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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
DAGHLIAN, J. Lógica e álgebra de Boole. 2ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1988. 167 p.
ALENCAR FILHO, E. de. Iniciação à lógica matemática. 18ª ed. São Paulo: Nobel, 2008. 203 p.
SOUZA, J.N. de. Lógica para ciência da computação: fundamentos de linguagem, semântica e
sistemas de dedução. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. 309 p.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
COSTA, N.C.A. Ensaios sobre os fundamentos da Lógica. 2ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
255 p.
ROSEN, K.H. Matemática discreta e suas aplicações. 6ª ed. São Paulo: McGraw- Hill, 2009.
1008 p.
Definição: Um interruptor é um dispositivo ligado a um circuito elétrico que pode assumir dois estados: aberto ou
fechado. Quando aberto não permite a passagem de corrente elétrica, enquanto fechado a corrente passa livremente
pelo ponto.
a
a
aberto fechado
Para simplificar denotaremos um interruptor por uma letra minúscula do nosso alfabeto. Quando o interruptor estiver
aberto, diremos que a = 0, enquanto fechado, diremos que a = 1.
Dois interruptores a e b podem estar conectados através de dois tipos de ligações: paralela ou serial.
Denotaremos a ligação de dois interruptores a e b em paralelo por a + b. Já a ligação em serial será denotada por
a • b.
a
a b
b
Observe que em uma ligação paralela somente haverá passagem de corrente elétrica se pelo menos um dos
interruptores estiver fechado (1). Por outro lado, na ligação serial é necessário que ambos os interruptores estejam
fechados para que a corrente possa passar.
Exemplos:
1) Determinar a expressão algébrica correspondente aos circuitos desenhados:
a) c)
a a b
b c c d
Solução: a + b • c Solução: a • b + c • d
b) d)
b a c
a
c b d
Solução: a • (b + c) Solução: (a + b) • (c + d)
a) a · (b + c) · d c) a • (b + c • d)
b b
Solução: a d Solução: a
c c d
a b a
Solução:
c d b c d
Solução:
p q
Exercícios:
1) Dar as expressões algébricas dos circuitos desenhados:
z a b e
a) x y
t w c d f
h
)
y x z r
b) x t
z y s t
y p r
c) x i)
z w q s t
x y a b c
d)
t w x y z
j)
z p q r
e) x y w
t u v w
a a b c
d
b c d e f
f)
p q r
x y z k)
s t u
x y
h i j
t w
g) k l m
a b
2. Proposições ( 2º aula )
Exemplos:
1) O Brasil fica na América do Sul.
2) 2 + 3 = 5.
3) 5 < 2.
4) A Alemanha fica na Ásia.
Observe que nos exemplos acima as proposições 2) e 3) estão escrita na forma simbólica, e as proposições 1) e 4) na
linguagem usual.
Dizemos que o valor lógico de uma proposição é a verdade (1) se a proposição for verdadeira e é a falsidade (0) se a
proposição for falsa.
Ainda utilizando os exemplos acima, temos que o valor lógico das proposições 1) e 2) é a verdade (1), pois ambas as
proposições são verdadeiras. Já o valor lógico das proposições 3) e 4) é a falsidade (0), uma vez que tais proposições
são falsas.
Definição: Uma proposição é dita simples quando não contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si
mesma. Representaremos estas proposições pelas letras minúsculas do nosso alfabeto (p, q, r, s etc).
Exemplos:
1) p: Carlos é paulista.
2) q: Está chovendo.
3) r: Hoje é domingo.
Definição: Uma proposição é dita composta quando é formada por duas ou mais proposições relacionadas pelos
conectivos adequados (e, ou, se...então, se e somente se). Indicaremos as proposições compostas pelas letras
maiúsculas do nosso alfabeto (P, Q, R, S etc).
Exemplos:
2) Hoje é domingo e está chovendo.
3) Carlos é paulista ou João é carioca.
4) Se Carlos é paulista então Maria é gaúcha.
5. Tabela-verdade
Utilizaremos a tabela-verdade para determinar o valor lógico das proposições compostas, lembrando sempre que toda
proposição pode assumir somente um dos dois valores lógicos possíveis (verdadeiro, falso), não existindo nenhuma
outra possibilidade.
O número de linha da tabela-verdade é determinado pela fórmula: 2n, onde n é o número de proposições.
