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VERSÃO B
Guião do Aluno
ÍNDICE:
Introdução……………………………………………………………………...… 3
Parte VI – Glossário…………………………………………………….……… 26
Apêndices……………………………………………………………………….… 28
Referências Bibliográficas………………………………………………..….. 34
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Guião do Aluno
Introdução
O kit “BioExperimentando” é uma actividade prática, de laboratório, que se baseia numa
simulação de uma triagem genética numa família que possui uma doença hereditária fictícia. Nesta
actividade pretende-se que se integre a compreensão de processos genéticos, com as técnicas associadas,
e as respectivas questões éticas.
Os alunos terão que determinar a probabilidade de um determinado casal ter um filho doente,
através da análise das amostras de DNA, após restrição e separação electroforética.
Este kit foi concebido para alunos do Ensino Secundário do Curso de Ciências e Tecnologias do
12ºano, no âmbito da disciplina de Biologia.
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Guião do Aluno
Medidas de segurança
Não é permitido comer, beber ou fumar no laboratório/área de trabalho.
É recomendado a utilização de luvas e de uma bata de algodão.
Os alunos devem lavar as mãos com água e sabão antes e depois da actividade.
Se alguma solução entrar em contacto com os olhos, estes devem ser imediatamente lavados
com água.
Na presente actividade simula-se o diagnóstico de uma doença fictícia, que afecta vários membros de uma
família. São vários os conceitos e técnicas inerentes à implementação e compreensão da actividade:
Cultura de bactérias
As bactérias são conhecidas desde 1674, sendo a sua estrutura ainda objecto de estudo. São os
seres vivos mais simples do ponto de vista estrutural, e os de menor tamanho. As bactérias são
microorganismos unicelulares, procariontes.
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Guião do Aluno
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Guião do Aluno
Enzimas de restrição
As endonucleases (endo = dentro, nuclease = enzima que corta ácidos nucleicos) ou enzimas de
restrição são enzimas que reconhecem sequências específicas de bases no DNA e são capazes de
hidrolisar as cadeias de DNA.
Uma enzima de restrição liga-se a uma molécula de DNA e desliza ao longo da hélice até reconhecer
sequências especificas de pares de bases que indicam que esta deve parar de deslizar. A enzima corta
então quimicamente o DNA naquele local, chamado local de restrição. Se um local de restrição específico
ocorrer em mais do que um local numa molécula de DNA, a enzima de restrição irá cortar em cada um
desses locais, resultando múltiplos fragmentos. O tamanho de cada fragmento vai depender da localização
dos locais de restrição na molécula de DNA.
Quando as enzimas de restrição são usadas para cortar cadeias de plasmídios circulares de DNA, tal
como acontece neste kit, fragmentos de diferentes tamanhos são produzidos. O DNA que se cortou pode
ser observado usando um processo conhecido como electroforese em gel de agarose.
O gel de agarose
O gel de agarose prepara-se dissolvendo uma suspensão de agarose numa solução tampão e
deixando arrefecer num recipiente apropriado. A agarose deve ser previamente pesada para a
concentração pretendida do gel e deve ser dissolvida na solução tampão com a ajuda de uma fonte de
calor (em banho–maria ou no microondas). Assim que a solução levantar fervura deve ser retirada da
fonte de calor, pois se deixarmos ferver a malha do gel pode ficar laxa, o que poderá trazer implicações na
electroforese e nos resultados que deveremos obter.
A solução deve ser vertida num molde apropriado (figura 1) quando atinge uma temperatura de
cerca de 50ºC (ou seja, quando pudermos pegar no recipiente directamente com a mão sem nos
queimarmos).
Antes de vertermos a solução de agarose no molde, devemos colocar as borrachas adaptadoras e
um pente junto da extremidade orientada para o pólo negativo da tina de electroforese (uma vez que o
DNA irá migrar para o pólo positivo) para obtermos um gel com uma fileira de poços.
Após solidificação do gel, vertemos tampão de electroforese sobre o gel, e cuidadosamente
retiramos o pente, tendo o cuidado de não danificar os poços (nunca retirar o pente sem o gel estar
submerso em tampão de electroforese!). Posteriormente vertemos um pouco mais de tampão de
electroforese sobre os poços para eliminar eventuais resíduos de agarose que não tenha sido
polimerizada.
