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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – INFRA-ESTRUTURAS DE TELECOMUNICAÇÕES EM EDIFÍCIOS


A introdução do regime ITED representa uma alteração da filosofia do quadro
regulatório do antigo RITA (Regulamento de Instalações Telefónicas de
Assinante) de forma a ter em atenção a evolução tecnológica das soluções de
infra-estrutura de rede a instalar nos edifícios.
Tem também em atenção as redes de cabo coaxial para difusão de sinais
sonoros e de video e o aparecimento das redes de televisão por cabo (CATV),
assim como as ligações efectuadas a partir das antenas hertzianas ou de
satélite.
Aborda, além disso, a possibilidade de realizar Redes de Cablagem Estruturada
que consistem numa infra-estrutura mista , utilizada para comunicações de
dados e de telefones.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – NÍVEIS DE QUALIDADE


No ITED definem-se níveis de qualidade para as diferentes redes a estabelecer
nos edifícios pela:
-escolha dos cabos;
-escolha dos dispositivos de ligação;
-sua correcta aplicação;
As infra-estruturas de telecomunicações a executar devem assegurar padrões
de desempenho e condições de transmissão adequados, procurando conseguir-
se cada vez mais uma maior largura de banda.

No quadro seguinte definem-se os diferentes níveis de qualidade considerados


no ITED.
O NQ 0 foi abandonado em termos de solução para a instalação de infra-
estruturas de telecomunicações em edifícios.
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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

REDES E NÍVEIS DE QUALIDADE DA CABLAGEM DE UM EDIFÍCIO


No quadro seguinte indicam-se os níveis mínimo e recomendado para a
qualidade da cablagem a instalar num edifício. O ICP-ANACOM sugere a
adopção de soluções tecnicamente mais avançadas indicadas como
Recomendado, prevendo-se no entanto que possam existir soluções mistas, em
que se combinam soluções mínimas e recomendadas.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Em resumo:
-para edifícios de 1 a 3 fracções autónomas - 2 redes de cablagem:
-uma em par de cobre;
-uma em cabo coaxial;
-para edifícios de 4 ou mais fracções autónomas – 3 redes de cablagem
-uma em par de cobre;
-uma em cabo coaxial;
-uma em cabo coaxial para radiodifusão sonora e televisiva do
tipo A – MATV;
-as redes individuais são compostas por 2 redes de cablagem:
-uma em par de cobre;
-uma em cabo coaxial;
-todos os materiais, dispositivos e equipamentos do NQ1b:
-devem ser de categoria 5 ou superior (classe D);
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-todos os materiais, dispositivos e equipamentos do NQ1c:


-devem ser de categoria 6 ou 7 (classes E ou F);
-o NQ para as redes individuais de cabos pares de cobre deve ser o
NQ 1b (Cat. 5);

ITED – COMPOSIÇÃO
As infra-estruturas de telecomunicações em edifícios compõem-se de:
-espaços;
-redes de tubagem;
-redes de cablagem;
-restante equipamento e material: conectores, tomadas e outros
dispositivos);
A figura seguinte apresenta um exemplo dos espaços e rede de tubagem de
uma ITED.
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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – ESPAÇOS
Espaço de telecomunicações inferior (ETI) – sala, compartimento, armário ou
caixa de acesso restrito, para a instalação de equipamentos e estabelecimento
de ligações, onde normalmente é instalado o ATE (armário de telecomunicações
do edifício), para interligação com os diversos operadores;

Espaço de telecomunicações superior (ETS) – sala, compartimento, armário ou


caixa de acesso restrito, para a instalação de equipamentos e estabelecimento
de ligações, para recepção e processamento de sinais sonoros e televisivos dos
tipos A, B e FWA.

Em edifícios com uma fracção autónoma (moradia unifamiliar, por ex.), o


equivalente aos ETS e ETI, será coincidente com o ATI (Armário de
Telecomunicações Individual).
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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – FRONTEIRAS COM AS REDES PÚBLICAS


As fronteiras das ITED com as redes públicas são as seguintes:
Fronteira da rede de tubagens de edifício
-nas instalações com entrada subterrânea: tubagem da entrada
subterrânea;
- nas instalações com entrada aérea: tubagem de entrada aérea;

Fronteira da rede de cabos do edifício, para edifícios com 1 fracção autónoma


-dispositivos de derivação / transição existentes na CEMU (Caixa de
Entrada de Moradia Unifamiliar);

Fronteira da rede de cabos do edifício, para edif. com + de 1 fracção autónoma


-repartidores gerais (RG), localizados nos ATE (Armários de
Telecomunicações de Edifício) existentes;
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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – LIGAÇÃO ÀS REDES PÚBLICAS DE TELECOMUNICAÇÕES


Esta ligação é efectuada através de cabos a que se dá o nome de cabos de
entrada, cuja instalação é da responsabilidade dos operadores públicos de
telecomunicações.
Consideram-se os seguintes tipos de entrada de cabos:
Entrada subterrânea
-é aquela cuja passagem é feita abaixo do nível do solo, à profundidade
mínima de 0,6 m;
Entrada aérea
-é aquela cuja passagem se faz acima do nível do solo, a uma altura
mínima de 2,5 m em relação ao solo;
Os operadores devem utilizar a entrada subterrânea. A entrada aérea só deverá
ser utilizada em casos excepcionais. Priveligia-se assim a inexistência de cabos
nas fachadas dos edifícios.
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A folga de 20% requerida para as entradas de telecomunicações tem a


intenção de facilitar a ligação rápida a novos clientes, com um mínimo de
intervenção.

O dimensionamento e montagem dos cabos de entrada, as eventuais


interligações entre os primários e os secundários dos repartidores gerais e dos
equipamentos associados ao serviço a prestar é da responsabilidade dos
operadores.

