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GUIA DE SEGURANÇA

NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA

Mariette M. Pereira
Teresa M. Roseiro Estronca
Rui Miguel D. R. Nunes

Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

2006
GUIA DE SEGURANÇA

NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA

Departamento de Química
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Universidade de Coimbra

Mariette. M. Pereira
Teresa M. Roseiro Estronca
Rui Miguel D. R. Nunes
Edição
Departamento de Química
(1ª ed, 2004; 2ª ed. 2006)
FCTUC

Composição gráfica
Rui Miguel D. R. Nunes
Núcleo de Estudantes Química

Impressão
Secção de textos - FCTUC
Índice
Prefácio ................................................................................... 4
Órgãos Directivos .................................................................... 1
1.Números de telefone a utilizar em caso de emergência.............. 2
2. Regras Básicas de Segurança no Laboratório ........................... 3
3. Acidentes................................................................................. 8
3.1 Acidentes que põem em risco a integridade física de
indivíduos .......................................................................... 8
3.2 Acidentes que põem em risco a integridade física do edifício
e/ou de todas as pessoas no local .......................................11
3.2.1 Plano de evacuação ........................................................12
4. Incêndios ................................................................................12
4.1 Combate a incêndios .........................................................13
4.2 Materiais combustíveis......................................................16
5. Gases......................................................................................19
5.1 Potenciais perigos associados aos gases comprimidos .......20
5.2 Armazenamento de gases comprimidos.............................22
5.3 Gases Liquefeitos..............................................................24
Anexo 1. Lista de frases de risco usadas com substâncias perigosas
...................................................................................................27
Anexo 2. Lista de frases de segurança usadas com substâncias
perigosas ....................................................................................33
Anexo 3. Lista de reagentes químicos mais comuns altamente
tóxicos........................................................................................37
Anexo 4. Lista de reagentes químicos mais comuns conhecidos e
suspeitos de actividade carcinogénica .........................................38
Anexo 5. Lista de reagentes químicos mais comuns conhecidos e
suspeitos de actividade teratogénica............................................39
Anexo 6. Lista de reagentes químicos que podem formar
peróxidos quando armazenados ..................................................40
Anexo 7. Lista de reagentes químicos incompatíveis...................41
Anexo 8. Exemplo de uma Material Safety Data Sheet (MSDS).44
Anexo 4. Proposta de Ficha de Segurança...................................50
Prefácio
Qualquer actividade humana tem riscos, como podemos reconhecer pela
taxa elevada de acidentes rodoviários no país. A Química não está isenta de
riscos, mas eles não devem ser exagerados. Basta realçar que o grande
Químico–Físico americano Joel Hildebrand publicou o seu último artigo
com a idade de 100 anos, e faleceu um ano mais tarde; mas que dedicou
toda a sua vida científica ao estudo experimental de líquidos e soluções,
incluindo muitos solventes que são tóxicos, incluindo o benzeno e o
tetracloreto de carbono!
O que é fundamental é saber as regras básicas de segurança no laboratório,
os riscos com que deparamos com cada composto químico, isolado ou com
outros reagentes, e os outros riscos potenciais que existem no laboratório.
Nesta Guia, é apresentada a informação fundamental do que é preciso saber
e quais as atitudes a tomar antes de fazer qualquer trabalho experimental.
Leia este Guia antes de ir para o Laboratório, e se tem alguma dúvida em
relação a esta matéria consulte a bibliografia, sítios na internet indicados,
ou esclareça-se com o Professor da disciplina prática.

Sebastião José Formosinho Simões


Presidente do Departamento

Hugh Douglas Burrows


Presidente da Comissão Científica
Apresentação
Este Guia Introdutório de Segurança foi preparado pela CSDQC
(Comissão Segurança Departamento Química Coimbra) e tem como
principais objectivos alertar e prevenir a ocorrência de acidentes durante a
realização de experiências laboratoriais e alertar para a armazenagem e
manipulação de gases, solventes e reagentes.
O primeiro passo para evitar um acidente é saber reconhecer as
situações que podem desencadeá-lo. Existem uma série de regras básicas de
protecção individual e colectiva que devem ser conhecidas por
Professores, Investigadores e Alunos e aplicadas sempre que possível.
Este Guia destina-se essencialmente a alunos das Licenciaturas em
Química e Química Industrial e de outras Licenciaturas da Faculdade de
Ciências e Tecnologia que frequentem aulas nos Laboratórios do
Departamento de Química.
Neste Guia, apresentamos algumas informações básicas para evitar
situações de perigo e algumas medidas a tomar aquando da ocorrência de
acidentes.
Fornecemos também uma lista de Frases de Risco e de Segurança
assim como de referências para localização de sítios de internet destinados
a encontrar as indicações de risco dos perigos dos reagentes utilizados.
É apresentado em anexo um exemplo da ficha de segurança para
ácido acético e uma ficha em branco para ser preenchida pelo aluno antes
do início de qualquer Experiência Laboratorial.
A Comissão de Segurança
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Órgãos Directivos
Presidente do Departamento
Sebastião J. Formosinho Simões
Tel: 239 854441; ext. 303

Presidente da Comissão Científica


Hugh D. Burrows
Tel: 239 854482; ext. 402

Presidentes das Comissões Pedagógicas


Artur J. M. Valente
Tel: 239 854459; Ext. 357
Jorge Costa Pereira
Tel: 239 854471; Ext. 385

Comissão de Segurança
Mariette M. Pereira
Tel.: 239 854474; ext. 390; e-mail: mmpereira@qui.uc.pt
Teresa Roseiro Estronca
Andreia F. Peixoto
Rui Miguel D. R. Nunes
Ana Maria Lapinha Lourenço
Paulo Fraga
Comissão Pedagógica de alunos de Química
Comissão Pedagógica de alunos de Química Industrial
Núcleo de Estudantes de Química

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

1.Números de telefone a utilizar em caso de emergência


É importante saber a localização das pessoas e equipamentos
necessários quando um acidente de laboratório imponha a assistência
especializada. Os números de telefone que se seguem devem ser acessíveis
ao responsável pelo laboratório, de modo que possa ser accionado, com
rapidez, o auxílio necessário:

Ambulância: 112

Bombeiros: 239 822 122

INEM-centro de informação anti-venenos- 808 250 143

Hospital da Universidade de Coimbra: 239 400 400 / 500 / 600


Urgência: 239 400 571
Linha Azul: 239 827 446

PSP: 239 822 022 / 023 / 028

Presidente Departamento Química: 239 854441; ext. 303

Comissão de Segurança: 239 854474; ext. 390

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

2. Regras Básicas de Segurança no Laboratório


Os laboratórios de aulas e de investigação do Departamento de
Química de Coimbra estão munidos do seguinte material de segurança:
Cobertor anti-fogo
Extintor de incêndio
Areia
Chuveiro
Caixa de primeiros socorros
Lava-olhos

Antes de iniciar qualquer actividade laboratorial o Aluno e o


Professor devem certificar-se da sua existência, localização e boas
condições de funcionamento. Se algum deste equipamento não se
encontrar em boas condições, por favor comunique à Comissão de
Segurança ou à Direcção do Departamento.
É obrigatório que todos os acidentes de laboratório sejam
comunicados à Direcção. A pessoa acidentada, e remetida a tratamento
especializado, deve ter um acompanhamento por parte do Professor ou de
um responsável do Departamento.
SEGURANÇA é assunto de máxima importância e deve ser
dada especial atenção às medidas de segurança pessoal e colectiva em
laboratório. Embora não seja possível enumerar aqui todas as causas
de possíveis acidentes num laboratório, existem certos cuidados
básicos, decorrentes do uso de bom senso, que devem ser observados:

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

1. Siga rigorosamente as instruções fornecidas pelo


professor.
2. Nunca trabalhe sozinho no laboratório.
3. Não brinque no laboratório.
4. Em caso de acidente, procure imediatamente o professor,
mesmo que não haja danos pessoais ou materiais.
5. Encare todos os produtos químicos como venenos em
potencial, enquanto não verificar sua inocuidade, consultando
a literatura especializada.
6. Antes de iniciar o trabalho no laboratório é obrigatória a
leitura de fichas de segurança ou Material Safety Data Sheet,
MSDS, de todos os produtos químicos com que irá trabalhar.
7. Não fume no laboratório.
8. Não beba nem coma no laboratório.
9. Durante a sua permanência dentro do laboratório use
sempre óculos de protecção.
10. Use uma bata apropriada.
11. Deve usar sempre luvas de protecção apropriadas quando
manusear substâncias agressivas para a pele ou que sejam
absorvidas por via cutânea.
12. Caso tenha cabelo comprido, mantenha-o preso durante a
realização das experiências.
13. Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis
(acetona, álcool, éter, por exemplo) próximos de chamas.
14. Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis
expostos ao sol.
15. Evite o contacto de qualquer substância com a pele.

