Sunteți pe pagina 1din 19

Estou correndo, em um bosque, não sei o porquê e nem para onde, ouço

risos e murmúrios que vão aumentando, cada vez mais perto começo a
correr ainda mais... Entro em uma clareira e vejo olhos a me fitarem, mas
não são olhos comuns, são vermelhos! O pânico sobe em meu corpo
consigo reconhecer os murmúrios são como uma canção de roda!
Os olhos vão se aproximando e percebo que são de crianças! Mas a algo
de estranho... Algo docemente diabólico... Elas estão nuas! Com as bocas e
genitálias costuradas elas vão se aproximando mais e mais, e meu pânico
vai ficando maior começo a entrar em desespero a canção vai aumentando
olho para o céu e vejo a lua tão vermelha... Acordo...

De um salto sento na cama minha face esta suada, coloco a mão em meu
rosto frio, meu coração está disparado, respiro fundo... Olho para trás e
vejo minha cama bagunçada, sinto um cheiro familiar no ar, é como se ela
estivesse comigo essa noite, respiro mais uma vez e me levanto, vou até a
cozinha percebo que é noite, abro a geladeira e resgato um pedaço de pizza
e uma garrafa de vinho seco, ambos pela metade, como, me sinto estranho
assustado com um sonho aparentemente sem sentido, volto para o quarto
me visto, calço um coturno, mas não o amarro, uma calça jeans surrada, e
uma camisa social preta, caminho até a porta de entrada, pego as chaves do
carro e um maço quase vazio de cigarro, saio de casa dou uma olhada para
o jardim e percebo que a roseira está morta, me dirijo ao carro, um opala
azul Royal com strips brancas, dá a partida e saio às pressas.
No meio do caminho reduzo a velocidade e acendo um cigarro, aquele
sonho não sai da minha cabeça! Vários pensamentos tomam minha mente,
crianças?! Não! Não eram crianças... Não com aqueles olhos, aqueles
corpos com remendos... De repente tum!
Um baque no meu capo, piso no freio acendo o farol e desço para ver o
que acertei na frente do carro vejo uma criança, uma menina aparentemente
uns nove anos, vestes brancas, descalça, se levanta.
- Esta bem guria?!
E ando em direção a ela.
- Você esta bem?!
Ela não responde porem abre um sorriso, a olho nos olhos a algo de
familiar nos teus grandes olhos escuro... Uma inocência... Não sei. Quando
a percebo já não esta mais lá, volto para o carro e acendo o ultimo cigarro
essa noite promete ser longa, mais uma vez ela vem em minha mente, dirijo
para o único lugar que onde poderia me distrair.

Paro em frente a um letreiro vermelho “refugio” a algumas pessoas em


frente todas de vestes pretas, mas o resto da rua esta vazia, desço do carro e
aceno com um balançar de cabeça e entro no bar. Dentro dele reconheço
muitos rostos, alguns jogando sinuca outros no balcão.
- Menfrel, Kaifaz!
- Opa Angst como vai?
- Bem...
Dirijo-me ao balcão:
- Uma dose dupla de cowboy!
Lailah se aproxima:
- Duas doses...
Olho para o lado e fico a admirando, acaricio o rosto suave e entrelaço
os dedos por entre seus cabelos vermelhos... Pergunto-me o porquê nunca
beijei aqueles lábios...
- Ola Lailah como vai?
- Vou muito bem, mas você não parece estar tão bem assim...
Impressiona-me como ela me reconhece só pelo olhar. O barman trás as
doses e murmura:
-Vocês dois heim...
Nisso mas um vulto se junta à conversa:
- Alguém por ai tem um cigarro?
- Putz Ushi o meu acabou...
- Lailah?
- Neim...
- Porque não vão comprar? Aproveite e trás um para min! Pode ir com o
meu carro.
Kaifaz e Ushi tiram no “par ou impar” para ver quem vai dirigindo,
nisso Kaifaz reclama:
- Droga, eu sempre perco!
Lailah volta a conversar comigo enquanto os dois se afastam.
- E então o que esta acontecendo?
- Não sei hoje ela não saiu da minha cabeça...
- Mas faz tanto tempo, a culpa não foi sua!
- Eu sei, mas e como se fosse ontem... Lembro-me do telefone tocando,
ela em prantos pedindo para ir vê-la, subo até o apartamento e vejo sangue
saindo por baixo da porta, eu a empurro e vejo que não esta trancada meu
coração paltipa e a encontro deitada no chão, seu longo vestido branco com
fitas de veludo, suave e aconchegante, encharcado de sangue, seus pulsos
cortados...
- Louise!
Eu a pego nos braço e vejo seus olhos perdendo o brilho... Uma lágrima
escorre do meu rosto e pinga no canto de tua boca já roxeada, em meio ao
sangue eu percebo um brilho diferente, é uma aliança, nossa aliança, ouço
sirenes e passos subindo as escadas me afastam de teu corpo antes que
consiga pega-la...
- Sei que foi difícil Angst, mas a vida continua.
- Hum... Ela era minha vida... Preciso tomar um ar vamos?

Retiramos-nos do bar e começamos a andar pela rua olho no relógio, são


23h10min.
- À noite esta calma hoje não?
- Sim até demais, tudo está estranho hoje tive um sonho psicodélico, e
depôs, acho que atropelei alguém!
- Sério! Como?
- Não tenho muita certeza porque o corpo sumiu de...
Ouço um barulho e vejo ao lado um homem a tocar violão, roupas sujas
e desgrenhadas um chapéu e um enorme brilho nos olhos.
- Eu disse que a noite estava estranha!
Um silêncio paira por alguns instantes enquanto passamos pelo homem,
a música para, quando tento olhar para trás sinto um golpe sendo diferido
em minha cabeça! Caio no chão e vários outros são acertados tento me
defender como posso mais o agressor parece estar convencido a me atacar:
- Sai!
Branda Lailah enquanto empurra o agressor para longe dando tempo
para me levantar, já de pé vou para cima do agressor e começa uma luta
feroz, ele se desequilibra e cai, ouço um barulho conhecido, é meu carro,
dobra a esquina em alta velocidade, dou um salto para calçada enquanto
Ushi e Kaifaz se aproximam e atropelam o agressor.
- O que esta acontecendo! Vocês estão loucos?
Kaifaz desce do carro e abre o porta-malas lá de dentro tira uma “chave-
de-roda”, caminha até o agressor e a finca em teu crânio.
Começo a ouvir uma gritaria e percebo que ah uma multidão de pessoas
se aproximando com paus pedras e quaisquer outros utensílios que possam
nos agredir.
- Vamos, vamos!
Todos entram no carro e saio cantando pneus.

