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CURSO ONLINE – 5000 ENUNCIADOS DA ESAF COMENTADOS – DIREITO TRIBUTÁRIO

PROFESSOR EDVALDO NILO


5000 ENUNCIADOS DA ESAF COMENTADOS - Direito
tributário em exercícios

Olá, prezado (a) amigo (a) concursando (a)!

Bem-vindo (a) à aula demonstrativa do nosso Curso “5000


ENUNCIADOS DA ESAF COMENTADOS”.

Meu nome é EDVALDO NILO.

Sou Procurador do Distrito Federal, Professor de Direito


Tributário e Direito Financeiro em cursos preparatórios para
concursos públicos, Professor da Faculdade de Direito do UniCEUB,
Mestre em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito
Público (IDP), Sócio-administrador do escritório Edvaldo Nilo
Advogados Associados (OAB/DF 1.703), tendo sido aprovado em
diversos concursos e seleções públicas, a saber: Procurador do
Distrito Federal (ESAF), Procurador do Município de Recife (FCC),
Ministério Público de Contas do Mato Grosso (FMP/RS), Procurador do
Município de Belo Horizonte (FUNDEP/UFMG), Técnico de Nível
Superior do Ministério da Saúde (CESPE/UNB); Técnico de Nível
Superior do Ministério das Comunicações (CESPE/UNB); Técnico de
Nível Superior do Ministério do Turismo (ESAF); Professor Substituto
de Ética Geral e Profissional da Faculdade de Direito da Universidade
Federal da Bahia (UFBA); Professor de Direito Tributário do Centro
Universitário da Bahia (CUB/FIB) e Mestrado Acadêmico em Direito
Constitucional do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

Possuo três pós-graduações e um curso de extensão na área do


Direito: Especialização em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro
de Estudos Tributários (IBET); Especialização em Direito Tributário
pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); Especialização em
Planejamento Tributário pela Faculdade de Tecnologia Empresarial
(FTE); Curso de Extensão Universitária em Prática Processual
Tributária pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

Sou autor do livro “Direito Tributário”, da editora Juspodivm,


2010, voltado especialmente para concursos públicos.

Nesse rumo, no que diz respeito à apresentação do nosso


curso, vamos trabalhar com base no programa completo da matéria
Direito Tributário.

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Vamos comentar mais de 1000 questões objetivas da
ESAF, o que equivale a 5000 enunciados, incluindo todas as
provas da ESAF dos últimos cinco anos.

Sem sombra de dúvidas, é o maior acervo de questões


comentadas de Direito Tributário até hoje existente.

Nesse rumo, por exemplo, o nosso curso inclui todas as


questões do ISS/RJ, SUSEP, APO/União, AFRFB, ATRFB, SEFAZ/SP,
Ministério da Fazenda, dentre outras provas mais recentes.

Com efeito, o curso terá dez aulas e será iniciado com a “Aula
1” no dia 26 de outubro de 2010 e a “Aula 10” será postada no dia 28
de dezembro de 2010.

Logo, o nosso curso ocorrerá semanalmente e as aulas serão


realizadas às terças.

A seguir, a sequência e os tópicos que serão estudados:

Aula 0 – Competência Tributária. Limitações Constitucionais do


Poder de Tributar. Imunidades. Princípios Constitucionais Tributários.

Aula 1 – Conceito e Classificação dos Tributos - (26/10).

Aula 2 – Tributos de Competência da União. Imposto sobre a


Importação. Imposto sobre a Exportação. Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural. Imposto sobre a Renda e Proventos de
Qualquer Natureza. Imposto sobre Produtos Industrializados. Imposto
sobre Operações Financeiras - (02/11).

Aula 3 – Contribuições Sociais. Contribuição para o PIS/PASEP.


Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS.
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Contribuições sociais
previstas nas alíneas "a", "b" e "c" do parágrafo único do art. 11 da
Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, e as instituídas a título de
substituição. 5.5. Contribuições por lei devidas a terceiros (art.3º, §
1º, da Lei n. 11.457, de 16 de março de 2007). Contribuições de
Intervenção no Domínio Econômico - (09/11).

Aula 4 – Tributos de Competência dos Estados. Tributos de


Competência dos Municípios. Simples - (16/11).

Aula 5 – Legislação Tributária. Constituição Emendas à


Constituição. Leis Complementares. Leis Ordinárias. Leis Delegadas.
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Medidas Provisórias. Tratados Internacionais. Decretos. Resoluções.
Decretos Legislativos. Convênios. Normas Complementares -
(23/11).

Aula 6 – Vigência da Legislação Tributária. Aplicação da


Legislação Tributária. Interpretação e Integração da Legislação
Tributária - (30/11).

Aula 7 – Obrigação Tributária Principal e Acessória. Fato


Gerador da Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e Passiva.
Solidariedade. Capacidade Tributária. Domicílio Tributário.
Responsabilidade Tributária. Conceito. Responsabilidade dos
Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. Responsabilidade por
Infrações - (07/12).

Aula 8 – Crédito Tributário. Conceito. Constituição do Crédito


Tributário. Lançamento. Modalidades de Lançamento. Hipóteses de
alteração do lançamento - (14/12).

Aula 9 – Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário.


Modalidades. Extinção do Crédito Tributário. Modalidades. Exclusão
do Crédito Tributário. Modalidades - (21/12).

Aula 10 – Pagamento Indevido. Garantias e Privilégios do


Crédito Tributário. Administração Tributária. Fiscalização. Dívida
Ativa. Certidões Negativas - (28/12).

Com efeito, pretendemos ser direto e claro na explicação.


Teremos igualmente um fórum, onde serão respondidas todas as
dúvidas a respeito do conteúdo ministrado.

Ao fim de cada aula, será apresentada a lista com os exercícios


comentados na respectiva aula e os respectivos gabaritos.

Então, vamos juntos iniciar a jornada rumo à aprovação.

Boa sorte, bons estudos e que Deus abençoe a todos.

A seguir, uma pequena demonstração do nosso curso.

AULA DEMONSTRATIVA - COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA.


LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS DO PODER DE TRIBUTAR.
IMUNIDADES. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

Sumário:
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1.1 Competência tributária (questões 1 a 13);
1.2 Imunidade tributária (questões 14 a 30);
1.3 Princípios constitucionais (questões 31 a 44).

1.1 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA (QUESTÕES 1 A 13)

1. (ATRFB/2010) O art. 154, inciso I, da Constituição Federal,


outorga à União o que se costuma chamar de competência tributária
residual, permitindo que institua outros impostos que não os
previstos no art. 153. Sobre estes impostos, é incorreto afirmar que:
a) Estados e Municípios não possuem competência tributária residual.
b) Terão de ser, necessariamente, não-cumulativos.
c) Não poderão ter base de cálculo ou fato gerador próprios dos
impostos já discriminados na Constituição Federal.
d) Caso sejam instituídos por meio de medida provisória, esta deverá
ser convertida em lei até o último dia útil do exercício financeiro
anterior ao de início de sua cobrança.
e) Para a instituição de tais impostos, há que se respeitar o princípio
da anterioridade.

De início, destaca-se que o enunciado cita o art. 154, I: a


União poderá instituir mediante lei complementar, impostos não
previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e
não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados nesta Constituição.

Assim, o candidato deve seguir a linha da literalidade deste


dispositivo.

Letra (A). Somente a União possui a competência tributária


residual. Logo, correta.

Letra (B). O texto constitucional exige que os impostos


residuais sejam não-cumulativos. Logo, correta.

Letra (C). O texto constitucional exige que os impostos


residuais não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
impostos discriminados na Constituição. Portanto, correta.

Letra (D). Os impostos residuais devem ser instituídos apenas


por lei complementar. Logo, incorreta.

Letra (E). Os impostos residuais devem respeitar os princípios


da anterioridade genérica e da anterioridade nonagesimal. Logo,
correta.
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2. (AFRFB/2005) Competência tributária é o poder que a


Constituição Federal atribui a determinado ente político para que este
institua um tributo, descrevendo-lhe a hipótese de incidência, o
sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota.
Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações
adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em
seguida, marque a opção correta.
( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis,
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária,
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra.
( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa
política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no
princípio da isonomia.
( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir
o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou
mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e
legais.
a) F, V, F.
b) F, F, V.
c) F, V, V.
d) V, F, V.
e) V, V, V.

O primeiro item é verdadeiro, porque a competência tributária é


indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar
tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa
jurídica de direito público a outra, conforme dispõe expressamente o
art. 7°, caput, do CTN.

O segundo item é falso, porque o não-exercício da competência


tributária por determinada pessoa política não autoriza a União a
exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia. O CTN
dispõe expressamente no art. 8°, caput, que o não-exercício da
competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito
público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

O terceiro item é verdadeiro, pois, em princípio, a pessoa


política que detém a competência tributária para instituir o imposto
também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo
conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. Por
exemplo, o Município de Salvador é competente para estabelecer
isenções referentes ao ISS de sua competência, observadas as
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normas constitucionais (tal como o princípio da igualdade) e as
normas estabelecidas nos arts. 175 a 179 do CTN (normas atinentes
as isenções tributárias).

Portanto, a resposta é letra “d” (V, F, V).

3. (PFN/2004) Considerados os temas competência tributária e


capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e
com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente.
( ) A competência tributária é delegável.
( ) A capacidade tributária ativa é indelegável.
( ) A União é quem detém a competência tributária no que toca às
contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social.
( ) Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurídica de
direito público a competência tributária.
a) V, F, V, V.
b) F, V, F, V.
c) F, F, V, F.
d) V, V, V, F.
e) F, V, F, F.

O primeiro e quarto itens são falsos, porque há competência


tributária é indelegável, conforme o art. 7°, caput, do CTN.

O segundo item é falso, porque a capacidade tributária ativa é


delegável. Por outro lado, de forma mais técnica, existem autores
que afirmam corretamente que a atribuição da capacidade tributária
dá-se por outorga, por lei. Decerto, a capacidade tributária ativa
significa a possibilidade de determinada pessoa figurar como sujeito
ativo (credor) da relação tributária, sendo a pessoa competente para
exigir o cumprimento da obrigação tributária. Assim, o próprio art. 7°
dispõe sobre esta possibilidade, quando dispõe que as atribuições de
fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária pode ser conferida por uma
pessoa jurídica de direito público a outra.

O terceiro item é verdadeiro, pois, segundo o art. 149, da CF,


em regra, compete exclusivamente à União instituir contribuições
sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas. Contudo, registramos que a
possibilidade dos Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituírem contribuição, cobrada de seus servidores públicos de
carreira (estatutários), para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos
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servidores titulares de cargos efetivos da União, de acordo com o art.
149, §1°, da CF, que não se aplica aos servidores comissionados ou
celetistas.

Portanto, a resposta é letra “c” (F, F, V, F).

4. (Procurador do DF/2007.1) Assinale a opção correta. O Distrito


Federal, entidade integrante da República Federativa do Brasil, pode
instituir:
a) imposto sobre propriedade territorial rural; imposto sobre
transmissão causa mortis de quaisquer bens ou direitos, contribuição
de melhoria e contribuições sociais de quaisquer espécies.
b) impostos extraordinários, taxas e empréstimos compulsórios.
c) imposto sobre doação de quaisquer bens ou direitos; taxas pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis; contribuições de interesse de categorias econômicas.
d) contribuição para o custeio de sistemas de previdência e
assistência social de seus servidores; imposto sobre serviços de
qualquer natureza; taxas, em razão do exercício do poder de polícia.
e) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana;
contribuição de melhoria; contribuições sociais e contribuição de
intervenção no domínio econômico.

O Distrito Federal, entidade integrante da República Federativa


do Brasil, detêm competência estadual e municipal (arts. 147, 149,
155 e 156, CF). Desta forma, o DF pode instituir: contribuição para o
custeio de sistemas de previdência e assistência social de seus
servidores (art. 149, §1°, da CF/88); imposto sobre serviços de
qualquer natureza (art. 156, III, da CF/88); taxas, em razão do
exercício do poder de polícia (art. 145, II, da CF/88).

Vejamos os seguintes quadros para decorar as competências


tributárias:

Competência exclusiva ou privativa da União


(i) Impostos: a) imposto sobre importação de produtos
estrangeiros (II) – art. 153, I; b) imposto sobre exportação, para o
exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE) – art. 153, II;
c) imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) – art.
153, III; d) imposto sobre produtos industrializados (IPI) – art. 153,
IV; e) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) – art. 153, V; f)
imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) – art. 153, VI; g)
imposto sobre grandes fortunas (IGF) – art. 153, VII.
(ii) Empréstimos Compulsórios (art. 148): a) empréstimo por
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calamidade ou guerra externa (art. 148, I); b) empréstimo por


investimento público urgente e de relevância nacional (art. 148, II);
(iii) Contribuições especiais ou parafiscais: a) contribuições de
seguridade social (art. 195, art. 239; ADCT, art. 74, 75, 84 e 90); b)
contribuições sociais (art. 212, § 5º e art. 240); c) contribuições de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, também
denominadas de corporativas (art. 149); d) contribuições de
intervenção no domínio econômico (CIDE) – art. 149 e art. 177, §
4º.

Competência exclusiva ou privativa dos Estados e do Distrito


Federal
(i) Impostos (CF, art. 155): a) impostos sobre transmissão causa
mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) – art. 155,
I; b) impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação (ICMS) – art. 155, II; c) imposto
sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) – art. 155, III.

Competência exclusiva ou privativa dos Municípios e do


Distrito Federal
(i) Impostos (CF, art. 156): a) imposto sobre propriedade predial
e territorial urbana (IPTU) art. 156, I; b) impostos sobre transmissão
inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a
sua aquisição (ITBI) – art. 156, II; c) imposto sobre serviços de
qualquer natureza (ISS), não compreendidos no ICMS, definidos em
lei complementar – art. 156, III;
(ii) Contribuição para o custeio do serviço de iluminação
pública (COSIP ou CIP) - art. 149-A.

Competência comum ou concorrente da União, Estados-


membros, DF e Municípios
(i) Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço.
(ii) Contribuições de Melhoria (art. 145, III. da CF/88)
(iii) Contribuição previdenciária (art. 149, §1º).

Portanto, a resposta é a letra “d”.

5. (ATN/Recife/2003) Avalie as formulações seguintes, observadas as


disposições pertinentes ao tema "competência tributária", constantes
do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que
corresponde à resposta correta.

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I - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo
ou da função de arrecadar tributos.
II - Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a
outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência
legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.
III - A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos,
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser
revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de
direito público que a tenha conferido.
IV - A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou
decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma
pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e
os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito
público que a conferir.
a) Apenas as formulações I, II e III são corretas.
b) Apenas as formulações II, III e IV são corretas.
c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas.
d) Apenas as formulações II e IV são corretas.
e) Todas as formulações são corretas.

O primeiro item é incorreto, porque é permitido à União, aos


Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o cometimento, a
pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar
tributos (art. 7°, §3°, do CTN).

O segundo item é correto, porque Os tributos cuja receita seja


distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito
público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham
sido atribuídos (parágrafo único, do art. 6°, do CTN).

O terceiro item é correto, eis que a atribuição das funções de


arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurídica de
direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato
unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido,
segundo o art. 7°, §2°, do CTN.

O quarto item é correto, uma vez que a atribuição das funções


de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em
matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito
público a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais
que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir, de
acordo com o art. 7°, §1°, do CTN.

Decerto, a resposta é letra “b”. Apenas as formulações II, III e


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IV são corretas.

