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MUITO RÁPIDO
Numa tarde, em abril de 2007, eu achei que esta inédita jornada literária não
poderia passar em branco e que deveríamos correr para registrar a vivência
destes escritores nas suas respectivas cidades. Em menos de uma hora de
conversa com meu sócio Paulo Schmidt decidimos que a nossa produtora
ACADEMIA DE FILMES iria bancar os custos. Em uma semana já tínhamos
um plano de viagem.
O PLANO E A TELA
A idéia era acompanhar o dia a dia do escritor. Ouvir sua história. Deixar que
ele nos mostrasse a cidade. E sempre com a certeza de que não seria um
documentário padrão, mas que as nossas experiências nestas cidades tão
díspares também penetrassem o processo de captação de imagens e depois
contaminassem a edição do documentário.
Quase nunca buscamos cartões postais. O cotidiano nos era mais importante.
O olhar era dirigido para o singular e mesmo para o trivial, em detrimento do
clássico. Fizemos vídeo e fotos. Antes e depois de conversarmos com o autor.
Fomos em busca de um pouco de nós e de um muito dele. Subjetivo sobre o
objetivo.
ALGUMAS
Na maioria, a produção foi feita de forma remota e nós diretores, nos viramos
em cidades díspares como a amistosa Buenos Aires ou a caótica Cairo.
Histórias cômicas e surpreendentes (nenhuma trágica) fazem parte da nossa
coleção de memórias.
Em Tóquio estive num sexshop com o Cuenca que queria ver e tocar uma
boneca de borracha que tinha o peso e a textura de pele de uma mulher real
(custava milhares de dólares) e que poderia ser personagem do seu livro.
Terminamos a noite em show num porão com bandas cover do U2. Ou teria
sido do Clash?
Em Istambul o Amilcar Bettega queria me mostrar uma loja onde se vendia
armas. Chegando lá percebemos que eram isqueiros em forma de réplicas
perfeitas de vários revolveres. Em Nova Iorque o taxista perguntou se eu queria
mesmo ir pro lugar onde estava morando o Lourenço Mutarelli: o bairro de Red
Hook, no Brooklin. Eu perguntei o porquê da pergunta; “É o lugar mais barra
pesada do pedaço”. Era, mas de noite.... de dia o Lourenço ficou num dos mais
belos apartamentos dos escritores.
“Se eu contar quantas vezes o Daniel Galera disse a palavra carne, daria pra
fazer um churrasco para todos os gaúchos do planeta” conta Estela. Não é a
toa que o blog do Galera chama-se Rancho Carne. O cara é um animal!
Quando a Estela disse ao dono do hotel em Mumbai que no quarto dela tinha
ratos ele respondeu que ali também tinha gatos e corvos...
Enfim, um ano e meio de edição depois, e os docs ficaram prontos. Foi uma
experiência de vida enriquecedora junto aos criadores e suas idéias, que
marcou fundo na nossa trajetória pelo mundo do cinema.
Tadeu Jungle
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AMORES EXPRESSOS
Direção
Tadeu Jungle
Estela Renner
Montagem/Videografismo
German Espiaut
Trilha Sonora
Luiz Macedo
Thiago Chasseraux
Produção
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CONTATO:
MARCELA FECURI (11) 3376-0707
marcela.fecuri@inkbr.com
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