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Pedagogia

“A minha missão não é de ensinar novas e melhores maneiras

de passar o tempo com as crianças brincando,

ou de ensinar artesanato com qual pode matar hora

eficientemente com as crianças

enquanto os pais delas estejam ocupados na igreja...

O intuito meu de preparar e dar essas aulas é

para preparar obreiros e obreiras com aquilo que

necessitam saber para ensinar a Palavra de Deus

para outros das várias idades (II Tm 2.2).”

Pr. Calvin Gardner


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Índice

Lição 1: Por que ensinar? ................................... pg. 3

Lição 2: Por que ensinar crianças? ........................ pg. 6

Lição 3: O que devemos ensinar crianças? .............. pg. 10

Lição 4: Quem é criança? ................................... pg. 14

Lição 5: O Ensino – Parte 1 ................................. pg. 16

Lição 6: O Ensino – Parte 2 ................................. pg. 20

Lição 7: O Ensino – Parte 3 ................................. pg. 25

Lição 8: Preparando a Lição .............................. pg. 27

Bibliografia .................................................. pg. 29


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Lição 1
Por Que Ensinar?
Quero ser claro desde a primeira aula de pedagogia que a intenção minha é para preparar
obreiros e obreiras na igreja local a ensinar a Palavra de Deus ás crianças que Deus traz à
igreja.
A minha missão não é de ensinar novas e melhores maneiras de passar o tempo com as
crianças brincando, ou de ensinar artesanato com qual pode matar hora eficientemente
com as crianças enquanto os pais delas estejam ocupados na igreja. A minha missão não é
de repassar as mais velhas ou novas teorias de aprendizagem pedagógica. Também não
estou querendo ser o exemplo ideal daquilo que ensino da Bíblia. Aqueles que nos
conhecem pessoalmente sabem que somos vasos de barro e, portanto, falhos.
O intuito meu de preparar e dar essas aulas é para preparar obreiros e obreiras com aquilo
que necessitam saber para ensinar a Palavra de Deus para outros das várias idades (II Tm
2.2).
Então, para esclarecer a razão de estarmos aqui, convém que respondamos à indagação:
“Por que ensinar?” Essa pergunta pode ser respondida em dois pontos: uma resposta geral,
e uma resposta específica.
I. Em Geral:
Para qualquer pessoa ficar sem conhecimento é ser inútil:
Ficar sem conhecimento é de praticar tolice como aquele que corre sem mensagem: II Sm
18.14-30, v. 22, “E prosseguiu Aimaás, filho de Zadoque, e disse a Joabe: Seja o que for
deixa-me também correr após Cusi. E disse Joabe: Para que agora correrias tu, meu filho,
pois não tens mensagem conveniente?” Se desejamos que os com quem somos responsáveis
não praticam tolice, é necessário que sejam instruídos. Por isso devemos ensinar!
Ficar sem conhecimento é de entrar na vida sem a mensagem correta, e isso, destrói: Pv
19.2 “Assim como não é bom ficar a alma sem conhecimento, peca aquele que se apressa
com seus pés. Apressar com os seus pés neste contexto é de começar num projeto sem
antes de se preparar primeiro. O homem que não tem o conhecimento de Deus age sem
cuidado, precipitadamente e espontaneamente, e, portanto, peca, ou seja, erra a alvo de
retidão e assim se fere (Adam Clark, comentário sobre Pv 19.2). A mensagem correta é a
Palavra de Deus, e agir sem este conhecimento nos destruirá: Os 4.6, “O meu povo foi
destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento,
também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te
esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”. Antes de correr,
é necessário ter a mensagem, e a mensagem correta. Se desejemos que os nossos alunos
não sejam destruídos, é necessário que estejam ensinados. Por isso devemos ensinar!
Ficar sem conhecimento é responder sem antes de ouvir todo o assunto: Pv 18.13, “O que
responde antes de ouvir comete estultícia que é para vergonha sua”. O ensino é de ser
“pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19). Se o falar da
existência ou não do pecado ou a existência ou não de salvação antes de ouvir do caso por
inteiro é de cometer estultícia, é necessário que ensinemos para que a resposta correta
seja dada. Não queremos que os por quem sejamos responsáveis fazem decisões eternas
antes de primeiramente ouvir todo o assunto. Por isso devemos ensinar! A causa da
verdade merece ser defendida suficientemente e para isso, a verdade deve ser
detalhadamente ensinada.
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Ficar sem conhecimento é de deixar sair à vontade o que está naturalmente no coração:
Mt 15.18-20, “Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem.
Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição,
furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem; mas
comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem”.; Jr 17.9, “Enganoso é o coração,
mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Por isso devemos ensinar!
Para todos, ter conhecimento correto é ser útil:
Ter zelo de Deus só é valido se for com entendimento correto: Rm 10.2 “Porque lhes dou
testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento”.
Ter o conhecimento correto é o método Bíblico: Pv 10.21 “Os lábios do justo apascentam a
muitos, mas os tolos morrem por falta de entendimento”; I Tm 4.16 “Tem cuidado de ti
mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a
ti mesmo como aos que te ouvem”.; II Tm 3.15 “E que desde a tua meninice sabes as
sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo
Jesus”.
II. Em Específico
É A Missão da Igreja
Para cumprir a missão divina para a igreja local é necessário a ensinar.
Mt 28.19-20, “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
Amém”.
Para cumprir a missão divina para a igreja local é necessário saber o que ensinar.
Mc 16.15 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. Para
poder pregar o evangelho é necessário saber o que é o Evangelho (Jesus Cristo).
Tudo que abrange o que Cristo é, ensinou, fez ou dito dEle é válido para compor o
currículo da Escola Dominical. Para isso é necessário conhecer Cristo e o Seu poder de
regeneração, saber caminhar com Ele, e ser bem familial com a revelação que Deus nos
deu dEle, ou seja, a Palavra de Deus.
É a Missão da Família
A maneira mais eficaz de garantir uma das razões que Deus trouxe a mulher ao homem
para instituir a família (“Ele buscava uma descendência para Deus”, Ml 2.15) é pelo ensino
das crianças (Dt 6.6-9). Ter uma família é uma benção pois filhos são a herança (possessão
valiosa passada à sua responsabilidade) do Senhor (Sl 127:3, “Eis que os filhos são herança
do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão”). Desde que as bênçãos de Deus são
acopladas com responsabilidades podemos concluir que ter uma família é uma
responsabilidade.
Ter os filhos dos outros em nossas classes na igreja acarreta uma dupla responsabilidade:
cumprir a missão da igreja para com elas e ensinar tudo sobre Cristo, e ser um ajudante
aos pais nas suas responsabilidades em ensinar todas as palavras da Lei de Deus.
Importa para nós sermos instruídos.
Importa para nós sabermos passar conhecimento para outros.
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O Que É “Ensinar”?
O objetivo final de ensinar uma criança, de qualquer idade, não é de controlá-la, mas de
informá-la o que é correto para que ela se controle (Fugate, p. 167). Desde que a maior
parte do nosso ensino requer vocabulário, concentração e um desejo para aprender, a
maior parte do proveito do ensino será para as crianças maiores. Todavia, quando a
criança é pequena, é necessário ensiná-la ter respeito à autoridade e saber ser obediente
para ser pronta a receber instrução maior quando ela pode assimilar mais.
O ensino é muito além de meramente passar informação ao aluno com qual ele pode ou
não aceitar. O ensino fornece a explicação de verdades das quais o aluno torna a ser
responsável. Ensinar quer dizer inculcar. Inculcar significa: 1. Apontar, citar, apregoar: 2.
Demonstrar; aparentar: 3. Dar a entender; demonstrar, indicar, revelar: & 4. Repetir
(alguma coisa) com insistência, para frisá-la no espírito; repisar. 5. Declarar, divulgar,
revelar (Dicionário Aurélio Eletrônico - Século XXI ver. 3.0, nov 1999). O próprio significado
nos diz que o ensinar é muito além de apenas repassar informação. A prova que o ensino
foi assimilado é se a criança aplicou-o à sua vida.
A tarefa nossa é imensa e requer a assimilação de verdades morais e espirituais, obras que
pertencem ao Espírito Santo que usa a Palavra de Deus. Graças a Deus não estamos sós
nesse empreendimento. Junto com a ordem de ensinar há a promessa de Cristo estar
conosco (Mt 28.20). Aproveite do Seu cuidado constantemente!
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Lição 2
Por Que Ensinar Crianças?
Crianças? Devemos gastar tempo ensinando elas? Se vão ao céu se morrerem cedo (se de
fato vão ao céu), por que interferir nas suas vidas? Eu nem lembro da minha infância, Você
lembra da sua? Então por que nos esforçarmos ensinando o que elas não vão lembrar? As
crianças mais velhas estão em casas com outro ensino a maior parte do tempo (TV,
Internet, Lares sem Cristo), como vou fazer uma diferença nas suas vidas em poucas horas
por semana na igreja?
Sei que já abordamos essa pergunta de alguma forma, mas, desde que a tarefa para o
maior número de vocês estão aqui para ensinar crianças das idades de dois a treze anos de
idade, vamos gastar um pouco de tempo respondendo a pergunta: Por Que Ensinar
Crianças?
Devemos separar em nossas mentes a missão da igreja e a responsabilidade dos pais.
Evangelização é a missão da igreja em geral e ensinar os membros em particular enquanto
é a responsabilidade dos pais criarem os seus filhos na admoestação do Senhor. Essas duas
atividades ajudam uma a outra e nenhuma substitua a outra. A nossa lição não cuida
