Com a competitividade acirrada no mercado, juntamente com a crescente
globalização, as empresas buscam melhorar seu desempenho, como também, a qualidade de seu produto e serviço. Para isto é necessário dispor de forma rápida e objetiva dos dados e informações que envolvem a organização. Conforme Oliveira (1992) define-se informação como o dado trabalhado que permite ao executivo tomar decisões, e dado como qualquer elemento identificado em sua forma bruta, que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação. Para ser possível disponibilizar de forma ágil estas informações, se faz necessário a utilização de equipamentos e principalmente sistemas eficazes no auxílio ao executivo.
Para compreender os Sistemas de Informação necessitamos nos reportar a alguns
conceitos básicos e indispensáveis para se entender o seu correto funcionamento. Existem inúmeras definições de tais elementos, entretanto tudo tende a convergir para uma mesma direção, como pode ser verificado abaixo:
Dado: elemento em estado bruto, primário e isolado, sem significação capaz
de gerar uma ação. A título de exemplo, podemos citar: ativo, passivo, capital, lucro, vendas, etc. Logo, há necessidade de algum tipo de processamento para se chegar a uma conclusão ou observação sobre a empresa;
Informação: é o dado trabalhado e processado dentro das especificidades
exigidas pelos usuários, com significado próprio, relevante e utilizado para causar uma ação proveniente do processo de tomada de decisão. Prosseguindo o mesmo juízo do exemplo anterior, o ativo de uma empresa devidamente estruturada e organizada, agregado a outros dados como vendas, passivo e lucro, podem informar o giro do ativo, a participação de capital de terceiros e o retorno sobre o investimento;
Sistema: combinação de partes coordenadas para um mesmo resultado, ou
de maneira a formar um conjunto organizado. É importante frisar que a informação, quando não é utilizada nem produz qualquer ação, conceitualmente acaba se transformando em um mero dado. Enfim, a informação terá validade à medida que fizer parte do processo decisório dentro de uma empresa. A organização como um sistema complexo, deve considerar tanto o ambiente interno como o externo desde seu processo de estruturação. Esse reconhecimento vai proporcionar sua sobrevivência, assim como o seu bom funcionamento, tendo vista sua condição de identificar e antecipar-se às mudanças externas. Estas são provocadas por alterações tecnológicas, necessidades dos consumidores e características dos competidores, além das alterações advindas dos fornecedores e de decisões políticas.
Apenas o investimento em tecnologia não é suficiente para garantir o bom
funcionamento e condução da organização. Os administradores necessitam de uma visão sistêmica a respeito das alterações do mundo dos negócios e de adaptar-se às novas situações sociais. Diante disso, deverão levar em consideração os seguintes aspectos:
valores e crenças empresariais sobre informação (cultura);
modo como as pessoas usam realmente a informação e o que fazem com ela (comportamento e processos de trabalho); armadilhas que podem influir no intercâmbio de informações (política); sistemas de informações que já estão instalados apropriadamente (tecnologia).
Diante dessa situação, os administradores deverão estar preparados para entender
como as pessoas criam, distribuem e usam a informação. Para tanto, é necessária a seguinte compreensão:
a informação não é facilmente arquivada em computadores nem é constituída
apenas de dados; quanto mais complexo o modelo de informação, menor será sua utilidade; a informação poderá possuir muitos e diversos significados em uma organização; a tecnologia é apenas mais um dos elementos de informação e, freqüentemente, não se apresenta como meio adequado para efetuar mudanças.
De acordo com essa visão sistêmica, as organizações são constituídas de
subsistemas interdependentes. O subsistema funcionário constitui grupos de trabalho que seriam desdobrados em outros subsistemas, que, por sua vez, são subsistemas na estrutura econômica da sociedade.
Um sistema de informação pode ser definido como um conjunto de procedimentos
estruturados, planejados e organizados que, uma vez executados, produzem informações para suporte ao processo de tomada de decisão. Em conformidade com a definição acima, com sistema de informação é possível identificar os dados como entradas, o processamento constituído de tratamento de dados, atualização do banco de dados e recuperação produzindo informações para os diversos níveis gerenciais.
Sistemas são um conjunto de partes interagentes e interdependentes que,
conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função (Oliveira, 1992). Os sistemas existentes nas organizações, além de automatizar tarefas, exercem também várias funções de auxílio administrativo. Através de um sistema informatizado os executivos passam a possuir versatilidade nas tomadas de decisão, pois a partir de então dispõe de informações precisas e atualizadas, não necessitando mais agir por modismos ou impulsos, ou mesmo baseado em relatórios de confiabilidade duvidosa. Essa forma informatizada de manter o executivo preparado leva a outro conceito, os Sistemas de Informação.
Os Sistemas de Informação (SI) são tipos especializados de sistemas, utilizados de
forma cada vez mais intensa por executivos e demais pessoas participantes de processos decisórios, no exercício de funções de planejamento, organização, direção e controle na gestão empresarial. Segundo Dalfovo (2001), pode ser definido SI como um conjunto de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback. Os SI foram divididos de acordo com as funções administrativas, que, a mercê de suas características próprias, foram tratadas de forma individualizada.