6. (ATN/Fortaleza/2003) A respeito do tema competência para


instituir impostos, é correto afirmar:
a) aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros
impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre
propriedade de veículos automotores e o imposto sobre transmissão
inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios.
b) o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de
competência do Município em que se iniciarem as prestações dos
serviços.
c) os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre
vendas a varejo de
combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos Municípios.
d) compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos
Municípios, sem prejuízo da competência que a Constituição Federal
lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados.
e) por força de emenda constitucional promulgada recentemente, a
competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial
rural foi transferida da União para os Estados e o Distrito Federal.

A letra “a” é incorreta, uma vez que aos Municípios e ao


Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a
Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre transmissão inter
vivos de bens imóveis situados em seus territórios (ITBI).

A letra “b” é incorreta, uma vez que o imposto sobre serviços


de transportes intermunicipais é de competência dos Estados-
membros e do Distrito Federal. A competência dos Municípios e
também do DF é para instituir imposto sobre serviços de transportes
intramunicipais (dentro dos limites do seu próprio território).

A letra “c” é incorreta, pois o imposto sobre propriedade predial


e territorial urbana (IPTU) é de competência dos Municípios e do DF,
mas o imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e
gasosos foi extinto pela Emenda Constitucional n. 3/93.

A resposta é letra “d”, uma vez compete ao Distrito Federal


instituir os impostos que cabem aos Municípios (art. 147 da CF/88),
sem prejuízo da competência que a Constituição Federal lhe assegura
para instituir outros impostos expressamente indicados.

A letra “e” é incorreta, eis que a competência para instituir o


imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) continua a ser da
União.
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7. (ATE/MS/2001) Em tema de competência legislativa sobre matéria


de Direito Tributário, é correta a afirmação de que:
a) Os Estados têm competência para legislar suplementarmente
sobre normas gerais de Direito Tributário.
b) Mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito
Tributário, é vedado aos Estados exercer essa competência
legislativa.
c) A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário
fica mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza,
mesmo no que lhe for contrário.
d) No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito
Tributário os Estados só podem legislar sobre normas gerais.
e) A legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos
Municípios, em virtude de estes não terem competência para legislar
sobre Direito Tributário.

A resposta é letra “a”, porque, em tema de competência


legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é correta a afirmação
de que os Estados têm competência para legislar suplementarmente
sobre normas gerais de Direito Tributário, de acordo com o §2°, do
art. 24, da CF/88.

A letra “b” é incorreta, uma vez que na ausência de lei federal


sobre normas gerais de Direito Tributário, não é proibido aos Estados
exercer a competência legislativa plena, para atender as suas
particularidades, segundo o §3°, do art. 24, da CF/88.

As letras “c” e “d” são incorretas, pois, no âmbito da


competência concorrente, o Estado legisla para tender as suas
particularidades (§3°, do art. 24, da CF/88) e a superveniência de lei
federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrário, conforme art. 24, I e §4°, da CF/88.

A letra “e” é incorreta, eis que a doutrina e a jurisprudência


dominante entendem que os Municípios possuem competência para
legislar sobre Direito Tributário, conforme os arts. 30, III c/c 156, I a
III, da CF/88. Estabelece o art. 30, III, da CF/88: compete aos
Municípios instituir e arrecadar os tributos de sua competência.

8. (AFTN/94) A Constituição da República prevê que, inexistindo lei


federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º).
Tendo em vista isto e, quando for o caso, o disposto no Código
Tributário Nacional, é razoável dizer que
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a) o não-exercício, pela União, da competência para legislar sobre
normas gerais de direito tributário, a defere aos Estados, para
atender a suas peculiaridades.
b) o não-exercício da competência para instituir tributos a defere a
pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que tal
competência cabia originalmente.
c) a competência da União para legislar sobre normas de direito
tributário exclui a competência suplementar dos Estados.
d) em matéria de direito tributário a competência da União, além de
legislar sobre seus próprios tributos e sobre normas gerais, poderá
fazê-lo em relação à competência não exercida pelos Estados e
Municípios
e) faltando norma geral sobre o encargo ou a função de arrecadar
tributo municipal, o Estado poderá supletivamente cometer um e
outro a pessoas de direito privado.

A Constituição da República prevê que, inexistindo lei federal


sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º). Tendo em
vista isto e, quando for o caso, o disposto no Código Tributário
Nacional (CTN), é razoável dizer que o não-exercício, pela União, da
competência para legislar sobre normas gerais de direito tributário, a
defere aos Estados, para atender a suas peculiaridades. Portanto, a
resposta correta é a letra “a”.

A letra “b” é incorreta, uma vez que o não-exercício da


competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito
público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído (art.
8°, do CTN). É a característica da competência tributária denominada
de incaducabilidade ou imprescritibilidade ou, ainda, não sujeita a
decadência, que, significa, em outros termos, a possibilidade da
pessoa política exercer a competência tributária estabelecida no texto
constitucional a qualquer tempo.

A letra “c” é incorreta, uma vez que a competência da União


para legislar sobre normas de direito tributário não exclui a
competência suplementar dos Estados, segundo o §2°, do art. 24, da
CF/88.

A letra “d” é incorreta, pois, em matéria de direito tributário, a


competência da União é para legislar sobre seus próprios tributos e
sobre normas gerais (art. 24, I, da CF/88). Isto é, não pode, por
exemplo, a União instituir o IPTU de competência dos Municípios.
Ressalta-se novamente do art. 8° do CTN, dispondo que o não-

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exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de
direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

A letra “e” é incorreta, eis que o Estado-membro não pode


legislar sobre matéria de competência dos Municípios.

9. (AFTN/96) União, Estados, Municípios e Distrito Federal


a) podem delegar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um
tributo.
b) podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo.
c) podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo.
d) podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo.
e) não podem delegar capacidade tributária ativa.

A União, Estados, Municípios e Distrito Federal podem delegar


capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo (capacidade
ativa), de acordo com o art. 7°, do CTN. Portanto, a resposta é letra
“b”. Por outro lado, a competência tributária é indelegável, ou seja, a
competência para instituir o tributo,

10. (AFTE/PI/2001/Adaptada) Assinale a opção correta.


a) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os
entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas
submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste
na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma
relação jurídico-tributária.
b) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos,
obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a
aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei.
c) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são
indelegáveis, ainda que por meio de lei.
d) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável,
por meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável.
e) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente
daquela que dispõe da competência tributária só pode ser revogada
de comum acordo entre ao titular da competência tributária e a
pessoa jurídica a quem foi delegada a capacidade tributária ativa.

A resposta é letra “a”, que dispõe sobre as definições


adequadas de competência tributária e capacidade tributária ativa, a
saber: “A competência tributária consiste na faculdade de que
dispõem os entes políticos para instituir tributos em relação às
pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária
ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo
ativo de uma relação jurídico-tributária”.
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A letra “b” é incorreta, uma vez que a competência tributária é


a aptidão para instituir (criar) e não arrecadar tributos.

As letras “c” e “d” são incorretas, uma vez que a competência


tributária é indelegável, ainda que por meio de lei e a capacidade
tributária ativa é delegável por meio de lei. Registra-se, todavia, que
a competência tributária pode ser alterada por meio de emenda a
Constitucional, desde que tal modificação pelo poder constituinte
derivada não seja tendente a abolir a autonomia financeira do ente
federado, o que acarretaria violação a forma federativa de Estado
(art. 60, §4°, I, da CF/88).

A letra “e” é incorreta, eis que a atribuição da capacidade


tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe da
competência tributária pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato
unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido,
conforme §2°, do art. 7°, do CTN.

11. (AFPS/2002) Em relação ao tema competência tributária, é


correto afirmar que:
a) a Constituição atribui à União competência residual para instituir
impostos, contribuições para a seguridade social e taxas.
b) a instituição de empréstimos compulsórios requer lei
complementar da União, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme
competência que a Constituição confere a cada um desses entes da
Federação.
c) para instituir impostos com fundamento na competência residual, é
imprescindível, além da competência tributária, veiculação da matéria
por lei complementar e observância dos princípios constitucionais da
não-cumulatividade e da identidade plena com outros impostos
discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base
de cálculo.
d) somente a União tem competência residual para instituir impostos.
e) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência
para instituir impostos, taxas, contribuição de melhoria e contribuição
de intervenção no domínio econômico, que a Constituição lhes
reserva.

A resposta certa é letra “d”, conforme o art. 154, I, da CF/88,


estabelecendo que a União poderá instituir, mediante lei
complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que
sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprios dos discriminados nesta Constituição.

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Destacamos também que União tem competência residual para
instituir contribuições para garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social (§4°, do art. 195 da CF/88). Neste caso, a
contribuição residual ou nova contribuição social (art. 154, I, da
CF/88) não pode ter base de cálculo ou fato gerador igual à de
qualquer contribuição social já discriminada na CF/88 (por exemplo,
COFINS, CSLL etc.), mas pode ter base de cálculo igual ou fato
gerador semelhante à de imposto já descrito na CF/88(por exemplo,
IR, IPI, II, IE, IOF etc.), conforme interpretação do STF.

A letra “a” é incorreta, uma vez que a Constituição não atribui à


União competência residual para instituir taxas.

A letra “b” é incorreta, uma vez que os Estados e o Distrito


Federal não têm competência para a instituição de empréstimos
compulsórios.

A letra “c” é incorreta, pois na competência residual da União


para instituir impostos não deve existir identidade com outros
impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato
gerador e base de cálculo, mas sim o contrário.

A letra “e” é incorreta, eis que os Estados, o Distrito Federal e


os Municípios não têm competência para instituir contribuição de
intervenção no domínio econômico.

12. (Analista/SUSEP/2010) A Constituição Federal, em seu art.


154, inciso I, prevê a criação de impostos que não os previstos no
art. 153 (que enumera aqueles de competência da União). Sobre esta
competência, usualmente denominada na doutrina “competência
residual”, é incorreto afirmar-se que:
a) o exercício da competência residual é reservado ao legislador
ordinário, e não ao constituinte derivado.
b) consoante entendimento firmado no âmbito do Supremo Tribunal
Federal, a não-cumulatividade e o não bis-in-idem não precisam ser
observados quando da criação de um novo imposto por meio de
emenda constitucional.
c) a exigência de lei complementar é inafastável e, diferentemente do
que ocorre para os impostos discriminados, que têm apenas os seus
fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes previstos em lei
complementar, no caso da instituição de novo imposto pela União, no
exercício de sua competência residual, exige-se que também a
alíquota seja prevista em lei complementar.
d) admite-se, excepcionalmente, a instituição de novos impostos, no
exercício da competência residual, por meio de medida provisória.
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e) a criação de novo imposto, no exercício da competência residual,
fica sujeita ao princípio da anterioridade.

Letra (A). O exercício da competência residual é reservado à lei


complementar, por conseguinte, ao legislador ordinário e não ao
constituinte derivado. Logo, correta.

Letra (B). Verifica-se que o examinador requer do candidato o


conhecimento do entendimento do STF na ADIN 939/DF. Neste caso,
o STF firmou posicionamento no sentido de que a “técnica da
competência residual é para o legislador ordinário e não para o
constituinte derivado e a não cumulatividade e o não bis in
idem não precisam ser observados quando da criação de um novo
imposto através de emenda constitucional”. Em síntese, o STF
entende que as restrições estabelecidas no art. 154, I, da CF, não
podem ser opostas a emenda a constituição, mas sim ao legislador
ordinário na criação do imposto por meio da lei complementar. Logo,
correta.

Letra (C). O texto constitucional exige lei complementar para os


impostos residuais e, por conseguinte, fato gerador, bases de cálculo,
contribuintes e alíquotas previstas em lei complementar, conforme
entendimento doutrinário amplamente dominante. Portanto, correta.

Letra (D). Os impostos residuais devem ser instituídos por lei


complementar. Neste sentido, verifica-se a proibição constitucional da
edição de medidas provisórias sobre matéria reservada a lei
complementar (art. 62, §1°, III, CF). Logo, incorreta.

Letra (E). Os impostos residuais devem respeitar os princípios


da anterioridade genérica e da anterioridade nonagesimal, pois o art.
150, §1°, da CF, não excepciona este imposto. Logo, correta.

13. (ISS/RJ/2010) Compete à União, aos estados e ao Distrito


Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário. Com base
nessa afirmativa, julgue os itens a seguir:
I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem
apenados e egressos é de natureza tributária, sendo, portanto,
constitucional lei estadual com tal conteúdo;
II. lei estadual pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do
tipo do veículo, já que os estados-membros estão legitimados a
editar normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência
concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição;

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III. é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de
sua competência, visto que está atuando nos limites de sua
autonomia.
Estão corretos:
a) apenas o item I.
b) apenas os itens I e II.
c) apenas os itens I e III.
d) apenas os itens II e III.
e) todos os itens estão corretos.

A competência legislativa concorrente é aquela que pode


ser exercida por mais de uma pessoa política. Portanto, a
Constituição Federal estabelece, por exemplo, que compete à União,
aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre
direito tributário (art. 24, I).

Deste modo, no âmbito da legislação concorrente no sistema


jurídico brasileiro, a competência da União limitar-se-á a estabelecer
normas gerais.

Assim, a competência da União para legislar sobre normas


gerais de direito tributário não exclui a competência suplementar
dos Estados e do Distrito Federal, eis que inexistindo lei federal
(União) sobre normas gerais de direito tributário, os Estados e o
Distrito Federal exercerão a competência legislativa plena, para
atender a suas peculiaridades. Por sua vez, a superveniência de lei
federal sobre normas gerais de direito tributário suspende a eficácia
da lei estadual, no que lhe for contrário, de acordo com o que está
estabelecido nos §§1° a 4°, do art. 24, da CF/88.

Item I. A questão cobra entendimento do STF. Nesse rumo, o


STF analisando a Lei 8.366/20006, do Estado do Espírito Santo,
compreendeu que a citada Lei que institui incentivo fiscal para as
empresas que contratarem apenados e egressos é matéria de índole
tributária e não orçamentária (ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau, DJ de
14-9-2007). Logo, correta.

Item II. Este item copiou também decisão do STF, que se


equivocou, segundo a doutrina majoritária, ao afirmar que os
estados-membros estão legitimados a editar normas gerais referentes
ao IPVA. Na verdade, a União estabelece normas gerais no exercício
da competência concorrente e não os estados-membros. Vejamos a
decisão do STF: “IPVA. Lei estadual. Alíquotas diferenciadas em razão
do tipo do veículo. Os Estados-membros estão legitimados a editar
normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência

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concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição do Brasil. Não
há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas segundo
critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva”
(RE 414.259-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJE de 15-8-
2008). Logo, correta.

Item III. A pessoa política que detém a competência tributária


para instituir o tributo também é competente para aumentá-lo,
diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites
constitucionais e legais. Deste modo, é correto afirmar que é possível
ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de sua
competência, visto que está atuando nos limites de sua autonomia.
Logo, correta. Destaca-se, contudo, que na hipótese do ICMS, a
competência é exercida mediante a deliberação dos Estados e do
Distrito Federal, de acordo com os convênios interestaduais do
ICMS celebrados no âmbito do Conselho Nacional de Política
Fazendária (CONFAZ). O fundamento legal é o art. 155, §2°, XII,
“g”, e a Lei Complementar 24/75.

Assim, todos os itens estão corretos. Logo, deve-se marcar a


letra “e”.

