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Trabalho de Conclusão de Curso

Novas tendências de Governo Eletrônico: Um


Estudo de Caso no Estado de Alagoas

Carlos Jean Costa Cabral


jean.cabral@itec.al.gov.br
Juliano Farias de Araújo
juliano.araujo@itec.al.gov.br

Orientador:
Thiago José Tavares Ávila

Maceió, Dezembro de 2008


Carlos Jean Costa Cabral
Juliano Farias de Araújo

Novas tendências de Governo Eletrônico: Um


Estudo de Caso no Estado de Alagoas

Monografia apresentada como requisito parcial para


obtenção do grau de Bacharel em Ciência da Compu-
tação do Instituto de Ensino Superior de Alagoas /
Faculdade Alagoana de Administração - IESA/FAA

Orientador:

Thiago José Tavares Ávila

Maceió, Dezembro de 2008


Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel
em Ciências da Computação do Instituto de Ensino Superior de Alagoas / Faculdade
Alagoana de Administração - IESA/FAA, aprovada pela comissão examinadora que abaixo
assina.

Thiago José Tavares Ávila - Orientador


Curso de Ciência da Computação
Instituto de Ensino Superior do Estado de Alagoas

——————————– - Examinador
Curso de Ciência da Computação
Instituto de Ensino Superior do Estado de Alagoas

——————————– - Examinador
Curso de Ciência da Computação
Instituto de Ensino Superior do Estado de Alagoas

Maceió, Dezembro de 2008


Resumo

Este trabalho descreve a experiência do Governo do Estado de Alagoas em projetos volta-


dos ao Governo Eletrônico (e-GOV), tema de grande relevância na adoção das tecnologias
da informação e comunicação - TICs, como instrumento de aproximação do Governo com
os demais setores da sociedade, e em especial o cidadão. O trabalho explora ainda os
fundamentos conceituais do Governo Eletrônico bem como apresenta algumas tendências
como a utilização do telefone celular e da TV Digital como canais de prestação de serviços
públicos.
Palavras-Chave: Governo Eletrônico, Tecnologia da Informação, Governo de Alagoas

i
Abstract

This research work describes the experience of the government of the State of Alagoas
concerning projects directed to electronic government (e-GOV), a subject that holds great
relevance regarding the inclusion of informational and communicational technologies –
ICT, as an instrument that can place government and society, especially the citizens,
closer to each other. This study also investigates the conceptual foundations of electronic
government and presents particular tendencies such as the use of cellular phones and
digital TV as channels that fulfill public services.
Keywords: Electronic Government, Information Technology, Government of Alagoas

ii
Declaração

O Instituto de Tecnologia em Informática e Informação do Estado de Alagoas, represen-


tada neste documento pelo Sr. Luiz Eugênio de Castro Barroca, Diretor-Presidente, au-
toriza a divulgação das informações e dados coletados em sua organização, na elaboração
do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado Novas tendências de Governo Eletrônico:
Um Estudo de Caso no Estado de Alagoas, realizados pelos alunos Juliano Araújo Farias
e Carlos Jean Costa Cabral, do curso de Ciência da Computação, da Faculdade Alago-
ana de Administração e o Instituto de Educação Superior de Alagoas, com o objetivo de
publicação e/ ou divulgação em veículos acadêmicos.

Maceió, 29 de Novembro de 2008

Luiz Eugênio de Castro Barroca


Diretor Presidente

Instituto de Tecnologia em Informática e Informação do Estado de Alagoas

iii
Conteúdo

1 Introdução 1
1.1 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Objetivo do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.4 Estrutura do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

2 Governo Eletrônico (E-GOV) 4


2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Diretrizes Estratégicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Governo Eletrônico no Mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 Inclusão Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.5 Relacionamento entre o governo e a sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.5.1 Governo para Governo – G2G (Government to Government) . . . . 10
2.5.2 Governo para Negócios – G2B (Government to Business) . . . . . . 10
2.5.3 Governo para Cidadão - G2C (Government to Citizen) . . . . . . . 10
2.6 Canais de Acesso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.6.1 Canais Presenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.6.2 Canais Eletrônicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.7 Novas Tendências para o Governo Eletrônico . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.7.1 Certidão Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.7.2 TV Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.7.3 Mobile Government (M-GOV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.7.4 Estradas Digitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.7.5 Cidades Digitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.7.6 Infovias Digitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

3 Tecnologia da informação e comunicação no Estado de Alagoas 18


3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.1.1 Instituto de Tecnologia em Informática e Informação do Estado de
Alagoas – ITEC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.1.2 Plano Plurianual - PPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2 Planejamento Estratégico ITEC 2008-2011 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3 Infra-Estrutura para o Governo Eletrônico em Alagoas . . . . . . . . . . . 21
3.3.1 Consolidação da Infovia Al@net e o Projeto Infovia Digital Alagoas 21
3.3.2 O Projeto Datacenter corporativo do Estado de Alagoas . . . . . . 23
3.3.3 Fábrica de Software e de Sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

iv
CONTEÚDO v

3.3.4 Fábrica de Sítios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

4 Projetos Desenvolvidos pelo ITEC 28


4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.2 A Fábrica de Sítios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.2.1 Sua estruturação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.2.2 Processos, Tecnologias e Recursos Humanos . . . . . . . . . . . . . 29
4.2.3 Metodologia de gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2.4 Sua Consolidação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
4.3 Portal da Transparência Ruth Cardoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.4 A prova de conceito de portal do governo de Alagoas . . . . . . . . . . . . 40
4.4.1 Mapeamento de Informações e Serviços Eletrônicos . . . . . . . . . 42
4.4.2 A estruturação da prova de conceito de portal de governo de Alagoas 43
4.5 Móvel - Informações e Serviços via Celular . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

5 Considerações Finais 50
Lista de Figuras

2.1 4 Facetas do Governo Eletrônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5


2.2 Inclusão Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

3.1 Instrumentos de Planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20


3.2 Visualização dos projetos com o SGProject . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.3 Área de Cobertura da Alanet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.4 Visão da Infovia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.5 Detalhamento de documentos gerados através dos eventos das atividades
do MDS/PRODERJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.6 Workflow Fabrica de Softwares e Sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

4.1 Sítio do Gabinete Militar do Governador até 2006 . . . . . . . . . . . . . . 32


4.2 Sítio Visite Alagoas da Secretaria de Turismo até 2006 . . . . . . . . . . . 32
4.3 Sítio do Procon até 2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.4 Sítio da Ouvidoria do Estado até 2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.5 Fabrica de Sítios - Padronização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.6 Google Analytics ferramenta de apoio à Fábrica de Sítios . . . . . . . . . . 36
4.7 Relatório de acesso aos sitios mês de outubro de 2008 . . . . . . . . . . . . 37
4.8 Portal da Transparência Ruth Cardoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.9 Consulta por elemento de despesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.10 Portal do Governo de São Paulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.11 Quadro 5W2H . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.12 Serviço de Denúncia eletrônica na forma 4w2h . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.13 Mapa do Site do Portal do Governo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.14 Modelo e especificações relacionais da página inicial do Portal do Governo 45
4.15 Móvel - Tela Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
4.16 Móvel - Notícias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
4.17 Móvel - Protocolo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.18 Móvel - Trânsito e Segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

vi
Lista de Tabelas

2.1 Evolução de Domicílios com Telefone1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14


2.2 Evolução do percentual de domicílios com Telefone (Fixo ou Celular) 2 . . 14
2.3 Número de Celulares em Dezembro de 2006 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

vii
Capítulo 1

Introdução

1.1 Justificativa
Com o advento do conceito Governo Eletrônico (e-Gov), as instituições públicas encontram-
se nos últimos anos adotando os recursos de Tecnologia da Informação para atender melhor
a sociedade, criando um novo paradigma na gestão pública. Este trabalho visa apresentar
conceitos de e-Gov detalhando os fatores, as ferramentas, e as características sobre este
tema emergente, bem como abordar a experiência do Governo de Alagoas em projetos de
Governo Eletrônico.
As disposições institucionais gerados por alguns países que adotaram o Governo Ele-
trônico como prestação de serviços aos cidadãos verificando a existência de padrões de
suas melhores práticas na sua esfera de coordenação que leva exemplos à vários estados
da federação brasileira, dentre eles São Paulo, Ceará, Minhas Gerais, Espírito Santo, Rio
de Janeiro.
Adicionando a isso a importância desse trabalho ao crescimento da tecnologia da in-
formação e comunicação (TIC) do Estado de Alagoas, todo o levantamento desse estudo
não foi com a pretensão de exaurir o tema no âmbito mundial e nacional e sim levantar
as melhores práticas de como orgãos de governo estão estruturando suas ações, ultra-
passando as barreiras organizacionais e produzindo trabalho físico e intelectual para o
desenvolvimento do Estado e a diminuição da exclusão digital, utilizando de meios de
comunicação como portais, sistemas, bem como o telefone celular para atingir todas as
camadas da sociedade.
Esse estudo se justifica por expor motivação teórica do processo de evolução do Estado
mediante as tendências e desafios juntamente com o estudo de compreensão do conceito
de governo eletrônico

1
1.2. OBJETIVO DO TRABALHO 2

1.2 Objetivo do Trabalho


1.2.1 Objetivo Geral
O objetivo geral desta análise consiste na apresentação de projetos de governo ele-
trônico através de soluções viáveis para a modernização e inovação do Es- tado, com
conseqüente melhoria da sua eficiência e eficácia com a melhoria dos serviços para a soci-
edade além de significativa contribuição para a inclusão digital.

1.2.2 Objetivos Específicos


* Analisar o panorama de governo eletrônico no aspecto global; * Sintetizar a experiência
de governos e instituições estaduais; * Descrever a importância da inclusão digital, como
parte integrante do governo eletrônico; * Expor os ensaios práticos da utilização e do
gerenciamento de propósitos no contexto da modernização do Estado de Alagoas, no
decurso de criações de produtos de governo eletrônico.

