ESTUDO SOBRE O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES
Escola Bíblica Dominical
Superintendência (Adaias Marcos E Marcos Silva) Este Material É Uma Coletânea De Estudos LIÇÃO Nº 03 - DATA: 16/01/2011 O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes - Ev. Isaias de Jesus TEXTO ÁUREO = “De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis” (At. 2.33). VERDADE PRÁTICA = Deus é infinitamente poderoso para hoje derramar sobre nós o seu Espír ito como um rio transbordante, assim como fez no passado. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = ATOS 2.14-21 INTRODUÇÃO Neste ano de 2011 comemora- se em todo o mundo o Centenário do Movimento Pentecost al, no qual se situa a Assembléia de Deus. A comemoração presta justa homenagem aos pi oneiros do Movimento Pentecostal que deixaram suas Indeléveis marcas espirituais n os trabalhos que levantaram em meio a muito sofrimento e necessidades. Que esta comemoração centenária seja uma ocasião para que a igreja, numa firme determinação diante d Deus, mantenha a pureza doutrinária, os princípios e as verdades bíblicas que norteia m o seu caminhar, inclusive, no que concerne à Pessoa, às operações e ministrações do Espír Santo, segundo as Escrituras. A PROMESSA DO PENTEGOSTES E SUA GRANDEZA (VV.16-18). Foi o profeta Joel, no Antigo Testamento, a quem Deus revelou com mais detalhes o derramamento do Espírito nos últimos tempos (Jl 2.23-32). Joel foi, talvez, o prim eiro dos profetas literários (profetas que escreveram suas mensagens), o que salie nta ainda mais a sua profecia sobre o Pentecostes (At 2.16-21, 33). O termo “Pente costes”, nesta lição, é uma referência ao batismo com o Espírito Santo, e não à festa judai mesmo nome que ocorria cinqüenta dias após a páscoa (At 2.1; 20.16; I Co 16.6). 1. “Derramarei o meu Espírito” (v.17). Assim diz Deus neste versículo. Isso fala de gran de abundância e fartura espirituais, qual um rio que enche até transbordar em suas m argens, mediante chuvas volumosas. Quando tal poder desce sobre a igreja, ela se torna como um incontável, poderoso e invencível exército, como está profetizado em Ezeq uiel 37.10. Os discípulos mudaram muito para melhor, após serem revestidos desse poder divino no cenáculo em Jerusalém. É só comparar o desempenho deles nos Evangelhos, como eram e o q ue faziam, com o relato de suas vitórias no livro de Atos, após a experiência pentecos tal do capítulo 2. 2. A profecia de Joel (Jl 2.28-32). Os versículos 28 a 32 de Joel, no texto hebrai co, perfazem um capítulo à parte - o 3. De fato, a grandeza e o alcance do assunto d esta passagem - o futuro derramamento do Espírito sobre a igreja - requer um capítul o à parte! Esta sublimidade, pode ser relacionada ao que está revelado em 2 Coríntios 3.7-12, principalmente o v. 8, que diz: “Como não será de maior glória o ministério do Espí ito?” Aleluia! Esta passagem, juntamente com Romanos 8, é uma das mais ricas de toda a Bíblia sobre o indizível e glorioso ministério do Espírito nesta era da igreja. Ler I s 55.1; 44.3. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA UNIVERSALIDADE (VV. I7, I8). Nos tempos do Antigo Testamento, o Espírito Santo, por via de regra, permanecia en tre os fiéis (Ag 2.5; Is 63.11). Há poucos casos de homens a quem Deus encheu do seu Espírito para missões específicas, como os costureiros de Êxodo 28.3; Bezalel (Éx 31.3; 3 5.31); e Josué (Dt 34.9). 1. Habitação do Espírito. Nesta dispensação da igreja, isto é, do corpo místico dos salvos Cristo, o Espírito habita em toda pessoa por Ele regenerada e salva por Jesus (Jo 14.16,17; 1 Jo 4.13; Rm 8.9). Ao mesmo tempo, Jesus também quer batizar os crentes com o Espírito Santo, revestindo-os com poder para o serviço do Senhor (At 1.5; 2.1 -4, 32,33; Lc 24.49). Foi essa capacitação sobrenatural nos crentes dos primeiros tempos, o segredo do rápid o e vitorioso avanço do reino de Deus, apesar das limitações, sofrimentos e perseguições. Não há outra explicação. Hoje, com tantos recursos da ciência moderna, saberes e técnicas a rendidas nas escolas, o avanço é lento e, às vezes, quase nenhum. É a diferença entre a re quintada armadura de Saul sem o Espírito de Deus (I Sm 16.14), e o jovem Davi desp rovido dela, mas ungido e possuído pelo Espírito Santo (I Sm 16.13). 2. “Sobre toda a carne” (v.17). Isso fala de algo da parte de Deus para todos, em to dos os países, povos e raças do mundo. Também de imparcialidade. a) “Vossos filhos e vossas filhas”: Para a família, o lar; também, sem distinção de sexo. b) “Vossos jovens e vossos velhos”: Sem distinção de idade, pois Deus quer usar a todos, de um modo ou de outro. c) “Servos e servas”: Não há discriminação social. Deus abençoa os que são pequenos em si m , mas elevados no Senhor (Sl 115.13; Hb 8.11). Este manancial está a fluir desde o Dia de Pentecostes. O v.16 afirma: “isto é o que f oi dito pelo profeta”. Não é apenas para o futuro, mas também para os dias atuais. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA RIQUEZA (VV. 17,18). 1. Os dons espirituais. Juntamente com a promessa divina está escrito: “e profetizarão” (vv. 17,18). O batismo com o Espírito Santo abre caminho para a manifestação dos dons espirituais, segundo a vontade e propósitos do Senhor. Um desses gloriosos dons é o de profetizar pelo Espírito Santo, como consta em I Co 12.4-11, 28; 14.1-6, 22, 24, 29- 32; Rm 12. 6-8; Ef 4.11. 2. Os sinais sobrenaturais (Marcos 16.17, 18): Milagres, cura divina, línguas estr anhas, expulsão de demônios (At 2.43b). No desempenho do ministério de Jesus a operação de “maravilhas, prodígios e sinais” (At 2.22) eram precedidos pelo ensino e pregação (Mt 4.2 3; 9.35). O nosso ministério hoje não deve ser diferente; para isso o Espírito Santo f oi enviado por Deus para nos capacitar. