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CANTIGAS, HISTÓRIAS E IDENTIDADE INDÍGENA NA FESTA DO

MOQUEADO DO POVO GUAJAJARA.

Alíria Wiuira Benícios de Carvalho (bolsista PIBIC/CNPq),


Prof. Dr. Elio Ferreira de Souza (orientador)
INTRODUÇÃO

O estudo da literatura e cultura indígena vem ganhando espaço na sala de aula após a Lei nº 11.463,
de 10 de março de 2008, sancionada pelo Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, que
torna “a inclusão obrigatória nos currículos das escolas pública e particular de Nível Fundamental e
Médio, o ensino de História e Cultura do Indígena Brasileiro.”
A cultura indígena é um objeto de estudo passível de muitas dúvidas na assimilação dos conceitos e
práticas pedagógicas, considerando-se a diversidade cultural e as diferentes nações indígenas, com
suas devidas peculiaridades. Assim se faz necessário o entendimento das diferenças de cada tribo,
valores, costumes e representações. É preciso saber o que e como ensinar, e ter o conhecimento
necessário a respeito da cultura das nações indígenas brasileiras.

O presente Projeto visa ao estudo da memória histórica e da identidade cultural da população


indígena Guajajara de Grajaú - MA, contribuindo dessa forma para o conhecimento acerca da
cultura desses povos. A partir de um ritual de grande importância na tribo dos Guajajaras, a Festa
do Moqueado, faremos a leitura e o reconhecimento dos elementos que representam esse rito, em
especial as músicas, elementos fundamentais da festa.

A festa do moqueado é um ritual de passagem que é realizada quando a menina moça tem a primeira
menstruação e tem esse nome, pois na festa são oferecidas carnes moqueadas, secas em uma grelha
de varas.

A Pesquisa foi realizada a partir da observação de campo, onde foi feita a coleta de cantigas,
histórias e narrativas orais do povo Guajajara, nas Aldeias indígenas de Grajaú – MA. Tomamos
ainda como fundamento livros os de história, obras literárias e ensaísticas do acervo bibliográfico
do orientador, das bibliotecas públicas e particulares, dos artigos de jornais e revistas especializadas.

Durante o período da pesquisa, aguardamos a realização de uma Festa do Moqueado que após ter
sido algumas vezes adiada pelos familiares das meninas-moças foi realizada e coletadas importantes
informações com a ajuda do irmão da Orientanda Aliria Wiuira, o jornalista Aquiles Nairó.
OBJETIVOS

• Objetivo geral

• Estudar as cantigas, narrativas e representações da identidade indígena durante a Festa do


Monqueado do povo Guajajara de Grajaú – MA.

• Objetivos específicos

• Estudar as cantigas, as narrativas e a identidade indígena na Festa do Moqueado do povo


Guajajara de Grajaú – MA;
• Contribuir para o conhecimento da cultura e da memória histórica dos índios Guajajaras;
• Conhecer a história da Festa do Moqueado e sua importância para a aldeia;
• Coletar cantigas e histórias da Festa do Moqueado dos povos Guajajaras de Grajaú – MA,
visando sua organização em antologia;
• Mapear danças, instrumentos e o modo através do qual são cantadas as cantigas durante a
Festa do Moqueado;
• Identificar os elementos incorporados à Festa que migraram de outras culturas não
indígenas para o rito dos Tenetehára;
• Estabelecer estratégias para entender como é preparada a Festa: ornamentos, roupas e
pinturas das jovens Guajajaras durante o ritual de iniciação;
• Tornar público resultados e informações relacionados à cultura e à história do povo
Guajajara junto às instituições de ensino, cultura, mídia e setores de utilidade pública.
METODOLOGIA

