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Tempos Modernos

Título do filme: TEMPOS MODERNOS (EUA 1936)


Direção: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, 87 min. preto e branco, Continental

RESUMO

Trata-se do último filme mudo de


Chaplin, que focaliza a vida urbana nos
Estados Unidos nos anos 30,
imediatamente após a crise de 1929,
quando a depressão atingiu toda
sociedade norte-americana, levando
grande parte da população ao
desemprego e à fome.

A figura central do filme é Carlitos, o


personagem clássico de Chaplin, que
ao conseguir emprego numa grande
indústria, transforma-se em líder
grevista conhecendo uma jovem, por
quem se apaixona. O filme focaliza a vida do na sociedade industrial caracterizada pela
produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É
uma crítica à "modernidade" e ao capitalismo representado pelo modelo de
industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas
idéias "subversivas".

Em sua Segunda parte o filme trata das desigualdades entre a vida dos pobres e das
camadas mais abastadas, sem representar contudo, diferenças nas perspectivas de vida
de cada grupo. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o
proletariado, alimenta todo conforto e diversão para burguesia. Cenas como a que
Carlitos e a menina órfã conversam no jardim de uma casa, ou aquela em que Carlitos e
sua namorada encontram-se numa loja de departamento, ilustram bem essas questões.
Se inicialmente o lançamento do filme chegou a dar prejuízo, mais tarde tornou-se um
clássico na história do cinema. Chegou a ser proibido na Alemanha de Hilter e na Itália
de Mussolini por ser considerado "socialista". Aliás, nesse aspecto Chaplin foi boicotado
também em seu próprio país na época do "macartismo".

Juntamente com O Garoto e O Grande Ditador, Tempos Modernos está entre os filmes
mais conhecidos do ator e diretor Charles Chaplin, sendo considerado um marco na
história do cinema.

TEMPOS MODERNOS foi produzido no ano de 1936 e se constitui em uma das


mais expressivas críticas que o cinema promoveu, tendo como tema central a sociedade
industrial capitalista. Nenhuma questão relevante passou despercebida à inteligência
crítica de Charlie Chaplin, que em 87 minutos sintetizou a agonia secular de uma
maioria oprimida e marginalizada - a classe trabalhadora. Não constitui obra do acaso,
o fato deste ter sido o último filme em que Chaplin trabalha o personagem do
vagabundo Carlitos, já que é uma síntese perfeita da sua visão sobre o Capitalismo, que
vinha apresentando ao público em conta-gotas.

O filme inicia mostrando ao fundo um grande relógio, o símbolo maior dos


Tempos Modernos. Tempo é dinheiro e reside aí o espírito do capitalismo. Um passo à
frente, temos um rebanho de gado-gente, correndo desesperado para o abatedouro-
fábrica. Chaplin não esconde sua visão da bestialidade humana. Gente que se submete a
viver amontoada, sem propósito, como gado domesticado. Mais do que o Capitalismo,
critica profundamente a Sociedade Industrial, seu ritmo alucinante, a falta de qualidade
de vida e seus propósitos irracionais. Evidencia que a velocidade da máquina não pode
ser a velocidade do ser humano, sob pena de não termos mais seres humanos, apenas
bestas humanas.

O relógio, as pessoas caminhando como gado, já seriam elementos suficientes


para analisarmos com mais consciência o sistema de vida proporcionado pela visão
industrial-capitalista. Mas, ele aprofunda ainda mais esta sua crítica ao abordar, com
detalhes, a questão da Linha de Montagem e suas seqüelas desastrosas na psique
humana. O esforço humano em trabalhar como um relógio, dentro de um sistema de
repetição mecânica, contínua e cronometrada, acaba por levar a pessoa a ficar com sérios
problemas neurológicos e psicológicos. Os mais fortes acabam sobrevivendo como se
fossem máquinas, em um cotidiano sem esperança, criatividade ou alegria, onde a única
atividade é a repetição de um par de gestos mecânicos simples.