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

16. Trabalhe com calçado fechado e nunca de sandálias.


17. Todas as experiências que envolvam a libertação de gases
e/ou vapores tóxicos devem ser realizadas na câmara de
exaustão (nicho de fumos).
18. Ao preparar soluções aquosas diluídas de um ácido, coloque
o ácido concentrado sobre a água, nunca o contrário.
19. Nunca usar a boca para pipetar.
20. Nunca aqueça o tubo de ensaio, apontando a extremidade
aberta para um colega ou para si mesmo.
21. Não coloque nenhum material sólido dentro da pia ou nos
ralos.
22. Não coloque resíduos de solventes na pia ou ralo; há
recipientes apropriados para isso. Deve distinguir entre os
recipientes para solventes não halogenados, halogenados e
para metais pesados.
23. Não coloque vidro quebrado ou lixo de qualquer espécie nas
caixas de areia. Também não atire vidro quebrado no lixo
comum. Deve haver um recipiente específico para
fragmentos de vidro.
24. Não coloque sobre a bancada de laboratório bolsas,
agasalhos ou qualquer material estranho ao trabalho que
estiver a ser realizado.
25. No caso de contacto de um produto químico com os olhos,
boca ou pele, lave abundantemente com água. A seguir,
procure o tratamento específico para cada caso.
26. Saiba a localização e como utilizar o chuveiro de
emergência, extintores de incêndio e lavadores de olhos.
27. Nunca teste um produto químico pelo sabor.
28. Não é aconselhável testar um produto químico pelo odor,

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

porém caso seja necessário, não coloque o frasco sob o nariz.


Desloque suavemente com a mão, para a sua direcção, os
vapores que se desprendem do frasco.
29. Se algum ácido ou produto químico for derramado, lave o
local imediatamente.
30. Verifique se os cilindros contendo gases sob pressão estão
presos com correntes ou cintas.
31. Consulte o professor antes de fazer qualquer modificação na
experiência e na quantidade de reagentes a ser usada.
32. Antes de utilizar um aparelho pela primeira vez, leia sempre
o manual de instruções.
33. Não aqueça líquidos inflamáveis em chama directa.
34. Lubrifique tubos de vidro, termómetros, etc., antes de inseri-
los em rolhas e proteja sempre as mãos com um pano.
35. Antes de usar qualquer reagente, leia cuidadosamente o
rótulo do frasco para ter certeza de que aquele é o reagente
desejado.
36. Verifique se a montagem está segura antes de iniciar um
trabalho.
37. Abra os frascos o mais longe possível do rosto e evite
aspirar ar naquele exacto momento.
38. Recomenda-se a não utilização de lentes de contacto sempre
que possível.
39. Apague sempre os bicos de gás que não estiverem em uso.
40. Nunca volte a colocar no frasco um produto químico
retirado em excesso e não usado. Ele pode ter sido
contaminado.
41. Não armazene substâncias oxidantes próximas de líquidos
voláteis e inflamáveis.

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

42. Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite


aquecimento prolongado ou que liberte grande quantidade de
energia.
43 Cuidado ao aquecer vidro em chama: o vidro quente tem
exactamente a mesma aparência do frio.
44 Quando sair do laboratório, verifique se não há torneiras
(água ou gás) abertas. Desligue todos os aparelhos, deixe todo
o equipamento limpo e lave as mãos.

Recomendamos que o Professor possua no Laboratório o conjunto


de todas as fichas de segurança dos diferentes reagentes a utilizar. Caso tal
não se verifique deverá autorizar o aluno a fazer uma pesquisa na internet
ou na Biblioteca do Departamento para adquirir a informação necessária.
Poderá também ser sugerido ao aluno que efectue essa pesquisa antes do
início da aula. Será disponibilizada em suporte informático uma base de
dados com alguma informação. Consultas complementares podem ser
efectuadas por exemplo nos sites:
http://chemdat.merck.de
http://www.sigma-aldrich.com/msd
http://ptcl.chem.ox.ac.uk/MSDS/
http://toxnet.nlm.nih.gov/cgi.bin/sis/htmlgen.hsdb
http://www.ccohs.ca/products/databases/msols.html

Nota: Serão efectuadas visitas periódicas aos Laboratórios de


Aulas, por uma Comissão especificamente designada para o efeito, para
verificar se estas regras estão a ser implementadas.

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Apresenta-se na figura 1 os símbolos e indicadores de perigo de


substâncias químicas de acordo com o Dec.-Lei nº 330-A/98, de 2 de
Novembro.

Figura 1: Pictograma e indicações de perigo de substâncias químicas

3. Acidentes
Sendo o laboratório um local de risco controlado, o conhecimento e
cumprimento das normas de segurança podem não ser suficientes para
evitar a ocorrência de acidentes.
Existem tratamentos de primeiros socorros a aplicar em cada tipo
de acidente, sendo, no entanto, essencial a máxima presença de espírito e
rapidez de actuação, pelo que as pessoas vitimadas ou quem esteja presente
devem imediatamente comunicar a ocorrência ao professor responsável.

3.1 Acidentes que põem em risco a integridade física


de indivíduos

Em caso de acidente deve-se, sempre que possível, não movimentar


o sinistrado até à presença dos serviços de emergência médica.

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Em alguns casos, é necessário socorrer imediatamente o sinistrado


enquanto se espera pelos serviços de emergência. A Tabela 1 mostra
acidentes que podem ocorrer e que, até determinado grau, podem ser
assistidos imediatamente.

Tabela 1. Tipo de acidentes que podem ocorrer no laboratório e


procedimentos a seguir
Tipo de
Procedimento
Acidente
Fazer sangrar o golpe por alguns segundos.
Golpes ligeiros Remover estilhaços e lavar com água corrente.
Desinfectar e proteger com um penso.
Lavar abundantemente a área afectada com água
corrente e sabão, o que facilita a remoção de produtos
químicos, usando o chuveiro de emergência.
Salpicos e Remover o vestuário contaminado.
As queimaduras com ácidos ou com bromo devem ser
queimaduras
posteriormente lavadas com uma solução de carbonato
químicas de sódio a 5%. As queimaduras com bases devem ser
lavadas com ácido acético a 5% existente nos primeiros
superficiais
socorros de laboratório. Cobrir a área afectada com
gaze esterilizada sem apertar.
Consultar os serviços médicos da Universidade ou
levar directamente às urgências médicas nos HUC.
Usar água ou gelo (apenas se a queimadura for
superficial).
Para queimaduras térmicas aplicar uma pomada própria
Queimaduras existente na caixa de primeiros socorros e proteger com
térmicas ou gaze esterelizada.
Para queimaduras com fogo é necessário abafar a
com fogo chama, eventualmente fazendo o sinistrado rolar no
chão, e usar chuveiro de emergência quando possível.
Consultar os serviços médicos da Universidade ou
levar directamente às urgências médicas nos HUC.

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Salpicos de Lavar com soro fisiológico ou água de esguicho


próprio (frasco lavador), mantendo as pálpebras
reagentes
afastadas com a ajuda de dois dedos para que o jacto de
químicos nos água seja tangencial ao globo ocular. Consultar os
serviços médicos da Universidade ou levar
olhos
directamente às urgências médicas nos HUC.
Afastar o acidentado do local contaminado, aliviando-
Inalação de lhe o vestuário no pescoço e no peito.
Se ocorrer inconsciência, deitar o sinistrado de face
substâncias virada para baixo, mantendo-o aquecido e
tóxicas eventualmente tentar a reanimação boca a boca
(excepção para contaminação por venenos).
Transportar para os HUC.
Ingestão de
Bochechar com água, sem ingerir, se a contaminação
reagentes
for apenas bucal.
(sólidos, Caso tenha havido ingestão, beber água ou leite em
abundância e deslocar rapidamente para os HUC.
líquidos)
Desligar a corrente/quadro de electricidade antes de
socorrer o acidentado. Se não for possível, colocar
Eléctrico debaixo dos pés material isolante e afaste a vítima da
fonte com um cabo de vassoura ou uma cadeira de
madeira. Não utilizar materiais metálicos ou húmidos.
O estado de choque pode resultar de um acidente físico
ou de um distúrbio emocional e os sintomas podem ser
prostação, palidez, pele húmida e fria, debilidade,
Estado de
tonturas, ansiedade ou problemas de visão.
choque A vítima deve ser colocada em posição horizontal com
os pés num plano ligeiramente superior ao mesmo
tempo que se tenta tranquilizar e diminuir a ansiedade.
Deve ser deslocada até aos HUC.