Depôs de alguns instantes dirigindo pergunto o quê aconteceu, Ushi


começa:
- Cara, sai do bar e fomos até um posto de gasolina, estava tudo mais
tranqüilo que o normal e fomos comprar os cigarros, quando mos voltavas
para o carro vimos uma menina ao lado dele, toda de branco, ela correu em
nossa direção e pulou em meu colo! Disse em meu ouvido:
- Cuidado eles estão atrás de vocês!
- Nisso o dono do posto sai com uma arma em mãos e começa a atirar!
A menina pula de meu colo e corre em direção ao bosque, tentei segui-la,
mas o Kaifaz me puxou para dentro do carro e vimos que havia varias
outras pessoas se aproximando!
Meu celular toca, é Menfrel, atendo e escuto muito barulho enquanto ele
fala:
- Onde vocês estão? Isso aqui esta um inferno! Um monte de gente
invadiu o bar e começou uma confusão enorme!
Ouço alguns tiros e Menfrel volta a falar:
- Não venham para cá, estamos chegando até o carro vamos nos
encontrar na ponte da cidade!
- Beleza, eu passarei pela casa do Ushi para pegar o carro dele, não sei o
que está havendo, mas se estão armados e melhor fazer-mos o mesmo!
Encontramos-nos em 15 minutos, na ponte!
- Angst o que está acontecendo?
- Sinceramente não sei Lailah, mas vamos descobrir!
Paro o carro na frente da casa do Ushi, peço para que Lailah abra o
porta-luvas e pegue a arma que esta dentro dele, uma pistola Walter P-99;
- Mas para que isso?
- Precaução minha cara, Ushi, Kaifaz, aconselho que façam o mesmo,
até saber-mos o que está acontecendo todo cuidado será pouco!
Os dois entram na casa e em instantes o portão da garagem se abre e de
dentro surge uma blazer preta, vejo que dentro do carro Kaifaz empunha
um calibre 12, colocamos os carros em movimento e rumamos à ponte.

