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ii
ILUMINAÇÃO E DESIGN DE INTERIORES EM RESIDÊNCIAS DE PESSOAS
DA TERCEIRA IDADE
_________________________________________
Márcia Motta Pimenta Velloso, Física, DSc
Professor Orientador
_________________________________________
Prof. Públio Lima de Mello, Engenheiro, Especialista.
Professor Co-orientador
_________________________________________
Membro
_________________________________________
Membro
_________________________________________
Membro
iii
Dedico este trabalho aos meus
familiares, principalmente ao meu
marido, pelo apoio recebido.
iv
Agradecimentos
Ao meu marido – que me incentivou
nesta jornada;
À Prof. Márcia, que mesmo não
fazendo mais parte do corpo
docente me auxiliou no que foi
necessário.
As minhas colegas, pela caminhada
solidária.
v
RESUMO
RIBEIRO, Carla Spencieri de Oliveira.
vi
ABSTRACT
Key words: Third Age, old people, lighting, house, home, interior design.
vii
LISTA DE FIGURAS
viii
A ciência e a tecnologia têm o
propósito de criar condições para
uma existência mais prolongada.
Não basta sobreviver: é necessário
viver e participar da civilização. Não
basta simplesmente prolongar a
existência: é necessário dar maior
qualidade de vida para estes anos
não mais tão dourados.
Silvana Serafino Cambiaghi (2005)
ix
SUMÁRIO
Partes Página
Resumo............................................................................................................. vi
Lista de figuras................................................................................................ viii
Parte
1. Introdução..................................................................................................... 12
1.1. Apresentação do Problema
1.2. Objetivos do Estudo
1.2.1 Geral
1.2.2 Específicos
1.3. Delimitação do Tema
2. Revisão Bibliográfica.................................................................................... 17
2.1. Funcionamento do Olho Humano
2.1.1. Anatomia do Olho Humano
2.2. Funcionamento da Visão do Idoso
2.3. O projeto de Iluminação para Idosos
2.3.1. Os acessos
2.3.2. As áreas de estar
2.3.3. Sala de Jantar
2.3.4. Sala de Visitas
2.3.5. Cozinha
2.3.6. Quarto
2.3.7. Banheiro
3. Metodologia................................................................................................. 39
3.1. Descrição do Questionário
3.2. Caracterização da População e Definição da Amostra
3.3. Análise e Interpretação dos Dados
4. Considerações Finais.................................................................................. 59
4.1. Conclusões
4.2. Sugestões para trabalhos futuros
x
Referências Bibliográficas................................................................................. 63
Bibliografias Consultadas.................................................................................. 65
Anexos............................................................................................................... 67
xi
12
CAPÍTULO 1
1. Introdução
Brasil é um país que tem uma população que está envelhecendo a cada década.
As estimativas apontam que no século XXI, 65% dos homens e 75% das
mulheres devem ultrapassar o patamar dos 60 anos. No ano 2025, 1,1 bilhão de
faixa etária a partir dos 60 anos. Segundo estimativas da ONU, num período de 30
já é uma realidade no Brasil e que não mais se caracteriza por uma fase de
nas reações defensivas (Cambiaghi, 2005). Deste modo, é oportuno observar que
ambientes das outras pessoas, mas não o fazem com relativo conforto, segurança
qualidade de vida ao idoso. Um fato inegável é que a maioria das lesões com
idosos ocorrem dentro de suas próprias casas, sendo que a maioria dos tombos
psicológicos do indivíduo que ocupará o espaço. Por isso, para projetar para o
do usuário que estará inserido naquele ambiente no seu dia a dia. Por isso, deve
partindo do pressuposto que os móveis deverão ser adequados àquele que estará
inserido no espaço.
preocupado com sua saúde, mas à medida que ele percebe que sua presença no
um fator de extrema importância para que o idoso realize suas tarefas, então é
importante que seja verificada as características dos seus olhos, bem como as
doenças que lhes são acarretadas com a velhice, para que depois sejam
“um bom projeto deve proporcionar ao usuário uma iluminação adequada, que
sem esforços para trabalhos de caráter visual.” Para isso, o projetista deve se
basear nas normas existentes, mas ao mesmo tempo deve se preocupar com o
15
área que deve chamar a atenção dos profissionais e que se abre para ser
explorada. Na maior parte dos casos o que acontece é que o espaço que o idoso
no auxílio de uma melhor qualidade de vida para o idoso nesta etapa da vida.