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3.2 Acidentes que põem em risco a integridade física do


edifício e/ou de todas as pessoas no local

No caso de ocorrer um acidente de proporções elevadas, que ponha em


risco a integridade das pessoas presentes e do edifício, como um incêndio,
o risco de uma explosão ou a libertação de gases tóxicos, o edifício deve ser
evacuado imediatamente. Na Tabela 2, apresentam-se os efeitos
fisiológicos provocados por gases tóxicos e as concentrações expressas em
ppm a partir das quais os efeitos tóxicos são produzidos.

Tabela 2. Efeitos fisiológicos de gases tóxicos em ppm

Efeito após Mortal em Imediatamente


Gás
30-60 min 30 min mortal
ácido cianídrico - HCN 100 150 180
ácido Clorídrico - HCl 1 000 1 300 1 300
ácido fluorídrico – HF 50 250 ---
ácido sulfídrico – H2S 300 600 1 000
amoníaco – NH3 500 2 200 2 500
cloro – Cl2 40 150 1 000
dióxido de carbono – CO2 3 500 --- 6 000
fosgénio – COCl2 25 30 50
monóxido de carbono – CO 1 500 4 000 10 000
vapores nitrosos – NO / NO2 100 --- 200
Fonte: Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra.

Não havendo ninguém a necessitar de assistência, todos os


presentes devem sair do edifício seguindo as indicações que a seguir se
indicam.

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3.2.1 Plano de evacuação

Na ocorrência de um alarme generalizado, é obrigatória a


evacuação do edifício. A evacuação deverá ocorrer seguindo a sinalização
presente no edifício após a verificação dos seguintes pontos:
a) Todos os equipamentos eléctricos devem ser desligados e todas as
garrafas com gases inflamáveis devem ser fechadas. As experiências
que estejam a decorrer devem ser deixadas em segurança, isto é,
desligando fontes de calor e sistemas de vazio ou pressão.
b) Antes de sair do laboratório, gabinete ou sala a pessoa responsável pelo
espaço deve verificar que a evacuação foi completa e depois fechar
todas as portas sem, no entanto, as trancar.
c) Todos devem dirigir-se calmamente para as saídas do edifício
utilizando as escadas. Não se deve utilizar o elevador pois é provável
um corte de energia.
d) Os docentes de aulas práticas devem indicar a saída aos alunos e são
responsáveis por deixar todas as experiências em segurança.
e) Não reentrar no edifício até que a Comissão de Segurança diga que é
seguro fazê-lo.

4. Incêndios
Os fumos são, na maioria dos casos, o principal inimigo das
pessoas durante o desenvolvimento do incêndio. Expandem-se muito
rapidamente, principalmente das zonas baixas para andares superiores,
dificultando a visibilidade e irritando o sistema respiratório. O fogo, para

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

além de calor e de fumos, produz vários gases tóxicos, podendo provocar a


morte muito antes da aproximação das chamas. Não deve abrir as janelas
quando há um incêndio.
Os principais gases libertados durante uma combustão são: o
monóxido de carbono que é menos denso que o ar, é muito tóxico (impede
o transporte de oxigénio pelo sangue) e combustível; o dióxido de carbono
que é mais denso que o ar, é asfixiante (provoca aceleração na respiração
facilitando a absorção de outros gases tóxicos); o ácido sulfídrico que
afecta o sistema nervoso, provocando tonturas e dores no aparelho
respiratório; o dióxido de azoto que é muito tóxico e provoca paralisação da
garganta.
Para além dos gases tóxicos já referidos, outros são susceptíveis de
aparecer conforme a composição química do material combustível. Entre
esses gases tóxicos destacam-se pela sua toxicidade e probabilidade de
surgirem os seguintes: ácido fluorídrico, ácido cianídrico ou prússico, ácido
clorídrico, amoníaco, anidrido sulfuroso, cloro, fosgénio, vapores nitrosos.

4.1 Combate a incêndios

Todos os laboratórios estão equipados com extintores de combate a


incêndios devidamente sinalizados, bem como mantas anti-fogo e
recipientes com areia. O extintor é um instrumento simples de manusear,
portátil e eficiente. A utilização de cada tipo de extintor depende do tipo de
incêndio. Existem quatro classes de fogos – A, B, C e D – com
características diferentes, logo com formas de extinção diferentes. O

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

conhecimento do tipo de fogo na maior parte dos casos leva a uma extinção
apropriada. A Tabela 3 apresenta as diferentes classes de fogos.

Tabela 3. Classes de fogos


Classes de Exemplos de
Descrição
fogos materias
Fogos de superfície
Madeiras, papel,
A e profundidade.
tecidos, carvão,
(fogos secos) Geralmente dão
lixo...
origem a brasa.
Petróleo,
Fogos de superfície
gasolina, óleos,
B de líquidos
álcool, vernizes,
(fogos combustíveis e
ceras, plásticos,
gordos) sólidos
alcatrão,
liquidificáveis
parafina...
Propano,
C
Fogos em garrafas butano,
(fogos de
de gás. acetileno,
gases)
hidrogénio...

Envolvem reacções
D Sódio, alumínio,
de combustão de
(fogos de magnésio, lítio,
metais alcalinos ou
metais) urânio...
pirofosfóricos

A Tabela 4 mostra os diversos agentes extintores e o modo de


actuação e a Tabela 5 mostra em que classes de fogos (Tabela 3) podem ser
utilizados.

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Tabela 4. Agentes extintores e modo de actuação

Agente extintor Modo de


Símbolo
actuação

Dispersão Físico

Água Arrefecimento

CO2 Abafamento

Espuma Abafamento

Pó Químico
Inibição
(Halon)

Areia Abafamento

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Tabela 5. Agente extintor a utilizar consoante a classe do fogo

Classe de Fogo

Agente
A B C D
Extintor

Água em jacto Eficaz Não Usar Não Usar Não Usar

Água em
Muito Eficaz Não Usar Não Usar Não Usar
nevoeiro

Espuma Eficaz Muito Eficaz Não Usar Não Usar

CO2 Pouco eficaz Eficaz Eficaz Não Usar

Pó Químico Não Usar Não Usar Não Usar Eficaz

Fonte: Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra

4.2 Materiais combustíveis

Os materiais combustíveis podem existir nas três fases – sólida,


líquida e gasosa, tendo obviamente propriedades diferentes. Num
laboratório, é fácil encontrar exemplos para cada um dos tipos, sendo assim
necessário saber reconhecer o tipo de combustível e as propriedades
associadas.
Os gases e vapores combustíveis mais conhecidos são o butano, o
propano, o acetileno, o hidrogénio, o éter etílico e vapores de gasolina.

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Uma mistura de ar e um combustível gasoso só se torna inflamável


quanto está dentro de um determinado intervalo de concentração. Para o
monóxido de carbono o intervalo varia entre 12,5 e 74%, sendo o restante
ar. Estes valores são designados por limite mínimo e máximo de
inflamabilidade (ou explosividade). O intervalo entre estes valores designa-
se por zona inflamável. Apresentam-se, na Tabela 6, alguns valores
mínimos e máximos de explosividade para alguns combustíveis.

Tabela 6.Valores mínimos e máximos de inflamabilidade de combustíveis

Combustível Limite Mínimo Limite Máximo


Inflamabilidade Inflamabilidade
Acetileno 1,5 % 82%
Acetona 2,5% 13%
Álcool etílico 3,5% 15%
Amoníaco 15% 28%
Benzeno 0,7% 8%
Butano 1,5% 8,5%
Hidrogénio 4% 75,6%
Gás sulfídrico 4,3% 45,5%
Metano 5% 15%
Propano 2,1% 9,5%
Fonte: Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra

Tal como para os gases, a percentagem da mistura vapores e ar


(oxigénio) tem de estar dentro da zona inflamável para que se inicie um

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

fogo. Para os líquidos combustíveis existem três temperaturas que


determinam o seu comportamento relativamente à combustão, que são as
seguintes: temperatura de inflamação; temperatura de combustão e
temperatura de ignição.
Temperatura de inflamação (Flash Point): é a temperatura mínima a que
uma substância liberta vapores combustíveis em quantidade suficiente para
formar com o ar e na presença de uma fonte de ignição uma mistura
inflamável, que se extingue logo que a fonte de ignição seja retirada por
insuficiência de vapores.
Temperatura de combustão (Fire Point): é a temperatura mínima a que uma
substância liberta vapores combustíveis em quantidade e rapidez suficientes
para formar com o ar e na presença de uma fonte de ignição uma mistura
inflamável, continuando a sua combustão mesmo depois de retirada a fonte
de ignição.
Temperatura de ignição (Ignition Point): é a temperatura mínima a que
uma substância liberta vapores combustíveis que, em mistura com o ar e
sem a presença de uma fonte de ignição, se inflamam.
Na Tabela 7, apresentam-se as temperaturas de inflamação,
combustão e ignição de vários líquidos combustíveis de uso comum, tanto
em casa como num laboratório.