Chegando à velha ponte da cidade, havia um carro a nossa espera um


PUMA GT vermelho, e dentro dele Menfrel e Josh esperava com certo
medo em suas faces:
- O que houve afinal? Perguntei a Menfrel assim q desço do carro.
- Porra! Também não entendi nada... Estávamos no bar jogando sinuca,
ouvimos uma gritaria do lado de fora e uma multidão invade o local, louca
gritando e nos agredindo! Rapidamente o barman sacou uma arma de trás
do balcão enquanto nos defendíamos como podíamos com os “taco-de-
sinuca”. Mas e com vocês tudo bem? Você está sangrando Angst!
- Sim estou!...Um louco me acertou com um violão... Alias louco este
que Kaifaz matou!
- Matei mesmo! Seja o que for que eles querem não é nos fazer caricias!
Atiraram contra a gente!
- É verdade!
Indaga Josh;
- Cara isso é algo muito punk! Mas não podemos ficar aqui parados!
Logo virão atrás da gente, e o que faremos?
-Vamos nos armar como pudermos e ir até a cidade vizinha, ver se isso
é um caso isolado, e preciso também ir a um hospital, minha cabeça está
me matando...
- Certo! Vamos dividir as arma e decidirmos o melhor caminho.
Indaga Ushi.
- Mas eu não sei atirar!
Diz lailah;
- Nunca que eu mataria alguém...
- É matar ou morrer! E garanto que eu é que não vou morrer! Não pelas
mãos deles!
- Angst... Não leve para o lado pessoal, as pessoas não podem ser
culpadas de todo o que ocorre em tua vida!
- Não minha cara Lailah, eu não culpo ninguém! Mas também não irei
deixar que levem outros...
- Está bem... Mas como vamos embora daqui?
Reunimos-nos em volta do meu carro e colocamos as armas no capo,
eram uma WALTER P-99, um calibre 12, duas GLOCK e duas espadas,
que Menfrel retirou da parede do bar. Depôs de alguns minutos de conversa
decidimos que o caminho mais seguro seria cortar caminho pelo bosque, já
que o mesmo se estendia por todas as três cidades, era um caminho
irregular e escuro, mas por ele passaríamos sem que ninguém nos visse,
todos nas cidades evitavam o bosque alguns por lendas antigas, outros por
simplesmente temerem o que esta além de suas visões, mas eu
particularmente não o temia, eu cresci por entre tuas arvores de eucalipto, e
nada me era mais familiar que o cheiro de tua neblina, quantas noites já não
havia passado ali a olhar estrela com minha pequena Louise... Quantos
sonhos e juras aquelas árvores esguias já ouvirão sair de nossas bocas...
Colocamos novamente os carros em movimento rumo a uma trilha, e
um a um nos adentramos no bosque, a noite estava fria e a lua se escondia
atrás de algumas nuvens, o único som presente era o roncar dos carros e
nossos corações palpitantes, fui guiando na frente e me lembrei novamente
do sonho, da criança... Parecia-me muito familiar... Minha cabeça começou
a doer mais e mais minha visão ficou turva... Apaguei!
Sinto o carro dando um solavanco, acordo com Lailah puxando o freio
de mão e o carro serpenteando na lama, assustado tento retomar o controle
enquanto Ushi tenta se desviar, os carros dão uma leve trombada... E vejo
como em um flash a face de Louise! Consigo parar o carro e desço, sinto-
me enjoado e começo a vomitar;
- Angst você esta bem?
- O que foi cara?
- Não sei gente, mas me sinto estranho... Alguém pode dirigir para min?
-Eu... Diz Kaifaz.
Novamente os carros voltam ao seu trajeto, mas dessa vez não estou no
volante um zumbido estranho não sai de minha cabeça, e novamente volto
a apagar.
Sinto um cheiro de álcool ou algo assim, tento abrir os olhos, mas ah um
luz forte sobre mim, aos poucos minha visão vai se adaptando a claridade e
finalmente os abro, percebo que estou no leito de um hospital, minha
cabeça ainda dói, mas com menor intensidade, me levanto e caminho até a
porta, ao abri-la meu coração dispara! Não posso acreditar no que vejo...
Louise! A tomo em meus braços e a abraço firmemente, tão firme que
posso até sentir teu coração pulsando em meu peito;
- Meu anjo!
- Calma meu amado! O que foi? Esta tudo bem!
No momento nada importava, se tudo tinha sido um sonho ou se aquele
momento era um, só me importava o fato de estar a abraçando.
- Já esta melhor meu querido?
Ouvir aquela voz mais uma vez me exaltava de alegria;
- Acho que sim meu anjo... Tive uns sonhos estranhos... Mas o que
realmente aconteceu?
- Não sei meu amor, mas acham que ti está com um tumor, ou algo
parecido na cabeça, mas está tudo bem! Já podemos ir para casa?!
Saímos ambos do hospital, pedi para que ela dirigisse, e enquanto ela o
fazia, ficava eu a admirar-la, mas havia algo errado... Algo de diferente...
Chegamos a minha casa, descemos do carro e rumamos para porta de
entrada, olho para o céu estrelado e com uma grande lua nova;
- Esta uma noite linda não?
Quando olho para o lado percebo que Louise não me ouviu, ela estava a
cuidar da roseira que brotava grandes rosas vermelhas;
- Olhe meu amado! São lindas!
Aproximo-me e a abraço por trás, encosto meus lábios em tua orelha e
sussurro;
- Mas nenhuma chega aos teus pés meu anjo...
Ela segura em meus braços e abre um sorriso, depôs de mais alguns
minutos parados ali entramos.
Dentro de casa finalmente percebo o que estava me incomodando,
Louise não estava usando aliança! Mas não comento nada decerto havia
deixado em algum lugar, não que fosse normal ela esquecer-se, mas preferi
não tocar no assunto, a pego pela mão e a levo para o quarto, a deito na
cama e começo a beijá-la, lentamente vou tirando tua roupa, peça por peça,
começando por teu corpete vermelho... Deslizo minha mão pelo seu colo...
Não me reinava a lascividade, mas sim um desejo árduo de sentir cada
célula de teu corpo junto ao meu... A dispo de teu longo vestido de veludo,
escarlate vibrante como o sangue, como nossos corpos, nosso amor... E a
amo a noite inteira, ou pelo menos era o que eu pensava, eu sei apenas que
há certa hora dormi.
Ouço uma risada estranha, abro os olhos e levo um susto! Na minha
frente esta uma menina, aparentemente nove anos vestes brancas, sorrindo
para mim!
- Quem é você? Como entrou aqui?
A criança não responde nada apenas levanta as mãos como se quisesse
entregar-me algo, sento-me na cama e também estendo minha mão, ela me
entrega uma aliança, era a aliança de Louise!
- Quem lhe deu isso?!
A criança me da um abraço e finalmente diz algo;
- Vai ficar tudo bem, mas você precisa sair daqui!
- Mas por quê? O que esta havendo?
A criança me solta e sai correndo;
- Louise você viu isso?
Mas ela não estava lá! Tanto Louise quanto a criança desapareceram!
Ouço então passos ao redor da casa, rapidamente me visto e vou averiguar,
percebo vultos correndo ao redor da casa como se quisessem entrar, uma
janela é quebrada e percebo que estão invadindo! Corro até a sala e
dependuro da parede minha espingarda, pego na gaveta algumas munições
e a carrego, ando em direção a porta quando sou surpreendido! Um vulto
tenta me derrubar, mas é recebido com uma coronhada no maxilar, posso
ouvir seu queixo sendo quebrado e alguns dentes caindo no chão, mas mal
me defendo deste e outros vêm em minha direção! Começo a atirar, surge
mais e mais, sem medo da morte que os esperam na frente de meu calibre!
- Morram todos!
Começo a gritar, mas não sei o porquê, nada mais faz sentido! Mas se é
isso que desejam, eu darei a morte a quantos a almejarem! Percebo que
minhas balas estão acabando, abro a porta e corro em direção ao carro, dou
partida e atropelo mais alguns, eu olho para o jardim e percebo que as rosas
estão mortas.
Vejo meu celular jogado no banco do passageiro e algumas manchas de
sangue, tiro do bolso a aliança que a menina me entregou, sem duvida era a
de Louise! Pego o celular são três da manhã, o aparelho começa a tocar, era
Lailah;
- Onde você esta? Estamos todos atrás de você a horas, para onde você
foi?!
- Estou bem Louise me trouxe em casa, eles vieram atrás de min! Estou
confuso! E você onde esta?
- No hospital! Aonde o deixamos! Mas você sumiu!... Louise? Você
está bem?
A notícia me deixa ainda mais atordoado, mas enquanto tento assimilar
tudo Menfrel toma o telefone;
- Cara o que houve? Volta para cá! Todo mundo está preocupado, você
some do nada!
- Tudo bem, eu já estou a caminho...

