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PUBLICADA A DECISÃO Processo nº E-34 / 299.

142 / 2007
DO ACÓRDÃO Data: 05 / 01 / 2007 Fls. ______
Rubrica: _________
No D.O. de 29/01/2010
Fls. 56

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA


CONSELHO DE CONTRIBUINTES

Sessão de 05 de janeiro de 2010 TERCEIRA CÂMARA

RECURSO Nº - 34.056 (26.689) ACÓRDÃO Nº 8.078

INSCRIÇÃO ESTADUAL Nº - 85.825.488

AUTO DE INFRAÇÃO Nº - 03.200.018-4

RECORRENTE – CIA SULAMERICANA DE TABACOS

RECORRIDA - QUARTA TURMA DA JUNTA DE REVISÃO FISCAL

RELATOR - CONSELHEIRO PAULO EDUARDO DE NAZARETH MESQUITA

Participaram do julgamento os Conselheiros: Paulo Eduardo de Nazareth


Mesquita, Cheryl Berno, Marcos dos Santos Ferreira e Luciana Dornelles do
Espírito Santo.

ICMS – DOCUMENTO FISCAL INIDÔNEO -


TRANSPORTAR
PRELIMINARES DE NULIDADE DA DECISÃO
A QUO rejeitadas. A Junta de Revisão Fiscal
analisou a questão da divergência de
endereços, deixando patente seu
entendimento. A não apreciação do argumento
relativo ao CTRC é justificada. Não é
necessário que se manifeste o julgador sobre
argumento vazio, sem base em prova
constante dos autos.
PRELIMINARES DE NULIDADE DO AUTO DE
INFRAÇÃO rejeitadas. A constitucio-nalidade
do artigo 18 da Lei 2657/96 não é matéria para
exame deste Tribunal Administrativo.
Dispositivo legal em pleno vigor. Já a
legitimidade ativa do Estado do Rio de Janeiro,
para cobrar o imposto constante da Inicial, está
calcada no §4º do artigo 3º, Livro I, do
RICMS/00, c/c art. 30, I, c, da Lei 2657/96,
ambos em pleno vigor.
NO MÉRITO, a nota fiscal nº 03170 deve ser
considerada inidônea, por conter informação
inexata, relativa ao endereço incorreto, além de
omitir informação exigida pela legislação
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tributária, relativa à nota fiscal de remessa


original, o que a torna imprestável para
acobertar a operação e faz prova apenas a
favor do fisco. A empresa transportadora é a
única responsável pelo pagamento do imposto
e da multa proporcional, nos termos do artigo
18, inciso IV, alínea c, da Lei 2657/96.
RECURSO VOLUNTÁRIO DESPROVIDO

RELATÓRIO

Trata-se de AI lavrado contra a recorrente, para exigir ICMS e


Multa, por transportar mercadoria acobertada por documento fiscal inidôneo, já
que, apesar de se tratar de devolução de mercadoria, não consta do corpo da
nota fiscal o número da nota fiscal original de remessa. Além disso, consta como
local de entrega da mercadoria local diverso daquele para o qual está inscrita a
empresa destinatária. Por fim, as mercadorias em tela são de fabricação da
própria autuada.
Foi apresentada impugnação a fls. 15/30. A Quarta Turma da JRF
julgou procedente o AI, a fls. 43/45, nos seguintes termos:

“Transporte de bens acobertados por nota fiscal inidônea. Rejeitada a


preliminar de nulidade à luz do artigo 3º, §4º, do RICMS/00 e do artigo 18,
inciso IV, da Lei 2657/96. Quanto ao mérito, tendo em vista o disposto no artigo
24, inc. I, IV e X do Livro VI do RICMS/00, e considerando que ficou constatado
nos autos que a nota fiscal omitiu indicação prevista na legislação e também
continha declaração inexata, é pertinente a exigência fiscal”.