Exemplos:
p
0
1 0
p
2 1
1
2) Duas proposições p e q:
22 = 4 linhas
0
p q
q
1 0 0 0
1
2 0 1
p
3 1 0
0
4 1 1 1
q
3) Três proposições p, q e r:
23 = 8 linhas
r
p q r 0
1
1 0 0 0
q
2 0 0 1
0
3 0 1 0 1
r
4 0 1 1
1
5 1 0 0
p
6 1 0 1
0
7 1 1 0
r
8 1 1 1 0
1
0
1
r
7. Negação ( ‘ ) = “não”
Exemplos:
1) p: Está chovendo.
p’: Não está chovendo.
2) q: Hoje é domingo.
q’: Hoje não é domingo.
Quando uma proposição p é acrescida do operador lógico da negação - ( ‘ ) = “não” - a proposição resultante, ou
seja, p’, será verdadeira se p for falsa; será falsa se p for verdadeira.
Na tabela-verdade temos:
p p'
0 1
1 0
8. Conjunção ( • ) = “e”
Exemplo:
p: Maria é estudante.
q: João é mecânico
p • q: Maria é estudante e João é mecânico.
Quando duas proposições p e q são relacionadas pelo operador lógico da conjunção - ( • ) = “e” - a proposição
resultante, ou seja, p • q, será verdadeira somente se ambas as proposições forem verdadeiras. Será falsa nos
demais casos.
Na tabela-verdade temos:
p q p•q
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
Exemplo:
p: Daniela é carioca.
q: Mário é paulista.
p + q: Daniela é carioca ou Mário é paulista.
Quando duas proposições p e q são relacionadas pelo operador lógico da disjunção - ( + ) = “ou” - a proposição
resultante, ou seja, p + q, será falsa somente se ambas as proposições forem falsas. Será verdadeira nos demais
casos.
Na tabela-verdade temos:
p q p+q
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
Exemplo:
p: Paulo é marceneiro.
q: Danilo é estudante.
p → q: Se Paulo é marceneiro então Danilo é estudante.
Quando duas proposições p e q são relacionadas pelo operador lógico do condicional - ( → ) = “se...então” - a
proposição resultante, ou seja, p → q, será falsa somente se a primeira proposição for verdadeira e a segunda for
falsa. Será verdadeira nos demais casos.
Na tabela-verdade temos:
p q p →q
0 0 1
0 1 1
1 0 0
1 1 1
Exemplo:
p: Renato mora em São Paulo.
q: Mariana mora em Campinas.
p ↔ q: Renato mora em São Paulo se e somente se Mariana mora em Campinas.
Quando duas proposições p e q são relacionadas pelo operador lógico do bicondicional - (↔ ) = “se e somente se” -
a proposição resultante, ou seja, p ↔ q, será verdadeira somente se o valor lógico de ambas as proposições forem
iguais. Será falsa nos demais casos.
Na tabela-verdade temos:
p q p↔q
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 1
Exercícios:
3) Sejam as proposições p: João joga basquete e q: Mário joga vôlei. Escreva na linguagem usual as seguintes
proposições:
a. p•q
b. p’ + q
c. p’ • q’
d. p → q’
e. q ↔ p’
f. q →p
4) Dadas as proposições p: Faz calor e q: Está chovendo. Escrevam na linguagem simbólica as seguintes
proposições:
g. Faz calor e não está chovendo.
h. Se faz calor então está chovendo.
i. Está chovendo se e somente se não faz calor.
j. Se não está chovendo então faz calor.
k. Não faz calor ou não está chovendo.
l. Não está chovendo nem faz calor.
m. Está chovendo, mas faz calor.
6) Se V(p) = V(q) = 1 e V(r) = V(s) = 0, determine o valor lógico de cada uma das proposições abaixo:
u. p’ + r
v. r + (p → s)
w. p’ + (r • s)’
x. q ↔ p’ • s
y. (p ↔ q) + (q → p’)
z. (p ↔ q) • (r’ → s)
aa. p’ + (q • r → s’)
bb. (p’ + r) → (q → s)
cc. p’ + (q • s)’ → r ↔ s’
dd. (q’ • (r’ + s)’ ↔ p) → r
7) Classifique as proposições compostas abaixo, como conjunção, disjunção, condicional, bicondicional ou negação:
ee. p + q →r
ff. p + (q • r’)
gg. p • q → r’
hh. p + (q • r) ↔ p’
ii. (p + q)’
jj. (p → q’) • r
Para se construir a tabela-verdade de uma proposição composta dada, procede-se da seguinte maneira:
a) Determina-se o número de linhas da tabela-verdade que se quer construir;
b) Observa-se a precedência entre os conectivos, isto é, determina-se a forma das proposições que ocorrem
no problema;
c) Aplicam-se as definições das operações lógicas que o problema exigir.
