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PT x PSDB: uma disputa entre compadres

Alceu A. Sperança

Há uma clara manobra elitista para impor ao Brasil uma espécie


de bipartidarismo a la EUA ou algo como os sistemas britânico e
alemão. Com lei ou sem lei, já que esta, para os manda-chuvas em
geral, é mera argila que moldam a seu jeito, como querem.
Toda vez que petistas e tucanos se agridem, sempre que Lula e
FHC, amicíssimos nos tempos da ditadura, começam a se cutucar
como crianças dizendo “o meu pai é mais forte que o teu”, fica ainda
mais claro o projeto das forças que governam o Brasil.
Nesse arranjo, seja qual for o partido ou o governante da vez, ele
estará sempre a serviço do mesmo fio condutor, cuja origem está lá
atrás, na esperteza do general Golbery do Couto e Silva
(1911−1987).
O pombo Golbery (contrário aos falcões da ultradireita) bolou um
pós-ditadura como sequência civilizada da dita cuja (ou ditabranda,
como alguns querem reciclar), daí porque persiste a vitória da
Comissão da Mentira.
Domaram o MDB, o partido “B” da ditadura. Foi transformado
em clone da antiga Arena, sob o comando descarado do arenista José
Sarney. Hoje, no bipartidarismo prático à brasileira, o jogo está
montado para que o também domado PT e o domador PSDB
gerenciem ora a maioria dos estados, ora o Palácio do Planalto. Lula
diz que o PT governará por 20 anos. Depois, passa a bola...
A “reforma política” em andamento no Congresso, como, aliás,
todas as reformas em perspectiva, também está a serviço desse
projeto.
Dizem os gozadores, apesar de não ter jeito de piada, que a
Reforma da Previdência vai aumentar ligeiramente a idade para o
desgraçado se aposentar: só com cem anos desde que apresente
declaração recente de que foi bom menino, assinada em três vias
autenticadas pelos quatro avós.
O que parece raramente é, não só em política, mas em tudo o que
gira em torno do vil metal. Gente que adora festinhas do cabide e da
chave se queixa da “imoralidade” de um filme erótico. Os “líderes”
da capital com amantes no interior e os do interior com amantes na
capital fazem juras de amor à família e à decência.
O livro Freakonomics (algo como “Esquisitices Econômicas” – o
filme até é bom, mas prefira o livro) revela, do ponto de vista do
economista Steven Levitt e do jornalista Stephen J. Dubner, como a
“Comissão da Mentira” tem prevalecido no mundo, com um
descaramento ainda maior e bem mais evidente após o rotundo
fracasso do neoliberalismo e seus gênios financeiros.
A corrupção surge dentro de religiões, governos, profissões,
famílias, escolas, tudo embasado em santos, sagrados e patrióticos
princípios.
No documentário, lá pelas tantas, o jornalista Dubner diz: “A
linha entre um economista e um criminoso é extremamente fina”.
O brilhante economista Levitt retruca: “E quanto aos jornalistas?”
Dubner: “Não há linha!”
Vovô ficaria revoltado com uma afirmação tão agressiva, pois,
para ele, “a imprensa livre é o olhar onipotente do povo”. Ah, bem,
ele disse “imprensa livre”!
O diálogo entre Dubner e Levitt no filme de Freakonomics lembra
bem essa falsa pendenga entre Lula e FHC: os dois se desafiam para
um novo duelo eleitoral, uma típica revanche, já que FHC derrotou
Lula duas vezes. Mas Lula, ao se eleger e reeleger, apenas continuou
as políticas neoliberais do sociólogo esquecido do que escreveu.
Farinhas de igual moinho.
O que os dois evidentemente pretendem é imitar o bipartidarismo
de 50 partidos como o dos EUA e fazer do Brasil o país mais
capitalista do mundo no lugar daquele que se arruína.
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