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Tabela 7. Temperaturas de inflamação, combustão e ignição de combustíveis

Combustível Temperatura Temperatura Temperatura


de Inflamação de Combustão de Ignição
Gasolina - 40 º C - 20 º C 277 º C

Fuel oil 66 ºC 93 º C 230 º C

Gasóleo 90 ºC 104 º C 330 º C

Álcool 13 ºC ---- 370 º C

Butano - 60 ºC ---- 430 º C

Benzeno - 12 ºC ---- 538 º C

Éter dietílico - 45 ºC ---- 170 º C

Fonte: Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra

5. Gases
Na maioria dos laboratórios é necessário trabalhar com gases
comprimidos. Estes são divididos em três grupos: gases liquefeitos, gases
comprimidos (não-liquefeitos) e gases dissolvidos.
Gases liquefeitos: É um gás parcialmente líquido a 21ºC, à pressão
de carga da garrafa. São exemplos de gases comprimidos liquefeitos o
propano e o dióxido de carbono.
Gases não liquefeitos: É um gás que se encontra completamente
no estado gasoso a 21ºC, à pressão de carga da garrafa. Oxigénio, azoto,
hélio, árgon e hidrogénio são exemplos de gases comprimidos não
liquefeitos.

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Gases dissolvidos: É um gás que se encontra dissolvido num


solvente. O único exemplo de uso comum é o acetileno. Este gás é
geralmente dissolvido em acetona dado que é instável na ausência de um
solvente (é espontaneamente combustível em contacto com o ar a pressões
ligeiramente superiores à pressão atmosférica à temperatura ambiente).

5.1 Potenciais perigos associados aos gases


comprimidos

Pressão: A probabilidade de rotura de cilindros de gás é


extremamente pequena quando estes são manipulados correctamente . Estes
podem, no entanto, sofrer rotura devido a técnicas de enchimento
impróprias, à corrosão ou a um incêndio. Todos os gases comprimidos
devem ser considerados potencialmente perigosos devido à elevada pressão
a que estão sujeitos.
Inflamabilidade: São exemplo de gases inflamáveis hidrogénio,
acetileno, metano.
Oxidantes: Os gases oxidantes são aqueles que provocam ou
aceleram a combustão de materiais inflamáveis. Exemplos de gases
oxidantes são oxigénio, óxido nitroso e cloro.
Asfixia: A asfixia é o principal perigo associado a gases inertes.
Sendo completamente inodoros e invisíveis é possível a ocorrência de uma
fuga por um intervalo de tempo alargado sem que seja detectada. Exemplos
de gases inertes de uso comum são o azoto e o árgon.

20
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Corrosivos: Os gases corrosivos podem queimar metais e atacam


rapidamente a pele. Gases corrosivos, como o NH3, HCl ou HCN, podem
atacar roupa protectora contra fogo.
Toxicidade: A toxicidade dos gases varia entre a toxicidade
extrema (causando a morte ou danos graves após breve contacto) e a
toxicidade ligeira (causando irritação). Cianeto de hidrogénio e monóxido
de carbono são exemplos de gases tóxicos. Gases tóxicos, como o Cl2 ou
NO, provocam envenenamento mas os sintomas podem não ser imediatos
Alguns gases podem ser tóxicos e corrosivos em simultâneo. A
Tabela 8 mostra a classificação de alguns gases comprimidos de uso
industrial comum1.

Tabela 8. Exemplos de gases comprimidos tóxicos e/ou corrosivos

Gás Tóxico Corrosivo Gás Tóxico Corrosivo


NH3 X H2S X
BCl3 X CH3Br X
BF3 X CH3SH X X
CO X CH3NH2 X
CF2O X X NO* X
COS X X ClNO X X
Cl2 X X PF5 X
C2N2 X SiF6 X X
SiCl2 X X SiF4 X X
(CH3)2NH X SO2 X
HBr X SO2F2 X
HCl X (CH3)3N X

11
http://fp.arizona.edu/riskmgmt/toxic%20gas%20requirements2.doc

21
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5.2 Armazenamento de gases comprimidos

O armazenamento dos gases é muito importante em termos de


segurança e de qualidade de trabalho. Os gases corrosivos não podem estar
armazenados mais de 6 meses pois podem atacar o cilindro e a válvula. O
monóxido de carbono não deve ser armazenado mais de 1 ano pois pode
levar à formação de carbonilos, o que resulta na degradação do cilindro.
Gases que podem polimerizar quando armazenados mais de 6
meses estão identificado na Tabela 9. O óxido de etileno não deve ser
armazenado mais de 3 meses num local não refrigerado.

Tabela 9. Exemplos de gases que polimerizam quando armazenados


Gases que polimerizam
1,3-butadieno
Óxido de etileno
Brometo de vinilo
Cloreto de vinilo
Fluoreto de vinilo

Deve existir um cuidado especial com os reguladores dos cilindros.


Este mecanismo é que regula a saída do gás sendo necessário estar
garantida a sua segurança. Os reguladores de alta pressão devem ser alvo de
manutenção, sendo preferível a substituição, a cada 5 anos. Cada regulador
é feito para utilização de um determinado gás. Nunca se deve utilizar um

22
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

regulador com um gás para o qual não está especificado, podendo ocorrer,
além de contaminações, fugas de gás.

Regras básicas de segurança para utilizar e armazenar gases

• ter o mínimo possível de cilindros no laboratório;


• os cilindros devem estar seguros a uma parede ou bancada com
correntes;
• Retirar o selo da válvula apenas na altura da sua utilização;
• Usar apenas os equipamentos aprovados pelo fornecedor. Utilizar
materiais compatíveis com o gás;
• Aquando da abertura de uma garrafa, o operador deve colocar-se
fora da trajectória de ejecção do nanoredutor;
• nunca abrir completamente a válvula, meia volta é suficiente para
um fluxo normal, em caso de emergência uma válvula aberta é
mais difícil de fechar;
• ter sempre ventilação adequada quando existem gases inflamáveis;
• todas as fontes de ignição são afastadas de locais de trabalho com
gases;
• aparelhos eléctricos não utilizados são desligados da tomada;
• a válvula de segurança e o regulador dos cilindros são fechados
quando não se utiliza o cilindro. O mesmo se aplica para as
garrafas vazias;
• Nunca usar óleo ou outras gorduras nas ligações ou equipamentos
para gases;

23
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

• Usar um sistema eficaz de detecção de fugas;


• cilindros de acetileno são movidos sempre na vertical, com a
válvula para cima, ou têm de repousar durante 1 hora antes de os
utilizar;
• o equipamento que utiliza acetileno não pode ter Cu, Ag e Hg pois
formam acetais explosivos;
• devem existir sempre extintores de pó seco nas proximidades;
• equipamento de queima (bico de Bünsen, absorção atómica, etc.)
deve ter reguladores de flashback;
• nunca usar um cilindro não identificado ou identificado apenas
pela cor;
• nunca usar fita de PTFE, silicone ou outro material selante para
um sistema fechado – em caso de fuga mudar o regulador ou o
cilindro;
• um cilindro nunca está vazio, tem gás à pressão atmosférica;
• Deve consultar sempre a ficha de segurança do produto.

5.3 Gases Liquefeitos

A manipulação de fluidos criogénicos (gases liquefeitos) tem


associada alguns riscos, em virtude de estes serem caracterizados por
temperaturas extremamente baixas e por uma elevada capacidade de
expansão em volume quando passam do estado líquido ao estado gasoso.
Os gases liquefeitos à pressão atmosférica estão a baixas temperaturas e em

24
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

estado de ebulição. Na tabela 10 apresentam-se algumas propriedades de


alguns dos fluidos criogénicos mais utilizados.