especificamente a responsabilidade dos pais em criar os filhos mas por que a igreja deve se
importar pelas crianças.
Também devemos separar em nossas mentes o culto na igreja e as aulas direcionadas
para as faixas etárias. O culto, ou a reunião da igreja, deve sempre contar com todos os
membros (Hb 10.25). Desde que a palavra “igreja” originalmente no grego significa
‘reunião’, ‘congregação’, ‘ajuntamento’, ‘assembléia’ ou ‘igreja’, o culto deve ser um
ajuntamento e não uma separação segundo as faixas etárias. Não se encontra no culto no
Novo Testamento a congregação de somente uma parte do corpo. Congregar somente os
olhos para ter um culto é estranho à pratica neotestamentária. Congregar somente os pés
num culto nas montanhas e chamar tais reuniões separadas um culto da ‘igreja’ também é
alheio à prática neotestamentária.
Porém, se tiver uma escola dominical para faixas etárias, uma escola de férias para atingir
uma determinada idade de pessoas, um estudo bíblico com churrasco para os jovens na
casa de um adulto da igreja, ou cursos para seminaristas no prédio usado pela igreja, tais
atividades são licitas. Tais atividades não ferem nenhum princípio neotestamentário, mas
contrariamente, cumprem tanta a missão da igreja quanto o exemplo Bíblico (Mc 10.14; II
Tm 2.2). Tenha tais aulas, programações, etc., mas não chama essas atividades um “culto
da igreja”, pois o culto da igreja não deve permitir que nenhum membro deixe a
congregação da igreja (Hb 10.25; At 2.42).
Tendo em mente as diferenças da missão da igreja das responsabilidades dos pais, e, tendo
em mente a natureza dos cultos da igreja e as atividades para evangelizar e para edificar
as diferentes faixas etárias, vamos prosseguir. Em outra lição estudaremos como as
crianças aprendam. Agora queremos focalizar a nossa razão básica no por que de ensinar
crianças. Essa pergunta pode ser respondida em pelo menos cinco maneiras: 1) para que
conheçam a Palavra de Deus e saber ouvir de Deus; 2) para que saibam se comportar na
Casa de Deus; 3) para que saibam obedecer a Deus corajosamente; 4) para ter uma
descendência para Deus e 5) para a igreja cumprir sua missão.
Conhecer a Palavra de Deus e Ouvir de Deus
Quando Deus desejava falar com Elias sabemos que Deus não estava no grande vento que
fendia os montes e quebrava as penhas, nem no terremoto, nem no fogo, mas numa voz
mansa e delicada (I Rs 19.11-13). Disso podemos aprender que temos a tarefa de ensinar
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as crianças à não apenas saber que a verdade é para ser desejada a ouvir, mas também o
fato que Deus fala pela Sua Palavra muitas vezes numa voz mansa e delicada. Para ouvir
dEle as crianças devem aprender ser atentas para ‘ouvir’ essa voz mansa e delicada. E a
voz de Deus vai chamá-las à obediência da Sua Palavra. Quando Deus chama os Seus ao
arrependimento dos pecados e à fé em Cristo Jesus, Ele faz numa voz quieta. As crianças
pequenas e maiores, bem como a mocidade precisam de ser ensinados a distinguir tal voz
na Palavra de Deus.
Se não há quem prega as alegres novas do Evangelho às crianças, como elas ouvirão? Se as
crianças não ouçam o Evangelho, como elas crerão? Se as crianças não crêem no Evangelho
de Paz, como invocarão no nome do Senhor? E como serão salvas as crianças se não
invoquem o nome do Senhor? Portanto a lógica Bíblica nos responda por que ensinar
crianças: para que possam ouvir de Deus e, depois de ter ouvido de Deus, crer no Senhor
Jesus Cristo e assim ser salvas (Rm 10.9-15).
Essa responsabilidade é tanto dos pais para com seus filhos quanto todo Cristão que deseja
que todos conheçam a Palavra de Deus. Temos uma sublime razão ensinar as pessoas que
venham a serem em nosso cuidado: ensinar a Palavra de Deus.
Saber Se Comportar na casa de Deus
Se desejarmos ter crianças que se comportam corretamente na Casa de Deus,
necessitaremos usar o tempo com elas num ambiente adequada ensinando como se deve
comportar quando a Palavra de Deus esteja sendo pregada, lida ou ensinada. Esta
reverência tem que ser ensinada tanto pelos pais Cristãos nos seus lares quanto pelos
Cristãos interessados a atingir os outros com a Palavra de Deus na escola dominical, pois
esse conhecimento não vem naturalmente do coração (Mt 15.18-20; Jr 17.9).
Deus deseja que tudo feita na Sua casa seja com decência e com ordem (I Co 14.40).
Portanto temos que ensinar as crianças como ser decente e ter ordem para o agrado de
Deus na Sua casa.
Timóteo (I Tm 1.5; 3.14,15) conheceu a Palavra de Deus desde a sua meninice, não por
assistir os cultos da igreja, ou por ter participado numa escola dominical, mas unicamente
pelos esforços da sua mãe e avó. Isso nos enfatiza da importância da influência do ensino
no lar. O papel do ensino das crianças não é primeiramente das professoras da igreja, mas
dos pais no lar. O ministério da igreja deve apoiar o lar não substituí-lo. Todavia, isso não
quer dizer que o comportamento correto na igreja não pode ser ensinado na escola
dominical ou mesmo do púlpito para a igreja reunida. Comportamento na casa de Deus
deve ser ensinado, pois é doutrina bíblica (I Tm 3.14-15).
Obedecer a Palavra de Deus Corajosamente
A vida que é estável e firme é aquela construída na observação da Palavra de Deus (Mt
7.24-47). O estágio melhor de construir essa vida é logo no tempo que o alicerce está
sendo posto. Pode ser que as crianças não podem lembrar as palavras com quais foram
ensinadas quando pequenas, mas de forma alguma podem esquecer a influencia destas
palavras da Verdade nas suas vidas. Essa influência deve ser primeiramente dada no lar: Dt
6.6-9; Ef 6.1-4; II Tm 3.15, e pode ser ensinada de um adulto que não é parente do menor:
Mc 10.14, “Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos
(#3813, paidion, exclusivamente criancinhas, Strong’s) a mim, e não os impeçais; porque
dos tais é o reino de Deus”. Também é responsabilidade da congregação neotestamentária
ensinar as crianças nela a obedecer a Palavra de Deus: Js 8.35, “Palavra nenhuma houve,
de tudo o que Moisés ordenara, que Josué não lesse perante toda a congregação de Israel,
e as mulheres, e os meninos, e os estrangeiros, que andavam no meio deles”; II Cr 20.13,
“E todo o Judá estava em pé perante o SENHOR, como também as suas crianças, as suas
mulheres, e os seus filhos”).
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É mais fácil ensinar a verdade à uma criança do que a um adulto pois, apesar da maior
capacidade do adulto de aprender, este muitas vezes tem que ‘desaprender’ primeiro o
que é errado, e isso dificulta e atrasa a aprendizagem.
Somente pode o povo obedecer a Deus se conhece o que Deus manda. John Gill disse essa
verdade assim: Não podemos esperar a obediência da Fé se a Fé não tenha sido
instruída. No lar isso deve ser ensinado e por isso Davi ensinou o seu filho Salomão a
conhecer Deus: I Cr 28.9, “E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai, e serve-o
com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o SENHOR todos
os corações, e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado
de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre”.
Somente podemos esperar proezas do povo que conhece o seu Deus. Dn 11.32, “... o povo
que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas”. Se conhecer a verdade é a vida
eterna, temos razão suficientemente a ensinar crianças, seja no lar, seja na rua ou seja
reunidas numa sala na escola dominical: Jo 17.3, “E a vida eterna é esta: que te
conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
É a responsabilidade do Pastor da igreja velar pelas almas nela (Hb 13.17). Mesmo que
todos os pastores são equipados ou aptos para pregar uma mensagem nos níveis de todas as
várias idades presente num culto da igreja, todos podem orar que o Espírito Santo aplique
a Verdade da mensagem em todo coração.
Ter uma Descendência para Deus. É o desejo manifesto de Deus que um dos propósitos do
casamento é para ter Cristãos continuamente no mundo. Veja Ml 2.15, “E não fez ele
somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma
descendência para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para
com a mulher da sua mocidade” (Veja também Sl 78.5-6). O melhor lugar para ensinar
crianças a Palavra de Deus é no lar, mas o ministério da igreja na escola dominical pode
auxiliar e apoiar o ensino Bíblico do lar pela sua missão de “fazer discípulos de todas as
nações ... ensinando-os a guardar todas as coisas” que Jesus ensinava aos apóstolos (Mt
28.19-20).
Para a Igreja Cumprir a Sua Missão. Temos mencionado esse aspecto na primeira lição –
Por Que Ensinar? – mas quero ressaltar que o ministério da igreja não deve somente pregar,
como também devem pregar às crianças. A missão da igreja é pregar o Evangelho “a toda
criatura”, Mc 16.15.
Também, a igreja tem uma responsabilidade para ensinar todos que foram feitos discípulos
e membros “a guardar todas as coisas” que Jesus tem mandado - Mt 28.19-20. Se Deus
salva crianças, e traz essas a serem batizadas e membros, elas devem também ser
ensinadas o que Jesus tem mandado.
Observação: Mesmo que é a missão da igreja pregar “a toda criatura”, e isso inclui
as crianças, a responsabilidade maior de ensinar as crianças doutrina é dos pais e
isso, no lar (Dt 6.4-9; 11.18-21; Pv 4.1; Is 38.19; Ef 6.4). Podemos citar a realidade
que a maioria das crianças está nos lares de pagãos e, portanto não aprenderão de
Cristo e se as igrejas não importam com as crianças, não conhecerão a Verdade. Isso
é uma verdade solene, porém essa realidade não é somente de hoje. A mesma
situação foi nos dias de Moisés, dos Profetas, de Cristo, da igreja primitiva, e pela
história até os dias de agora. Vemos os Israelitas procurando ‘evangelizar’ as
crianças dos pagãos? Qual é o exemplo bíblico neotestamentário para a Igreja hoje
