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VPSERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

UNIDADE DE TIJUCAS

TÉCNICO EM REDES DE COMPUTADORES

IPTV: O futuro da televisão é na internet.

JAIME MENDES DA SILVA

Trabalho de Conclusão de Curso

Tijucas – SC
2010
JAIME MENDES DA SILVA

IPTV: O futuro da televisão é na internet.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de Redes de Computadores do
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –
SENAI/SC – como requisito parcial para
conclusão do curso.

Professor Orientador: Luciano Kogut.

Tijucas – SC
2010
RESUMO

A tecnologia básica por trás da IPTV surgiu há alguns anos com a iniciativa de
empresas como a Ericsson e a Sony, porém ela não foi muito explorada, não
conseguindo, dessa forma, espaço no mercado consumidor mundial e perspectiva
para aprimoramento. Porém, nos últimos anos, algumas empresas grandes no ramo
da informática e das telecomunicações começaram a mostrar interesse pela IPTV e
apresentaram seus próprios produtos na área. Google, Apple, Microsoft, entre outras
empresas estão, aos poucos, moldando da sua forma a maneira de como a TV e a
internet se relacionam e de como essa união irá afetar o usuário final. Talvez os
maiores diferenciais da IPTV sejam a possibilidade de acompanhar arquivos de
multimídia compartilhados por outras pessoas pela rede e a comodidade que ela
proporciona, uma vez que dispõe de diversos serviços que estão ao alcance do
controle remoto. Para proporcionar a conexão entre os usuários da internet para a
troca de informações existem sites que se especializam na hospedagem de vídeos,
imagens e etc. Esses sites, junto com as plataformas de televisão sobre IP e com
outras funções oferecidas pelos provedores, pretendem trazer para a sala de estar
mais conforto, informação, lazer e segurança.

Palavras-chave: IPTV. TV Digital. Google TV.


ABSTRACT

The basic technology behind the IPTV arose some years ago with the initiative of
some companies like Ericsson and Sony. But it has not been well explored and did
not get a place at the consumer market and prospect of improvement. However in
the last years some great IT and telecommunications companies started to show
their interests in IPTV and present their own products in this area. Google, Apple,
Microsoft, and other developers are molding the way that TV and internet are related
and the reflection in the final user. Maybe the biggest differentials of the IPTV are the
possibilities to share multimedia files with other people and the commodity provided
by the services available to the remote control range. There are some sites to offer
the link between the internet users that share the files like images and videos. These
sites together the internet television platforms and the functions offered by the
providers, want to bring more comfort, information, leisure and security to the living
room.

Keywords: IPTV. Digital TV. Google TV.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 – Twitter para Google TV.......................................................................... 16


Figura 02 – Assistindo e navegando simultaneamente............................................. 17
Figura 03 – Arquitetura das plataformas IPTV da Microsoft ..................................... 18
Figura 04 – Camada de Distribuição de Conteúdo (CDC) ........................................ 21
Figura 05 – Parte traseira de um STB Apple TV ....................................................... 22
Figura 06 – Sony Internet TV e controle remoto ....................................................... 25
Figura 07 – Arquitetura resumida da Google TV ...................................................... 25
Figura 08 – Parte traseira de um STB Google TV .................................................... 26
Figura 09 – Logitech Harmony em execução ........................................................... 27
Figura 10 – Aplicativo YouTube para Apple TV ......................................................... 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAC – Advanced Audio Coding (Codificador Avançado de Áudio)


AVC – Advanced Video Coding (Codificador Avançado de Vídeo)
BCTV – Broadcast TV (TV difundida)
BSS – Business Support System (Sistema de suporte a negócios)
CAC – Camada de Aquisição de Conteúdo
CAO – Camada de Administração e Operação de Serviços
CCC – Camada de Consumo de Conteúdo
CDC – Camada de Distribuição de Conteúdo
DVR – Digital Video Recorder (Gravador de vídeo digital)
EPG – Eletronic Program Guide (Guia eletrônico de programação)
GTV – Google TV
HDMI – High-Definition Multimedia Interface (Interface de multimídia de alta
definição)
IPTV – Internet Protocol Television (Televisão sobre protocolo de internet)
IR – Infrared (Infravermelho)
ITU – International Telecommunication Union (União Internacional de
Telecomunicações)
LAN – Local Area Network (Rede de área local)
Mbps – Megabit por segundo
MM – Microsoft Mediaroom
NCL – Nested Context Language (Linguagem de contexto aninhado)
NS – Notification Server (Servidor de notificação)
OS – Operational System (Sistema operacional)
OSS – Operations Support System (Sistema de suporte a operações)
PCM – Pulse Code Modulation (Modulação por Código de Pulso)
PF – Presentation Framework (Arcabouço de apresentação)
PUC-Rio – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
SDK – Software Development Kit (Conjunto de desenvolvimento de software)
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SMS – Subscriber Management System (Sistema de gerenciamento de assinante)
SNMP – Simple Network Management Protocol (Protocolo simples de
gerenciamento de rede)
SPDIF – Sony/Philips Digital Interconnect Format (Formato digital interconectado
Sony/Philips)
STB – Set-top box (Caixa Decodificadora)
TS – Time Shifting (Deslocamento de momento)
UI – User Interface (Interface de usuário)
USB – Universal Serial Bus (Barramento de série universal)
VoD – Video on Demand (Vídeo sob demanda)
VoD.E – Video on Demand Encoder (Codificador de video sob demanda)
VoD.S – Video on Demand Source (Fonte de video sob demanda)
VoD.SS – Video on Demand Streaming System (Sistema de carregamento de vídeo
sob demanda)
XML – Extensible Markup Language (Linguagem de marcação extensível)
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9
1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 9
1.2 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 9
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 10
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 11
2.1 DEFINIÇÃO DO SERVIÇO DE IPTV.................................................................. 11
2.2 TELEVISÃO DIGITAL ........................................................................................ 11
2.3 MIDDLEWARE ................................................................................................... 12
2.4 CODIFICAÇÃO .................................................................................................. 12
2.5 TELEVISÃO NA INTERNET............................................................................... 13
2.5.1 Video on Demand .......................................................................................... 13
2.5.2 TV Broadcast ................................................................................................. 14
2.5.3 Time Shifting ................................................................................................. 14
2.6 INTERNET NA TELEVISÃO............................................................................... 14
2.6.1 Vídeos Online ................................................................................................ 15
2.6.2 Visualização de Imagens .............................................................................. 15
2.6.3 Socialização................................................................................................... 15
2.6.4 Navegação ..................................................................................................... 16
2.7 PLATAFORMAS DE IPTV .................................................................................. 17
2.7.1 Arquitetura básica das plataformas de IPTV ............................................... 17
2.7.1.1 Camada de Aquisição de Conteúdo (CAC) .................................................. 18
2.7.1.2 Camada de Administração e Operação de Serviços (CAO).......................... 19
2.7.1.3 Serviços e Sistemas Legados ...................................................................... 20
2.7.1.4 Camada de Distribuição de Conteúdo (CDC) ............................................... 20
2.7.1.5 Camada de Consumo de Conteúdo (CCC) .................................................. 22
2.7.2 Microsoft Mediaroom .................................................................................... 23
2.7.3 Google TV ...................................................................................................... 24
2.7.4 Apple TV ........................................................................................................ 28
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 31
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 33
9