A Recorrente apresentou recurso a este Conselho de


Contribuintes a fls. 66/80, nos seguintes termos:
Preliminarmente, alega nulidade da decisão a quo, por não ter
enfrentado os seguintes argumentos, fundamentais para a definição dos rumos da
controvérsia: i)a questão do erro no endereço da empresa destinatária, que seria
escusável, em face da recente mudança de endereço da mesma; ii)sobre a
possibilidade de a segunda via do CTRC servir de comprovante de entrega das
mercadorias.
Também em sede de preliminar, alega a ilegitimidade passiva da
autuada, por inconstitucionalidade do artigo 18 da Lei 2657/96, o que tornaria nulo
o AI.
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Por fim, alega a nulidade do AI por ilegitimidade ativa do ente


tributante, pois o imposto, se devido, seria de competência do Estado de Santa
Catarina.
No mérito, alega, fundamentalmente, a inexistência de
divergência de endereços de entrega, já que o erro no endereço da empresa
destinatária, constante da NF 3170, seria escusável, em face da recente mudança
de endereço da mesma, comprovada nos autos.
A nota 0988, referente à remessa original das mercadorias foi
devidamente vistada pela barreira fiscal, o que referenda sua regularidade de seu
preenchimento.
Além disso, a segunda via do CTRC pode servir de comprovante
de entrega das mercadorias, atestando que o mesmo foi entregue à empresa que
consta no corpo da nota fiscal, embora em outro endereço, objeto de sua 8ª
alteração contratual. [nota do Relator: o referido CTRC não foi anexado aos autos]
Nos termos do artigo 24, §2º, Livro VI, do RICMS/00, e conforme
jurisprudência administrativa, não se considera inidôneo o documento fiscal,
quando os dados nele contidos possibilitarem a identificação da mercadoria, sua
procedência e destino, como ocorre no caso em tela.
Isto posto, requer seja declarada nula a decisão da JRF ou seja
declarada a nulidade ou improcedência do AI.
Informação fiscal a fls. 84/85. A Representação da Fazenda, a fls.
88/100, opinou pelo desprovimento do Recurso.
É o Relatório.

VOTO DO RELATOR

Inicialmente, rejeito a preliminar de nulidade da decisão a quo. A


Colenda Junta de Revisão Fiscal analisou a questão da divergência de
endereços, deixando patente que, no seu entendimento, “o endereço da empresa
Talhiddy Dist. de Alimentos Ltda, constante da nota fiscal, não corresponde ao
endereço registrado no CADERJ, o que caracteriza a entrega a destinatário
diverso daquele declarado”.
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Pode-se concordar ou discordar da conclusão da Douta Instância


Julgadora, mas não, concluir que a mesma se omitiu de apreciar o argumento da
Recorrente, o qual consta, inclusive, transcrito no Relatório que antecede a
decisão.
Quanto à não apreciação do argumento relativo ao CTRC, não é
necessário que se manifeste o julgador sobre argumento vazio, sem base em
prova constante dos autos. Ao que parece, nem mesmo havia CTRC
acompanhando o transporte das mercadorias, segundo informado pelo autuante a
fls. 84/85, já que se trata de empresas do mesmo grupo empresarial.
Quanto à suposta nulidade do AI, por ilegitimidade passiva da
Recorrente, em vista da suposta inconstitucionalidade do artigo 18 da Lei
2657/96, deixo de me manifestar sobre a matéria, que se encontra fora das
atribuições deste Tribunal Administrativo. Por estar em pleno vigor o referido
dispositivo legal, rejeito a referida preliminar.
Quanto à suposta ilegitimidade ativa do Estado do Rio de Janeiro
para cobrar o imposto constante da Inicial, descarto, igualmente, tal alegação, já
que, nos termos do §4º do artigo 3º, Livro I, do RICMS/00, também em pleno
vigor: “Considera-se posta em circulação neste Estado a mercadoria em trânsito,
desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documentação
inidônea e a proveniente de outra unidade da Federação sem destinatário certo.”
Tal dispositivo combina-se com o previsto no artigo 30,
inciso I, alínea c, da Lei 2657/96, que dispõe:

Art. 30 - Para efeito de cobrança do imposto e definição do estabelecimento


responsável, considera-se:
I - local da operação: [...]
c) - aquele em que se encontra a mercadoria ou bem, quando em situação
fiscal irregular, como dispuser a legislação tributária;