1.2. Objetivos
1.2.1. Geral
apropriados.
1.2.2. Específicos
faixa da população.
suas residências.
tratadas questões relativas aos efeitos biológicos da luz na saúde das pessoas, já
CAPÍTULO 2
2. Revisão Bibliográfica
visíveis.
Fonte: Revista L + D
visão diurna e pela visão das cores. Os cones concentram-se na parte central da
2005).
periférica. Eles requerem pouca luz para trabalhar, por isso não conseguem
2005).
20
Fonte: Revista L + D
Desta maneira, ocorre quando mudamos de um ambiente para outro com grandes
fotópica para a escotópica (de um ambiente iluminado para outro mais escuro), o
que esteja distante de outro que estamos focando, o olho precisa fazer um ajuste
Vida
Fonte: Revista L + D
22
maior for o tempo de exposição, maior será o tempo de fixação na retina (Negrão,
2005).
Por fim, outros dois aspectos que devem ser analisados nos projetos
uma fonte de luz artificial reproduzir a cor do objeto iluminado com fidelidade. Este
flexíveis, e fica atrás da íris. É a parte colorida do olho, que funciona como uma
lente, cujo formato pode ser ajustado para enfocar os objetos em diferentes
(Tormann, 2003).
(Tormann, 2003).
24
sangue. O centro da fóvea é preenchido com células cônicas que são receptores
e a retina.(Tormann, 2003).
2003).
junta com a retina. Recebe este nome, pois não existem células fotossensíveis
nessa área da retina. É neste ponto que os vasos sanguíneos que irrigam a retina
pupila faz que permitem ao ser humano enxergar à noite e evitam danos à retina
quando a luz é mais forte. Ela se contrai quando fixamos objetos próximos e se
25
dilata quando fixamos objetos distantes, ajudando assim a dar foco à imagem na
retina. A pupila apresenta-se preta, pois a maior parte da luz que entra no olho é
sensível à luz que fica conectada ao cérebro via nervo óptico. Sua função é
transformados em percepções visuais. Para fazer isto, a retina conta com dois
Quando nos tornamos mais velhos, menos luz atinge o fundo dos
olhos, ou melhor, menos luz alcança a retina; a pupila se torna menor e também
por isso, entrará menos luz nos olhos; as lentes dos olhos, que são normalmente
claras nas pessoas mais jovens, ficam mais amareladas e mais espessas com a
também dispersarão mais luz com a idade, já que uma espécie de véu luminoso é
26
adicionado sobre as imagens na retina, e isto irá reduzir a distinção (ou contraste)
dos objetos, bem como sua nitidez. A vivacidade (brilho) das cores também ficará
anos recebe apenas 40% da luz disponível que recebia anteriormente quando
tinha 20 anos. Uma pessoa idosa, então, irá enxergar pouco em situações de
particular, antes dos 60 anos já existe uma extrema necessidade de óculos que
notáveis são observadas nos olhos com a idade. Essas mudanças ocorrerão ou
bifocais para enxergar de perto. Por volta dos 65 anos de idade a variação na
passa a receber menos luz porque o tamanho da pupila se torna mais reduzida e
que para o mesmo nível de luz uma pessoa de 60 anos recebe entorno de 1/3 da
Essa luz dissipada reduz o contraste da imagem na retina. Esse efeito também
visual baixa e tem dificuldades para enxergar com níveis baixos de luz. Para
visão parcial. Ela pode ter duas causas. Ou por atrofia do tecido nervoso ou por
hemorragia grave. A acuidade visual cairá para menos que 20/400. O resto da
retina fica basicamente intacto e, desta forma, a visão periférica fica normal. A
mácula é formada pela fóvea, que fornece a visão fina (ibid, 2001).