1 INTRODUÇÃO

A tecnologia relacionada ao acesso à mídia televisionada sempre se adaptou


aos equipamentos e recursos disponíveis nos outros ambientes da realidade
tecnológica interativa e automatizada. O próximo passo da adaptação da televisão
está na internet, pegando carona no constante aumento da capacidade da conexão
banda larga, que já atinge taxas de transferência de até 100 Megabits por segundo
(Mbps) nos planos comerciais oferecidos pelas operadoras de telefonia no Brasil.
A união da televisão com o acesso à rede possibilita muitas ferramentas que
complementarão o funcionamento do seu aparelho de TV. Diversas funções novas
estarão presentes nesse serviço. Por exemplo, a possibilidade de assistir a vídeos
hospedados em sites na internet (como YouTube e Hulu), o acesso a aplicativos que
antes eram exclusivos a computadores (como a navegação em páginas na web) e a
interação entre telespectadores.

1.1 JUSTIFICATIVA

A escolha do tema foi baseada na necessidade de se esclarecer sobre o


funcionamento e a aplicação de uma tendência tecnológica como a IPTV. As redes
de televisão e as empresas que fabricam produtos eletrônicos relacionados a ela já
visam a TV sobre internet, isso faz com que o conhecimento acerca disso se torne
requisito a quem trabalha na área.

1.2 OBJETIVO GERAL

Analisar a TV conectada à internet para medir as vantagens e desvantagens


dessa em comparação à televisão da forma como é transmitida e recebida
atualmente e de uma plataforma de IPTV em relação à outra; expor os recursos
necessários para a utilização da mesma e também observar algumas consequências
tecnológicas da implantação dessa nova forma de envio do sinal de televisão.
10

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Descrever o funcionamento da IPTV, dos equipamentos e serviços de rede


relacionados a ela; traçar um paralelo entre a qualidade e as possibilidades dela
com as da TV que recebe sinal digital; descrever os recursos de hardware, software
e rede envolvidos em suas diversas plataformas e analisar quais as mudanças que
as redes locais (LAN) terão que sofrer para dar suporte a essa tendência.
11

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 DEFINIÇÃO DO SERVIÇO DE IPTV

É chamado de IPTV o serviço de transmissão de sinal digital de televisão por


meio de redes de Internet, seja ela sobre mídias guiadas ou não-guiadas. Essa
tecnologia se difere da chamada TV digital justamente pela forma como ela é
transmitida. Uma vez que a televisão digital se utiliza de satélites ou cabos que não
possuem conexão à rede global de computadores e fazem o envio dos dados por
canais unidirecionais ou bidirecionais limitados (por conexão discada) elas não
podem oferecer ao usuário final uma grande interatividade com os provedores do
serviço. Já a IPTV, como é baseada em internet de alto desempenho, pode
estabelecer essa relação entre o emissor e o receptor e fornecer diversos serviços
através dela.

2.2 TELEVISÃO DIGITAL

Desde que a televisão foi inventada a forma como os sinais são transmitidos
sofreu várias mudanças. A preocupação das emissoras e dos fabricantes de
televisores sempre foi a de fornecer ao consumidor a melhor qualidade possível.
Da TV prematura com exibição em preto e branco, passando pelo advento da
TV colorida, chegamos a uma nova realidade de qualidade de imagem, a TV de alta
definição. E é essa a principal característica da TV com transmissão digital. Como os
sinais em bits são melhores de se transportar e podem trafegar de forma muito mais
rápida que os analógicos, tornou-se possível a transmissão de pacotes com um
tamanho maior, que geram uma resolução de até 1920 pixels de largura por 1080
pixels de altura.
Além da qualidade superior de imagem, a TV digital trará ao consumidor o
áudio multicanal (surround) e um grau de interação que se limita ao aceso de
conteúdo enviado ao set-top box (STB), como sinopse da programação e outros
tipos de informações.
A diferença entre a TV digital e a chamada IPTV é exatamente a forma como
a transmissão ocorre. Ao contrário da IPTV, que utiliza redes IP como meio de
12

disseminação, a TV digital se utiliza de antenas de transmissão e antenas de


recepção, o que não explora totalmente as possibilidades da transmissão em sinal
digital.