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Guião do Aluno
Electroforese
A electroforese consiste em fazer migrar biomoléculas por uma matriz, sob a influência de um
campo eléctrico, permitindo separá-las segundo os seus tamanhos. Esta técnica permite analisar
fragmentos de DNA e determinar o seu tamanho.
O DNA antes de ser carregado nos poços tem que ser tratado com tampão de amostra que tem
várias funções: dá cor à amostra (azul de bromofenol ou xilenocianol), confere densidade (tem sacarose
ou glicerol) e mantém o pH alcalino. Os fragmentos de DNA são então descarregados em poços, no gel de
agarose, que é colocado numa tina cheia de tampão de electroforese (TAE ou TBE). O tampão de
electroforese fornece condutibilidade eléctrica e mantém o pH que é necessário para a manutenção da
carga e estabilidade das moléculas. O carregamento dos poços é um procedimento que deve ser feito com
muito cuidado para não danificar os poços do gel (figura 2). O conteúdo deve ser expelido da pipeta
devagar e continuamente, carregando no êmbolo da pipeta até ao primeiro ponto de resistência. Quando
é sentida esta primeira resistência, deve-se aguardar uns breves segundos antes de retirar, lentamente, a
ponta da pipeta do poço.
Após o carregamento dos poços, ligam-se os eléctrodos à fonte de alimentação, determinando
previamente a voltagem e o tempo de electroforese (figura 3).
A corrente eléctrica é passada entre os eléctrodos que estão nos terminais da tina de electroforese. Desde
que os fragmentos de DNA estejam carregados negativamente, eles vão avançar para o pólo positivo
(cátodo) quando estiverem sujeitos a um campo eléctrico. No decorrer da electroforese, verifica-se junto à
extremidade que contém o eléctrodo negativo a libertação de H2. Na extremidade que contém o pólo
positivo observa-se a libertação de O2. Se não estiver a ocorrer a electroforese não há formação deste
gases, pelo que a observação da libertação destes gases sob a forma de “bolhinhas” é um bom indicador
da ocorrência ou não deste processo.
A matriz do gel de agarose funciona como uma malha molecular através da qual cada fragmento
pequeno de DNA se move mais facilmente do que os fragmentos maiores. No entanto, a razão entre o que
cada fragmento de DNA migra através do gel é inversamente proporcional ao seu tamanho em pares de
bases. Após um determinado período de tempo, os fragmentos menores de DNA vão migrar até mais
longe do que os maiores. Fragmentos do mesmo tamanho ficam juntos, e migram numa única banda de
DNA. Estas bandas irão ser vistas posteriormente no gel após o DNA ser corado.
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Guião do Aluno
Visualização do DNA
O DNA é incolor, por isso os fragmentos no gel não podem ser vistos durante a electroforese.
Corando as bandas de DNA é possível a sua localização no gel. Habitualmente nas escolas utiliza-se o
corante Azure A: 100% inócuo, e com um grau de eficácia muito elevado, já que permite uma boa
visualização do DNA, num espaço de tempo reduzido (figura 4).
Testes genéticos
Um teste genético é o mais recente e sofisticado procedimento utilizado para identificar
alterações genéticas, e envolve a análise directa do DNA.
As finalidades dos testes genéticos podem ser o diagnóstico, o rastreio ou a monitorização. Os testes
genéticos podem ser utilizados para diagnosticar uma doença genética, para determinar se um indivíduo é
portador de uma doença associada a uma mutação, para prever o desenvolvimento de uma doença
genética, para determinar a susceptibilidade de um indivíduo para uma determinada doença, ou ainda
para aplicações na ciência forense.
Actualmente são realizados centenas de testes genéticos e muitos outros estão em desenvolvimento.
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Guião do Aluno
A família Antunes é afectada há quatro gerações sucessivas pela doença “Raritose”. A Ana, bisneta da D. Maria e do Sr Joaquim,
casou com o André, e pretendem ter um filho. Tendo o André conhecimento de que a família de Ana tem problemas com essa
doença, este sugere a Ana que façam um teste genético para averiguar a probabilidade dos seus eventuais filhos serem doentes
ou portadores da doença. A árvore genealógica desta família encontra-se disponível na figura 6.
Questão- problema: Será possível pela análise do DNA descobrirmos se os filhos de Ana e André serão doentes?
