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EDUCADOR:
Hippolyte Léon Denizard Rivail nasceu na cidade de Lyon, França, no dia 3 de outubro
de 1804, filho de um tradicional família lionesa, reconhecida pelas suas virtudes, na
qual vários de seus membros haviam se destacado na advocacia e na magistratura.
Era de se esperar, portanto que, entre tantos familiares advogados e juízes, também se
dedicasse a esta área. Mas, outra era a missão para a qual estava predestinado, pois,
desde pequeno, o jovem Denizard sentiu-se atraído para as ciências aplicadas e para a
filosofia.
Realizou seus primeiros estudos em sua cidade natal e aos 10 anos foi matriculado no
Instituto Yverdon, na Suiça, o célebre Instituto de Educação de Jean Heinrich
Pestalozzi, considerado a escola modelo da Europa, que exerceu grande influência na
reforma do ensino naquela época, principalmente na Alemanha e na França.
Foi membro de muitas sociedades sábias, entre outras, da Academia Real de Arras
que, em seu concurso de 1831, lhe outorgou o prêmio por sua notável Memória (dá-se
o nome de Memória a uma dissertação acerca de assunto científico, literário ou
artístico, para ser apresentado ao Governo, a uma corporação, a uma academia, etc..
ou para ser publicada). sobre os métodos educacionais daquela época. De 1835 a
1840, instalou em sua casa situada á rua de Sévres, cursos de física, química,
anatomia comparada, astronomia, etc.. totalmente gratuitas para aqueles que não
tinham condições de pagar tais estudos.
Em setembro de 1861, Allan Kardec retorna à sua cidade natal, quanto teve a
oportunidade de verificar a multiplicação dos grupos espíritas em relação à sua visita
anterior. A partir dessa constatação, sentiu a necessidade de empreender uma série de
viagens com o objetivo não apenas de observar a aplicação da Doutrina Espírita, mas
principalmente de oferecer a orientação necessária sobre a organização dos diversos
Centros Espíritas que estavam florescendo.
Assim, em outono de 1862, através da chuva, do frio e da neve, Allan Kardec iniciou
seu propósito, percorrendo grande parte da França num verdadeiro roteiro missionário,
ocasião em que pode observar atentamente a situação da Doutrina Espírita, sua
propagação e aplicação nos diversos Centros Espíritas, bem como a postura adequada
dos seus dirigentes.
A - A OBRA: Em 1862, Allan Kardec deixou Paris para aquela que seria sua mais
importante viagem de estudos, observações e orientações doutrinárias; nessa ocasião
percorreu mais de vinte cidades da província francesa durante seis semanas,
presidindo a cerca de cinquenta reuniões com vários dirigentes dos mais diversos
grupos espíritas. No decorrer de seu longo trajeto, pode ver pessoalmente o estado
real da Doutrina Espírita, cujas observações, discursos e fatos interessantes foram,
mais tarde publicados na Revista Espírita; mas, um outro objetivo, não menos
importante, imprimia a essas viagens um cunho fraterno: Allan Kardec desejava, com
suas visitas, expressar sua gratidão, seu reconhecimento e simpatia por todos aqueles
irmãos, pioneiros do Espiritismo que, enfrentando os mais duros obstáculos, não se
intimidavam em vir a público, expressar sua fé nas verdades inquestionáveis reveladas
pelos Espíritos.
- Os que percebem este alcance moral mas, por conveniência ou mero comodismo,
aplicam-no aos outros;
- E existem aqueles que praticam ou se esforçam por praticar a moral da Doutrina, que
nada mais é do que a MORAL EVANGÉLICA; estes, diz Kardec, são os
VERDADEIROS ESPÍRITAS, CRISTÃOS EM CRISTO, porque procuram viver a
máxima - FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.
Onde quer que a Codificação penetre e serve de guia, o Espiritismo é visto sob seu
verdadeiro aspecto, isto é, sob um caráter exclusivamente moral. Os verdadeiros
médiuns, portanto, não fazem de seus dons mediúnicos degraus para se colocarem em
evidência, nem procuram a satisfação do orgulho e da vaidade; trabalham sempre em
favor do próximo, exercitando constantemente a modéstia, a simplicidade e o
devotamento, sem deixar de lado o estudo sistemático da Codificação Espírita.
3 - EM RELAÇÃO À DOUTRINA:
II- FÉ CEGA JÁ NÃO BASTA: O progresso científico tornou o homem positivo, diz Allan
Kardec em seu discurso; a fé cega, embora tenha sido necessária num certo período
da Humanidade, já não basta para fortalecer sua crença. Compreender para crer
tornou-se assim uma necessidade; esta compreensão, sob a luz da razão e da lógica,
levam à fé raciocinada, à certeza inquestionável das verdades eternas reveladas pelos
benfeitores espirituais.