1.3 Metodologia
Este estudo, quanto ao método, utilizou-se do método descritivo, por partir da análise
dos fatos observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem a interfe-
rência do pesquisador sobre elas. Marconi & Lakatos (1999) definem pesquisa descritiva
como aquela que aborda a descrição, registro, análise e interpretação de fenômenos atuais,
objetivando o seu funcionamento presente e futuro. Esta pesquisa é descritiva porque pre-
tende detalhar com maior exatidão possível os fatos e fenômenos da situação em estudo,
neste caso, a relação existente entre o gerenciamento de projetos e a modernização da
gestão pública no Estado de Alagoas.
Quanto a sua natureza, o trabalho consiste numa pesquisa aplicada, pois de acordo com
Jung (2004) consiste na utilização do conhecimento da pesquisa básica e da tecnologia
para se obter aplicações práticas como produtos ou processos. Quanto ao procedimento
de dentro do contexto local, real e especialmente usando os limites entre o fenômeno e o
contexto não estão claramente definidos.

1.4 Estrutura do Trabalho


O presente trabalho possui 05 capítulos na sua estrutura básica:

Capítulo 1 : Justificativa, objetivos da pesquisa e metodologia aplicada;

Capítulo 2 : Governo Eletrônico (E-Gov);


1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO 3

Capítulo 3 : Tecnologia da informação e comunicação no Estado de Alagoas;

Capítulo 4 : Projetos Desenvolvidos no Estado de Alagoas;

Capítulo 5 : Considerações finais.


Capítulo 2

Governo Eletrônico (E-GOV)

2.1 Introdução
O Governo eletrônico (e-gov), apesar de ser um conceito ainda emergente já uma
tendência global. Governos do mundo todo já perceberam a importância da tecnologia a
serviço da informação do cidadão e do próprio estado. E vem desenvolvendo projetos e
programas de fomento ao e-gov.
Usando o conceito de Zweers & Planqué (2001) pode-se dizer que: Governo Eletrônico
é um conceito emergente que objetiva fornecer ou tornar disponível informações, serviços
ou produtos, através de meio eletrônico, a partir ou através de órgãos públicos, a qualquer
momento e local, de modo a agregar valor a todos os indivíduos (stakeholders) envolvidos
com a esfera pública.
Balutis (1999) define Governo Eletrônico através da seguinte equação: Governo Ele-
P
trônico = [Comércio Eletrônico; Customer Relationship Management (CRM); Supply
Chahin Management (SCM) + Gestão do Conhecimento + Business Intelligence (BI) +
Tecnologias Colaborativas]
Lenk & Traunmüller (2001) complementam mostrando que quatro perspectivas podem
ser vislumbradas, acerca de Governo Eletrônico. São elas:

• A Perspectiva do Cidadão: Visando oferecer serviços de utilidade pública ao


cidadão contribuinte, tais como: transparência, informações, solicitações, entre ou-
tros;

• A Perspectiva de Processos: Visando repensar o modus-operandi 1 dos processos


produtivos ora existentes no Governo em suas várias esferas, tais como os processos
de licitação para compras (e-procurement);

• A Perspectiva da Cooperação: Visando integrar os vários órgãos governamentais


e estes com outras organizações privadas e não-governamentais, de modo que o
1
expressão em latim que significa Modo de Operação

4
2.1. INTRODUÇÃO 5

processo decisório possa ser agilizado sem perda de qualidade, assim como evitando
fragmentação e redundâncias hoje existentes nas relações entre esses vários atores;

• A Perspectiva da Gestão do Conhecimento: Visando permitir ao Governo


em suas várias esferas, criar, gerenciar e disponibilizar em repositórios adequados o
conhecimento, tanto gerado quanto o acumulado por seus vários órgãos.

Essas quatro facetas podem ser mais bem visualizadas na figura a seguir:

Figura 2.1: 4 Facetas do Governo Eletrônico

Com isso podemos afirmar que teremos a otimização do relacionamento entre o go-
verno e o cidadão, melhorando e aumentando a eficiência, efetividade, transparência e a
responsabilidade do governo para com a sociedade.
De acordo com Perri (2001), o Governo Eletrônico também pode ser entendido através
de outras características como:

• Fornecimento de Serviços Eletrônicos: Atualmente, a maior parte dos esfor-


ços, recursos e atenção política voltados a Governo Eletrônico se concentram nessa
2.2. DIRETRIZES ESTRATÉGICAS 6

área. Essa área envolve o fornecimento de serviços de utilidade pública para o ci-
dadão, assim como o relacionamento Governo-Empresas, para melhorar a interação
do Governo com o setor empresarial.

• Democracia Eletrônica (e-democracy ): Novas legislaturas como as da Escócia


e País de Gales, estão usando sistemas de votação eletrônica nos seus Parlamentos
Locais (Parreiras et al., 2004), assim como há no mundo experiências piloto de con-
sulta on-line aos cidadãos. O Brasil vem usando o e-voting 2 - não sem controvérsias
acerca da segurança da votação - já há algum tempo, o que o enquadraria nessa
tipologia.

• Governança Eletrônica (e-governance): Segundo Kraemer & Dedrick (1999)


essa é a área menos estudada de Governo Eletrônico. Ela incluiria, entre outras
atividades, todo o suporte digital para elaboração de políticas públicas; tomada
de decisões; public choices (decisões do governo) e workgroup (Grupo de trabalho,
pessoas de um grupo que trabalham juntas e compartilham os mesmos arquivos e
banco de dados) entre os vários gestores públicos de diferentes escalões.

2.2 Diretrizes Estratégicas


O programa brasileiro de Governo Eletrônico é pautado por sete princípios, que são
adotados como referências para estruturar as estratégias de intervenção, que adotadas
como orientações para todas as ações do governo. Estes sete princípios são descritos no
relatório consolidado do Comitê Executivo do Governo Eletrônico (CEGE, 2002). Que
são:

• Promoção da cidadania como prioridade;

• Indissociabilidade entre Inclusão Digital e o Governo Eletrônico;

• Utilização do software livre como recurso estratégico;

• Gestão do conhecimento como instrumento estratégico de Articulação e gestão das


políticas públicas;

• Racionalização dos recursos;

• Adoção de políticas, normas e padrões comuns;

• Integração com outros níveis de governo e com os demais poderes.


2
Sistema de processo eleitoral on-line
2.3. GOVERNO ELETRÔNICO NO MUNDO 7

2.3 Governo Eletrônico no Mundo


O governo eletrônico como movimento mundial realmente começou depois do lança-
mento do Mosaic, o primeiro navegador web, que permitiu um fácil acesso a páginas da
Internet, em agosto de 1993. (Chahin et al., 2004)
Al Gore, vice-presidente dos Estados Unidos em 1999, abriu o 1o Fórum Global sobre
Reinvenção do Governo em Washington, com a presença de 45 países. (Chahin et al.,
2004) A partir desse acontecimento surgiram várias tipologias, em 2000 a tipologia mais
usada era a que Portugal elaborou o “Plano de acção para o Governo Electrónico”. Esse
modelo é composto por quatro fases como é demonstrado em Chahin et al. (2004):

• Presença da internet/informação;

• Interação;

• Transação/interação bidirecional;

• Transformação para medir o grau de desenvolvimento de governo eletrônico;

Os Estados Unidos adotaram uma nova estratégia de e-governo em outubro de 2002,


lançando vinte e quatro iniciativas sob a responsabilidade de diferentes partes do governo.
Essa estratégia tem três objetivos, como demonstrado por Chahin et al. (2004):

• Facilitar a interação de cidadãos e empresas com o governo federal;

• Poupar dinheiro dos contribuintes (com a eliminação dos sistemas redundantes);

• Simplificar transações G2B (Governo e fornecedores);

Com isso o governo americano conseguiu bons resultados no que diz respeito ao rela-
cionamento Governo/Cidadão . Atualmente o portal americano FirstGov 3 possui aten-
dimentos de A a Z, e com mini-portais para o atendimento. Centrando cada vez mais o
foco nos cidadãos e suas necessidades e menos nas agências que os fornecem.
O Reino Unido foi o primeiro país a implantar e estabelecer o foco do seu governo
eletrônico em eventos importantes do ciclo da vida do cidadão (copiado depois por muitos
países), como descrito por Chahin et al. (2004).
O México focalizou seu e-gov chamado de e-Mexico em quatro pontos e-aprendizagem,
e-saúde, e-governo, e-negócios que podem ser encontrados em seu portal www.e-mexico.gob.mx
com sub-portais e opções lógicas dentro de cada um.
O Governo Eletrônico vem a cada dia ganhando forças através do desenvolvimento de
políticas e definições de padrões em termos de tecnologias da informação e comunicação
comumente chamadas de TIC’s, com o intuito de promover a cidadania e o desenvolvi-
mento de um modo geral.
3
http://www.firstgov.com
2.4. INCLUSÃO DIGITAL 8

2.4 Inclusão Digital


De acordo com o Mapa de Exclusão Digital traçado pelo PNAD/IBGE (2001), uma
pequena parcela da população tem acesso ao computador, contrastando com a grande
parcela que sequer tem acesso aos conhecimentos básicos.
Dizer que inclusão digital é somente oferecer computadores seria análogo a afirmar
que as salas de aula, cadeiras e quadro negro garantiriam a escolarização e o aprendizado
dos alunos. (Rondelli, 2003)
O uso desses elementos sem ter o que fazer com eles seria apenas uma ‘letra morta’,
serão como aqueles que aprendem a ler e escrever o alfabeto, mas não encontram opor-
tunidades para usá-lo com freqüência. Rondelli (2003). Portanto, a inclusão digital
dependeria de alguns elementos, tais como: o computador, o telefone, o provimento de
acesso, informações básicas, etc.
Todo o aprendizado precisa ser disseminado no cotidiano do cidadão, de tal forma
que se criem oportunidades para o uso desse conhecimento, inserindo-o no diário de vida
da população. Rondelli (2003) define inclusão digital como aprendizagem necessária ao
indivíduo para circular e interagir no mundo das mídias digitais como consumidor e como
produtor de seus conteúdos e processos. De um modo geral podemos definir Inclusão
Digital como uma maneira de disseminar o acesso aos meios de comunicação.
A inclusão digital esta intrinsecamente ligada ao governo eletrônico, afinal, jamais
poderíamos ter uma política de governo eletrônico eficiente com uma população desinfor-
mada e “desinformatizada”.
A figura abaixo mostra um panorama de como promover inclusão digital no cotidiano
do cidadão.
2.5. RELACIONAMENTO ENTRE O GOVERNO E A SOCIEDADE 9

Figura 2.2: Inclusão Digital

2.5 Relacionamento entre o governo e a sociedade


Os países desenvolvidos e maduros nos conceitos e aplicação do governo eletrônico
trabalham com padrões e projetos para a disseminação da informação e tecnologia para
todos, mantendo relações com a sociedade, de forma direta e indireta.
O governo, no exercício da prestação de suas atividades, orienta e classifica seus ser-
viços através das várias camadas da sociedade, ou seja, por públicos-alvo. Os públicos
principais, no âmbito do Governo Eletrônico são: O próprio governo, o setor produtivo
e o cidadão. Desta classificação surgiram os conceitos de Governo para Governo - G2G
(Government to Government) , o Governo para Cidadão - G2C (Government to Citizen)
e o Governo para negócios - G2B (Government to Business) .
2.6. CANAIS DE ACESSO 10

2.5.1 Governo para Governo – G2G (Government to Govern-


ment)
O governo alemão define como mapeamento dos processos de negócios entre a entidades
do governo, com o apoio da tecnologia web e e-serviços. (deutschland.de) De acordo com
Pascale (2005) , é a utilização da tecnologia da informação na administração pública para
prestação de serviços online para o próprio Governo, ou seja, é o governo oferecendo ao
próprio governo soluções para inter-relação por meio da tecnologia e informação, podendo
ser acessado a qualquer hora e em qualquer local.