(o fundo do olho). Ele raramente ocorre como um fato isolado. Na maioria das
iluminação das residências das pessoas da terceira idade para que elas tenham
primeira delas, o reconhecimento dos objetos pela sua forma, textura, tamanho,
irá depender da individualidade da visão de cada ser humano, ou seja, está ligada
terceira idade, deve ser impreterivelmente maior” (ibid, 2000, p.7). Esta questão já
portanto que, para um idoso de mais de 70 anos, a iluminância deverá ser o dobro
flexibilidade do jovem. Isto significa que a fonte de luz deverá ter um controle
acuidade visual.
ofuscamento provocado deve ter um nível aceitável e não fatigante (Costa, ibid,
passim).
Segundo Boyce (2003), para que a luz seja mais efetiva para os
idosos, alguns ajustes podem ser feitos: em primeiro lugar, os níveis de luz devem
ser aumentados nos ambientes utilizados pelos idosos em pelo menos duas a três
vezes, já que menos luz alcança a retina do idoso (Costa 2005, p. 61). Para
trabalho, será necessária pelo menos 3 vezes mais luz, para que os detalhes
de trabalho dimerizável, para que os níveis de luz nessas áreas possam ser
aumentados.
necessária para que o idoso enxergue melhor, os projetistas devem estar atentos
visual, prejudicam a visão. Para que isso seja evitado os bulbos das lâmpadas
vistos ao longo das linhas usuais da visão devem ser protegidos com coberturas
evitadas. Se for necessário, Boyce (2003) sugere que seja realocada a fonte de
luz que está na linha de visão, ou que sejam utilizadas superfícies opacas, tais
32
similares (ibid, 2003). Por exemplo, para melhorar a visibilidade, pintar os alisares
dos banheiros de uma cor escura para contrastar com as paredes claras ou
condições do escurecer, por isso os níveis de luz nas regiões de transição, como
corredores que conduzem de uma área clara para uma área mais escura, devem
Para isso, lâmpadas com alto índice de reprodução de cores (IRC) devem ser
2.3.1. Os acessos
confiante. “As superfícies polidas devem ser evitadas, para evitar o ofuscamento
por reflexão” (Costa, 2000, p.10). É bom ressaltar que estas superfícies também
não devem ser usadas para evitar a ocorrência de acidentes, pois elas são
piso, para que não sejam confundidos com degraus ou alterações de nível,
evite o ofuscamento direto e que não sejam obstáculos em potencial que possam
das escadas devem ser sinalizados, sem sombras e com piso anti-derrapante.
destinados ao seu comando devem ser grandes, coloridos, não ofuscantes e com
da escada forem de uma cor escura, os espelhos da escada deverão ser pintados
34
fechadura em uma altura tal que a luz esteja direcionada para baixo (Figueiredo,
ibid, passim).
“As áreas de estar são locais de múltiplo uso. Tarefas que exijam um
trabalho fino como costura, bordado, desenho, pintura, leitura, uma iluminação
específica deve ser adotada” (Costa, 2000, p.11). Luminárias de tarefa são uma
boa opção, pois são desenhadas para direcionar a luz para uma área onde há a
a iluminação de tarefa, mais fácil será enxergar os detalhes, pois a luz irá cobrir
quando se tem uma visão direta do brilho da janela ou da luminária. Para que se
35
localização da tela devem ser ajustados, ou então a posição da luminária deve ser
modificada. Cortinas e venezianas devem ser utilizadas nas janelas durante o dia
para diminuir a luminosidade. No projeto, deve-se fazer uma previsão para uso de
iluminação difusa que não provoque ofuscamento por reflexão na tela do televisor.