1.2 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA (QUESTÕES 14 A 30)

14. (ISS/RJ/2010) Sobre a imunidade constitucional recíproca, que


veda a instituição e a cobrança de impostos pelos entes tributantes
sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros, é
incorreto afirmar que:
a) a imunidade tributária recíproca alcança apenas as finalidades
essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da imunidade
tributária às operações financeiras não impede a autoridade fiscal de
examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune.
Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-
dever de constituir o crédito tributário e de tomar as demais medidas
legais cabíveis.
b) a imunidade tributária recíproca é extensiva às autarquias, no que
se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
c) a imunidade constitucional recíproca alcança as empresas públicas
prestadoras de serviço público, bem como as empresas públicas que
exercem atividade econômica em sentido estrito.
d) a imunidade tributária recíproca diz respeito aos impostos, não
alcançando as contribuições.
e) a imunidade tributária recíproca aplica-se às operações de
importação de bens realizadas por municípios, quando o ente público

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for o importador do bem (identidade entre o ‘contribuinte de direito’ e
o ‘contribuinte de fato’).

Letra (A). O enunciado cobrou entendimento literal do STF, que


afirmou: “A imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados
do Brasil é da espécie recíproca (art. 150, VI, a, da Constituição), na
medida em que a OAB desempenha atividade própria de Estado
(defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado democrático de
direito, dos direitos humanos, da justiça social, bem como a seleção e
controle disciplinar dos advogados). A imunidade tributária
recíproca alcança apenas as finalidades essenciais da entidade
protegida. O reconhecimento da imunidade tributária às
operações financeiras não impede a autoridade fiscal de
examinar a correção do procedimento adotado pela entidade
imune. Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o
poder-dever de constituir o crédito tributário e de tomar as demais
medidas legais cabíveis. Natureza plenamente vinculada do
lançamento tributário, que não admite excesso de carga.” (RE
259.976-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJE de
30-4-2010) Logo, correta.

Letra (B). Segundo o art. 150, VI, “a” e §2°, da CF, a


imunidade recíproca, refere-se à proibição da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos sobre
patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como é extensiva
às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
Logo, correta.

Letra (C). Segundo jurisprudência consolidada do STF, a


imunidade constitucional recíproca alcança as empresas públicas
prestadoras de serviço público, mas não as empresas públicas que
exercem atividade econômica em sentido estrito (ACO 959, Rel. Min.
Menezes Direito, Plenário, DJE de 16-5-2008; RE 552.736-AgR, Rel.
Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJE de 20-11-2009; AI 690.242-
AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJE de 17-4-
2009). Portanto, incorreta.

Letra (D). A imunidade tributária recíproca apenas alcança aos


impostos e não as contribuições, as taxas ou os empréstimos
compulsórios (art. 150, VI, “a”, CF). Logo, correta.

Letra (E). A questão cobrou entendimento recente do STF.


Senão, vejamos: “A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a,

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da Constituição, aplica-se às operações de importação de bens
realizadas por municípios, quando o ente público for o importador do
bem (identidade entre o ‘contribuinte de direito’ e o ‘contribuinte de
fato’). Compete ao ente tributante provar que as operações de
importação desoneradas estão influindo negativamente no mercado,
a ponto de violar o art. 170 da Constituição. Impossibilidade de
presumir risco à livre-iniciativa e à concorrência” (AI 518.325-AgR,
Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda
Turma, DJE de 30-4-2010). Logo, correta.

15. (TRF/2005/Adaptada) Em relação às imunidades, avalie as


afirmações abaixo e, em seguida, marque a opção correta.
I. A diferença básica entre imunidade e isenção está em que a
primeira atua no plano da definição da competência, e a segunda no
plano do exercício da competência.
II. As imunidades podem ser definidas em função de condições
pessoais de quem venha a vincular-se às situações materiais que
ensejariam a tributação.
III. As imunidades podem ser definidas em função do objeto
suscetível de ser tributado.
IV. A Constituição, ao definir a competência, excepciona
determinadas situações que, não fosse a imunidade, estariam dentro
do campo da competência, mas por força da norma de imunidade,
permanecem fora do alcance do poder de tributar.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Há apenas um item correto.
c) Há dois itens corretos.
d) Há três itens corretos.
e) Todos os itens estão errados.

Item I. A diferença básica ou principal entre imunidade e


isenção é realmente que a imunidade atua no plano da definição da
competência, e a isenção no plano do exercício da competência. A
imunidade pode ser conceituada como uma delimitação negativa de
competência tributária, ou seja, não há competência tributária. A
isenção é a dispensa legal de pagamento de um tributo devido, isto é,
a autoridade não pode cobrar o tributo, eis que, mesmo acontecendo
à incidência tributária (ocorre o fato gerador), está impedido de
realizar o lançamento tributário. Logo, correto.

Item II. As imunidades podem ser definidas em função de


condições pessoais de quem venha a vincular-se às situações
materiais que ensejariam a tributação. Este tipo de imunidade é a
denominada de subjetiva ou pessoal, pois leva em consideração o
sujeito imunizado. Por exemplo, a imunidade referente ao patrimônio,
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renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações
(art. 150, VI, “c”, CF). Logo, correto.

Item III. As imunidades podem ser definidas em função do


objeto suscetível de ser tributado. Este tipo de imunidade é a
denominada de objetiva ou real, sendo concedida em virtude da
qualidade da coisa, do objeto ou da mercadoria. Por exemplo, a
imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
impressão (art. 150, VI, “d”, CF). Logo, correto.

Item IV. A Constituição, ao definir a competência, excepciona


determinadas situações que, não fosse a imunidade, estariam dentro
do campo da competência, mas por força da norma de imunidade,
permanecem fora do alcance do poder de tributar. É verdade, uma
vez que a competência tributária é a aptidão para determinado ente
criar o tributo e a imunidade traduz um elemento de incompetência
tributária, sendo considerada uma “zona” na qual não poderá haver
tributação e consequentemente incidência tributária. Portanto, a
imunidade tem sede na CF/88, materializando uma dispensa
constitucional de pagamento de tributo. Logo, correto.

Portanto, a questão é letra “a”. Todos os itens estão corretos.

16. (AFRFB/2010) Diversos fatos podem resultar na desoneração


tributária. Assinale, entre as que se seguem, a forma de desoneração
tributária pela qual não nascem nem a obrigação tributária, nem o
respectivo crédito por força do não-exercício da competência a que
tem direito o poder tributante.
a) Imunidade.
b) Não-incidência.
c) Isenção.
d) Alíquota zero.
e) Remissão.

Inicialmente, registra-se o seguinte quadro elucidativo:

Imunidade Isenção Não- Alíquota


incidência zero
Quanto à lei Constituição Em regra, Falta de Em regra,
criadora lei previsão. lei
ordinária. ordinária.
Quanto ao Não há. Existe. Não há. Existe.
exercício da
competência
tributária.
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Quanto à Não há. Existe. Não há. Existe.


obrigação
tributária
Quanto ao Não há. Não há. Não há. Em regra,
crédito não há,
tributário salvo
dispositivo
de lei em
contrário.

Letra (A). Na imunidade tributária o ente federativo não tem o


direito de tributar. Logo, incorreta.

Letra (B). Na não-incidência não nasce a obrigação e nem o


crédito tributário por força do não-exercício da competência a que
tem direito o ente federativo. Logo, correta.

Letra (C). Na isenção (art. 175, CTN) nasce a obrigação


tributária. Contudo, o crédito tributário é excluído. Logo, incorreta.

Letra (D). Na alíquota zero há obrigação tributária. Entretanto,


o tributo não é recolhido porque o valor do tributo é inexistente
(aspecto quantitativo). Isto é, a multiplicação da base de cálculo por
zero é igual a zero (BC x AL = 0). Então, o valor do tributo a ser pago
é nulo. Logo, incorreta.

Letra (E). Na remissão (art. 172, CTN) há obrigação e crédito


tributário, que é extinto por força do perdão legal da dívida. Logo,
incorreta.

17. (FTE/PA/2002) A não-incidência de impostos sobre as autarquias


e as fundações públicas, no que se refere ao patrimônio, à renda e
aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas
decorrentes, resulta de:
a) remissão.
b) anistia.
c) isenção.
d) imunidade.
e) moratória.

A questão diz respeito expressamente ao art. 150, §2°, da


CF/88. Portanto, sem sombra de dúvidas, refere-se a imunidade
tributária. Portanto, a resposta é a letra “d”.

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A remissão, modalidade de extinção do crédito tributário, é o
perdão da dívida pelo credor, dependendo sempre de lei específica
(art. 150, §6º, da CF/88). Isto significa dizer que a remissão é a
liberação graciosa da dívida pelo Fisco, tal como o perdão de resíduos
ínfimos quanto ao pagamento de tributo (art. 172, III, do CTN). Logo,
incorreta a letra “a”.

A anistia e a isenção são as causas de exclusão do crédito


tributário. Exclusão do crédito tributário quer dizer impedir ou evitar
a sua constituição. Como a constituição do crédito tributário ocorre
com o lançamento, afirma-se que as hipóteses de anistia e de isenção
são situações ou causas inibitórias do lançamento tributário,
impedindo a sua existência. A anistia exclui a multa tributária (arts.
180 a 182 do CTN) e a isenção exclui o pagamento do tributo (arts.
175 a 179 do CTN). Logo, incorretas as letra “b” e “c”.

A moratória, modalidade de suspensão do crédito tributário, é a


dilação ou prorrogação do prazo legal para o pagamento do tributo
(arts. 152 a 155 do CTN). Com efeito, a moratória é um favor legal
ou benefício fiscal de prorrogação de pagamento, isto é, o fisco
estabelece novo prazo para pagamento do tributo. Logo, incorreta a
letra “e”.

18. (SEFAZ/CE/2007) A norma que impede que a União, os


estados, o Distrito Federal e os municípios tributem, reciprocamente,
seus patrimônios, rendas ou serviços, denomina-se
a) imunidade.
b) isenção.
c) norma geral anti-elisiva.
d) anistia.
e) não-incidência.

A questão diz respeito expressamente ao art. 150, VI, “a”, da


CF/88. Portanto, deve-se marcar a hipótese mais adequada, que é a
imunidade tributária. Portanto, a resposta é a letra “a”.

A norma geral anti-elisiva, segundo doutrina amplamente


dominante, está prevista no art. 116, parágrafo único, do CTN, que
dispõe que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a
ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos
constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a
serem estabelecidos em lei ordinária

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Neste sentido, tal regra é chamada de “norma antielisão” ou
“norma geral anti-elisiva”, pois busca combater os procedimentos de
planejamento tributário praticados pelo contribuinte com abuso de
forma ou/e abuso de direito. registra-se que a doutrina minoritária
denomina o art. 116, parágrafo único, do CTN, de norma geral
“antievasiva” ou “anti-simulação”. Logo, incorreta a letra “c”.

A não-incidência é o acontecimento no mundo dos fatos que


não corresponde à descrição legal tributária. Assim, na não-incidência
faltam elementos para enquadrar determinado fato na hipótese de
incidência, ou seja, é a não previsão do fato na hipótese de
incidência.

Com efeito, não há obrigação tributária e, por conseguinte, não


há crédito tributário. Ressalta-se que a imunidade tributária não
deixa de ser uma hipótese de não-incidência estabelecida pela CF.
Contudo, como a questão na letra “a” se refere explicitamente a
imunidade, deve-se considerar inadequada a letra “e” no caso.

19. (SEFAZ/SP/2009) As imunidades tributárias são classificadas


em:
a) ontológicas e políticas.
b) proporcionais e progressivas.
c) diretas e indiretas.
d) cumulativas e não cumulativas.
e) vinculadas e não vinculadas.

As imunidades tributárias podem ser classificadas nas seguintes


categorias: (i) subjetivas ou pessoais, objetivas ou reais e mistas
(subjetiva e objetiva); (ii) ontológicas e políticas; (iii) gerais ou
genéricas e tópicas ou especiais; (iv) condicionadas ou
incondicionadas; (v) explícitas ou implícitas.

Classificações das imunidades tributárias


(i) subjetivas, objetivas e mistas;
(ii) ontológicas e políticas;
(iii) gerais e tópicas;
(iv) condicionadas e incondicionadas;
(v) explícitas e implícitas.

Portanto, a resposta é a letra “a”. Por sua vez, passamos a


explicar cada uma das classificações.

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A primeira classificação considera a forma de previsão da
norma imunizante. A imunidade subjetiva ou pessoal é aquela que
leva em consideração o sujeito. Por exemplo, a imunidade das
entidades sindicais dos trabalhadores (art. 150, VI, “c”). A imunidade
objetiva ou real é concedida em virtude da qualidade da coisa, do
objeto ou da mercadoria. Por exemplo, a imunidade dos livros,
jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (art. 150, VI,
“d”). Por sua vez, a imunidade mista (subjetiva e objetiva) envolve
aspectos pessoais e reais. Como exemplo, a imunidade concernente
ao ITR no que se refere às “pequenas glebas rurais, definidas em lei,
quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel”.

A segunda classificação considera o aspecto de a imunidade


tributária ser ou não ser consequência direta de princípio
constitucional fundamental. A imunidade ontológica é consequência
necessária do princípio da igualdade, sendo seu exemplo clássico a
imunidade recíproca disposta no art. 150, VI, “a”, da CF/88. É
característica básica da imunidade ontológica a qualidade de ser
clausula pétrea. Já a imunidade política deve ser reconhecida
expressamente pelo texto constitucional, eis que não decorre
necessariamente de princípio constitucional fundamental, podendo,
portanto, ser alterado pelo exercício do poder constituinte derivado.
Por exemplo, a imunidade referente aos impostos incidentes sobre
operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de
reforma agrária (art. 184, §5°).

A terceira classificação considera o alcance das normas


constitucionais imunizantes. A imunidade geral é dirigida a todos os
entes federativos e alcançam os impostos de forma genérica, estando
prevista no art. 150, VI, da CF/88. A imunidade tópica ou específica
se dirige a um único tributo, podendo ser, por exemplo, um imposto
ou uma taxa, tais como o IPI que não pode incidir sobre a exportação
de produtos industrializados (art. 153, §3°, III, da CF/88) e a taxa
que não pode incidir na obtenção de certidões em repartições
públicas, para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de
interesse pessoal (art. 5°, XXXIV, “b”, da CF/88).

A quarta classificação considera a existência ou não de


autorização na norma constitucional imunizante para que as normas
infraconstitucionais fixem requisitos para a concessão da imunidade.
Neste sentido, a imunidade condicionada é aquela que depende da
observância de requisitos legais para a sua implementação. Por
exemplo, a imunidade estabelecida para as instituições de educação e
de assistência social, sem fins lucrativos, que devem atender os
requisitos da lei, de acordo com o art. 150, VI, “c”, da CF/88. Por
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outro lado, a imunidade incondicionada independe de qualquer
condição estabelecida pela legislação infraconstitucional para operar
sua eficácia plena e aplicabilidade imediata. Por exemplo, a
imunidade recíproca (CF, art. 150, VI, “a”).

A quinta classificação considera o texto expresso ou não da


norma constitucional. A imunidade explícita está expressamente
prevista no texto constitucional, tal como as dispostas nas alíneas “a”
a “d”, do inc. VI, do art. 150. A imunidade implícita decorre da
interpretação sistemática do texto constitucional, tal como a
imunidade que garante o mínimo existencial, que são as condições
mínimas para a sobrevivência digna do ser humano.

20. (AFTN/96) Quanto às imunidades tributárias, é procedente


afirmar que:
a) são reguladas exclusivamente mediante lei ordinária federal.
b) não se aplicam às taxas e contribuições sociais.
c) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar.
d) são extensivas aos partidos políticos, no que se refere ao
patrimônio, à renda e aos serviços vinculados ou não às suas
atividades essenciais.
e) são normas constitucionais que colaboram no desenho das
competências impositivas.