Como conseqüência direta da implantação da Linha de Montagem e a busca


sistemática do seu aperfeiçoamento, visando unicamente a produção, temos uma lógica
produtiva que desqualifica, em pouco tempo, muitos trabalhadores como mão-de-obra
apta para o sistema. Estas pessoas mais sensíveis à ação danosa do Fordismo-
Taylorismo, são peremptoricamente levadas para Instituições-Depósito, como é o caso
dos hospitais, asilos, manicômios e até penitenciárias - dependendo de cada caso e da
resposta de desajustamento social dada pelo trabalhador vítima do sistema estressante e
alienante .

Nenhuma outra obra de arte conseguiu expressar melhor este sentimento de


impotência que a maioria oprimida sente diante dos mecanismos impessoais do sistema
capitalista-industrial, como no quadro em que Carlitos é literalmente tragado pela
grande máquina. Cena bela e extraordinariamente repleta de significado: o homem
moderno absorvido por completo, de forma paralisante, pelas engrenagens do sistema. O
homem devorado pela máquina, por ela é usado até o seu limite. Trocando de papéis, a
máquina faz do homem uma máquina, que ao chegar ao seu esgotamento físico é jogada
na lixeira do mundo produtivo - as Instituições-depósito.

Este é o lado mais cruel da sociedade industrial, um monstro devorador de vidas.


A máquina aparece como um Capitão-do-mato que se mudou para a cidade. Os escravos
agora passam a responder pelo nome de trabalhadores ou proletários. Esta maioria é
vista pelo patrão como um grande ônus, sendo que todo o esforço do capitalista,
proprietário das máquinas, vai ser no sentido de tirar o máximo proveito possível da
relação homem-máquina, considerando mais as perdas advindas com o uso inadequado
da máquina do que com questões sobre o trabalhador e a sociedade como um todo.
A sociedade capitalista vai explorar ao máximo a força de trabalho, contando
para isso com diversos APARELHOS DE ESTADO, como os Aparelhos Ideológicos:
Meios de Comunicação (TV, rádio, jornal, revista, internet...), Igreja, Escola; e os
Aparelhos Coercitivos: Polícia, Justiça, Forças Armadas, etc. O Estado então, não é
uma força política neutra, que vai gerir a coisa pública em nome de todos e em benefício
de todos; mas, irá garantir a dominação de classe. Isto é, vai consolidar a exploração da
maioria não proprietária dos meios de produção, por uma minoria proprietária do
Capital e dos Meios de Produção (máquinas, prédios, terras, matéria prima).

Utilizando da aparência de instituições neutras, Aparelhos Ideológicos como a


polícia, vão trabalhar incessantemente para proteger os interesses do capital, contra a
revolta da classe explorada, marginalizada e despossuída. Em Tempos Modernos, são
inúmeras as vezes que Chaplin evidencia esse papel ideológico das instituições, como é
o caso da polícia reprimindo greves, manifestações de desempregados, ou até prendendo
uma menina faminta por ter furtado um pedaço de pão. Em nenhum momento o patrão
desalmado que tanto explora e do dia para a noite coloca na rua da amargura milhares de
trabalhadores, é molestado pela polícia. Esta vai reprimir uma menina que se recusa a
morrer de fome ou ser enterrada viva em um orfanato.

Um dos pontos cruciais da obra-prima de Chaplin diz respeito à questão do


consumo e a expectativa que a sociedade industrial traz para as pessoas quanto à posse
do maior número possível de gêneros. Carlitos e sua namorada, quando entram em uma
Loja de Departamentos pela primeira vez em suas vidas, primeiramente vão até a
confeitaria saciar a fome e a sede, para logo em seguida se dirigirem ao quarto andar,
onde estão os brinquedos. Da infância feliz que não tiveram, passam para as roupas e
móveis, que como adultos também jamais terão condições de possuir. Ao casal pobre
resta o consolo de sonhar. Para um sistema que se diz de Pleno Consumo, eis aí uma
crítica forte e consistente.

Chaplin reforça a frustração do não consumo em uma sociedade baseada no


consumo, quando o seu personagem propõe à namorada pensar como eles seriam felizes
morando em uma casa de classe média. Idealiza um casal feliz, com fartura à mesa.
Tudo ilusão, é claro! Pois, para a classe a que pertencem, sobra no máximo um barraco
velho e abandonado na periferia da cidade.