Esta iluminação será ideal, pois espalhará a luz por grandes áreas do teto e
dimmer, neste ambiente, irá permitir ajustar o nível da luz. Desta forma em um
jantar a luz de velas, por exemplo, será permitido o uso de níveis de luz baixos,
enquanto que em momentos de trabalho poderá ser usado nível mais alto de luz.
porém podem ser uma fonte de ofuscamento se a potência da lâmpada for muito
transparente deve ser evitado para evitar o ofuscamento. A luz de destaque deve
com o piso, nem com as paredes (Costa, 2000). “Os pratos e utensílios de jantar
atividades. O uso de uma luz geral é necessária para permitir que as pessoas
deve estar disponível para atividade que exijam a visualização de detalhes. A luz
ambiente pareça mais brilhante do que se toda a luz estiver direcionada para o
2.3.5. Cozinha
37
específicas devem ser colocadas acima da pia, fogão e balcões; e devem ser
pois este tipo de iluminação faz com que as sombras da pessoa sejam projetadas
2.3.6. Quarto
dia e noite. A iluminação deve ser geral e uniforme de modo a não provocar
ações de vestir (Costa, ibid, passim). Além disso, ela deve ter níveis de luz baixos
devem ser flexíveis e livres de ofuscamento. Outra questão importante é que deve
ser possível ligar e desligar, deitado na cama, pelo menos uma luz. Os
interruptores devem ter teclas que brilham na escuridão, de modo a facilitar a sua
localização. Uma ou mais luz guia de baixa voltagem devem estar instaladas
38
deve ser o mais alto possível, para possibilitar que o idoso identifique melhor as
2.3.7. Banheiro
facilitar as atividades que ali acontecem, tal como barbear, maquiar, etc. Por isso
espelho deve ser iluminado por todos os lados, pois assim pouca sombra será
gerada no rosto. A superfície da bancada deve ser sem brilho e com cor clara
para que a luz seja refletida na parte inferior do queixo. Uma iluminação na área
2001).
mais aderentes.
39
CAPÍTULO 3
3. Metodologia
para a terceira idade tendo como foco suas residências, na verdade, buscou-se
idosos.
Este caráter mais exploratório pode ser justificado por Santos (1999,
(1999, p.28), apud Pereira (2002, p. 87), “busca informações diretamente com um
para este item, já que na maioria das vezes a iluminação é esquecida, apesar de
classe média alta, e por estes estarem dispostos a colaborar com a pesquisa.
41
do Limite Central, definido por Kasmier (1982, p. 127): “Á medida que se aumenta
feminino (figura 04), 23 usam óculos e 7 não usam óculos (figura 05) e nenhum
dos entrevistados tem ou teve catarata registrada por laudo médico. Quanto à
faixa etária, havia 2 pessoas na faixa dos 30 a 39 anos, 1 pessoa na faixa dos 40
37%
Masculino
Feminino
63%
23%
Usa óculos
Não usa óculos
77%
7% 3% 30 a 39
36% 40 a 49
27%
50 a 59
60 a 69
27% 70 a 79
foram assinalados por algum dos pesquisados. Isso demonstra que a ferramenta
números absolutos.
questão número 1, vê-se que mais do que a maioria dos entrevistados (77%)
considera que uma melhor iluminação pode facilitar a vida dentro de casa; 20%
Respostas da Questão 1
0%
0% 1 - Realmente Não
3%
2 - Possivelmente Não
20%
3 - Indiferente
5- Realmente Sim
consideram que essa alteração não faria nenhuma diferença (figura 08).
Respostas da Questão 2
1 - Realmente Não
4 - Possivelmente Sim
46%
5- Realmente Sim
consideram que terão maior segurança para se deslocarem se houver uma maior
mais seguros; 17% acreditam que esta alteração não teria relevância; 7% dos
dizem que essa alteração possivelmente não iria ajudar em nada (figura 9).