2.3 MIDDLEWARE

Em um sistema de IPTV e de TV digital é necessário que se tenha um


componente que faça a mediação entre hardware, sistema operacional e software.
Esse tipo de software é conhecido como middleware. Ele permite a um sistema
como o da IPTV a execução de aplicações em mais de um protocolo ou plataforma
do sistema operacional dando coerência aos dados trafegados. É o principal
responsável pela interatividade entre usuário e sistema.
A ITU (International Telecommunication Union) aprovou como padrão de
middleware para IPTV o Ginga-NCL. A recomendação da ITU que diz respeito à
IPTV é a H.761.
Desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-
Rio), o Ginga-NCL é um middleware que atua, principalmente com a Nested Context
Language (NCL), que é uma linguagem de programação baseada na recomendação
Extensible Markup Language (XML).
O NCL possibilita ao Ginga uma interatividade diferenciada, melhor
sincronismo entre mídias e outras facilidades. Exemplos de execuções que serão
possíveis com o Ginga-NCL são: transações bancárias e compras enquanto assiste-
se à programação de TV.

2.4 CODIFICAÇÃO

Assim como na telefonia IP, para que os pacotes IPTV sejam enviados para o
usuário corretamente e possam ser compreendidos pelo STB, é necessário que se
faça a codificação desses dados. A codificação é um processo que consiste na
compressão de uma informação para que ela seja trafegada corretamente em uma
rede. Caso os sinais fossem somente modulados em PCM (Pulse Code Modulation)
e enviados pela rede, por exemplo, a taxa de transferência necessária para carregar
13

um vídeo em alta definição em tempo real seria de 369 Mbps e uma rede com essa
velocidade não está disponível comercialmente nos dias de hoje. Com os métodos
de codificação é possível diminuir o tamanho dos arquivos de áudio e vídeo em 40
vezes (no formato MPEG-2) ou 80 vezes (no formato MPEG-4/AVC) sem que se
perca a qualidade original de vídeo. Os dois padrões de codificação de áudio
utilizados são o MPEG-1 e o MPEG-4/AAC.

2.5 TELEVISÃO NA INTERNET

A IPTV é uma tecnologia que pretende reformular os conceitos que temos de


televisão e mudar a forma como nos relacionamos com isso. O que traz toda essa
perspectiva e todo o suporte para que ela possa atuar é a internet. O fato que o
acesso à rede mundial está cada vez mais democrático e popular contribui para a
possibilidade de se aplicar essa nova estrutura sem que sejam necessárias grandes
modificações em todo o sistema de transmissão do sinal televisivo, basta que haja a
convergência desse sistema nas redes computadorizadas interconectadas. Essa
fusão dos meios de comunicação proporciona novas funções e atividades que
podem ser executadas em um aparelho de TV.

2.5.1 Video on Demand

Video on Demand (VoD) é a função que permite a encomenda de material


áudio-visual através da rede usando somente os recursos oferecidos pelo STB e
pelo controle remoto. Isso inclui o aluguel e a compra de filmes, programas de
televisão e outros tipos de material áudio-visual. Esse conteúdo “on-demand” pode
ser acessado de acordo com a vontade do usuário, uma vez que ele fica
armazenado no disco rígido do dispositivo set-top box. Caso o conteúdo adquirido
seja somente por aluguel o arquivo estará disponível no sistema somente durante o
tempo determinado na locação do mesmo.
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2.5.2 TV Broadcast

As plataformas de IPTV possibilitam ao usuário o acesso à programação


transmitida em tempo real nos canais de televisão que estão disponíveis na rede.
Várias empresas do ramo televisivo disponibilizarão seus programas para acesso
comum através da internet, outras empresas, aquelas que trabalham com TV por
assinatura, oferecerão planos ao consumidor para acesso a determinado número de
canais pagos, da mesma forma como ocorre atualmente através da transmissão por
satélites ou cabos.
Há também a possibilidade de conexão de outro dispositivo de recepção de
sinal televisivo ao STB. Dessa forma, o usuário pode obter acesso aos conteúdos
exibidos pelas emissoras de televisão por assinatura ou mesmo as gratuitas
conectando, por meio de um cabo HDMI (High-Definition Multimedia Interface), os
aparelhos receptores de sinal.

2.5.3 Time Shifting

Além dos serviços de VoD e Broadcast TV (BCTV) há também o Time Shifting


(TS) que é a função de navegar a outros momentos já exibidos da programação em
tempo real. Ele permite que o usuário vá ao início de um programa que está em
transmissão, ou até mesmo, pause a exibição e volte a executá-la de onde parou.
Esse serviço teria sua aplicação muito dificultada sem o auxílio da IPTV, uma
vez que é necessário um armazenamento do vídeo que está sendo exibido para um
posterior acesso às partes dele.