2.5.2 Governo para Negócios – G2B (Government to Business)


Pascale (2005) define como as interações existentes entre o governo e as empresas
privadas, e refere-se a todas as transações necessárias para o estabelecimento de um
negócio, seu funcionamento e seu encerramento. Ou seja, é a relação de produção entre o
governo e o setor produtivo.

2.5.3 Governo para Cidadão - G2C (Government to Citizen)


Como o próprio nome diz, são ações do governo voltadas ao cidadão. É um modelo
de prestação de serviços ao cidadão através de tecnologias de informação e comunicação
utilizando desde páginas web até dispositivos móveis. Temos o G2C com uma ferramenta
que conduz o cidadão ao conhecimento, informação e serviços diversos sobre o governo.

2.6 Canais de Acesso


O Governo Eletrônico dispõe de vários canais de acesso. Classificados em: Canais
Presenciais e Eletrônicos tais como: A Internet, terminais ATM, centrais de atendimento,
etc. De acordo com Perri (2001), existem 1.300 serviços e 9 mil tipos de informações no
governo federal e no estadual temos 800 serviços e 12 mil tipos de informações prestados
aos três alvos que são o G2G (Governmet to Government), G2C (Government to Citzen),
G2B (Government to Business), como visto no item anterior.
Recursos como portais públicos estão auxiliando e muito na tarefa de aproxima governo
e cidadão. Tais portais estão cada vez mais voltados à prestação de serviços ao cidadão,
empresas e o próprio governo.
O Reino Unido com a parceria de empresa privadas colocou jobpoints em diversos
pontos do país, chegando a uma impressionante quantidade de 9.000 (nove mil)
Os Estados Unidos prestam serviços ao cidadão através do portal FirstGov, que possui
mais de 150 serviços on-line com o foco no G2C e G2B, além de informações sobre pontos
de atendimentos presenciais. Os Canais de acesso se dividem em: Presenciais, eletrônicos.
2.6. CANAIS DE ACESSO 11

2.6.1 Canais Presenciais


São canais para interação com o governo em locais físicos. Os canais de acesso presenciais
estão presentes em diversos estados brasileiros, pelas vias Federais e Estaduais. Através
do portal "Centrais de Atendimento Integrado "4 os cidadãos ficam sabendo onde existem
pontos de atendimento em todo Brasil. No Estado de São Paulo especificamente temos o
“poupatempo” que é um projeto do governo que presta serviços em locais físicos espalhados
pela capital e interior. São Paulo ainda conta com o “poupatempo móvel” que presta
mesmo serviços prestados nos pontos fixos através de carretas ou ônibus que percorrem
os bairros e municípios distantes.

2.6.2 Canais Eletrônicos


São canais para interação com o governo através das tecnologias de informação e comu-
nicação, disponibilizando serviços on-line para os diversos públicos que compõem a esfera
do governo eletrônico.
O governo do Canadá apresenta o maior modelo de serviços on-line do mundo, e é
utilizado como referência (Chahin et al., 2004). O Canadá iniciou seus estudos com base
em sugestões dadas pelos próprios cidadãos através do portal http : //www.tbs−sct.gc.ca,
promovendo inclusive a inclusão digital. Esses estudos resultaram em um modelo sólido
para criação dos seus serviços. O portal atualmente http : //www.canada.gc.ca possui
três entradas que foram desenhadas a partir desses estudos: (Chahin et al., 2004) Para os
canadenses, disponibiliza-se o seguro-desemprego, a declaração de impostos, passaportes,
a busca de empregos, pensões, programas para indígenas (fist nations); Para os não-
canadenses, o status de solicitações de cidadania e informações sobre o Canadá; Para
as empresas canadenses, o acesso é permitido para a consulta de registros, fontes de
financiamento, compras governamentais, doações e contribuições e apoio a renda agrícola.
No Reino Unido o órgão responsável pelo Governo Eletrônico era o Ofiice on the
e-Envoy (OeE) 5 , que por quatro anos (1999 a 2004) liderou as políticas de TI. E em
seu quarto e último relatório anual, "UK Online Annual Report", apontou que 2/3 dos
serviços se encontravam disponíveis online (de forma eletrônica). (Pascale, 2005)
O Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), em dezembro de 1999 através da Presi-
dência da República (Pelo presidente da época, Fernando Henrique Cardoso) o programa
SocInfo (Sociedade da Informação) que tinha como visão implementar o e-Gov. Prevendo
ações dos governos federal, estaduais, municipais, junto com a iniciativa privada. Viabi-
lizando um novo estágio de evolução da Internet e aplicando no Brasil, capacitando as
pessoas para pesquisa e desenvolvimento e garantindo os serviços avançados de comuni-
cação e informação. (Chahin et al., 2004).
4
http : //www.centraisdeatendimento.sp.gov.br
5
http://www.e-envoy.gov.uk
2.7. NOVAS TENDÊNCIAS PARA O GOVERNO ELETRÔNICO 12

2.7 Novas Tendências para o Governo Eletrônico


O governo eletrônico é bem mais do que simplesmente um governo informatizado.
Trata-se de um governo aberto e ágil para melhor atender à sociedade de forma ampla
e abrangente. Fazendo uso das tecnologias da informação e comunicação para ampliar a
cidadania, aumentar a transparência da gestão e a participação dos cidadãos na fiscaliza-
ção do poder público além de democratizar o acesso aos meios eletrônicos bem como aos
serviços do governo.

2.7.1 Certidão Digital


A Certidão Digital é sem dúvida um dos caminhos sem volta para todos, onde pode-
remos por exemplo, ter menos fraudes na Internet, tornar ágil o cumprimento dos deveres
do cidadão além de outras coisas. A certidão Digital, trata-se de uma certidão emitida e
assinada digitalmente por um cartório, validada por meio de um certificado digital. Essa
regulamentação é dada pela Medida Provisória de No 2.200-2, de 24 de agosto de 2001.

2.7.2 TV Digital
A TV Digital vem com força como nova tendência para o e-gov, pois é outra forma
de veicular serviços do governo ao cidadão. Onde cada cidadão poderá da comodidade do
seu lar, através da sua TV, ter acesso aos serviços prestados pelo governo.
Analisando o poder computacional que a TV Digital possui podemos ter idéia do que
ela pode vir a oferecer, tanto ao governo quanto ao próprio cidadão, além de dar início a
um novo nicho mercadológico: Desenvolvimento de aplicações para TV. Através de lin-
guagens de programação já conhecidas, como Java por exemplo, será possível desenvolver
softwares (programas) para TV, tais quais os de computador, aumentando dessa forma a
flexibilidade e interatividade da TV Digital. (Java, n.d.)
A implantação da TV Digital no Brasil já é debatida há mais de uma década, desde
o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, testes de campo vêm sendo realizados
entre os trfês sistemas até então em funcionamento (o norte-americano ATSC, o europeu
DVB e o japonês ISDB). Estudos técnicos e mercadológicos também foram realizados para
ajudar na decisão de qual sistema seria mais adequado adotar e ainda em 2002 houveram
especulações em relação a definição do sistema a ser utilizado, porém, frente à chegada
de um novo governo, FHC optou por deixar a decisão nas mãos do novo presidente.
(ABRANET, 2002)
Em Junho de 2006 o governo brasileiro comunicou oficialmente ao governo japonês
a escolha do padrão ISDB de TV digital, ou seja, o SBTVD (Sistema Brasileiro de TV
Digital) que é fruto de uma enorme e coordenada pesquisa envolvendo 105 instituições,
entre universidades, centros de pesquisa, indústrias e emissoras, seguira o padrão japo-
2.7. NOVAS TENDÊNCIAS PARA O GOVERNO ELETRÔNICO 13

nês de transmissão digital, ISBD. O SBTVD almeja suprir todas as nossas necessidades
tecnológicas, mercadológicas e sociais. (Teleco, 2007)
Junto com o advento da TV Digital surge um novo horizonte de possibilidades para as
comunicações brasileiras. A TV Digital não deve ser encarada apenas como uma simples
melhoria no modo de armazenamento, tráfego e recepção de informações da atual TV
Analógica, mas sim de forma ampla e abrangente e de caráter inovador, além disso a
TV Digital poderia ser utilizada como uma plataforma para propiciar a inclusão digital,
atuando como um meio de acesso a serviços de educação, governo eletrônico e correio
eletrônico, entre outros.
A TV digital estreiou dia 02 de dezembro desse ano no Brasil, as transmissões come-
çam pela região metropolitana de São Paulo. As demais capitais começam as transmissões
em dezembro de 2009, e todos os outros municípios, em dezembro de 2013. Inicialmente,
as emissoras continuarão usando também o sistema analógico, que só será desligado no
final de junho de 2016, segundo cronograma divulgado pelo Ministério das Comunica-
ções. (ABERT, 2007)