No caso particular das moradias unifamiliares é obrigatória a existência de


uma caixa designada CEMU (Caixa de Entrada de Moradia Unifamiliar) de
acesso restrito. Esta caixa está interligada ao ATI e deve ser localizada numa
zona acessível aos operadores públicos, normalmente no limite da
propriedade.
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Contém no seu interior os dispositivos necessários de interligação entre as


redes públicas de telecomunicações e a rede individual.

ITED – TUBOS DAS ENTRADAS AÉREAS E DA PAT (Passagem Aérea de


Topo)
Estes tubos devem satisfazer os seguintes requisitos mínimos:
-devem ser em material plástico;
-podem ser rígidos ou maleáveis;
-devem resistir a uma força de compressão média de 750 N;
-devem ter uma protecção contra impactos mecânicos com uma
energia de 2 joule (IK 07);
-devem ser adequados para temperaturas entre -15 e +60 ºC;
-devem ser dotados de características eléctricas de isolador;
-devem ser em material não propagador da chama;
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ITED – TUBOS ENTERRADOS


Estes tubos podem ser metálicos, não metálicos ou compostos e devem
satisfazer aos seguintes requisitos mínimos:
-podem ser rigidos ou maleáveis;
-com o interior liso;
-com o exterior liso ou corrugado;
-devem resistir a uma força de compressão média de 750 N;
-devem ter uma protecção contra impactos mecânicos com uma
energia de 15 joule (IK 10 – 20 joule);
-devem ser adequados para temperaturas entre -15 e +60 ºC;
-devem resistir à corrosão (para os metálicos e compostos), com um
grau de protecção médio, no interior e no exterior;
-devem ser em material não propagador da chama;

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ITED – DIMENSIONAMENTO DA LIGAÇÃO ÀS REDES PÚBLICAS


O seguinte quadro indica o número e diâmetro mínimo dos tubos a utilizar
para efectuar a ligação às redes públicas.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Não deverão existir curvas com um ângulo inferior a 120º.


Nas entradas aéreas, de construção opcional, recomenda-se como mínimo:
-um conjunto de 2 tubos de 32 mm de diâmetro, ligados ao ATE, ATI
ou CEMU, destinados à separação dos serviços em cabos de pares de
cobre dos suportados em cabos coaxiais;
-onde exista transição da rede subterrânea para a aérea pelo exterior,
far-se-á através de um tubo metálico na vertical;
Para os cabos em pares de cobre, devem ser respeitadas as dimensões
mínimas seguintes:

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ITED – REDE DE TUBAGENS


As redes de tubagens destinam-se a:
-suportar as redes de cabos a instalar;
-a permitir a alteração e a ampliação dessas redes de cabos;
É de salientar que todos os diâmetros de tubagem referidos no ITED são
considerados internos. Assim, quando se refere um tubo de 20 mm, está-se a
referir ao diâmetro útil, ou seja, o interno. Neste caso, deverá empregar-se um
tubo VD 25 e não VD 20.
A rede de tubagens divide-se em:
-rede colectiva de tubagens;
-rede individual de tubagens;
Os componentes da rede de tubagens mais comuns são indicados no quadro da
figura seguinte.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – REDE DE COLECTIVA DE TUBAGENS


É considerada no caso de edifícios com mais de uma fracção autónoma.
É limitada a montante:
-pela tubagem constituinte da entrada subterrânea, inclusive;
e a jusante:
-pelo Armário de Telecomunicações Individual (ATI), onde são alojados
os dispositivos para uso privativo de cada cliente, exclusive;

Deve ser contituída, pelo menos, por 2 colunas montantes:


-uma destina-se à passagem de cabos de pares de cobre;
-a outra destina-se à passagem de cabos coaxiais e de fibras ópticas;
Cada uma das colunas montante tem, no mínimo, 2 condutas, sendo uma delas
de reserva.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

As colunas montantes encontram-se ligadas entre si nas caixas de base e de


topo do edifício, por tubagem da mesma dimensão da que se utilize no própria
coluna ou por partilha do mesmo armário.

Quando pelas dimensões ou arquitectura do edifício for aconselhável o


desdobramento das colunas montantes, na vertical ou na horizontal, as colunas
resultantes estarão ligadas entre si, no mínimo num ponto.

As colunas montantes devem ser o mais rectilineas possível e ter capacidade


para servir todo o imóvel.

ITED – REDE INDIVIDUAL DE TUBAGENS


Destina-se a servir uma só fracção autónoma.
É limitada a montante:
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-pelo Armário de Telecomunicações Individual (ATI), inclusive;


e a jusante:
-pelas caixas de aparelhagem, inclusive;
Deve incluir, no mínimo, 1 tubagem para todos os tipos de cabos, quer sejam
em pares de cobre, em coaxial ou fibra óptica.
No caso particular de uma moradia unifamiliar é limitada a montante:
-pela Caixa de Entrada de Moradia Unifamiliar (CEMU), inclusive;
A ligação da CEMU ao ATI é realizada por 2 tubagens distintas, para
alojamento em separado do cabo de pares de cobre e do cabo coaxial.

Para os sistemas de uso exclusivo do edifício, nomeadamente os sistemas de


portaria, videoportaria e televigilância, deverá ser prevista uma rede de
tubagem específica, embora se preveja a interligação entre estes sistemas e as
ITED, nomeadamente no ATE ou no ATI.
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ITED – REDE DE TUBAGENS


A elaboração do projecto da rede de tubagens do edifício deve ter por base o
projecto da respectiva rede de cabos.
A rede de tubagens deve ficar, preferencialmente, embebida nas paredes.
Podem no entanto utilizar-se calhas técnicas ou, em casos especificos, a
tubagem ficar à vista.
O percurso da tubagem deve ser tanto quanto possível rectilineo, colocado na
horizontal ou na vertical.