2.6 INTERNET NA TELEVISÃO

Além de afetar o ramo televisivo, a IPTV também modificará a maneira como


são acessados os conteúdos da internet, tais como sites, redes sociais e aplicativos.
A televisão se tornará mais um equipamento que atuará como ligação entre o
internauta e as redes do mundo todo. E ela se portará de maneira diferente dos
computadores e dos smartphones, uma vez que terá seus próprios softwares.
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2.6.1 Vídeos Online

Com a possibilidade de se assistir aos vídeos disponíveis na internet pela


televisão haverá um aprimoramento por parte dos sites e empresas que oferecem
esse tipo de conteúdo. Sites como o YouTube - que permite aos usuários o upload
de seus próprios vídeos para que esses sejam acessados por qualquer pessoa ao
redor do mundo – e o Hulu – que reúne os seriados exibidos nas redes de televisão
estadunidenses para que os telespectadores do próprio país possam acompanhar
os episódios – devem buscar novas ideias para tornarem os serviços oferecidos
mais competitivos e mais agradáveis.

2.6.2 Visualização de Imagens

Além dos vídeos, pode ser interessante ao público a visualização de imagens,


hospedadas na internet, nas televisões. Sites como o Flickr – especializado no
compartilhamento de material visual -, o Deviantart – focado na exposição de
trabalhos gráficos e artísticos – e os próprios buscadores de imagens podem ter
seus sistemas mais adequados ao melhor atendimento às pessoas que fazem
acesso a eles pela televisão, já que as resoluções e a qualidade de imagem são
superiores e isso tende a interessar os consumidores.

2.6.3 Socialização

As redes sociais também entrarão no conjunto de produtos acessados através


dos aparelhos com IPTV, já que pode ser agradável a ideia de acessar perfis e
mensagens a qualquer momento enquanto se assiste a um filme ou programa em
uma televisão. Por esse motivo, sites como o Twitter, o Facebook, o Orkut e
programas como o Skype e o Messenger deverão ter suas versões mais acessíveis
aos usuários que os visitam por meio de uma TV. A Figura 01 mostra como a
interface gráfica do twitter se adaptou para ser mais bem visualizada na IPTV.
16

Figura 01 – Twitter para Google TV


Fonte: Googletv.com (2010)

2.6.4 Navegação

A função primordial da internet é fornecer a possibilidade de se navegar entre


páginas de hiper-texto e softwares hospedados em qualquer local do planeta.
Analisando isso, se torna lógico que a IPTV oferecerá recursos que possibilitem o
acesso a informação e a comunicação por meio de navegadores e outros programas
com tal função.
Talvez o que mais chame a atenção do consumidor seja a capacidade de
transformar sua TV em um dispositivo multifuncional, que permitirá que ele assista a,
por exemplo, uma partida de basquetebol e ao mesmo tempo acompanhe as
notícias sobre seu time e sobre o campeonato que está acompanhando.
Algumas plataformas, com o objetivo de aprimorarem esse uso da IPTV,
disponibilizarão aplicativos que proporcionam o acesso a esses diversos sites de
uma forma mais propícia ao tipo de exibição ao qual estão submetidos. Como os
aparelhos de televisão geralmente são posicionados a certa distância do espectador,
deve-se ter em vista a necessidade de adequar a navegação a essas condições.
A Figura 02 ilustra o navegador sendo utilizado de forma simultânea à
exibição da partida de basquetebol na televisão, como exemplificado acima.
17

Figura 02 – Assistindo e navegando simultaneamente


Fonte: Googletv.com (2010)

2.7 PLATAFORMAS DE IPTV

Existem vários tipos de plataformas que foram criadas para prover a IPTV de
formas diferentes. A variação entre esses métodos estão, principalmente, nos
protocolos que são utilizados, na infra-estrutura exigida, em algumas funções
disponíveis, etc.
As plataformas que serão especificadas e comparadas são a Microsoft
Mediaroom, a Google TV e a Apple TV.

2.7.1 Arquitetura básica das plataformas de IPTV

A maioria das soluções desenvolvidas para IPTV apresentam basicamente a


mesma infra-estrutura. O que difere normalmente de uma plataforma para outra são
alguns serviços que são incluídos no meio do processo.
Na primeira parte da arquitetura básica, a camada de aquisição de conteúdo
estão os equipamentos que gerenciam a compra ou aluguel de conteúdo, que são
servidores que gerenciam as autorizações de acesso aos serviços de VoD e de
BCTV.
No segundo nível estão localizados os provedores de serviço e de acesso,
geralmente administrados pelas operadoras de telefonia. Nele estão servidores e
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ativos de rede que cuidam da parte de distribuição dos recursos de


telecomunicações ao usuário final.
Na terceira parte estão localizados os equipamentos legados que atuam fora
do processo de IPTV, mas que são disponibilizados pela mesma rede. Já na quarta
etapa do processo estão os servidores que armazenam todo o conteúdo de VoD e
BCTV que serão enviados à última parte do processo, o cliente. Na quinta camada
dessa estrutura está, por fim, a rede do usuário que solicitou o acesso ao serviço,
nessa parte se encontra o STB que conectará a televisão à rede e permitirá o uso
das funções da IPTV. A Cisco Systems oferece soluções para essas camadas
intermediárias, entre a emissora e o cliente. Essas soluções são apresentadas nos
documentos Cisco End-to-End Solutions for IPTV e Cisco IPTV Video Headend,
disponíveis no site oficial da empresa.
A Figura 03 ilustra a arquitetura das plataformas da Microsoft de forma
resumida, porém pode ser relacionada com as arquiteturas de todas as outras
plataformas, havendo sutis variações.