Resposta da Questão 3
1 - Realmente Não
7% 3%
17% 2 - Possivelmente
Não
3 - Indiferente
53%
20% 4 - Possivelmente
Sim
5- Realmente Sim
onde os entrevistados executam suas tarefas. Tem por objetivo avaliar se o grau
de dificuldade para executar tarefas tais como escrever, ler, costurar, etc, iria
costura, etc fosse aumentada, o desenvolvimento das tarefas seria facilitado; 20%
facilitado; 13% dos entrevistados dizem que esta alteração seria indiferente; e 3%
Respostas da Questão 4
2 - Possivelmente Não
3 - Indiferente
20%
64% 4 - Possivelmente
Sim
5- Realmente Sim
beneficiado; 17% dos entrevistados consideram que essa alteração não faria
Respostas da Questão 5
0% 7% 1 - Realmente Não
17%
2 - Possivelmente Não
43%
3 - Indiferente
4 - Possivelmente
Sim
33% 5- Realmente Sim
12).
48
Respostas da Questão 6
7% 0% 1 - Realmente Não
20% 2 - Possivelmente Não
3 - Indiferente
53% 4 - Possivelmente
Sim
20% 5- Realmente Sim
diminuir os riscos de acidentes; 27% dos entrevistados acham que seria possível
essa melhora; 13% dos entrevistados acreditam que essa mudança não faria
dos entrevistados dizem que essa mudança realmente não beneficiaria (figura
13).
49
Respostas da Questão 7
7% 3% 1 - Realmente Não
13%
2 - Possivelmente Não
3 - Indiferente
50%
4 - Possivelmente Sim
27% 5- Realmente Sim
luz nos ambientes fossem aumentados; 27% dos entrevistados consideram que
realmente não faria diferença nas cores se os níveis de luz fossem aumentados.
50
Respostas da Questão 8
3 - Indiferente
53%
27% 4 - Possivelmente Sim
5- Realmente Sim
Respostas da Questão 9
0% 7% 1 - Realmente Não
2 - Possivelmente
33% Não
3 - Indiferente
60% 4 - Possivelmente
Sim
5- Realmente Sim
51
fossem aumentados.
aumentados.
Respostas da Questão 10
3%0%
20% 1 - Realmente Não
2 - Possivelmente Não
3 - Indiferente
54%
4 - Possivelmente Sim
23%
5- Realmente Sim
Respostas da Questão 11
2 - Possivelmente Não
3 - Indiferente
23%
4 - Possivelmente Sim
64%
5- Realmente Sim
seria indiferente; 20% avaliam esta alteração, como possível para melhor
a identificação do ambiente.
Respostas da Questão 12
3% 3% 1 - Realmente Não
2 - Possivelmente Não
44% 30%
3 - Indiferente
4 - Possivelmente Sim
5- Realmente Sim
20%
Como pode ser visto na figura 19, 70% dos entrevistados afirmaram
20% dos pesquisados dizem que este é um fator que possivelmente consideram
Respostas da Questão 13
3 - Indiferente
4 - Possivelmente Sim
70%
5- Realmente Sim
que a iluminação altera o seu humor e de que forma ele sente esta alteração
(excitação ou depressão).
questão foi bem diversificada. Enquanto 47% dos entrevistados consideram que a
dividido com relação à resposta. 20% dos pesquisados disseram que a iluminação
figura 21.
55
Respostas da Questão 14
3% 1 - Realmente Não
20%
2 - Possivelmente Não
47%
3 - Indiferente
4 - Possivelmente Sim
17%
5- Realmente Sim
13%
Alternativas da Questão 14
Depressão
40% 43%
Excitação
que o humor pode ser alterado pela iluminação, 47% afirmaram que a falta de
56
Alternativas da Questão 15
10% Excesso
43%
Falta
47%
Sem resposta
uma melhor iluminação seja ela natural ou artificial, facilitará a vida dentro de suas
iluminação uma área relativamente nova, já que até pouco tempo não era dada a
devida importância para ela, percebe-se pelos resultados obtidos que ainda não
existe uma consciência e preocupação por parte dos idosos com este item.
mesmo permite ajustar os níveis de luz, de acordo com a tarefa a ser exercida.