Ponto importante para reflexão, são as respostas diferentes que os vários


personagens deram diante das dificuldades que enfrentaram durante o período de
recessão que os EUA vivenciaram na década de vinte, a GRANDE DEPRESSÃO.
Enquanto a menina promovia pequenos furtos, seu pai procurava emprego
honestamente, ao mesmo tempo que participava dos movimentos operários que tinham
como objetivo pressionar o Estado a resolver a crise econômica. Já Carlitos, por ser
mão-de-obra não especializada, diante da realidade crua do desemprego, optou por se
esforçar ao máximo para ficar na cadeia, onde pelos menos tinha garantida moradia e
alimentação. Seu amigo Big Bill, que trabalhou com ele na linha de montagem
apertando parafusos, ao ser despedido, acabou optando pela marginalidade mais radical,
se juntando a outros desempregados armados para assaltar a Loja de Departamentos.
Na parte em que o mecânico fica retido entre rolos, parafusos e demais mecanismos
que movimentam a fábrica, a ironia se dá por conta das atitudes de Carlitos no
momento em que é acionado o apito que sinaliza a hora do almoço, mesmo diante
da situação de dificuldade vivida por seu imediato superior, o operário vivido por
Chaplin deixa de tentar auxiliá-lo em sua tentativa de sair da enrascada em que se
encontra, pega sua marmita e começa a comer. As reclamações do mecânico-chefe
são encaradas pelo operário como sendo provenientes da fome e da vontade de
almoçar do mesmo! O que poderia ser considerado como mais um dos vários
momentos cômicos do longa-metragem é mais uma crítica social, relacionada a
sujeição do homem contemporâneo a escravidão do relógio, com seus horários
todos pré-estabelecidos, com seu almoço ou seu jantar atrelados a determinados
momentos específicos do dia, mesmo que em alguns dias, não estejamos com
fome; com seu lazer estipulado para os finais de semana ou para as folgas
alternadas das escalas e turnos estabelecidos pelas empresas; com suas férias
tendo que ser vividas no prazo que for dado pelas companhias e assim vai, com os
ponteiros oprimindo a espontaneidade e a criatividade dos homens.

CONTEXTO HISTÓRICO

Em apenas três anos após a crise de 1929, a produção industrial norte-americana


reduziu-se pela metade. A falência atingiu cerca de 130 mil estabelecimentos e 10 mil
bancos. As mercadorias que não tinham compradores eram literalmente destruídas, ao
mesmo tempo em que milhões de pessoas passavam fome. Em 1933 o país contava com
17 milhões de desempregados. Diante de tal realidade o governo presidido por H.
Hoover, a quem os trabalhadores apelidaram de "presidente da fome", procurou auxiliar
as grandes empresas capitalistas, representadas por industriais e banqueiros, nada
fazendo contudo, para reduzir o grau de miséria das camadas populares. A luta de
classes se radicalizou, crescendo a consciência política e organização do operariado,
onde o Partido Comunista, apesar de pequeno, conseguiu mobilizar importantes setores
da classe trabalhadora.

Nos primeiros anos da década de 30, a crise se refletia por todo mundo capitalista,
contribuindo para o fortalecimento do nazifascismo europeu. Nos Estados Unidos em
1932 era eleito pelo Partido Democrático o presidente Franklin Delano Roosevelt, um
hábil e flexível político que anunciou um "novo curso" na administração do país, o
chamado New Deal. A prioridade do plano era recuperar a economia abalada pela crise
combatendo seu principal problema social: o desemprego. Nesse sentido o Congresso
norte-americano aprovou resoluções para recuperação da indústria nacional e da
economia rural.