Novamente me adentro no bosque, mas desta vez estou sozinho, mil


cousas passam em minha cabeça que novamente começa a doer, por mais
que eu tente não consigo assimilar o que e realidade o que é sonho! Sei que
os ataques foram bem reais, à noite com Louise... Ainda posso sentir teu
cheiro em meu corpo... Teus beijos... Não! Não foi um sonho! Nenhum
sonho é tão perfeito nos detalhes...
Alguns minutos após, avisto as luzes da cidade, e rapidamente chego à
porta do hospital, e logo avisto Lailah que corre em minha direção:
- O que houve afinal? Você esta bem?
- Sim estou bem, mas tenho que resolver algo!
- Você citou Louise no telefone... Definitivamente você não está bem!
Desço do carro e me dirijo a recepção do hospital, na recepção encontro
a todos, que vêem a minha e começam a perguntar onde eu estive, falo que
estava em casa, que depôs explicaria tudo, ou pelo menos tentaria, noto que
fora nós seis, só havia a recepcionista e um enorme silêncio, como se no
mundo todo realmente só existisse-mos os sete, me dirijo a ela e pergunto:
- Boa noite, sou Angst e dei entrada nesse hospital hoje, gostaria de
saber quem veio me busca.
- Só um minuto senhor.
Diz a recepcionista uma moça loura, cabelos curtos e olhos verdes.
- Senhor, está aqui seu cadastro, seus amigos o trouxeram, mas ninguém
veio buscá-lo! Deveria estar em seu leito agora!
- Mas nenhuma visita? E o que eu tenho afinal?
- Aqui diz que o senhor teve apenas uma forte enxaqueca, e não
nenhuma visita fora seus amigos que aqui estão.
Respiro fundo e peço licença para ir tomar um pouco de água, me retiro
e vou ao banheiro.
No banheiro me dirijo ao lavado, ligo a torneira, lavo o rosto e apoio as
minhas mãos no mesmo, eu começo a sentir um cheiro doce no ar, um
cheiro familiar, abaixo a cabeça e respiro fundo.
Sinto mãos suaves tocarem meus braços, conheço estas caricias! Logo
sinto um calafrio e um abraço, só pode ser Louise! Levanto a cabeça olho
no espelho e a vejo por detrás de min, levanto uma das mãos e a coloco no
espelho, ela faz o mesmo e a coloca sobre a minha... De repente ouço
alguém me gritar é Josh;
- Angst, nós temos que ir embora! Começou novamente!
E como se eu saí-se de um transe, percebo que estou sozinho no
banheiro, mas minha mão continua no espelho, suada e fria.
Tiro-a rapidamente e caminho em direção a porta, chegando à porta
paro um instante e olho para trás, algo me deixa paralisado, no espelho, em
letras vermelhas está escrito:
“Nada nos separará...”.
Era a mesma frase que Louise havia escrito! Em meu banheiro no
espelho, de batom depôs da nossa primeira noite... Porem dessa vez não
parecia batom, era sangue!