Sim) a maioria das perguntas, ou seja, estas pessoas, em sua grande maioria
assim uma melhor qualidade de vida a eles. É interessante observar também que
a maioria das pessoas desta faixa etária acredita que a falta de iluminação pode
gerar a depressão.
deveriam dar maior atenção à iluminação e o design de interiores, pois estão com
58
que existe certo preconceito dos próprios idosos com relação ao envelhecimento.
Notou-se que para alguns, este questionário foi de certa forma uma afronta por
59 anos), houve uma abertura maior para a pesquisa. Nota-se que o fato de
serem de gerações mais recentes, possuem uma mente mais aberta e com uma
mudanças que a velhice acarreta e uma aceitação maior para adequarem as suas
residências a essa nova realidade que naturalmente surgirá ao longo dos anos.
59
CAPÍTULO 4
4. Considerações Finais
4.1. Conclusões
residências para torná-las mais apropriadas, seguras e confortáveis. Isso nos leva
60
a concluir que nesta faixa etária os idosos são de uma mentalidade que não
variou dos 30 aos 69 anos detectamos uma maior abertura para essas mudanças
propostas. Tem-se, portanto, algumas gerações que anseiam por mudanças que
uma massa mais relevante de dados, bem como outras formas de pesquisa.
para ter a sensação do que se tem disponível hoje em suas residências e do que
mudanças em suas residências podem torná-lo mais livre em seu dia a dia,
mesmo tendo limitações visuais e motoras. Talvez este comportamento seja pela
incapaz.
da terceira idade inseridos nos diversos grupos sociais e que percebem que são
capazes e ativos como os indivíduos mais jovens. Neste sentido, com a pesquisa
explorar melhor o tema aqui discutido. Desta maneira, é possível fazer algumas
algumas recomendações:
segura e independente;
62
responderem as pesquisas;
CAPÍTULO 5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOYCE, Peter R. Human factors in Lighting. USA and Canada: Taylor e Francis
Inc, 2003. 584 p.
COSTA, Gilberto José Corrêa da. Iluminação Adequada: Novos Conceitos para
Idosos. In: LUX AMÉRICA 2000 – CONFERÊNCIA PANAMERICANA DE
64
ILUMINAÇÃO, 5, 2000, São Paulo. Novos conceitos para Idosos... São Paulo,
2000. 14 p.
FONSECA, Ingrid Chagas Leite da. Qualidade da luz e sua influência sobre a
saúde, estado de ânimo e comportamento do homem. 2000. 64 f. Dissertação
(Mestrado em Arquitetura) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2000.
NEGRÃO, Priscilla. Luz nossa de cada dia. Revista L+D. São Paulo. n.03, p. 46 –
57, mai/jun. 2005.
TOLEDO, Geraldo Luciano; OVALLE, Ivo Izidoro. Estatística básica. 2. ed. São
Paulo. Atlas, 1989.
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS
FILHO, João Gomes. Gestalt do Objeto. São Paulo: Escrituras Editora, 2004.
127 p.
LESLIE, Vera Fraga. Lugar Comum: “Auto Ajuda” de decoração e estilo. São
Paulo: Editora Senac São Paulo, 2001. 174 p.
66
SANFORD, Linda. The Importance of Lighting for the Elderly. Disponível em:
<http://www.visionconnection.org/Content/ForProfessionals/ProfessionalProducts/I
llumination/TheImportanceofLightingfortheElderly.htm?cookie%5Ftest=1>.
Acessado em 08 de janeiro de 2005.
SILVA, Mauri Luiz da. Luz Lâmpadas e Iluminação. Rio de Janeiro: Editora
Ciência Moderna Ltada, 2004. 157 p.
67
ANEXOS
68
ANEXO 1
Glossário
69
Glossário
Visão Central – Objetos observados sem esforços, até 130º, 65º para cada olho,
no plano vertical.