se orientar? Creio que as crianças ‘pagãs’ foram atingidas não pelos cultos da igreja,
mas pela evangelização das famílias Cristãs para com os seus vizinhos.
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Os exemplos que encontramos nas Escrituras são de Cristãos pregando aos todos
numa cidade (Jn 3.2; Mt 10.7), aos todos no seu dia-a-dia (At 8.4), nas casas (At
5.42), nas sinagogas (Mt 4.23; At 9.20), nos mercados (At 17.17), e entre os pagãos
de toda nação (Rm 15.10; Gl 1.16; Cl 1.28; Ap 14.6). Seriam idôneas as praticas de
atingir as crianças ou os maiores numa escola Bíblica de férias, nos retiros para os
jovens, ou nos acampamentos para as famílias, ou em aulas da escola dominical.
Mas lembramos que essas atividades, mesmo como um ministério da igreja, não são
cultos da igreja. Os cultos da igreja são para reunir o corpo todo e não somente
parte dele.
É verdade que a pregação é ensino, mas também é justificado o ensino direcionado às
faixas etárias em salas de aulas diferenciadas. Todavia não se deve separar as crianças dos
pais durante os cultos pois não devem deixar a congregação quando ela é reunida.
“Igrejinha de crianças”, ou “Igreja dos Jovens” não deve existir. O corpo não se separa em
membros reunidos em lugares separados mas reúnem juntos para formar um corpo e com
os devidos ministrantes.
Se Jesus ensinou que devemos permitir as crianças virem a Ele, não devemos, pela liturgia
formal demais impedi-las de ter um relacionamento com Ele (Mc 10.14). Falando como
homem, a pregação normal do púlpito ou o ensino da lição para a igreja reunida pode
impedir a criança a vir a Cristo. Isso se o Pastor não esteja sensível pelas necessidades de
todos nos cultos. Mesmo que o culto pode ser em linguagem avançada para todas as
crianças entenderem tudo pregada, o Espírito Santo não é limitado para completar e
aperfeiçoar a mensagem da Palavra de Deus nos corações. Mesmo que o líder da igreja não
seja apto para comunicar no nível dos menores, os próprios menores aprenderão a terem
reverência no culto pelo exemplo dos seus pais e dos outros. Todos os servos do Senhor são
vasos de barro e não devemos esperar milagres dos homens mas Deus opera além das
nossas imperfeições. Limitando-nos à Palavra de Deus temos a segurança que Deus
acompanha a sua pregação (Is 55.11; I Co 2.2-5).
Se a lição ou mensagem é para ser dada de pouco em pouco, construindo uma base de
conhecimento para depois erguer maior conhecimento (Is 28.9-13), é importantíssima que
o pouco em pouco seja entendido por todos. Tendo aulas divididas para as diferentes
faixas etárias em tempos diferenciados dos cultos da igreja, as diferentes faixas etárias
podem ser atingidas. O exemplo Bíblico disso é Jesus abençoando as crianças – Mc 10.14 e
os seminaristas sendo ensinados pelos doutores – II Tm 2.2.
Observação Final: aulas para as diferentes faixas etárias nunca são chamadas ‘culto da
igreja’.
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Lição 3
O Que Ensinar Crianças?
Queremos recapitular os porquês que queremos ensinar em geral. Queremos ensinar
porque é inútil de ficar sem conhecimento. Também queremos ensinar porque ter
conhecimento correto é útil. Especificamente queremos ensinar porque é ela a missão da
igreja, e também por que é a missão da família responsável.
Também queremos recapitular os porquês que queremos ensinar crianças. Queremos
ensinar crianças para que conheçam a Palavra de Deus e que saibam ouvir de Deus.
Queremos ensinar crianças para que saibam se comportar na casa de Deus. Queremos para
que as crianças aprendam a obedecer a Palavra de Deus corajosamente. Queremos ensinar
crianças, pois Deus deseja uma descendente que é para Ele. Por ultimo queremos ensinar
crianças para que a igreja cumpra a sua missão.
Temos o Espírito Santo para nos guiar em toda verdade e temos a Palavra de Deus para
aprendemos qual é a verdade.
O Que Não Temos Responsabilidade a Ensinar
Sabendo que a nossa missão é de Deus e que a nossa missão é para cumprir o Seu propósito
logo sabemos que o nosso ensino não é de fonte humana nem para agradar o homem.
Portanto a nossa missão não é de ensinar psicologia, auto-estima, religião em geral nem
cristianismo em particular, moralidade, higiene, nem a coordenação motora. Não
queremos ensinar essas coisas não por que elas necessariamente são maléficas, ímpias ou
cheias de iniqüidade. Não queremos ensinar essas coisas porque não somos uma escola
estadual nem escola particular e nem ainda uma creche cristã. Somos uma igreja neo-
testamentária, e somos uma igreja neo-testamentária com uma missão divina. Essa missão
é de evangelizar os perdidos e de ensinar a Palavra de Deus aos salvos. Tudo o que fazemos
na sala de aula e tudo que ensinamos deve refletir o que somos e deve cumprir a nossa
sublima missão.
O Que Temos Responsabilidade a Ensinar
O alicerce de nosso preparo para cada lição, para cada faixa etária, para todo o sempre é
a Palavra de Deus. O alvo do nosso ensino é a Palavra de Deus. O resultado do nosso ensino
deve ser identificado pela Palavra de Deus. Ensinando a Palavra de Deus somos ensinando
doutrina. Mesmo que as palavras ‘ensinar’ e ‘doutrina’ significam a mesma, usamos as duas
juntas para enfatizar que a nossa missão não é de apenas transmitir ou lecionar, mas de
pronunciar fatos da Bíblia. Queremos meditar no Porquê de Ensinar Doutrina às crianças?
1. Ela é à base da adoração verdadeira (Jo 4.23,24; ver II Sm 6.1-9)
2. Ela é a marca fundamental do Cristão (Sl 119.11; Mt 7.21; I Jo 2.3-5; Ap 3.8)
3. Ela é a razão da existência da Igreja aqui no mundo (Mt 28.18-20; I Tm 3.15; ver Ef
1.23; 3.10; Hb 10.25-27)
4. Ela é o cuidado de um Pastor ou professor sério (I Tm 4.6, 13-16; II Tm 4.1-5; Tt 2.1)
5. Ela é a fonte da Fé e o gozo da vida Cristã quando está acoplada a um amor fervoroso a
Deus (Jr 15.16; Dn 11.32; Rm 10.17; I Co 8.1-3; 13.8; I Tm 1.19; ver II Tm 4.2,3)
6. Ela é comida apetitosa para o servo de Deus (Sl 19.10; Jr 15.16; Jo 6.35; Hb 5.13, 14; I
Pd 2.2; Ap 10.10)
7. Ela é a arma que Cristo usou em batalhas espirituais (Mt 4.1-11; Ef 6.17; Hb 4.12; ver
Ap 19.15)
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8. Ela é a instrução para o mancebo que quer apresentar-se aprovado a Deus (II Tm
2.15; Jd 20,21; ver Ap 3.22)
9. Ela é mais firme que qualquer voz do céu que possamos ouvir, mais firme que qualquer
revelação que possamos ver, e mais firme que qualquer experiência que possamos
experimentar (Lc 16.19-31; Gl 1.8; II Pd 1.17-21
10.Ela é o estímulo para crescimento espiritual (Sl 119.9; Jo 5.39; 17.17-19; II Pd 3.18; II
Tm 3.14)
Vamos usar vários métodos para ensinar a Palavra de Deus que examinaremos na lição
cinco. Deus pode usar várias personalidades para ensinar as crianças. Podemos conviver
com inumeráveis situações e diferentes circunstancias quando estamos diante os alunos
sob a nossa responsabilidade. Todavia, nunca temos razão suficiente para deixar de
declarar a Palavra de Deus.
Queremos ensinar crianças para que, no fim do nosso ministério, podemos dizer como
Paulo: “Porque eu nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus”, - Atos 20.27.
O apóstolo Paulo começou (I Co 2.1-2) e terminou (At 20.27; I Co 15.1-5) o seu ministério
anunciando o testemunho de Deus, ou seja, o evangelho, que por sua parte é Cristo.
Podemos fazer menos do que devemos mas não podemos fazer melhor do que pregar
doutrina da Palavra de Deus.
A Doutrina da Palavra de Deus é Cristo
Cristo disse que no “princípio do livro” é escrito da Sua missão para vir ao mundo - Hb
10.7, “Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), Para fazer, ó
Deus, a tua vontade”. Em outra forma o salmista disse que no “rolo do livro” está escrito
dEle - Sl 40.7, “Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de Mim está escrito”.
Tudo isso quer dizer que Cristo é eterno, também é a Sua missão e toda da Palavra de Deus
fala dEle. Para pregar doutrina verdadeira temos que pregar a Palavra de Deus. Pregando a
Palavra de Deus pregamos Cristo.
Não precisamos sublimidade de palavras. Precisamos pregar Cristo (I Co 2.1,2). Não
precisamos as palavras persuasivas de sabedoria humana, mas a demonstração do Espírito,
que acompanha a pregação da Palavra de Deus (Is 55.8-11; Rm 10.17). Precisamos pregar
Cristo. Cristo é descrito como sendo o “Evangelho Eterno” (Ap 14.6). A mensagem sempre
atual.
O “Evangelho Eterno” no Passado
A primeira profecia da Palavra de Deus concerne Cristo e a Sua missão. Cristo é a semente
da mulher que pisará a cabeça da semente da serpente, Gn 3.15.
Depois que veio o pecado no mundo, Deus misericordiosamente manifestou a obra da
salvação. Quando Deus vestiu Adão e Eva de peles de animais Ele proclamou e figurou o
Evangelho Eterno, ou seja, Cristo. Deus declarou em figura que o Inocente morrerá para
cobrir a vergonha, o medo e a nudez do pecador (Gn 3.21; Jo 3.16; Rm 5.8; I Co 5.19-21).
O espírito desta profecia e de toda a profecia é Jesus Cristo - Ap 19.10, “E eu lancei-me a
seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus
irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o
espírito de profecia”. Cristo é o Evangelho Eterno!
O Tabernáculo é a sombra do celestial (Hb 8.5, “Os quais servem de exemplo e sombra das
coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o
tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te
mostrou”).
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O Tabernáculo simbolizou a habitação de Deus com Seu povo. Essa habitação do Deus
sem trevas com o homem pecador é somente pelo Seu Filho Jesus Cristo. Tudo no
Tabernáculo representa Cristo como o Meio para o pecador chegar a Deus.
Pensa das duas portas e um véu que o pecador ou seu representante passava para chegar à
presença do Fogo Consumidor entre os querubins.
A primeira porta, a porta do pátio, deixava entrar o pecador arrependido com fé no sangue
do sacrifício que ele trouxe em obediência á Palavra de Deus (Ex 27.16; Jo 1.29). Note