Penso em voltar até o espelho, mas ouço tiros, e novamente gritam meu
nome, abro a porta e corro em direção à recepção, no corredor sinto como
se estivesse sendo vigiado, paro e me viro, e no final do corredor está
novamente à menina! A mesma que supostamente atropelei a mesma da
minha casa!
Começo a caminhar em direção a ela, que esta ali parada como se me
espera-se, mas sinto alguém segurar meu braço, me viro, é Ushi que fala:
- Vamos logo ou você quer ficar aqui para morrer?
- A menina!
- Que menina? Não tem ninguém aqui! Só os que querem nos matar!
Volto-me para o corredor e ele está vazio, Ushi me entrega uma arma e
começamos a correr na recepção vejo vários corpos no chão, jovens, velhos
até crianças! Escuto um gemido vindo de trás do balcão de informações,
chamo Ushi e avistamos a recepcionista com um corte na cabeça, já
desacordada;
- Ela é um deles?
- Acredito que não, também a atacaram!
- Então me ajude! Levá-la-emos conosco.
Colocamo-la nos ombros, e saímos do hospital.
Na rua uma enorme confusão acontece, muitas pessoas indo à direção
dos carros, enquanto atiramos contra eles, coloco a recepcionista no carro
do Ushi onde Kaifaz já está ao volante, Ushi entra logo em seguida, peço
para que Lailah entre em meu carro e logo em seguida faço o mesmo,
Josh e Menfrel também fazem o mesmo e saímos todos a cantar pneu, Ushi
na dianteira eu e Josh logo atrás.
Corremos pela cidade que parece estar deserta, começo a falar com
Lailah:
- Eu devo realmente estar ficando louco! Estou vendo coisas! Estive
com ela essa noite em minha casa... Também a senti no banheiro do
hospital! E esses que estão atrás de nós? O que eles querem?
- Não sei que eles querem! Mas quanto a ela... Sei que e difícil aceitar,
mas ela se foi! Foi uma perca difícil por isso ainda pensa tanto nisso...
- Não! Era ela sim! No espelho do hospital apareceu à mesma frase que
ela havia escrito em minha casa... E olhe o que me foi entregue.
Dizendo isso retirei do bolso a aliança e a entreguei a Lailah.
- É de Louise não? Quem te entregou isso? Você me disse que a havia
deixando junto ao corpo...
- Sim! Tiraram-me de perto antes que eu conseguisse pegar, quem me
entregou foi à mesma menina que pensava ter atropelado a mesma que
também vi no corredor do hospital!
- Agora eu é que estou ficando confusa, como assim? Uma menina
misteriosa te entrega isso, frases aparecem no espelho, pessoas que nos
atacam sem motivo, têm algo de muito estranho nessa estória!
- Mas o principal agora e sabermos o que faremos! Ligue para os outros
e pergunte se alguém tem alguma idéia.
Lailah pega o celular e começa a dialogar com os demais, depôs de
alguns minutos respira fundo e desliga o aparelho, diz para que eu siga os
demais, e que a recepcionista havia acordado e percebendo que também
não sabíamos o que estava acontecendo, indicou uma casa que ela tinha no
alto da colina.
O caminho era sinuoso e estreito, as arvores praticamente invadiam a
pista um cheiro de eucalipto molhado enchia o ar de lembrança, sinto
Lailah colocar a mão sobre a minha perna, a olho com ternura e a abraço,
sabia que ela estava com medo, eu me sentia mais confuso do que com
medo, talvez o fato de estar com meus verdadeiros amigos me sentisse
fortalecido, era estranho o modo como estávamos encarando tudo, de
repente sair matando pessoas que nunca fizeram parte de nossas vidas, mas
não senti remorso algum, afinal foram eles que começaram...
Não muito tempo depôs chegamos ao topo da colina, à frente avisto uma
choupana, mais parecida com uma casa de caça, estacionamos os carro em
frente e descemos, a recepcionista toma a frente e de cima da porta pega
uma chave, olha para todos e abre a porta, que range por conta do peso, aos
poucos todos entram. Já dentro da pequena casa, começo a olhar para os
lados, vejo na parede cabeças de animais empalhados, algumas espingardas
e uma lareira, Josh caminha até ela com um fardo de lenha que encontrou
do lado da porta, alguns minutos após acende. Sentamos todos em frente à
mesma, ficamos em silêncio nos olhando, quando a recepcionista começa a
falar;
- Bom, gente, eu creio que posso começar me apresentando, meu nome
é Íris, e alguém pode explicar o que houve?
Menfrel começa a falar;
- Isso ninguém pode dizer guria! Também estão nos atacando desde a
nossa cidade, mas agora sabemos que não e só atrás de nos que estão!
- Mas vocês fizeram algo? Ninguém começa a perseguir um grupo sem
motivo! Indaga Íris.
- Se for assim ti também o fez! Afinal também estão atrás de ti!
Indaga menfrel.
- É verdade, mas garanto que não fiz nada! Depôs que vocês chegaram e
que tudo começou!
Enquanto todos ficam a dialogar, eu estou sentado num canto mais
afastado, com a cabeça baixa e as mãos entre as pernas, Lailah coloca suas
mãos sobre as minhas e começa:
- Gente eu tenho que compartilhar algo com vocês, Angst abra as mãos.
Nesse momento abro-as e mostro a aliança, a inicio ninguém entende
nada, mas revelo ser de Louise, um silêncio cobre a sala, pois todos sabiam
que eu não tinha aquela aliança, Kaifaz começa;
- Mas como isso foi parar com você?
- Sabem a menina que disse ter supostamente atropelado, a mesma que
acredito ter visto no hospital Ushi? Ele me entregou isso em casa, quando
dormi junto a Louise, antes de eu voltar para o hospital!
Josh tem a palavra;
- Não! Você tem que entender que Louise esta morta! Não sei o que te
levou para casa, nem quem é essa menina... Mas até onde eu sei Louise
morreu! Cara acorda!
- Ushi e Kaifaz também viram a menina! E as características batem! No
hospital apareceu no espelho uma frase que somente eu e Louise sabíamos
e não tinha como ninguém ter essa aliança... Ela não a tirava por nada...
Íris pede para que expliquem do que estamos falando, mas apenas um
suspiro é dito, todos sabem o quão fico mal em falar do que houve.
Josh prossegue:
- Seja como for temos que descobrir o que esta acontecendo!
- Sim! Íris você tem o acesso a históricos hospitalar?
Ninguém entende minha pergunta, mas continuo;
- Ninguém aqui sabe o que realmente houve com Louise! Se ela morreu
ou não tem que ter em algum arquivo, histórico...
