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O que é um texto literário?

Se um texto – não importa de que espécie – é um conjunto


de elementos – também não importa de que espécie – capaz de funcionar, direta ou
indiretamente, como meio de representação, um texto literário é um conjunto de
elementos – também não importa de que espécie – capaz de funcionar como meio de
representação, porém não diretamente, como no texto musical, pictorial, escultural etc.,
mas por meio de outro conjunto de elementos de uma espécie concretamente
determinada, que é a referente aos sons da linguagem humana (ou de fonemas),
manifestos por sua vez não diretamente, como no texto declamado ou recitado, mas por
meio de um conjunto de elementos de outra espécie também concretamente
determinada, que é a referentes sinais visuais da linguagem humana (ou de letras).
Fala-se, geralmente, de literatura oral, em referência às narrativas e aos poemas dos
repentistas sertanejos. No entanto, sendo oral, não pode ser literatura. Muitos dos textos
a que, impropriamente, chamam de “literatura oral”, foram criados por artistas que são
(ou foram) inclusive analfabetos e, conseqüentemente, embora dominando
perfeitamente a linguagem falada (sobretudo em seu contexto), não dominavam a
linguagem escrita. Ao serem reproduzidos em livros, isso se dava porque outros
indivíduos, que dominavam ambas as espécies de linguagem, o faziam. Depois, como
os livrinhos (ou folhetos) eram levados às feiras e pendurados em cordões (como roupas
no varal) para serem vendidos, passaram a ser chamados de literatura de cordel.
Na leitura de um texto literário (poema, romance etc.), o que mais chama a atenção do
leitor é o que se passa no imaginário criado pelo poeta ou ficcionista, configurando algo
existente no contexto de uma realidade que de fato existe ou que poderia existir (plano
transmediato); mas o que se passa no imaginário criado pelo poeta ou ficcionista está aí
representado através não da linguagem escrita (plano imediato), mas da linguagem oral
nela reproduzida (planos imediato). Logo, na leitura de um texto literário (narrativo ou
poético): interpreta-se o que se passa ao nível da linguagem escrita aí diretamente
percebida (plano imediato), para alcançar o que se passa ao nível da linguagem oral nela
reproduzida (plano imediato); e interpreta-se o que se passa ao nível da linguagem oral
representada por meio de tal linguagem escrita, para alcançar o que se passa ao nível do
imaginário criado pelo poeta ou ficcionista (plano transmediato), enquanto meio de
representação do que se passa no contexto de uma realidade situada externamente, que
de fato existiu ou poderia existir, em conformidade com a visão e o ponto de vista de tal
sujeito.
Como os três planos acima indicados são meios de representação de caráter particular
articulados num meio de representação de caráter geral, que é justamente o do texto
literário, é possível caracterizar o texto literário como sendo um texto no qual se
articulam: a) um texto referente a um processo representativo de caráter imaginário,
constituído a partir dos fatos ou imagens que compõem tal imaginário, visto como meio
de representação do que se passa externamente, segundo a visão e o ponto de vista do
poeta ou ficcionista; b) um texto referente a um processo representativo de caráter oral,
constituído das palavras proferidas pelo poeta ou ficcionista, enquanto meio de
representação do que ocorre nesse imaginário; e c) um texto referente a um processo
representativo de caráter grafo visual, constituído das palavras utilizadas pelo escritor
para reproduzir o que é dito pelo eu poético ou ficcional, e que nem sempre coincide
com o próprio escritor.
Desses três planos ou espécies particulares de texto, o menos importante – embora
indispensável e responsável pelo caráter propriamente literário – é o referente à
linguagem escrita. Tanto é que, numa representação do que se passa num texto literário
a partir não do próprio texto literário, mas do texto de uma representação teatral ou
cinematográfica, a primeira coisa que acontece é a eliminação do primeiro plano, que é
o da linguagem escrita, para deixar apenas o segundo e o terceiro planos, que são o da
linguagem oral e o da linguagem correspondente ao imaginário poético ou ficcional; em
determinados casos, como o do teatro pantomímico e do cinema mudo, inclusive o
segundo plano (da linguagem oral) desaparece, para deixar apenas o terceiro (do
imaginário poético ou ficcional).

Para considerar se um texto é ou não literário, é preciso analisar sua função predominante, isto
é, qual é seu objetivo principal. Se for informar de modo objetivo, de acordo com os
conhecimentos que se tem da realidade exterior, ou se tiver um compromisso com a verdade
científica, o texto não é literário, mesmo que, ao elaborar a linguagem, seu autor tenha feito uso
de figuras de estilo, utilizado recursos estilísticos de expressão. A função referencial predomina
no texto não-literário.

Já o texto literário não tem essa função nem esse compromisso com a realidade exterior: é
expressão da realidade interior e subjetiva de seu autor. São textos escritos para emocionar,
que utilizam a linguagem poética. Função emotiva e poética predominam no texto literário.
São esses os critérios que devemos considerar ao analisar e classificar um texto em literário e
não-literário.

Exemplos de textos não-literários são: notícias e reportagens jornalísticas, textos de livros


didáticos de História, Geografia, Ciências, textos científicos em geral, receitas culinárias, bulas
de remédio.
Exemplos de textos literários são: poemas, romances literários, contos, novelas.

A produção de um texto literário implica:


· a valorização da forma
· a reflexão sobre o real
· a reconstrução da linguagem
· a plurissignificação
· a intangibilidade da organização lingüística

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