bem que não era necessário conhecer as verdades desta porta, mas era necessário entrar
por ela (a fé).
Pela segunda porta, a porta do santuário, entrava o sacerdote para ministrar no lugar
santo pelo pecador arrependido. Neste santuário era as orações intercessoras (altar do
incenso), a vida espiritual, ou seja, o pão (mesa do pão da propiciação) e a luz da verdade
(candelabro), tudo que indicava de Cristo, o Mediador Único (I Tm 2.5,6).
Pelo véu, a porta para o Lugar Santíssimo, entrava o sumo sacerdote uma vez por ano com
sangue de sacrifícios pelo pecado. Esse véu é o corpo de Cristo (Hb 10.10-14, 19-23) pois
pelo Seu corpo há o Único caminho a Deus.
Você já entrou na presença de Deus pelo Evangelho Eterno?
No passado, tudo apontava a Cristo, o Evangelho Eterno.
O “Evangelho Eterno” no Presente, Agora
No presente também Cristo é o Único Caminho. Cristo é o eterno Eu Sou. Ele ensina que O
“Eu Sou” é:
Jo 6.35 E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e
quem crê em mim nunca terá sede.
Jo 6.51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para
sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
Jo 8.12 Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue
não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
Jo 8.58 Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão
existisse, eu sou.
Jo 10.7 Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a
porta das ovelhas.
Jo 10.9 Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará
pastagens.
Jo 10.11 Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
Jo 10.14 Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
Jo 11.25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que
esteja morto, viverá;
Jo 12.46 Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não
permaneça nas trevas.
Jo 14.6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai,
senão por mim.
Jo 15.1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
Jo 15.5 Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer.
Ele é o Evangelho da Graça (At 20.24), ou seja, Deus fazendo do Seu Filho Jesus Cristo o
substituto idôneo pela condenação do pecador arrependido sem o pecador merecer tal
salvação (Ef 2.1-9).
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A responsabilidade do pecador é de entrar nessa salvação pessoalmente. Deus manda a
todos os homens em todo lugar que se arrependam e crêem pela fé em Cristo Jesus (At
17.30; 16.31). Cristo é o Evangelho Eterno!
O “Evangelho” pela eternidade
Cristo é exaltado soberanamente e dado um nome que é sobre todo nome – Fl 2.6-11 “Que,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si
mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na
terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória
de Deus Pai.” Cristo como Senhor é entronizado para sempre. Não há e nunca haverá outro
Salvador e Senhor como Cristo.
Cristo fez uma vez para sempre a oblação do Seu corpo e “havendo oferecido para sempre
um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus” (Hb 10.12). O
sacrifício de Cristo vale para toda a eternidade. Cristo é o Evangelho Eterno entronizado!
As ordenanças da igreja proclamam claramente que Cristo é o Substituto Idôneo, o
Salvador único. Aquele que ressuscitou e vive para todo o sempre é Aquele Senhor e Juiz
que virá (Rm 6.4, 7-9; 1Co 11.23-26).
Este Senhor e Salvador é a nossa mensagem. Pregando Cristo pregamos “todo o conselho
de Deus”.
No princípio é escrito de Mim, a Palavra de Deus, o Evangelho eterno, Aquele consagrado
“antes da fundação do mundo”; o “Eu Sou” ou seja, o Evangelho da Graça para todos que
se arrependem e crêem nEle; é Aquele que cedo venha para reinar com todos que estão
nEle. Cristo é o Evangelho Eterno!
Cristo é tudo pelo qual devemos preocupar em saber. Pecador, diante da verdade que é
um só Salvador pelo qual Deus vai julgar o mundo, e que por Este a graça de Deus se
manifesta a necessidade imensa para todo pecador é: Arrependei-vos e creia neste
Salvador! Cristo é o Evangelho Eterno!
Professor(a), é delineada claramente a nossa responsabilidade. Devemos pregar ao pecador
a sua condição de culpa diante de Deus, a sua condenação pelo pecado, e Cristo como o
Salvador único. Devemos declarar que o pecador é responsável a se arrepender e crer pela
fé neste Salvador que Deus tem dado.
Uma vez que o pecador é convertido, devemos instruir “todas as coisas que Cristo tem
mandado”, ou seja, a santificação.
Ensinar doutrina é de ensinar Cristo e ensinar Cristo é de ensinar “todo o conselho de
Deus”.
Não seja influenciado a duvidar nunca desta verdade. Não seja influenciado a parar de
declarar de Cristo. A nossa missão é de proclamar, de testificar, de comunicar, de pregar e
ensinar. A nossa missão não é de manipular, de comover, de impressionar, de entreter ou
de divertir.
Cristo é o Evangelho Eterno! É Cristo que devemos ensinar!
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Lição 4
Quem é Criança?
Todo mundo não tem a mesma capacidade de ser ensinado. Do nascimento até maioridade,
as possibilidades de receber instrução e conformar-se àquela instrução, vão transformando
continuamente. O professor que tem a responsabilidade de anunciar todo o conselho de
Deus deseja que o conselho anunciado esteja no mesmo nível da compreensão do seu
aluno. Para não dar as coisas santas aos cães, nem deitar aos porcos as pérolas (Mt 7.6)
convém perceber quem é e quem não é criança entre os alunos nossos.
Faixas Etárias Bíblicas
As palavras gregas que mais destaquem faixas etárias:
Brephos (# 1025): infante – recém nascido (Lc 1.41; 2.12; 18.15; II Tm 3.15; I Pe 2.2).
Paidion: (# 3813) criança – 3-12 ou 13 anos (Mt 2.8-21, Menino; 11.16; 18.2; Mc 5.36-43;
9.24-37; I Co 14.20; I Jo 2.13, 18; Hb 11.23 e At 7.20).
Pais: jovem (# 3816) – 12 ou 13 - 19 anos (Mt 2.16, meninos; Lc 2.43, menino de 12 anos;
15.26, perguntou a um dos servos; At 4.27, 30, teu santo Filho Jesus; 20.12, jovem).
Aner (# 435): Adulto – além de 20 anos (Mt 1.16, marido de Maria; 7.24, homem prudente;
Lc 24.4, anjos aparecendo dois homens; At 17.22, Homens atenienses; Ef 4.13, a
homem perfeito).
A Bíblia considera a pessoa imatura até os 19 anos de idade (Fulgate, p.55-59, 283).
A Natureza de Cada Faixa Etária
Infante – Primeiro estágio de vida. Começa com total dependência nos pais. O amor é
mostrado a este por cuidar das suas necessidades de alimentação, conforto ambiental,
segurança. Quando ele começa de desejar a sua independência e procura fazer coisas por
si mesmo, ele não é mais infante. O controle externo é necessidade constante.
Criança – Não é jovem ainda. Mostra a sua própria vontade – que é contra a vontade da
autoridade – e procura unicamente a se agradar a si mesmo. É neste estágio que hábitos de
comportamento da vida inteira estão estabelecidos. Os pais devem estabelecer com rigor
as regras para o comportamento aceitável e inaceitável. Respeito de autoridade e os
direitos dos outros, honestidade, paciência, autocontrole, trabalho, amor pelos outros, e
outras virtudes podem e devem ser estabelecidas neste estágio. Controle externo cede
pouco em pouco ao autocontrole.
Juventude – Neste estágio a personalidade individual se desenvolve com os seus interesses
e as suas preferências próprias. A capacidade de raciocinar pede explicações das regras e
valores da vida no lar. Dependendo como os pais deram atenção no ensino dos valores de
vida e na medida em que deram atenção propícia ao filho quando criança determina se os
jovens tomam os pais como exemplos para as suas vidas. Filhos que tinham o controle de
tudo como crianças rebelarão contra qualquer autoridade que não aceita ser controlado
por eles. Porém, aquele que conhece submeter-se à autoridade sabe aceitar
responsabilidade pessoal pelas ações e sabe servir os outros.
Adulto – Biblicamente, a partir dos vinte anos de idade, o homem é responsável
completamente diante de Deus e a nação incluindo o serviço militar e o pagamento dos
impostos. A mulher adulta continua sob a proteção do pai até ele a dá em casamento. A
colheita do trabalho investido quando criança e jovem é realizada nesta fase. Se fosse
investido controle com amor os pais terão o respeito e honra dos filhos bem comportados e
sábios para com Deus. De outra maneira os pais terão tristeza e vergonha – Pv 10.1;
15
23.24,25, “Grandemente se regozijará o pai do justo, e o que gerar um sábio, se
alegrará nele. Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se a que te gerou”.
Conclusão:
Tendo um entendimento das faixas etárias bíblicas ajudará na interpretação das passagens
bíblicas que mencionam as mesmas. Também é clara qual é a responsabilidade dos pais de
ensinar virtudes para com seus filhos. É testemunhado tanto no comportamento das
crianças que temos contato pelos trabalhos da igreja quanto pela Palavra de Deus que
nenhuma criança nasce anjo. Todas elas precisam controle externo até que aprendam a se
controlar. Todas elas precisam aprender de Deus o Evangelho pelo qual possam ser salvos.
Quando uma criança age conforme a sua natureza pecaminosa convém, como professor da
igreja, trazer à atenção da criança o porquê ela está agindo assim (por ter uma natureza
pecaminosa – Rm 5.12), a atitude de Deus para com tal ação (condenação eterna - Jo
3.19), e a única maneira de ter a mudança necessária para agradar a Deus
(arrependimento e fé no Evangelho – II Co 5.17-21; At 16.31; 17.30).
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Lição 5
O Ensino Bíblico – Parte I
Entendendo melhor qual capacidade de aprendizagem tem nosso aluno podemos adaptar a
nossa maneira de instruir à capacidade dele.
É Necessário o Ensino ser Conforme a Faixa Etária Correta
Uma criança não pode ficar no berço para sempre. Eventualmente a criança tem que
aprender as verdades da vida. Como professores (as) na igreja temos a missão de ensinar
as verdades da Palavra de Deus para as crianças. As maneiras várias de ensinar (pela