A letra “a” é incorreta, uma vez que as imunidades tributárias


são instituídas pela CF/88 e podem ser reguladas pela lei
complementar, que cabe regular as limitações constitucionais ao
poder de tributar (imunidades tributárias e princípios constitucionais
tributários), segundo o art. 146, II, da CF/88.

A letra “b” é incorreta, pois as imunidades tributárias também


se aplicam as taxas e contribuições sociais. São as chamadas
imunidades tópicas. Por exemplo, são a todos assegurados,
independentemente do pagamento de taxas: (a) o direito de petição
aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder; (b) a obtenção de certidões em repartições públicas,
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal (art. 5°, XXXIV, CF). Noutro exemplo, a contribuição
previdenciária não incide sobre aposentadoria e pensão concedidas
pelo regime geral de previdência social (art. 195, II, CF).

A letra “c” é incorreta, eis que as imunidades tributárias são


instituídas pelo texto constitucional

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A letra “d” é incorreta, uma vez que a imunidade tributária
concernente aos impostos é extensiva aos partidos políticos, no que
se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas
atividades essenciais, conforme §4° do art. 150 da CF/88.

Nesse rumo, a resposta é a letra “e”, pois realmente as


imunidades são normas constitucionais que colaboram no desenho
das competências impositivas, uma vez que impedem a incidência
tributária.

21. (AFTN/94) Sobre as imunidades tributárias, podemos afirmar que


a) não se aplicam às taxas e aos impostos sobre o comércio exterior.
b) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar.
c) são extensivas às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços, vinculados ou não a suas finalidades essenciais.
d) impossibilitam sejam previstos fatos geradores da obrigação
tributária para os casos por ela abrangidos.
e) são hipóteses de não-incidência legalmente qualificada.

A letra “a” é incorreta, uma vez que as imunidades tributárias


se aplicam também às taxas e aos impostos sobre o comércio
exterior (II e IE).

A letra “b” é incorreta, eis que as imunidades tributárias só


podem ser instituídas pelo texto constitucional.

A letra “c” é incorreta, uma vez que a imunidade tributária


concernente aos impostos é extensiva às autarquias e às fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao
patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes, de acordo com o §2° do art. 150
da CF/88.

Por sua vez, as imunidades tributárias impossibilitam que sejam


previstos fatos geradores da obrigação tributária para os casos por
ela abrangidos, eis que falta competência tributária para os entes
federativos no caso. Logo, a resposta é a letra “d”.

A letra “e” é incorreta, pois a imunidade tributária é hipótese de


não-incidência constitucionalmente qualificada.

22. (TRF/2002.2) Assinale a opção correta.

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a) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas
subsidiárias gozarão dos privilégios tributários estabelecidos em lei
complementar.
b) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas
subsidiárias gozarão dos privilégios fiscais estabelecidos em lei
complementar.
c) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas
subsidiárias gozarão dos privilégios tributários estabelecidos em lei,
desde que extensivos às do setor privado.
d) As autarquias federais, municipais e estaduais gozam de
imunidade quanto aos tributos dos outros entes políticos em
decorrência da imunidade recíproca.
e) O regime jurídico tributário das empresas públicas e das
sociedades de economia mista que explorem atividade econômica de
produção ou de comercialização de bens é estabelecido em norma
complementar da legislação tributária.

A questão cobra o art. 173, §2°, da CF/88, dispondo que “as


empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão
gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor
privado”. Portanto, se as empresas do setor privado gozam de
privilégios fiscais, as empresas públicas e as sociedades de economia
mista também poderão gozar dos mesmos privilégios, obedecendo-se
o princípio da isonomia.

E também cobra o art. 173, §1°, II, afirmando que a lei (não
necessariamente lei complementar) estabelecerá o estatuto jurídico
da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre
a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas,
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários.

Portanto, a resposta é a letra “c”.

23. (AFRFB/2005) No tocante às imunidades tributárias conferidas


às instituições de assistência social sem fins lucrativos, só uma
afirmação não pode ser feita:
a) É subordinada, entre outros, ao requisito de que apliquem
integralmente no País os seus recursos na manutenção de seus
objetivos institucionais, ou de outros que com estes guardem
semelhança.
b) Somente alcançam as entidades fechadas de previdência social
privada se não houver contribuição dos beneficiários.
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c) Não excluem a atribuição, por lei, às instituições de assistência
social, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba
reter na fonte.
d) Não dispensa tais entidades do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias, como a de manterem escrituração de suas
receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de
assegurar sua exatidão.
e) Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a tais instituições, desde que o valor dos aluguéis
seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

É letra “a”, porque o CTN dispõe “aplicarem integralmente, no


País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais” (art. 14, II) e não tem qualquer referência a parte final
do que está expresso nesta letra (“ou de outros que com estes
guardem semelhança”).

A letra “b” é correta, de acordo com a súmula 730 do STF.

As letras “c” e “d” são corretas, segundo o art. 9°, §1°, c/c art.
14, III, do CTN.

A letra “e” é correta, de acordo com a súmula 724 do STF.

24. (ATN/Recife/2003) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito


Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou
serviços das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos. No entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional,
tal imunidade tributária é subordinada à observância, pelas referidas
instituições, do seguinte requisito, entre outros:
a) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suas controladas no
exterior, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais.
b) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas
rendas, a qualquer título.
c) no caso de instituições de educação, oferecerem gratuitamente
pelo menos 50% das vagas de seus cursos regulares a alunos
carentes.
d) não remunerarem seus empregados com salários superiores aos
pagos por empresas públicas, em se tratando de cargos de iguais
atribuições.
e) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas
rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado.

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O art. 14 do CTN estabelece os seguintes requisitos: (i) não
distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a
qualquer título; (ii) aplicar integralmente, no País, os seus recursos
na manutenção dos seus objetivos institucionais e (iii) manterem
escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de
formalidades capazes de assegurar a sua exatidão. Portanto, a
resposta é a letra “b”.

25. (AFTE/RN/2004) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque


com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a
resposta correta.
( ) A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a
instituições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança
as entidades fechadas de previdência social privada se não houver
contribuição dos beneficiários.
( ) É permitido à União exigir imposto sobre a renda auferida por
Municípios que provenha de aluguel de imóveis a eles pertencentes.
( ) O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda
quando alugado a terceiros, permanece imune ao imposto sobre
propriedade predial e territorial urbana (IPTU), desde que o valor dos
aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) V, F, V.
d) F, F, V.
e) F, V, F.

A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a


instituições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança
as entidades fechadas de previdência social privada se não houver
contribuição dos beneficiários, segundo a súmula 730 do STF.

Não é permitido à União exigir IR auferida por Municípios que


provenha de aluguel de imóveis a eles pertencentes, eis que esta
renda está abrangida pela imunidade recíproca disposta no art. 150,
VI, “a”, da CF/88.

O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores,


ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao imposto
sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), desde que o
valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal
entidade, de acordo com a súmula 724 do STF.

Portanto, é a letra “c” (V, F, V).

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26. (Procurador do TCE/GO/2007) Entre as afirmativas abaixo,
relativas à imunidade e isenções tributárias, assinale a correta.
a) Os partidos políticos são entidades imunes, benefício que não se
estende às suas fundações.
b) A imunidade de entidade educacional sem fins lucrativos não é
extensiva aos aluguéis de apartamento de sua propriedade revertidos
às suas finalidades institucionais.
c) A imunidade tributária incidente sobre livros só é extensível ao
papel nele utilizado se a obra tiver fins didático-educacionais.
d) A isenção por prazo certo e em função de determinadas condições
atendidas pelo sujeito passivo gera direito adquirido.
e) A empresa pública Caixa Econômica Federal, que exerce atividade
econômica, é abrangida pela imunidade tributária recíproca, não se
sujeitando ao pagamento de imposto sobre propriedade de veículos
automotores incidentes sobre seus carros.

A letra “a” é incorreta, pois os partidos políticos são entidades


imunes, benefício que se estende às suas fundações, conforme art.
150, VI, “c”, da CF/88.

A letra “b” é incorreta, pois a imunidade de entidade


educacional sem fins lucrativos é extensiva aos aluguéis de
apartamento de sua propriedade revertidos às suas finalidades
institucionais, de acordo com súmula 724 do STF.

A letra “c” é incorreta, pois segundo jurisprudência do STF o


poder constituinte, “ao instituir esta benesse, não fez ressalvas
quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das
informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma
publicação. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela
afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão
importante ao exercício da democracia, por força de um juízo
subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma
publicação destinada ao público infanto-juvenil.” (RE 221.239, Rel.
Min. Ellen Gracie, DJ de 6-8-04; RE 179.893, Rel. Min. Menezes
Direito, DJE de 30-5-08).

Por outro lado, a letra “d” é correta, uma vez que a isenção por
prazo certo e em função de determinadas condições atendidas pelo
sujeito passivo gera direito adquirido. De acordo com o art. 178 do
CTN, as isenções podem revogadas a qualquer tempo, salvo as
isenções condicionais (onerosas) e por prazo certo. Assim, conforme
o entendimento sumulado 544 do STF: “Isenção tributária concedida
sob condição onerosa não pode ser livremente suprimida”.

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A letra “e” é incorreta, pois a empresa pública Caixa Econômica
Federal exerce atividade econômica, não estando abrangida pela
imunidade tributária recíproca, sujeitando-se ao pagamento de
imposto sobre propriedade de veículos automotores incidentes sobre
seus carros, conforme §3°, do art. 150, da CF/88.

27. (AFRF/2003) · Entidade fechada de previdência privada, que só


confere benefícios aos seus filiados desde que eles recolham as
contribuições pactuadas, goza de imunidade tributária?
· Segundo entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal,
filmes fotográficos destinados à composição de livros, jornais e
periódicos estão abrangidos por imunidade tributária?
· A Constituição Federal veda a instituição de contribuição social para
a seguridade social sobre o lucro auferido por pessoas jurídicas, que
decorra de comercialização de livros, jornais, periódicos e papel
destinado a sua impressão?
a) Não, sim, não.
b) Não, não, sim.
c) Não, não, não.
d) Sim, sim, não.
e) Sim, não, sim.

Entidade fechada de previdência privada, que só confere


benefícios aos seus filiados desde que eles recolham as contribuições
pactuadas, não goza de imunidade tributária, segundo a súmula 730
do STF.

Segundo entendimento firmado pelo STF, filmes fotográficos


destinados à composição de livros, jornais e periódicos estão
abrangidos por imunidade tributária, de acordo com a súmula 657 do
STF.

A Constituição Federal não veda a instituição de contribuição


social para a seguridade social sobre o lucro auferido por pessoas
jurídicas, que decorra de comercialização de livros, jornais, periódicos
e papel destinado a sua impressão. Lembre que a imunidade cultural
(art. 150, VI, “d”) é objetiva ou real, referindo-se apenas aos
impostos sobre livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua
impressão.

Logo, a questão é a letra “a” (Não, sim, não).

28. (AFTN/94) A Constituição da República prevê que sobre a energia


elétrica podem incidir somente
a) dois impostos.
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b) três impostos.
c) os impostos de importação e de exportação.
d) imposto único sobre energia elétrica.
e) impostos estaduais e municipais.

A questão é letra “b”, porque à exceção do II, IE e ICMS,


nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a
energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo,
combustíveis e minerais do País, de acordo com o art. 155, §3°, da
CF/88.

29. (AFTN/94) Quando atendam os requisitos estabelecidos na lei,


não podem ser cobrados impostos que incidam sobre a renda,
serviços e patrimônio, bem como a contribuição para a seguridade
social, das seguintes espécies de entidades:
a) partidos políticos.
b) instituições beneficentes de educação.
c) fundações dos partidos políticos.
d) instituições beneficentes de assistência social.
e) entidades sindicais dos trabalhadores.

A questão é letra “d”, segundo expressamente disposto no art.


150, VI, “c” c/c §7°, do art. 195 da CF/88, a saber: (i) é vedado
(proibição) criar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das
instituições de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei (art. 150, VI, “c”); (ii) são isentas (diga-se
tecnicamente imune) de contribuição para a seguridade social as
entidades beneficentes de assistência social que atendam às
exigências estabelecidas em lei (art. 195, §7°).

Ressalta-se que a imunidade tem sede na CF/88,


materializando uma dispensa constitucional de pagamento de tributo.
Sendo assim, há dispositivos constitucionais que transmitem o teor
de “falsas” isenções, representando nítidas “imunidades”, existindo
equívoco por parte do legislador constitucional. Por exemplo, o citado
art. 195, §7°, da CF.

30. (ISS/RJ/2010) Sobre as limitações constitucionais ao poder de


tributar, é correto afirmar que:
a) apenas mediante lei é possível instituir ou aumentar tributo.
b) nos tributos de competência da União, não se admitem
discriminações regionais ou locais com relação aos mesmos fatos
geradores ou bases de cálculo.
c) as fundações públicas instituídas pela União são imunes de
impostos estaduais.
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d) a imunidade recíproca de impostos entre os entes da federação
brasileira abrange todas as rendas de todos eles, salvo se
decorrentes de ganhos em aplicações financeiras.
e) inclusive conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
a imunidade dos “templos de qualquer culto” tem interpretação
ampla e finalística.

Letra (A). O art. 150, I, da CF, dispõe sobre o princípio da


legalidade tributária, que afirma que não pode exigir ou aumentar
tributo sem lei que o estabeleça. Todavia, há uma flexibilização, por
exemplo, com o art. 153, §1°, da CF, prescrevendo que é facultado
ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos
em lei, alterar as alíquotas do imposto de importação (II), imposto de
exportação (IE), imposto sobre produtos industrializados (IPI) e o
imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários (IOF). Assim sendo, o termo “apenas”
torna a alternativa incorreta.

Letra (B). O art. 151, I, da CF, permite a União conceder


incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.
Ou seja, a União pode tributar de forma diferente as diversas regiões
do Brasil, desde que seja para a promoção do equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico do País. Por exemplo, em princípio,
a tributação dos impostos da União pode ser mais gravosa nas
regiões mais ricas e menos gravosas nas regiões mais pobres. Logo,
incorreta.

Letra (C). Segundo os termos literais do § 2°, do art. 150, da


CF, a imunidade recíproca abarca as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes. Noutro ponto, segundo o entendimento dominante, a
imunidade recíproca não abrange o ICMS, ou seja, não são todos os
impostos estaduais. Neste sentido, a jurisprudência do STF firmou-se
no sentido de que a imunidade recíproca somente se aplica a imposto
incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio Município (AI
671.412-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJE de 25-4-
2008; AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma,
DJE de 30-4-2010; AI 634.050-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Primeira Turma, DJE de 14-8-2009). Logo, incorreta.

Letra (D). A imunidade recíproca de impostos entre os entes da


federação brasileira alcança as rendas decorrentes de ganhos em
aplicações financeiras. Neste sentido, segundo o STF, a garantia
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constitucional da imunidade recíproca impede a incidência de tributos
sobre o patrimônio e a renda dos entes federados, inclusive os
valores investidos e a renda auferida pelo membro da federação (AI
174.808-AgR, Rel. Min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 01-
07-1996). Logo, incorreta.

Letra (E). Segundo o STF, a imunidade dos “templos de


qualquer culto” tem interpretação ampla e finalística (RE 578.562,
Rel. Min. Eros Grau, Plenário, DJE de 12-9-2008; AI 690.712-AgR,
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJE de 14-8-2009).
Logo, correta.