- Sim eu tenho, mas tenho que usar uma maquina se acesso livre, em
algum hospital ou em um distrito policial... Ou seja, só na cidade!
- Porem todos nós estamos cansados, acho que devamos passar a noite
aqui.
Diz Lailah;
- Vamos revezar na campana e amanhã veremos o que faremos!
Todos entram em comum acordo e eu decido ser o primeiro a montar
vigia, Íris e Lailah vão até a dispensa para procurar algo para comer-mos,
uma garrafa de vinho é aberta e alguns macarrões instantâneos são prontos,
depôs de comer e beber um pouco me dirijo a frente da cabana, sento em
uma cadeira de balanço com uma calibre 12 em meu colo.
Começo a olhar para o bosque, esta realmente uma bela noite, olho para
a lua e como se visse a face de Louise... A brisa da noite trás teu perfume,
ou pelo menos me arrepia tanto como tal, um cheiro suave, inebriante,
como o orvalho nas rosas...
De repente um barulho vindo do bosque me tira de meu transe, me
levanto e vou à direção ao mesmo, pergunto quem está adiante, mas não
obtenho resposta, começo a andar entre as arvores, avisto um vulto e
começo a segui-lo! Cada vez mais adentro, começo a sentir medo! É a
primeira vez que sinto tanto medo, por quê? Ah poucos havia estourado
uma cabeça, e sem sentir remorsos! Afinal a única cousa que me tornava
menos frio era Louise, não que isso era meu ponto fraco, sim meu forte...
Começo a lembrar de meu sonho, e praticamente a mesma cena, mas
sem os risos e murmúrios, chego até uma clareira e no centro dela vejo uma
silhueta familiar, Louise!
Sinto-me observado por todos os lados, algo me diz para não me
aproximar dela, mas meu peito almeja para que eu vá aos braços de minha
amada! Começo a caminhar, mas quando dou o segundo passo sinto
alguém segurar minha mão, olho para o lado e vejo que e a menina do
hospital, e do atropelamento, ela me segura com as duas mãos e acena com
a cabeça para que eu não prossiga!
Peço para que me solte e ela responde;
- Porque você precisa ir ate lá? Não e ela lá! Por favor... Olhe!
Olho novamente e percebo que realmente não era ela! Era um ser
estranho, macabro olhos e boca costurada, começa a vim em minha
direção!
Penso em atirar, mas estou completamente paralisado, a criança toma a
minha frente, como se ela não teme se o ser! Corre em direção ao mesmo e
o agarra pelas pernas, me olha e grita para que eu corra! Minha intenção e
ir para cima do ser, mas algo me diz que a menina vai ficar bem... Minha
cabeça começa a doer e vejo tudo rodar, eu sei que não posso ficar ali!
Sinto-me sufocar, deixo a arma cair no chão, caio de joelhos e começo a
chorar... Penso se o que querem é me matar que o faça logo! Se esse é o
único jeito de ter Louise que assim seja! Levanto minha cabeça e grito! O
bosque inteiro se silencia... Como se tudo tivesse morrido... Não me sinto
mais vigiado, o ser não está mais lá, nem a menina, nem brisa... Nada!
Estou só eu e o silêncio grito mais uma vez:
- Louise!
Começo a andar de volta a choupana, no bosque, perturbado com tudo o
que havia visto... O que era aquilo?!
Começo a notar que está clareando e ao longe por entre as arvores vejo
meu anjo! Sim! Louise se dirige até mim, com um belo sorriso no rosto
salta em meu colo e me da um abraço, a aperto com força e muita alegria,
já que a pouco estava assustado com a última cena.
Ela estava linda, parecia que trazia consigo o sol, o dia, a luz!
Ali parados abraçados, conversamos por um bom tempo, não quis ser
indelicado então não comentei nada sobre o que tinha presenciado ou
vivido até presente momento, depôs de algum tempo Louise pede para que
eu retorne para onde estava, pois ela tinha que partir e por mais ambíguo
que fosse não poderíamos ficar mais tempo juntos. Começo a questionar:
- Mas por quê?! Por que vai me deixar assim? Por que tudo isso está
acontecendo?
Soluçando e com uma lagrima escorrendo no rosto desabo:
- Louise... Eu vi a ti, lá no chão... E agora tudo isso! No hospital, em
casa, a aliança...
Antes que eu continuasse com as perguntas, ela me silencia com um
dedo em meu lábio.
- Meu amado, eu nunca te deixarei, mas ti tem que ir agora. Quanto as
tuas respostas... Bem... Vai descobri-las por si só, apenas peço que se
lembre das longas noites... Do luar, das juras sob o cheiro de eucaliptos,
das rosas perfumadas e do doce gosto de vinho em nossas bocas. Aquela
noite foi real, tanto quanto naquela em que lhe escrevi no espelho: “Nada
nos separará...”.
Está bem meu anjo!
Ergo minha mão e mostro a ela o que há tempos não estava em seu
domínio, Porem ela diz para que eu fique com a aliança, pois precisarei
muito mais do que ela, que isso será minha salvação!
Não entendo, mas concordo, digo o quanto a amo dou um grande beijo e
a abraço, Louise me pede mais uma coisa, que quando eu estiver indo
embora não olhe para traz, aceito e começo a caminhar de volta a
choupana, ao chegar acordo a todos:
- É real! Ela esta viva! Acabo de encontrá-la...
- Encontrou quem?
Murmura Lailah ainda entorpecida com o sono, e segue:
- Que horas são? De quem é a vez da ronda?
- Não! Não precisa de ronda... Já amanheceu! Venham!
Falando isso caminho até a porta esperando que todos me sigam, abro a
porta e observo a vista do lado de fora, fico estático com o que vejo
somente a escuridão e o cheiro de eucalipto paira sobre mim.
Enquanto olho fixamente o vazio sinto o braço de Lailah envolvendo o
meu corpo, tua cabeça apoiando-se em minhas costas...
-Angst, entre e volte a dormir... Está cansado!
-Não pode ser!
Indago;
-Ela estava lá... Havia amanhecido!
Dizendo isso me viro a todos, caminho até a cama me deito e pego no
sono.
Não sei ao certo quanto tempo dormi, pois não sonhei, apenas sei q ao
ouvir suave voz de Lailah a me chamar acordei;
-Angst acorde, todos já estão descansados, porem... Não amanheceu!
Josh começa a falar;
-Bem, acredito que todos já estejam descansados, seria melhor então
sairmos a fim de descobrir sobre o que esta realmente acontecendo!
-Sim... Ficar aqui não adiantara em nada, posto que Angst precisar saber
sobre Louise.
Comenta Kaifaz prosseguindo;
-Estas bem Angst? Descansou o suficiente?
-Sim estou bem.
Dizendo isso me sento na cama, ergo as mãos até o rosto, a mesma
exala o cheiro de Louise...