experiência, repetição, exemplo ou pela lógica) só podem ser aplicadas conforme a
capacidade da criança compreender. Desde que a maior parte do ensino das crianças
necessita a compreensão de instruções, que por sua parte necessita vocabulário e
concentração, a maior parte da profundeza do ensino não ocorrerá antes de idade jovem.
Porém as criançinhas e as crianças maiores podem aprender verdades, pois não são idiotas.
Conforme as suas capacidades devemos ensinar.
O Alvo é de Inculcar
O ensino é muito além de comunicar ou meramente dar instruções. O alvo do professor da
Palavra de Deus é sempre observar a lição ensinada posta em prática na vida do aluno,
qualquer que seja a sua idade. Inculcar a lição, portanto, é nosso alvo. Inculcar é de
demonstrar ou tornar evidente (Dicionário Aurélio Eletrônico - Século XXI ver. 3.0, nov
1999). Quando o ensino for inculcador, a evidência da instrução será dada na vida daquele
ensinado. Somente quando a verdade ensinada é parte da vida do aluno o alvo de todo o
processo educativo é atingido. Não deve ser de grande surpresa que a Palavra de Deus
revela um sistema perfeito para os pais inculcarem a criança. Este sistema se vê em II
Timóteo 3.16, “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para
redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;”.
Esse sistema consiste de quatro estágios básicos: 1. ensinar, ou estabelecer os padrões
com avisos do que acontecerá quando essa instrução é negligenciada; 2. redargüir, ou
chamar a atenção que um padrão anteriormente estabelecido foi negligenciado; 3.
corrigir, ou fazer o necessário para que o padrão estabelecido seja respeitado; e 4.
instruir, ou seja, repete a instrução anteriormente dada e restabeleça os padrões
originais. Como a Bíblia nos ensina Deus instrua os Seus. Não há como melhorar essa
maneira, mas podemos melhorar a sua aplicação na sala de aula.
Usando a Repetição
Is 28.10,13: “Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento,
regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. Assim, pois, a palavra
do SENHOR lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento,
regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam
para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos”.
Mesmo que estes versículos foram escritos para reprovar Israel por terem esquecido o que
o Senhor tinha lhes ensinado pelos séculos, a passagem convém nos instruir como nós
professores devemos ensinar crianças e pessoas com falta de aprendizagem. O próprio
Criador é um pedagogo nessa passagem! Além de ensinar como devemos ensinar
verdades aos pequeninos que têm dificuldades de aprender é lógico concluir que esse
método nos diz como é que crianças aprendam. Deus, pelo profeta Isaías está dizendo que
a repetição de verdades várias vezes de formas diferentes e de tempos consecutivos é o
método para usar no ensino de crianças (e de adultos rebeldes).
17
Revisão de fatos das lições anteriores convém no começo da próxima lição. Não é
necessário repetir a lição anterior na sua integra, mas o destaque dos pontos mais
importantes é construtivo. A lembrança do versículo memorizado ou o resumo curto do
cerne da lição anterior é válido.
No ensino da lição do dia é bom lembrar-nos da história do Manuel, quando explicou ao
Joaquim a técnica para estruturar a lição: Joaquim, não há segredo. Primeiro tu contas
que vais falar. Depois, tu falas. Por ultimo, tu contas a todos que falaste.
Isso quer dizer que o ensino dos fatos principais da lição é brevemente dado no começo e
no fim da lição e que o próprio ensino deve ser a elaboração dos fatos principais. Não é
fora de cogitação no inicio de cada lição a prática de fazer um breve resumo dos pontos
básicos das ultimas duas ou três lições bem como os versículos memorizados
anteriormente.
Aguçando
Dt 6.7, “E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te e levantando-te”.
A palavra hebraica traduzida neste texto pela palavra “ensinarás” significa aguçar ou afiar,
especialmente como se passa uma faca sobre a pedra. Também significa inculcar (#08150
Strong’s Léxico do Hebraico – Online Bible, Ver. 2.00.02, jan. 2006). Num estudo sobre
essa palavra hebraica o Pastor Carmo Rosa afirma: Inculcar significa: repetir com
insistência para frisar o fato no espírito; repisar (repisar significa: recalcar; insistir em;
tornar enfadonho com a repetição; falar com insistência (Dicionário Aurélio Eletrônico -
Século XXI ver. 3.0, nov 1999). O método do ensino contemplado nesse texto mostra a
necessidade de passar repetidamente com muita paciência a mesma verdade vez após vez.
Aguçar é de aplicar o método da passagem anterior, ou seja, “mandamento sobre
mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um
pouco aqui, um pouco ali” (Is 28.13). Essa palavra hebraica também tem a idéia de
molhar, como ‘molhar o apetite ou o sentido’ para que aprendizagem aconteça.
Tal método de ensino requer uma visão longa e determinada paciência daquele professor
(a) que deseja ensinar biblicamente as crianças. Semana após semana, as mesmas
verdades anteriormente ensinadas cuidadosamente têm que ser continuamente associadas
na nova lição. Aprendizagem é o alvo, não abundancia de fatos, nem a rapidez.
Alunos de menor capacidade aproveitam melhor as lições de série do que as de tópicos
diferentes. Lições de série seriam as biografias dos homens e mulheres da Bíblia bem como
Noé, Abraão, Jacó, José, e Jesus e os discípulos. Também é útil ensinar as histórias
bíblicas como são apresentadas na própria Bíblia como os seis dias da criação, o êxodo e
peregrinarão dos israelitas, a vida terrestre de Jesus, etc. Outras séries edificantes para
crianças são: Como a Igreja foi instituída, como Deus nos deu a Bíblia, as parábolas e os
milagres de Cristo, as viagens missionárias do apostolo Paulo, etc.
Alunos de maior capacidade de aprendizagem podem aproveitar bem as doutrinas
especificas ou tópicos da Bíblia como: o céu e o inferno, a fé, a oração, os dez
mandamentos, o casamento e o lar, o comportamento bíblico nas várias situações da vida,
etc. O importante é detalhar repetidamente os fatos básicos continuamente durante a
lição qualquer que seja a capacidade do aluno de reter os fatos.
Facilitando a Dedução
Jó 35.9-11, “Por causa das muitas opressões os homens clamam por causa do braço dos
grandes. Porém ninguém diz: Onde está Deus que me criou, que dá salmos durante a noite;
Que nos ensina mais do que aos animais da terra e nos faz mais sábios do que as aves dos
céus?”
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A palavra hebraica usada para “ensina” neste versículo (também nestes: Jó 33.33,
“ensinar-te-ei”; Pv 22.25, “aprendas”) é alpha (#0502, Strong’s). Essa palavra significa
“apegar-se”. Surgiu desta palavra a idéia de ensinar por meio de exposição, ou deixando
algo tão conhecido que foi adotado (Carmo Rosa).
Ensinar por meio de exposição é a apresentação dos fatos para que sejam logicamente
deduzidos (Exposição: 5. Dedução de razões; considerações 6. Manifestação, declaração 7.
Narrativa, narração – Dicionário Aurélio Eletrônico - Século XXI ver. 3.0, nov 1999) A
consideração séria dos fatos apresentados apenas serão adotados na vida do aluno quando
são apresentados de formas claras e lógicas, seja o método a narração ou seja manifesta
constantemente em vida. Um exemplo negativo disso é dado em Pv 22.25, quando o mal é
associado na prática pela convivência dele. Nesse caso o mal é constantemente
apresentado pelo homem briguento ao ponto de ser quase inato o apego dele na vida de
quem é seu companheiro. A repetição dos fatos grandemente facilitará a dedução deles.
Não é somente a apresentação de fatos que estimula o aluno para adotá-los à sua vida mas
a apresentação lógica destes fatos. Por exemplo: Antes de levar o aluno ao Monte Calvário,
onde o Salvador Jesus foi crucificado pelos pecadores arrependidos, é necessário levá-lo ao
Monte Sinai, onde a Lei de Moisés foi dada para convencer os pecadores da pecamonisidade
do pecado (Rm 7.12, 13). A apresentação lógica da salvação necessita primeiramente que o
pecado seja definindo, a sua condenação estabelecida, a universalidade da culpa
expressada antes que a beleza da salvação em Cristo seja explicada ou apreciada. Em
outras palavras, tem que ser estabelecida a presença de doença antes que o médico seja
buscado (Lc 5.31, “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que
estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos;”). É verdade que o Espírito Santo, e não o
professor, Quem convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-11). O
Espírito Santo, porém usa a Palavra de Deus para isso. A Palavra de Deus não declarada
corretamente não facilita nenhuma dedução correta de razões. O Espírito Santo usa o que
é exposta, narrada, ou declarada de forma lógica para estimular a dedução de razões para
a Sua glória.
Aplicando a Lição
Rm 10.13-17, “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois,
invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e
como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está
escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem
alegres novas de boas coisas. Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz:
Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela
palavra de Deus”.
O Espírito Santo convence os corações dos nossos alunos pelas verdades que anunciamos
(Jo 14.26; 15.26; 16.8). Pelo ouvir da Palavra de Deus a fé vem (Rm 10.17). O ouvir é a
capacitação que o Espírito Santo dá ao aluno em particular enquanto ensinamo-lo a Palavra
de Deus. Se não anunciamos a Verdade, não existirá o “ouvir” (Rm 10.13-15). A aplicação
das verdades da lição ‘no coração’ dos alunos é do Espírito Santo somente. Desde que o
Espírito Santo utiliza a verdade que anunciamos ao aluno, convém mostrar como a Verdade
ensinada pode ser aproveitada na vida do aluno.