1.3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS (QUESTÕES 31 A 44)

31. (ISS/RJ/2010) O princípio da isonomia tributária, previsto no


art. 150, inciso II, da Constituição, proíbe o tratamento desigual
entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente.
Entretanto, tal princípio exige a sua leitura em harmonia com os
demais princípios constitucionais. Destarte, pode-se concluir, exceto,
que:
a) em matéria tributária, as distinções podem se dar em função da
capacidade contributiva ou por razões extrafiscais que estejam
alicerçadas no interesse público.
b) relativamente às microempresas e empresas de pequeno porte, a
Constituição prevê que lhes seja dado tratamento diferenciado e
favorecido, por lei complementar, inclusive com regimes especiais ou
simplificados.
c) a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades
financeiras, no tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de
salários, não fere o princípio da isonomia tributária, ante a expressa
previsão constitucional.
d) determinado segmento econômico prejudicado por crise
internacional que tenha fortemente atingido o setor não permite
tratamento tributário diferenciado sem ofensa ao princípio da
isonomia.
e) a proibição de importação de veículos usados não configura
afronta ao princípio da isonomia.

Segundo a doutrina, pode-se distinguir em dois sentidos a


igualdade tributária: (a) igualdade no sentido jurídico, que exige
igual regime fiscal a contribuintes que estejam em idênticas
situações; (b) igualdade no sentido econômico, que significa dever
de contribuir em igual medida, com a graduação dos impostos de
acordo com a capacidade contributiva dos indivíduos.

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Acrescenta-se, neste ponto, a relativização e a não ofensa da
igualdade tributária por motivos extrafiscais, no sentido de proteção
de interesse constitucionalmente protegido. Por exemplo, na
tributação ambiental, que visa a proteção dos recursos ambientais e a
diminuição da poluição ambiental, o que necessariamente não
desobedece ao princípio da igualdade.

Letra (A). Sem ferir a igualdade, é verdade dizer que as


distinções podem acontecer em função da capacidade contributiva ou
por razões extrafiscais que estejam alicerçadas no interesse público.
Neste sentido, por exemplo, o STF entende que não há ofensa ao
princípio da isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais,
imprime tratamento desigual a contribuintes de capacidade
contributiva distinta (ADI 1.643, Rel. Min. Maurício Corrêa, Plenário,
DJ de 14-3-2003). Logo, correta.

Letra (B). O art. 146, “d”, parágrafo único, I a IV, da CF,


permite tratamento diferenciado e favorecido, por lei complementar,
às microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive com
regimes especiais ou simplificados. Logo, correta.

Letra (C). O § 9º no art. 195 do texto constitucional autoriza a


sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras,
no tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários.
Portanto, segundo interpretação do STF, não fere, à primeira vista, o
princípio da isonomia tributária, ante a expressa previsão
constitucional (AC 1.109-MC, Rel. p/ o ac. Min. Ayres Britto, Plenário,
DJ de 19-10-2007). Logo, correta.

Letra (D). Em face da proteção a igualdade tributária no sentido


econômico, é possível o tratamento tributário diferenciado de
determinado segmento econômico prejudicado por crise internacional
que tenha fortemente atingido o setor. Logo, incorreta.

Letra (E). Segundo o STF, a proibição de importação de veículos


usados não desobedece ao princípio da isonomia. Neste sentido, o
STF firmou o entendimento de que é “inaceitável a orientação no
sentido de que a vedação da importação de automóveis usados
afronte o princípio constitucional da isonomia, sob a alegação de
atuar contra as pessoas de menor capacidade econômica, porquanto,
além de não haver a propalada discriminação, a diferença de
tratamento é consentânea com os interesses fazendários nacionais
que o artigo 237 da Constituição Federal teve em mira proteger, ao
investir as autoridades do Ministério da Fazenda no poder de fiscalizar

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e controlar o comércio exterior” (RE 221061/CE, DJ 29-05-1998; RE
215228/CE, DJ 19-12-1997). Logo, correta.

32. (ESAF/APO/União/2010) De acordo com a Constituição


Federal, não se pode cobrar tributos em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado. Trata-se do princípio da anterioridade tributária.
Entretanto, a própria Constituição estabelece que ato do Poder
Executivo pode elevar alíquotas de determinados tributos, como, por
exemplo:
a) Imposto sobre a renda, imposto sobre produtos industrializados e
contribuição social sobre o lucro líquido.
b) Imposto sobre produtos industrializados, contribuição de
intervenção no domínio econômico sobre combustíveis e imposto
sobre importações.
c) Imposto sobre importações, imposto sobre exportações e imposto
sobre a renda.
d) Imposto sobre importações, imposto sobre a renda e imposto
sobre produtos industrializados.
e) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre
combustíveis, imposto sobre a renda e imposto sobre exportações.

O enunciado da questão tem um erro “grotesco”, pois afirma


que o princípio da anterioridade estabelece que não se pode cobrar
tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado (art. 150, III,
“a”, CF). Na verdade, trata-se do princípio da irretroatividade e não
da anterioridade tributária.

Por sua vez, a questão cobra as exceções ou mitigações ao


princípio da legalidade tributária.

Decerto, esclarece-se que existem tributos que poderão ter


suas alíquotas majoradas ou reduzidas por ato do Poder Executivo
federal, por meio de decreto, atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei, a saber: imposto de importação (II); imposto
de exportação (IE); imposto sobre produtos industrializados (IPI);
impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários (IOF). É o que dispõe o art. 153, §1º,
da CF.

Quanto a CIDE – Combustíveis (art. 177, §4°, I alínea “b”, da


CF) e o ICMS – Combustíveis e Lubrificantes (art. 155, §4°, IV, da
CF), as alíquotas poderão somente ser reduzidas e restabelecidas, ou
seja, o Poder Executivo reduz a alíquota e, uma vez reduzida, pode
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restabelecê-la, tendo, como teto, a alíquota, prevista anteriormente
em lei.

Poder Executivo Federal (competência para alterar a alíquota)


Imposto de importação de produtos estrangeiros (II)
Imposto de importação de produtos estrangeiros (II)
Imposto de exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados (IE)
Imposto sobre produtos industrializados (IPI)
Impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas
a títulos ou valores mobiliários (IOF)
Restabelecimento da alíquota da Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico - Petróleo e seus derivados, gás natural e seus
derivados e álcool combustível (CIDE – Combustíveis)

Poder Executivo (alíquotas definidas nacionalmente por


convênio)
ICMS – Combustíveis e Lubrificantes

Poder Executivo (benefícios fiscais definidos nacionalmente


por convênio)
ICMS

Deste modo, vamos analisar as alternativas.

Letra (A). O imposto sobre a renda (IR) e contribuição social


sobre o lucro líquido (CSLL) não são exceções ao princípio da
legalidade tributária. Logo, incorreta.

Letra (B). O imposto sobre produtos industrializados (IPI), a


contribuição de intervenção no domínio econômico sobre
combustíveis (CIDE – Combustíveis) e o imposto sobre importações
(II) são exemplos concretos de mitigação do princípio da legalidade
tributária. Logo, correta.

Letras (C), (D) e (E). O imposto sobre a renda (IR) não é


exceção ao princípio da legalidade tributária. Portanto, incorretas as
alternativas.

33. (ESAF/APO/União/2008) A competência tributária, assim


entendida como o poder que os entes políticos – União, Estados-
Membros, Distrito Federal e Municípios – têm para instituir tributos,
não é ilimitada. Ao contrário, encontra limites na Constituição
Federal, entre os quais destacamos o princípio da legalidade
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tributária, segundo o qual nenhum tributo poderá ser instituído ou
majorado a não ser por lei. Porém, a própria Constituição Federal
excetua da obrigatoriedade de ser majorados por lei (podendo sê-lo
por ato do Poder Executivo) alguns tributos. São exemplos desses
tributos:
a) imposto sobre renda e proventos / imposto sobre importação de
produtos estrangeiros / contribuição para o PIS/PASEP.
b) imposto sobre produtos industrializados / CIDE combustível /
contribuição para o PIS/PASEP.
c) imposto sobre importação de produtos estrangeiros / imposto
sobre exportação de produtos nacionais ou nacionalizados / imposto
sobre renda e proventos.
d) CIDE combustível / imposto sobre produtos industrializados /
imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros.
e) contribuição para o PIS/PASEP / imposto sobre operações de
crédito, câmbio e seguros/ imposto sobre produtos industrializados.

Letra (A). O imposto sobre a renda (IR) e a contribuição para o


PIS/PASEP não são exceções ao princípio da legalidade tributária.
Logo, incorreta.

Letras (B) e (E). A contribuição para o PIS/PASEP não é


exemplo de mitigação do princípio da legalidade tributária. Logo,
incorretas.

Letra (C). O imposto sobre a renda não é exceção ao princípio


da legalidade tributária. Portanto, incorretas as alternativas.

Letra (D). A CIDE-combustível, o IPI e o IOF são exceções.


Logo, correta.

34. (Analista Jurídico/2007/CE) O princípio constitucional da


legalidade preceitua que a instituição ou a majoração de tributos
deverá ser estabelecida por lei. Com relação à majoração de
alíquotas, porém, a própria Constituição Federal prevê que alguns
tributos poderão tê-la por meio de decreto presidencial. Entre estes,
não se inclui:
a) Imposto de Importação.
b) Imposto Territorial Rural.
c) Imposto sobre Operações Financeiras.
d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Sobre
Combustíveis.
e) Imposto Sobre Produtos Industrializados.

Segundo o art. 153, §1º, da CF, atendida as condições e os


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limites legais, o decreto presidencial poderá majorar o imposto de
importação (II); imposto de exportação (IE); imposto sobre produtos
industrializados (IPI); impostos sobre operações de crédito, câmbio e
seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). No que se
refere a CIDE – Combustíveis (art. 177, §4°, I alínea “b”, da CF), o
decreto presidencial poderá reduzir e restabelecer a alíquota.

Portanto, a resposta é a letra “b” (ITR).

35. (AFRFB/2005) Ainda que atendidas as condições e os limites


estabelecidos em lei, é vedado ao Poder Executivo alterar as
alíquotas do imposto sobre
a) importação de produtos estrangeiros.
b) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados.
c) propriedade territorial rural.
d) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou
valores mobiliários.
e) produtos industrializados.

Ainda que atendidas as condições e os limites estabelecidos em


lei, o Poder Executivo poderá alterar as alíquotas do II, IE, IPI e IOF
(art. 153, §1º, CF).

Portanto, a resposta é a letra “c” (ITR).

36. (Analista Contábil-Financeiro/2007/CE) O princípio


constitucional da anterioridade, corolário da segurança jurídica,
estabelece que os entes tributantes – União, Estados, Distrito Federal
e Municípios – não poderão exigir tributo no mesmo exercício
financeiro em que tenha sido publicada a lei que o tenha instituído ou
aumentado. No tocante à possibilidade de majoração de tributos no
mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que os
tenha aumentado, porém, a própria Constituição Federal estabeleceu
algumas exceções. Entre os itens a seguir, assinale aquele que não
constitui exceção ao referido princípio.
a) Imposto sobre produtos industrializados.
b) Contribuição de intervenção no domínio econômico, cobrada sobre
combustíveis.
c) Imposto de exportação.
d) Empréstimo compulsório para despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública.
e) Empréstimo compulsório para despesas de investimento público de
caráter urgente e relevante interesse nacional.

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A questão se refere a anterioridade genérica ou anual, que
é a proibição do poder estatal fiscal cobrar tributos no mesmo
exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que tenha
instituído ou majorado o tributo. Portanto, todos os tributos devem
observar a anterioridade, porque a regra é a observância ao princípio.

Entretanto, por motivos de política econômica ou de urgência, o


princípio da anterioridade anual, segundo a CF, não se aplica ao
empréstimo compulsório para atender despesas de calamidade
pública ou despesas decorrentes de guerra externa (art. 148, I), ao
imposto de importação de produtos estrangeiros (II – art. 153, I), ao
imposto de exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados (IE – art. 153, II), ao imposto sobre produtos
industrializados (IPI – art. 153, IV), ao imposto sobre operações de
crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários
(IOF – art. 153, V), ao imposto extraordinário por motivo de guerra
externa (IEG – art. 154, II), e as contribuições para a seguridade
social (art. 195, §6°).

Do mesmo modo, existem mais duas importantes normas que


atenuam a aplicação da anterioridade anual, que são as seguintes:
(i) o imposto sobre circulação de mercadorias incidente em etapa
única sobre combustíveis e lubrificantes (ICMS – Combustíveis) que
pode ter suas alíquotas reduzidas e restabelecidas mediante
deliberação dos Estados e Distrito Federal; e a (ii) alíquota da
contribuição de intervenção no domínio econômico relativas à
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás
natural e seus derivados e álcool combustível (CIDE – Combustíveis)
que poderá ser reduzida e restabelecida por ato de competência do
Poder Executivo Federal.

Com efeito, nestes dois últimos casos criados pela EC n.°


33/2001, deve-se afirmar que a interpretação é que o Poder
Executivo poderá reduzir e restabelecer a alíquota do ICMS –
Combustíveis e da CIDE – Combustíveis, mas não poderá ultrapassar
o teto da alíquota prevista anteriormente a redução e que não se
deve observar o princípio da anterioridade.

Assim, a tabela das exceções ao princípio da anterioridade é a


que segue. Importante: se é exceção é porque não deve observar o
princípio.

Anterioridade
anual
II
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IE
IPI
IOF
Imposto
extraordinário por
motivo de guerra
externa (IEG)
Empréstimo
compulsório por
motivo de guerra
externa ou de
calamidade pública
Restabelecimento
de alíquotas do
ICMS –
Combustíveis e da
CIDE –
Combustíveis
Contribuições para
a seguridade social

Portanto, a resposta é a letra “e”, que é o empréstimo


compulsório para despesas de investimento público de caráter
urgente e relevante interesse nacional.

37. (Auditor Fiscal/Natal/2008) O Governador do Estado de


Minas Gerais fez publicar, em 6 de novembro de 2007, em atenção às
Constituições Estadual e Federal, medida provisória visando à
majoração de imposto estadual. A norma entrou em vigor na data de
sua publicação. O Poder Legislativo Estadual, porém, somente
converteu a medida provisória em lei no dia 20 de fevereiro de 2008.
Em face da situação hipotética e considerando os parâmetros de
vigência e aplicação da legislação tributária, aponte em que data o
aumento poderá ser efetivamente cobrado.
a) 1º de janeiro de 2008.
b) 4 de fevereiro de 2008.
c) 20 de maio de 2008.
d) 1º de janeiro de 2009.
e) 31 de março de 2009.

De início, anota-se que, segundo entendimento do STF, é


possível a edição de medida provisória (MP) por Governador do
Estado desde que haja previsão na Constituição Estadual e haja
estrita observância dos princípios e limitações impostos pelo modelo

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federal estabelecido no art. 62 da CF (ADI 2.391, DJ de 16-3-2007,
ADI 425, DJ de 19-12-2003).

Deste modo, o art. 62, §2°, da CF, dispõe que MP que implique
instituição ou majoração de impostos só produzirá efeitos no
exercício financeiro seguinte (anterioridade genérica) se
houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que
foi editada, exceto nos casos do imposto de importação (II),
imposto de exportação (IE), imposto sobre produtos industrializados
(IPI), imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e o imposto
extraordinário de guerra (IEG).

Ou seja, não há qualquer exceção aos impostos de competência


estadual (ITCMD, ICMS e IPVA). Portanto, se a MP do Estado de
Minas Gerais majorou um imposto estadual, entrou em vigor em 6 de
novembro de 2007 e foi convertida em lei no dia 20 de fevereiro de
2008, apenas produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte ao da
sua conversão (1º de janeiro de 2009).

Logo, a resposta é a letra “d”.

38. (Auditor Fiscal/2005/MG) Assinale a opção correta. O


princípio segundo o qual é vedado cobrar tributos em relação a fatos
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado (art. 150,III, ‘a’ da CRFB/88) é o da:
a) anterioridade.
b) irretroatividade.
c) anualidade.
d) imunidade recíproca.
e) legalidade.