Mulher
Homem
Sexo
Indefinido
D. Maria Sr Joaquim
Legenda
Ana André
Carlos Pedro Vera
Filho A Filho B
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Para simplificação de identificação, a cada membro da família será atribuído um número, como mostra a
figura 6.
1 2
3 4 5 6 7 8 9 10 11
- Material/Métodos
- Notas para o professor
- Informação adicional
Pipetagem
12 13 Electroforese
14 15 16 17 18
20 21
19 22 23
Filho A Filho B
Figura 6 – Árvore genealógica da família Antunes
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um indivíduo que seja heterozigótico (genótipo Rr), terá DNA dos dois tipos. A amplificação da região de
interesse do DNA origina fragmentos de mesmo tamanho para ambos os alelos, neste caso, 6500 pb.
O objectivo é detectar que formas de DNA estão presentes em cada amostra, e para isso
sujeitam-se as amostras a restrição com a enzima BamHI e analisar os fragmentos de DNA resultantes, no
gel de electroforese.
A diferença na sequência de DNA dos alelos R e r é tal que, no alelo r existe uma sequência de
bases que pode ser reconhecida e cortada pela enzima de restrição BamHI. O alelo R não possui local de
restrição para a enzima BamHI e assim não vai ser cortada pela enzima.
Um marcador de DNA, que consiste num conjunto de fragmentos de tamanhos conhecidos, é
sujeito a electroforese juntamente com as amostras, para se poder confirmar que os fragmentos mais
pequenos obtidos, quando combinados, formam o fragmento maior (4000 + 2500 = 6500 bp).
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Culturas
pCR2.1 pUC 18 pCard
(meio LB+Ampicilina)
Volume final da
10mL 10mL 10mL
cultura
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Volume necessário
Amostra de DNA
Amostra de DNA A Amostra de DNA C de plasmídio
B
(o,o6 µg/µL)
pUC 18 ------------------------ 60 µL 20 µL 80 µL
pCR 2.1 ------------------------ 60 µL 20 µL 80 µL
pCArd 45 µL 60 µL ----------------------- 105 µL
Água 135 µL 60 µL 40 µL
Volume total 180 µL 240 µL 80 µL
Nº de amostras
de 20 µL 8 tubos 11tubos 3 tubos
necessárias
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Tubos que recebem a amostra de DNA A: tubos 3, 9, 10, 12, 14, 17, 18, 19, 22
Tubos que recebem a amostra de DNA B: tubos 1, 2, 4, 5, 6, 8, 13, 16, 20, 21, 23
Figura 8 – Distribuição das
Tubos que recebem a amostra de DNA C: tubos 7, 11, 15 diferentes amostras de DNA
5. Restrição enzimática
a) Com os tubos dispostos num suporte adequado, incubar as amostras de DNA numa estufa a 37ºC,
durante cerca de 40 minutos.
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7. Carregamento do gel
a) Após a solidificação do gel de agarose, cobrir toda a
sua superfície com TAE (0,25x).
b) Remover cuidadosamente o pente do gel bem como
as placas laterais.
c) Adicionar 2 µL de tampão de amostra que contém azul de
bromofenol a cada um dos tubos que contem as amostras de DNA.
d) Agitar suavemente no sentido de misturar o tampão de
amostra com a solução de DNA.
Figura 9 – Carregamento do gel de
e) Pipetar 5 µL do marcador molecular Lambda DNA/HindIII e adicionar agarose
8. A electroforese
a) Verificar se os eléctrodos estão bem colocados.
b) Regular a voltagem para os 120 volts.
c) Submeter o DNA a electroforese durante 20 a 30 minutos (figura 10).
d) Interromper a electroforese quando o azul do tampão alcançar o
fim do gel.
Figura 10 - Electroforese
9. Coloração do DNA
a) Remover a solução tampão TAE da tina, reservando-a para posteriores utilizações (tem que se ter
o cuidado de segurar o gel, e assim evitar que este se parta).
b) Verter cerca de 10mL de corante do DNA, Azure A, na superfície do gel .
c) Deixar actuar cerca de 4 minutos.
d) Retirar o corante da superfície do gel e guarda-lo para posterior reutilização, anotando no frasco o
nº de vezes que este já tinha sido utilizado.
e) Retirar o corante da superfície do gel, lavando-o com 5ml de etanol a 70%, durante uns segundos.
f) Eliminar o álcool e lavar o gel com água corrente, durante 3 ou 4 minutos, não deixando água no
gel, para que não seja removido do gel a totalidade do corante.
g) Aguardar até que as bandas se tornem visíveis.
h) Observar os resultados.
i) Registar o número de bandas na respectiva árvore genealógica.