Não sabia mais o que fazer Louise não parava mais de aparecer em
meus pensamentos, em minhas visões, tudo o que sabia era que a queria
mais que tudo a qualquer custo, mas o que me incomodava era não saber o
porquê estava acontecendo tudo aquilo.
O mais belo e estranho era o escuro profundo da noite, a neblina antes
densa, já enfraquecia, e uma bela e incrível lua cheia no alto fazia tudo
mais iluminado, algo maravilhoso que eu e Louise amávamos deslumbrar.
Era uma noite como qualquer outra, mas para mim era uma
oportunidade de encontrá-la, se é que ela ainda poderia ser encontrada, é
claro que não desistirei!
Por um momento fecho os olhos e posso sentir o doce perfume dela,
podia quase senti-la como antes, era maravilhoso poder sentir que estava
com ela, mais, uma dor me consumia como se carregasse uma adaga presa
em seu peito e não a pudesse tirar, Louise não estava lá! Abro os olhos e
só vejo meus amigos...
- Bem então vamos?
Todos caminham até os carros, próximo destino delegacia da cidade,
no trajeto para a cidade observo as arvores ao meu redor, os faróis dos
carros davam a impressão de estarmos dentro de um túnel sombrio e sem
fim.
Chegamos à cidade, com os carros em baixa velocidade para não
chamar muita atenção, passamos em frente à catedral e observo que existe
alguém sentando em sua escadaria;
- Olhe Lailah! Tem uma pessoa ali...
Paro o carro, desço e me dirijo às velhas escadarias de pedra, com
minha arma presa na minha calça em minhas costas, me aproximo da figura
e vejo que se trata de uma mulher, uma jovem mulher, sentada em posição
fetal, aos prantos, eu vou me aproximando mais perguntando;
- Esta tudo bem com você? O que houve?
Chego mais próximo e toco em seus longos cabelos negros como a
noite, e suave como pêssego, eu sinto um cheiro adocicado no ar bem suave
que só se percebe a certa distância, eu ergo sua cabeça, meu coração palpita
quando vejo a sua face, mesmo com a maquilagem já borrada pelas
lacrimas era decerto de uma beleza surpreendente, ela me fita por alguns
instantes e começa a se levantar, usa um grande vestido de veludo negro
preso apenas por dois delicados laços de seda da mesma cor, seu enorme
cabelo se confunde com o vestido causando um efeito único, e um salto
platinado Luiz XV, subitamente ela me da um grande abraço ainda em
prantos dizendo;
- O que esta havendo? Onde foram todos?
Fico em êxtase sentindo o inebriante e suave cheiro de seu cabelo, e
como que se eu a conhecesse há tempos dou um beijo em tua testa;
- Calma criança vai ficar tudo bem, qual e seu nome? E o que houve?
- Me chamam de Loreley, eu acordei com um silêncio diferente, me
troquei e sai de casa, e percebi que todos da cidade sumiram! Não existe
ninguém! O que houve?
- Antes de qualquer coisa, me chamam de Angst... Olhe, eu não sei o
que esta havendo a noite hoje esta cada momento mais confusa, mas venha
com a gente posso lhe garantir que ficar aqui sozinha pode ser muito
perigoso, estamos indo até a delegacia venha!
Loreley continua a me abraçar por alguns instantes e logo se decide
vir comigo, eu a abraço e sigo rumo ao meu carro, onde todos me esperam
com armas em punho do lado de fora, peço para que abaixem as armas,
pois Loreley já se encontra por demais assustada.
Percebo certo ciúme no olhar de Lailah, o fato de me ver abraçado
daquela maneira com alguém que acabara de conhecer a incomodava,
começo a me explicar a todos;
- O nome dela é Loreley, disse que ao se acordar hoje a cidade estava
vazia, não podemos deixá-la aqui sozinha...
- Acredito quem andar com a gente e o mais perigoso que pode
acontecer.
Diz Lailah com deboche, continuando;
- Quanta moçoila indefesa mais, o ”príncipe encantado” pretende
salvar?
- Eu não vou simplesmente deixá-la aqui sozinha!
Dizendo isso, um silêncio paira no ar, Lailah entra no carro de
Menfrel, peço para que Loreley entre no meu e todos seguem rumo à
delegacia.
Dentro do meu carro em silêncio Loreley chora, gentilmente ergo meu
braço e a aconchego em meus ombros, mais uma vez me inebriando com o
cheiro de seus longos cabelos, milhões de cousas passam em minha mente,
sinto meu coração acelerado... Poderia eu estar a me apaixonar tão
repentinamente pela garota de vestido negro? Não!
Jurei meu amor eterno a Louise... “nada nos separará...” nem mesmo a
morte...
Peço para que Loreley abra o porta-luvas e pegue de dentro um
cachimbo e fumo, minha vontade mesmo e de tomar um belo “chá”
maltado de preferência acima de 18 anos... Porem por hora uma bela
“cachimbada” me acalmaria.
Começo a pensar em Louise apesar de amá-la um sentimento estranho
me abalava, sentia raiva, podia até a odiar, quase que em sua totalidade.
Pensamentos me perseguiam, quase como vozes, se ela me ama se
quer estar comigo, por que tudo isso? O que realmente aconteceu? O que
nos impede?
Ah meu anjo por que não me conta tudo? Apesar de todos, a minha
volta é como se eu estivesse só...
A expressão em meu rosto não era nada boa, Loreley quis saber o que
estava acontecendo comigo, queria ser um conforto, um colo para que eu se
esquecesse de Louise, ela me amava!
- Angst está tudo bem?Não me parece muito bem.
- Estou ótimo!
Respondo com um tom seco.
A noite estava fria, numa noite de outono como essa Louise e eu
apreciávamos a lua como a maioria das noites, era uma espécie de
obrigação, obrigação essa que mais parecia uma viagem de delírios, essa
observação tinha um lugar especifico no bosque, o lugar parecia encantado,
o cheiro de eucalipto das árvores tornava o ambiente mágico, um lugar em
que qualquer pessoa correria pra se refugiar, lembro de Louise falar;
-Seria perfeito poder viver esse momento eternamente, mas será que
isso é possível?
-Não sei se é possível Louise, mas vamos fazer de tudo pra que
aconteça! Mas por que você acha que poderia não acontecer?
-Algo me diz que muita coisa vai acontecer! Coisas que nós nem
imaginamos!
Acordo desse sonho suando frio, na realidade foi uma lembrança do
passado... As noites têm sido muito difíceis.
De repente o celular toca e aparece o nome de Louise, me assusto,
atendo, não ouço nada apenas o silêncio... Quando olho de novo para o