O princípio da irretroatividade é que veda cobrar tributos em


relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei
que os houver instituído ou aumentado. Logo, a resposta é a letra
“b”.

O princípio anterioridade genérica estabelece que a norma


jurídica criadora ou majoradora do tributo apenas irá incidir sobre os
fatos jurídicos ocorridos no exercício financeiro subseqüente ao de
sua publicação (art. 150, III, “b”, CF). Logo, incorreta a letra “a”.

O princípio da anualidade tributária estabelece que para criação


ou majoração de tributo é necessária a prévia autorização em lei
orçamentária. Tal princípio não é mais vigente no ordenamento
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jurídico atual, segundo doutrina amplamente majoritário. Logo,
incorreta a letra “c”.

A imunidade recíproca é a proibição da União, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos sobre
patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros (art. 150, VI, “a”, CF).
Logo, incorreta a letra “d”.

O princípio da legalidade, segundo o art. 150, I, da CF, dispõe


que os tributos devem ser criados ou aumentados por lei prévia,
buscando excluir o arbítrio do poder estatal. Logo, incorreta a letra
“e”.

39. (ESAF/PFN/2007.2) Das formulações abaixo, assinale a que


não se inclui entre os conteúdos normativos que a Constituição
considera, relaciona e tipifica, na Seção II, do Capítulo I, do seu
Título VI, como “Limitações do Poder de Tributar”.
a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
b) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns
dos outros.
c) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir
isenções de tributos da competência da União, bem como da
competência de uns e outros.
d) A lei determinará medidas para que os consumidores sejam
esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e
serviços.
e) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer
natureza, em razão de sua procedência ou destino.

De início, registra-se que o examinador requer do candidato o


conhecimento dos artigos constitucionais dispostos na Seção II, do
Capítulo I, do Título VI, da CF, estabelecido como “Limitações do
Poder de Tributar”. Ou seja, o examinador requer do candidato o
conhecimento do disposto explicitamente nos arts. 150 a 152 da CF.

Letra (A). Segundo o art. 150, I, da CF, é vedado à União, aos


Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar
tributo sem lei que o estabeleça. Logo, correta.

Letra (B). Conforme o art. 150, VI, “a”, da CF, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir

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impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Logo,
correta.

Letra (C). Segundo o art. 151, III, da CF, é vedado à União


instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios. Logo, incorreta, por falta de tipificação
expressa na Seção II, do Capítulo I, do Título VI, da CF.

Letra (D). De acordo com o art. 150, §5°, da CF, a lei


determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos
acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. Logo,
correta.

Letra (E). Segundo o art. 152, da CF, é vedado aos Estados, ao


Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre
bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência
ou destino. Logo, correta.

40. (ESAF/ATRFB/2010) A Constituição Federal, entre outras


limitações ao poder de tributar, estabelece a isonomia, vale dizer,
veda o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em
situação equivalente. Sobre a isonomia, é correto afirmar que:
a) diante da regra mencionada, o tratamento tributário diferenciado
dado às microempresas e empresas de pequeno porte, por exemplo,
deve ser considerado inconstitucional.
b) não se permite a distinção, para fins tributários, entre empresas
comerciais e prestadoras de serviços, bem como entre diferentes
ramos da economia.
c) para que um tratamento tributário diferenciado (isenção, por
exemplo) seja justificado, não é necessário haver correlação lógica
entre este e o elemento de discriminação tributária.
d) em razão do princípio constitucional da isonomia, não deve ser
diferenciado, por meio de isenções ou incidência tributária menos
gravosa, o tratamento de situações que não revelem capacidade
contributiva ou que mereçam um tratamento fiscal ajustado à sua
menor expressão econômica.
e) a isenção, como causa de exclusão do crédito tributário, é, por sua
própria natureza, fator de desigualação e discriminação entre
pessoas, coisas e situações. Nem por isso, no entanto, as isenções
são inconstitucionais, desde que reste demonstrado que se teve em
mira o interesse ou a conveniência pública na aplicação da regra da
capacidade contributiva ou no incentivo de determinadas atividades
de interesse do Estado.

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A questão exige conhecimento das decisões do Supremo
Tribunal Federal (STF) sobre o princípio da igualdade.

Letra (A). Segundo o STF, não há ofensa a isonomia tributária


se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a
microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade
contributiva distinta, afastando, por exemplo, do regime do Simples
aquelas cujos sócios têm condição de disputar o mercado de trabalho
sem assistência do Estado (ADI 1.643). Logo, incorreta.

Letra (B). O STF permite a distinção, para fins tributários, entre


empresas comerciais e prestadoras de serviços, bem como entre
diferentes ramos da economia. Por exemplo, a sobrecarga imposta
aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no tocante à
contribuição previdenciária sobre a folha de salários, não fere o
princípio da isonomia tributária, ante a expressa previsão
constitucional (§ 9º do art. 195; AC 1.109-MC). Logo, incorreta.

Letra (C). É necessário haver correlação lógica entre o


tratamento tributário diferenciado e o elemento de discriminação
tributária, para que se fundamente a isenção ou qualquer outro tipo
de discriminação tributária. Portanto, incorreta.

Letra (D). Em razão da isonomia, deve ser diferenciado, por


meio de isenções ou incidência tributária menos gravosa, o
tratamento de situações que não revelem capacidade contributiva ou
que mereçam um tratamento fiscal ajustado à sua menor expressão
econômica. É a concretização da isonomia com base na capacidade
contributiva. Por exemplo, obedece ao princípio da isonomia o
diploma legal que estabelece valores específicos para cada faixa de
contribuintes, sendo estes fixados segundo a capacidade contributiva
de cada profissional (ADI 453). Logo, incorreta.

Letra (E). Segundo o STF, a isenção traduz ato discricionário


que, fundado em juízo de conveniência e oportunidade do Poder
Público, destina-se, a partir de critérios racionais, lógicos e
impessoais estabelecidos de modo legítimo em norma legal, a
implementar objetivos estatais qualificados pela extrafiscalidade (AI
142.348-AgR). Logo, correta.

41. (APOF/SP/2009) O princípio da capacidade contributiva:


a) não se aplica às penalidades tributárias.
b) aplica-se somente às contribuições.
c) aplica-se somente aos impostos.
d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias.
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e) é atendido pela progressividade dos impostos reais.

Apesar da literalidade do art. 145, §1°, da CF, que dispõe


sobre a aplicação da capacidade contributiva apenas aos impostos, a
jurisprudência do STF firmou orientação no sentido da aplicação às
taxas, especialmente quando fato gerador é o exercício do poder de
polícia como fato gerador (RE 216.259-AgR, RE 177.835). Logo,
incorretas as letras “b” e “c”.

No que diz respeito a contribuição social do empregador, da


empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei (art. 195, I,
“a”, “b” e “c”), a CF também deixou caminho aberto para aplicação
da capacidade contributiva, pois tais contribuições poderão ter
alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade
econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.

Por outro lado, segundo interpretação STF anterior a EC n.°


29/2000, no sistema tributário nacional, não é admitida a
progressividade fiscal do IPTU, com base exclusivamente no artigo
145, § 1º, da CF, porque esse imposto tem caráter real que é
incompatível com a progressividade decorrente da capacidade
econômica do contribuinte (RE 153.771, julgamento em 20/11/96).
Decerto, conforme tal entendimento antigo do STF, a capacidade
contributiva não possui relevante significado para o IPTU, podendo
ser atendida com a proporcionalidade da alíquota (percentual
constante). Logo, incorretas as letras “d” e “e”.

Assim sendo, o entendimento da ESAF nesta questão foi que a


capacidade contributiva não se aplica as multas tributárias, em face
da ausência explícita de previsão constitucional nesse sentido. Este é
um entendimento doutrinário. Logo, a resposta é a letra “a”.
Ressalta-se que segundo o STF o princípio do não-confisco se aplica
as multas tributárias. Portanto, não se confunda no momento da sua
prova.

42. (ESAF/AFRFB/2010) Entre as limitações constitucionais ao


poder de tributar, que constituem garantias dos contribuintes em
relação ao fisco, é incorreto afirmar que:
a) os impostos sobre o patrimônio podem ser confiscatórios, quando
considerados em sua perspectiva estática.
b) uma alíquota do imposto sobre produtos industrializados de 150%,
por exemplo, não significa necessariamente confisco.
c) o imposto de transmissão causa mortis, na sua perspectiva
dinâmica, pode ser confiscatório.
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d) o princípio do não-confisco ajuda a dimensionar o alcance do
princípio da progressividade, já que exige equilíbrio, moderação e
medida na quantificação dos tributos.
e) a identificação do efeito confiscatório não deve ser feita em função
da totalidade da carga tributária, mas sim em cada tributo
isoladamente.

Letras (A e C). Segundo entendimento doutrinário (Aires F.


Barreto, ISS na Constituição e na Lei, São Paulo: Dialética, 2003, pp.
21-22), os impostos sobre o patrimônio podem ser confiscatórios,
quer considerados em sua perspectiva estática (propriedade
imobiliária– IPTU e ITR), quer em sua perspectiva dinâmica
(transmissão de propriedade imobiliária – ITCMD e ITBI). Logo,
corretas.

Assim, o imposto incide numa perspectiva estática quando


considera apenas o patrimônio em si mesmo, isto é, a pura
manutenção do patrimônio é adotada como índice de capacidade
contributiva. Assim, o ITR, o IPTU, o IGF e o IPVA são exemplos
característicos de impostos que tomam o patrimônio, a partir de uma
perspectiva estática.

Por sua vez, o imposto incide numa perspectiva dinâmica


quando considera possíveis modificações patrimoniais (riqueza
renovável), ou seja, as mutações dos elementos patrimoniais são
adotadas como índice de capacidade contributiva. Isto é, a saída e a
entrada (“movimentações”: ingresso, circulação, transferência,
transmissão e doação) de riqueza relevam a possibilidade de suportar
o ônus tributário. Decerto, o II, IE, IR, IPI, IOF, ITCMD, ICMS e ITBI
oneram o patrimônio, a partir de uma perspectiva dinâmica.

No mundo da realidade, os tributos podem ser confiscatórios


(mundo do ser). Contudo, de acordo com o nosso ordenamento
jurídico, sobretudo, em razão do art. 150, IV, da CF, os tributos não
devem ser confiscatórios (mundo do Direito).

Por outro lado, registramos o entendimento doutrinário de que


a perspectiva dinâmica e a perspectiva estática de incidência do
princípio do não confisco é uma distinção que analisa a aplicação da
proibição de tributo com efeito de confisco sob a ótica temporal das
normas tributárias.

Assim, conforme afirmamos em estudos publicados


periodicamente no site <www.pontodosconcursos.com.br>, a
perspectiva estática diz respeito à análise do princípio do não-
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confisco em razão do valor dos tributos vigentes no ordenamento
jurídico (“quantum do tributo”) e a perspectiva dinâmica avalia o
efeito do princípio do não-confisco na alteração ou mutação ocorrida
na legislação tributária (“quantum do aumento dos tributos”).

Letra (B). A alíquota do IPI de 150% não significa


necessariamente confisco, eis que o IPI é um tributo extrafiscal, o
que possibilita um lastro maior para majoração deste tributo (v.g., II,
IE e IOF). Logo, correta.

Letra (D). O princípio da progressividade representa o aumento


da alíquota do tributo à medida que a base de cálculo do respectivo
tributo igualmente aumente. Assim, o princípio do não-confisco que é
um limite máximo a tributação contribui para estabelecer o alcance
da progressividade, eis que esta não pode tornar a exigência
tributária confiscatória. Logo, correta.

Letra (E). Segundo entendimento do STF (ADC 8-MC, ADI


2.551-MC-QO), a identificação do efeito confiscatório é feito em
função da totalidade da carga tributária e não em relação a cada
tributo isoladamente. Logo, incorreta.

43. (ESAF/AFRFB/2010) Analise os itens a seguir, classificando-os


como verdadeiros (V) ou falsos (F). Em seguida, escolha a opção
adequada às suas respostas:
I. de acordo com a Constituição Federal, o imposto sobre a renda e
proventos de qualquer natureza será informado pela generalidade,
universalidade e progressividade, na forma da lei. Pode-se afirmar
que o critério da progressividade decorre dos princípios da igualdade
e da capacidade contributiva, na medida em que contribuintes com
maiores rendimentos sejam tributados de modo mais gravoso do que
aqueles com menores rendimentos;
II. a Constituição estabelece expressamente que o imposto sobre a
renda será progressivo, enquanto o imposto sobre a propriedade
imobiliária poderá ser progressivo;
III. a Constituição traça uma dupla progressividade para o IPTU,
quais sejam, progressividade em razão do imóvel e em razão do
tempo;
IV. o princípio da capacidade contributiva não possui significado
muito importante para o IPTU, visto que este tributo se caracteriza
por ser um imposto real, sem relação com as características pessoais
do sujeito passivo.
a) Estão corretos somente os itens I e III.
b) Estão corretos somente os itens I, II e IV.
c) Estão corretos somente os itens I e II.
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d) Estão corretos somente os itens II e IV.
e) Todos os itens estão corretos.

Item I. O IR será informado pela generalidade, universalidade e


progressividade, na forma da lei (art. 153, §2°, I, CF). E segundo
doutrina majoritária, a progressividade decorre e harmoniza-se com
os princípios da igualdade tributária e da capacidade contributiva.
Logo, correta.

Item II. Segundo a CF/88, o IR será progressivo (art. 153, §2°,


I) e o imposto sobre propriedade imobiliária (considerado como IPTU
pelo examinador!) poderá ser progressivo em razão do valor do
imóvel (art. 156, §1°, I). Logo, correta.

Item III. Segundo a CF/88, há progressividade do IPTU em


razão do valor do imóvel (sinônimo de “razão do imóvel”, segundo o
examinador!) e em razão do tempo (art. 182, § 4º). Logo, correta.

Item IV. O IPTU é um imposto real e não um imposto pessoal.


Deste modo, segundo interpretação antiga do STF, no sistema
tributário nacional, não é admitida a progressividade fiscal do IPTU
(imposto real), com base exclusivamente no seu artigo 145, § 1º,
porque esse imposto tem caráter real que é incompatível com a
progressividade decorrente da capacidade econômica do contribuinte
(RE 153.771, julgamento em 20/11/96). Decerto, conforme tal
entendimento do STF, a capacidade contributiva não possui grande
significado para o IPTU. Logo, correta.

Os impostos reais incidem sobre a coisa (res), o bem ou a


operação realizada, desconsiderando as características pessoais do
contribuinte. São exemplos: o ITR, o IPTU, o ITCMD, o ITBI, IOF,
entre outros. Já os impostos pessoais consideram e valorizam as
características pessoais do contribuinte, de acordo com o postulado
da pessoalidade estabelecido no art. 145, §1º, da CF. Por exemplo, o
IR.

Portanto, a alternativa “e” deve ser marcada.

44. (ESAF/ATRFB/2010) “A redução do Imposto sobre Produtos


Industrializados − IPI para geladeiras, fogões, máquinas de lavar e
tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no próximo dia
31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro
entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser
estabelecidas com base na eficiência energética dos produtos, de
acordo com a classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem,

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coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo
ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos desonerando mais
os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida vale
até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do
IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão
manter essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os
produtos da chamada classe “A”, ou seja, com menor consumo de
energia. As geladeiras da classe “B” passarão a ter uma alíquota de
10% e o restante voltará a ter um IPI de 15%.” (Extraído do site
www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009). Na notícia acima,
identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto sobre
Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem,
aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que
a notícia mencionada destacou.
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas
diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de essencialidade.
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da
capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as
diversas categorias de geladeiras existentes no mercado.
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o
Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer
as suas alíquotas.
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que
as incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia
econômica de um produto impliquem um ônus tributário muito
elevado, decorrente da múltipla tributação da mesma base
econômica.
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de
alíquotas diferenciadas, estimular-se determinado comportamento
por parte da indústria e, consequentemente, dos consumidores.