Visão Periférica – Visão forçada, 130º a 180º, 25º para cada olho. No plano
de mesa.
70
ANEXO 2
CARACTERIZAÇÃO
SEXO ( ) Masculino ( ) Feminino IDADE ___________
CATARATA ( ) Sim ( ) Não ÓCULOS ( ) Sim ( ) Não
QUESTIONÁRIO
1 – Você considera que uma melhor iluminação pode facilitar a vida dentro de
casa no seu dia a dia?
Realmente Possivelmente Possivelmente Realmente
Indiferente
não não Sim Sim
4 – Se a iluminação no local onde você faz leituras, costura, etc fosse aumentada
você considera que conseguiria fazer o seu trabalho com maior facilidade?
Realmente Possivelmente Possivelmente Realmente
Indiferente
não não Sim Sim
7 – Se fossem distribuídos vários pontos de luz em sua cozinha, de modo que nas
áreas de trabalho você obtivesse luz sem sombras, você considera que facilitaria
o trabalho e reduziria os riscos de acidentes?
Realmente Possivelmente Possivelmente Realmente
Indiferente
não não Sim Sim
ANEXO 3
PERGUNTAS
ID IDADE ÓCULOS CATARATA SEXO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 ALTERAÇÃO 15 ALTERAÇÃO
1 50 S N F 5 4 4 3 3 3 4 4 5 4 5 4 5 1 1
2 64 S N M 5 4 4 4 4 3 3 3 4 5 5 4 4 2 3
3 78 S N F 5 4 3 5 4 5 5 4 5 5 4 3 3 3 1
4 70 S N M 4 4 2 5 3 4 2 3 5 5 4 5 4 4 EXCITAÇÃO 4 EXCESSO
5 62 S N F 5 4 4 5 5 5 4 5 4 4 5 5 5 5 DEPRESSÃO 4 FALTA
6 72 S N F 5 5 5 5 5 4 5 4 5 5 5 4 5 5 EXCITAÇÃO 5 EXCESSO
7 63 S N F 5 5 5 5 4 5 5 5 5 4 5 5 5 1 1
8 77 S N F 5 5 5 5 4 4 4 4 4 3 3 3 3 3 2
9 74 S N F 4 4 3 4 4 4 4 5 4 3 4 3 4 3 3
10 70 S N F 4 1 1 4 1 1 1 1 4 1 5 1 5 1 1
11 62 S N M 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 EXCITAÇÃO 5 EXCESSO
12 58 S N F 4 4 4 5 4 5 4 4 4 4 4 4 5 5 EXCITAÇÃO 5 FALTA
13 56 S N F 5 4 3 4 4 3 4 3 4 4 5 3 5 4 DEPRESSÃO 4 FALTA
14 77 S N F 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 1 1
15 57 S N F 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 DEPRESSÃO 4 FALTA
16 60 S N M 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 2 5 4 EXCITAÇÃO 4 FALTA
17 55 S N F 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 3 5 5 DEPRESSÃO 5 FALTA
18 57 S N F 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 DEPRESSÃO 5 FALTA
19 72 N N F 5 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 5 DEPRESSÃO 3
20 71 S N M 5 3 3 3 3 3 3 5 5 3 3 3 5 1 1
21 66 N N M 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
22 70 N N M 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 3
23 56 S N F 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 DEPRESSÃO 5 FALTA
24 55 N N F 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 1 1
25 63 S N M 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 DEPRESSÃO 5 FALTA
26 32 N N M 5 1 1 1 1 1 1 4 4 3 4 3 5 4 DEPRESSÃO 5 FALTA
27 74 S N M 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 DEPRESSÃO 5 FALTA
28 30 N N F 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 DEPRESSÃO 5 FALTA
29 64 S N F 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 DEPRESSÃO 5 FALTA
30 41 N N M 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 DEPRESSÃO 5 FALTA
75
Legenda
1 Realmente Não
2 Possivelmente Não
3 Indiferente
4 Possivelmente Sim
5 Realmente Sim