Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
ª VARA
TRABALHISTA DA COMARCA DE CAMPINA GRANDE – PB
Ambos representados por seus advogados adiante assinados, com escritório profissional
na Rua Arnaldo Albuquerque – Alto Branco, nesta cidade, onde recebem notificações e
intimações, vem respeitosamente à presença de V. Exa., apresentar
CONTESTAÇÃO
DOS FATOS:
DO MÉRITO:
DA INEXISTÊNCIA DO ILÍCITO:
O fato é que: do beijo lascivo aos atos eróticos praticados, não se pode
dizer que foram rejeitados de todo pelo Autor; afinal, o mesmo demonstrou que ainda
tinha atração pela Demandada, com a qual já tivera um relacionamento no passado. O
Promovente só se deteve em continuar a relação sexual por um lampejo de moralidade,
que o fez, provavelmente, lembrar que esta se tratava de uma conduta inadequada para
um homem casado.
Assédio moral, nas palavras de Márcia Novais Guedes (Revista LTr, 67-
2/162/165) é o "terror psicológico" aplicado ao trabalhador, "ação estrategicamente
desenvolvida para destruir psicologicamente a vítima e com isso afastá-la do mundo do
trabalho", isto é, para se enquadrar no conceito de assédio moral a humilhação
impingida ao trabalhador, deve ocorrer de forma repetida e prolongada,causando graves
danos à vida, pessoal e profissional, do trabalhador.
Não se confunde o Assédio Moral com o Assédio Sexual, sendo que este
é o constrangimento a alguém, visando levar vantagem ou fornecimento sexual em
razão de sua posição hierárquica superior na pirâmide do complexo empresarial, e
aquele é a humilhação habitual do trabalhador.
Quanto aos danos morais, afinal, temos uma questão interessante: quais
são as condutas imputadas à Acusada que levaram o autor a iniciar uma ação de
indenização?
Como foi analisado, não ocorreu crime de assédio sexual por parte da
acusada, no máximo, a conduta do Autor poderia se caracterizar como crime de
adultério, caso tal delito não tivesse sido revogado pela Lei 11.106/2005, pois o
adultério punia o relacionamento sexual fora do casamento, e a titularidade dessa ação
seria exclusiva da esposa do Autor da inicial.
Apenas nos dias seguintes ao ocorrido, o Autor se mostrou realmente
preocupado como a situação que surgiu do seu envolvimento com a Promovida,
contudo, não demonstrou interesse imediato algum, em propor ação de danos morais,
visto que tinha receio de ser mal compreendido na esfera profissional e na conjugal,
pois o Promovente já havia praticado conduta suspeita de assedio sexual com uma
subordinada em ambiente de trabalho.
Isto posto, fica claro que não devemos fundamentar as questões de mérito
apenas no testemunho e perspectiva do Autor, ou seja, na primeira impressão sobre o
fato, pois mesmo que tal crime seja de difícil prova e as alegações das partes sejam de
inegável importância; devemos, pois, analisar as condutas descritas para ter a certeza, se
a estes atos pode-se aplicar a norma penal em comento.
Para corroborar tais argumentos seguem decisões nas quais foi indeferido
o pedido de danos morais, com base em alegado assédio moral:
DA INDENIZAÇÃO:
DO PEDIDO:
Nestes termos,
Pede deferimento.
MMGV
OAB/PB
PNV
OAB/PB