAL DE
PEQUENAS CAUSAS – RECURSO EXTRAORDINÁRIO
INADMITIDO – AGRAVO DE INSTRUMENTO OBSTADO NA
ORIGEM – INTERCEPTAÇÃO INADMISSÍVEL (CPC, ART. 528)
– USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO STF – Cabe recurso
extraordinário das decisões que, emanadas do órgão colegiado a que
se refere a Lei nº 7.244/84 (art. 41, § 1º), resolvem controvérsia
constitucional suscitada em processo instaurado perante o Juizado
Especial de Pequenas Causas. – Denegado o recurso extraordinário
em procedimento sujeito ao Juizado Especial de Pequenas Causas,
cabe agravo de instrumento, no prazo legal, para o STF, não sendo
lícito ao Juiz negar trânsito a esse recurso que, sendo de seguimento
obrigatório (CPC, art. 528), não pode ter o seu processamento
obstado. – Cabe reclamação para o STF quando a autoridade
judiciária intercepta o acesso à Suprema Corte de agravo de
instrumento interposto contra decisão que negou trânsito a recurso
extraordinário. (STF – RCL 459-7 – Goiás – TP – Rel. Ministro Celso
de Mello – DJU 08.04.1994).

O pré-questionamento, também conforme o entendimento jurisprudencial, somente


torna-se necessário quando o acórdão recorrido é omisso, obscuro, contraditório, como
estabelece a lei processual civil. Quando, no entanto, o princípio constitucional é ferido,
desobedecido, o pré-questionamento torna-se evidente.
5002597 – RECURSO – PREQUESTIONAMENTO –
INCONSTITUCIONALIDADE – AUSÊNCIA DE EXAME – 1. A
simples referência do tema no relatório não revela o
prequestionamento. Diz-se prequestionada a matéria quando o órgão
julgador haja emitido juízo explícito a respeito. A abordagem há que
ser clara, porquanto o conhecimento de determinado recurso não pode
ficar ao sabor da capacidade intuitiva dos integrantes do órgão, muito
menos deve alicerçar-se na presunção do extraordinário – de decisão
implícita contra expresso dispositivo legal. 2. Não consusbstância
violência ao inciso XXXV do artigo 5º da Constituição Federal
decisão que conclui pela impossibilidade de apreciar-se a pecha, face
ao meio utilizado na imputação, como ocorre, por exemplo, quando
assenta a corte de origem que as informações prestadas, no mandado
de segurança, não contemplam a oportunidade. (STF – AGRAG
134.982 – MA – 2ª T. – Rel. Min. Marco Aurélio – DJU 09.11.01)

A lei ordinária regulamenta, com detalhes, os limites dos direitos sem, à evidência,
distanciar-se do princípio constitucional que deverá ser observado independente de previsão
legal.

BIBLIOGRAFIA

DINAMARCO, Tassus; FERNANDES, André Capelazo. O recurso especial e as decisões


proferidas pela turma recursal . Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1335, 26 fev.
2007. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9535>. Acesso em:

19 set. 2010

SILVEIRA, Solange Leandro da. Recursos das decisões dos Juizados Especiais – Cíveis e
Criminais. Viajus. Disponível em: <http://www.viajus.com.br/viajus.php?
pagina=artigos&id=135>. Acesso em: 19 set. 2010.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES


CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CCSA
CURSO DE DIREITO
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA – SAJ/UNIMONTES

RECURSOS EM SEDE DE TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Trabalho apresentado como requisito parcial de


aprovação da disciplina de Estágio Supervisionado I, ao
professor Dalton Max Fernandes de Oliveira pelo
acadêmico Lucas Vieira Oliveira

MONTES CLAROS/MG
SETEMBRO/2010

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