A Bíblia diz em Dt 6.7-9, “E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua
casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal
na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua
casa, e nas tuas portas”.
Desde que as verdades devem ser aguçadas tanto no lar quanto andando pelo caminho,
tanto no deitar quanto no levantar, quanto no fazer e pensar como no ler entendemos que
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a instrução deve ser aplicada às realidades da vida. Isso seria de mostrar como a lição
pode e deve ser aplicada nas várias situações da vida real.
É bom lembrar Rm 15.4 nessa altura, pois não precisamos ser espertos e inventar situações
em quais as verdades podem ser aplicadas. A própria Palavra de Deus tem todas as
situações e exemplos de vida que serão necessários para relacionar as verdades da lição à
vida do aluno. Rm 5.4 diz, “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi
escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança”. Desde
que somos exortados que as Escrituras são aptas para fazer o homem perfeito e
perfeitamente instruído para toda a boa obra (II Tm 3.16, 17), não é necessário criar
situações extra bíblicas para usar na aplicação da verdade à vida do aluno. Seja você um
aluno da Palavra de Deus para que possa usar Ela para os exemplos necessários para os
alunos vestirem as verdades nas suas próprias vidas.
Quanto menor a criança, mais úteis são os áudios-visuais no ensino. Falo de flanelógrafo e
as suas figuras, desenhos no quadro-negro, e até pequenas peças envolvendo os alunos na
recriação das histórias bíblicas.
Devo ressaltar que não são os áudios-visuais que são inspirados e utilizados pelo Espírito
Santo para aplicar as verdades no coração. A Palavra de Deus é o que é inspirada e os
áudios-visuais são limitados apenas para ajudar o professor a comunicar as verdades da
Palavra de Deus. Fé vem pelo ouvir e o ouvir da Palavra de Deus.
Continuação deste assunto na próxima aula se Deus quiser.
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Lição 6
O Ensino Bíblico – Parte II
Desde que entendemos que a Bíblia foi dada a nós para ensinar-nos de Cristo, podemos
entender que Ela é uma referência cabal para tudo referente a pedagogia. Ela é
especialmente útil no fornecimento dos métodos eficazes de ensino. Percebendo os
métodos aplicados pelo próprio Deus e pelos Seus servos para que os seus alunos sejam
conscientes e praticantes daquilo ensinado, aprendemos da melhor autoridade. Vamos
examinar outros métodos de ensino Bíblico nesta lição também.
O Exercício dos Fatos
Dt 5.1, “E chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhes: Ouve, ó Israel, os estatutos e juízos
que hoje vos falo aos ouvidos; e aprendê-los-eis, e guardá-los-eis, para os cumprir”.
Moisés tinha uma tarefa como tem cada professor ou professora diante os seus alunos.
Moisés tinha a responsabilidade de uns três milhões e você talvez somente tenha uns três
ou quatro alunos. Todavia a tarefa é a mesma, ou seja, a aprendizagem da Verdade ao
ponto dela fazer parte das vidas dos alunos.
A palavra hebraica mais comum para o “ensino” ou “aprendizagem” do Velho Testamento,
e usada em nosso texto, é LAMATH (# 3925, Strong’s). “A palavra não significa um simples
desejo de informação, mas um estímulo para imitar com resultado em ação; convicção.
Este tipo de aprendizagem significa ser experimentado ou acostumado a algo novo” –
Carmo Rosa
Essa aprendizagem não era para que os alunos lembrassem certos fatos para poderem ter
boas notas na prova, e depois podiam esquecer-se de tais fatos. Muito ao contrario, a
preocupação do instrutor é para que os alunos aplicassem o ensinado às suas vidas. O que
era ensinado era feita na maneira que o ensinado virasse acostumado, experimentado,
sim, um hábito na sua vida.
Davi recebeu esse tipo de instrução do próprio Senhor. O Senhor instruiu as mãos de Davi
de maneira que um “arco de cobre” fosse quebrado pelos seus braços (II Sm 22.35). A
maneira especifica que Deus empregou para que fosse posto em prática o Seu ensino não é
revelada aqui. Mas, de fato, quando Deus instruiu a Davi, os fatos (a teoria) eram dados
com serenidade e com clareza, talvez envolvesse ensaios (a prática), de certo tudo foi
repetido mais de umas poucas vezes, e, sem a menor dúvida, Ele tinha a atenção do aluno.
Resumindo, todo o cuidado foi dado pelo Professor para que o aluno exercitasse bem o que
foi ensinado.
Isaías buscou o Senhor ardentemente de noite com a sua alma. Ele buscou-O com o seu
espírito de madrugada. A busca séria, contínua e enérgica para o próprio Senhor era para
praticar os Teus juízos na vida ao ponto que os que observassem a sua vida ‘aprendessem’
justiça (Is 26.9). Neste caso, o ensino era pela vida. O exemplo intenso de uma vida
acostumada ou experimentada à justiça serviu de lição, para que de tal forma que “os
moradores do mundo aprendem justiça”. Tal estimulo, tal ensino eficaz é possível pelos
educadores que tenham convicção do que estão ensinado.
Outras referências que usam essa palavra: II Sm 1.18, ensinar; Jr 31.34, ensinar; Sl 32.8,
ensinar; II Sm 22.35, instruir.
Encorajando
Quando somos encorajados que podemos fazer algo, quando os pontos positivos estão
priorizados, parece que um esforço maior aparece e conseguimos melhores resultados.
Este é o método de ensino que as palavras em grego noutheteo e nouthesia comunicam.
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Estes palavras são usadas no Novo Testamento nas seguintes referências: noutheteo – At
20.31; Rm 15.14; I Co 4.14; Cl 1.28; 3.16; I Ts 5.12, 14; II Ts 3.15. Nouthesia – I Co 10.11;
Ef 6.4; Tt 3.10.
As palavras em grego, noutheteo (#3560, Strong’s), e nouthesia (#3559, Strong’s),
significam de treinar por palavra de encorajamento como ‘admoestação’, se considerada
positivamente, ou como ‘repreensão’, se considerada negativamente. Literalmente
significam “formar a mente” – Carmo Rosa. É de treinar por palavra, pela palavra de
encorajamento, quando tal é suficiente, mas também pela palavra de reprovação, culpa,
repreensão, quando necessárias. Este método de ensino é diferente daquele que a palavra
paidéia (“criai-os na doutrina”, Ef 6.4) transmite, que é pelas palavras de mandamento
acompanhadas com disciplina se for necessária – Kenneth S. Wuest, Vol. I, pg. 137. Vamos
estudar uns versículos onde noutheteo e nouthesia são usadas.
Em I Co 10.11, neste contexto, a historia negativa foi usada para ser “aviso nosso”
(nouthesia). Características negativas em outros, ou seja, o exemplo da desobediência em
outros é usado para estimular obediência nos alunos. Nós professores podemos expressar,
usando exemplos bíblicos, o horror de fazer contrário ao que está sendo ensinado na sala
de aula. Este método é um importante aliado no ensino em qualquer faixa etária. Em Ef
6.4 está usado no contexto do lar para com os filhos de qualquer idade, e em I Co 10, 11
está usado para com a igreja em geral.
Em I Co 4.14, a ‘admoestação’ (noutheteo) à igreja em Corinto foi amorosamente dada foi
através de exemplos da vida de Paulo. O método de formar as mentes com palavras de
encorajamento com estes alunos não foi através de dar exemplos das vidas dos próprios
alunos, mas do professor, um apóstolo. Os desta igreja foram encorajados a aceitar uma
verdade (a verdade que Paulo era verdadeiramente um ministro de Cristo) pela magnitude
do sofrimento experimentado por causa da verdade. Paulo está transmitindo que tal
sofrimento prova bem que ele era um apóstolo e por isso a sua instrução é valorosa e
aquela que ele ensina deve ser aprendida pela igreja com toda certeza. Este método
enfatiza os exemplos de outros da Bíblia para convencer os alunos de acatar com toda a
confiança a verdade ensinada.
É o mesmo método que os pais são incentivados a usarem na criação dos seus filhos (Ef 6.4,
“criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”). É o método dos apóstolos na
evangelização (Cl 1.28). É o método dos cristãos que responsabilizarem-se com o
crescimento dos seus colegas na igreja (Cl 3.16).
Portanto, o professor pode e deve ter na mente muitos exemplos bíblicos para reforçar o
alvo da sua lição, assim encorajando os alunos da necessidade séria de aplicar os princípios
ensinados nas suas vidas.
Explicando Logicamente
É bom o professor ter convicção da verdade que está comunicando aos alunos e querer que
as verdades tornem a ser um hábito nas suas vidas. É bom ter exemplos convincentes que
energeticamente animam os alunos de aplicarem os princípios ensinados nas suas vidas.
Todavia esses métodos de ensino Bíblico falharão se as verdades e os princípios que o
professor ensina não estejam lógica e organizadamente explicados. Está exposição
completa e precisa das verdades é um método sugerido pela palavra grega ektithemi (#
1620, Strong’s).
Essa palavra grega é usada quatro vezes no Novo Testamento: At 7.21, “sendo enjeitado”;
11.4, “fazer-lhes uma exposição”; 18.26, “declararam mais precisamente”; 28.23, “aos
quais declarava”.
22
Quando os pais de Moisés não podiam mais esconder o seu filho de três meses, a sua
estadia foi negado e ele foi lançado fora, mesmo carinhosamente e com grande fé na parte
dos pais. O nenê Moisés foi posto no rio na vista de todos. Este ‘lançar fora’ é o sentido do
método sugerido pela palavra ektithemi. Mais exatamente, essa palavra grega significa:
Expor ou explicar os fatos numa lógica de doutrina, recitação de fatos, narrativo – Carmo
Rosa.
As verdades que o professor quer transmitir necessitam de ser precisamente declaradas. O
professor tem a responsabilidade de fazer uma exposição aberta de todos os fatos
relacionados com a sua lição. É igual de contar uma estória de qual se cita o começo da
estória com a apresentação das personagens e as qualidades (ou falta de qualidades) que
cada um tem. Depois de contar o começo, avance para o enredo maior do livro narrando