Figura 03 – Arquitetura das plataformas IPTV da Microsoft


Fonte: Bink.nu (2004)

2.7.1.1 Camada de Aquisição de Conteúdo (CAC)

A Camada de Aquisição de Conteúdo (CAC) é a primeira que é ativada após o


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envio de uma solicitação do cliente ao serviço IPTV. É ela que faz o processamento
do pedido do cliente de acordo com a grade de programação solicitada e libera o
envio dos dados de acordo com a grade disponível àquele usuário. Esse é o nível
onde ocorre a negociação e a liberação ou negação de serviço.
O responsável por esse intermédio é o Subscriber Management System
(SMS). Ele permite ou nega o acesso, controlando assim a restrição de um cliente a
um produto ao qual não tem direito de uso.

2.7.1.2 Camada de Administração e Operação de Serviços (CAO)

A Camada de Administração e Operação de Serviços (CAO) é a parte


responsável pelo gerenciamento de serviços, protocolos e configurações da rede e
está localizada sob o domínio da empresa de telecomunicações que gera acesso
internet ao cliente.
O Notification Server (NS), presente nessa camada, é o servidor responsável
pelo envio de mensagens e alertas ao usuário, como mensagens de erro ou avisos
sobre bloqueio de serviços.
O OSS/BSS Gateway é um equipamento usado para gerenciar a
disponibilidade de serviços, configuração de componentes da arquitetura e gestão
de falhas na rede, por exemplo.
Representado na figura como o Client Gateway está os servidores e demais
equipamentos que liberam portas e serviços dos clientes. Como o próprio nome
sugere, ele faz a administração do que é enviado ao usuário da rede.
Os Application Servers são os servidores que disponibilizam ao usuário o
acesso a, por exemplo, o Eletronic Programming Guide (EPG), que exibe a grade de
programação dos canais de televisão disponíveis organizados por horário de
exibição e, consequentemente, possibilita a gravação da programação através
dessa interface.
O último componente representado no diagrama como parte dessa camada, o
Subscriber & System Store é responsável pelo armazenamento dos dados e
configurações dos clientes e do sistema de providência em si.
20

2.7.1.3 Serviços e Sistemas Legados

Essa parte representada no diagrama é paralela à estrutura de IPTV em si,


porém também têm importante participação na construção de uma arquitetura de
rede convergente.
Os quatro elementos apresentados são fornecidos, geralmente, pela empresa
de telefonia contratada pelo usuário. O primeiro deles, descrito como Voice Services,
representa os serviços de telefonia IP que podem ser convergidos na mesma rede
da IPTV.
O elemento chamado Data Services representa o tráfego de dados normal, ou
seja, o fluxo de pacotes como conhecemos desde o início da internet. Após isso
existem o SNMP Monitoring – que é um servidor trabalhando com o protocolo SNMP
que serve para monitorar a rede e localizar defeitos – e os OSS/BSS Systems –
servidores que fazem a gestão de contas de clientes e controla a permissão ou
negação de acesso.

2.7.1.4 Camada de Distribuição de Conteúdo (CDC)

A Camada de Distribuição de Conteúdo (CDC) é um dos diferenciais que a


tecnologia de IPTV oferece, sendo que os vídeos sob demanda estão armazenados
em equipamentos presentes nela e todo o processo de envio e codificação é
executado nesse ponto. Os servidores, ativos de rede e equipamentos em geral que
fazem parte do processamento da requisição de VoD estão representados na Figura
04.
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Figura 04 – Camada de Distribuição de Conteúdo (CDC)


Fonte: CONNEPI (2007)

O primeiro equipamento representado na figura é o VoD Source (VoD.S). Ele


é, teoricamente, um servidor que mantém armazenado em si todas as mídias “sob
demanda” que são oferecidas aos clientes. A seguir está representado o servidor
responsável pela codificação dos arquivos de vídeo em um formato determinado
pela plataforma, o VoD Encoder (VoD.E). Representado ao lado do Encoder está o
VoD Streaming System (VoD.SS), que pega o conteúdo emitido após a codificação e
armazena-o temporariamente antes de fazer o envio com destino ao usuário final.
Na próxima etapa está uma nuvem representando a rede IP que fará a conexão
entre o provedor e o cliente e, depois disso, os dispositivos responsáveis pela
recepção, interpretação e execução dos dados recebidos. Representado logo abaixo
do VoD.SS na figura está o SMS que está presente na CAC.
As setas numeradas da Figura 04 indicam os processos que ocorrem durante
o envio de um vídeo encomendado. Em 1 ocorre a transferência do vídeo do VoD.S
para o VoD.E e a codificação do mesmo. Em 2 os arquivos já comprimidos são
armazenados no VoD.SS. Na etapa 3 o usuário seleciona o vídeo ao qual quer obter
acesso. Na fase 4 o pedido é enviado ao CAC que logo em seguida solicita as
informações do usuário que está pedindo acesso ao conteúdo (5). O receptor do
sinal responde ao CAC (na etapa 6) que, por sua vez, envia o pedido ao VoD.SS na
parte 7 do processo. Na etapa 8 o VoD.SS envia o material solicitado informando os
dados de endereçamento do cliente. Em 9, por fim, o STB ou qualquer outro
receptor faz a decodificação, o armazenamento e a exibição do vídeo.
Ainda na CDC estão presentes os equipamentos que fornecem acesso do
22

usuário à BCTV. O processo de disponibilização das programações em tempo real é


muito semelhante ao do VoD. As diferenças estão simplesmente na exigência de
uma codificação com menos atraso, uma vez que ele não é tolerado, e na conexão
entre os equipamentos que gerenciam o envio da BCTV ao cliente e as emissoras
que produzem o material.