Dessa forma, o lançamento contém todos os elementos


essenciais à defesa por parte da Recorrente, todos previstos no artigo 74 do
Decreto 2473/79, e não incide em nenhuma das condições de nulidade contidas
no artigo 48 do mesmo decreto, sendo, portanto, totalmente válido.
No mérito, não cabe melhor sorte à autuada, já que a divergência
de endereço constante da nota fiscal nº 03170, de fls. 4, que acobertava a
operação, é evidente. O argumento de que a segunda via do CTRC serviria como
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comprovante da entrega da mercadoria no endereço correto não se sustenta,


simplesmente porque não há nos autos sequer uma cópia do citado documento.
Não constam dos autos, igualmente, comprovantes de
recebimento da mercadoria no endereço correto, ou mesmo cópia do livro fiscal
de entradas da destinatária, empresa do mesmo grupo empresarial que a
transportadora, atestando a entrada das mercadorias em seu estabelecimento.
Além do mais, a falta de menção, no corpo da nota fiscal de
devolução, do número da nota fiscal original não permite afirmar, com certeza, se
a nota nº 0988, de fls. 46, é mesmo a nota fiscal da remessa original. É
exatamente para amarrar as duas operações que a legislação tributária exige que
conste da nota fiscal de devolução o número da nota fiscal original.
A ausência de tal informação, em desobediência ao disposto no
§14 do artigo 30, Livro VI, do RICMS/001, compromete gravemente o controle do
fisco sobre tais operações, o que facilita a ocorrência de operações fictícias,
visando a gerar créditos de imposto inexistentes, lesando o Erário.
Enfim, tudo conspira para afastar o argumento da Recorrente de
que ocorreram meros erros materiais escusáveis, nos termos do artigo 24, §2º,
Livro VI, do RICMS/00, e que tais equívocos não prejudicariam a identificação de
todos os aspectos da operação.
Sendo assim, a nota fiscal nº 03170 deve ser considerada
inidônea, por conter informação inexata, relativa ao endereço incorreto, além de
omitir informação exigida pela legislação tributária, relativa à nota fiscal de
remessa original, o que a torna imprestável para acobertar a operação e faz prova
apenas a favor do fisco.
A empresa transportadora é a única responsável pelo
Pagamento do imposto e da multa proporcional, nos termos do artigo 18, inciso
IV, alínea c, da Lei 2657/962.
Isto posto, voto pelo DESPROVIMENTO do Recurso Voluntário,
para manter a decisão a quo em sua integralidade.

1
Art. 30 – [...] § 14. Na Nota Fiscal emitida relativamente à saída de mercadorias em retorno ou em devolução, devem ser indicados, ainda, no campo
“Informações Complementares”, o número, a data da emissão e o valor da operação do documento originário.
2
Art. 18 - São responsáveis pelo pagamento do imposto: [...]
IV - o transportador, em relação à mercadoria: [...]
c) - que aceitar para despacho ou transportar sem documentação fiscal, ou acompanhada de
documento fiscal inidôneo;
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ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos em que é Recorrente a CIA


SULAMERICANA DE TABACOS e Recorrida a QUARTA TURMA DA JUNTA DE
REVISÃO FISCAL.
Acorda a TERCEIRA CÂMARA do Conselho de Contribuintes do
Estado do Rio de Janeiro, à unanimidade de votos, rejeitar as preliminares suscitada
pela recorrente de nulidade da decisão da Junta de Revisão Fiscal e de nulidade
do Auto de Infração por ilegitimidade passiva e ativa. No mérito, também por
unanimidade de votos, negar provimento ao recurso voluntário, tudo nos termos
do voto do Conselheiro Relator.
TERCEIRA CÂMARA do Conselho de Contribuintes do Estado do Rio
de Janeiro, em 05 de janeiro de 2010.

PAULO EDUARDO DE NAZARETH MESQUITA


RELATOR

LUCIANA DORNELLES DO ESPÍRITO SANTO


PRESIDENTE
Tasd

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