2.7.3 Mobile Government (M-GOV)


O Mobile Govnerment ou simplesmente m-gov é outra tendência muito forte, porém
bem mais consolidada que as demais citadas, alguns estados do Brasil já fazem uso há
algum tempo desse recurso, temos como bons exemplos os estados do Paraná e Piauí.
(CELEPAR, n.d.; Piauí, n.d.) Uma boa característica do Mobile Government, é a abran-
gência que ele atinge, justamente por fazer uso de dispositivos móveis para disseminação
da informação, trazendo desta forma o cidadão para mais perto do governo, além de
promover inevitavelmente a inclusão digital.
De acordo com Instituto CONIP, a sigla M-Gov vem do inglês Mobile Government,
ou Governo Móvel. Trata-se da oferta de serviços públicos via telefones celulares e outros
equipamentos portáteis, como PDA’s (Personal Digital Assistants ou Assistente Pessoal
Digital)
Desta forma o governo eletrônico será multi-plataforma, ou seja, não será restrito à
web (Páginas de Internet). O uso do telefone celular é certo diz Vagner Diniz, diretor-
executivo do Instituto CONIP. (CONIP, n.d.)
Com base nos dados PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de evolu-
ção de domicílios com telefones, realizado anualmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), temos:
Com base nos dados acima temos crescimento de 19,9 pontos percentuais de 2001 a
2006 em uso de telefones celulares, logo podemos ter um panorama de quanto o país utiliza
só com telefones celulares. Dando novos rumos ao governo para colocar mais cidadãos
6
Até 2003, inclusive a população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
2.7. NOVAS TENDÊNCIAS PARA O GOVERNO ELETRÔNICO 14

2001 2002 2003 2004 2005 2006


Telefone (Fixo ou Celular) 58,9% 61,7% 62,0% 65,4% 71,6% 74,5%
Telefone Fixo e Celular 23,2% 25,9% 27,4% 31,3% 35,8% 35,9%
Telefone Fixo 51,1% 52,9% 50,8% 48,9% 48,1% 46,8%
Telefone Celular 31,1% 34,7% 38,6% 47,8% 59,3% 63,6%
Apenas Celular 7,8% 8,8% 11,2% 16,5% 23,5% 27,7%
Apenas Fixo 27,9% 27,0% 23,4% 17,6% 12,3% 10,9%
Total de Domicílios (milhares) 46.507 48.036 49.712 51.753 53.053 54.610

Tabela 2.1: Evolução de Domicílios com Telefone6

interligados ao governo via celular.


Vendo esses dados por estados temos:

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste


2006 74,5 59,9 53,6 86,0 83,4 81,3
2004 65,4 48,1 41,3 75,8 78,3 72,8
2003 62,0 53,9 37,3 72,0 73,9 67,1
2002 61,6 52,9 37,4 72,6 71,1 64,8
2001 58,9 53,4 35,9 70,6 64,9 59,9
1998 32,0 27,5 18,0 38,5 35,4 36,9
1993 19,8 17,8 10,2 25,4 19,7 20,6

7
Tabela 2.2: Evolução do percentual de domicílios com Telefone (Fixo ou Celular)

O Nordeste alcançou em entre 1993 e 2006 um crescimento de 43,4 pontos percentuais


na evolução de domicílios com celulares ou fixos e esses números vem crescendo a olhos
vistos, não só no nordeste, mas também em todas as regiões do Brasil. Ainda de acordo
como o PNAD entre 2005 e 2006 o Nordeste, com 29,1% juntamente com o Norte, com
34,7% superaram a média percentual nacional de domicílios com apenas telefone celular.
7
Anos anteriores a 2004 não incluem os domicílios na área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Ro-
raima, Pará e Amapá.
2.7. NOVAS TENDÊNCIAS PARA O GOVERNO ELETRÔNICO 15

Abr/07 Dez/07 Mar/08 Abr/08


Celulares 102.8752.36 120.980.103 125.811.063 127.742.756
Pré-Pago 80,85% 80,81% 80,64% 80,62%
Densidade 54,57 63,59 65,90 66,84
Cres. Mês 722.799 4.666.276 1.688.584 1.931.693
Cres. Mês (%) 0,71% 4,01% 1,36% 1,54%
Cres. Ano 2.956.615 21.061.482 23.658.626 24.867.520
Cres Ano (%) 2,96% 21,08% 3,99% 5,59%
Cres. em 1 Ano 12.291.049 21.061.482 23.658.626 24.867.520
Cres. em 1 Ano (%) 13,57% 21,08% 23,16% 24,17%

8
Tabela 2.3: Número de Celulares em Dezembro de 2006

De acordo com ANATEL (Agência Nacional de Telefonia), o Brasil terminou 2006 com
pelo menos 99,92 milhões de celulares e uma densidade de 53,2 cel/100 hab. O crescimento
no ano foi de 15,9% com adições líquidas de 13,7 milhões de celulares. Em Abril de 2008
o números de celulares no Brasil chega a quase 128 milhões de celulares, um crescimento
de aproximandamente 27,8 pontos percentuais em pouco mais de um ano.
Com o evidente crescimento de cidadãos com celular o Brasil toma novos rumos e parte
para soluções na mobilidade de disseminação de conteúdo e informação, desde empresas
privadas a setores públicos passam a utilizar esse modelo rápido e viável.
Além da mobilidade o uso desses equipamentos para disseminação da informação, pos-
suem custo relativamente baixo para o usuário final, através da utilização de tecnologias
como SMS (Short Message Service ou em português, Serviço de Mensagens Curtas mais
conhecido como torpedo), WAP (Wireless Application Protocol ou em português Proto-
colo de Acesso Sem Fio) e do J2ME (Java to Micro Edtion, aplicação feita através da
linguagem Java para dispositivos móveis.

2.7.4 Estradas Digitais


As estradas digitais oferecem serviços avançados de informação principalmente às ca-
madas C, D e E da sociedade, por meio de mais de 3 mil unidades de comunicação (antenas
VSAT e modens que permitem a conexão à internet de alta velocidade via satélite) fun-
cionando em escolas rurais, unidades militares localizadas em fronteiras e comunidades
indígenas. Estima-se que mais de 4 milhões de pessoas estão sendo atendidas pelo Gesac -
Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão , por meio de 22 mil terminais
conectados a uma ampla rede nacional. Entre outros serviços oferecidos pelo programa
8
Celulares ativos na operadora. Densidade calculada com a projeção de população do IBGE para o
mês respectivo.
2.7. NOVAS TENDÊNCIAS PARA O GOVERNO ELETRÔNICO 16

estão hospedagem de páginas na internet, fornecimento de endereço eletrônico gratuito e


loja virtual de produtos locais. (Knight, 2004)

2.7.5 Cidades Digitais


Também conhecidas como City Cloud, Digital City ou Wireless City, as cidades
digitais vêm cada cada vez mais ganhando força no cenário mundial como ferramenta
de desenvolvimento socioeconômico e inclusão digital, disponibilizando acesso de Internet
wireless para os cidadãos, polícia, bombeiros, funcionários da prefeitura, atendimento de
saúde, serviços de emergência, atendimento social ao cidadão, recolhimento volante de
impostos da prefeitura, turismo, inclusão digital, bibliotecas volantes, monitoramento de
segurança através de camêras wireless. Prado (2005)
Como bons exemplos temos as cidades de Piraí e Rio das Flores no Estado do Rio de
Janeiro com os respectivos projetos Piraí Digital e Rio das Flores Digital. (Teleco, 2007)

2.7.6 Infovias Digitais


Na prática, Infovias Digitais são estradas, que ao invés de servir para o transporte de
pessoas e veículos, servem para transportar dados e informações. As Infovias Digitais são
o alicerce para o surgimento das Cidades Digitais
De acordo com (Pequeno & de Q. M. Peixoto, 2002) as Infovias nada mais são que
estradas eletrônicas que permitem o trânsito de informações na forma de imagem, som e
texto entre diferentes regiões.
Vários estados do Brasil estão criando seus projetos de infovias para diminuir gastos
com a transmissão de dados, som e imagem. Projetos como a Rede Governo do estado de
Sergipe, que permite a interconexão dos órgãos estaduais, com redução de até 40% dos
custos, estão favorecendo ao atendimento de um maior número de cidadãos e instituições.
(Sergipe, n.d.)
De acordo com ATI (Agência Estadual de Tecnologia da Informação de Pernambuco),
a rede PE-Multidigital levará os serviços direto ao cidadão com a implantação de 12 (doze)
salas de videoconferência (sendo 03 grandes para a região metropolitana e 09 mini salas
de reunião para os interiores), com instalação de 50 espaços para a cidadania digital e
instalação de duas unidades de atendimento, para atender 50.000 (Cinqüenta mil) cidadãos
por mês, democratizando os acessos dos pernambucanos, totalizando uma redução de 53%
nos gastos. (ATI, n.d.)
Em São Paulo eles desenvolveram e já esta em prática desde junho de 2001 o projeto
Intragov 9 onde se dispõem de uma infra-estrutura única de comunicação, em implantação
9
Rede IP Multiserviços
2.7. NOVAS TENDÊNCIAS PARA O GOVERNO ELETRÔNICO 17

pelo governo, que cobrirá todo estado, podendo ser compartilhadas por diferentes órgãos
públicos. (INTRAGOV, n.d.)
Capítulo 3

Tecnologia da informação e
comunicação no Estado de Alagoas

3.1 Introdução
O Instituto de Tecnologia em Informática e Informação - ITEC nasceu a partir de um
Núcleo de Informática, criado em 1977, através de um convênio firmado entre o Serviço
Federal de Processamento de Dados – SERPRO e o Governo do Estado de Alagoas. Em
1980, com o término do convênio, foi fundado o Instituto de Processamento de Dados
- IPD, por intermédio do SERPRO, em ação conjunta com a Secretaria Executiva de
Planejamento e Orçamento do Estado de Alagoas. A criação constituía uma ação de im-
plantação de serviços voltados para Órgãos da Administração Direta e Indireta, Fundações
e Empresas instituídas pelo Poder Público de forma isolada ou conjunta.
De acordo com Pascale (2005), a tecnologia da informação ainda não representava um
papel tão estratégico nas organizações. Atendendo apenas funções computacionais que se
restringiam aos processos de contabilidade e folha de pagamento.

