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EFICÁCIA DO USO DE ANTIBIÓTICO NAS CIRURGIAS DE TERCEIROS

MOLARES INFERIORES RETIDOS. AVALIAÇÃO POR ANÁLISE


MORFOMÉTRICA.

EFFECTIVENESS OF ANTIBIOTIC USE IN SURGERY OF LOWER THIRD


MOLAR TEETH. EVALUATION BY MORPHOMETRIC ANALYSIS.
Alexandre Fernandes de Souza Guimarães, Rodolpho Valentini Neto, Weber Leal de Moura, Walter Leal de Moura,
Suyá Moura Mendes – Campus de Araçatuba – Faculdade de Odontologia – Odontologia –
alexanddreguimaraes@hotmail.com

Palavras Chave: infecção; terceiros molares retidos; antibiótico.


Keywords: infection; tooth impacted; antibiotic

1.INTRODUÇÃO
Dentre as várias especialidades da Odontologia Moderna, a Cirurgia e Traumatologia Buco-
Maxilo-Facial desenvolve-se de forma acelerada na busca de reduzir os insucessos cirúrgicos,
resultantes de dificuldades ou acidentes durante as cirurgias, evitando assim possíveis seqüelas
graves ou até mesmo irreversíveis.
Dente retido é todo aquele que durante o seu processo eruptivo acaba encontrando uma
barreira física que impede a erupção normal, enquanto o dente incluso é o órgão dentário que,
mesmo com a rizogênese completa, não irrompe na cavidade bucal.
Os terceiros molares são os dentes que apresentam maior freqüência de inclusão.
Acredita-se que a extração é a melhor estratégia a ser seguida quando não há chances de
erupção dos terceiros molares, principalmente se o paciente é jovem, ou seja, até os 22 anos.
Das cirurgias realizadas na cavidade bucal, a remoção dos terceiros molares inferiores retidos
caracteriza-se por causar um maior desconforto pós-operatório, estando sujeita a infecções que se
manifestam usualmente como uma alveolite, embora infecções mais severas envolvendo espaços
fasciais possam ocasionalmente ocorrer (INDRESANO et al., 1992).
A utilização de antibioticoterapia para as cirurgias de terceiros molares retidos é bastante
controversa. Afirma-se que a incidência de infecções pós-operatórias nesses procedimentos
cirúrgicos está entre 1 e 5%, o que não justifica o uso rotineiro de antibióticos. No entanto, outros
estudos relatam diferenças estatisticamente significantes entre índices de infecção pós-operatória
em cirurgia oral em pacientes tratados com e sem antibioticoterapia.
Em pesquisa para avaliar as queixas e complicações que ocorrem após cirurgia dos terceiros
molares inferiores inclusos, concluiu-se que a inflamação, a dor e o trismo são as queixas mais
comumente observadas e que a redução da abertura da boca ocorre porque este ato é doloroso, por
isso o paciente evita fazê-lo.

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E OBJETIVOS


2.1 Fundamentação Teórica
A lesão tecidual decorrente da remoção de terceiros molares mandibulares inclusos
desencadeia uma série de fenômenos inflamatórios em resposta à agressão – especialmente a partir
do tecido conjuntivo que compõe o periósteo – com o objetivo principal de restabelecer as
estruturas e funções da área atingida. Destes eventos, destaca-se a liberação de uma grande
quantidade de mediadores químicos endógenos, oriundos da ativação de sistemas plasmáticos,
macrófagos residentes e de algumas células sanguíneas que migram para o local inflamado,
principalmente os neutrófilos. Assim, são gerados no local uma série de autacóides como a
histamina, bradicinina, interleucina-1, prostaglandinas e leucotrienos, entre outros, que estimulam
diretamente ou sensibilizam os nociceptores, acarretando a dor de caráter inflamatório agudo.