Tabela 10. Propriedades de fluidos criogénicos


Temperatura de Volume de
Fluido criogénico ebulição a 1030 expansão para Tóxico Inflamável
mbar (ºC) gás
Árgon -186 847 para 1 Não Não
Azoto -196 696 para 1 Não Não
Dióxido de
-78,5 553 para 1 Sim Não
Carbono
Hélio -296 757 para 1 Não Não
Hidrogénio -253 851 para1 Não Sim
Oxigénio -183 860 para 1 Não Não

Riscos associados à utilização de fluidos criogénicos

Asfixia: Gases liquefeitos como o azoto e o hélio podem causar asfixia por
poderem substituir o oxigénio do ar. Os sintomas vão desde a diminuição
dos reflexos até à perda do conhecimento. A exposição a um ambiente em
que a concentração de oxigénio é inferior a 10% provoca em poucos
minutos lesões cerebrais irreversíveis, coma e morte. Por esta razão o local
de trabalho com estes fluidos deve ter boa ventilação.

Queimaduras: O contacto de fluidos criogénicos com a pele provoca


queimaduras. Durante qualquer manipulação é necessário usar luvas de
protecção adaptadas ao ambiente criogénico. As mãos não devem ser
submergidas em caso nenhum no azoto líquido mesmo que se encontrem

25
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

protegidas Após contacto lavar imediatamente a área afectada com água


durante pelo menos 15 minutos e contacte um médico.

Recomendações de segurança no manuseamento de azoto líquido a


baixas temperaturas:

•Consulte a ficha de segurança (MSDS) do azoto líquido.

•No manuseamento directo do azoto líquido utilize protecção pessoal


(roupas secas cobrindo todo o corpo, sapatos fechados, luvas, óculos).
•Armazenar e utilizar em locais bem ventilados.
•Não utilizar anéis, relógios ou outros ornamentos que permitam um
contacto mais prolongado do fluído criogénico com a pele.
•Utilize luvas adequadas e fáceis de remover.

•Utilize unicamente material e contentores adequados para o azoto líquido:


aço inoxidável, cobre, bronze, alumínio, latão, dacron, teflon e nylon.
Materiais tais como madeira, plásticos e borracha não são adequados.
•Não colocar os contentores de azoto líquido perto de fontes de ignição
pois a exposição ao fogo pode provocar rotura e/ou explosão dos
recipientes.
•Se o azoto líquido apresentar uma cor azulada é porque está contaminado
com oxigénio e deve ser substituído. O material contaminado é perigoso e
potencialmente explosivo.

26
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Anexo 1. Lista de frases de risco usadas com


substâncias perigosas

Códigos Frases de Risco


R 1 Explosivo em estado seco
R 2 Risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de
ignição
R 3 Grande risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes
de ignição
R 4 Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis
R 5 Perigo de explosão em caso de aquecimento
R 6 Explosivo em contacto e sem contacto com o ar
R 7 Pode provocar incêndios
R 8 Perigo de incêndio em caso de contacto com materiais combustíveis
R 9 Perigo de explosão se misturado com materiais combustíveis
R 10 Inflamável
R 11 Facilmente inflamável
R 12 Extremamente inflamável
R 13 Gás liquefeito extremamente inflamável
R 14 Reage violentamente com a água
R 15 Reage com a água libertando gases extremamente inflamáveis
R 16 Explosivo se misturado com substâncias comburentes
R 17 Inflama-se espontaneamente em contacto com o ar
R 18 Pode formar misturas de ar-vapor explosivas/inflamáveis durante a
utilização
R 19 Pode formar peróxidos explosivos
R 20 Nocivo por inalação
R 21 Nocivo em contacto com a pele

27
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

R 22 Nocivo por ingestão


R 23 Tóxico por inalação
R 24 Tóxico em contacto com a pele
R 25 Tóxico por ingestão
R 26 Muito tóxico por inalação
R 27 Muito tóxico em contacto com a pele
R 27a Muito tóxico em contacto com os olhos
R 28 Muito tóxico por ingestão
R 29 Em contacto com a água liberta gases tóxicos
R 30 Pode inflamar-se facilmente durante o uso
R 31 Em contacto com ácidos liberta gases tóxicos
R 32 Em contacto com ácidos liberta gases muito tóxicos
R 33 Perigo de efeitos cumulativos
R 34 Provoca queimaduras
R 35 Provoca queimaduras graves
R 36 Irritante para os olhos
R 36a Lacrimogéneo
R 37 Irritante para as vias respiratórias
R 38 Irritante para a pele
R 39 Perigo de efeitos irreversíveis muito graves
R 40 Possibilidade de efeitos irreversíveis
R 41 Risco de lesões oculares graves
R 42 Possibilidade de sensibilização por inalação
R 43 Possibilidade de sensibilização em contacto com a pele
R 44 Risco de explosão se aquecido em ambiente fechado
R 45 Pode causar cancro
R 46 Pode causar alterações genéticas hereditárias

28
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

R 47 Pode causar mal formações congénitas


R 48 Risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição
prolongada
R 49 Pode causar cancro por inalação
R 50 Muito tóxico para os organismos aquáticos
R 51 Tóxico para os organismos aquáticos
R 52 Nocivo para os organismos aquáticos
R 53 A longo prazo pode provocar efeitos negativos no ambiente
aquático
R 54 Tóxico para a flora
R 55 Tóxico para a fauna
R 56 Tóxico para os organismos do solo
R 57 Tóxico para as abelhas
R 58 A longo prazo pode provocar efeitos negativos no meio ambiente
R 59 Perigoso para a camada do ozono
R 60 Pode comprometer a fertilidade
R 61 Risco durante a gravidez com efeitos adversos para à descendência
R 62 Possíveis riscos de comprometer a fertilidade
R 63 Possíveis riscos, durante a gravidez, de efeitos indesejáveis na
descendência
R 64 Pode causar danos nos bebés alimentados com o leite materno
R 65 Nocivo: pode causar danos nos pulmões se ingerido

Códigos Frases Combinadas


R 14/15 Reage violentamente com a água, libertando gases
extremamente inflamáveis
R 15/29 Em contacto com a água, liberta gases tóxicos e
extremamente inflamáveis
R 20/21 Nocivo por inalação e contacto com a pele

29
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

R 20/22 Nocivo por inalação e por ingestão


R 20/21/22 Nocivo por inalação, por ingestão e em contacto com a
pele
R 21/22 Nocivo em contacto com a pele e por ingestão
R 23/24 Tóxico por inalação e contacto com a pele
R 23/25 Tóxico por inalação e por ingestão
R 23/24/25 Tóxico por inalação, por ingestão e em contacto com a
pele
R 24/25 Tóxico em contacto com a pele e por ingestão
R 26/27 Muito tóxico por inalação e contacto com a pele
R 26/28 Muito tóxico por inalação e por ingestão
R 26/27/28 Muito tóxico por inalação, por ingestão e em contacto com
a pele
R 27/28 Muito tóxico em contacto com a pele e por ingestão
R 36/37 Irrita os olhos e as vias respiratórias

R 36/38 Irrita os olhos e a pele


R 36/37/38 Irrita os olhos, a pele e as vias respiratórias
R 37/38 Irrita as vias respiratórias e a pele
R 39/23 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por
inalação
R 39/24 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em
contacto com a pele
R 39/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por
ingestão
R 39/23/24 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por
inalação e contacto com a pele
R 39/23/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por
inalação e ingestão
R 39/23/24/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por
inalação, contacto com a pele e ingestão
R 39/26 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves

30
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

por inalação
R 39/27 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves
em contacto com a pele
R 39/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves
por ingestão
R 39/26/26 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves
por inalação e contacto com a pele
R 39/27/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves
por inalação e ingestão
R 39/26/27/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves
por inalação, contacto com a pele e ingestão
R 40/20 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação
R 40/21 Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis em contacto com a
pele
R 40/22 Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis por ingestão
R 40/20/21 Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis por inalação e
contacto com a pele
R 40/20/22 Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis por inalação e
ingestão
R 40/21/22 Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis em contacto com a
pele e ingestão
R 40/20/21/22 Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis por inalação,
contacto com a pele e ingestão
R 42/43 Possibilidade de sensibilização por inalação e contacto
com a pele
R 48/20 Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por inalação
R 48/21 Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por contacto com a pele
R 48/22 Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por ingestão
R 48/20/21 Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por inalação e em contacto com a