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA FUTURIDADE (VV.19, 20). 1. Futuro profético. Avinda do Espírito Santo no Dia de Pentecostes para dotar os cr entes de poder, não se limita aos tempos atuais, mas adentra o futuro profético. Os sinais sobrenaturais esboçados nos vv. 19 e 20, bem como em outras passagens corre latas, aguardam cumprimento futuro. A efusão do Espírito terá a sua plenitude durante o milênio no reinado do Messias, como prediz Isaías 32.15-17. É justo crer que no rein o do Messias, o Espírito será amplamente derramado (Zc 12.10; Ez 39.29). 2. A promessa divina do Pentecostes em Joel 2.2 8. Esta promessa diz “derramarei o meu Espírito”; ao passo que no cumprimento em Atos 2.17, a Palavra diz “do meu Espírito derramarei”, denotando um derramamento parcial. Certamente isso foi revelado por Deus a Paulo, quando em Rm 8.23, fala em “primícias do Espírito”. 3. A profecia pentecostal de Joel 2.23. Esta profecia prediz a chuva “temporã” e a “serôdi a”. O mesmo está dito em Tiago 5.7,8. a) Chuva temporã. Na Bíblia, “chuva temporã” é uma referência ao Oriente Médio, em se trata e agricultura, às primeiras chuvas de outono (fins de outubro), logo após a semeadur a, para a germinação das sementes e crescimento das plantinhas. b) Chuva serôdia. São as últimas chuvas que precedem a colheita (fins de março), quando os grãos já estão amadurecidos. Profeticamente, como em JI 2.23; Tg 5.7,8; Os 6.3, a “ch uva serôdia” do Espírito Santo da promessa (Ef 1.13), precederá a superabundante colheit a espiritual para o reino de Deus. A PROMESSA DO PENTECOSTES A BARCA A SALVAÇAO (V. 21). 1. “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Em o nome do Senhor há poder para salvar em todo e qualquer sentido. Aqui, o original é “kyrios”, isto é, Jesus como o supremo Senhor de tudo e de todos. Ver Rm 10.9, 13; Fp 2.9-11. Este nome salva (At 4.12); protege (Sl 20.1); cura (At 3.6); expulsa demônios (Mc 16.17); socorre nas emergências e nos apertos (Sl 124.8). O Senhor Jesus reiteradamente falou sobre a vinda do Espírito Santo, o Consolador , para ficar conosco. Isto destaca a missão do Espírito na terra (Jo 7.39; 14.16, 17 , 26; 15.26; 16.7, 13; Lc 24.49; At 1.4, 5, 8). 2. Fonte de Vida. Em João 7.38, 39, Jesus falou do Espírito Santo sobre o crente, co mo um rio caudaloso e transbordante, o que fala de vida, subsistência, movimento, ruído, energia, destinação e renovação. Assim deve ser uma igreja realmente avivada pelo E spírito. 3. Trajetória de poder. Na história da igreja no livro de Atos, ela inicia sua traje tória com “grande poder” (4.33), e, encerra com “grande contenda” (28.29). O poder procede de Deus; a contenda dos homens. A origem do poder está em Deus (Sl 62.1 1); da contenda, no orgulho humano (Pv 13.10). Que Deus nos guarde e nos l ivre disso. Um povo avivado pelo Espírito deve, pela vigilância, evitar dissensões em qualquer lugar, e por onde andar. A Vinda do Espírito Santo = Atos 1.12-2.13 O rei Davi planejou a edificação do Templo e reuniu OS materiais necessários. Mas foi Salomão, seu sucessor, quem o erigiu (1 Cr 29.1,2). Jesus igualmente planejou a Ig reja durante seu ministério terreno (Mt 16.18; 18.17). Preparou os materiais human os, porém deixou ao seu sucessor e representante, o Espírito Santo, o trabalho de er igi-la. Foi no dia de Pentecoste que esse tem- PIO espiritual foi construído e che io da glória do Senhor (cf. Ex 40.34,35; 1 Rs 8.10,11; Ef 2.20,2). O dia de Pentec oste era o aniversário da Igreja, e o cenáculo, o local do seu nascimento. 1 - O Dia “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes…” O nome “Pentecoste” (derivado da palavra grega “cin nta”) era dado a uma festa religiosa do Antigo Testamento. A festa era assim denom inada por ser realizada 50 dias após a Páscoa (ver Lv 23.15-21). Observe sua posição no calendário das festas. Em primeiro lugar festejava-se a Páscoa. Nela se comemorava a libertação de Israel no Egito. Celebravam a noite em que o anjo da morte alcançou os primogênitos egípcios, enquanto o povo de Deus comia o cordeiro em casas marcadas co m sangue. Esta festa tipifica a morte de Cristo, o Cordeiro de Deus, cujo sangue nos protege do juízo divino. No sábado, após a noite de Páscoa, os sacerdotes colhiam o molho de cevada, previament e selecionado. Eram as primícias da colheita, que deviam ser oferecidas ao Senhor. Cumprido isto, o restante da colheita podia ser ceifado. A festa tipifica Crist o, “as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20). O Senhor foi o primeiro ceifado dos cam pos da morte para subir ao Pai e nunca mais morrer. Sendo as primícias, é a garantia de que todos quantos nele crêem segui-lo-ão pela ressurreição, entrando na vida eterna. Quarenta e nove dias eram contados após o oferecimento do molho movido diante do S enhor. E no qüinquagésimo dia - o Pentecoste - eram movidos diante de Deus dois pães. Os primeiros feitos da ceifa de trigo. Não se podia preparar e comer nenhum pão ante s de oferecer os dois primeiros a Deus. Isto mostrava que se aceitava sua sobera nia sobre o mundo. Depois, outros pães podiam ser assados e comidos. O significado típico é que os 120 discípulos no cenáculo eram as primícias da igreja cristã, oferecidas iante do Senhor por meio do Espírito Santo, 50 dias após a ressurreição de Cristo. Era a primeira das inúmeras igrejas estabelecidas durante os últimos 19 séculos. O Pentecoste foi a evidência da glorificação de Cristo. A descida do Espírito era como u m “telegrama” sobrenatural, informando a chegada de Cristo à mão direita de Deus. Também t estemunhava que o sacrifício de Cristo fora aceito no Céu. Havia chegado a hora de p roclamar sua obra consumada. O Pentecoste era a habitação do Espírito no meio da Igrej a. Após a organização de Israel, no Sinai, o Senhor veio morar no seu meio, sendo sua presença localizada no Tabernáculo. No dia de Pentecoste, o Espírito Santo veio habita r na Igreja, a fim de administrar, dalí, os assuntos de Cristo. O Local (At 1.12-14) “Estavam todos reunidos no mesmo lugar”. O horário era antes das nove da manhã (a hora d o culto matutino). O lugar era o cenáculo (At 1.14) duma casa particular, local re gular para a observância de festas religiosas, tais como a Páscoa. Embora esses cren tes provavelmente freqüentassem as reuniões de culto três vezes por dia no Templo, tam bém gastavam muito tempo no cenáculo, onde “perseveravam unânimes em oração”. Cada grupo presente nos sugere uma verdade. Os apóstolos, que seguiram a Jesus des de o início, eram as verdadeiras colunas da Igreja (Ef 2.20). Judas estava ausente . E possível seguir a Jesus durante anos e ainda perder a bênção suprema. As mulheres no meio do grupo eram heroínas anônimas da fé (ver Lc 8.2,3). Maria, a mãe de Jesus, foi r evestida pelo Espírito Santo para que desse à luz a Cristo. Agora, ela esperava outr o derramamento que traria a lume o Cristo espiritual. Os irmãos de Jesus, embora não cressem nEle antes (Jo 7.5), agora humildemente se submetem ao Irmão e o reconhec em como Senhor. O Som “E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu to da a casa em que estavam assentados”. Foi como se uma tempestade tivesse entrado n a casa sem continuar o seu caminho. O vento é um conhecido símbolo do Espírito Santo ( Ez 37.1-14; Jo 3.8). O vento, representante do sopro divino, encheu primeiro o c enáculo, a casa de Deus, e em seguida os indivíduos que adoravam. Passou, então, a se espalhar pela terra em poder vivificante. Como na criação, quando o Espírito do Senhor pairava sobre as águas (Gn 1.2). Podemos imaginar o Cristo glorificado, em pé, à mão di reita de Deus, soprando sobre os 120 e dizendo: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22; cf. 1 Co 15.45). A Visão “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sob re cada um deles”. Esta manifestação deve ter feito os discípulos lembrarem-se das palav ras de João Batista: “Batizará com o Espírito Santo, e com fogo”. Diante dos seus olhos es tava a evidência física do cumprimento desta profecia. E qualquer judeu entenderia muito bem que o fogo proclamava a presença de Deus, tr azendo à memória incidentes, como a sarça ardente (Ex 3.1,2), o fogo no monte Carmelo (1 Rs 18.36-38), o pilar de fogo no deserto e a vocação de Ezequiel (Ez 1.4). As língu as de fogo se assentando em cada um deles indicava que surgia uma nova dispensação. O Espírito de Deus já não seria concedido à comunidade como um todo, e sim a cada membro individualmente. A forma do fogo, em línguas, indicava que o dom de línguas sobrena turais tinha sido outorgado a esta companhia de pessoas. O Espírito, como o fogo, dá luz, purifica, dá calor e propaga-se. O Falar em Línguas Apareceu em seguida a realidade da qual o vento e o fogo eram símbolos: “E todos for am cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Sa nto lhes concedia que falassem”. Notemos alguns fatos importantes sobre o falar em línguas. O que produz esta manifestação? O impacto do Espírito de Deus sobre a alma hum ana. E tão direto e com tanto poder, que a pessoa fica extasiada, falando de modo sobrenatural. Isto pelo fato de a mente ficar totalmente controlada pelo Espírito. Para os discípulos, era evidência de estarem completamente controlados pelo poder d o Espírito prometido por Cristo. Quando a pessoa fala uma língua que nunca aprendeu, pode ter a certeza de que algu m poder sobrenatural assumiu o controle sobre ela. Alguns argumentam que a manif estação do falar em línguas limitou-se à época dos apóstolos. Aconteceu para ajudá-los a es elecer o Cristianismo, uma novidade naquela época. Não existe, no entanto, limites à c ontinuidade dessa manifestação no Novo Testamento. Mesmo no quarto século depois de Cristo, Agostinho, o notável teólogo do Cristianismo, escreveu: “Ainda fazemos como fizeram os apóstolos, quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o Espírito mediante a imposição das mãos. Espera-se por parte dos convertidos que falem em novas línguas.” Ireneu (115-202 d.C .), notável líder da Igreja, era discípulo de Policarpo, que por sua vez foi discípulo d o apóstolo João. Ireneu escreveu: “Temos em nossas igrejas muitos irmãos que possuem don s espirituais e que, por meio do Espírito, falam toda sorte de línguas”. A Enciclopédia Britânica declara que a glossolalia (o falar em línguas) “ocorreu em reavivamentos cri stãos durante todas as eras; por exemplo, entre os frades mendicantes do século XIII , entre os jansenistas e os primeiros quaquers, entre os convertidos de Wesley e Whitefield, entre os protestantes perseguidos de Cevennes, e entre os irvingita s”. Podemos multiplicar as referências, demonstrando que o falar em línguas, por meios sobrenaturais, tem ocorrido em toda a história da Igreja. (Nota: O falar em línguas nem sempre é em língua conhecida. Ver 1 Co 14.2.) Têm havido casos, recentes de pessoas falarem, por meio de um poder sobrenatural, línguas que nunca aprenderam, e de haver na congregação quem as entendesse. O livro de S.H. Frodsham, Com Sinais que se Seguiam, contém muitos exemplos de tais ocorrência s. Alguns ficaram perpiexos diante deste fenômeno novo e