O comprimento máximo dos tubos entre duas caixas deve ser de 12 m, quando
o percurso for rectilineo e horizontal. O número máximo de curvas, entre
caixas, é de duas. O comprimento, atrás referido, será, neste caso, reduzido de
3m por cada curva.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Os tubos à vista devem ser fixados às paredes com braçadeiras, cujo


espaçamento não deve ser superior a 50 cm.
As calhas devem ser fixadas às paredes com buchas ou colagem apropriadas.

A rede de tubagens deve ser projectada de modo que os condutores que


servem um cliente não sejam acessíveis a um outro cliente ou entidade
estranha.

As tubagens devem ser instaladas de forma a assegurar as seguintes distâncias


mínimas em relação a canalizações metálicas, nomeadamente de gás e água:
-pontos de cruzamento: 5cm;
-percursos paralelos: 20 cm;
No que diz respeito à separação entre cabos de telecomunicações e cabos de
energia eléctrica deve-se ter em consideração os tipos de cabos a instalar.
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ITED – ARMÁRIOS
Os armários (ATE e ATI) são o conjunto formado pelas caixas e pelos
respectivos equipamentos alojados no seu interior.
Os armários devem ser providos de legendas indeléveis, inscritas nas
estruturas convenientes, de modo a faciltar os trabalhos de execução das
ligações e a posterior exploração.

ITED – CALHAS
No caso de utilização de calhas, considera-se que um compartimento equvale a
um tubo.
Devem ter os seguintes requisitos mínimos:
-devem ser em material não metálico, com tampa desmontável com
um só utensilio;
-devem ter um no mínimo um IP 4X e um IK 07;
-devem ser em material não propagador da chama;
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ITED – SECÇÕES DAS TUBAGENS


Para dimensionamento do diâmetro interno dos tubos, conhecendo o número
de cabos e o diâmetro de cada um deles, usar-se-á de uma forma geral a
seguinte expressão:

Dtubo ≥ 1,6 × d12 + d 22 + ... + d n2


sendo:
Dtubo = diâmetro mínimo interno do tubo, em mm;
d1, d2, dn = diâmetro de cada um dos cabos que se pretende utilizar;
N = número de cabos a utilizar;
Para o caso das redes individuais, dado não existirem tubos de reserva, o
factor a utilizar deverá ser 1,8 e não 1,6.
O resultado obtido será arredondado para o diâmetro imediatamente superior.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Em instalações com calhas não são necessárias as caixas para passagem de


cabos. Para o seu dimensionamento cada compartimento da calha deve ser
considerado como um espaço independente, equivalente a um tubo.
Assim a secção útil determina-se de acordo com a seguinte expressão:

S calha ≥ 2 × S c
sendo:
Sc = soma das secções dos cabos que se instalam nesse espaço;
Salienta-se que uma tubagem de reserva aplicada às calhas pode ser entendida
como um compartimento dentro da calha.
No dimensionamento de coretes, esteiras ou caleiras deve ser utilizada uma
expressão idêntica à anterior, em que o factor multiplicativo passará de 2 a
2,2.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – CAIXAS DA REDE COLECTIVA DE TUBAGENS


As caixas a utilizar nas instalações de ITED dependem do número de pares de
cobre distribuídos, obedecendo ao indicado no quadro seguinte

No caso da rede de cabos coaxiais, deve ser utilizado o seguinte quadro:

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Todas as caixas da rede colectiva de tubagens devem estar identificadas com a


palavra “Telecomunicações”. As caixas da rede individual devem estar
identificadas na face exterior com a letra “T” ou “Telecomunicações”.
As caixas da rede colectiva devem possuir a indicação do tipo de cabo
(tecnologia) que se encontra no seu interior, tal como a seguir se indica:
Pares de cobre PC
Coaxial e fibra óptica CF
As caixas As caixas localizadas na coluna montante, além da palavra, são
identificadas por uma sequência alfanumérica de pelo menos 5 caracteres:
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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

-as duas letras da esquerda identificam o tipo de tecnologia (PC ou CF)


-segue-se uma barra de separação (/);
-os digitos da direita identificam o andar em que as caixas se localizam;
-a existência de um sinal (-) indica a existência de caves;
-em qualquer edifício o rés-do-chão é considerado o piso 00;
Exemplos:
PC/04: caixa da rede colectiva de pares de cobre, no 4º andar;
CF/00: caixa da rede colectiva de cabos coaxiais, no rés-do-chão;
Se existir mais do que uma coluna montante, depois dos dois algarismos finais
haverá uma barra (/)e uma letra do alfabeto que identifica a coluna montante
respectiva, iniciando-se pela letra A do alfabeto.
Exemplos: PC/01/A e PC/01/B: caixas da rede colectiva de pares de cobre, no
1º andar, das colunas A e B.
Para o caso dos desdobramentos temos:
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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Exemplos:
PC/02/00: caixa da rede colectiva de pares de cobre, no 2º andar, onde se
inicia o desdobramento;
PC/02/01: primeira caixa do desdobramento da rede colectiva de pares de
cobre, no 2º andar;
PC/03/C/04: quarta caixa do desdobramento da rede colectiva de pares de
cobre, no 3º andar, da coluna montante C;
Os ATE seguem uma designação diferente. São identificados com a própria sigla
seguida do andar onde estão localizados, ou com EXT se forem localizados no
exterior do edifício.
Exemplos:
ATE/00: Armário de Telecomunicações de Edifício, no rés-do-chão;
ATE/EXT: Armário de Telecomunicações de Edifício, localizado no muro exterior;

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – CAIXAS DA REDE INDIVIDUAL DE TUBAGENS


As caixas da rede individual de tubagem devem satisfazer os seguintes
requisitos mínimos:
-não metálicas;
-temperatura de serviço entre -15ºC e +55ºC;
-IK 02, se a montagem for embebida e IK 07 se montagem estiver à
vista;
-IP 4X, sendo a protecção ajustada ao local onde vão ser instaladas;
-resistentes à propagação da chama;
-identificadas com a letra “T”, ou com a palavra “Telecomunicações”,
marcada de forma indelével na face exterior da tampa;
Sempre que se utilizem caixas do tipo I na rede individual de tubagens, devem
ser respeitadas as dimensões mínimas indicadas no quadro seguinte.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

A caixa I1 é normalmente utilizada como caixa de aparelhagem, embora se


possam utilizar outras soluções, principalmente para alojar tomadas mistas.
As caixas I2 e I3 devem possuir tampa.

