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O sistema nervoso divide-se em sistema nervoso central (SNC) que engloba o encéfalo
e a espinal medula e em sistema nervoso periférico (SNP) constituído pelas fibras nervosas que
transportam a informação para o SNC. Neste último dá-se o processamento da informação,
integração dos processos mentais e iniciação da resposta. As instruções vindas do SNC são
transmitidas ao SNP e deste para os órgãos efectores – músculos e glândulas. O SNP é dividido
em sistema nervoso somático, que transmite os potenciais de acção do SNC aos músculos
esqueléticos, e em sistema nervoso autónomo, que transmite os potenciais de acção do SNC ao
músculo liso, ao músculo cardíaco e a certas glândulas. Este último é subdividido em sistema
nervoso simpático e parassimpático.
O CÉREBRO
Assemelha-se a duas metades de uma noz - dois hemisférios ligados por um feixe de
filamentos nervosos chamado corpo caloso - cada uma apresenta circunvoluções marcadas por
sulcos ou cissuras. É coberto por uma fina camada com apenas dois milímetros de espessura,
circunvolada e cinzenta – o neocortéx, “o cérebro que raciocina” (Khalsa, 1994, p.116). Abaixo
deste encontra-se uma massa branca, constituída por axónios, responsável pela realização de
um grande volume de trabalho bioquímico, ou seja, transmissão de sinais dentro do córtex e
entre o córtex e outras zonas do SNC – que o corpo exige para permanecer activo. No entanto,
esta parte do cérebro não produz qualquer pensamento ou sentimento.
se encontra o córtex somatosensorial área onde são consciencializadas as sensações das diversas
partes do corpo;
Lóbulo Frontal: efectua a maior parte do raciocínio abstrato, assegura as funções de
planeamento e de antevisão; responsável pela actividade motora voluntária, através de uma estrutura
chamada córtex motor primário.
Os cientistas que estudam as áreas motoras e somatosensorial descobriram que o corpo
humano está representado na superfície do córtex como num mapa - homúnculo. Num extremo da área
motora, por exemplo, figuram os músculos dos pés, imediatamente a seguir surge a área que
corresponde ás células nervosas da perna, e assim por diante, até à face e à boca. Nem todas as partes
do corpo têm o mesmo peso na representação sendo que o tronco corresponde a um espaço
relativamente pequeno, enquanto às mãos, os pés e a boca ocupam muito espaço (Blank, C. et al, 2002).
O CEREBELO
beber uma bebida, dançar (Robert, 1996). Conserva parte da memória dos movimentos, a
maioria dos bons dançarinos têm o cerebelo bem desenvolvido (Khalsa, 1997).
É constituído por três partes funcionais que trabalham colectivamente para o controlo
subconsciente da actividade motora, apesar de todas terem funções distintas: o lobo
floculonodular (importante na manutenção do equilíbrio e controlo do movimento dos olhos); o
vermis anterior e posterior (em que o vermis anterior controla a coordenação motora grosseira e
o tono muscular) e dois grandes hemisférios laterais (que juntamente com o vermis posterior
estão envolvidos na coordenação motora fina).
O TRONCO CEREBRAL
através do tronco cerebral; estes nervos fornecem actividade sensorial e motora quer para a
cabeça, quer para o pescoço, sendo fundamentais para a visão, audição, olfacto, paladar,
expressões faciais, entre outros.
O Bolbo Raquidiano localizado na parte mais inferior do tronco cerebral actua como via
de condução para os feixes nervosos ascendentes e descendentes. Independentemente das
decisões vindas dos níveis superiores assegura por si só três funções, a saber:
• Regulação do ritmo respiratório (com um centro nervoso para a inspiração e
outro para a expiração)
• Manutenção do ritmo cardíaco (através de um centro nervoso para a aceleração
e outro para a inibição)
• Manter constante a pressão arterial (contém centros cujas ordens produzem a
contracção ou o afrouxamento dos músculos lisos das pequenas artérias)
(Robert, 1996).
A ponte ou protuberância anular, localiza-se logo acima do bolbo e também encerra
feixes nervosos ascendentes e descendentes e diversos núcleos, contém o centro do sono e os
centros respiratórios que actuam em conjunto com os centros homólogos do bolbo para controlar
os movimentos respiratórios.
O mesencéfalo é a mais pequena região do tronco cerebral situando-se acima da ponte.
Este abriga os centros da perseguição ocular. Possui uma pequena porção posterior
denominada tecto ou lâmina quadrigémea (com estruturas envolvidas na audição e na recepção
de estímulos dos olhos, pele e cérebro e uma porção anterior bem desenvolvida denominada de
pedúnculos cerebrais). Os centros da vígilia, do sono e do sonho, funcionam graças a uma longa
corrente de células e de fibras pertencentes à formação reticulada1, ligando o bolbo e a
protuberância aos núcleos do mesencéfalo (Robert, 1996).
1
“Longa coluna de neurónios em rede, situado no coração do sistema nervoso central, desde o bolbo até
ao diencéfalo. Regula em particular o estado de alerta e a atenção e facilita a aprendizagem e a vigilância”
(Robert, 1996, p.133).
___________________________________________O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
A ESPINAL MEDULA
BIBLIOGRAFIA
• Khalsa, Dharma (1997). Longevidade do cérebro. Rio de Janeiro: Editora Objectiva Ldta;
• Robert, Jacques-Michel (1996). O cérebro. Lisboa: Instituto Piaget;
• Blank, Catrin et al (2002). Cérebro e Sistema Nervoso Central. Lisboa: Selecções do
Reader’s Digest;
• Tocquet, Robert (1986). Cultive seu cérebro. São Paulo: IBRASA.
• http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso3.asp