estranho, e perguntaram: “Q ue quer isto dizer?” Outros zombavam, dando a entender que os discípulos estavam bêbad os. Ensinamentos Práticos 1. O dom e o sinal. Enquanto Elias aguardava a revelação do Senhor, no monte Horebe, ouviu um vento, um terremoto, um incêndio e, finalmente, uma voz tranqüila e suave. Deus estava na voz tranqüila e suave. Não na violenta comoção dos elementos. Deus empre ga meios mais barulhentos para atrair a atenção dos homens. Sua verdadeira mensagem, porém, é falada diretamente ao coração. Semelhantemente, Deus mandou o vento, o fogo e as línguas no dia de Pentecoste - v erdadeiras manifestações do Espírito. No âmago destas manifestações espetaculares havia o p opósito de Deus de converter os corações humanos ao Evangelho. É um erro procurar as língu as por si só. Busquemos a pessoa do Espírito, e o sinal será acrescentado. 2. Reavivamento precedido por oração. “Estavam todos reunidos no mesmo lugar”. Há muitos a nos, certo ministro da Turquia, não muito familiarizado com os costumes da Europa, foi levado a um concerto. Escutava os músicos afinando seus instrumentos e não se s entia bem. Logo irritou-se e saiu do auditório. Confundiu a afinação com a música propri amente dita. Deveria ter esperado até que o regente tomasse seu lugar. Então ouviria as mais belas harmonias. Por dez dias os discípulos afinaram-Se. Agora, o Regente celestial estava pronto p ara dirigir o grande Antema de Pentecoste. E um ditado popular entre os crentes que o evangelista não traz um reavivamento na sua mala. Mas quando todos oram de c omum acordo é porque está próximo o reavivamento. 3. Eco celestial. “Veio do céu um som…” Nossas orações fazem eco às promessas de Deus. E as spostas de Deus formam o eco das nossas orações. Dois instrumentos de cordas podem s er afinados com o mesmo diapasão. Se são tocadas as cordas de um deles, as cordas do outro vibram em simpatia. Se nossos corações se afinam com a vontade de Deus. Se no ssos espíritos vibram em oração. Então, podemos esperar que haja semelhante vibração no Céu espondendo à nossa oração. Nosso clamor proferido na terra será respondido por um som ce lestial. 4. A língua de fogo. Certo jovem ministro, pregando na presença do ‘famoso Dr. Talmadg e, queria impressioná-lo com sua sabedoria. Mas a análise do Dr. Talmadge era: “Jovem, ou coloque mais fogo nos seus sermões, ou jogue mais dos seus sermões no fogo!” A ver dadeira eloqüência não é uma questão de se dispor as palavras com perícia; é uma seqüência vras que transbordam de um coração aceso com fogo celestial. O pregador verdadeirame nte eloqüente é aquele cujo coração foi inflamado com fogo dos altares do Céu. 5. Fogo pentecostal. W. Arthur escreveu em seu livro “A Língua de Fogo”: “imaginemos que visitássemos um exército sitiando uma fortaleza, e os soldados dissessem que haveri am de abatê-la. Perguntaríamos ‘Como?’ e eles mostrariam a bala do canhão. Bem, esta não po sui poder, porque, se todos os homens do exército a lançassem contra a fortaleza, não fariam nela impressão alguma. Depois dizem: ‘Olhem o canhão’. O canhão, porém, não possui p r algum; uma criança pode montar nele, um pássaro pode fazer seu ninho nele; é urna máqu ina e nada mais. ‘Mas, olhem a pólvora’. Bem, esta também não possui poder, porque uma cri ança pode derrubá-la e os pássaros podem ciscar nela. Quando, porém, se coloca a bala qu e não possui poder, no canhão, juntamente com a pólvora, urna centelha de fogo transfo rma a pólvora em relâmpago e a bala em golpe violento. Assim acontece com a organização eclesiástica; temos o equipamento, mas precisamos do batismo do fogo!” 6. Ventos celestiais. Disse Jesus: “O vento assopra onde quer…” Como podemos ficar no caminho certo onde sopra o vento celestial, a fim de sermos “inspirados pelo Espírit o Santo”? (2 Pe 1.21). Primeiro, precisamos de “velas” espirituais, ou seja, o desejo e a receptividade para receber a bênção. Depois, devemos freqüentar os lugares onde sopr am os ventos de Deus - reuniões de oração, estudos bíblicos, cultos de reavivamento. 7. Ficando prontos para o poder espiritual. Podemos desejar o poder espiritual, mas estamos prontos para recebê-lo? Deus o pode confiar às nossas mãos? Estamos dispos tos a deixar Deus operar segundo a maneira dEle? Nós queremos tomar posse do poder e fazer uso dele. Deus quer que o poder tome pos se de nós e faça uso de nós. Se nos entregamos ao poder, deixando-o dominar em nós, o po der nos será entregue para dominar através de nós. Algumas pessoas suspiram de vontade para terem mais do Espírito Santo, porém, a verdade é que o Espírito Santo quer ter mai s de nós! 8. Ficando cheios do Espírito. “Todos ficaram cheios do Espírito Santo”. Podemos disting uir três fases desta plenitude. A original, quando o crente recebe o Espírito Santo pela primeira vez, sendo nEle batizado (At 1.5; 2.4; 9.17). Depois, existe aquel a condição que se descreve com as palavras: “Cheio do Espírito Santo” (At 6.3; 7.55; 11.24 ), que explicita o comportamento diário do homem espiritual. Quais as evidências de que alguém está cheio do Espírito? (GI 5.22,23). Finalmente, há rev estimentos do Espírito para ocasiões especiais. Paulo recebeu a plenitude do Espírito Santo após a sua conversão, mas Deus lhe concedeu um revestimento especial para repr eender o poder do diabo. Pedro ficou cheio do Espírito no dia de Pentecoste, mas D eus lhe concedeu uma unção especial quando ficou na presença do concílio dos judeus (At 4.8). Os discípulos todos tinham recebido o batismo no Espírito Santo no dia de Pent ecoste, mas, em resposta às suas orações, Deus lhes concedeu um revestimento especial para fazerem frente à perseguição por parte dos líderes dos judeus (At 4.31). Uma pessoa pode ter a plenitude do Espírito Santo na sua vida, e ainda pedir um derramamento especial para subir ao púlpito, equipando-o com unção especial para falar. Ser cheio do Espírito é mais do que um privilégio; é um dever. “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). O que significa viver urna vida cheia do Espírito? Em primeiro lugar, consideremos a falta de tal experiência: mundanismo, falta de preocupação pelos perdidos, falta de testemunho, retenção do dinheiro devido às ofertas a Deus, falta de oração e de leitura bí lica, atitude de indulgência para com o pecado. Consideremos também as indicações positi vas de uma vida cheia do Espírito Santo: Gálatas 5.22,23. 