Letra (A). O IPI será seletivo, em função da essencialidade do


produto (art. 153, §3°, I, CF). Contudo, a notícia não traz exemplo de
seletividade, até porque explicitamente enuncia que a alíquota
reduzida de 5% abrange somente os produtos da chamada classe ‘A’.
Logo, incorreta.

Letra (B). A notícia não demonstra a aplicabilidade do princípio


da capacidade tributária (art. 145, §1°), pois examina situação em
que a tributação sobre produtos das classes mais pobres possuem
carga tributária maior. Logo, incorreta.

Letra (C). O IPI constitui uma exceção à regra geral da


legalidade, já que o Poder Executivo pode baixar ou restabelecer as

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suas alíquotas. Contudo, esta flexibilidade não justifica a notícia.
Portanto, incorreta.

Letra (D). A não-cumulatividade é característica obrigatória do


IPI. Todavia, a notícia não diz respeito a não-cumulatividade. Logo,
incorreta.

Letra (E). A extrafiscalidade tributária interfere diretamente no


domínio econômico, buscando um efeito diverso da exclusiva
arrecadação de recursos financeiros, podendo ter como função o
desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos
da economia. Desta forma, a extrafiscalidade explica e justifica a
notícia, pois o ministro da Fazenda Guido Mantega afirma literalmente
que pretende desonerar mais os produtos que consomem menos
energia, aumentando, por conseguinte, o consumo destes bens ou
produtos. Portanto, correta.

QUESTÕES TRATADAS NA AULA DEMONSTRATIVA

1. (ATRFB/2010) O art. 154, inciso I, da Constituição Federal,


outorga à União o que se costuma chamar de competência tributária
residual, permitindo que institua outros impostos que não os
previstos no art. 153. Sobre estes impostos, é incorreto afirmar que:
a) Estados e Municípios não possuem competência tributária residual.
b) Terão de ser, necessariamente, não-cumulativos.
c) Não poderão ter base de cálculo ou fato gerador próprios dos
impostos já discriminados na Constituição Federal.
d) Caso sejam instituídos por meio de medida provisória, esta deverá
ser convertida em lei até o último dia útil do exercício financeiro
anterior ao de início de sua cobrança.
e) Para a instituição de tais impostos, há que se respeitar o princípio
da anterioridade.

2. (AFRFB/2005) Competência tributária é o poder que a


Constituição Federal atribui a determinado ente político para que este
institua um tributo, descrevendo-lhe a hipótese de incidência, o
sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota.
Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações
adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em
seguida, marque a opção correta.
( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis,
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária,
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra.

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( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa
política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no
princípio da isonomia.
( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir
o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou
mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e
legais.
a) F, V, F.
b) F, F, V.
c) F, V, V.
d) V, F, V.
e) V, V, V.

3. (PFN/2004) Considerados os temas competência tributária e


capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e
com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente.
( ) A competência tributária é delegável.
( ) A capacidade tributária ativa é indelegável.
( ) A União é quem detém a competência tributária no que toca às
contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social.
( ) Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurídica de
direito público a competência tributária.
a) V, F, V, V.
b) F, V, F, V.
c) F, F, V, F.
d) V, V, V, F.
e) F, V, F, F.

4. (Procurador do DF/2007.1) Assinale a opção correta. O Distrito


Federal, entidade integrante da República Federativa do Brasil, pode
instituir:
a) imposto sobre propriedade territorial rural; imposto sobre
transmissão causa mortis de quaisquer bens ou direitos, contribuição
de melhoria e contribuições sociais de quaisquer espécies.
b) impostos extraordinários, taxas e empréstimos compulsórios.
c) imposto sobre doação de quaisquer bens ou direitos; taxas pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis; contribuições de interesse de categorias econômicas.
d) contribuição para o custeio de sistemas de previdência e
assistência social de seus servidores; imposto sobre serviços de
qualquer natureza; taxas, em razão do exercício do poder de polícia.
e) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana;
contribuição de melhoria; contribuições sociais e contribuição de
intervenção no domínio econômico.

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5. (ATN/Recife/2003) Avalie as formulações seguintes, observadas as
disposições pertinentes ao tema "competência tributária", constantes
do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que
corresponde à resposta correta.
I - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo
ou da função de arrecadar tributos.
II - Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a
outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência
legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.
III - A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos,
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser
revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de
direito público que a tenha conferido.
IV - A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou
decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma
pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e
os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito
público que a conferir.
a) Apenas as formulações I, II e III são corretas.
b) Apenas as formulações II, III e IV são corretas.
c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas.
d) Apenas as formulações II e IV são corretas.
e) Todas as formulações são corretas.

6. (ATN/Fortaleza/2003) A respeito do tema competência para


instituir impostos, é correto afirmar:
a) aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros
impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre
propriedade de veículos automotores e o imposto sobre transmissão
inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios.
b) o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de
competência do Município em que se iniciarem as prestações dos
serviços.
c) os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre
vendas a varejo de
combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos Municípios.
d) compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos
Municípios, sem prejuízo da competência que a Constituição Federal
lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados.
e) por força de emenda constitucional promulgada recentemente, a
competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial
rural foi transferida da União para os Estados e o Distrito Federal.

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7. (ATE/MS/2001) Em tema de competência legislativa sobre matéria
de Direito Tributário, é correta a afirmação de que:
a) Os Estados têm competência para legislar suplementarmente
sobre normas gerais de Direito Tributário.
b) Mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito
Tributário, é vedado aos Estados exercer essa competência
legislativa.
c) A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário
fica mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza,
mesmo no que lhe for contrário.
d) No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito
Tributário os Estados só podem legislar sobre normas gerais.
e) A legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos
Municípios, em virtude de estes não terem competência para legislar
sobre Direito Tributário.

8. (AFTN/94) A Constituição da República prevê que, inexistindo lei


federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º).
Tendo em vista isto e, quando for o caso, o disposto no Código
Tributário Nacional, é razoável dizer que
a) o não-exercício, pela União, da competência para legislar sobre
normas gerais de direito tributário, a defere aos Estados, para
atender a suas peculiaridades.
b) o não-exercício da competência para instituir tributos a defere a
pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que tal
competência cabia originalmente.
c) a competência da União para legislar sobre normas de direito
tributário exclui a competência suplementar dos Estados.
d) em matéria de direito tributário a competência da União, além de
legislar sobre seus próprios tributos e sobre normas gerais, poderá
fazê-lo em relação à competência não exercida pelos Estados e
Municípios
e) faltando norma geral sobre o encargo ou a função de arrecadar
tributo municipal, o Estado poderá supletivamente cometer um e
outro a pessoas de direito privado.

9. (AFTN/96) União, Estados, Municípios e Distrito Federal


a) podem delegar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um
tributo.
b) podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo.
c) podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo.
d) podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo.
e) não podem delegar capacidade tributária ativa.

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10. (AFTE/PI/2001/Adaptada) Assinale a opção correta.
a) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os
entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas
submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste
na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma
relação jurídico-tributária.
b) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos,
obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a
aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei.
c) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são
indelegáveis, ainda que por meio de lei.
d) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável,
por meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável.
e) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente
daquela que dispõe da competência tributária só pode ser revogada
de comum acordo entre ao titular da competência tributária e a
pessoa jurídica a quem foi delegada a capacidade tributária ativa.

11. (AFPS/2002) Em relação ao tema competência tributária, é


correto afirmar que:
a) a Constituição atribui à União competência residual para instituir
impostos, contribuições para a seguridade social e taxas.
b) a instituição de empréstimos compulsórios requer lei
complementar da União, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme
competência que a Constituição confere a cada um desses entes da
Federação.
c) para instituir impostos com fundamento na competência residual, é
imprescindível, além da competência tributária, veiculação da matéria
por lei complementar e observância dos princípios constitucionais da
não-cumulatividade e da identidade plena com outros impostos
discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base
de cálculo.
d) somente a União tem competência residual para instituir impostos.
e) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência
para instituir impostos, taxas, contribuição de melhoria e contribuição
de intervenção no domínio econômico, que a Constituição lhes
reserva.

12. (Analista/SUSEP/2010) A Constituição Federal, em seu art.


154, inciso I, prevê a criação de impostos que não os previstos no
art. 153 (que enumera aqueles de competência da União). Sobre esta
competência, usualmente denominada na doutrina “competência
residual”, é incorreto afirmar-se que:
a) o exercício da competência residual é reservado ao legislador
ordinário, e não ao constituinte derivado.
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b) consoante entendimento firmado no âmbito do Supremo Tribunal
Federal, a não-cumulatividade e o não bis-in-idem não precisam ser
observados quando da criação de um novo imposto por meio de
emenda constitucional.
c) a exigência de lei complementar é inafastável e, diferentemente do
que ocorre para os impostos discriminados, que têm apenas os seus
fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes previstos em lei
complementar, no caso da instituição de novo imposto pela União, no
exercício de sua competência residual, exige-se que também a
alíquota seja prevista em lei complementar.
d) admite-se, excepcionalmente, a instituição de novos impostos, no
exercício da competência residual, por meio de medida provisória.
e) a criação de novo imposto, no exercício da competência residual,
fica sujeita ao princípio da anterioridade.

13. (ISS/RJ/2010) Compete à União, aos estados e ao Distrito


Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário. Com base
nessa afirmativa, julgue os itens a seguir:
I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem
apenados e egressos é de natureza tributária, sendo, portanto,
constitucional lei estadual com tal conteúdo;
II. lei estadual pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do
tipo do veículo, já que os estados-membros estão legitimados a
editar normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência
concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição;
III. é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de
sua competência, visto que está atuando nos limites de sua
autonomia.
Estão corretos:
a) apenas o item I.
b) apenas os itens I e II.
c) apenas os itens I e III.
d) apenas os itens II e III.
e) todos os itens estão corretos.

14. (ISS/RJ/2010) Sobre a imunidade constitucional recíproca, que


veda a instituição e a cobrança de impostos pelos entes tributantes
sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros, é
incorreto afirmar que:
a) a imunidade tributária recíproca alcança apenas as finalidades
essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da imunidade
tributária às operações financeiras não impede a autoridade fiscal de
examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune.
Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-

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dever de constituir o crédito tributário e de tomar as demais medidas
legais cabíveis.
b) a imunidade tributária recíproca é extensiva às autarquias, no que
se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
c) a imunidade constitucional recíproca alcança as empresas públicas
prestadoras de serviço público, bem como as empresas públicas que
exercem atividade econômica em sentido estrito.
d) a imunidade tributária recíproca diz respeito aos impostos, não
alcançando as contribuições.
e) a imunidade tributária recíproca aplica-se às operações de
importação de bens realizadas por municípios, quando o ente público
for o importador do bem (identidade entre o ‘contribuinte de direito’ e
o ‘contribuinte de fato’).

15. (TRF/2005/Adaptada) Em relação às imunidades, avalie as


afirmações abaixo e, em seguida, marque a opção correta.
I. A diferença básica entre imunidade e isenção está em que a
primeira atua no plano da definição da competência, e a segunda no
plano do exercício da competência.
II. As imunidades podem ser definidas em função de condições
pessoais de quem venha a vincular-se às situações materiais que
ensejariam a tributação.
III. As imunidades podem ser definidas em função do objeto
suscetível de ser tributado.
IV. A Constituição, ao definir a competência, excepciona
determinadas situações que, não fosse a imunidade, estariam dentro
do campo da competência, mas por força da norma de imunidade,
permanecem fora do alcance do poder de tributar.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Há apenas um item correto.
c) Há dois itens corretos.
d) Há três itens corretos.
e) Todos os itens estão errados.

16. (AFRFB/2010) Diversos fatos podem resultar na desoneração


tributária. Assinale, entre as que se seguem, a forma de desoneração
tributária pela qual não nascem nem a obrigação tributária, nem o
respectivo crédito por força do não-exercício da competência a que
tem direito o poder tributante.
a) Imunidade.
b) Não-incidência.
c) Isenção.
d) Alíquota zero.
e) Remissão.
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17. (FTE/PA/2002) A não-incidência de impostos sobre as autarquias


e as fundações públicas, no que se refere ao patrimônio, à renda e
aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas
decorrentes, resulta de:
a) remissão.
b) anistia.
c) isenção.
d) imunidade.
e) moratória.

18. (SEFAZ/CE/2007) A norma que impede que a União, os


estados, o Distrito Federal e os municípios tributem, reciprocamente,
seus patrimônios, rendas ou serviços, denomina-se
a) imunidade.
b) isenção.
c) norma geral anti-elisiva.
d) anistia.
e) não-incidência.

19. (SEFAZ/SP/2009) As imunidades tributárias são classificadas


em:
a) ontológicas e políticas.
b) proporcionais e progressivas.
c) diretas e indiretas.
d) cumulativas e não cumulativas.
e) vinculadas e não vinculadas.

20. (AFTN/96) Quanto às imunidades tributárias, é procedente


afirmar que:
a) são reguladas exclusivamente mediante lei ordinária federal.
b) não se aplicam às taxas e contribuições sociais.
c) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar.
d) são extensivas aos partidos políticos, no que se refere ao
patrimônio, à renda e aos serviços vinculados ou não às suas
atividades essenciais.
e) são normas constitucionais que colaboram no desenho das
competências impositivas.

21. (AFTN/94) Sobre as imunidades tributárias, podemos afirmar que


a) não se aplicam às taxas e aos impostos sobre o comércio exterior.
b) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar.
c) são extensivas às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços, vinculados ou não a suas finalidades essenciais.
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d) impossibilitam sejam previstos fatos geradores da obrigação
tributária para os casos por ela abrangidos.
e) são hipóteses de não-incidência legalmente qualificada.

22. (TRF/2002.2) Assinale a opção correta.


a) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas
subsidiárias gozarão dos privilégios tributários estabelecidos em lei
complementar.
b) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas
subsidiárias gozarão dos privilégios fiscais estabelecidos em lei
complementar.
c) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas
subsidiárias gozarão dos privilégios tributários estabelecidos em lei,
desde que extensivos às do setor privado.
d) As autarquias federais, municipais e estaduais gozam de
imunidade quanto aos tributos dos outros entes políticos em
decorrência da imunidade recíproca.
e) O regime jurídico tributário das empresas públicas e das
sociedades de economia mista que explorem atividade econômica de
produção ou de comercialização de bens é estabelecido em norma
complementar da legislação tributária.

23. (AFRFB/2005) No tocante às imunidades tributárias conferidas


às instituições de assistência social sem fins lucrativos, só uma
afirmação não pode ser feita:
a) É subordinada, entre outros, ao requisito de que apliquem
integralmente no País os seus recursos na manutenção de seus
objetivos institucionais, ou de outros que com estes guardem
semelhança.
b) Somente alcançam as entidades fechadas de previdência social
privada se não houver contribuição dos beneficiários.
c) Não excluem a atribuição, por lei, às instituições de assistência
social, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba
reter na fonte.
d) Não dispensa tais entidades do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias, como a de manterem escrituração de suas
receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de
assegurar sua exatidão.
e) Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a tais instituições, desde que o valor dos aluguéis
seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

24. (ATN/Recife/2003) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito


Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou
serviços das instituições de educação e de assistência social, sem fins
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lucrativos. No entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional,
tal imunidade tributária é subordinada à observância, pelas referidas
instituições, do seguinte requisito, entre outros:
a) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suas controladas no
exterior, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais.
b) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas
rendas, a qualquer título.
c) no caso de instituições de educação, oferecerem gratuitamente
pelo menos 50% das vagas de seus cursos regulares a alunos
carentes.
d) não remunerarem seus empregados com salários superiores aos
pagos por empresas públicas, em se tratando de cargos de iguais
atribuições.
e) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas
rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado.