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A exodontia de terceiros molares invariavelmente envolve trauma nos ossos e tecidos moles,
originando edema, trismo e dor. A dimensão do quadro inflamatório dependerá basicamente da
extensão da cirurgia, da manipulação dos tecidos moles e da resposta tecidual ao trauma de cada
indivíduo; entretanto, apesar de uma boa técnica cirúrgica e uma manipulação tecidual adequada
não conseguimos eliminar totalmente o quadro de edema e desconforto ocasionado ao paciente.
Os antibióticos podem ser usados para tratamentos profiláticos ou terapêuticos, porém em
todos os casos serão eficazes, servindo para eliminar ou pelo menos inativar os microorganismos
patógenos. A profilaxia antibiótica é uma medida preventiva que está claramente estabelecida e
demonstrada como eficaz, porém não é aceita unanimemente em todas as especialidades médico
cirúrgicas.
O uso de antibiótico para profilaxia de infecção de feridas no pós-operatório pode ser muito
eficaz e quando adequado altera pouco a flora do hospedeiro e não estimula resistência bacteriana,
além de reduzir a dor, a morbidade, a despesa do paciente e o uso total de antibióticos. A maioria
dos procedimentos odontológicos em pacientes saudáveis não necessita de profilaxia com
antibióticos, mas quando indicada o medicamento de escolha deve ser um antibiótico de espectro
limitado, atóxico e bactericida, requisitos que são preenchidos pelas penicilinas.

2.2 Objetivos
O presente trabalho tem por objetivo comparar, clinicamente, a eficácia do uso de
antibiótico terapêutico nas cirurgias de terceiros molares inferiores retidos. Serão avaliados: a
presença de infecções e trismo em pacientes que não apresentam comprometimento sistêmico
associado.

3. MATERIAIS E METODOLOGIA
Foram selecionados 14 pacientes para remoção dos terceiros molares inferiores retidos, sem
distinção de sexo, cor ou raça. Como condição necessária, todos os indivíduos deviam ter indicação
de exodontia dos terceiros molares inferiores inclusos e em posições simétricas, sem nenhuma
manifestação de ordem local ou sistêmica que pudesse contra-indicar o ato cirúrgico ou a
administração da droga, conforme procedimentos pré-operatórios, e com idade entre 15 e 30 anos,
não apresentando hábitos nocivos como tabagismo e/ou etilismo.
Todas as cirurgias foram realizadas por um só operador, visando assim a padronização dos
resultados.
As cirurgias foram divididas em dois grupos distintos, onde cada paciente se submetia à
terapêutica do grupo 1 na primeira cirurgia e à do grupo 2 na segunda. Os regimes terapêuticos
administrados foram os seguintes:
• Grupo 1 à Sem antibioticoterapia
• Grupo 2 àCom antibioticoterapia profilática (500mg de amoxicilina de 8/8 horas, por sete
dias após o procedimento).
Como medidas pré-operatórias, realizaram-se anti-sepsia intrabucal com digluconato de
clorexidina a 0,12%, durante um minuto e anti-sepsia extrabucal com solução alcoólica de
polivinilpirrolidona-iodo. A técnica anestésica de escolha foi a troncular do nervo alveolar
inferior e lingual, com complementação do nervo bucal, usando em média 1,5 tubete de 1,8 ml com
mepivacaína 2% com epinefrina (1:100. 000).
Todos os pacientes receberam 4mg de betametasona no pré-operatório e, no pós-operatório,
750mg de paracetamol de 6/6 horas, por um período de 48 horas.
No pós-operatório imediato, anotou-se o tempo cirúrgico desde a anestesia até a sutura final,
sendo ainda discriminada a necessidade ou não de osteotomia e odontossecção, que foram
realizadas com caneta de alta rotação esterilizada em autoclave e broca cirúrgica 703 e irrigação
com água destilada.
Os pacientes foram avaliados diariamente após o procedimento durante uma semana.
A avaliação do trismo foi realizada por meio da distância dos incisivos centrais superior e inferior,
conforme técnica consagrada preconizado por THOMAS & HILL (1997). As medidas foram

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realizadas no pré-operatório e no pós-operatório de 24 e 48 horas e após 7 dias da cirurgia. A dor foi
avaliada, subjetivamente, através de uma escala analógica visual.
Os dados foram coletados através de uma ficha padrão estruturada para registrar as variáveis
mencionadas e foram processadas através de software estatístico SP SS 11.5, fornecendo resultados
em tabelas percentuais.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram utilizados os testes estatísticos t de Student para amostras emparelhadas, teste de