ITED – Caixa de Entrada de Moradia Unifamiliar (CEMU)


As dimensões mínimas da CEMU são as da caixa da rede colectiva do tipo C1.
No interior da CEMU são alojados os dispositivos que permitem a ligação das
redes públicas de telecomunicações à rede individual, tendo como mínimo:
-1 dispositivo de ligação e distribuição com capacidade para ligação de
4 pares de cobre, o qual deve estar adaptado ao NQ utilizado.
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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

A CEMU é instalada no exterior da moradia, a uma altura que permita o fácil


acesso dos operadores das redes públicas de telecomunicações.
A integridade das ligações e dos equipamentos contidos na CEMU será
salvaguardada pelo acesso restrito à caixa instalada, nomeadamente através
de fechadura apropriada.

ITED – BASTIDORES
Os bastidores utilizados nas ITED terão as dimensões adequadas aos
equipamentos a instalar, devendo satisfazer aos seguintes requisitos mínimos:
-exigência de porta com fechadura;
-deverá possuir alimentação eléctrica, fornecida através de circuitos
devidamente protegidos com dishuntores diferenciais, ligados a réguas
de tomadas, equipadas com interruptor on/off e filtro de rede;

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

-a ventilação é obrigatória, devendo estar em conformidade com os


equipamentos instalados;
-deverá possuir guias para acondicionamento da cablagem fixa, bem como
guias para arrumação dos chicotes de ligação;

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – REDE INDIVIDUAL DE TUBAGENS


A rede individual de tubagens é constituída por:
-1 tubo >= 25 mm da CEMU até ao Armário de Telecomunicações
Individual (ATI), para passagem de cabos de pares de cobre;
-1 tubo >= 32 mm da CEMU até ao ATI, para passagem dos cabos
coaxiais e fibras ópticas;
-a entrada subterrânea, ligada à CEMU, é realizada com 2 tubos com
diâmetro = 32 mm;
-o ATI é interligado ao quadro de energia eléctrica (Q.E.) por 2 tubos
de diâmetro >= 20 mm (1 tubo para o circuito de tomadas do ATI e o
outro tubo para o condutor de terra);
-o ATI é interligado por um tubo de diâmetro >= 20 mm a uma caixa
do tipo I1, para interligações futuras a equipamentos activos de cliente
que possam estar no interior do ATI, por exemplo uma rede Wireless;
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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

-no caso da entrada aérea ao nível do piso térreo, consideram-se 2


tubos com um diâmetro = 25 mm;
-a tubagem é partilhada por todos os tipos de cabos de
telecomunicações que sejam instalados;
A figura seguinte mostra a rede individual de tubagens para o caso de uma
moradia.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – REDE DE CABOS


O projecto da rede de cabos do edifício deve conter:
-a localização das colunas montantes, dos ATE, dos ATI, das antenas,
das entradas de cabos e da Passagem Aérea de Topo (PAT);
-a localização das tomadas de cliente;
-eventuais esquemas de interligação dos equipamentos terminais de
cliente;
-o esquema das terras de protecção;
-características da instalação eléctrica necessária às ITED;
Aconselha-se o uso generalizado de tomadas mistas, ou de espelho
comum, tornando-se assim mais fácil a instalação, com valorização do
aspecto estético. As caixas de aparelhagem devem estar adaptadas a este
tipo de tomadas.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Devem ser previstos, no interior das caixas que alojam os dispositivos de


ligação / transição, curvaturas com a necessária folga, para eventual
alteração de posições ou novas ligações e uma fixação eficaz com
braçadeiras, conforme indicado na figura seguinte.
Os cabos de passagem devem também fazer uma curvatura no interior da
caixa e ter braçadeiras de fixação.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Os cabos de passagem devem também fazer uma curvatura no interior da


caixa e ter braçadeiras de fixação. Deve ser garantida a continuidade de
todas as ligações de terra, desde as blindagens dos cabos até ao
barramento Geral de Terras das ITED, localizado no ATE.
Todas as ligações de condutores devem ser feitas por forma a garantir uma
boa resistência de contacto, inferior a 5 mΩ.
A repartição em cabo coaxial, ao longo da coluna montante e instalações
individuais, deve garantir os níveis de sinal e qualidade previstos. Cada
união de passivos deverá ter uma atenuação inferior a 1dB, à frequência de
trabalho mais elevada.
Os cabos coaxiais e as fibras ópticas instalados na coluna montante, ou em
qualquer outro percurso vertical, têm que ser amarrados em supensões
apropriadas ou apertados com braçadeiras de modo a impedir a
deformação do cabo, ou a deterioração do respectivo revestimento, tal
como
AAT indicado na figura seguinte.
CIE – 2007 39
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Numa rede de cabo coaxial as saídas não utilizadas têm de ser terminadas
por uma carga de impedância característica igual à do cabo coaxial utilizado
na rede.
AAT CIE – 2007 40
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Todos os cabos da rede colectiva devem ser numerados e etiquetados.


As tomadas devem ser identificadas com legendas indeléveis de modo a
existir correspondência com os terminais de saída do Dispositivo de
Derivação de Cliente (DDC) ou dos Tap de Cliente (TC)

ITED – REDE INDIVIDUAL DE CABOS


A rede individual de cabos deve incluir:
-1 dispositivo de ligação e distribuição para cabos de pares de cobre,
de categoria 5 (frequência máxima de 100 MHz / NQ1b) ou superior,
instalado na CEMU. A partir deste dispositivo:
-um cabo de pares de cobre, de categoria 5 ou superior, até ao Dispositivo
de Derivação de Cliente (DDC).