31
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

pele
R 48/20/22 Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por inalação e por ingestão
R 48/21/22 Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada em contacto com a pele e por
ingestão
R 48/20/21/22 Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por inalação, contacto com a pele e
ingestão
R 48/23 Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por inalação
R 48/24 Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por contacto com a pele
R 48/25 Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por ingestão
R 48/23/24 Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por inalação e em contacto com a
pele
R 48/23/25 Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por inalação e por ingestão
R 48/23/24/25 Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de
exposição prolongada por inalação, em contacto com a
pele e ingestão
R 50/53 Muito tóxico para os organismos aquáticos, pode provocar
a longo prazo efeitos negativos no meio ambiente aquático
R 51/53 Tóxico para os organismos aquáticos, pode provocar a
longo prazo efeitos negativos no meio ambiente aquático
R 52/53 Nocivo para os organismos aquáticos, pode provocar a
longo prazo efeitos negativos no meio ambiente aquático

32
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Anexo 2. Lista de frases de segurança usadas com


substâncias perigosas

Códigos Frases de Segurança


S 1 Conservar bem trancado
S 2 Manter fora do alcance das crianças
S 3 Conservar em lugar fresco
S 4 Manter longe de lugares habitados
S 5 Conservar em... (líquido apropriado a especificar pelo fabricante)
S 6 Conservar em ... (gás inerte a especificar pelo fabricante)
S 7 Manter o recipiente bem fechado
S 8 Manter o recipiente ao abrigo da humidade
S 9 Manter o recipiente num lugar bem ventilado
S 10 Manter o conteúdo húmido
S 11 Evitar o contacto com o ar
S 12 Não fechar o recipiente hermeticamente
S 13 Manter longe de comida, bebidas incluindo os dos animais
S 14 Manter afastado de... (materiais incompatíveis a indicar pelo
fabricante)
S 15 Conservar longe do calor
S 16 Conservar longe de fontes de ignição - Não fumar
S 17 Manter longe de materiais combustíveis
S 18 Abrir manipular o recipiente com cautela
S 20 Não comer nem beber durante a utilização
S 21 Não fumar durante a utilização
S 22 Não respirar o pó
S 23 Não respirar o vapor/gás/fumo/aerossol
S 24 Evitar o contacto com a pele

33
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

S 25 Evitar o contacto com os olhos


S 26 Em caso de contacto com os olhos lavar imediata e abundantemente
com água e chamar um médico
S 27 Retirar imediatamente a roupa contaminada
S 28 Em caso de contacto com a pele lavar imediata e abundantemente
com... (produto adequado a indicar pelo fabricante)
S 29 Não atirar os resíduos para os esgotos
S 30 Nunca adicionar água ao produto
S 33 Evitar a acumulação de cargas electrostáticas
S 34 Evitar choques e fricções
S 35 Eliminar os resíduos do produto e os seus recipientes com todas as
precauções possíveis
S 36 Usar vestuário de protecção adequado
S 37 Usar luvas adequadas
S 38 Em caso de ventilação insuficiente usar equipamento respiratório
adequado
S 39 Usar protecção adequada para os olhos/cara
S 40 Para limpar os solos e os objectos contaminados com este produto
utilizar ...(a especificar pelo fabricante)
S 41 Em caso de incêndio e/ou explosão não respirar os fumos
S 42 Durante as fumigações/pulverizações, usar equipamento respiratório
adequado (denominação(ões) adequada(s) a especificar pelo
fabricante)
S 43 Em caso de incêndio usar... (meios de extinção a especificar pelo
fabricante. Se a água aumentar os riscos acrescentar "Não utilizar
água")
S 44 Em caso de indisposição consultar um médico (se possível mostrar-
lhe o rótulo do produto)
S 45 Em caso de acidente ou indisposição consultar imediatamente um
médico (se possível mostrar-lhe o rótulo do produto)
S 46 Em caso de ingestão consultar imediatamente um médico e mostrar
o rótulo ou a embalagem

34
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

S 47 Conservar a uma temperatura inferior a ... ºC (a especificar pelo


fabricante)
S 48 Conservar húmido com ... (meio apropriado a especificar pelo
fabricante)
S 49 Conservar unicamente no recipiente de origem
S 50 Não misturar com ... (a especificar pelo fabricante)
S 51 Usar unicamente em locais bem ventilados
S 52 Não usar sobre grandes superfícies em lugares habitados
S 53 Evitar a exposição – obter instruções especiais antes de usar
S 54 Obter autorização das autoridades de controlo de contaminação
antes de despejar nas estações de tratamento de águas residuais
S 55 Utilizar as melhores técnicas de tratamento antes de despejar na rede
de esgotos ou no meio aquático
S 56 Não despejar na rede de esgotos nem no meio aquático. Utilizar para
o efeito um local apropriado para o tratamento dos resíduos
S 57 Utilizar um contentor adequado para evitar a contaminação do meio
ambiente
S 58 Elimina-se como resíduo perigoso
S 59 Informar-se junto do fabricante de como reciclar e recuperar o
produto
S 60 Elimina-se o produto e o recipiente como resíduos perigosos
S 61 Evitar a sua libertação para o meio ambiente. Ter em atenção as
instruções específicas das fichas de dados de Segurança
S 62 Em caso de ingestão não provocar o vómito: consultar
imediatamente um médico e mostrar o rótulo ou a embalagem

Códigos Frases Combinadas


S 1/2 Conservar bem trancado e manter fora do alcance das crianças
S 3/7/9 Conservar o recipiente num lugar fresco, bem ventilado e
manter bem encerrado
S 3/9 Conservar o recipiente num lugar fresco e bem ventilado
S 3/9/14 Conservar num local fresco, bem ventilado e longe de ...

35
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

(materiais incompatíveis a especificar pelo fabricante)


S 3/9/14/49 Conservar unicamente no recipiente original num local fresco,
bem ventilado e longe de ... (materiais incompatíveis a
especificar pelo fabricante)
S 3/9/49 Conservar unicamente no recipiente original, em lugar fresco
e bem ventilado
S 3/14 Conservar em lugar fresco e longe de ... (materiais
incompatíveis a especificar pelo fabricante)
S 7/8 Manter o recipiente bem fechado e num local fresco
S 7/9 Manter o recipiente bem fechado e num local ventilado
S 20/21 Não comer, beber ou fumar durante a sua utilização
S 24/25 Evitar o contacto com o s olhos e com a pele
S 36/37 Usar luvas e vestuário de protecção adequados
S 36/37/39 Usar luvas e vestuário de protecção adequados bem como
protecção para os olhos/cara
S 36/39 Usar vestuário adequado e protecção para os olhos/cara
S 37/39 Usar luvas adequadas e protecção para os olhos/cara
S 47/49 Conservar unicamente no recipiente original e a temperatura
inferior a ...ºC (a especificar pelo fabricante)

36
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Anexo 3. Lista de reagentes químicos mais comuns


altamente tóxicos

• Ácido clorídrico
• Ácido fluorídrico
• Ácido fórmico
• Ácido nítrico
• Ácido oxálico
• Acrilamida
• Acroleína
• Anidrido acético
• Anilina
• p-benzoquinona
• Bromo
• Compostos de Crómio
• Diazometano
• N,N-dimetilanilina
• Etanolamina
• Fenol
• Formaldeído
• Iodometano
• Isopropanol
• Nitrobenzeno
• Peróxido de benzoílo
• Peróxido de hidrogénio
• Piridina
• Propilaminas

Para uma lista mais exaustiva consultar


http://ptcl.chem.ox.ac.uk/MSDS/hightoxicity.html

37
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Anexo 4. Lista de reagentes químicos mais comuns


conhecidos e suspeitos de actividade
carcinogénica

• Acetaldeído • Cloreto dimetilvinílico


• Acetamida • 2,4-dinitrotolueno
• Acrilamida • 2,6-dinitrotolueno
• Acrilonitrilo • 1,4-dioxano
• Acroleína • Estireno
• Anilina • Etil acrilato
• Compostos de alumínio • Formaldeído
• Benzeno • Furano
• Benzofurano • Hexaclorobenzeno
• Benzopireno • Hidrazinas
• Brometo de vinilo • Hidrocarbonetos clorados
• 1,3-Butadieno • Hidroquinona
• t-butil metil éter • Iodeto de metilo
• Carbazole • Perileno
• p-cloroanilina • Rodamina
• Cloreto vinílico • Tetracloreto de carbono
• Clorofórmio • Tioureia
• Clorofenóis
• Compostos de crómio

Para uma lista mais exaustiva consultar


http://ptcl.chem.ox.ac.uk/MSDS/carcinogens.html

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Anexo 5. Lista de reagentes químicos mais comuns


conhecidos e suspeitos de actividade
teratogénica

• Acetaldeído • Dioxano
• Acetamida • Esteróides
• Acetonitrilo • Estireno
• Ácido acrílico • Etanolamina
• Ácido fluorídrico • Etileno glicol
• Acrilonitrilo • Fenol
• Álcool butílico • Formaldeído
• Atrazina • n-hexano
• Benzeno • Hidrazinas
• Benzopireno • Naftaleno
• 1,3-butadieno • Nitrobenzeno
• Cloreto de benzoílo • Piperidina
• Cloreto de lítio • 1,2-propanodiol
• Cloreto de metilo • Quinina
• Clorobenzeno • Rosa de Bengal (sal de
• Clorofórmio sódio)
• N,N-dibutil formamida • Sulfanilamidas
• Diclorobenzeno • Tolueno
• 1,1-dicloroetano • Xileno
• Dimetoxietano

Para uma lista mais exaustiva consultar


http://ptcl.chem.ox.ac.uk/MSDS/teratogens.html

39
Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Anexo 6. Lista de reagentes químicos que podem


formar peróxidos quando armazenados

Os reagentes que podem formar peróxidos quando armazenados


apresentam um risco de explosão elevado. Este risco é devido ao facto de
os peróxidos serem, normalmente, menos voláteis do que o composto a
partir do qual são formados. Desta forma, a evaporação ou destilação do
composto levam a um aumento progressivo da concentração de peróxido.
O aquecimento de uma solução concentrada de peróxido pode resultar em
decomposição explosiva.