25. (AFTE/RN/2004) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque


com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a
resposta correta.
( ) A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a
instituições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança
as entidades fechadas de previdência social privada se não houver
contribuição dos beneficiários.
( ) É permitido à União exigir imposto sobre a renda auferida por
Municípios que provenha de aluguel de imóveis a eles pertencentes.
( ) O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda
quando alugado a terceiros, permanece imune ao imposto sobre
propriedade predial e territorial urbana (IPTU), desde que o valor dos
aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) V, F, V.
d) F, F, V.
e) F, V, F.

26. (Procurador do TCE/GO/2007) Entre as afirmativas abaixo,


relativas à imunidade e isenções tributárias, assinale a correta.
a) Os partidos políticos são entidades imunes, benefício que não se
estende às suas fundações.
b) A imunidade de entidade educacional sem fins lucrativos não é
extensiva aos aluguéis de apartamento de sua propriedade revertidos
às suas finalidades institucionais.
c) A imunidade tributária incidente sobre livros só é extensível ao
papel nele utilizado se a obra tiver fins didático-educacionais.
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d) A isenção por prazo certo e em função de determinadas condições
atendidas pelo sujeito passivo gera direito adquirido.
e) A empresa pública Caixa Econômica Federal, que exerce atividade
econômica, é abrangida pela imunidade tributária recíproca, não se
sujeitando ao pagamento de imposto sobre propriedade de veículos
automotores incidentes sobre seus carros.

27. (AFRF/2003) · Entidade fechada de previdência privada, que só


confere benefícios aos seus filiados desde que eles recolham as
contribuições pactuadas, goza de imunidade tributária?
· Segundo entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal,
filmes fotográficos destinados à composição de livros, jornais e
periódicos estão abrangidos por imunidade tributária?
· A Constituição Federal veda a instituição de contribuição social para
a seguridade social sobre o lucro auferido por pessoas jurídicas, que
decorra de comercialização de livros, jornais, periódicos e papel
destinado a sua impressão?
a) Não, sim, não.
b) Não, não, sim.
c) Não, não, não.
d) Sim, sim, não.
e) Sim, não, sim.

28. (AFTN/94) A Constituição da República prevê que sobre a energia


elétrica podem incidir somente
a) dois impostos.
b) três impostos.
c) os impostos de importação e de exportação.
d) imposto único sobre energia elétrica.
e) impostos estaduais e municipais.

29. (AFTN/94) Quando atendam os requisitos estabelecidos na lei,


não podem ser cobrados impostos que incidam sobre a renda,
serviços e patrimônio, bem como a contribuição para a seguridade
social, das seguintes espécies de entidades:
a) partidos políticos.
b) instituições beneficentes de educação.
c) fundações dos partidos políticos.
d) instituições beneficentes de assistência social.
e) entidades sindicais dos trabalhadores.

30. (ISS/RJ/2010) Sobre as limitações constitucionais ao poder de


tributar, é correto afirmar que:
a) apenas mediante lei é possível instituir ou aumentar tributo.

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b) nos tributos de competência da União, não se admitem
discriminações regionais ou locais com relação aos mesmos fatos
geradores ou bases de cálculo.
c) as fundações públicas instituídas pela União são imunes de
impostos estaduais.
d) a imunidade recíproca de impostos entre os entes da federação
brasileira abrange todas as rendas de todos eles, salvo se
decorrentes de ganhos em aplicações financeiras.
e) inclusive conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
a imunidade dos “templos de qualquer culto” tem interpretação
ampla e finalística.

31. (ISS/RJ/2010) O princípio da isonomia tributária, previsto no


art. 150, inciso II, da Constituição, proíbe o tratamento desigual
entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente.
Entretanto, tal princípio exige a sua leitura em harmonia com os
demais princípios constitucionais. Destarte, pode-se concluir, exceto,
que:
a) em matéria tributária, as distinções podem se dar em função da
capacidade contributiva ou por razões extrafiscais que estejam
alicerçadas no interesse público.
b) relativamente às microempresas e empresas de pequeno porte, a
Constituição prevê que lhes seja dado tratamento diferenciado e
favorecido, por lei complementar, inclusive com regimes especiais ou
simplificados.
c) a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades
financeiras, no tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de
salários, não fere o princípio da isonomia tributária, ante a expressa
previsão constitucional.
d) determinado segmento econômico prejudicado por crise
internacional que tenha fortemente atingido o setor não permite
tratamento tributário diferenciado sem ofensa ao princípio da
isonomia.
e) a proibição de importação de veículos usados não configura
afronta ao princípio da isonomia.

32. (ESAF/APO/União/2010) De acordo com a Constituição


Federal, não se pode cobrar tributos em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado. Trata-se do princípio da anterioridade tributária.
Entretanto, a própria Constituição estabelece que ato do Poder
Executivo pode elevar alíquotas de determinados tributos, como, por
exemplo:
a) Imposto sobre a renda, imposto sobre produtos industrializados e
contribuição social sobre o lucro líquido.
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b) Imposto sobre produtos industrializados, contribuição de
intervenção no domínio econômico sobre combustíveis e imposto
sobre importações.
c) Imposto sobre importações, imposto sobre exportações e imposto
sobre a renda.
d) Imposto sobre importações, imposto sobre a renda e imposto
sobre produtos industrializados.
e) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre
combustíveis, imposto sobre a renda e imposto sobre exportações.

33. (ESAF/APO/União/2008) A competência tributária, assim


entendida como o poder que os entes políticos – União, Estados-
Membros, Distrito Federal e Municípios – têm para instituir tributos,
não é ilimitada. Ao contrário, encontra limites na Constituição
Federal, entre os quais destacamos o princípio da legalidade
tributária, segundo o qual nenhum tributo poderá ser instituído ou
majorado a não ser por lei. Porém, a própria Constituição Federal
excetua da obrigatoriedade de ser majorados por lei (podendo sê-lo
por ato do Poder Executivo) alguns tributos. São exemplos desses
tributos:
a) imposto sobre renda e proventos / imposto sobre importação de
produtos estrangeiros / contribuição para o PIS/PASEP.
b) imposto sobre produtos industrializados / CIDE combustível /
contribuição para o PIS/PASEP.
c) imposto sobre importação de produtos estrangeiros / imposto
sobre exportação de produtos nacionais ou nacionalizados / imposto
sobre renda e proventos.
d) CIDE combustível / imposto sobre produtos industrializados /
imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros.
e) contribuição para o PIS/PASEP / imposto sobre operações de
crédito, câmbio e seguros/ imposto sobre produtos industrializados.

34. (Analista Jurídico/2007/CE) O princípio constitucional da


legalidade preceitua que a instituição ou a majoração de tributos
deverá ser estabelecida por lei. Com relação à majoração de
alíquotas, porém, a própria Constituição Federal prevê que alguns
tributos poderão tê-la por meio de decreto presidencial. Entre estes,
não se inclui:
a) Imposto de Importação.
b) Imposto Territorial Rural.
c) Imposto sobre Operações Financeiras.
d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Sobre
Combustíveis.
e) Imposto Sobre Produtos Industrializados.

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35. (AFRFB/2005) Ainda que atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei, é vedado ao Poder Executivo alterar as
alíquotas do imposto sobre
a) importação de produtos estrangeiros.
b) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados.
c) propriedade territorial rural.
d) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou
valores mobiliários.
e) produtos industrializados.

36. (Analista Contábil-Financeiro/2007/CE) O princípio


constitucional da anterioridade, corolário da segurança jurídica,
estabelece que os entes tributantes – União, Estados, Distrito Federal
e Municípios – não poderão exigir tributo no mesmo exercício
financeiro em que tenha sido publicada a lei que o tenha instituído ou
aumentado. No tocante à possibilidade de majoração de tributos no
mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que os
tenha aumentado, porém, a própria Constituição Federal estabeleceu
algumas exceções. Entre os itens a seguir, assinale aquele que não
constitui exceção ao referido princípio.
a) Imposto sobre produtos industrializados.
b) Contribuição de intervenção no domínio econômico, cobrada sobre
combustíveis.
c) Imposto de exportação.
d) Empréstimo compulsório para despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública.
e) Empréstimo compulsório para despesas de investimento público de
caráter urgente e relevante interesse nacional.

37. (Auditor Fiscal/Natal/2008) O Governador do Estado de


Minas Gerais fez publicar, em 6 de novembro de 2007, em atenção às
Constituições Estadual e Federal, medida provisória visando à
majoração de imposto estadual. A norma entrou em vigor na data de
sua publicação. O Poder Legislativo Estadual, porém, somente
converteu a medida provisória em lei no dia 20 de fevereiro de 2008.
Em face da situação hipotética e considerando os parâmetros de
vigência e aplicação da legislação tributária, aponte em que data o
aumento poderá ser efetivamente cobrado.
a) 1º de janeiro de 2008.
b) 4 de fevereiro de 2008.
c) 20 de maio de 2008.
d) 1º de janeiro de 2009.
e) 31 de março de 2009.

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38. (Auditor Fiscal/2005/MG) Assinale a opção correta. O
princípio segundo o qual é vedado cobrar tributos em relação a fatos
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado (art. 150,III, ‘a’ da CRFB/88) é o da:
a) anterioridade.
b) irretroatividade.
c) anualidade.
d) imunidade recíproca.
e) legalidade.

39. (ESAF/PFN/2007.2) Das formulações abaixo, assinale a que


não se inclui entre os conteúdos normativos que a Constituição
considera, relaciona e tipifica, na Seção II, do Capítulo I, do seu
Título VI, como “Limitações do Poder de Tributar”.
a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
b) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns
dos outros.
c) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir
isenções de tributos da competência da União, bem como da
competência de uns e outros.
d) A lei determinará medidas para que os consumidores sejam
esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e
serviços.
e) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer
natureza, em razão de sua procedência ou destino.

40. (ESAF/ATRFB/2010) A Constituição Federal, entre outras


limitações ao poder de tributar, estabelece a isonomia, vale dizer,
veda o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em
situação equivalente. Sobre a isonomia, é correto afirmar que:
a) diante da regra mencionada, o tratamento tributário diferenciado
dado às microempresas e empresas de pequeno porte, por exemplo,
deve ser considerado inconstitucional.
b) não se permite a distinção, para fins tributários, entre empresas
comerciais e prestadoras de serviços, bem como entre diferentes
ramos da economia.
c) para que um tratamento tributário diferenciado (isenção, por
exemplo) seja justificado, não é necessário haver correlação lógica
entre este e o elemento de discriminação tributária.
d) em razão do princípio constitucional da isonomia, não deve ser
diferenciado, por meio de isenções ou incidência tributária menos
gravosa, o tratamento de situações que não revelem capacidade
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contributiva ou que mereçam um tratamento fiscal ajustado à sua
menor expressão econômica.
e) a isenção, como causa de exclusão do crédito tributário, é, por sua
própria natureza, fator de desigualação e discriminação entre
pessoas, coisas e situações. Nem por isso, no entanto, as isenções
são inconstitucionais, desde que reste demonstrado que se teve em
mira o interesse ou a conveniência pública na aplicação da regra da
capacidade contributiva ou no incentivo de determinadas atividades
de interesse do Estado.

41. (APOF/SP/2009) O princípio da capacidade contributiva:


a) não se aplica às penalidades tributárias.
b) aplica-se somente às contribuições.
c) aplica-se somente aos impostos.
d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias.
e) é atendido pela progressividade dos impostos reais.

42. (ESAF/AFRFB/2010) Entre as limitações constitucionais ao


poder de tributar, que constituem garantias dos contribuintes em
relação ao fisco, é incorreto afirmar que:
a) os impostos sobre o patrimônio podem ser confiscatórios, quando
considerados em sua perspectiva estática.
b) uma alíquota do imposto sobre produtos industrializados de 150%,
por exemplo, não significa necessariamente confisco.
c) o imposto de transmissão causa mortis, na sua perspectiva
dinâmica, pode ser confiscatório.
d) o princípio do não-confisco ajuda a dimensionar o alcance do
princípio da progressividade, já que exige equilíbrio, moderação e
medida na quantificação dos tributos.
e) a identificação do efeito confiscatório não deve ser feita em função
da totalidade da carga tributária, mas sim em cada tributo
isoladamente.

43. (ESAF/AFRFB/2010) Analise os itens a seguir, classificando-os


como verdadeiros (V) ou falsos (F). Em seguida, escolha a opção
adequada às suas respostas:
I. de acordo com a Constituição Federal, o imposto sobre a renda e
proventos de qualquer natureza será informado pela generalidade,
universalidade e progressividade, na forma da lei. Pode-se afirmar
que o critério da progressividade decorre dos princípios da igualdade
e da capacidade contributiva, na medida em que contribuintes com
maiores rendimentos sejam tributados de modo mais gravoso do que
aqueles com menores rendimentos;

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II. a Constituição estabelece expressamente que o imposto sobre a
renda será progressivo, enquanto o imposto sobre a propriedade
imobiliária poderá ser progressivo;
III. a Constituição traça uma dupla progressividade para o IPTU,
quais sejam, progressividade em razão do imóvel e em razão do
tempo;
IV. o princípio da capacidade contributiva não possui significado
muito importante para o IPTU, visto que este tributo se caracteriza
por ser um imposto real, sem relação com as características pessoais
do sujeito passivo.
a) Estão corretos somente os itens I e III.
b) Estão corretos somente os itens I, II e IV.
c) Estão corretos somente os itens I e II.
d) Estão corretos somente os itens II e IV.
e) Todos os itens estão corretos.

44. (ESAF/ATRFB/2010) “A redução do Imposto sobre Produtos


Industrializados − IPI para geladeiras, fogões, máquinas de lavar e
tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no próximo dia
31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro
entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser
estabelecidas com base na eficiência energética dos produtos, de
acordo com a classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem,
coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo
ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos desonerando mais
os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida vale
até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do
IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão
manter essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os
produtos da chamada classe “A”, ou seja, com menor consumo de
energia. As geladeiras da classe “B” passarão a ter uma alíquota de
10% e o restante voltará a ter um IPI de 15%.” (Extraído do site
www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009). Na notícia acima,
identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto sobre
Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem,
aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que
a notícia mencionada destacou.
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas
diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de essencialidade.
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da
capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as
diversas categorias de geladeiras existentes no mercado.
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o
Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer
as suas alíquotas.
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d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que
as incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia
econômica de um produto impliquem um ônus tributário muito
elevado, decorrente da múltipla tributação da mesma base
econômica.
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de
alíquotas diferenciadas, estimular-se determinado comportamento
por parte da indústria e, consequentemente, dos consumidores.

GABARITO

1. D 2. D 3. C 4. D 5. B 6. D 7. A 8. A 9. B 10. A

11. D 12. D 13. E 14. C 15. A 16. B 17. D 18. A 19. A 20. E

21. D 22. C 23. A 24. B 25. C 26. D 27. A 28. B 29. D 30. E

31. D 32. B 33. D 34. B 35. C 36. E 37. D 38. B 39. C 40. E

41. A 42. E 43. E 44. E

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