3.1.1 Instituto de Tecnologia em Informática e Informação do


Estado de Alagoas – ITEC
O ITEC vincula todas as suas atividades financeiras e administrativas direto à Secre-
taria de Estado de Planejamento e Orçamento (SEPLAN) e tem suas finalidades dispostas
em onze incisos do segundo artigo da Lei Estadual 6.313/02, as principais são:
• II – promover a informatização dos órgãos governamentais, assessorando-os na exe-
cução dos programas e projetos de modernização Institucional e na utilização da
tecnologia da informática e informação;

• V – planejar e coordenar as atividades de implantação e manutenção do Sistema


Estadual de Informações – SEI;

18
3.1. INTRODUÇÃO 19

• VIII – avaliar e coordenar a implantação da tecnologia de conectividade de redes de


comunicação de dados, voz e imagem – Rede Multiserviços do Estado - ALANET,
de redes de microcomputadores e demais formas de interação eletrônica nos órgãos
governamentais, promovendo a descentralização dos procedimentos operacionais e a
integração das ações setoriais e intersetoriais;

• IX - hospedar, manter e gerir a infra-estrutura tecnológica dos sistemas corporativos


estaduais da administração financeira, do orçamento público, da gestão de pessoal,
do acompanhamento e gestão governamentais, da Rede Multiserviços do Estado -
ALANET e do provedor Internet do Estado;

O ITEC trabalha diretamente no cunho estratégico da disseminação da inovação pú-


blica, da inclusão digital através de uma rede que interliga todo o estado. A ALANET
é uma rede de alta velocidade que interliga computadores e redes de comunicação de da-
dos, voz e imagem do Executivo Estadual e demais Poderes interessados, permitindo ao
usuário, o acesso às informações e serviços de toda a administração pública estadual nos
pontos mais distantes e de difícil localização do Estado.
Com o barateamento e a facilidade do acesso dos usuários ao micro computador, em
paralelo foi crescendo e ganhando espaço a telecomunicação, tornando o uso da internet
mais barato e acessível, elevando exponencialmente seu uso pelos cidadãos, de acordo com
o Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.BR) 8,50% do nordeste possui computadores
em casa, em pesquisa feita no período de julho/agosto de 2006 e em pesquisa em 2007
esse percentual subiu para 11% , mesmo registrando o pior índice do país obteve um
crescimento de 2,5% ao ano.
Com base no cenário atual, podemos afirmar que a tecnologia da informação e co-
municação pública vêm dando passos largos diante a sociedade alagoana, promovendo
desenvolvimento através de projetos como: Fábrica de Sítios, Móvel, trazendo assim o
cidadão pra mais perto do governo e aumentando o nível de inclusos digitalmente. O
estado de Alagoas aprimorou os serviços para o cidadão através da internet, disponibili-
zando informações através de portais institucionais e também através de seus sistemas de
informação.

3.1.2 Plano Plurianual - PPA


Para entendermos melhor o que o ITEC vem fazendo, devemos ter conhecimento
sobre o Plano Plurianual (PPA), que foi instituído pela Constituição Federal de 1988,em
compatibilidade com as políticas e metas fiscais de cada ente da Federação Brasileira. O
parágrafo 1o , do Artigo 165, especifica o que deverá estabelecer o Plano Plurianual - as
diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as despesas de capital e
outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada.
3.2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ITEC 2008-2011 20

3.2 Planejamento Estratégico ITEC 2008-2011


Possuindo ligação com a Lei Orçamentária Anual do Estado de Alagoas (Lei 6.836/2008)
e o Plano Plurianual (Lei 6.923/2008), contribuindo com o processo de implantação da
política de qualidade da organização.

Figura 3.1: Instrumentos de Planejamento

Ouvir, contribuir, emitir opniões, propor, defender os objetivos de cada plano de ação,
sempre apresentando os resultados alcançados, também faz parte do planejamento. Uma
comissão foi criada sob a portaria 004/2008, ela é composta de um presidente e seus
consultores, eles possuem as atribuições de planejar, acompanhar e conduzir no âmbito
do ITEC todas as ações relativas a elaboração e implantação do ciclo de planejamento
interno, desde o planejamento estratégico até a sua transformação em planos de ações
(operacionais), assim como o acompanhamento permanente da sua implantação e sua
vinculação ao Plano Plurianual 2008/2011
No mês de abril foi criada uma metodologia de acompanhamento de projetos e foi
estudado uma ferramenta web para auxiliar nesse processo, que logo em julho foi colo-
cado em produção o SGProject, que passou a ser utilizada para acompanhamento de os
projetos, fornecendo informações estratégicas aos gerentes e demais membros do projeto.
3.3. INFRA-ESTRUTURA PARA O GOVERNO ELETRÔNICO EM ALAGOAS 21

Figura 3.2: Visualização dos projetos com o SGProject

O ITEC termina o ano com 11 projetos prioritários, focados em ações estruturantes,


concentrando esforços e recursos, reforçando o papel das ações que visam atender ao
planejamento estratégico da instituição.

3.3 Infra-Estrutura para o Governo Eletrônico em Ala-


goas
Para acompanhar o crescimento mundial do e-gov e seguir promovendo soluções e a
inclusão digital de forma direta e indireta a população, o estado de Alagoas vem inves-
tindo pesado em infra-estrutura física, equipamentos de hardware e capacitação. Sempre
buscando tomar como base casos já consolidados de sucesso, como por exemplo a CELE-
PAR (Companhia de Informática do Paraná), que é uma entusiasta do e-gov e já vem há
um bom tempo modernizando a administração pública do estado do Paraná.

3.3.1 Consolidação da Infovia Al@net e o Projeto Infovia Digital


Alagoas
A Alanet (Al@net) é a rede de alta velocidade de comunicação de dados, voz e imagem
do estado de Alagoas, criada sob o decreto no 954 de 07 de novembro de 2002, ela foi
instituída com intuito de interligar todos órgãos e entidades da administração direta
ou indireta do poder executivo estadual, além de ser o alicerce de toda estrutura de
comunicação de dados do governo do estado de Alagoas. Ela dispõe de 300 pontos de
acesso, distribuídos em 73 municípios do estado de Alagoas, garantindo o acesso aos
sistemas do estado. Em breve a Al@net será substituída por uma nova rede de alta
velocidade - a Infovia Digital Alagoas.
3.3. INFRA-ESTRUTURA PARA O GOVERNO ELETRÔNICO EM ALAGOAS 22

Figura 3.3: Área de Cobertura da Alanet

A Inforvia Digital Alagoas será a nova solução integrada de dados, imagem e voz
através de tecnologias convergentes de serviços de TIC e TELECOM (Telecomunicação)
que interligará todos os municípios do estado.

Figura 3.4: Visão da Infovia

A Infovia Digital trará um desenvolvimento socio-econômico para Alagoas com redu-


ção de custos com gestão integrada e modernização tecnológica, contratação focada em
serviços, aplicação de quantidade e qualidade dos serviços de TIC, infra-estrutura para
inclusão digital e governo eletrônico, agilização dos atendimento das demandas reprimidas
com a indução para o desenvolvimento de áreas que a Alanet não tinha suporte.
3.3. INFRA-ESTRUTURA PARA O GOVERNO ELETRÔNICO EM ALAGOAS 23

3.3.2 O Projeto Datacenter corporativo do Estado de Alagoas


De acordo com Jayaswal (2005), em tecnologia da informação (TI), é a infra-estrutura
física de hardware que é utilizado para interligar computadores e usuários. Infra-estrutura
inclui a rede de equipamento, servidores, mídias de armazenamento, cabos, com e sem fios,
antenas, roteadores, switches e outros dispositivos que compõem a transmissão e caminhos
dispositivos em ambas as extremidades. Infra-estrutura inclui também o software utilizado
para armazenar, gerenciar, enviar e receber dados e os sinais que são transmitidos.
Pinheiro (2008) define Datacenter como sendo uma modalidade de serviço de valor
agregado que oferece recursos de processamento e armazenamento de dados em larga es-
cala para que organizações de qualquer porte e mesmo profissionais liberais possam ter ao
seu alcance uma estrutura de grande capacidade e flexibilidade, alta segurança, e igual-
mente capacitada do ponto de vista de hardware e software para processar e armazenar
informações.
O ITEC, possui funcionando no datacenter 7 (sete) serviços nesta fase de adaptação e
observação e com mais 02 (dois) serviços em implantação de seu rendimento, o datacenter
é composto por um cluster (um conjunto de computadores interligados por algum tipo de
tecnologia de rede, e que realizam um trabalho de forma coordenada, dicionário michelis)
com 16 servidores e boa parte era mantidos em um mainframe logo tendo em vista a
complexidade do ambiente e suas inter-comunicações nasceu a necessidade de ter um
datacenter.
No começo da evolução de conceitos e tecnologias era todos trabalhados em main-
frames, descrevido por Pinheiro, na década de 1970, quando os sistemas mainframe erm
utilizados em grande escola, o conceito de DataCenter era muito conhecido como "Bureaux
de Serviços".
Hoje os serviços que o ITEC administra no datacenter:

• Siplag (Sistema de Planejamento e Gestão);

• Zope (Servidor de aplicações);

• Expresso Livre Alagoas (Solução integrada de correio eletrônico, agenda e catalogo


de endereços);

• Help Desk ;

• Sistema RH;

• Comunidade Virtual de Alagoas 1 ;


1
http://comunidade.al.gov.br
3.3. INFRA-ESTRUTURA PARA O GOVERNO ELETRÔNICO EM ALAGOAS 24

2
• Webmail (Solução correio eletrônico).
Em fase de implantação:

• Siged;

• ALCompras.

Com mais serviços que serão aos poucos colocados na fase de implantação, todos por
ordem de prioridade.
O datacenter contará com um ambiente integrado com modernos recursos de hardware
e software para processamento, transmissão e armazenamento de dados em larga escala
com as seguinte características: ambiente de redundância (infra-estrutura física e tecnoló-
gica duplicada). interligação com seus clientes com acesso a suas informações hospedadas
em alta velocidade, funcionamento em tempo integral, alta disponibilidade, com ambinete
gerenciado 24 horas 7 dias por semana, com equipe técninca e recursos de manutenção
pró-ativa, dispositvos de monitoramento de incidentes e problema para solucionamento
pró-ativo garantindo a disponibilidade do serviço, armazenamento de servidores de grande
porte (Mainframes) e perqueno porte (arquitetura risc e cisc), storages, e solução de cópias
de segurança (backups).