• Aldeídos
• Éteres (especialmente éteres cíclicos e os que contêm grupos álcool
primário e secundário)
• Compostos de estrutura alílica, incluindo a maioria dos alcenos
• Compostos vinílicos

Entre os mais utilizados referem-se:

• Acetal • Diciclopentadieno
• Acetato de vinil • Dietileno glicol
• Amida de sódio • Éteres
• Ciclo-hexeno • Dioxano
• Ciclo-octeno • Tetra-hidrofurano

Para uma lista mais exaustiva consultar


http://ptcl.chem.ox.ac.uk/MSDS/peroxides.html

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Guia de segurança do Departamento de Química da U.C.

Anexo 7. Lista de reagentes químicos incompatíveis


Algumas substâncias químicas reagem perigosamente quando
misturadas com outros materiais. Estas devem, por isso, ser armazenadas
em locais separados.
Alguns dos reagentes mais utilizados e seus incompatíveis são
dados na tabela seguinte.

Reagente Substâncias incompatíveis


Cloro, bromo, flúor, prata, cobre, mercúrio e seus
Acetileno
derivados
Misturas de ácido nítrico e ácido sulfúrico
Acetona
concentrado
Ácido crómico, ácido nítrico, compostos
Ácido acético hidroxilados, etileno glicol, ácido perclórico,
peróxidos, permanganatos
Ácido crómico e
Ácido acético, cânfora, glicerol, álcoois, outros
trióxido de
líquidos inflamáveis
crómio
Ácido acético, acetona, álcoois, anilina, ácido
Ácido nítrico crómico, ácido cianídrico, sulfureto de hidrogénio,
(concentrado) líquidos inflamáveis, gases inflamáveis, cobre,
latão, metais pesados
Ácido oxálico Prata, mercúrio
Anidrido acético, bismuto e ligas de bismuto,
Ácido perclórico
álcoois, papel, madeira, gorduras, óleos
Água, cloratos, percloratos, permanganatos,
Ácido sulfúrico
carbonato de sódio
Mercúrio, cloro, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo,
Amoníaco
fluoreto de hidrogénio, sais de prata
Anilina Ácido nítrico, peróxido de hidrogénio
Amoníaco, acetileno, butadieno, butano, metano,
Bromo propano (ou outros gases de petróleo), hidrogénio,
benzeno, metais finamente divididos
Carvão activado Hipoclorito de sódio, todos os agentes oxidantes

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Cianeto de
Ácido nítrico, bases
hidrogénio
Sais de amónio, ácidos, metais finamente
Cloratos divididos, enxofre, substâncias orgânicas
finamente divididas ou combustíveis
Amoníaco, acetileno, butadieno, butano, metano,
Cloro propano (ou outros gases de petróleo), hidrogénio,
benzeno, metais finamente divididos
Cobre Acetileno, peróxido de hidrogénio
Flúor Isolar de todas as substâncias
Fluoreto de
Amoníaco e amónia
hidrogénio
Fósforo (branco) Ar, oxigénio, bases, agentes redutores
Peróxido de hidrogénio, ácido nítrico, todos os
Hidrazina
outros agentes oxidantes
Flúor, cloro, bromo, ácido crómico, peróxido de
Hidrocarbonetos
sódio
Hidróxido de
Água, ácidos
sódio e potássio
Iodo Acetileno, amoníaco, amónia, hidrogénio
Nitrato de amónio, ácido crómico, peróxido de
Líquidos
hidrogénio, ácido nítrico, peróxido de sódio,
inflamáveis
compostos halogenados
Mercúrio Acetileno, amoníaco
Água, dióxido de carbono, tetracloreto de carbono,
Metais alcalinos
hidrocarbonetos clorados, hidrogénio
Ácidos, metais finamente divididos, líquidos
Nitrato de
inflamáveis, nitritos, enxofre, substâncias
amónio
orgânicas finamente divididas ou combustíveis
Nitrito de sódio Nitrato de amónio, outros sais de amónio, ácidos
Óxido de cálcio Água
Oxigénio Óleos, gorduras, hidrogénio, materiais inflamáveis
Anidrido acético, bismuto e ligas de bismuto,
Percloratos álcoois, papel, madeira, gorduras, óleos, ácidos,
materiais combustíveis
Permanganato
Glicerol, etileno glicol, benzaldeído, ácido sulfúrico
de potássio

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Cobre, crómio, ferro, a maior parte dos metais e


Peróxido de seus sais, álcoois, matéria orgânica, anilina,
hidrogénio nitrometano, líquidos inflamáveis, substâncias
combustíveis
Todas as substâncias oxidáveis como etanol,
Peróxido de metanol, ácido acético glacial, anidrido acético,
sódio benzaldeído, sulfureto de carbono, glicerol, etileno
glicol, acetato de etilo, acetato de metilo, furfural
Pentóxido de
Água
fósforo
Acetileno, ácido oxálico, ácido tartárico, compostos
Prata
de amónio
Sulfureto de Ácido nítrico fumante, ácido crómico, gases
hidrogénio oxidantes, óxidos de metais

Para uma lista mais exaustiva consultar


http://ptcl.chem.ox.ac.uk/MSDS/incompatibles.html

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Anexo 8. Exemplo de uma Material Safety Data Sheet


(MSDS)

Ficha de Segurança
De acordo com a directiva EC 91/155/EEC
Data de emissão 20.01.2004
Subsistui a edição de 12.10.2003

1. Identificação da substância e da Empresa


No. de catálogo: 100056
Nome da substância: Ácido acético (glacial) 100% extra pure

Empresa
Nome: Merck KgaA
Endereço: 64271 Darmstadt, Germany
Telefone: +49 6151 72-0
Nº Telefone de Emergência: INEM, centro de informação Anti-Venenos, Rua
Infante D. Pedro, 8
1749-075 Lisboa, Tel.(21) 79501 43/44/46
2. Composição/informação sobre os componentes
No.-CAS: 64-19-7 No.-Index-EC: 607-002-00-6
Massa molar: 60.05 g/mol No-EC: 200-580-7
Fórmula molecular : C2H4O2
Fórmula química: CH3COOH
3. Identificação dos perigos
Inflamável.
Causa queimaduras graves.
4. Primeiros socorros
Após a inspiração: Exposição ao ar fresco. Chamar um médico.
Após contacto com a pele: Lavar abundantemente com água. Aplicar
polietilenoglicol 400. Remover imediatamente a roupa contaminada.
Após contacto com os olhos: Lavar abundantemente com água, mantendo a
pálpebra aberta durante pelo menos 10 minutos. Chamar imediatamente um
oftalmologista.
Após ingestão: Fazer a vítima beber muita água (se necessário vários litros); evitar

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vomitar (risco de perfuração). Chamar imediatamente um médico. Não tentar


neutralizar.
5- Medidas de combate a incêndios
Meios adequados de extinção:
Pó, espuma, água.

Riscos especiais:
Combustível. Vapores mais pesados que o ar. Forma misturas explosivas com o ar
à temperatura ambiente. Podem formar-se gases ou vapores perigosos no decurso
do incêndio. Em caso de incêndio podem formar-se: vapores de ácido acético.

Equipamento especial de protecção para o combate ao incêndio:


Não permanecer na área de perigo sem uma máscara de oxigénio independente do
ar ambiente. Utilizar roupa de protecção apropriada para evitar o contacto com a
pele.

