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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
DEPARTAMENTO DE TEORIA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO

DISCURSO DIALÓGICO: A RECONFIGURAÇÃO DE FAMÍLIA NO SÉCULO


XXI, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO

MARINGÁ
2011
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
DEPARTAMENTO DE TEORIA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO

MARCOS FERNANDO MARTINS LEONEL

DISCURSO DIALÓGICO: A RECONFIGURAÇÃO DE FAMÍLIA NO SÉCULO


XXI, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO

Trabalho apresentado à disciplina de


Dinâmica Familiar e Aprendizagem,
sob orientação do Professor Dr.
Raymundo de Lima.

MARINGÁ
2011
A Reconfiguração da família no século XXI: Sociedade e Educação

“Filhos...Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?”

Excerto do Poema Enjoadinho - Vinícius de Moraes

Para refletirmos sobre família e suas dinâmicas em nossos tempos foi-se


necessário recorrermos a uma afirmação poética e estilizada de um dos maiores
autores brasileiros: Vinícius de Moraes. Retirado de sua “Antologia Poética” , uma de
suas principais obras datada nos anos 70.
Pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirmam que a
taxa de natalidade começou a diminuir entre as décadas de 60 e 70 no Brasil. O poema
acima citado critica os referenciais originados na época: uma família mais sofisticada,
mais moderna e defende os ritos da família tradicional, típica família anos 40 e 50, onde
o pai – autocrático e autoritário e mãe e filhos subordinados eram a base estrutural
neste contexto. Este excerto surge como um grito, uma crítica ao período em que vários
movimentos eclodiam em todo o país: os jovens disputavam um espaço para a
construção de um futuro democrático e libertário entrelaçados ao consumismo, às
novas posturas e comportamentos, e os laços familiares começariam a presenciar algo
diferente em suas relações.
Com o advento dos movimentos feministas da década de 60, com a expansão do
mercado de trabalho para as mulheres, a
invenção dos métodos anticoncepcionais, a
família, ora denominada “tradicional”
reconfigurou-se no espaço e no tempo,
passando a ser considerada nesse novo
século por família “nuclear”, como afirma a
psicanalista Diana Corso no documentário
“Família: Coração de um mundo sem refúgio”.
Aos pensamentos da psicanalista, a família
está em crise a partir do momento em que se compreende como família, pois nesse
jogo das inter-relações familiares do século XXI, novas formas de família vêm surgindo:
mães e pais solteiros, famílias homossexuais, enteados vivendo no mesmo teto dos
filhos da madrasta ou padrasto (e ainda nem temos nomes específicos que identifiquem
estes tipos de relações).
Novas relações se configuram esse espaço dialógico – a família democrática,
onde todos aprendem com todos. Muitos educam nesse modo de vida contemporânea
– a escola, a família, a rua, o trânsito, assim, ninguém educa.
Por um viés, seguindo o pensamento da psicanalista Diana Corso, não podemos
dizer que a família “está” em crise. A família tem crise desde quando se instaura como
tal. Anteposta a essa idéia, Julio Groppa mostra que a família contemporânea está
numa crise catastrófica pois os vestígios desse tempo, dentre estes em especial os
advindos da educação, mostram rupturas imensas nas relações entre as gerações
passadas e as novas gerações – as chamadas gerações X, Y e Z.
-Precisamos passar por mudanças drásticas na educação e na sociedade como
um todo...São algumas palavras do Psicólogo, horrorizado com o modo com o qual nos
deparamos e resolvemos com más atitudes isso a que chamamos de Educação, não
tem passado de meras ideologias frustradas de pessoas que acreditam em “terapias do
amor falado a todo o momento” possa concertar o que nós mesmos destruímos: os
verdadeiros valores éticos e sociais, os laços afetivos e o verdadeiro ato mostrado em
ações concretas, em atitudes.
Esse desencontro entre duas gerações está gerando grandes conflitos que vão
além da família, vai de encontro com a escola
contemporânea, em crise juntamente com a
sociedade, pois uma como reflexo da outra lança ao
nada o sentido de ensinar, de bons modos, ética e
cidadania, pois muito se fala, pouco se pratica, esse
movimento pode ser chamado de Desencontro
Ideológico - é o que sentimos hoje em nossos
fazeres pedagógicos tão desmotivados e pesados.
Esse sentido de “não sabemos pra onde iremos”
que toma conta da humanidade faz surgir um novo
devir. Necessitamos tomar uma atitude urgente para as relações humanas atuais.
Quais serão essas soluções? Que passos podemos dar? Por onde temos que
começar?
Nas famílias ditas pós-modernas, um conjunto de fatores que permeiam as
relações são muito novos. Por exemplo, o fato de as famílias terem filhos porque
querem, pelo amor e pela cumplicidade entre os pais, muitos negam o casamento como
necessidade para “formar família”, alguns ainda lutam por direitos à adoção, outros
usam de métodos In vitro, ou ainda partem para o banco de sêmen, o que hoje em dia
costuma ser muito comum, muito mais nos países europeus.
Nessa nova configuração de família estão inseridos nossos alunos, educandos
com novos olhares para o mundo. Vale a nós entendê-los e também entender suas
novas perspectivas de vida junto à suas famílias. Usando do senso crítico poderemos
repensar educação e sociedade lançando mão de preconceitos ainda tão impregnados
nas culturas e sociedades.
REFERÊNCIAS

BRASIL, IBGE: Fecundidade, Natalidade e Mortalidade – Dados. Disponível em:


<http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/pesquisas/fecundidade.html#anc3 > acessado em
02/04/2011

CORSO. Diana, Vídeo Documentário - “Família: Coração de um mundo sem


refúgio” produzido pela Cpfl. Cultura. Disponível em:
<http://cafesfilosoficos.wordpress.com/2009/12/02/familia-coracao-de-um-mundo-sem-
refugio/#more-2153> acessado em 13/04/2011

AQUINO. Julio Groppa, Vídeo Documentário – “A Família no fogo cruzado da


Educação” produzido pela Cpfl. Cultura. Disponível em:
<http://www.4shared.com/video/qBOX1da1/A_famlia_no_fogo_cruzado_da_ed.html>
acessado em 15/04/2011

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