Inicialmente foi feito um Levantamento bibliográfico, leitura e fichamento de obras e teorias


acerca de conceitos de literaturas, culturas e identidades pós-coloniais bem como a leitura de obras
literárias de temas indígenas e afro-brasileiros.
Foi realizada um viagem de campo onde escolhidas as aldeias indígenas de Grajaú - MA para
a realização da pesquisa onde foram coletadas algumas narrativas orais do povo Guajajara, onde
também foram registradas algumas fotografias dos indígenas e gravações das cantigas daquele
povo.
Além da pesquisa de campo, este estudo foi fundamentado nas leituras e conceitos de Identidade
cultural, pós-colonialismo e multiculturalismo, sistematizados por autores como Édouard Glissant,
Introdução a uma poética da diversidade; Hommi K. Bhabha, O local da cultura; Stuart Hall, A
identidade cultural na pós-modernidade; Eduardo de Assis Durarte, Literatura, política e
identidades; Zilá Bernd, Literatura e identidade nacional; Elio Ferreira, Poesia negra das
Américas: Solano Trindade e Langston Hughes; nas leituras sobre a história dos indígenas de
Monsenhor Chaves, Obra Completa; Paulo Machado, As trilhas da morte, dentre outros.
A pesquisa foi realizada nas aldeias do Marajá e no Bacurizinho na região de Grajaú-MA. A festa do
moqueado foi realizada em agosto na aldeia do Marajá,onde coletamos importantes dados.
Colhemos informações em conversas informais com os indígenas, onde eles expressaram seu
pensamento sobre sua aldeia e o seu relacionamento com o não índio, karaiu como os indígenas
chamam.
Foram realizadas fotografias, gravações, entrevistas informais com os indígenas através de um bom
relacionamento e confiança levando o sucesso da pesquisa. De posse de todos os dados coletados,
fizemos a análise do material selecionado.

A coleta dos dados


A coleta dos dados realizou-se no período fevereiro a agosto de 2010, mas durante todo o período da
pesquisa foram feitas leituras e estudos de obras. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados
nas aldeias foram os seguintes: entrevistas informais com os indígenas, gravações de conversas
quando permitidas, gravações de músicas, fotografias, com já descrito anteriormente.
Também participamos da semana do índio realizada no Museu do Piauí no mês de abril em
Teresina, com a presença de índios Guajajaras de Barra do Corda - MA e Grajaú - MA, onde
pudemos gravar conversas e cantorias.
No primeiro momento os indígenas, na aldeia, demonstravam-se tímidos e um pouco de insegurança
ao falar e ficaram curiosos para saber a finalidade de tal pesquisa. Observamos que eles se
expressavam melhor quando não estávamos gravando.
Conversando com o cacique da Aldeia do Marajá pedimos que ele falasse um pouco sobre “O que é
ser Guajajara?” Que em Guajajara a pergunta é: Ma’e erekwaw tetehar romo nerekohaw wà?
A resposta foi em Guajajara e depois traduzida para o português da seguinte forma:

“Nós sentimos que somos Guajajara porque somos índios da


geração Tentehar Guajajara do Maranhão. Um Guajajara é
um ser e não é coisa de outro mundo, porque somos todos
iguais, somos seres humanos, índios, negros e brancos. Os
índios Guajajaras têm alguns costumes diferentes. Por
exemplo, as festas dos Guajajaras do Bacurizinho são
diferentes da festa dos Guajajaras do Marajá, da festa dos
Guajajas do Pindaré e a língua também é pronunciada de
outro jeito.
A família Guajajara é formada por vários parentes: pai, mãe,
filhos, tios, sobrinhos, netos e os parentes de outras regiões.
Nós também nos casamos como os brancos.
Quando o índio mata uma caça como, por exemplo, um
veado, ele reparte com toda a família. Nossa alimentação é
arroz, milhos farinha, feijão, melancia, laranja, manga,
goiaba, banana, mandioca, inhame, mamão, abacaxi, carne
de veado, caititu, jabuti, tatu, galinha, porco, pata, piranha,
curimatã, sardinha e outras coisas.
Os mais velhos, pra nós, são nossos guias, são a biblioteca e
o dicionário de nossas aldeias.”