AAT CIE – 2007 41


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

-1 dispositivo de ligação coaxial que termina cada cabo coaxial que se


dirige ao Tap de Ciente (TC). O dispositivo está instalado na CEMU. A
partir deste dispositivo segue 1 cabo coaxial até ao TC.
-1 DDC, fazendo parte do ATI. A partir do DDC:
-distribuição em estrela até às tomadas de cliente, com
componentes de categoria 5;
-ligações suportadas em cabo de 4 pares de cobre (UTP, por
exemplo);
-tomadas de 8 contactos, por exemplo RJ 45 (1 tomada por
quarto, 1 tomada na sala e 1 tomada na cozinha);
-1 TC fazendo parte do ATI, por rede de cablagem coaxial instalada. A
partir do TC:
-distribuição em estrla atá às tomadas de cliente, em cabo
coaxial (RG59, RG6 ou RG7);
AAT CIE – 2007 42
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

-tomadas coaxiais: 1 tomada por quarto, 1 tomada na sala e 1 tomada


na cozinha;
A figura seguinte apresenta uma parte da rede de cabos de uma moradia.

AAT CIE – 2007 43


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – REDE INDIVIDUAL DE CABOS (LOCAIS USO PROFISSIONAL)


Neste caso a constituição da rede cabos tem a seguinte constituição:
-1 DDC fazento parte do ATI. A partir do DDC:
-distribuição em estrela até às tomadas de cliente, com
componentes de categoria 5;
-ligaçoes suportadas em cabo de 4 pares (UTP, por exemplo);
tomadas de 8 contactos (RJ45): 1 tomada por posto de
trabalho ou por cada 10 m2 de área útil;
-1 TC fazendo parte do ATI, por rede de cablagem coaxial instalada. A
partir do TC a distribuição é facultativa. No caso de ser concretizada:
-distribuição em estrela até às tomadas de cliente, em cabo
coaxial (RG59,RG6 ou RG7);
-tomadas coaxiais: 1 tomada por posto de trabalho ou por cada
10 m2;
AAT CIE – 2007 44
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

A figura seguinte apresenta uma parte da rede de cabos de instalação para


uso profissional.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES INDIVIDUAL (ATI)


No diagrama seguinte apresenta-se uma solução de ATI, com ligação a 1
rede de pares de cobre e a 2 redes de cabo coaxial com ligação a tomadas
mistas.
Estão incluidos 1 barramento de terras e 1 tomada de 230 Volt AC, com
terra.
As tomadas de 1 a 4 estão ligadas à rede de CATV e a um operador em par
de cobre.
As tomadas 5 e 6 recebem sinal de um sistema de MATV e de um segundo
operador em par de cobre.

AAT CIE – 2007 46


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 47


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

No diagrama seguinte apresenta-se uma constituição mais detalhada de


um painel de um Tap de Cliente (TC), neste caso com ligação a tomadas
simples com terminação num painel de fichas “F”, no TAP. Esta solução
introduz no entanto maiores atenuações.
As 4 primeiras tomadas recebem o sinal proveniente de CATV enquanto
que as tomadas 5 e 6 estão ligadas à rede de MATV.
As saídas não usadas devem estar carregadas com cargas simples de 75
ohm.

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CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 49


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

No diagrama seguinte apresenta-se uma constituição mais detalhada de


um DDC, integrado num ATI, mas com as ligações realizadas a tomadas de
8 contactos.
Consideram-se 2 operadores utilizando um o par 1 e o outro os pares 3 e
4.
As tomadas de cliente estão assim divididas pelos 2 operadores, através de
manobra dos chicotes de interligação: tomadas 1 e 2 para o 1º operador ;
tomadas 3, 4 e 5 para o 2º operador.

AAT CIE – 2007 50


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 51


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – INSTALAÇÃO DE TOMADAS DE 8 CONTACTOS (RJ45)


As tomadas permitem a ligação das ITED aos equipamentos terminais de
cliente.
A ligação dos 4 pares de cobre a cada tomada segue normalmente 2
esquemas de cores diferentes, A e B.
Pode ser adoptado qualquer um deles, devendo no entanto manter-se a
coerência em toda a instalação.
A figura seguinte mostra o exemplo de ligação de uma tomada de 8
contactos com o esquema A.

AAT CIE – 2007 52


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 53


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Uma linha de rede (LR) é suportada em 2 condutores (1 par).


Um cabo de 4 pares pode funcionar em vários “regimes”:
-8 condutores em que normalmente apenas os condutores 4 e 5 (par 1)
estão a suportar a LR;
-8 condutores em que cada conjunto de 2 condutores suporta uma LR e
portanto teremos 4 linhas de rede;
Na 1ª situação estamos perante uma situação de cat. 5 e na 2ª situação
estaremos em cat. 3.
Nas figuras seguinte mostram-se as cores utilizadas e os pares
correspondentes dos cabos UTP.

AAT CIE – 2007 54


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 55


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 56


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – REPARTIDOR GERAL DE PARES DE COBRE (RG-PC)


O RG-PC é basicamente constituído por dispositivos de ligação e
distribuição, sendo o elemento base a unidade modular, como por exemplo
o DDS ou DDE.
O RG-PC é composto por:
-primário, onde se vão ligar os cabos de entrada dos vários operadores,
constituído por DDS ou DDE;
-secundário, onde se liga a rede do edifício, constituída por DDE.
O dimensionamento do secundário do RG-PC é o resultado do somatório do
número de pares de cobre distribuídos pelas várias fracções autónomas.
Após o cálculo do número de unidades modulares que constituem o
secundário, dimensiona-se o primário com base no seguinte critério:
-o número de ligações possíveis do primário é igual a 1,5 vezes o nº de
ligações possíveis do secundário;
AAT CIE – 2007 57
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – REPARTIDOR GERAL DE PARES DE COBRE+ (RG-PC+)


Este dispositivo pode ser constituído por equipamentos activos (hubs,
routers, bridges, switches) e passivos (paineis e chicotes), normalmente
instalados em bastidores.
Este dispositivo está normalmente ligado, ou engloba, o RG-PC.
O projectista adaptará o RG-PC+ de acordo com as tecnologias em
questão, bem como com as necessidades dos utilizadores do edifício,
nomeadamente as dimensões e número de paineis, número, dimensões e
tecnologoia dos chicotes de interligação e tipo dos equipamentos
existentes.
No caso de existir um RG-PC+ em substituição do RG-PC, deve ser
seguida uma metodologia idêntica à indicada para o RG-PC.