Wilcoxon, com um nível de significância de 0,05.
Realizado o Teste t de Student para amostras emparelhadas referentes à DISTÂNCIA
INTER-INCISAL nos períodos pré-operatório e pós-operatórios de 24 e 48 horas e 7 dias,
encontrou-se um valor mínimo de p=0,536, sendo, portanto, maior que o nível de significância de
0,05. Assim, garantimos que não houve diferença estatisticamente significativa com o uso de
antibióticos.
Feito o Teste de Wilcoxon para amostras emparelhadas referentes à DOR nos períodos de 24
e 48 horas, obteve-se um valor mínimo de p= 0,024, sendo, portanto, menor do que o nível de
significância de 0,05 deste modo, garantimos que houve diferença estatisticamente significativa
com o uso de antibiótico. Entretanto, quanto ao período de 7 dias, obteve-se um valor de p= 0,180,
sendo, portanto, maior que 0,05; o que nos garante não haver diferença estatisticamente
significativa.

Tabela 1: Comparação de Significância das Amostras Emparelhadas com Uso ou Não de Antibiótico.
Variável Pré-operatório 24h 48h 7 dias
DII Não Não Não Não
DOR Não Sim** Sim** Não**
DII: Distância interincisal; ** Utilizado o Teste de Wilcoxon.
Fonte: Pesquisa direta

Tabela 2: Valores de p obtidos nos testes estatísticos t de Student para amostras emparelhadas, teste
de Wilcoxon, com um nível de significância de 0,05.

Variável Pré-Operatório 24h 48h 7 dias


DII 0,838 0,539 0,536 0,537
DOR - 0,044 0,024 0,180
DII: Distância interincisal.
Fonte: Pesquisa direta.

As cirurgias buco-maxilo-faciais variam significativamente quanto à extensão e natureza da


contaminação bacteriana, tempo de duração da cirurgia, grau de traumatismo trans-operatório,
suporte vascular dos tecidos envolvidos e outros fatores. Por conseguinte, faz-se necessário
determinar melhor os riscos de infecção pós-operatória nos diferentes tipos de procedimentos,
estabelecendo a indicação da profilaxia antibiótica para cada caso em particular e não a utilizando
como uma medida de rotina, já que se em alguns procedimentos ela se mostra útil na prevenção das
infecções, e em outros é absolutamente desnecessária.
As complicações encontradas com maior freqüência na análise dos resultados como edema,
dor e trismo estão de acordo com estudos já previamente efetuados.
O edema facial e o trismo consecutivos ao tratamento cirúrgico do terceiro molar inferior
incluso, são manifestações do processo inflamatório reparador em sua fase inicial. A lesão cirúrgica
dos vasos sangüíneos e linfáticos que drenam a área operada integram o traumatismo operatório
implicado na remoção do dente incluso.

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Trismo é a inabilidade de abrir a boca. A abertura normal varia de 40 a 60 mm. Uma
abertura menor que 36 mm pode ser descrita como limite ou trismo, já o trismo severo a reduz para
menos de 10 mm. A presença de infecção, particularmente ao redor de um terceiro molar em
erupção, é a causa mais freqüente de trismo. As razões fisiológicas e biomecânicas não são sabidas
com certeza, mas a infecção, de alguma forma, inibe o movimento muscular, o leva ao espasmo e
impossibilita uma abertura adicional. Assim, limita-se a propagação da infecção através da inibição
do movimento muscular.
Na avaliação da dor, ao nível de significância 5%, com o uso dos testes de Wilcoxon e dos
sinais, encontramos diferença no pós-operatório de 24 e 48 horas (teste de Wilcoxon), embora não
houvesse diferença estatisticamente significante no pós-operatório de 7 dias.

5. CONCLUSÕES
Com base em nossos resultados, foi possível concluir que:
1. Não houve diferença estatisticamente significante com relação ao trismo e presença de
infecção após cirurgias de terceiros molares inclusos com ou sem o uso de antibiótico.
2. Com relação à dor houve diferença estatisticamente significante nos períodos pós-
operatórios de 24 e 48 horas, sendo maior a presença da dor quando não foi utilizada a
antibioticoterapia.

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