Sobre a festa do moqueado pedi que ele falasse um pouco como era realizada essa festa, quem em
Guajajara é: Ma’e Ke’e rehe zegar haw. Então ele disse:

“Em minha aldeia, é o velho que realiza a Festa do


Moqueado. O dono da festa é o pai da moça que convida as
comunidades de sua aldeia e de outras aldeias para
participarem também. Às 16 horas, começa a festa, que será
realizada até o outro dia bem cedo.
A Festa do Moqueado é a ciência dos mais velhos. Ela só e
realizada quando chega o primeiro dia da menstruação da
menina- moça. Quando esse dia chega, ela tem que ficar de
resguardo, até completar oito dias. Por exemplo, hoje é
quarta-feira, primeiro dia da menstruação, aí ela fica de
resguardo até chegar a próxima quarta-feira e não pode
tomar banho no rio, pegar sereno, comer coisas doces, caças
e nem andar descalça.
Depois ela sai do resguardo pra correr e o pai da moça faz a
programação para o dia da Festa do Moqueado, combina
com o cacique e com os parentes da aldeia o dia da caçada
para fazer o moqueado. Quando o moqueado estiver pronto,
o pai da moça marcará o dia determinado para realizar a festa
de sua filha. Quando os caçadores chegam, os demais
parentes acompanham a menina- moça e vão se encontrar
com eles, pois estão trazendo a caça para o moqueado.
Quando chegam no meio da aldeia, os caçadores dão uma
descarga com suas espingardas, e os outros parentes dão
outros disparos, respondendo aos tiros.”

Durante a festa observou-se como eram cantadas as músicas, feitas as danças, as pinturas e roupas
usadas pelas meninas. Conseguimos fotografar o momento em que as meninas se preparam para a
festa, momento este que geralmente não é permitida a entrada de pessoas que não sejam as mulheres
parentes das meninas da aldeia: tia, mães ou irmãs mais velhas.
Podemos observar na festa que atualmente existe uma grande inserção de elementos da cultura dos
brancos. As roupas usada pelas meninas, por exemplo, são de tecidos e não de elementos naturais,
como era antigamente. Alguns adornos usados pelas meninas são comprados dos brancos na cidade
mais próxima, como miçangas para fazer os colares que as meninas usam. As pinturas são feitas do
jenipapo e urucum.
O principal usado para acompanhar as músicas instrumento é o maraka.
A festa é iniciada às 16 horas e vai até o amanhecer do outro dia, as meninas trocam de roupa em
um segundo momento da festa, trocam também os adornos da cabeça e os colares de miçangas. No
início da festa, elas usam uma saia vermelha e o resto do corpo todo pintado de jenipapo e um colar
de miçangas vermelhas e brancas, no outro momento elas vestem as saias brancas e um enfeite de
cabelo com penas amarelas cobrindo o rosto e um colar de miçangas brancas.
Na festa, elas são apresentadas aos habitantes como novas mulheres e mães daquela sociedade.
Antigamente a festa era feita para cada menina que entrava na puberdade. Hoje em dia a festa é feita
uma vez por ano com todas as meninas que entram na puberdade nesse período por dois motivos
principais: os gastos para a festa são grandes, sabendo que atualmente eles caçam com espingardas e
pra isso precisam de chumbo e pólvora. O outro motivo é a falta de caça nas reservas indígenas que
estão bem próximas das cidades.
Os preparativos para a festa são muito demorados, assim, os cantadores da aldeia reúnem com as
mães e avós das moças para marcarem o dia da festa. Baseados nesta data, os homens marcam o dia
para caçarem a comida para o moqueado. Na noite anterior à caçada, eles cantam para pedirem
proteção e sorte aos espíritos.
As músicas indígenas cantadas na festa são elementos de importante observação e estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante período de andamento da pesquisa, seguiu-se as etapas previstas no cronograma elaborado