p q p' q' p • q’ p • q’ + p’
0 0 1 1 0 1
0 1 1 0 0 1
1 0 0 1 1 1
1 1 0 0 0 0
p q p' q + p’ p → q + p’
0 0 1 1 1
0 1 1 1 1
1 0 0 0 0
1 1 0 1 1
3) (p • q)’ + (q ↔ p)’
4) p + r’ → q’ • r
p q r q' r' q’ • r p + r’ p + r’ → q’ • r
0 0 0 1 1 0 1 0
0 0 1 1 0 1 0 1
0 1 0 0 1 0 1 0
0 1 1 0 0 0 0 1
1 0 0 1 1 0 1 0
1 0 1 1 0 1 1 1
1 1 0 0 1 0 1 0
1 1 1 0 0 0 1 0
Definição: De acordo com a última coluna da tabela-verdade de uma proposição composta, podemos classificá-la em:
Tautologia – quando o valor lógico da proposição for sempre a verdade (1), quaisquer que sejam os valores
lógicos das proposições componentes;
Contradição - quando o valor lógico da proposição for sempre a falsidade (0), quaisquer que sejam os
valores lógicos das proposições componentes;
Contingência – quando ocorrem os dois valores lógicos 0 e 1 na tabela-verdade.
Exemplos:
1) p • q’ → p’
p q p' q' p • q’ p • q’ → p’
0 0 1 1 0 1
0 1 1 0 0 1
1 0 0 1 1 0
1 1 0 0 0 1
P Q
p q p↔q q' p • q’ (p • q’)’
0 0 1 1 0 1
0 1 0 0 0 1
1 0 0 1 1 0
1 1 1 0 0 1
P ⇒ Q (P implica Q)
Q ⇒ P (Q não implica P)
P ⇔ Q (P não é equivalente a Q)
2) P: q
Q: (p • q)’
P Q
p q p•q (p • q)’
0 0 0 1
0 1 0 1
1 0 0 1
1 1 1 0
P ⇒ Q (P não implica Q)
Q ⇒ P (Q não implica P)
P ⇔ Q (P não é equivalente a Q)
3) P: p ↔ q
Q: (p → q) • (q → p)
P Q
p q p↔q p →q q →p (p → q) • (q → p)
0 0 1 1 1 1
0 1 0 1 0 0
1 0 0 0 1 0
1 1 1 1 1 1
P ⇒ Q (P implica Q)
Q ⇒ P (Q implica P)
P ⇔ Q (P é equivalente a Q)
Respostas:
m g h i
b)
p q r
s
q
m r
p
n
c)
h t u
p )
q a c d
b e
x y
d)
u v
q
p r p
e)
r s
i)
q s a
t v
r u w x
p
f)
s
q
t
3) Sejam as proposições p: João joga basquete e q: Mário joga vôlei. Escreva na linguagem usual as seguintes
proposições:
a) João joga basquete e Mário joga vôlei.
b) João não joga basquete ou Mário joga vôlei.
c) João não joga basquete e Mário não joga vôlei.
d) Se João joga basquete então Mário não joga vôlei.
e) Mário joga vôlei se e somente se João não joga basquete.
f) Se Mário joga vôlei então João joga basquete.
4) Dadas as proposições p: Faz calor e q: Está chovendo. Escreva na linguagem simbólica as seguintes
proposições:
a) p • q’
b) p →q
c) q ↔ p’
d) q’ → p
e) p’ + q’
f) q’ • p’
g) q•p
5) Sabendo que V(p) = 0 e V(q) = 1, determine o valor lógico de cada uma das proposições abaixo:
a) 1
6) Se V(p) = V(q) = 1 e V(r) = V(s) = 0, determine o valor lógico de cada uma das proposições abaixo:
a) 0
b) 0
c) 1
d) 0
e) 1
f) 0
g) 1
h) 1
i) 0
j) 1
7) Classifique as proposições compostas abaixo, como conjunção, disjunção, condicional, bicondicional ou negação:
a) Condicional
b) Disjunção
c) Condicional
d) Bicondicional
e) Negação
f) Conjunção