Através de uma maior intervenção sobre a economia, já que a crise era do modelo
econômico liberal, o governo procurou estabelecer certo controle sobre a produção, com
mecanismos como os "códigos de concorrência honrada", que estabeleciam quantidade a
ser produzida, preço dos produtos e salários. A intenção era também evitar a manutenção
de grandes excedentes agrícolas e industriais. Para combater o desemprego, foi reduzida
a semana de trabalho e realizadas inúmeras obras públicas, que absorviam a mão-de-
obra ociosa, recuperando paulatinamente os níveis de produção e consumo anteriores à
crise. O movimento operário crescia consideravelmente e em seis anos, de 1934 a 1940,
estiveram em greve mais de oito milhões de trabalhadores. Pressionado pela mobilização
operária, o Congresso aprovou uma lei que reconhecia o direito de associação dos
trabalhadores e de celebração de contratos coletivos de trabalho com os empresários.
Apesar do empresariado não ter concordado com o elevado grau de interferência do
Estado em seus negócios, não se pode negar que essas medidas do New Deal de
Roosevelt visavam salvar o próprio sistema capitalista, o que acabou possibilitando
possibilitou sua reeleição em duas ocasiões.

OPINIÃO CRÍTICA PESSOAL

Um excelente filme que retrata com a realidade de uma époco, um registro de momento
da história recente. O filme exprime as diversas realidade de se contrapondo em
momento de mudança de cultura na economia munidal. Com o advento da
industrialização, a necessidade de produxzir com baixos custos, etc. Processo necessário
e inrreversível.

Tempos Modernos satiriza a industrialização, utilizando cenas de sofrimento mostra a


sociedade americana pós crise de Wal Street (1929), num constante movimento de
máquinas, homens e Estado (representado pela força policial) buscando a adequação
social, isso os coloca em inevitável conflito.

Podemos encontrar um paralelo entre a época do filme “Tempos Modernos” e nossa


época, agora temos o advento da “Tecnologia Moderna”, a Informática, a Robótica, a
Globalização. Mudanças impostas e que são inrreversíveis. Inevitavelmente surgem
grupos de pessoas para contrapor aos males e consequências que negavelmente surgem.

Comparando as cenas mostradas no filme Tempos Modernos, com a situação atual,


podemos afirmar, que apesar das tecnologias de ponta empregadas, atualmente na
produção industrial, a condição sócio-econômica do homem continua relegada a
segundo plano e conforme podemos constatar, através do filme supra, a implantação do
sistema de esteiras móveis nas fábricas, tinha como finalidade aumentar a produtividade
das indústrias. Só que esse novo processo produtivo só trouxe benefícios para a classe
patronal, que a partir daquele momento tinha como principal triunfo a institucionalização
do processo de mais valia.

Enquanto que OS operários eram cada vez mais explorados, pois não tinham os seus
direitos trabalhistas respeitados e eram obrigados a produzirem sempre mais, fato esse
que deixava-os muitas vezes estafados e/ou neuróticos(robotizados) EM função das
condições de trabalho e do aviltamento salarial estabelecido pelos empresários. E em
virtude dessa insatisfação da classe operária surgiram os movimentos grevistas, que
tinham como pauta de reivindicação, melhorias das condições salariais e de trabalho.
Esses movimentos foram reprimidos pelos patrões, que por sua vez, acionaram as
autoridades policiais, que cuidaram do esvaziamento desse movimento para garantir o
retorno das atividades fabris.

Apesar dessa situação adversa, que prevalece até a presente data, o operariado sonha em
ter sua casa própria, constituir família e participar da vida social. Só que na maioria das
vezes esses sonhos não se tornam realidade porque a precária condição econômica e
social imposta ao trabalhador não lhe permite saciar suas necessidades pessoais e
primordiais, taiscomo: as de caráter sociais, financeiras, habitacionais, nutricionais etc. E
o pior de tudo é que esses fatos até hoje, ainda fazem parte da vida da maioria dos
trabalhadores brasileiros, que são vítimas dos empresários gananciosos que predominam
na iniciativa privada e, que agem em nome do capitalismo selvagem, onde prevalecem
os dados numéricos, estatísticos, financeiros e outros que venham satisfazer os interesses
da burguesia elitista que predomina no país.

Assim sendo, a classe trabalhadora que luta no seu dia-a-dia por dias melhores fica cada
vez excluída da sociedade(segregação social), sem emprego e sem perspectiva de
realizar ou conquistar sua pretensão pessoal, que em muitos casos são até mesmo
indispensáveis para a subsistência desses operários.

O filme será sempre um referêncial na reflexão sobre as mudanças da economia e modo


de viver das sociedades.

Francisco Pereia Maia

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