no projeto aprovado. Mês a mês as atividades propostas foram sendo efetuadas, visando atingir o
prazo estabelecido.
A aluna pesquisadora participou da organização do I Encontro Internacional de Literaturas,
Histórias e Culturas Afro-brasileiras e Africanas da UESPI, organizado pelo NEPA e o NELIPI e
realizado em Teresina-PI, no período de 18 a 20 de novembro de 2009; apresentou no mesmo
evento Comunicação sobre a Festa do Moqueado do Povo Guajajara, matéria pesquisada no
presente projeto; apresentou ainda sobre o mesmo assunto Comunicação na VI Jornada de Estudos
em Literaturas e Culturas Ibéricas da UFPI, em Teresina, realizada no período de 26 e 27 de maio de
2010.
Em fevereiro de 2010, foi realizada uma viagem para as aldeias indígena de Grajaú, quando foram
realizadas entrevistas e registros fotográficos do povo Guajajara; em agosto deste ano, foi realizada
outra viagem para a participação ou pesquisa de campo para a coleta de dados durante a Festa do
Moqueado.
Os Tenetehara, como são também conhecidos os Guajajaras, têm tentado manter vivo a Festa do
Moqueado, ou Festa da Menina-Moça, como hoje é mais conhecida. Um rito de passagem entre a
puberdade e a vida adulta, um processo de transição, e em sua formalidade, revela às adolescentes
as contingências da realidade. Embora seja inegável a inserção de elementos à primeira vista
distantes da idéia de tradicionalidade, mas que refletem o sentimento de grandeza no ato de resgate
de um passado glorioso. A festa é composta de um variado número de musicas e elementos
tradicionais do ritual.
Voltando um pouco ao passado para refletir sobre as músicas indígenas trago uma rápida idéia sobre
a observação das músicas indígenas
Quem primeiro escreveu sobre a música deles foi Caminha em sua carta ao rei D. Manuel:

E olhando-nos, assentaram-se. E, depois de acabada a missa,


assentados nós à pregação, levantaram-se muitos deles,
tangeram corno ou buzina e começaram a saltar e a dançar
um pedaço (KIEFER, 1997, p. 9-13).

Além de Pero Vaz, em 1557 alguém se preocupou em registrar a música destes brasileiros. Jean de
Léry (VASCONCELOS, 1991) foi o primeiro a descrever profundamente (inclusive fazendo a
primeira transcrição musical) a música dos nossos índios. Ele esteve no Brasil em uma expedição de
protestantes chamada França Antártica.
Em um de seus relatos Léry fala das canções que os nativos cantavam para o Canindé, um
pássaro amarelo muito estimado entre eles e que era encontrado mais nas árvores da aldeia do que
na floresta. Essa música, ele colocou no pentagrama:
Os selvagens, em suas canções, aludem freqüentemente a
essa ave, dizendo e repetindo muitas vezes: canindé-iune,
canindé-iune, he-rauch...” (LÉRY apud VASCONCELOS,
1991, p.14).

Outro fator importante para ser destacado na música indígena no período colonial é a missão
católica Companhia de Jesus que, com seu pensamento de povo e raça superior, vieram impondo
também sua música, pois, segundo eles, a música executada pelos nativos com chocalhos de cabeça
humana, flauta de ossos com urros assustadores e batida dos pés no chão era extremamente
diabólica. Assim os padres jesuítas trataram de iniciar os índios nas artes da música européia,
ensinando o cantochão, cravo, fagote e outros instrumentos que eram aceitos na liturgia e no ouvido
do europeu. Vale ressaltar que a música ensinada pelos padres jesuítas tinha o único objetivo de
catequizar os índios e foi aceita por eles sem nenhuma reserva.
A religião dos Tenetehar a é basicamente o xamanismo sendo o pajé a pessoa de mais
importância nessa área.
Hoje com a autorização dada pela FUNAI para evangelização dos índios, encotramos igrejas
evangélicas nas aldeias o que leva a origem de músicas religiosas na tribo, mas sempre quase
sempre usando elementos da natureza como pássaros, água, sol, céu nas músicas. Assim, hoje,
Alguns indígenas acreditam apenas no poder de um único deus, o Deus Tupã. Já não adoram a
natureza como antes eles acreditavam.
Algumas crenças ainda resistem aos novos conhecimentos inseridos na aldeia, como no trecho
abaixo, na entrevista com o cacique Raimundo Guajajara fala sobre o céu da aldeia:
“Em minha aldeia o céu é assim” (Hereko há pe ywak
nezewê). [...]quando olhamos o céu, enxergamos a anta
e o caminho por onde ela passa. Essa história ainda
continua até os dias de hoje, e nós contamos para as
crianças porque é verdade”.