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Guião do Aluno
2. Na árvore genealógica fornecida (apêndice III), registe o número de bandas obtido em cada
indivíduo (para cada amostra de DNA poderá visualizar uma, duas ou três bandas).
8. A Ana e o André optaram na realidade pela realização de um teste genético, antes de terem filhos,
Plasmídios
para saberemese enzimas de restrição de terem um filho doente. Alguns membros da família apoiam a
há a possibilidade
decisão tomada pelo casal,
O mapeamento de plasmídios mas há outrosa membros
revolucionou que se opõem.
biologia molecular e abriu oEnumera
caminho dois
para argumentos
a indústria daque
possam ter sido referidos a favor da realização do teste genético e dois argumentos que possam ter
biotecnologia. Esta técnica permite aos biólogos moleculares avaliar rapidamente o sucesso de
sido referidos contra.
experiências de clonagem assim como identificar facilmente plasmídios e tratamentos associados em
diferentes organismos. Embora os verdadeiros perfis de DNA sejam conseguidos a partir do DNA
9. Complete o “V de Gowin” relativo à actividade experimental desenvolvida (apêndice IV).
genómico, a actividade que se segue utiliza DNA plasmídico para simular como os verdadeiros perfis de
DNAElabore
10. são analisados.
uma resposta para a questão-problema formulada inicialmente “Será possível pela
análise
Após odo DNAdos
corte descobrirmos se os
plasmídios pelas filhos de
enzimas de restrição,
Ana e André
estesserão
podemdoentes?”
ser ligados a um fragmento de DNA
proveniente de um outro organismo que tenha sido cortado com a mesma enzima de restrição. O
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Guião do Aluno
(Ori). Dois dos plasmídios utilizados neste kit são plasmídios comerciais: o pUC18 e o pCR2.1 (figura 10 e
11).
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Questões:
1. A partir do mapa do plasmídio pCR2.1 enumere as enzimas de restrição que podem cortar o plasmídio.
3. Utilizando o plasmídio pUC18 como exemplo, procure os locais de restrição para a enzima AvaII.
Quantos locais de restrição existem? Se a enzima AvaII for usada para restrição deste plasmídio, quantos
fragmentos iremos obter?
4. Determine o tamanho dos fragmentos obtidos da restrição do plasmídio pUC18 com a enzima AvaII.
Confirme que a soma dos fragmentos obtidos é igual ao tamanho total do plasmídio.
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Para se realizar restrições virtuais em plasmídios, e visualizar o padrão de restrição obtido num gel
virtual, pode-se utilizar um software gratuito: o “pDRAW32 DNA analysis software”, AcaClone software.
2. Abra o programa já instalado “pDRAW32 DNA analysis”. De seguida, clique em “File” (ficheiro),
New (novo) e “Enter new sequence” (introduzir nova sequência).
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Figura 4: Sequência do plasmídio pCR2.1 linearizada, mostrando também os locais de restrição de dezenas de enzimas
de restrição. Está indicado também o comprimento da sequência do DNA.
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5. Clique em “Edit”, seleccione “DNA name, properties and annotations”, e registe os dados como se
indica no exemplo abaixo:
Figura 5: Designação do nome correcto do plasmídio (pCR2.1), e indicação da forma que se pretende visualizar o DNA
(forma circular)
6. Clique em “Preview, e aparecerá no ecrã o plasmídio pretendido – pCR2.1, com todos os locais de
restrição enzimática.
Figura 6: Mapa do plasmídio pCR2.1, circular, com locais de restrição das respectivas enzimas
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Guião do Aluno
8. Introduza a informação que deseja relativamente às enzimas que pretende utilizar para a
restrição do plasmídio.
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9. Após ter clicado em “Apply”, vai aparecer no ecrã o plasmídio pCR2.1 apenas com os locais de
restrição para as enzimas que apresentam as características anteriormente definidas.