9. A inteligibilidade do Evangelho. “Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” Os discípulos literalmente falavam outras línguas, de fo rma milagrosa. A lição espiritual sugerida é que o Evangelho deve ser apresentado de forma inteligível a todas as nações e classes. O p regador deve saber pregar aos cultos e analfabetos, adultos e crianças, respeitado s e excluídos pela sociedade. Alguém disse de seu pastor muito letrado: “Durante seis dias da semana, ele é invisível; e no sétimo dia, é incompreensível”. Se tal pastor convive se mais com seu povo, conheceria suas necessidades e saberia falar sua linguagem . 10. Vinho do Espírito. “Estão cheios de mosto” (literalmente, cheios de “vinho novo”). Esta palavras de zombaria eram verdadeiras, espiritualmente falando. Ser salvo e che io do Espírito é uma santa embriaguez. Afinal, o Senhor entra na vida do ser humano, despertando-o dos seus pecados e mudando todos os seus valores e pontos de vist a. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é…” Não é de surpreender que o mundo idere o Evangelho loucura, e os crentes corno loucos. Segundo o Evangelho, devem os morrer para viver, estar perdidos para sermos achados, condenados para sermos redimidos. Devemos possuir nada a fim de possuir tudo, e nos humilhar para serm os exaltados. Os efeitos dessa “embriaguez” são: exercer influência espiritual, inspirar confiança, entu siasmo, alegria, paz, coragem. Não é de estranhar que Paulo dissesse: “E não vos embriag ueis com vinho, em que há contenda, mas enchei- vos do Espírito”. O derramamento do Espírito Santo (2:1-13). Depois de terminarem os dias de espera, o Espírito Santo veio sobre o grupo reunid o dos discípulos de modo inédito, acompanhado de sinais sobrenaturais e fazendo com que irrompessem em louvores a Deus em línguas diferentes das suas próprias. Na medid a em que os discípulos saíam para as ruas, a sua atividade estranha atraía a atenção das p essoas que ficaram atônitas com aquilo que ouviram. Muitas ficaram assombradas, ma s algumas estavam dispostas a buscar uma explicação racionalística e algo desonrosa da quilo que acontecia. Somente Lucas se refere à história de como o Espírito veio sobre a igreja pela primeir a vez, mas está firmemente assegurada a historicidade essencial do incidente.’0 Sua colocação em Atos corresponde à posição do nascimento de Jesus no Evangelho, e o seu signi ficado é que a igreja agora está equipada com a tarefa do testemunho e da missão, e im ediatamente passa a empreendê-la. A história contém o cumprimento da profecia em 1:4-5 e, assim, descreve como os discípulos foram batizados com o Espírito Santo; mais co rretamente, é a primeira ocorrência desta experiência. Ao mesmo tempo, o evento cumpre as profecias de Isaías 32:15 e 31 2:28-32, indicando, assim, que chegaram os último s dias. Alguns estudiosos detectaram na história um contraste deliberado com a his tória de Babel (Gn cap. 11) e o equivalente cristão à outorga da Lei no Sinai. A prime ira destas possibilidades no tem base no texto, ao passo que a evidência em prol d a última é mais sólida, mas não convence totalmente. Pentecoste é o nome dado no Novo Testamento à Festa das Semanas, quando a ceifa do t rigo era celebrada por uma festa de um dia, durante a qual se oferecia sacrifícios especiais (Ëx 23:16; Lv 23:15:21;, Dt 16:9-12). Assim como outras festas se assoc iavam com eventos na história de Israel (e.g. a Páscoa com o êxodo do Egito), assim ta mbém no judaísmo a festa se associava com a renovação da aliança feita com Noé e depois com Moisés (Jubileus 6); no judaísmo do século II, o Pentecoste foi considerado como sendo o dia em que a Lei foi outorgada no Sinai. É interessante que havia unia tradição rabínica que dizia que a Lei foi promulgada por D eus nas línguas das setenta nações do mundo, mas no podemos ter a certeza de que esta tradição fosse corrente no século 1. Os discípulos ainda estavam em Jerusalém; alguns estu diosos pensam que estavam no - templo, tendo em vista a palavra “casa” no v. 2, mas “c asa”, empregada assim em isolamento, no pode significar o templo. Sem dúvida, há referên cia à companhia de 120 pessoas, e no apenas os doze apóstolos, reconstituídos. Visto que, noutros lugares, o Espírito é assemelhado ao vento, e que a palavra aqui empregada (Grego pneuma), pode ter ambos os sentidos, no é de se estranhar que o p rimeiro dos dois símbolos que acompanhavam a Sua chegada era um som como de um ven to; Lucas o descreveu como sendo quase palpável quando disse que encheu toda a cas a. A linguagem, conforme devemos notar, é aquela da analogia — um som como o do vento — e indica que tratamos com urna ocorrência sobrenatural. O simbolismo relembra as te ofanias do Antigo Testamento (2 Sm 22:16; Jó 37: 10; Ez 13:13): o vento é um sinal da presença de Deus como Espírito. O segundo símbolo f oi o fogo. Uma