2.7.1.5 Camada de Consumo de Conteúdo (CCC)

Esta é a última parte da arquitetura da IPTV: o consumo do conteúdo. É nela


onde ocorre, geralmente, a diferenciação entre as plataformas. Uma vez que cada
solução apresenta seus próprios dispositivos de recepção de decodificação da IPTV
com funções diversas.
Nessa camada, os bits vindos da CDC são interpretados e exibidos ao
usuário final pela televisão. São nos dispositivos presentes nela e em suas
interfaces que o usuário vai realizar todo o acesso e o controle sobre sua conta e
sobre os serviços que ele quer utilizar.
Mesmo que cada uma das plataformas apresente seus próprios dispositivos
diferenciados de recepção, em geral, há a presença do set-top box. A Figura 05
apresenta a vista traseira de um STB.

Figura 05 – Parte traseira de um STB Apple TV


Fonte: Apple.com (2010)
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As interfaces HDMI, Ethernet e Power, representadas na figura, estão


presentes em todos os STB, independentemente da empresa que os fabrica, pois
são essenciais ao funcionamento do sistema.
A entrada HDMI conecta o dispositivo à televisão. É nela onde ocorre o fluxo
de áudio e vídeo recebidos das outras camadas da estrutura. No caso específico da
Apple TV está presente outra interface chamada Optical Audio que é usada para
conectar o STB a equipamentos mais sofisticados de reprodução sonora.
A interface Ethernet, por sua vez, faz a conexão com o modem, roteador,
switch ou qualquer ativo de rede que esteja servindo de gateway ou comutador na
rede. Tendo isso em vista conclui-se que é essa porta que possibilita a conexão com
a internet. A entrada Power, por fim, é por onde ocorre a alimentação do aparelho.

2.7.2 Microsoft Mediaroom

A Microsoft está no mercado de IPTV com a sua plataforma Microsoft


Mediaroom (MM), lançada em 2007. A primeira experiência da empresa nesse ramo
surgiu anteriormente com a Microsoft TV IPTV Edition, que era muito semelhante
com a Mediaroom, porém ela foi menos divulgada e não dispunha da tecnologia que
a outra possui, não podendo disponibilizar tantos recursos ao usuário final.
Uma característica que difere essa plataforma é a possibilidade do uso do
console de vídeo-game Xbox 360 na conexão com aparelho de televisão e no
acesso à internet e à IPTV. Assim como nas plataformas de outras empresas, a
Mediaroom permite também o uso de computadores, smartphones e set-top boxes
para o acesso ao serviço. Os STB usados juntamente com a MM são fabricados por
outras empresas, podendo ser de diversos modelos e marcas, porém todos
compatíveis com a plataforma.
As principais ferramentas disponíveis na solução da Microsoft além do VoD e
da BCTV são:
 DVR (Digital Video Recorder) – com a ajuda de um set-top box, os clientes
do Mediaroom poderão gravar uma programação que desejarem através
do EPG – armazenando-a em um HD – e depois assisti-la em uma TV com
STB ou em qualquer dispositivo que tenha conexão com a rede local,
através de acesso remoto;
 Presentation Framework (PF) – essa ferramenta permite que
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desenvolvedores de software, mesmo que não estejam envolvidos com o


projeto do Mediaroom, possam criar aplicativos para complementar o
sistema. Isso torna o serviço mais completo à medida que programas e
aplicativos úteis são disponibilizados ao público;
 Mediaroom Anytime – essa é a função TS do Mediaroom e proporciona
maior comodidade na atividade de ver televisão. Com ela o usuário pode
pausar a programação, “rebobinar” um programa que está sendo exibido
ao vivo em broadcast ou até mesmo fazer downloads do material que já foi
transmitido.
O projeto do MM já dispõe da contribuição de outras empresas no que diz
respeito à produção de aplicativos para serem executados no sistema, como por
exemplo, a Alcatel-Lucent e a AT&T. E, por enquanto, não está disponível no Brasil.

2.7.3 Google TV

A Google ainda está entrando no ramo de IPTV. A sua plataforma, a Google


TV (GTV), estará no mercado somente a partir do início de 2011, mas muita coisa já
se sabe sobre ela. A principal diferença entre a GTV e as suas concorrentes está na
possibilidade de ser navegar na internet pelo Google Chrome que é executado
juntamente com o Android OS, o sistema operacional presente no set-top box.
Assim como a Microsoft Mediaroom, a GTV possui funções de VoD,
Broadcast TV e DVR. Além disso, a Google também distribuirá o famoso Software
Development Kit (SDK) do Android OS para que pessoas do chamado ecossistema
de desenvolvedores possam criar aplicativos para atuarem no sistema operacional
juntamente com o serviço.
Além da Google, estão presentes no projeto GTV outras três empresas: a
Sony, a Intel e a Logitech. A Sony produzirá televisores que já terão em si a função
do STB, a Intel projetará os processadores usados nos dispositivos da solução e a
Logitech fabricará os set-top boxes e seus periféricos (teclado e controle remoto, por
exemplo). A Figura 06 ilustra a Sony Internet TV (o lançamento da empresa com
GTV acoplada ao seu sistema) e o controle remoto projetado para aumentar a
acessibilidade.
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Figura 06 – Sony Internet TV e controle remoto


Fonte: Sonystyle.com (2010)

Toda a infra-estrutura da Google TV será semelhante à arquitetura geral do


serviço de TV que foi mostrado na Figura 03. A única diferença é a presença dos
servidores da Google que serão responsáveis pela parte de vendas de produtos,
aplicativos e serviços como o VoD. A Figura 07 mostra um diagrama mais simples da
arquitetura por trás dessa plataforma.

