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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA II

LENICE GOMES MESSIAS

COMUNICAÇÃO E AS INTERAÇÕES HUMANAS

Ituiutaba-MG
2007
LENICE GOMES MESSIAS

COMUNICAÇÃO E AS INTERAÇÕES HUMANAS


Variedades Lingüísticas

Trabalho apresentado ao Curso Pedagogia II da UNOPAR -


Universidade Norte do Paraná, para a disciplina
Desenvolvimento Psico-Emocional
Professora: Cleide Vitor Mussini Batista/Lílian Salete Lima
Tutora Eletrônica: Andréa de Barros Pimenta

Ituiutaba
2007
O Processo de alfabetização e a pluralidade lingüística e cultural

A alfabetização como forma de política cultural argumenta que os


programas de alfabetização, para se pautarem por uma perspectiva emancipadora,
precisam partir da língua dos alunos. No sentido mais amplo, a alfabetização é
analisada como instrumento de reprodução das formações sociais existentes, ou como
um conjunto de práticas culturais que promovam a mudança democrática e
emancipadora.

Além disso, podemos afirmar que a linguagem dos educandos deve ser
utilizada nos programas de alfabetização, se pretendermos que a alfabetização seja
parte importante de uma pedagogia emancipadora, deveremos utilizar a linguagem dos
educandos como pré-requisito para o desenvolvimento de qualquer campanha de
alfabetização que pretenda servir como meio para chegar-se a uma apropriação crítica
da própria cultura e da própria história.

A questão da alfabetização deverá cada vez mais assumir uma nova


importância entre os educadores, onde infelizmente, o debates tendem a ser uma
reciclagem de velhos pressupostos e valores relativos ao significado e à utilidade da
alfabetização. Uma vez que a idéia de que a alfabetização é questão de aprender a
língua padrão ainda permeia a enorme maioria dos programas de alfabetização e
manifesta sua lógica na ênfase que, continua a dar à leitura técnica e às habilidades
para a escrita.

Devemos incorporar a idéia de que a alfabetização não pode ser


encarada simplesmente como o desenvolvimento de habilidades que visem à aquisição
da língua padrão dominante pois esse modo de ver reflete uma ideologia que,
sistematicamente, mais rejeita do que valoriza as experiências culturais dos educandos
que utilizam variedades lingüísticas desprestigiadas e para que a idéia de alfabetização
ganhe significado, deve ser situada em uma teoria de produção cultural e encarada
como parte integrante do modo pelo qual as pessoas produzem, transformam e
reproduzem significados.

A alfabetização deve ser vista como um meio que contribui tanto para
produção como para reprodução das experiências culturais dos mais diversificados
grupos sociais. Daí, ser ela um fenômeno eminentemente democrático e abrangente, e
principalmente sendo pautada no respeito à variedade lingüística e cultural, fatores
estes de amplitude inegável em nosso país.

Entendemos por respeito à diversidade lingüística e cultural as


experiências coletivas que atuam no interesse dos grupos dominantes, e não no
interesse dos grupos oprimidos, objeto discriminações e desvalorização em suas
individualidades.

Assim, a alfabetização fica desprovida de suas dimensões


sociopolíticas; funciona, na verdade, para reproduzir valores e o significado dominantes,
não contribuindo assim para a apropriação da história, da cultura e da linguagem da
classe trabalhadora.

A abordagem utilitarista da leitura é produzir leitores que atendam aos


requisitos básicos de leitura da sociedade contemporânea, mas essa abordagem
enfatiza o aprendizado mecânico de habilidades de leitura, ao mesmo tempo que
sacrifica a análise crítica da ordem social e política que dá origem à necessidade de
leitura em primeiro lugar, levando ao desenvolvimento dos alfabetizados funcionais,
treinados primordialmente para atender aos requisitos de nossa sociedade tecnológica
cada vez mais complexa, como assina Giroux:

A alfabetização, dentro dessa perspectiva, funciona bem para fazer adultos


mais produtivos como trabalhadores e cidadãos numa dada sociedade. A
despeito de seu apelo à mobilidade econômica, a alfabetização funcional reduz
o conceito de alfabetização, e a pedagogia a que ele se ajusta, aos requisitos
pragmáticos do capital; conseqüentemente, as noções de pensamento crítico,
cultura e poder desaparecem sob os imperativos do processo de trabalho e da
necessidade de acumulação de capital. ( GIROUX, 1983, pp. 215-216)
Devendo então os educadores desenvolver estruturas pedagógicas
radicais que propiciem aos alunos a oportunidade de utilizar sua própria realidade como
base para a alfabetização. Isso inclui, evidentemente, a língua que trazem consigo para
a sala de aula. Agir de outra maneira será negar aos alunos os direitos que estão no
cerne da noção de uma alfabetização emancipadora.
REFERÊNCIA

BORTONI-RICARDO, S.M. Problemas de comunicação interdialetal. Tempo Brasileiro ,


78-79, 1984, p.9-32.

CAVALCANTI, M. C. Estudos sobre educação bilíngüe e escolarização em


contextos de minorias lingüísticas no Brasil, Revista Delta , vol.15, 1999.

GERALDI, João W. O texto na sala de aula, São Paulo: Ática, 1997

GIROUX, H.A. Teoria da resistência na educação. Trad. Luiz Fellipe Alternhofff, São
Paulo: Ática, 2001
ANEXOS

Instituição: Escola Estadual “Gov. Clóvis Salgado”


Tempo de Magistério: 16 anos
Tempo de atuação em salas de alfabetização: 05 anos

1 - Qual sua concepção de alfabetização?

É o ato do educando à partir de sua bagagem pessoal, assimilar o que lhe é proposto
no ambiente escolar no que diz respeito ao domínio da escrita, leitura e raciocínio lógico

2- Qual a função da sala de alfabetização?

Ser um ambiente de possibilidades variadas, no intuito de despertar no educando o


prazer e a necessidade da assimilação do processo da alfabetização

3 - Qual a sua função enquanto professor alfabetizador?

Mediar este desenvolvimento respeitando o aluno em sua individualidade.

4- Você leva em consideração que a criança, aos sete anos de idade, já é um falante da
sua língua, portanto, possui uma série de conhecimentos lingüísticos que se baseiam,
principalmente, em experiências de linguagem oral adquiridas no grupo social a que
pertence?Como?

Sim, pois caso o aluno se sinta desrespeitado ou mesmo que perceba uma
desvalorização de seus conhecimentos lingüísticos anteriores à sua vida escolar,
corremos o sério risco de estimular uma baixa auto-estima o que somente serviria de
empecilho ao seu desenvolvimento no processo de alfabetização.

5 - Ao chegarem a essa instituição, esses alunos se deparam com uma variedade da


norma culta ou padrão que não é a sua. Então você “corrige” a fala desses alunos? Por
quê? Como corrige?

Talvez corrigir seja um termo não muito adequado, uma vez que o respeito pela sua
cultura torna-se indispensável no processo de alfabetização. Trata-se então de ir
colocando-o em contato com situações que lhe proporcione conhecimento seguido de
assimilação das normas cultas ou seja, padrão para a aquisição da escrita e leitura.
Instituição: Escola Estadual de Educação Especial “Bem –me-quer” APAE
Tempo de Magistério: 20 anos
Tempo de atuação em salas de alfabetização: 20 anos

1 - Qual sua concepção de alfabetização?

- Não é somente ler e escrever, faz-se necessário sua inserção na sociedade, e


não existe alfabetização sem separado do letramento.

2 - Qual a função da sala de alfabetização?

- Preparar o aluno para as fase que virão ao longo de sua vida escolar

3 - Qual a sua função enquanto professor alfabetizador?

- A função de um mediador entre a bagagem pessoal de cada um e os objetivos


traçados pelo processo educacional

4 - Você leva em consideração que a criança, aos sete anos de idade, já é um falante
da sua língua, portanto, possui uma série de conhecimentos lingüísticos que se
baseiam, principalmente, em experiências de linguagem oral adquiridas no grupo social
a que pertence?Como?

- Sim, pois tais conhecimentos são adquiridos nomeio em que os mesmos se


encontram inseridos

5 - Ao chegarem a essa instituição, esses alunos se deparam com uma variedade da


norma culta ou padrão que não é a sua. Então você “corrige” a fala desses alunos? Por
quê? Como corrige?

Sim, porque as normas cultas são partes integrantes do currículo escolar, e tal correção
é feita através do concreto,mostrando e explicando o porque de tais correções.

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