visor percebo que o telefone não havia tocado, eu estava delirando,
sonhando acordado... O desaparecimento suspeito de Louise me perturba
muito, sinto sua falta, mas não sei o que pensar com tanta coisa estranha
acontecendo...
Volto a prestar atenção na estrada e após aproximadamente 15
minutos posso ver a entrada da cidade, como já esperado apenas um
enorme silêncio cobria tudo, rumamos sem pausa para a delegacia.
Na porta de entrada de mesmo paramos os carros e descemos com
armas em punho para conversar:
-Então o mais sensato é um grupo entrar e outro ficar aqui de guarda.
Indaga Kaifaz.
-Pois bem, Iris e eu entramos os demais ficam.
-Eu quero ir junto de ti Angst!
Comenta Loreley prosseguindo:
-Parece-me que sua amiga Lailah não gosta de mim, me sentiria mais
segura ao seu lado.
Lailah começa em tom debochado:
-Não se preocupe princesa eu não irei te matar! E ti ir com ele
somente será mai uma preocupação, se toca garota! Angst é melhor q vá
mais alguém com ti por precaução, Kaifaz ira também.
-Está bem não quero prolongar mais esse assunto, Kaifaz venha
conosco, os demais esperem aqui voltaremos logo, espero...
Começamos a adentrar na delegacia, com armas em punho, logo as
abaixamos, pois vimos q não existia nada e nem ninguém exceto nos
mesmo.
Entramos no “CPD” da delegacia e Iris começa então mexer no
computador procurando qualquer “B.O” referente à Louise, depos de certo
tempo começa:
-Olha Angst revirei de ponta a ponta os arquivos e não existe nenhuma
menção do nome Louise.
-Como assim Iris? Atentar contra a própria vida não e um crime? Pois
bem tente acessar arquivos médicos, já que uma ambulância foi chamada.
-Ok! Irei pesquisar chamadas de emergência.
Milhares de cousas em minha mente, se ela não estava fichada havia a
possibilidade de estar viva! Passo o endereço de Louise a Iris para que ela
possa cruzar as informações.
-Achei! Existe uma chamada de emergência para esse endereço, a
ambulância deu entrada em uma clinica psiquiátrica aqui próxima!
-Clinica psiquiátrica? Mas por quê? Ela não precisava de um
psiquiatra e sim de um clinico sei lá! Ela estava com o pulso aberto por
uma faca e pulsação fraca... E não com crises existenciais! Não faz sentido!
-Calma aí Angst!
Diz Kaifaz:
Vamos a tal clinica para saber o que aconteceu de repente o corte não
era tão grave assim e nem precisou ir ate um hospital, e sim a um psicólogo
pra saber o porquê ela fez isso...
-Está certo Kaifaz, vamo-nos a tal clinica já estamos aqui mesmo.
Iris anota o endereço enquanto caminhamos para a porta do “CPD”,
Kaifaz a frente abre a porta e da um pulo! As paredes estão todas
ensangüentadas!
-Angst preste atenção algo esta acontecendo aqui! Algo muito
estranho, e não e nada bom!
Aproximo-me de Kaifaz que já se encontra com a arma em posição
sul, chamo por Iris e dou um sinal para que Kaifaz tome a frente, o mesmo
começa a se estreitar pelo corredor enquanto dou cobertura.
Parecia um cenário de filme de terror, ou esses jogos de vídeo-game,
restos de pessoas por todo lado e muito sangue, dava-se para ouvir certos
gritos agonizantes, porem nenhum barulho de arma de fogo!
O corredor parecia não ter mais fim, e os gritos cada vez mais altos,
era arrepiante o cheiro de corpos em decomposição davam náuseas,
começamos os três a correr, mas nunca achegávamos ao fim, em um lance
olho para traz e vejo um vulto, grito para que parem, presto mais atenção e
vejo que o vulto na verdade é o da menina das aparições anteriores! Ela
esta nua e com a boca costurada parada em pé em minha direção com as
palmas voltadas pra mim, sua pele pálida parece uma estatua de mármore,
começo a andar em direção a ela, quando dou o primeiro passo percebo que
existe uma multidão atrás dela! Todos com ódio no olhar como se não
fossem exatamente humanos, estão armados e a menina é como se fosse um
escudo que estava ali para me proteger, ela acena com a cabeça e posso ver
uma lagrima escorrer dos olhos dela, percebo que ela não agüentaria ficar
ali por muito tempo então peço para que voltem todos a correr! Saímos em
disparada e finalmente vimos a nossa frente uma porta que adentramos,
saímos na entrada da delegacia.
Lá estão todos parados, com cara de espanto ao nos ver ofegantes,
Menfrel pergunta o que houve, Kaifaz começa a contar e Loreley fala:
-Estranho aqui não aconteceu nada.
Vem ate minha direção e me da um abraço.
-Ainda bem que não aconteceu nada com ti...
Fico parada sentindo o cheiro de seus longos cabelos, não retribuo o
abraço, pois meus braços estão exaustos de correr segurando a “12”, olho
para cara de cada um e uma em especial me chama a atenção, posso ver a
revolta no olhar de Lailah.
Conto a todos que o único arquivo existente sobre Louise dava entrada
em uma clinica psiquiátrica, e que lá justamente seria a próxima parada,
nisso Josh comenta:
-O que mais me chama a atenção e essa tal menina, até agora ela
parecia apenas uma garotinha fujona, mas agora com a boca costurada e
nua? Isso é surreal!
-Eu também pensaria assim cara, mas eu também a vi e não e a
primeira vez! E sem duvida é a mesma garotinha... Se isso e uma visão ela
não é exclusividade do Angst aqui...
Kaifaz termina dando um tapinha em minhas costas. Entramos todos
novamente nos carros, damos a partida porem nada acontece, os motores de
arranque simplesmente não respondem, nem sequer os faróis acendem.
Desço do carro e abro o capô, todos fazem o mesmo. Ushi começa:
-Nada esta funcionando olhem os seus celulares eles também
desligaram! Como se estivéssemos sobre um campo eletro magnético muito
forte... O estranho e que ate vocês voltarem lá de dentro estava tudo
aparentemente normal!
-Bom ti pode entrar e si de lá pra ver o que acontece.
Comenta Iris em tom irônico. Tendo a palavra Lailah;
-E se dermos “tranco” no carro?
-Se não existe nenhum vestígio de eletricidade para ligar a lanterna do
carro, se até os celulares antes carregados simplesmente desligaram, por
que ti achas que um “tranco” magicamente traria fagulhas as velas do
motor?
Comenta Ushi já rindo deixando Lailah desconfortável, Josh pede para
que parem as briguinhas e decide que iremos todos a pé para a clinica.

S-ar putea să vă placă și