AAT CIE – 2007 58


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – Armário de Telecomunicações do Edifício (ATE)


O armário de telecomunicações do edifício pode ser apenas constituído por
uma Caixa onde se alojam os diferentes Repartidores, no caso dos
edifícios de pequenas dimensões, ou ser constituído por diversas Caixas,
uma para alojar cada repartidor com que seja necessário dotar o edifício,
conforme indicado na figura seguinte.

AAT CIE – 2007 59


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – REDE DE CABOS COAXIAIS


Os cabos coaxiais a utilizar no interior dos edifícios devem ter as
seguintes características:
-devem ser flexíveis;
-devem ter uma impedância característica de 75 Ω;
-devem ter uma cobertura da malha de blindagem não inferior a 70%
da superfície do dieléctrico;
-devem ter frequências de trabalho até 1GHz para o NQ2a;
-devem ter frequências de trabalho até 2150 MHz para o NQ2b;
Normalmente são utilizados os cabos RG59, RG6, RG7 e RG11, os quais
têm a atenuação indicada mais adiante.

AAT CIE – 2007 60


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – REPARTIDOR GERAL DE CABO COAXIAL (RG-CC)


O repartidor Geral de Cabo Coaxial (RG-CC) é o dispositivo que faz a
interligação dos cabos coaxiais dos diversos operadores à rede de
distribuição em cabo coaxial do edifício.
No RG-CC inicia-se a rede de cabos coaxiais do edifício, num repartidor,
numa união para interligação ou num amplificador.
Os níveis de sinal na entrada do RG-CC deverão estar entre 75 e 100
dBµV, de modo a garantir os níveis de sinal calculados para as tomadas de
cliente.
ITED – TAP de CLIENTE (TC)
O Tap de Cliente é um dispositivo passivo, utilizado nas redes de cabo
coaxial, que faz a transição entre a rede individual de cabos e a rede
colectiva, a partir do qual se faz a distribuição dos sinais de radiodifusão
sonora e televisiva dos tipos A (MATV), B (SMATV) e CATV.
Os
AAT TC estão situados no interior
CIE –do ATI.
2007 61
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Cada um dos TC, um por cada cablagem coaxial instalada, é contituído por
1 entrada e várias saídas do tipo fêmea. Essas saídas destinam-se a ser
ligadas às tomadas coaxiais de cliente (distribuição em estrela).
Os cabos coaxiais da rede individual de cabos que se encontram junto ao
TC são terminados em fichas do tipo macho e devem estar
obrigatóriamente identificados com a indicação da tomada a que se
dirigem.
As saídas que não forem utilizadas devem ser terminadas com cargas
coaxiais adequadas.
Na tabela seguinte indicam-se atenuações tipicas, por metro, de cabos
coaxiais utilizados na distribuição de sinais até 1 GHz.

AAT CIE – 2007 62


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – ZONA DE ACESSO PRIVELIGIADO (ZAP)


Recomenda-se a existência de uma Zona de Acesso priveligiado
caracterizada pela existência, no mesmo local, de 2 tomadas coaxiais a
uma distância máxima de 30 cm, de preferência integradas no mesmo
espelho.
Esta zona vai permitir a ligação simultânea de um mesmo equipamento
terminal de cliente a 2 sinais distintos provenientes de 2 redes coaxiais,
estando assim preparada para futuros serviços baseados na tecnologia
coaxial. A localização da ZAP fica ao critério do projectista.
AAT CIE – 2007 63
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – REDE DE CABO COAXIAL: REPARTIDORES E DERIVADORES


Os conceitos de repartidor e derivador na rede coaxial podem enterder-se
como:
Repartidores: são acessórios passivos utilizados como divisores de sinais
de TV e rádio cuja particularidade principal é a divisão dos sinais de forma
equilibrada pelas saídas que o compõem.
Derivadores: são acessórios passivos que são instalados nas redes
colectivas de cabo coaxial e cuja principal função é fazer derivar os sinais
de TV que circulam ao longo da coluna em direcção aos ATI colocados nas
unidades autónomas.

AAT CIE – 2007 64


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – PROTECÇÃO E SEGURANÇA


As ITED devem estar protegidas contra perturbações provocadas por
descargas eléctricas atmosféricas, assim como contra a influência
electromagnética das linhas de transporte de energia de alta e baixa
tensão, que poderão provocar nelas o aparecimento de potenciais
estranhos, quer por contacto directo quer por indução.
A protecção é conseguida com a colocação de orgãos de protecção, que
têm por objectivo interromper o circuito e escoar para a terra as correntes
provocadas pelas descargas eléctricas.
Para interligação entre caixas e os dispositivos nelas contidos deve ser
utilizado condutor de secção maior ou igual a 1,5 mm2, sendo as
interligações efectuadas nos respectivos bornes de terra. Para as caixas
da rede colectiva, elas serão interligadas por um condutor de secção
maior ou igual a 2,5 mm2.
AAT CIE – 2007 65
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Como recomendações gerais deve ser considerado:


-a instalação de descarregadores nos primários do RG_PC;
-a instalação de descarregadores nos primários dos DDC, quando o
acesso a estes for efectuado directamente por via aérea;
-a instalação de descarregadores nos dispositivos de ligação da CEMU;
-a instalação de descarregadores coaxiais entre as antenas e o RG-CC
respectivo após a Passagem Aérea de Topo (PAT);
Os cabos a utilizar na ligação à terra de protecção (condutores de terra)
devem ser do tipo V, com o revestimento exterior verde / amarelo ou
verde / vermelho.
A cor verde / vermelho deve ser utilizada nos casos onde possa existir
confusão entre os condutores de terra das ITED e outros condutores de
terra.
Nas figuras seguintes indica-se o modo de realizar os circuitos de terra.
AAT CIE – 2007 66
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 67


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 68


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 69


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ITED – A INSTALAÇÃO ELÉCTRICA


O projecto da instalação eléctrica das ITED faz parte do projecto geral da
instalação da rede eléctrica de baixa tensão do edifício, devendo no
entanto o projecto das ITED conter um esquema da respectiva instalação
eléctrica.
Além da ligação à terra atrás referida, a instalação eléctrica das ITED
deverá ter o seguinte número mínimo de tomadas de corrente:
-a instalar no ATE: 4 tomadas com terra, ligadas a um circuito de
energia proveniente do quadro eléctrico geral do edifício;
-a instalar no ATI: 1 tomada com terra, ligada a um circuito de
energia proveniente do quadro eléctrico da fracção autónoma.
Os circuitos de alimentação destas tomadas devem ser protegidos por
dispositivo diferencial, como se mostra na figura anterior.

AAT CIE – 2007 70


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

CABLAGEM ESTRUTURADA
1 – INTRODUÇÃO
A cablagem estruturada é um conceito recente, que consiste numa
infaestrutura de comunicação que se pretende ser:
-multi-serviços;
-multi-função;
-duradoura;
Deve ser uma estrutura de base capaz de satisfazer as necessidades de
comunicação da entidade por um período de tempo tão extenso quanto
possível.
Surge como consequência directa de 3 factores:
-o crescimento das redes informáticas e de telefones;
-os problemas de organização / manutenção das referidas redes;
-a necessidade de possuir uma rede de absoluta confiança;
AAT CIE – 2007 71
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Uma cablagem estruturada deve satisfazer os seguintes objectivos:


-capacidade de acompanhar a evolução tecnológica dos equipamentos a
ela ligados;
-suporte da evolução dos protocolos que estabelecem as regras de
comunicação através desta;
-total flexibilidade por forma a acompanhar as alterações e
reconfigurações organizacionais ou de espaços da entidade;
-independência face aos fabricantes de equipamento informático ou de
telecomunicações;
-minimizar o impacto estético através da utilização racional dos cabos e
evitar grandes conjuntos de cabos junto dos postos de trabalho;

É ainda possível transmitir imagem sobre uma rede deste tipo.

AAT CIE – 2007 72


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Este tipo de projectos envolve normalmente equipamento activo e passivo,


permitindo incluir entre outras as seguintes redes:
-rede de distribuição de televisão (CATV);
-rede telefónica;
-rede informática;
-rede de marcação de ponto e controlo de acessos;
-rede de televigilância;
-rede de gestão centralizada, etc.
Envolve uma componente passiva muito importante incluindo cabos de pares
de cobre (UTP, TVHV, etc.) e cabos de fibra óptica.
A esta rede estão geralmente associados alguns equipamentos de
comunicações tais como centrais telefónicas e equipamentos activos de redes
de comunicação de dados, para a componente informática.
A figura seguinte mostra um bastidor para uma rede deste tipo.
AAT CIE – 2007 73
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 74


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Uma cablagem estruturada tem, um longo tempo de vida não necessitando de


upgrades frequentes, desde que seja utilizada a tecnologia correcta.

No planeamento de um sistema de cablagem devem ser adoptados principios


que garantam a máxima longevidade e versatilidade.
A longevidade deve ser estimada entre 10 a 15 anos, o que corresponde
normalmente ao período de garantia oferecido pelos maiores fabricantes de
equipamento.

A flexibilidade na utilização de um sistema de cablagem é garantida pela


instalação de tomadas para acesso à rede em todos os locais em que se possa
prever, ainda que remotamente, a necessidade da utilização de equipamentos
de telecomunicações.

AAT CIE – 2007 75


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Deverá existir um local técnico, com um ou mais bastidores, por piso.


Assim, a infra-estrutura a instalar (bastidores, esteiras metálicas, calhas
técnicas, etc.) deverá permitir o crescimento de uma forma simples e sem
necessidade de modificações a nível estrutural.

A infra-estrutura da cablagem estruturada deve ser concebida de acordo com a


norma TIA/EIA-569-B.

Esta norma abrange as seguintes áreas:

-percursos de cablagem horizontal;

-percursos de cablagem vertical;

-salas de telecomunicações;

-áreas de trabalho;

AAT CIE – 2007 76


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

-armários de telecomunicações;
-salas de equipamentos;
-entrada de serviços;
PERCURSOS DE CABLAGEM HORIZONTAL
Os percursos de cablagem horizontal consistem nas infra-estruturas destinadas
ao percurso dos cabos desde o armário de telecomunicações até à área de
trabalho.
Os percursos horizontais devem ter um comprimento máximo de 90 metros,
desde o bastidor até à tomada terminal.
A figura seguinte apresenta um esquema de um percurso horizontal, no qual
se verifica que o comprimento máximo aconselhado entre um bastidor e uma
tomada terminal é de 90 metros, de forma a que a soma dos comprimentos do
chicote de interligação no bastidor, da ligação permanente entre bastidor e
tomada e do chicote de ligação terminal não ultrapasse os 100 metros.
AAT CIE – 2007 77
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 78


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Podemos ainda utilizar caixas de distribuição de zona às quais podemos ligar


de 1 a 12 tomadas terminais RJ45, utilizando pontos de consolidação (CP)
conforme indicado na figura seguinte:

AAT CIE – 2007 79


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

No ponto de consolidação é instalada uma caixa de distribuição ou MUTO


(multi user terminal outlet), devendo as ligações até às tomadas terminais não
ultrapassar os 20 metros, conforme indicado na figura seguinte:

AAT CIE – 2007 80


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Podem utilizar-se tubagens em percursos horizontais apenas quando:


-a localização do ponto é permanente;
-a densidade de cablagem é baixa;
-não se requer flexibilidade;
Devem-se evitar troços com um comprimento superior a 30 m e com mais de
2 curvas de 90º.
O raio interno das curvas deve ter no mínimo 6 vezes o valor do diâmetro
interno do tubo.
Para tubos de diâmetro superior a 50 mm esta relação deverá ser de 10 vezes.
Para a instalação de fibras ópticas a relação deverá ser sempre no mínimo de
10 vezes.