Figura 9: Mapa do plasmídio pCR2.1 com os locais de restrição das enzimas anteriormente definidas
10. Uma vez que aparecem ainda muitos locais de restrição para as enzimas anteriormente
seleccionadas, a melhor opção será seleccionar as enzimas que só cortam duas vezes o
plasmídio.
Figura 10: Mapa do plasmídio pCR2.1 com os locais de restrição das enzimas que cortam apenas duas vezes
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11. Obtido o mapa virtual do plasmídio pCR2.1. com os respectivos locais de restrição para enzimas que
só cortam duas vezes, pode-se agora realizar a restrição virtual e respectiva electroforese em gel virtual.
Clique em “View – agarose gel electrophoresis”.
Discussão:
Que conclusões se podem retirar, após observação do padrão de restrição do plasmídio pCR2.1, com
enzimas que apenas cortam duas vezes?
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Guião do Aluno
Parte VI - Glossário
Glossário
Ácido desoxirribonucleico – vulgarmente conhecido por DNA, é um polímero orgânico complexo formado por duas
cadeias de nucleótidos emparelhadas entre si, com uma disposição antiparalela. Cada nucleótido que constitui o DNA é
composto por um açúcar, a desoxirribose, um grupo fosfato e uma das quatro bases azotadas (timina, adenina,
guanina e citosina).
Ácido ribonucleico – vulgarmente conhecido por RNA, é um polímero orgânico formado por uma cadeia simples de
nucleótidos. Cada nucleótido que constitui o RNA é composto por um açúcar, a ribose, um grupo fosfato e uma das
quatro bases azotadas (adenina, guanina, citosina e uracilo).
Adenina – base azotada púrica presente nos nucleótidos que constituem o DNA e o RNA.
Agarose – polímero constituído por unidades de galactose. Após dissolução em água a ferver, seguido de
arrefecimento, toma uma consistência gelatinosa.
Base Azotada – moléculas que entram na constituição dos ácidos nucleicos. No DNA podemos encontrar quatro bases
azotadas: a adenina, timina, citosina e guanina. A adenina e a timina são bases complementares, emparelhando entre
si. De igual modo a citosina e a guanina emparelham por complementaridade.
No RNA encontram-se também quatro bases azotadas: guanina, citosina, adenina e uracilo em vez da timina. As bases
emparelham do mesmo modo que no DNA à excepção da adenina que vai emparelhar com o uracilo.
Cariótipo – conjunto dos cromossomas presentes nas células de cada ser vivo.
Centrómero – parte central dos cromossomas. O centrómero é importante no processo de mitose e de meiose para a
separação dos cromossomas.
Citosina – base azotada pirimídica presente nos nucleótidos que constituem o DNA e o RNA.
Co-dominância – situação em que há expressão individual dos dois alelos de um locus, num heterozigótico.
Cromossoma – estrutura filamentosa constituída por DNA associado a proteínas estruturais (histónicas e não
histónicas). Os cromossomas encontram-se no núcleo das células eucarióticas.
Cromossoma homólogo – cada um dos cromossomas de um par de cromossomas idênticos, que apresenta os
mesmos loci genéticos. Cada cromossoma de um desses pares é homólogo do outro e emparelha com ele durante a
meiose.
DNA fingerprinting – técnica de separação de segmentos de DNA que permite a identificação genética dos
indivíduos.
DNA polimerase – enzima presente nas células procarióticas e eucarióticas, responsável pela polimerização das novas
cadeias de DNA.
Dominante – refere-se a um carácter que se exprime quando há heterozigotia para o gene que o determina. A
expressão ocorre na presença de uma cópia normal do alelo.
Enzimas de restrição - enzimas responsáveis por cortar o DNA. Estas enzimas são produzidas por bactérias e
recebem o nome da espécie da bactéria de onde foram extraídas. Enzimas de restrição diferentes reconhecem e cortam
DNA em diferentes sequências de bases.
Electroforese – é uma técnica que permite a separação de moléculas (DNA, proteínas…) de acordo com o tamanho,
carga e forma que apresentam, quando sujeitas a uma corrente eléctrica. As moléculas vão movimentar-se no meio de
suporte (gel de agarose ou de poliacrilamida, por exemplo) a velocidades diferentes consoante as características que
apresentam (tamanho, carga e forma).
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Guião do Aluno
Fenótipo – características observáveis num organismo. O fenótipo resulta da combinação de factores genéticos e
ambientais.