chama se dividiu em várias línguas, de modo que cada urna delas pouso u sobre uma das pessoas presentes. Outra vez, a descrição é analógica como de fogo. E, m ais urna vez, relembramos as teofanias do Antigo Testamento, especialmente aquel a no Sinal (Êx 19:18), mas a situação histórica é provavelmente a associação que João Batis z entre o Espírito e o fogo como meio de purificação e julgamento (Lc 3:16). Com estes sinais externos, veio o Espírito Santo como realidade interna e invisível que demonstrou a Sua presença mediante os efeitos sobre os discípulos. Lucas emprega a expressão ficaram cheios para descrever a experiência. Esta palavra se emprega qu ando as pessoas recebem o revestimento inicial do Espírito para capacitá-las para o serviço de Deus (9:17; Lc 1:15), e também quando ficam inspiradas para fazerem decla rações importantes (4:8, 31; 13:9); palavras afins se empregam para descrever o proc esso contínuo de ser cheio com o Espírito (13:52, Ef 5:18) ou o estado correspondent e de estar cheio (6:3; 5; 7:55; 11:24; Lc 4:1). Estas referências indicam que se u ma pessoa já está cheia do Espírito, pode receber um novo revestimento para uma tarefa específica, ou um enchimento contínuo. É importante observar, também, que aquilo que aq ui se chama “ficar cheio”, também é chamado “batismo” (1:5 e 11:16), um “derramamento” (2:1 10:45), e um “recebimento” (10:47). O ato básico de receber o Espírito pode ser descrit o como ser “batizado” OU “cheio’ mas o verbo “batizar” não se emprega para experiências sub es. Boa parte da confusão teológica seria evitada se tomássemos o cuidado de empregar este s termos conforme a maneira bíblica. Devemos notar, outrossim, que aquilo que mais tarde aconteceu a Cornélio e à sua família foi o mesmo que aconteceu no Pentecoste (1 1:15); na ocasião da converso, o crente experimenta o seu próprio “Pentecoste”. É provável que Lucas tenha empregado o termo “cheios” neste contexto, porque o Espírito in spirou aqueles que O receberam a falar em outras línguas. Vv 6, 8 e 11 demonstram que se trata de línguas humanas. Surgem, assim, duas dificuldades. Em primeiro lugar, a maioria dos comentaristas pensa que o dom de línguas descrito em 1 Coríntios caps. 12 e 14 fosse a capacidade de falar em línguas não-humanas (as “líng uas dos anjos”, 1 Co 13:1). Supondo-se que é improvável que tenha havido dois tipos di ferentes de fenômenos, alega- se freqüentemente que Lucas ou entendeu erroneamente o u deliberadamente reinterpretou uma tradição anterior que descrevia o tipo de línguas aludidas por Paulo. Em segundo lugar, sustenta-se que esta conclusão é confirmada pe las análises lingüísticas modernas das línguas faladas nos movimentos pentecostais atuai s, como sendo línguas não-humanas. E difícil, no entanto, deixar de lado a evidência de pessoas da atualidade que decla ram que ouviram suas próprias línguas faladas por aqueles que têm o dom de línguas. Além d isto, não é totalmente impossível que Paulo se referisse a línguas humanas, ou que houve sse emprego de línguas humanas e celestiais ao mesmo tempo (1 Co 13:1 — “as línguas dos homens e dos anjos”). Dunn (Jesus, págs. 151-2) sugere que o que aconteceu foi que o s ouvintes pensavam escutar e reconhecer, nas suas próprias línguas, palavras e fras es de louvor a Deus. Devemos supor que, em dado momento, os discípulos deixaram o cenáculo e entraram em contato com as multidões reunidas em Jerusalém para a festa; habitando não precisa nec essariamente subentender a residência permanente, embora, na realidade, muitos jud eus voltaram da Dispersão para Jerusalém, para ali findar os seus dias. A presença e p articipação deles naquilo que aconteceu constituiu-se em indício da significância do eve nto para o mundo inteiro. Sem embargo, todos eram judeus ou prosélitos, e não eram p agãos; mesmo assim, serviam de símbolo da necessidade que a humanidade tem de recebe r o evangelho, e da conseqüente responsabilidade da igreja para cumprir a sua missão . A voz dos discípulos que clamavam alto lançou perplexidade sobre a multidão, porque não podia compreender como galileus conseguiram falar as várias línguas dela. A objeção já foi levantada que a maioria daqueles que estavam na multidão deviam falar Aramaico ou Grego, as duas línguas que os discípulos também decerto falavam, e que o milagre das línguas era, portanto, desnecessário. Esta dificuldade, porém, certamente era óbvia para Lucas também. O que era importante é .que se falavam as várias línguas maternas, vernac ulares, destes povos. Talvez estranhemos como as multidões sabiam que os discípulos eram galileus. Um simples relance nas palavras atribuídas às multidões nos vv 7.11 indicará que não passa m de resumo das várias coisas que estavam sendo ditas, combinadas, por razões literári as, numa só declaração coral, e, portanto não precisamos supor que mais do que uns pouco s da multidão sabiam reconhecer que os discípulos eram galileus. Lucas, ainda continuando sua versão global daquilo que os vários membros da multidão d evem ter dito, passa a nos dar uma lista das nacionalidades representadas. Começa com três países ao leste do Império Romano, na área conhecida como Pérsia ou Irã, e depois com uma mudança de construção), continua para o oeste, para a Mesopotâmia, o Iraque mode rno, e a Judéia. Seguem-Se então, várias províncias e áreas na Ásia Menor (a moderna Turqui ), e, depois, o Egito e área imediatamente para o oeste, seguida por Roma. Depois, há uma declaração geral que se aplica a todos os povos em epígrafe: havia uma população ju aica considerável em cada urna destas áreas, e a presença dos judeus freqüentemente leva va à