3.3.3 Fábrica de Software e de Sistemas


O projeto Fábrica de softwares foi bastante trabalhado no ano de 2008, com parcerias
junto a PRODERJ (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do
Rio de Janeiro) e a UNCISAL (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas)
com a contribuição de suas experiência e trajetos realizados.
Com a base no MDS (Método de Desenvolvimento de Sistemas) da PRODERJ, o
ITEC esta consolidando o seu próprio MDS, utilizando a experiência de outros estados
e utilizando os pontos de sucesso de cada para a produção da Fábrica de Software e de
Sistemas.
De acordo com a Proderj, Na sua visão macro ela ver no seu como ciclo 06 (seis) fases
da estruturação do método, que são:

1. Abertura do Projeto, documento inicial contendo uma visão global do sistema a ser
desenvolvido;

2. Definição de Requisitos, levantamento global de todos as necessidades dos usuários,


identificando principalmente os sistemas existentes envolvidos;

3. Ante Projeto, executado por módulosm caracteriza-se pela representação lógica do


sistema proposto;
2
Aos poucos está sendo substituída pelo Expresso Livre Alagoas.
3.3. INFRA-ESTRUTURA PARA O GOVERNO ELETRÔNICO EM ALAGOAS 25

4. Especificação, também executado por módulos, caracteriza-se pela representação


física do sistema proposto;

5. Construção, elaboração dos códigos dos programas do módulo e os respectivos testes,


gerando partes integradas dos aplicativos;

6. Implantação, disponibilização, por módulos, das partes integradas dos aplicativos


para os usuários finais.

No seu MDS esta contemplando o desenvolvimento de sistemas em PHP e MySQL


que são softwares livres, a estrutura paralela do MediaWiki e sempre acompanhando em
um SAA (Sistema de Acompanhamento de Atividade).

Figura 3.5: Detalhamento de documentos gerados através dos eventos das atividades do
MDS/PRODERJ

Evento / Nome do Evento : Corresponde ao nível mais baixo de detalhamento da


atividade;

Artefato / Documento : Folha de estilo, modelo de documento, modelo de relatório,


etc, correspondendo a um padrão pré-estabelecido.

Suporte / Software : Aplicativos que podem ser utilizados a fim de levar adiante a
documentação ou preenchimento do artefato.

Responsável / Tipo de Recurso :

• GP - Gerente do Projeto;
• CL - Cliente;
• AN - Analista de Negócio;
• AS - Analista de Sistemas;
• DS - Designer;
• AD - Administrador de Dados;
• PG - Programador;
• DC - Documentador.
3.3. INFRA-ESTRUTURA PARA O GOVERNO ELETRÔNICO EM ALAGOAS 26

O/E : Indica a metodologia Orientado a Objetos ou Análise Estruturada que nortei o


preenchimento do artefato.

Com base nesse preambulo a Fabrica de software atuará na elaboração de metodologia,


processos de análise, desenvolvimento e sustento para sistemas corporativos e especialistas
para o governo como a exemplo da proderj, com suporte para o desenvolvimento em lin-
guagens como java, php, .net, python, evoluindo para um ambiente de interoperabilidade,
integrando os sistemas corporativos.
Para ajudar na decisão de qual plataforma utilizar foi criado um workflow padrão.

Figura 3.6: Workflow Fabrica de Softwares e Sistemas

Um ponto fortíssimo do projeto Fábrica de Softwares e de Sistemas, foi a parceria com


a UNCISAL.

3.3.4 Fábrica de Sítios


A Fábrica de Sítios visa padronizar os componentes de recursos humanos, tecnológicos
e de processos de gestão de portais da informação e serviços. Mediante este alinhamento,
3.3. INFRA-ESTRUTURA PARA O GOVERNO ELETRÔNICO EM ALAGOAS 27

o Estado de Alagoas está oferecendo a sociedade um modelo único de disseminação de


informações e serviços públicos. Todos os portais desenvolvidos com base em estudos de
usabilidade, acessibilidade e sempre utilizando as melhores práticas de gerenciamento de
conteúdo. Este tópico será abordado com mais ênfase no próximo capítulo.
Capítulo 4

Projetos Desenvolvidos pelo ITEC

4.1 Introdução

4.2 A Fábrica de Sítios


A Fábrica de Sítios visa padronizar os componentes, desde recursos humanos a gestão
de portais da informação e serviços. Tal necessidade nasceu com a evolução do governo
eletrônico e novos paradigmas de estruturação de layouts de páginas web, priorizando
manter a identidade do estado ao qual o portal representa.
Essa tendência foi assumida pelo Estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Per-
nambuco, Minas Gerais entre outros. Em Alagoas o projeto foi totalmente definido nesses
3 últimos anos e amadurecido, sendo aos poucos colocado tais padronizações nos portais
governamentais confeccionados pelo ITEC.
Toda a parte de suporte aos gestores de conteúdo dos portais é oferecida: Desde
treinamentos a encontros, como é o caso o Encontro dos Gestores de Sitios Governamentais
1
, sempre tratando do Governo Eletrônico e suas tendências, com palestras ministradas
pelos técnicos do ITEC tendo inclusive o apoio da Secretaria de Logistica e Tecnologia da
Informação - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Os gestores contam ainda com a Comunidade Virtual do Governo do Estado de Alagoas
2
, utilizando-se deste canal para tirar suas dúvidas, amadurecer seus conhecimentos com
dicas e tutoriais. Outro canal que eles podem utilizar é de uma lista de gestores mantidas
entre os técnicos envolvidos na Fábrica de Sitios, estreitando laços e sanando dúvidas que
aparecem naturalmente.
1
http : //www.itec.al.gov.br/sala − de − imprensa/eventos/eventos − do − itec/2008/ii − encontro −
gestores − de − sites − e − portais − governamentais/
2
http : //comunidade.al.gov.br/

28
4.2. A FÁBRICA DE SÍTIOS 29

4.2.1 Sua estruturação


A fábrica de sítios é um modelo inovador de gestão de projetos no âmbito do Poder
Executivo do Estado de Alagoas voltado ao desenvolvimento dos sítios e portais estaduais.
O seu portifólio é formado atualmente por 43 (Quarenta e três) portais institucionais do
governo com mais 08 (oito) em processo de confecção.
Todos os portais são confeccionados com softwares livres, que são:

• Plone: Sistema de Gerenciamento de Conteúdo CMS, Content Management Sys-


tem;

• Zope: Servidor de aplicações web Open Source escrito na linguagem Python. Zope
significa "Z Object Publishing Environment- Ambiente de Publicação de Objetos;

• Python: Linguagem de programação de alto-nível interpretada, interativa, orien-


tada a objetos, de tipagem dinâmica e forte), dentre outras;

• PostgreSQL: Sistema gerenciador de banco de dados objeto relacional (SGBDOR)


desenvolvido como projeto software livre.

A parte de gerenciamento dos trabalhos no projeto fábrica de sítios é utilizando as


melhores práticas de gerenciamento de projetos, PMI (Project Management Institute) e
o IPMA (International Project Management Association).

4.2.2 Processos, Tecnologias e Recursos Humanos


A gestão de pessoas mais conhecida como conhecida como recursos humanos é a chave
do sucesso ou do fracasso das estratégias inovadoras de uma organização. Se os proces-
sos e a tecnologia são necessários para transformar uma empresa, é importante também
lembrar que são as pessoas que dão vida a esses aspectos. Para facilitar o intercâmbio de
informações entre as partes envolvidas, são utilizadas ferramentas de colaboração como
listas de discussões e afins, com o intuito de promover melhor interação sobre assuntos
relacionados aos projetos que vão de dúvidas, informações até pedidos de ajuda, trocando
experiências e sanando a maiorias da perguntas dos gestores de sites governamentais.
Com a utilização de comunidades são formados grupos formais ou informais de in-
teresse comum, proporcionado o veículo e o contexto para facilitar a transferência de
melhores práticas e o acesso aos especialistas, bem como utilizando os modelos de conhe-
cimento e das lições aprendidas.
A gestão tecnológica da Fábrica de Sítios é a essência do negócio, desde a estrutu-
ração de novos portais a extração e codificação de informações. Todo esse potencial na
gestão desta tecnologia consiste em num conjunto de práticas relacionadas a estruturação
de portais ou outros sistemas informatizados que capturam e difundem conhecimento e
4.2. A FÁBRICA DE SÍTIOS 30

experiência entre trabalhadores/departamentos. Todo o processo da gestão tecnológica


passa por um workflow 3 , que têm praticas ligadas ao controle da qualidade da informação
apoiado pela automação do fluxo de todo documento e informação sem ter o problema de
esbarrar em burocracia Sendo o workflow uma ferramenta indispensável e fundamental em
um ambiente de gestão de conteúdo, permitindo a criação descentralizada de informações
e conhecimento, bem como a centralização de sua auditoria e gestão de qualidade.

4.2.3 Metodologia de gestão


A Fábrica de Sítios utiliza em todos os seus projetos, conceitos de Arquitetura da In-
formação, visando proporcionar em seus produtos uma navegação objetiva pelas seções do
portal, assim como oferecer elementos de funcionalidade, usabilidade e clareza, utilizando
das tecnologias mais adequadas para cada tipo de conteúdo a ser exibido.
A utilização de ferramentas de colaboração, portais e intranets, faz parte de um con-
junto de práticas relacionadas a estruturação de portais e/ou outros sistemas informati-
zados que capturam e difundem conhecimento e experiência entre trabalhadores/depar-
tamentos.
A essência da Fábrica de Sítios é a gestão de portais institucionais, a estruturação
desses ambientes consiste na extração e codificação de informações, criação de novos
serviços e integração dos portais de informações aos sistemas corporativos do estado.
A Arquitetura da Informação permite ao gestor do portal, oferecer ao seu público
um verdadeiro "mapa interativo"de navegação do portal. Além de proporcionar uma
navegação objetiva e intuitiva, alguns recursos fundamentais são inseridos no contexto do
portal como:

• Ferramenta de busca simples e/ou avançada

• Barra de navegabilidade (Mostrando onde o usuário encontra-se no portal, de onde


ele veio e para onde ele pode ir)

• Conteúdos auto-explicativos

• Parâmetros de interface que contextualizem a área temática do portal

• Tecnologias compativeis com diversos dispositivos de acesso a internet

• Recurso de "mapa do site". Seção onde o usuário pode visualizar todas as seções
do portal, podendo acessar qualquer uma delas a partir desta página.