Entre as músicas cantas na festa podemos citar algumas aqui. Outras músicas encontram-se no CD
quem vai em anexo.
Na Festa do Moqueado não pode ser cantado mais de um animal em cada música, apenas os
pássaros podem ser cantados durante esta festa. Fez também uma lista de animais que não podem
ser cantados tais como: morcego, veado, onça e gavião (este é o único pássaro que não pode ser
cantado). Eles temem os espíritos destes animais que atuam nas pessoas, por isso evitam cantá-los.
A interjeição “rê” está presente em várias músicas cantadas. As músicas citadas abaixo foram
colhidas ou selecionadas junto na Aldeia Guajajara e estão seguidas pela tradução simultânea em
Português.

Músicas na língua Guajara


Aze’gar tumuri Xe, heá nám wanupe. Hahé, hahé, hahé
Aze’gar tumuri Xe, heréinyr wanupé. Hahé, hahé, hahé
Aze’gar tumuri Xe, purumu’e, ma’é wanupe.
Amuek zaikono erezut wanupe.Hahé, hahé, hahé.

Tradução em Português
Ei vou cantar ora meus parentes. Sim! Sim! Sim!
Eu vou cantar para as minhas irmãs. Sim!sim! sim!
Eu vou cantar para meus professores. Sim! Sim! Sim!
Depois cantaremos juntos. Sim! Sim! Sim!

Guajajara
Emutym nekáti´m wanupe zariz
Pari rama naku pari
Pari rama naku pari, pari, pari

Português
Acenda o cachimbo para eles vovó e também
Carrega o teu pacará
E carrega o Teu pacará, teu pacará, teu pacará

Guajajara
Azuru wyrá, azuru wyrá,
zane´a ne´a romo rekom
Azuru wyrá azuru wyrá

Português
O papagaio, o papagaio
Voa por cima de nós.
O papagaio, o papagaio

Guajajara
Ezupyhik neruíw támuz
Ezupyhik neruíw támuz
Ywirá´kaun iwyrá´kaun
Português
Pegue sua flecha vovô
Pegue sua flecha vovô
A flecha para caçar, pra guerrear

Música do Pyzu-Pyzu
Guajajara
Pyzu-pyzu irá ka´akurep rekom irá (2x)
Rê, rê, rê
Pyzupyzu irá ka´akurep rekom irá (2x)
Rê, rê, rê,
Netue takwez irá (2x)
Pyzu-pyzu irá káakurep rekom irá (2x)
Pitawá inurumo
Pyzu-pyzu irá káakurep rekom irá (2x)

Tradução
Pyzu-pyzu que habita só, longe de todos no mato (esperando que alguém o encontre)
Hê (interjeição sem tradução)
Pyzu-pyzu que habita só, longe de todos no mato (alguém encontre esse pássaro)
É você, é você, te encontrei, estás como
Pyzu-pyzu sozinha no mato
Bem-te-vi está vendo
Pyzu-pyzu sozinha pelo mato

Entre outras músicas que são cantadas na Festa do Moqueado, podemos citar:
Ararazú (arara azul), Maracapú( maracá, Wyriry( andorinha), Terepoira Kuzán( currupião), Zapú
Kuzan( recongo), wyraó-kuzan( Moça coberta de penas). Estas se encontram no CD.
CONCLUSÃO / COMENTÁRIOS FINAIS

Apresentamos no presente Relatório Final as atividades realizadas durante a pesquisa sobre o


estudo das cantigas, histórias e identidades indígenas da Festa do Moqueado Povo Guajajara.
Esperamos contribuir para o conhecimento da cultura e da memória histórica dos índios
Guajajaras, tornando público resultados e informações relacionados á cultura, às cantigas e a
história da Festa do Moqueado. Este trabalho contempla ainda o previsto na Lei 11.645, de 10 de
março de 2008, de Sua Excelência o Presidente da República, que torna obrigatório o ensino da
História e da Cultura dos indígenas brasileiros nas escolas de Ensino Básico. Vão em anexo CDs
com fotos, algumas entrevistas e músicas cantadas pelos indígenas Guajajaras.
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http://www.funai.gov.br/indios/fr_conteudo.htm> Acessado em: 04 jul. 2004


ANEXO

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