Gene – é a unidade básica da hereditariedade. Corresponde a uma sequência nucleotídica de DNA que codifica uma
determinada sequência polipeptídica, responsável por determinada característica ou função no organismo. Cada gene
encontra-se num local específico de um cromossoma (locus) e pode apresentar várias variantes (alelos) que
determinam uma forma particular dessa característica (exemplo: a característica “cor dos olhos” pode ter vários alelos:
alelo que determina a cor azul, alelo que determina a cor castanha, etc).
Genótipo – constituição génica de um indivíduo no que diz respeito aos alelos de um locus.
Guanina - base azotada púrica presente nos nucleótidos que constituem o DNA e o RNA
Hereditariedade – mecanismo através do qual as características genéticas passam dos progenitores para os
descendentes.
Heterozigótico – um indivíduo diz-se heterozigótico quando possui dois alelos diferentes para o mesmo gene.
Histona – proteínas básicas, associadas ao DNA nos cromossomas. Têm baixo peso molecular, e são ricas nos
aminoácidos lisina ou arginina.
Homozigótico – um indivíduo diz-se homozigótico quando possui alelos iguais para o mesmo gene.
Primer – pequena sequência específica de oligonucleótidos que se liga ao DNA alvo, para permitir o início da síntese da
cadeia complementar pela DNA polimerase.
Reacção de polimerização em cadeia (PCR) - reacção que permite a amplificação de porções específicas de DNA
que estejam presentes numa mistura complexa de DNA, desde que sejam conhecidas as suas extremidades.
Recessivo – gene ou carácter que só se manifesta em homozigotia ou em hemizigotia (presença de um único alelo no
genoma).
SNP (Single nucleotide polymorphism) – variação numa sequência de DNA que envolve uma alteração num único
nucleótido.
Southern blot – método descrito por E.Southern em que fragmentos de restrição são separados num gel de
electroforese e transferidos para uma membrana de nitrocelulose ou de nylon. Esta membrana é posteriormente
tratada com uma sonda (fragmento de DNA ou RNA com uma sequência de bases conhecida, e complementar ao DNA
contido na membrana) que vai hibridar com o fragmento de DNA que se pretende identificar. A sonda de DNA é
marcada radioactivamente para permitir a sua detecção.
Taq polimerase – é uma DNA polimerase termoestável, utilizada na amplificação de fragmentos de DNA através da
técnica de PCR. O seu nome é devido a ter sido identificada pela primeira vez na bactéria Thermus aquaticus. A Taq
polimerase suporta as elevadas temperaturas usadas em PCR, tendo uma semi-vida enzimática de 40 minutos (a 94ºC).
Teste genético – teste que permite detectar a presença, ausência ou alteração, num gene particular, cromossoma ou
num produto genético.
Timina – base azotada pirimídica presente nos nucleótidos que constituem o DNA (ausente no RNA).
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Apêndices:
Meio Liquido
Culturas líquidas de E.coli, podem geralmente fazer-se crescer no meio LB (Luria-Bertani). Há diferentes
meios LB, com diferentes composições. Fórmulas diferentes contêm diferentes concentrações de NaCl e
dão origem a quantidades variadas de DNA plasmídico. Para obter grande quantidade de DNA plasmídico
a composição LB recomendada é a seguinte:
Triptona 10 g
Extracto de
5g
levedura
NaCl 10 g
Preparação do meio LB
Para preparar um litro de meio LB, adicione 10g de NaCl, 10 g de triptona e 5 g de extracto de levedura a
950 mL de água destilada e desionizada, e agite até se dissolver. Ajuste o volume da solução para um litro
com água destilada e desionizada. Decante para pequenos reservatórios e esterilize na autoclave.
Nota 1: é aconselhável autoclavar o meio líquido em vários frascos pequenos, do que apenas num frasco
grande, para evitar uma possível contaminação de todo o meio. Depois de autoclavar, não utilizar o meio
durante 24 h para garantir que está devidamente esterilizado e livre de contaminação por microorganismos.
Esterilização do meio
Esterilize o meio líquido ou sólido na autoclave, utilizando uma pressão e um período de tempo adequado
ao tipo de meio, tamanho do frasco, e tipo de autoclave.