Outras informações:
Precipitar com água os vapores que se libertem. Evitar a infiltração da água de
extinção nas águas superficiais ou nas águas subterrâneas.
6- Medidas em caso de fugas acidentais
Medidas de protecção para as pessoas: Não inalar os vapores/aerossóis. Evitar o
contacto com a substância. Garantir a ventilação com ar fresco em recintos
fechados.

Medidas de protecção ambientais: Não permitir que entre no sistema de


canalização de água.

Método de limpeza/absorção: Remover com um líquido-absorvente e material


neutralizante (p. Ex. Chemizorb H+, No. Art. 101595). Proceder à eliminação de
resíduos. Limpar a área contaminada.
7- Manuseamento e armazenagem
Manuseamento: Tomar medidas para prevenir cargas electroestáticas. Manter
afastado de fontes de ignição. Armazenar protegido de solventes.

Armazenagem: Hermeticamente fechado em local bem ventilado afastado de


fontes de ignição e calor, +15ºC a +25ºC.
8- Controlo da exposição/protecção individual
Equipamento de protecção individual: O vestuário de protecção deve ser
seleccionado em função da concentração e da quantidade das substâncias tóxicas

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de acordo com as condições específicas do local de trabalho. A resistência dos


meios de protecção aos agentes químicos deve ser esclarecida junto dos
fornecedores.

Protecção respiratória: Necessário quando se formam vapores/ aerossóis.


Protecção dos olhos: Necessário.
Protecção das mãos: Em contacto total:
Material das luvas: borracha butilo
Espessura: 0.7 mm
Tempo de permeação: >480 min.

Contacto por salpicos:


Material das luvas: látex natural
Espessura: 0.6 mm
Tempo de permeação: > 30 Min

Outro equipamento de protecção: Vestuário de protecção adequado.

Higiene Industrial: Mudar imediatamente a roupa contaminada. Profilaxia


cutânea. Lavar as mãos e a cara após trabalhar com a substância.
9- Propriedades físico-químicas
Forma: líquido
Cor: incolor
Odor: pungente
pH a 50g/l H2O (20ºC) 2.5
Viscosidade dinâmica (20ºC) 1.22 mPa*s
Viscosidade cinemática (20ºC) 1.17mm2/s
Temperatura de fusão 17ºC
Temperatura de ebulição (1013 hPa) 116-118ºC
Temperatura de ignição 485ºC
Ponto de inflamação 39ºC
Limites de explosão inferior 4Vol %
Limites de explosão superior 19.9Vol %
Pressão de vapor (20ºC) 15.4 hPa
Densidade de vapor relativa 2.07
Densidade (20ºC) 1.05 g/cm3
Solubilidade em água (20ºC) solúvel
Factor de bioconcentração <1
Índice de refracção (20ºC) 1.37

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10- Estabilidade e reactividade


Condições a serem evitadas: Forte aquecimento. Temperaturas <0ºC.

Substâncias a serem evitadas: Anidridos/ água, aldeídos, álcoois, compostos


halogenados, agentes oxidantes (CrO3, permanganato de potássio, peróxidos, ácido
perclórico, ácido cromossulfúrico), metais (ferro, zinco, magnésio (geração de
hidrogénio)), hidróxidos alcalinos, haletos não metálicos, etanolamina.

Produtos de decomposição perigosos: Em caso de incêndio formam-se vapores de


ácido acético.

Outras informações: Inflamável, incompatível com vários metais, explosivo com o


ar no estado de vapor/gasoso.
11- Informação toxicológica
Toxicidade aguda
LC50 (inalação, rato): 11.4 mg/l /4h.
LC50 (inalação, coelho): 1060 mg/kg.
LC50 (oral, rato): 3310 mg/kg.

Teste de irritação dos olhos (coelho): queima.


Teste de irritação da pele (coelho): queima.

Toxicidade subaguda crónica


Mutagenecidade bacteriana: salmonela tyfimurium: negativo.
Não apresentou efeitos teratogénicos nos ensaios em animais.

Outras informações toxicológicas

Substância altamente corrosiva.


Após inalação de vapores: Sintomas de irritação no sistema respiratório.
A inalação pode levar à formação de edemas no sistema respiratório.
Após contacto com a pele: Queima.
Após contacto com os olhos: Queima. Risco de cegueira! Risco de enevoamento
corneal. Queima as membranas das mucosas.
Após ingestão: Queima o esófago e estômago. Espasmos gástricos. Vómitos com
sangue, dispneia. Risco de perfuração no esófago e estômago. Possível falha
pulmonar após inspiração do vómito.
Outras indicações: Não pode ser excluída: choque, falha cardiovascular. Danos nos
rins.

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Informação adicional
O produto deve ser manipulado com as precauções habituais dos produtos
químicos.
12- Informação ecológica
Degradação biológica:
Biodegradação: 99% /30d (teste em garrafa fechada).
Prontamente biodegradável.

Comportamento no meio ambiente:


Distribuição: log p(o/w): -0,17 (experimental).
Não se prevê um apreciável potencial de bioacumulação (log P(o/w)<1).
Não se espera a ocorrência de transferência de solução aquosa para a atmosfera.

Efeitos ecotóxicos:
Efeitos biológicos: Efeito prejudicial nos organismos aquáticos. Efeito prejudicial
devido a alteração do pH. Cáustico mesmo em solução diluída.
Toxicidade nos peixes: L. Macrochirus LC50: 75 mg/l / 96 h. P. Promelas LC50: 88
mg/l / 96 h.
Toxicidade em daphnia: Daphnia magna EC50: 47 mg/l / 24 h.
Toxicidade em bactérias: Photobacterium phosphoreum EC50: 11mg/l / 15 min
teste microtox.
Concentração limite tóxica:
Toxicidade em algas: Sc.quadricauda IC5: 4000 mg/l / 17 h.
Toxicidade em bactérias: Ps.putida EC5: 2850 mg/l / 1h neutro.

Dados ecológicos adicionais:


Não permita a entrada em águas, águas residuais ou solos!
13- Questões relativas à eliminação
Produto:
As substâncias químicas devem ser eliminadas de acordo com as regulamentações
nacionais.

Embalagem:
Eliminação de acordo com as normas legais.
14- Indicações relativas ao transporte
Transporte terrestre ADR, RID
UN 2789 ESSIGSAURE,8, (3), II

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Transporte fluvial ADN, ADNR não testado

Transporte por via marítima IMDG-Code


UN 2789 ACETIC ACID, GLACIAL, 8, II
Ems F-E S-C
Transporte por via aérea CAO, PAX
ACETIC ACID, GLACIAL, 8, UN 2789, II, 3
As informações relativas ao transporte mencionam-se de acordo com a
regulamentação internacional e no formato aplicável na Alemanha. Não estão
consideradas possíveis diferenças a nível nacional.
15- Informação regulamentada
Etiquetas de acordo com as directivas da CE

Símbolo: C Corrosivo
Frases R: 10-35 Inflamável. Provoca queimaduras graves.
Frases S: 23-26-45 Não respirar os vapores. Em caso de contacto com os olhos,
lavar imediata e abundantemente com água e consultar um especialista. Em caso de
acidente ou indisposição, consultar imediatamente o médico (se possível mostrar-
lhe o rótulo)
No.-CE: 200-580-7 Rótulo CE
16- Outras informações
Razões para alteração
Actualização

Representante Nacional
MERCK Lab- Material de Laboratório, SA. Rua Alfredo da Silva, 3-C, P-1300-
040 Lisboa
Tel.:+351 (21) 3613 500, Fax:+351 (21) 3613 665

As indicações dadas baseiam-se no nível actual dos nossos conhecimentos.


Caracterizam o produto no que se refere às medidas de segurança a tomar. Estas
indicações não implicam qualquer garantia de propriedade do produto descrito.

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Anexo 4. Proposta de Ficha de Segurança

1. Identificação da substância e da Empresa


No. de catálogo:
Nome da substância:

Empresa
Nome:
Endereço:
Telefone:
Nº Telefone de Emergência: INEM, centro de informação Anti-Venenos, Rua
Infante D. Pedro, 8
1749-075 Lisboa, Tel.(21) 79501 43/44/46

2. Composição/informação sobre os componentes


No.-CAS: No.-Index-EC:
Massa molar: No-EC:
Fórmula molecular:
Fórmula química:

3. Identificação dos perigos

4. Primeiros socorros
Após a inspiração:
Após contacto com a pele:
Após contacto com os olhos:
Após ingestão:

6- Medidas em caso de fugas acidentais


Medidas de protecção para as pessoas:
Medidas de protecção ambientais:
Método de limpeza/absorção:

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