Figura 07 – Arquitetura resumida da Google TV


Fonte: Iptvmagazine.com (2010)
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A figura representa o STB da GTV com algumas subdivisões em seu sistema.


A parte de broadcast ilustrada representa a entrada HDMI in que o set-top box
frabricado pela Logitech – o Logitech Revue – possui em sua parte traseira. Onde
está escrito Internet na figura representa a entrada Ethernet que o aparelho possui.
As outras partes representam os softwares que são executados no sistema. A parte
descrita como Apps representa as aplicações instaladas no OS (Operational
System), que é o Android OS e atua juntamente com o UI (User Interface) que é a
parte gráfica e navegável do sistema operacional. A Figura 08 apresenta a parte
traseira do Logitech Revue e todas as suas interfaces.

Figura 08 – Parte traseira de um STB Google TV


Fonte: Logitech.com (2010)

Os elementos da parte traseira do Logitech Revue representados na figura,


da esquerda para a direita, são:
 Logitech Unifying – esse botão é exclusivo da tecnologia Logitech. Ele
ativa a sincronia entre o STB e até seis dos periféricos wireless Logitech
Revue que são compatíveis com ele. A Logitech desenvolveu 3 diferentes
acessórios que são compatíveis com o sistema GTV. São eles: a TV Cam
(uma webcam para vídeo-conferência), o Mini Controller (um controle
remoto pequeno com um teclado QWERTY e algumas teclas funcionais) e
o Keyboard Controller (um teclado com mouse acoplado que tem função
de controle remoto).
 HDMI in – é a porta que faz a conexão do STB com outros equipamentos
de recepção ou reprodução de mídia, como por exemplo, um STB de TV
por assinatura ou um aparelho leitor de Blu-ray.
 IR Blasters – essa duas portas permitem que se faça uma extensão do
receptor de raios infravermelhos. Isso permite o envio de comando do
controle remoto de áreas que não estejam ao alcance do set-top box.
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 USB – são portas usadas para conexão com dispositivos que possuem
também uma interface USB, como por exemplo, pen drives, HD externo,
etc.
 Ethernet – é por onde entram os pacotes que trazem todos os dados
referentes à imagem, som e demais aplicativos exibidos pelo aparelho de
televisão. Essa interface é conectada com o modem, roteador ou switch
que fazem o intermédio entre a rede externa e a local.
 HDMI out – é por onde passa o tráfego de imagem que vai do STB para a
televisão.
 SPDIF – é uma entrada que suporta a tecnologia SPDIF de transmissão
de dados de áudio por meio de fibra-óptica. Nessa entrada conectam-se
caixas de som ou periféricos de saída de áudio que também tenham
suporte a essa solução.
 Power – é por onde entra a energia elétrica que alimenta o STB.
O Logitech Renue, juntamente com o sistema do Android OS também permite
o uso de um smartphone como controle remoto. Desde que esse possua instalado
em si o aplicativo Logitech Harmony.
A Figura 09 apresenta dois smartphones com o aplicativo Harmony sendo
utilizado.

Figura 09 – Logitech Harmony em execução


Fonte: Logitech.com (2010)
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A GTV ainda está sendo aprimorada e complementada. Seus serviços e


equipamentos ainda não estão disponíveis no mercado brasileiro, mas assim que o
país tiver se adaptado totalmente à TV digital, os produtos certamente chegarão.

2.7.4 Apple TV

Mesmo sendo um projeto mais discreto no ramo da IPTV, a Apple TV também


entra na lista das plataformas que prometem conquistar uma fatia do mercado
consumidor dessa área. Com menos funções que as concorrentes da Google e da
Microsoft, a Apple TV é uma plataforma que trabalha somente com vídeo sob
demanda e alguns aplicativos.
O sistema de VoD funciona da seguinte maneira: o cliente escolhe, pela
interface gráfica do produto, o filme que quer alugar. Existem opções de filmes em
definição padrão e alta definição, com uma pequena diferença de custo entre eles. A
partir da locação o usuário tem até 30 dias para assisti-los pela primeira vez, a partir
da primeira exibição os vídeos estarão disponíveis por mais 24 horas e, depois
disso, serão desabilitados.
Na Apple TV também há a possibilidade de alugar episódios de programas e
seriados de TV. O sistema é parecido com o dos filmes, porém o preço por episódio
é reduzido e o vídeo estará disponível por 48 horas depois da primeira exibição.
A plataforma também possui 4 aplicativos: Netflix, YouTube, MobileMe e
Flickr. O primeiro é um aplicativo de aluguel de filmes também, mas ele é
administrado pela empresa Netflix. O segundo é uma adaptação do YouTube para as
televisões, possuindo uma interface mais simples e elegante, como ilustra a Figura
10. O MobileMe é um software da Apple que possibilita várias funções ao usuários
dos produtos da empresa. O Flickr, por fim, é um aplicativo que permite a
visualização de fotos pela rede social de mesmo nome, assim como o YouTube faz
com os vídeos.
Um diferencial da Apple TV é a possibilidade de sincronização entre ela e os
demais produtos da Apple como o iPod touch, iPad, iPhone e Mac. Através dessa
sincronia pode-se utilizar os dispositivos como controles remotos ou compartilhar, via
wireless, as listas de reprodução do iTunes deles.
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Figura 10 – Aplicativo YouTube para Apple TV