conversão dos gentios para se tomarem prosélitos. Finalmente, e de modo algo surpreendente a lista inclui pessoas da Creta e da Aráb ia. É uma lista surpreendente e ninguém tem conseguido dar uma explicação satisfatória de por que inclui aquela seleção específica de países, nem porque aparecem nesta ordem estr anha. Certamente não foi inventada pelo próprio Lucas. Basta, então, observar que a li sta claramente visa ser uma indicação de que estavam presentes pessoas de todas as p artes do mundo conhecido, e talvez que haveriam de voltar aos seus próprios países c omo testemunhas daquilo que acontecia. Todas elas, como adoradores de Javé, podiam perceber que os cristãos estavam celebrando as obras poderosas de Deus. A reação primária era de incompreensão. As multidões naturalmente estavam sem saber o que estava acontecendo, e esta situação criou a oportunidade para Pedro dirigir-se a ela s, explicando do que se tratava. Mais especificamente, recebeu uma razão para começa r seu discurso, no fato de algumas pessoas estarem dispostas a explicar o falar em línguas como resultado de bebidas fortes; esta seria a explicação que alguém naturalm ente daria se ouvisse pessoas fazendo sons inintelegíveis, que seria a impresso qu e algum ouvinte receberia, se no reconhecesse a língua específica que estava sendo e mpregada. O DIA DE PENTECOSTES = ATOS 2. 1-12 O primeiro derramamento do Espírito Santo naquele dia foi um acontecimento histórico , O Espírito Santo veio a este mundo, inaugurando uma nova dispensação, chamada também d e ministério do Espírito (II Co 3.6-8). Cada crente pode ter da parte de Deus o seu Dia de Pentecostes. Aleluia! OS DISCÍPULOS SUBIRAM PARA O CENÁCULO Eles estavam cheios de alegria (Lc 24.52). Haviam visto Jesus subir ao céu com as suas mãos estendidas para abençoá-los (Lc 24.50,5 1). Dois anjos haviam aparecido fala ndo-lhes que Jesus voltaria assim como para o céu Ele havia subido. A ordem de Jes us de que deveriam esperar em Jerusalém a promessa do Pai, continuava soando em se us ouvidos, As características da oração daqueles discípulos, segundo o texto sagrado, m uito nos ensina. 1. Oração perseverante, At 1.14. O firme propósito daqueles 120 crentes reunidos no cenáculo era ficar ali até receberem a bênção. Veja também Is 40.31 Is 62.6,7, Os 10.12. 2. Oração unânime, At. 14. Preciso haver união entre os que oram. Onde há união, o Senhor o dena a bênção, (Sl. 133). Desunião e inimizade impedem a resposta às orações (Mt 5.24, Mc 1 5). A concordância na oração tem promessa especial (Mt 18.19). 3. Oração definida. O assunto daquela oração era um só: o cumprimento da promessa do Pai c onforme Atos 1.4,5, 8. Pouco antes foram tentados a dispersar a atenção, especulando acerca de tempos futuros (At 1.7). Todavia nada deve desviar a nossa mente do p ropósito da oração. 4. Oração com fé. Não ficaram ocupados com discussões estéreis sobre se Jesus realmente bat zava, ou não, nem se esta bênção era realmente para aquele tempo ou se para outro. A pro messa de Jesus ocupava suas mentes e corações. E enquanto oravam, a fé era fortalecida (Rm 4.20,2 1). E é pela fé que se recebe o batismo com o Espírito Santo, (Gl 3.14). DIA DE PENTECOSTES - DEUS CUMPRIU SUA PROMESSA Pentecostes era uma das três grandes festas sagradas celebradas em Israel (Dt 16.1 6; Lv 23.16-22). Aconteciam 50 dias após a Páscoa, daí o nome Pentecostes que quer diz er qüinquagésimo. Era também chamada a festa das semanas (sete semanas após a Páscoa), dia das primícias, festa da colheita. Esta festa assinalava o término da colheita da ce vada (Lv 23.16) e era um dia de júbilo e de gratidão ao Senhor pelas bênçãos da colheita. Deus escolheu o dia em que os judeus celebravam a festa de Pentecostes para cump rir o que estava prometido por instrumentalidade de seus profetas. No dia em que Jesus batizou os primeiros crentes com o Espírito Santo estavam em Jerusalém para a festa muitos judeus e muitos convertidos ao judaísmo (prosélitos) procedentes de mu itas nações. 1. Jesus derramou o Espírito Santo sobre todos no dia de Pentecostes (At 2.1-3). C umprindo-se o dia, veio de repente do céu um som como de um vento veemente, e todo s foram batizados com o Espírito Santo. Este batismo é uma obra de Deus. O oficiante deste batismo é Jesus. Dele disse João Batista: “Ele vos batizará…” (Mt 3.11). O que Deus romete com a sua boca, Ele faz com as suas mãos. Ele estendeu as suas mãos abençoadora s e “raios brilhantes saíram da sua mão” (Hc 3.4). No dia de Pentecostes o Espírito Santo foi percebido como um vento. Este símbolo do Espírito Santo foi empregado por Jesus, e contém ensinos sobre a forma de operar do Espírito Santo. a. O vento é soberano. Jesus disse: “o vento assopra para onde quer…, (Jo 3.8 a). O ve nto não pode ser dirigido pelos homens. Estes aprendem as leis da natureza que reg em os ventos, e tiram proveito da sua força, mas nunca podem dirigi-lo. b. O vento é invisível. Pode-se ouvir o seu ruído, observar os efeitos de seu moviment o e senti-lo soprar, mas “não sabemos donde vem nem para onde vai” (Jó4.15;Jo 3.8). O ve nto é importante para a polinização e conseqüente fecundação das flores, tendo como resulta o a frutificação. Assim também o Espírito vivifica (Jo 6.63; Gl 5.2 2). DIA DE PENTECOSTES – DIA DE RESPOSTA DIVINA No batismo com o Espírito Santo a única participação do homem é receber, estendendo a Deus as suas mãos através da oração. Os discípulos haviam ficado em oração durante 10 dias, agu ando o cumprimento da promessa de Jesus. E de repente veio à resposta. Que alegria ! Importante destacar que pelo fato de os discípulos terem permanecido durante dez dias em oração, não os tornou merecedores desta bênção. Nem tampouco a oração era necessária para convencer a Deus da necessidade de batizá-los, pois Deus sempre deseja batizar seus servos. A oração era necessária para preparar o coração dos discípulos. O caminho para a bênção foi preparado com oração. DIA DE PENTECOSTES - DIA DE LÍNGUAS DE FOGO 1. Deus se manifesta em fogo! (Êx 19.17,18; Hb 12.29). Deus se manifestou a Moisés e m uma chama de fogo no meio de uma sarça, a qual ardia no fogo, mas não se consumia (Ex 3.2). Daniel viu o trono de Deus em chama de fogo (Dn 7.9,10). Malaquias o d escreveu como o fogo do ourives, o qual purificará os filhos de Levi como ouro e c omo a prata; o fogo de Deus queimando todas as escórias (Ml 3.2,3). João viu a Jesus glorificado com olhos como chama de fogo (Ap 1.14,15). 