todos os detalhes da aventura. Termina a estória explicando as conseqüências das ações de
cada participante do conto e finalizando com a aplicação do moral ensinado pela estória.
Tanto mais detalhado o conto pelo professor, maior a satisfação entre os ouvintes.
É necessário ser detalhista, expondo bem a lógica de qualquer doutrina se esperar que ela
seja entendida. Antes que a fé possa obedecer, a sua responsabilidade tem que ser
delineada. Antes que a admoestação pelo encorajamento possa ser eficaz, as suas
verdades têm que ser claramente expostas. Eis a beleza de uma narração bem feita e de
uma recitação copiosamente informativa. É este o método de ensino exemplificado pela
palavra grega ektithemi.
É este o método ensinado pelo exemplo de Estevão diante do Sinédrio quando detalhou a
historia da rejeição dos judeus do seu próprio Messias (At 7.1-53). Quando Pedro explicou
aos apóstolos em Jerusalém a sua conduta na casa de Cornélio, a sua “exposição por
ordem” era um exemplo deste método (At 11.1-18). Quando Priscila e Áqüila “declaram
mais precisamente o caminho de Deus” ao Apolo em Éfeso, eles usaram este método de
ensino Bíblico (At 18.23-28). O resultado desta exposição detalhada ao Apolo foi uma
aprendizagem fundamental e sólida que capacitou-o ao ponto que ele “com grande
veemência, convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o
Cristo” (v. 28). O apóstolo Paulo também usou esse método quando preso em Roma por
dois anos para com os que vieram a visita-lo. Ele “declarava” o reino de Deus usando a Lei
de Moisés e os profetas estudiosamente (At 28.23).
Portanto, antes de dar a lição, ainda na sua casa e com tempo suficiente agendado para
preparar calma e detalhadamente a lição, leia perceptivamente o contexto Bíblico até se
pode perceber o ambiente espiritual, cultural, e histórico da verdade que deseja
comunicar e ver praticada na vida dos seus alunos. Consulta os comentários, dicionários,
concordâncias e outros livros didáticos para poder expor a lição precisamente e para poder
responder as indagações dos seus alunos. Procura de aplicar a verdade da lição à sua vida
diária antes de esperar que os outros apliquem o ensinado às suas vidas. Tanto mais estudo
espiritual, melhor a sua narração. Melhor a narração, mais esperança que a verdade seja
absorvida e praticada.
A Aplicação da Lição é a Nossa Responsabilidade ou a Responsabilidade do Espírito Santo?
A Aplicação é Nossa Responsabilidade em Parte
Temos estudado algumas das palavras em hebraico e em grego para sabermos ensinar
biblicamente qualquer que seja o aluno que cada um de nós teremos a ensinar a Palavra de
Deus mais cedo ou mais tarde, ou na igreja ou no lar. Podemos resumir que podemos e
devemos fazer o que podemos para que os alunos nossos saibam os fatos bíblicos
necessários para serem salvos e crescidos na fé para viverem uma vida para a glória de
Deus. Além dos fatos didáticos bem estudados e dados organizadamente esperamos dar-
23
lhes o reforço convincente pelos exemplos bíblicos, e pelas convicções manifestadas em
nossas vidas.
Desejamos não apenas passar fatos mas desejamos transformar vidas! Para isso, uma
aplicação dos fatos é necessária. Quero dizer, queremos que os nossos alunos reconheçam
o seu dever diante de Deus e fazê-lo constantemente. Que esse é a nossa responsabilidade
aplicar as verdades às vidas dos nossos ouvintes entendemos pelos exemplos que seguem:
Na ocasião da reconstrução dos muros de Jerusalém o povo desejaram que Esdras lesse a
Lei de Moisés. Os levitas, junto com Esdras, o escriba, fizeram muito mais do que apenas
ler a Lei. É dito que “leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explicando o sentido,
faziam que, lendo, se entendesse”, Ne 8.8.
Além de apenas ser didáticos pela leitura, fizeram que o povo entendessem a verdade.
Além de satisfazerem-se que a verdade foi repassada, fizeram que o povo modificassem os
seus atitudes e as suas ações, ou seja, os ensinamentos foram aplicados às suas vidas.
Comparem os versículos 9 e 11,12. Estavam chorando e lamentando pelos pecados deles
contra a Lei (v. 9). Todavia “porque entenderam as palavras que lhes fizeram saber” (v.
12), pararam de chorar e lamentar, e consagraram o dia conforme que deviam. Desse
exemplo entendemos que é possível que o professores ensinem da maneira que a verdade
seja entendida e aplicada nas vidas dos seus alunos.
Filipe indagou ao etíope, “Entendes tu o que lês?” (At 8.30). Essa deve ser a nossa
preocupação para com os nossos alunos: Eles verdadeiramente conhecem intimamente ao
ponto de assimilar o que estamos ensinando para com suas vidas? Aplicação não é
meramente possível, deve ser desejada!
Examine essas passagens. A aplicação das verdades ensinadas era o alvo destes do Novo
Testamento:
O Exemplo do Apóstolo Paulo:
At 17.2, 3, “E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados
disputou com eles sobre as Escrituras, Expondo e demonstrando que convinha que o
Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele,
é o Cristo”.
At 28.23, “E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos
quais declarava com bom testemunho o reino de Deus, e procurava persuadi-los à fé em
Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde a manhã até à tarde”. (Notai
bem quais foram os meios usados, ou seja, a própria Palavra de Deus, I Co 2.1-5).
O Exemplo de Jesus Cristo:
Mc 4.34, “E sem parábolas nunca lhes falava; porém, tudo declarava em particular aos
seus discípulos”.
Lc 24.27, “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se
achava em todas as Escrituras”
Podemos resumir, geralmente falando, com o ditado que diz:
Se o aluno não aprendeu, o professor não ensinou.
Aplicação é da Responsabilidade do Espírito Santo em Parte
O professor humano somente pode atingir a mente do aluno. Todavia, somente o Professor
do Céu, o Espírito Santo pode atingir o coração, ou seja, a alma de aprendizagem do aluno
nosso. Contudo, sem o professor humano fazendo a sua parte importante o melhor
possível, o Espírito Santo não opera.
O profeta Ezequiel pregou a Palavra de Deus aos ossos sequíssimos e grandes maravilhas
foram testemunhadas. Todavia, somente depois que profetizou ao espírito que viesse dos
24
quatro ventos e soprasse sobre os mortos, houve vida (Ez 37.1-10). Sem dúvida nenhuma
é necessário que pregássemos a Palavra mandada por Deus, mas é também certo que é
necessário a obra do Espírito Santo para aplicar a Palavra pregada às vidas.
No caminho para a aldeia de Emaús, com dois discípulos, Jesus, como um professor
humano, explicava o que as Escrituras achava dEle mesmo. Porém, somente quando Jesus,
como Professor divino, abriu os seus entendimentos, eles conheceram intimamente a
Verdade (Lc 24.13-32). A mesma coisa repetiu-se logo depois naquele mesmo dia na
congregação dos onze (Lc 24.33-48).
Nestas verdades temos conforto. Somos responsáveis de fazer o melhor para persuadir os
nossos alunos a crerem na Palavra de Deus que correta e energeticamente ensinamos.
Junto com a nossa responsabilidade celestial podemos ter o acompanhamento eficaz do
Espírito Santo junto com a Palavra que anunciamos!
“Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio
o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se
compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os
meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus
caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim
são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais
altos do que os vossos pensamentos. Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus,
e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao
semeador, e pão ao que come, Assim será a minha palavra, que sair da minha boca;
ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo
para que a enviei”, Is 55.6-11
25
Lição 7
O Ensino – Parte III
Existem mais maneiras ainda para ensinar um fato bíblico a uma pessoa. Nessa lição vou
mencionar mais quatro métodos que são úteis no ensino bíblico tanto doméstico quanto
eclesiástico.
O primeiro método foi utilizado pelos judeus e pelos apóstolos em várias ocasiões. Este
método envolve uma instrução minuciosa, mesmo sem longas palestras, que resulta em
alunos conhecedores dos sistemas de doutrina. O alvo é que estes alunos sejam
responsáveis por colocarem em prática o que receberam na teoria. Esse método é útil
para o uso no lar pelos pais, pelos professores na escola dominical e pelos pastores nos
púlpitos nas igrejas. Tem sua origem na língua grega katecheo (#2727, katanchew,
Strong’s) da qual temos, em português, a palavra catecismo. Este método é um dos mais
eficazes e portanto, o primeiro na lista.
Este método foi usado nas seguintes ocasiões:
• Lucas 1.4, “Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado (#2727)”
- Teófilo foi informado (por Lucas) minuciosamente da vida de Cristo através deste
método. E como resultado disso, Teófilo teve um grande interesse em ter estas coisas
escritas.
• Atos 18.25, “Este foi instruído (#2727) no caminho do Senhor e, fervoroso de espírito,
falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente o batismo
de João.” Apolo era doutrinado num sistema de ensino. A ele foram apresentados
minuciosamente os fatos sobre o “caminho do Senhor” por alguém. Sendo assim
doutrinado, pode ensinar diligentemente. Nisso podemos aprender também que não
devemos ter medo de sistemas de doutrina uma vez que elas sejam provadas bíblicas e
verdadeiras. Doutrina tem ordem e lógica.
• Romanos 2.18, “E sabes a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído
(#2727) por lei”. O caso refere-se à maneira que os judeus foram instruídos pela lei. A
lei revela cada exemplo que é aceito e o que não é aceito. Um exemplo desse método
é o próprio Apóstolo Paulo que, aos pés de Gamaliel (Atos 22.3), item por item foi
instruído (Isa 28.10, 13). Esse método faz que o aluno conheça a ‘vontade de Deus e