Fonte: Apple.com (2010)

Assim como as outras duas plataformas apresentadas, a Apple TV ainda não


está disponível no Brasil. Mas a expectativa é de que, em breve, ela também possa
ser utilizada pelos consumidores brasileiros.
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O projeto de pesquisa tem caráter bibliográfico. Mas além de transcrever a


teoria acerca do tema, é feita a análise e a comparação entre as diferentes
manifestações que esse apresenta. A prioridade da fonte de pesquisa foi dada a
materiais com credibilidade e abordagem científica.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As comparações do sistema da IPTV e com a TV digital foram feitas e


chegou-se à conclusão de que a tecnologia de televisão sobre IP tem melhores
serviços de interatividade e são transmitidas por conexões mais bem estruturadas e
com condições de fornecer mais possibilidades à execução. Além desses dois
pontos, conclui-se que os vídeos em alta definição que são característica da TV
digital também podem ser perfeitamente veiculados por meio da internet, o que
iguala a qualidade do material transmitido nos dois casos em relação a áudio e
vídeo.
O único quesito que dá vantagem à TV digital nessa concorrência é o custo
de adesão. Hoje em dia a quantidade de pessoas que podem ter acesso a uma
antena de TV é superior à de pessoas que têm acesso à internet, principalmente a
uma internet com o desempenho exigido pela IPTV. Talvez esse empecilho cause a
manutenção dos dois sistemas em funcionamento por um longo prazo.
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5 CONCLUSÃO

A tecnologia pode ser vista de diversas perspectivas. Desde uma


oportunidade de disseminar cultura e informação como uma forma de reprimir as
pessoas. Por esse motivo, deve-se buscar o melhor aproveitamento possível de
alguma inovação.
A IPTV vem ao mercado justamente com objetivo de ampliar o leque de
dispositivos para acesso às informações, as quais se tornam mais valiosas a cada
dia que se passa. Outra finalidade dessa tendência é a convergência de mais um
serviço nas redes IP. Isso pode ser útil à sociedade, uma vez que os antigos meios
de transmissão por microondas ou cabos serão menos utilizados, proporcionando
algumas vantagens no que diz respeito à organização e até mesmo na preservação
do meio-ambiente.
O fato de que grandes e visionárias empresas estão entrando nesse ramo
pode ser um indicador de que a IPTV pode vir com força para modificar de vez o
cenário mundial e implantar essa nova maneira de se transmitir o material áudio-
visual. Tal mudança vem sendo pretendida por empresas norte-americanas,
européias e japonesas há anos, mas nunca obteve sucesso e pode ser finalmente
feita com base no protocolo IP.
Mas para que haja uma boa aceitação, serão necessárias algumas mudanças
em relação às estruturas de rede. A internet deverá ser mais disseminada e
democratizada. As redes deverão estar preparadas para mais essa tarefas sendo
executada ou armazenada em seus dispositivos. E é nisso que as desenvolvedoras
das plataformas estão trabalhando.
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REFERÊNCIAS

RODRIGUES, Leandro Marques. IPTV: Conceitos, padrões e soluções. 2006.


Monografia (Ciência da Computação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.

MICROSOFT. On Demand Brief. Disponível em: <http://www.microsoft.com/


mediaroom>. Acesso em: 11 set. 2010.

_______. Microsoft Mediaroom Presentation Framework Whitepaper. Disponível


em: <http://www.microsoft.com/mediaroom>. Acesso em: 11 set. 2010.

_______. DVR Anywhere Brief. Disponível em: <http://www.microsoft.com/


mediaroom>. Acesso em: 11 set. 2010.

GOOGLE. TV meets web. Web meets TV. Disponível em: <http://www.google.com/


tv>. Acesso em: 1 set. 2010.

LACERDA, Anselmo et al. Serviço de distribuição de conteúdo multimídia em


uma plataforma IPTV. In: CONGRESSO DE PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE
NORTE NORDESTE DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, 2., 2007, João Pessoa.
Tópico temático... João Pessoa: CONNEPI, 2007. PDF.

ANDRÉ, Raul Filipe Mendes; GAMEIRO, Fábio Ferreira; FERNANDES, André da


Costa. IPTV – Universidade Técnica de Lisboa. Disponível em: <
http://www.img.lx.it.pt/~fp/cav/ano2009_2010/Trabalhos_MERC_2010/Artigo_MERC_
4/site%20IPTV/index.html>. Acesso em: 27 nov. 2010.

CISCO SYSTEMS. Cisco end-to-end solutions for IPTV. San Jose: Cisco
Systems, Inc, 2007. PDF.

SIQUEIRA, Ethevaldo. Imagem, som e muita emoção. In: 2015: como viveremos.
São Paulo: Saraiva, 2004. p. 62-103.

SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL. DTV. Disponível em:


<http://www.dtv.org.br>. Acesso em: 28 nov. 2010.

APPLE. The all-new Apple TV. Disponível em: <http://www.apple.com/appletv/>.


Acesso em: 26 out. 2010.

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