Nota 2: Encha apenas ¾ da capacidade dos frascos com meio, e solte as rolhas antes de autoclavar para
evitar que o meio a ferver verta para fora. Aperte as rolhas quando o meio estiver frio (por volta dos 40ºC)
para o manter completamente estéril.
Nota 3: Os antibióticos e os nutrientes como os aminoácidos são inactivados pelas altas temperaturas de
uma autoclave. Eles devem ser adicionados ao meio frio e autoclavado a partir de soluções stock
adequadas.
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Guião do Aluno
Meio sólido
Estirpes de E. coli podem geralmente ser riscadas e armazenadas em placas de petri com meio LB que
contenham 1,5% de agar e o antibiótico apropriado.
Preparação: prepare o meio LB de acordo com a composição dada na tabela acima. Mesmo antes de
autoclavar, adicione 15 gramas de agar por litro e misture. Depois de autoclavar, agite o meio suavemente
para distribuir o agar dissolvido por toda a solução. Tenha o cuidado para que o líquido quente não verta
para fora enquanto o agita.
Nota 4: Deixe arrefecer o meio de agar autoclavado até aos 50ºC, antes de adicionar antibióticos e nutrientes
sensíveis ao calor. Misture muito bem.
Nota 5: Faça o plaqueamento das placas com o meio numa câmara de fluxo laminar, ou numa superfície
limpa, próximo de uma chama. Use 30-35 mL de meio para placas de petri de 90mm de diâmetro (1 litro de
meio dá para cerca de 30 placas).
Nota 6: Após o plaqueamento, quaisquer bolhas de ar podem ser removidas passando rapidamente uma
chama perto da superfície da placa. Não se deve demorar com a chama pois esta pode destruir os
antibióticos.
Seque as placas directamente quer após a solidificação ou logo antes de usar removendo as tampas e
colocando as placas na câmara de fluxo laminar durante 1 hora. Em alternativa, se não houver câmara de
fluxo laminar, as placas podem ser secas com as tampas ligeiramente abertas numa estufa a 37ºC durante
30 minutos, ou deixe-as invertidas com as tampas à temperatura ambiente durante 2-3 dias.
Nota 7: Guarde as placas invertidas a 4ºC, protegidas da luz, para preservar os antibióticos sensíveis à luz.
Não guarde as placas por períodos superiores a 3 meses, já que os antibióticos podem degradar-se.
Antibióticos
Estirpes bacterianas que contêm plasmídios ou genes com marcadores selectivos de antibióticos devem
sempre ser postas num meio de cultura liquido ou sólido que contenha o agente selectivo. Os antibióticos
devem ser adicionados ao meio apenas quando este estiver a uma temperatura abaixo dos 50ºC.
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Guião do Aluno
Culturas “Stab”
As estirpes de E.coli podem ser mantidas durante um ano em cultura “Stab”. As culturas “Stab” são
utilizadas para transportar bactérias de uns laboratórios para outros.
Placas de agar
Placas com riscado de bactérias podem ser seladas com Parafilme, e guardadas invertidas a 4ºC
durante várias semanas.
O riscado de bactérias deve ser sempre feito em placas que contenham o antibiótico apropriado.
Para se obter colónias de bactérias bem isoladas, riscar uma placa de agar como se descreve de seguida:
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Guião do Aluno
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Mulher
Homem
Sexo
Indefinido
Legenda
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Apêndice IV – “V de Gowin”
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Guião do Aluno
Referências Bibliográficas
Sambrook J., Fritsch E. F., e Maniatis T. (1989) Molecular Cloning: A Laboratory Manual. Cold Spring
Harbor: Cold Spring Harbor Laboratory.
Corantes
Biotium Microbiologia
www.biotium.com
QIAGEN News
Carolina www.qiagen.com
http://www.carolina.com
BioRad Plasmídios
http://www.bio-rad.co.jp/LifeScience/pdf/
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Biotecnologia – conceitos e técnicas
The European Initiative for Biotechnology Education Source BioScience ImaGenes
http://www.eibe.info/ http://www.imagenesbio.de/info/vectors/pCR2.1_pic.shtml
Kits comerciais
Nature`s dice – Teacher`s guide
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http://www3.bio-rad.com
Testes genéticos
Understanding Gene Testing
http://www.accessexcellence.org/AE/AEPC/NIH/gene19.php
Software:
pDraw32 DNA Analysis
http://www.acaclone.com/
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