• Estruturação correta dos conteúdos em seções e sub-seções.


3
Palavra da língua inglesa que significa fluxo de trabalho
4.2. A FÁBRICA DE SÍTIOS 31

Aplicando estes conceitos, a Fábrica de Sítios vem proporcionando aos Portais de Infor-
mações e Serviços do Pode Executivo do Estado de Alagoas, diversos componentes que
resultam numa melhoria significativa da qualidade do relacionamento entre o governo e a
sociedade.
Tais fatores trouxeram ao estado de Alagoas duas premiações em modelo de governo
eletrônico, tais foram:

• Prêmio TI&Governo 2006 em e-Democracia;

• Prêmio e-Gov 2007 em e-Governo.

4.2.4 Sua Consolidação


A consolidação da fábrica de sítios veio junto com a necessidade do governo alagoano
se adequar a padrões visais que chamamos de identidade visual facilitando ao cidadão
identificar do que se trata o portal, localizar e usufruir do conteúdo que ele necessita.
Tais itens de padronização foram homologados pela resolução da CONEIP de no 006
de 05 de Setembro de 2006, onde antes desta data tinhamos um cenário dos sites gover-
namentais:

• Informações alimentadas manualmente, pelo webmaster ;

• Ausência de padrões institucionais;

• Recursos amadores de desenvolvimento e exibição de conteúdos;

• Ausência de preocupação com a harmonização das cores do site;

• Ausência de preocupação com a qualidade das imagens;

• Sites com excesso de animações, desviando o foco dos usuários nas informações
disponibilizadas.

Alguns portais governamentais até 2006


4.2. A FÁBRICA DE SÍTIOS 32

Figura 4.1: Sítio do Gabinete Militar do Governador até 2006

Figura 4.2: Sítio Visite Alagoas da Secretaria de Turismo até 2006


4.2. A FÁBRICA DE SÍTIOS 33

Figura 4.3: Sítio do Procon até 2006

Figura 4.4: Sítio da Ouvidoria do Estado até 2006

Podemos identificar claramente nestes portais que não há uma boa diagramação, orga-
nização e nem há harmonia, de acordo com Costa (2008), a hamonização tem princípios
fundamentais como similaridade, familiaridade, equilíbrio, ordem e ambigüidade. Tam-
bém é ponto pacífico que não há nenhuma padronização entre estes portais, cada um
escolhendo sua cor, sua forma de disposição de conteúdo e sem nenhuma identificação de
que se trata de um sítio governamental, dificultando o acesso e a busca de informações
por parte da população.
4.2. A FÁBRICA DE SÍTIOS 34

Desde de 2006, com a implantação da Fábrica de Sítios o ITEC conseguiu a realização


de algumas ações:

• Criação de critérios de padronização institucional;

• Criação dos sítios a partir de um modelo de padronização;

• Realização de avaliações periódicas de qualidade;

• Criação do papel do “gestor de conteúdo”, Pessoa responsável pelo conteúdo do sítio


;

• Criação do Recurso “Governo a um clique” ; Recurso que reuni a URL4 de todos os


sítios governamentais;

• Elaboração de endereços eletrônicos intuitivos, facilitando a “descoberta” dos sites


governamentais;

• Melhor qualidade de imagens e conteúdos disponibilizados;

• Preocupação com a arquitetura das informações, navegabilidade, usabilidade e aces-


sibilidade;

• Gestão integrada de estatísticas de acesso e comportamento do usuário nos sites


governamentais;

• Ampliação de canais de contato do usuário com o Governo (Fale Conosco e contato


das instituições no rodapé dos sites).

A figura abaixo mostra um exemplo de padronização:


4
Uniform Resource Locator - Endereço eletrônico dos sítios
4.2. A FÁBRICA DE SÍTIOS 35

Figura 4.5: Fabrica de Sítios - Padronização

Com a padronização também foi possível trabalhar com registros de acessos de cida-
4.2. A FÁBRICA DE SÍTIOS 36

dãos atrás de informações, visualizadas através da ferramenta Google Analytics 5 gerando


informações relevantes na tomada de decisões para melhoria do portal, como qual con-
teúdo deve ser dado mais destaque; a qual o item que foi pesquisado através da busca
dentro do portal, dentre outros.

Figura 4.6: Google Analytics ferramenta de apoio à Fábrica de Sítios

Como podemos observar na figura seguinte, a partir das informações geradas é possível
5
http://www.google.com/analytics/pt-BR/
4.2. A FÁBRICA DE SÍTIOS 37

serem extraídos relatórios consolidados de todos portais hospedados e desenvolvidos pelo


ITEC, fazendo um comparativo entre os mesmos.

Figura 4.7: Relatório de acesso aos sitios mês de outubro de 2008


4.3. PORTAL DA TRANSPARÊNCIA RUTH CARDOSO 38

4.3 Portal da Transparência Ruth Cardoso


O Portal da Transparência Ruth Cardoso 6 é uma ferramenta de democracia, onde
podem ser vistos os gastos e receitas do governo. Este modelo de disponibilidade dos gastos
públicos já existe existe em outros estados, como Pernambuco e em uma esfera maior que
é o Governo Federal. Entretanto, o Estado de Alagoas destaca-se pela iniciativa pioneira
em disponibilizar informações referentes a todos os Poderes Constituídos, onde nos demais
Estados, apenas as informações referentes ao Poder Executivo ficam disponíveis
O cidadão poderá acompanhar a execução financeira dos programas governamentais
por meio de informações atualizadas referentes à arrecadação estadual, bem como àque-
las referentes aos gastos realizados pelo governo em compras ou contratação de obras e
serviços.
O portal da transparência foi instituído pela lei 6.971 de 2008 7 , onde a lei afirma que:
o cidadão acessa aos dados e informações detalhadas sobre a execução orçamentária e
financeira do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário e ainda do Mi-
nistério Público e do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, essa lei foi regulamentada
pelo Decreto 4.049 de 04 de setembro de 2008 8 .
O Portal da Transparência Ruth Cardoso utiliza o banco de dados PostgreSQL para
armazenamento dos dados que são oriundos da Secretaria de Estado da Fazenda através
do sistema SIAFEM (Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e
Municípios). O layout do sítio segue as normas de padronização para sítios estaduais
utilizados pela Fábrica de Sítios - ITEC
6
http : //www.portaldatransparenciaruthcardoso.al.gov.br
7
http : //www.gabinetecivil.al.gov.brlegislacao/leis−gabinete/ordinarias/2008/Lei%20no%206.971%2C%20de%
8
http://www.gabinetecivil.al.gov.br/legislacao/decreto/2008/Decreto%20no%204.049%2C%20de%2004.09.08.pdf
4.3. PORTAL DA TRANSPARÊNCIA RUTH CARDOSO 39

Figura 4.8: Portal da Transparência Ruth Cardoso

O cidadão tem amplo acesso às informações contidas no portal, bem como pode sugerir
novas funcionalidades. A título de exemplo, as funcionalidades de gerar arquivos PDF e
planilhas a partir das consultas realizadas e consulta com agrupamento de despesas por
credor foram desenvolvidas após sugestões dos usuários.
4.4. A PROVA DE CONCEITO DE PORTAL DO GOVERNO DE ALAGOAS 40

Figura 4.9: Consulta por elemento de despesa

4.4 A prova de conceito de portal do governo de Ala-


goas
O conceito de portal governamental é mais uma tendência que nasceu com o governo
eletrônico, tais conceitos foram trabalhados observando os portais governamentais de ou-
tros estados como São Paulo 9 , Rio de Janeiro 10 , Ceará 11 , Piauí 12 , Pernambuco 13 ,
Espírito Santo 14 entre outros, sempre trabalhando a forma de como eles disponibilizam
seus serviços, tanto os presenciais como os on-line.
9
http : //www.saopaulo.sp.gov.br
10
http : //www.governo.rj.gov.br
11
http : //www.ceara.gov.br
12
http : //www.piaui.pi.gov.br
13
http : //www.pe.gov.br
14
http : //www.es.gov.br
4.4. A PROVA DE CONCEITO DE PORTAL DO GOVERNO DE ALAGOAS 41

Figura 4.10: Portal do Governo de São Paulo


4.4. A PROVA DE CONCEITO DE PORTAL DO GOVERNO DE ALAGOAS 42

4.4.1 Mapeamento de Informações e Serviços Eletrônicos


Para o mapeamento e a disponibilização de informações e serviços eletrônicos nos
sítios governamentais, Alagoas está adotando o conceito do 4W2H 15 , uma adaptação
do 5W2H 16 , técnica amplamente utilizada para a construção de planos de ação. May
(2008) complementa abordando que a técnica do 5W2H não é nova e já foi utilizada,
Marcus Fabius Quintilianus entre os anos 30 e 100 D.C no sentido de "Tratado sobre
Oratória", Quintilianus observou que para o entendimento do público sobre qualquer
tema era necessário um hexágono de perguntas e respostas, tais perguntas seriam:

Figura 4.11: Quadro 5W2H

Para o mapeamento de serviços eletrônicos do Governo do Estado de Alagoas, decidiu-


se suprimir o questionamento Why (Porque?), o porque de ter a ação executada, com o
objetivo de simplificar a coleta de dados e pela dedução que na maioria dos serviços
prestados pelo Governo, o seu "porquê"já é de amplo conhecimento dos usuários. Desta
forma o 4W2H está sendo adotado para fazer o mapeamento dos serviços do estado, onde
cada instituição governamental descreve seus serviços sob esta ótica visando a criação de
um banco de informações para uso do cidadão economizando tempo na procura do que
necessita. Como exemplo deste mapeamento a forma de denúncia eletrônica na forma
4w2h:

Figura 4.12: Serviço de Denúncia eletrônica na forma 4w2h

15
What, When, Who, Where, How e How Much
16
What, Who, Where, When, Why, How e How Much
4.4. A PROVA DE CONCEITO DE PORTAL DO GOVERNO DE ALAGOAS 43

4.4.2 A estruturação da prova de conceito de portal de governo


de Alagoas
Necessidade de centralizar as informações e serviços mais importantes em um portal
governamental representando todo o estado deu início a criação do Portal de Governo
de Alagoas para facilitar o uso do cidadão, foi feito a análise da arquitetura, coletado os
aspectos mais importantes para um interface, é preciso conhecer a base em que estamos
trabalhando, com as características para desenvolver projetos coerentes.
Com essas definições foram trabalhados:

• Definição de fluxos de navegação dos principais processos do Portal

• Posicionamento de elementos funcionais nas páginas do Portal.