saiba aprovar as coisas excelentes’. O aluno ensinado neste método freqüentemente se
torna responsável para com aquele que assim o ensinou (Gal 6.6, #2727).
• I Coríntios 14.19, “Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha
própria inteligência, para que possa também instruir (#2727) os outros, do que dez mil
palavras em língua desconhecida”. Para doutrinar, não é necessário muito volume nem
muitas palavras. Faça com que cada palavra tenha a medida correta e seja uma
palavra reta.
O segundo método é de falar abertamente ou exortar (#1256, dielegomai, dialegomai
Strong’s) as doutrinas bíblicas no lar ou qualquer outra situação. Esse método pode ser
usado com êxito na igreja ou no lar quando a família está assentada para o ensino bíblico
doméstico, nas refeições ou nas horas livres que disponham. Pode ser utilizado quando se
estiver andando pelo caminho, deitando-se ou levantando-se (Dt 6.6-9).
Vejamos como aproveitar desse método das seguintes maneiras:
• Seja Constante - Atos 17.2, “E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por
três sábados” neste caso (em outro caso fez “todos os sábados”, At 18.4) “ disputou
com eles sobre as Escrituras”. Notou que Paulo disputou, ou falou abertamente, por
três sábados seguidos, as Escrituras. Ele não se cansou de ser constante na mesma
ocupação. Este método bate na mesma tecla, dia após dia, e com os mesmos ouvintes
26
(At 18.19, #1256). É explorar o assunto até que seja completamente exposto tudo
sobre ele (At 17.17, #1256).
• Procure Resultados - Atos 19.8, 9, “E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por
espaço de três meses, disputando (#1256) e persuadindo-os acerca do reino de Deus.
Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho
perante a multidão, retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando (#1256) todos
os dias na escola de um certo Tirano.” O resultado desse método é aprendizagem.
Quando a verdade é dita com convicção (#1256 - Hb 12.5, “argumenta convosco”; Jd 9
“disputava”), o propósito da Palavra de Deus será cumprido (Is 55.11).
Um terceiro método de ensino da Palavra de Deus no lar é explorar um assunto
detalhadamente (#1272, dianoigwn, dianoigon Strong’s). Esse método procura não
somente ‘falar’ abertamente, mas expor todas as suas partes diante de todos que estão
nas reuniões.
Como Deus “abriu” (#1272) o coração da Lídia para entender o que Paulo dizia (At 16.14),
este método procura detalhar o ensino da verdade ao ponto que sejam ‘vistas’ com os
olhos da mente, a lógica, o equilíbrio e a colocação correta dos fatos (#1272 - Lc 24.32
“abria”, 45 “abriu-lhes o entendimento”; At 17.3, “expondo”).
O pleno entendimento de qualquer verdade vem do Espírito Santo (Jo 16.7-11), e não é o
resultado de um método eficaz de ensino. Todavia, o Espírito Santo não ensina sem uma
apresentação dos fatos. Portanto, o responsável do ensino bíblico eclesiástico ou
doméstico deve pedir o auxilio do Espírito Santo enquanto expõe as doutrinas.
Não há nada errado em um professor ensinar com a esperança de que seus alunos
entendam e usufruam o que lhes foi ensinado (Tg 5.7).
O último método tratado neste estudo é o método exemplificado por Jesus quando
propunha (#3908, paratiqemnos, paratitheminos Strong’s) parábolas (Mt 13.24). Através
desse método, a verdade é apresentada em situações pelas quais os alunos podem se
identificar. Paulo também usou este método em Tessalônica (At 17.3, “demonstrando”,
#3908).
Esse método procura colocar diante dos alunos exemplos de situações proveitosas e
verdadeiras. Palavras difíceis, ou exemplos fora do contexto das vidas dos alunos, são
evitados. O que se procura é “dar” claramente (I Tm 1.18) os mandamentos. Se o ensino
for feito corretamente, e com persistência, os que são formados com esse método
entenderão as suas responsabilidades para com a verdade e a ensinarão aos outros (II Tm
2.2).
Conclusão: Com as bênçãos do Senhor Deus concedidas pelo Seu Espírito e com o auxílio
dos exemplos bíblicos nos dirigindo, podemos nos preparar para ensinar as verdades de
Deus no ensino bíblico em qualquer ambiente. Que tais esforços sejam frutíferos tanto na
salvação das almas quanto na edificação dos crentes, a ponto de terem a imagem de Cristo
em suas vidas (Cl 3.10; II Pe 3.18).
Que todos os que têm família e responsabilidades na escola dominical se animem a
procurar o precioso fruto de vidas estabelecidas na Rocha, pela prática constante de um
ensino bíblico doméstico e dominical (Mt 7.24-27).
27
Lição 8
Preparando a Lição
Como Estudar a Sua Bíblia por Pr. R. A. Torrey
I. Tenha Tempo Todos Os Dias Para Estudar - Salmos 1.2,3
A pessoa resoluta para fazer um voto de estudar a Bíblia logo verá que cumprirá esse voto.
O estudo diário será fato singular e fará diferença em sua vida. Pouco a pouco o estudo
vai se transformando em qualidades que você mesmo não perceberá até ter feito o estudo
por muito tempo. A quantidade de tempo a ser gasta é você quem deve decidir. Uma
hora diária seria melhor, mas muito pode ser feito em quinze minutos. Tenha uma visão
longa sobre este estudo. Talvez cada sessão de estudo não abra maravilhas para você, mas
com o correr do tempo você verá que tem sido uma boa influência.
II. Estude Mesmo a Bíblia - João 5.39
Não fique satisfeito com um simples correr de olhos pelas páginas da Bíblia. Examine-a!
Leia e releia as passagens para que se aproveite a verdade que se esconde nas páginas.
Examine-a! Faça perguntas e procure as respostas: O que isto significa? O que isto
significa para mim? Só tem isso? Procure entendimento pelas palavras diferentes que
notar. Pese cada uma. Verifique outros versículos que têm a mesma palavra. Não seja
um bebê o tempo todo. Estude você mesmo a Bíblia. Você pode atingir o significado.
Forme o seu próprio pensamento sobre o assunto.
III. Estude Pelos Tópicos - Jeremias 15.16
Essa é a maneira mais simples para se estudar a Bíblia, é o método que mostra os
resultados mais rapidamente. Procure estudar tópicos na Bíblia. Não isole o seu estudo
em uma única parte. Veja o assunto por inteiro! Dessa maneira saberá tudo o que Deus
diz sobre o assunto. Compre ferramentas para te ajudar no estudo, tais como: uma
concordância, comentários, dicionário bíblico. Não é necessário ler um livro da Bíblia por
inteiro para ter um estudo pelos tópicos. Use as ferramentas. Procure cada versículo que
menciona o seu tópico; seja de cidades (Galiléia, Jerusalém, Palestina, etc.), de assuntos
(oração, amor, arrependimento, lar, paciência, etc.) ou de pessoas (Jesus, Moisés, Pedro,
Noé, José, etc.) e logo ficará sabendo muito sobre a matéria.
1. Seja Sistemático - Faça anteriormente uma lista dos assuntos que quer estudar e
faça-os um por um. Inclua vários para não ficar parado sempre em um só.
2. Seja Completo - Não estude só uns poucos versículos. Vá até que não possa ir mais.
3. Seja Exato - Entenda realmente as palavras. Anote-as, use um dicionário Bíblico e
secular para entendê-las. Anote o que vem antes e depois, compare outras
passagens iguais.
4. Seja Organizado - A informação pode ser boa, mas precisa ser considerada de uma
maneira útil. Escreva em um caderno o que aprende e o que quer aprender ainda.
Faça uma lista de perguntas que vem à mente e anote a resposta Bíblica delas pelo
estudo (I Coríntios 14.40).
IV. Estude Pelos Capítulos - Isaías 28.10-13
Essa maneira de estudo é o que toma o menor tempo. Selecione os capítulos que quer
estudar. Não comece por Gênesis, mas talvez João, Atos, ou Salmos. Leia o capítulo cinco
vezes (uma destas vezes em voz alta). Divida o capítulo em seções e descreva a seção com
um título. Anote os fatos principais na ordem que aconteceram. Anote as pessoas
mencionadas e algo que aprendeu sobre elas. Anote as principais lições do capítulo (1, 2,
3,). Procure uma verdade central no capítulo e anote-a. Há um versículo chave no
capítulo? Qual versículo você gostou mais? Marque-o e memorize-o. Coloque um nome no
capítulo. Anote assuntos para estudos posteriores. Anote frases ou palavras para estudos
28
posteriores. Anote as novas verdades que aprendeu através do capítulo. Anote as coisas
que aprendeu, as verdades que já conhecia e viu no capítulo. O que mudou na sua vida
através do estudo do capítulo?
V. Estude a Bíblia Pelo que Ela É, A Palavra de Deus - I Tessalonicenses 2.13
Desenvolva um desejo maior de conhecer a Bíblia, mais do que por outro livro qualquer.
Aceite o que Ela ensina, mesmo sem entender tudo ou concordar com todo assunto que
estudou. Tenha confiança no que Ela diz. Obedeça o que aprende dEla (Mateus 7.24,25).
Seja atento para ouvir a Deus por Ela. O estudo da Palavra de Deus é tempo gasto com
Deus.
VI. Estude Com Oração - Filipenses 4.6
Antes de começar o estudo, ore. Durante o estudo procure a Deus pela oração. Depois de
estudar entre em oração. É Deus quem explica o que vai ser estudado (I Coríntios
2.15,16). Peça graça para aceitar a verdade que não entende. Peça a graça de Deus para
eliminar da mente e da crença o que não é verdadeiro. Deus é sempre presente.
VII. Procure Por Cristo - Lucas 24.27
No estudo da Palavra de Deus procure pelo Filho de Deus em cada página. A Bíblia tem
como tema central a exaltação de Jesus Cristo. Por Cristo, o Pai é exaltado sempre.
Anote onde se acha Cristo.
VIII. Use Os Momentos Vagos - Efésios 5.16; Colossenses 4.5
Em nossa vida nem sempre é fácil estudar a Bíblia, mas podemos achar tempo nas salas de
espera, filas e pontos de ônibus, nos minutos vagos entre atividades (refeições, tomar um
banho, etc.). Tenha uma Bíblia ou Novo Testamento, ou folha com o seu estudo contigo
sempre. Lê, anote um pensamento, continue a aprendizagem.
IX. Grave O Que Aprender - Salmos 119.11
Lembre-se da referência da verdade aprendida (o endereço dela). Anote o versículo
principal e memorize-o. Ensine a verdade aprendida aos outros. Use as verdades na sua
vida.
29
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