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humana Degenerados
O Livro dos Espíritos, Terceira Parte, Capítulo 8, Da Lei do Progresso
794. A sociedade poderia ser regida somente pelas leis naturais sem o recurso das leis
humanas?
Poderia se os homens as compreendessem bem e quisessem praticá-las; então, seriam
suficientes. Mas a sociedade tem as suas exigências e precisa de leis particulares.
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796. A severidade das leis penais não é uma necessidade no estado atual da sociedade?
Uma sociedade depravada tem certamente necessidade de leis mais severas. Infelizmente, essas
leis se destinam antes a punir o mal praticado do que a cortar a raiz do mal. Somente a educação pode
reformar os homens, que, assim, não terão mais necessidade de leis tão rigorosas.
RESUMO
A sociedade poderia ser regida somente pelas leis naturais, sem o recurso das leis humanas, se os
homens as compreendessem bem e quisessem praticá-las; então, seriam suficientes. Mas a sociedade
tem as suas exigências e precisa de leis particulares (LE, 794). Mesmo quando o homem atingir uma
civilização superior e completa, esta não será feita apenas de grandes descobertas tecnológicas e de
invenções sofisticadas, mas em função do desenvolvimento moral do seu povo.
Progredir não é esperar pelo auxílio divino, acreditando o homem que tudo lhe será dado; é
modificar-se através do amor, do trabalho intenso, em um processo dinâmico; não é ficar indiferente às
fragilidades próprias da condição humana ou às condições adversas da natureza. E despertar para a vida
do Espírito, para a conscientização da responsabilidade individual, para a brevidade e finalidade da vida
terrena, como simples instante de trabalho do ser em evolução, o qual deve aprimorar-se ao infinito.
A legislação humana existe, portanto, para salvaguardar o direito dos mais fracos contra os mais
fortes, que abusam de sua condição. A lei natural é imutável e sempre a mesma para todos; a lei humana
é variável e progressiva: somente ela pode consagrar, na infância da Humanidade, o direito do mais
forte (LE, 795).
Em civilizações mais avançadas, as leis do amor e da caridade serão praticadas
espontaneamente. A cupidez, egoísmo e orgulho não serão tão acentuados, pois as preocupações
tenderão a ser mais de ordem moral do que material. Em princípio, haverá o predomínio da bondade, da
boa fé e generosidade, o que permitirá que a inteligência desenvolva-se com mais liberdade e facilidade
de expressão.
Não serão tão expressivos os preconceitos de raça ou de cor, nem de castas, nem de nascimentos
e, portanto, não haverá privilégios, já que tanto os últimos como os primeiros hão de ter os mesmos
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direitos e obrigações. Em tais povos, a justiça não será tão parcial: o fraco encontrará apoio no mais
forte; as crenças e opiniões serão respeitadas. Não haverá tanto sofrimento, nem doença e todos estarão
conscientes de que a felicidade decorrerá do merecimento de cada um.
No entanto, somente a educação e o conhecimento das leis de Deus, desde a infância, serão
capazes de direcionar o homem para atingir tal grau de progresso através da prática do bem e, assim, as
leis não precisarão ser tão rigorosas. Isso acontecerá naturalmente pela força das circunstâncias e com
ajuda de indivíduos que se elevam acima da maioria e conduzem a humanidade no caminho da
perfeição.
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