AAT CIE – 2007 81


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Os percursos de cablagem horizontal podem incluir:


-calhas de pavimento ou calhas de rodapé;
-passagens em piso falso;
-passagens em tubagem;
-esteiras ou caminhos de cabos;
-passagens através de tecto falso;

Características das passagens através de tecto falso


-as áreas de tecto falso inacessível não devem ser utilizadas como
percursos de distribuição;
-a estrutura de sustentação do tecto falso não deve ser utilizada como
suporte para a infra-estrutura de percurso dos cabos;
-os cabos não devem ser colocados directamente sobre as placas do
tecto falso;
AAT CIE – 2007 82
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Características das passagens em calhas de pavimento ou de rodapé


-a taxa de ocupação deve estar compreendida entre 30% e 60% da
capacidade máxima, dependendo do raio de curvatura dos cabos;
No quadro seguinte indicam-se os comprimentos máximos recomendados,
quer para os chicotes de ligação quer para os cabos, em função da categoria
de cabo utilizada.

AAT CIE – 2007 83


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

PERCURSOS DE CABLAGEM VERTICAL

Os percursos de cablagem vertical consistem nas infra-estruturas destinadas


ao percurso dos cabos entre armários de telecomunicações ou entre a Sala de
Equipamentos e os armários de Telecomunicações.

Entre os diversos pisos de um edifício devem ser dispostos ductos com uma
largura de 10 cm para cada 5000 m2 de área útil, mais dois ductos adicionais
para crescimento ou reserva.

Na figura seguinte mostra-se um ducto de passagem e uma abertura de


passagem entre dois pisos de um edifício.

AAT CIE – 2007 84


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

AAT CIE – 2007 85


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

A figura seguinte mostra a ligação entre bastidores localizados num distribuidor


de campus, distribuidor de edifício e distribuidor de piso.

Como se mostra na figura, a ligação entre o distribuidor de campus e um


distribuidor de edifício deve ser preferencialmente realizada em fibra óptica.

AAT CIE – 2007 86


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Estes ductos devem estar convenientemente equipados com bloqueios contra


fogo. Assim, a figura seguinte mostra a utilização de bloqueadores de chama
na abertura existente entre dois pisos, de acordo com a norma EIA/TIA-569-B.

AAT CIE – 2007 87


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

SALAS DE TELECOMUNICAÇÕES
As dimensões das salas de telecomunicações dependem da área útil do piso
em causa. Assim, no quadro seguinte indicam-se as dimensões mínimas
recomendadas para uma sala de telecomunicações, em função da área útil do
piso.

Para áreas menores do que 100 m2 recomenda-se o uso de bastidores


localizados numa área técnica.

AAT CIE – 2007 88


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Para áreas até 500 m2 recomenda-se também a utilização de bastidores com


as dimensões de 260 cm por 60 cm de profundidade, a localizar numa área
técnica.
Devem ser previstas salas adicionais sempre que a área por piso for superior
a 1000 m2 e quando a distância de cablagem horizontal for superior a 90
metros.

ÁREAS DE TRABALHO

Em áreas de trabalho a norma recomenda a instalação de uma a duas


tomadas duplas por cada 10 m2 de espaço disponível.

No entanto a experiência mostra que pode chegar-se a necessitar de 1


tomada por cada 4 m2.

O ITED recomenda 1 tomada terminal, no mínimo, por posto de trabalho / 10


m2.
AAT CIE – 2007 89
CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ARMÁRIOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Os armários de telecomunicações constituem os pontos de transição entre as


rotas horizontal e vertical.

Devem estar localizados o mais próximo possível do centro da área útil


considerada para a distribuição.

Não devem ser instalados nestes espaços equipamentos não relacionados,


nem sequer passar através dos mesmos.

Deve portanto existir, no mínimo, um armário de telecomunicações por piso,


sendo necessário um adicional se as distâncias excederem os 90 metros.

Nos locais destinados aos armários de telecomunicações deve-se


disponibilizar iluminação, energia eléctrica e AVAC.

AAT CIE – 2007 90


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

ENTRADA DE SERVIÇOS
A entrada de serviços é o local ou espaço destinado à entrada de cabos de
telecomunicações no edifício.
Os processos básicos para a entrada no edifício pode ser um dos seguintes:
-através de galeria subterrânea;
-através de cabo directamente enterrado;
-através de entrada aérea;
A entrada de serviços deverá ser preferencialmente próxima da sala de
equipamentos e dos percursos da cablagem vertical e horizontal.

AAT CIE – 2007 91


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

REPARTIDOR GERAL (RG)

AAT CIE – 2007 92


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

DISPOSITIVOS DE DERIVAÇÃO SIMPLES E COM CORTE E ENSAIO

AAT CIE – 2007 93


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

CABOS UTP

AAT CIE – 2007 94


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

CABOS STP

AAT CIE – 2007 95


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

CABO COAXIAL

AAT CIE – 2007 96


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

CAIXA DO TIPO I1 CAIXA DO TIPO I2

AAT CIE – 2007 97


CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

CAIXA DO TIPO I3 CAIXA DO TIPO C1 FICHA RJ45

AAT CIE – 2007 98

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