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Lígia Bueno, Kátia de Cássia Moreia, Marília Soares, Denise J. Dantas, Andréia C. S.
Wiezzel, Marcos F. S. Teixeira
Introdução
Não havendo uma articulação entre os dois tipos de atividades, isto é, a teoria e
a prática, os conteúdos não serão muito relevantes à formação do indivíduo ou
contribuirão muito pouco ao desenvolvimento cognitivo deste. Porém, ao que parece, o
ensino de Química não tem oferecido condições para que o aluno a compreenda
enquanto conceitos e nem quanto a sua aplicação no dia-a-dia.
As pesquisas sobre o ensino de Química no ensino médio são ainda incipientes.
O limiar da pesquisa nacional pode ser localizado no ano de 1940, com a criação do
Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (IBECC), intensificando-se, porém,
após a criação dos dois primeiros programas de pós-graduação em ensino de ciências,
na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), no início dos anos 1970. A partir de então, por mais de duas décadas,
desenvolveram-se incontáveis pesquisas na área, retratadas em mais de duas
centenas de dissertações ou teses acadêmicas e em várias centenas de artigos
científicos [1].
Em que pese essa significativa massa de pesquisas sobre o ensino de ciências,
pouquíssimos estudos foram efetuados no sentido de analisar, de modo mais global,
suas contribuições para a Educação Nacional, seus problemas, limitações, lacunas, à
semelhança dos citados estudos sobre a pesquisa educacional em seu conjunto. Até a
década de 1980, encontramos apenas três trabalhos que desenvolveram uma análise
de um determinado conjunto de pesquisas educacionais na área de ciências, todos
relativos ao ensino de Física. Entretanto, esses três trabalhos são circunscritos a
conceitos particulares, no âmbito de uma determinada instituição acadêmica ou de
uma linha de pesquisa específica.
Ao longo das últimas décadas a pesquisa sobre o ensino de ciências (Biologia,
Física e Química no ensino médio e fundamental) tem dado enfoque a diversos
elementos relacionados com o mesmo, sendo alguns mais específicos como o papel
das atividades práticas, o livro didático e as diferentes formas de abordagem dos
conteúdos. Há ainda outros que poderíamos classificar como sendo de caráter mais
geral, ou seja, versam sobre os fundamentos da educação científica, seus objetivos,
seus condicionantes sócio-culturais políticos e econômicos.
Mesmo com essa gama variada de enfoques Nardi (1998) acredita que, de
forma ampla, tais pesquisas apresentam um traço comum: a busca de uma
compreensão mais clara e profunda de vários elementos que caracterizam o ensino
das ciências, pretendendo assim gerar adequações ou modificações nas práticas
pedagógicas do professor em sala de aula [2].
As perspectivas constitutivas do processo de aprendizagem se caracterizam de
forma bem ampla por três aspectos:
Conclusão
A partir de estudos correlatos, pôde-se perceber que a dificuldade dos alunos
em compreender conteúdos das ciências exatas, principalmente Química, pode ser
superada/minimizada através da utilização de aulas experimentais, que o auxilia na
compreensão dos temas abordados e em suas aplicações no cotidiano, já que
proporcionam uma relação entre a teoria e a prática. Quanto ao professor, ao
desenvolver atividades práticas em sala de aula, estará colaborando para que o aluno
consiga observar a relevância do conteúdo estudado e possa atribuir sentido a este, o
que o incentiva a uma aprendizagem significativa e, portanto, duradoura.
Apesar disso, nota-se que o processo de ensino/aprendizagem de química nas
salas de aula ainda não estão muito compatíveis com as necessidades dos alunos e
com os preceitos que levam a uma significativa aprendizagem.
Diante disso, faz-se necessários estudos com ênfase maior na questão
metodológica e viabilização de atividades experimentais em sala de aula. Este será o
próximo passo desta pesquisa pretende, com seus resultados, auxiliar professores de
Química no trabalho em sala de aula e contribuir para a melhoria do ensino e
aprendizagem dos conteúdos da área.
Referências Bibliográficas
[1] NARDI, Roberto Pesquisa em ensino de Física São Paulo: Escrituras, 1998.
[2] NARDI, Roberto. Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras,
1998.
[3] AMARAL, Luciano do; Trabalhos práticos de química. São Paulo. Livraria Nobel,
1966; Volume 2.
Bibliografia
SOUZA, Maria Helena Soares de Guia Prático para Curso de Laboratório São
Paulo: Scipione, 2002.
THERRIEN, Jacques – O saber do trabalho docente e a formação do professor. In:
MACIEE, Lizete S. B. Reflexões sobre a formação de professores – Campinas, SP;
Papirus, 2002 – (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).