• Definição de nomenclatura de seções.

• Definição da tecnologia de interface.

• Aplicação de conceitos de usabilidade e acessibilidade (fundamentais para a facili-


dade de uso de uma interface).

• Estruturação do conteúdo do Portal em seções e subseções.

Com o planejamento da arquitetura da informação, foi desenvolvido uma documen-


tação específica comunicando a solução da interface para o cliente (o governo) e para a
equipe de desenvolvimento.
Nesta fase foram desenvolvidos o mapa do site 17 , fluxogramas de navegação e criação
de wireframes. De acordo com Oliveira (2003), Sua função é estruturar o conteúdo de
cada página, indicando o peso e relevância de cada elemento do layout e sua relação com
os demais elementos formadores do todo e o modelo e especificações funcionais, onde a
partir do wireframe podemos representar toda a parte visual finalizada, além dos tamanhos
exatos dos elementos e dos espaços.
17
divisão hierárquica do conteúdo do site
4.4. A PROVA DE CONCEITO DE PORTAL DO GOVERNO DE ALAGOAS 44

Figura 4.13: Mapa do Site do Portal do Governo

Após o mapa do site foi feito o modelo e especificações funcionais.


4.4. A PROVA DE CONCEITO DE PORTAL DO GOVERNO DE ALAGOAS 45

Figura 4.14: Modelo e especificações relacionais da página inicial do Portal do Governo

Suas especificações funcionais:

Barra Identificadora (Estado de Alagoas) : A marca será, teoricamente, a primeira


percebida pelos visitantes, posicionada em uma área nobre da página. Nesse caso, é o
posicionamento mais adequado localizada na parte superior local de maior destaque,
esse local foi escolhido de acordo com Nielsen & Loranger (2007), o olhos lêem de
cima para baixo da esquerda para direita, logo o posicionamento desta barra foi
para tornar a marca do governo;
4.4. A PROVA DE CONCEITO DE PORTAL DO GOVERNO DE ALAGOAS 46

Busca : Quanto a posicionamento, a área superior das páginas, contida na área exibida
antes da primeira rolagem da página, leva ampla vantagem em termos de freqüência
de utilização;

Navegação Global : A utilização em maior escala da navegação global de forma ho-


rizontal, localizada no topo das páginas, facilita e torna natural a utilização da
navegação local, ou contextual, Nielsen & Loranger (2007) afirma, no início as
pessoas também esperam encontrar elementos de navegação no corpo da página;

Breadcrumbs : Breadcrumbs 18 de acordo com Nielsen & Loranger (2007), ele funciona
melhor se estiver no topo da página. Isso faz com ela seja um acessório, como
número de páginas em livros ou revistas;

Conteúdo Global e Contextual : Localizada na área central, a maior área da inter-


face, é a mais utilizada para exposição de conteúdo;

Para onde eu olho primeiro? : Nielsen & Loranger (2007) diz, a questão do ponto
de foco da página é a homepage (página inicial) entre todas as telas ela deve ter
um ponto mais forte, um ponto principal em que o usuário perceba de imediato por
onde começa a navegação e suas opções de navegação. Sendo assim, foi criado uma
hierarquização e agrupamento de elementos. Ao mesmo tempo em que se reserva
as áreas e se pensa na navegação, deve existir uma preocupação constante com o
agrupamento de informações relacionadas. Ex.: colunas de notícias ou colunas de
conteúdo relacionado. A distribuição dos elementos devem seguir essa lógica. Outro
fator que não pode ser esquecido durante o projeto é a forma como todos esses
elementos e agrupamentos vão funcionar nas páginas internas. É recomendável que
o posicionamento seja semelhante, sem grandes mudanças, para que o usuário não
tenha que aprender a página mais uma vez.

Chamadas para outros conteúdos : Nielsen & Loranger (2007) aconselha que quando
existe uma chamada para o conteúdo relacionado, é interessante pensar na possi-
bilidade de mostrar um pouco desse conteúdo, com link para o restante associado
à esta chamada. É uma abordagem que mostra melhor ao usuário o que ele vai
encontrar do outro lado do link, além de deixar a página mais rica de informação e
dar dicas sobre a freqüência de atualização.

Palavras linkadas e suas cores : Os sites precisam de um guia de cores que dever ter,
no mínimo, cores que diferenciem título de textos, conteúdo e links. Nielsen &
Loranger (2007) diz que é preferível inserir o link em palavras que façam sentido,
que dêem um dica sobre o conteúdo que será encontrado após o clique.
18
Termo utilizado para identificar o caminho ao qual o navegante da página segue
4.4. A PROVA DE CONCEITO DE PORTAL DO GOVERNO DE ALAGOAS 47

Títulos das páginas : Parte de mais relevância em um conteúdo, pois Nielsen & Lo-
ranger (2007) atenta que uma vez que o usuário foi fisgado por uma chamada, é
também de extrema importância que ele consiga identificar o local para onde o link
o levou. Se analisarmos essa questão esta diretamente relacionado ao projeto da
navegação e se o retorno for insuficiente, a estrutura do portal não será entendida,
o que tornará muito mais difícil reconhecer se o link enviou o usuário para o local
desejado. Logo, é imprescindível que haja em cada tela um título da página em
local de destaque;

Oferecendo opções de navegação : Nielsen & Loranger (2007) diz que é bom ofe-
recer outras opções de navegação, logo é elegante e educado oferecer alternativas
de navegação, sugestões de caminhos que podem ser percorridos pelas pessoas após
completaram seus objetivos tornando a navegação mais fluída (como exemplo o uso
dos Breadcrumbs);

Padrão de Cores no Portal : A utilização das cores nos diferentes campos em que seu
emprego tem valor decisivo, não pode ser resolvida arbitrariamente, com base apenas
na percepção estética e no gosto pessoal; As cores utilizadas no Portal transmitem
as seguintes sensações:

• Azul: Segundo Farina (2007) que cita Pastoureau o azul é a cor preferida por
mais da metade da população ocidental. De acordo com Farina (2007) que
cita Heller o azul é a cor mais lembrada quando os ocidentais querem referir-se
à simpatia, à harmonia, à amizade e à confiança;
• Cinza: Farina (2007) também diz que cor neutra, indicando resignação e
neutralidade. Eventualmente pode determinar maturidade;
• Branco: ele também afirma que o branco é Indicando ordem, simplicidade,
limpeza e dignidade.

Imagens randômicas para ilustrar o topo do sítio : O topo constará de imagens


de temas abordados pelo sítio pertencente a Alagoas que a cada acesso essa imagem
será trocada randomicamente;

Banner Rotativo : Concentração de banner para divulgação de qualquer tema que for
pertinente ao sítio, promovendo assim maior visibilidade e interatividade com o
usuário.
4.5. MÓVEL - INFORMAÇÕES E SERVIÇOS VIA CELULAR 48

4.5 Móvel - Informações e Serviços via Celular


Móvel 19 é um projeto de disseminação de informação e serviços do governo do estado
de Alagoas, como descrito no portal móvel, ainda descreve que o projeto prevê a criação
de uma plataforma de governo eletrônico (m-gov - Mobile Government), cujo meio de
disseminação de aplicações e informações são as plataformas de telefonia e aplicações
móveis, como telefones celulares e PDAs. Este projeto pretende oferecer uma suíte de
aplicativos e serviços de m-Governo.

Figura 4.15: Móvel - Tela Inicial

Atualmente com 03 serviços disponíveis:

1. Comunicação social: com a central de informações, onde permite ao usuário consul-


tar através de seu celular diversas fonte de informações e notícias;

Figura 4.16: Móvel - Notícias

19
http : //www.movel.al.gov.br
4.5. MÓVEL - INFORMAÇÕES E SERVIÇOS VIA CELULAR 49

2. Gestão administrativa: com consulta a protocolos e ver o andamento de seu processo


administrativo com apenas a informação do seu número de protocolo;

Figura 4.17: Móvel - Protocolo

3. Trânsito e segurança pública:

Segurança cidadã : O interessado pode consultar se há sinistro de roubo, através


de consulta por placa, desta forma munindo o cidadão de informação precisa
sobre roubos de veículos;
Consulta de veículos : O cidadão através de seu celular pode obter informações
detalhada referente a veículos cadastrados na base do DETRAN, como sta-
tus de licenciamento, valores de taxas, infrações, descrição do veículo, dentre
outros, apenas informando a placa do veículo;
Consulta de condutores : Consultar informações referentes a condutores cadas-
trados na base do DETRAN, como pontuação de CNH, detalhamento de in-
frações, tudo via celular apenas informando o CPF.

Figura 4.18: Móvel - Trânsito e Segurança


Capítulo 5

Considerações Finais

Constatações iniciais sobre este trabalho é de que existe uma grande união de idéias e
conceitos nas concepções escritas sobre o Governo Eletrônico, países como Estados Unidos
e Inglaterra (Reino Unido), já tratam há muito tempo sobre a construção de um governo
só. (Wimmer & Krenner, 2001)
E em Alagoas não seria diferente, literaturas escritas aqui também apresenta muitas
semelhanças entre si, e o estado decide lançar seus programas de governo eletrônico,
ao invés de reinventar a roda, é aceito os paradigmas estabelecidos e espelhando-se em
experiência de países que saíram na frente e no Brasil de Estados como os da região sul.
Além disso, a partir dos modelos de administração estudados neste material, constata-
se que a literatura sobre o assunto, expressa muita semelhança entre si, tem sido ampla-
mente divulgada. As entidades públicas que optam por difundir seus projetos de governo
eletrônico, ao invés de recriar a roda, têm convergido aos paradigmas estabelecidos e têm
se espelhado principalmente os estados "vanguarda"que começaram a aderir as experiên-
cias de países que saíram na frente, como Inglaterra, Singapura ou Estados Unidos.
Observou-se também que é consenso entre os governos internacionais e os do Brasil
que a indispensabilidade dirigir o foco no cidadão, da iminência da migração dos serviços
governamentais para a Web e do aumento na transparência das ações de governo, como
exemplo o Portal da Transparência Ruth Cardoso.

50
Bibliografia

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