2. O Espírito Santo veio com línguas repartidas como que de fogo (At 2.3). O batismo com o Espírito Santo é batismo de fogo (combustão que emite luz e calor). Os 120 cren tes reunidos no cenáculo foram queimados pelo fogo de Deus; foram cheios do poder de Deus, e foram transformados em testemunhas. E que testemunhas! Saíram do cenáculo para abalar o mundo! Somente no primeiro dia quase três mil pessoas aceitaram a C risto. O fogo tem a característica de propagar-se. O Espírito Santo nestes últimos dia s produziu um ardor bendito que se difundiu por toda parte, irradiando-se pelo m undo. Perseguições e mortes não puderam deter a expansão desta chama. Quando o crente re cebe o batismo de fogo, ele se torna uma luz intensa (Sl 104.4; Hb 1.7). DIA DE PENTECOSTES - DIA DE REVESTIMENTO DE PODER 1. “Todos foram cheios do Espírito Santo” (At 2.4). Receberam a vida abundante de que Jesus havia falado (Jo 10.10). Foram cheios da glória de Deus. Assim como no passa do aconteceu com o Tabernáculo (Êx 40:34) e com o Templo (2 Cr 7.1,2), o “tabernáculo te rrestre” (2 Co 5.1) daqueles discípulos foi cheio da glória e da presença de Deus. 2. A maior necessidade dos discípulos era o poder de Deus. Era isto que lhes falta va, e que foi a causa de terem fracassado. Todos fugiram quando Jesus foi preso (Mt 26.56). Deixaram-no só. Pedro negou seu Mestre (Mt 26.69-75). Após a morte de Je sus reuniram-se a portas fechadas, com medo dos judeus (Jo 20.19). Com a experiênc ia do batismo com o Espírito Santo receberam o poder que necessitavam. Esta é a essênc ia do batismo! Este poder transforma o modo de viver. As portas cerradas abriram -se, o medo acabou e foi substituído por uma ousadia invencível (At 4.13). Alegria e coragem dominavam os discípulos. Mas em si mesmos sentiam-se fracos e de pendentes de Deus, sabendo que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza (II Co 12 .9,10). Cada discípulo podia testificar pessoalmente: “a sua eficácia opera em mim pod erosamente” (Cl 1.29). Os 120 crentes batizados com o Espírito Santo glorificavam a Deus em alta voz e, em outras línguas, falavam das grandezas de Deus (At 2.11). O ESPIRITO SANTO E A EVANGELIZAÇÃO DO MUNDO 1. Jesus promete derramar o Espírito Santo. Quando Jesus se despediu dos seus discíp ulos, antes de ser recebido nos céus, disse: “Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, corno em toda J udéia Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Isto significa que o propósito principal do batismo com o Espírito Santo é o de conced er poder ao crente para evangelizar. “E, vendo-o eles, foi elevado às alturas” (At. 1. 9). É impressionante que as últimas palavras ditas por Jesus neste mundo foram: “Ser-m e-eis testemunhas… até aos confins da terra”. 2. A visão missionária de Jesus. O tema principal no momento da ascensão e despedida d e Jesus foi à sua visão missionária. Ele disse aos discípulos, naquele momento, que o ev angelho seria pregado até aos confins da terra, e eles seriam suas testemunhas nes ta obra missionária. E assim foi. Os Atos dos Apóstolos narram o início desta gloriosa tarefa. Os sete primeiros capítulos relatam os fatos que deram início à pregação do evang elho em Jerusalém, a partir do Pentecoste. N capítulo 8 vemos o evangelho entrar por toda a Judéia e Samaria; e do capítulo 10 até ao fim do fiemos o evangelho chegar aos gentios, até aos confins da terra, cumprin do-se, assim, a ordem do Senhor naqueles tempos. O livro dos Atos findou com o c apítulo 28, mas o cumprimento do IDE de Jesus continua, em nossos dias, com o mesm o poder, onde quer que o evangelho seja pingado (Rm. 1521). Assim continuará até ao fim. Aleluia! O ESPIRITO SANTO E A VISÃO MISSIONARIA 1. Despertando a visão missionária dos discípulos. Os discípulos estavam diante da grand e tarefa de “pregar o evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15), e necessitavam de um poderoso despertamento da visão missionária. Eles ainda não tinham compreendido a gran deza da obra realizada por Jesus. Esta só se tomou clara quando o Espírito Santo lhe s foi concedido no dia do Pentecoste, pois receberam uma nova visão a respeito do que lhes havia sido dito pelo Senhor, quando ainda estava com eles. Quando Jesus evangelizou a mulher de Samaria, “maravilharam-se de que estivesse falando com um a mulher”, então Jesus lhes disse “Levantai os vossos olhos, e vede as terras” (Jo. 4: 2 7-35) 2. A revelação gradativa da obra missionária. O Espírito Santo foi-lhes revelando pouco a pouco o plano de Deus, incentivando-os, de acordo com a palavra de Jesus, a co meçarem em Jerusalém (Lc 24:47-49, At 1.8). Depois os dirigiu para a Judéia e Samaria (At 8.4,5); e ordenou a Filipe evangelizar o eunuco etíope, e este logo foi batiza do (At 827,37-39). Logo depois Pedro teve uma visão missionária, pela qual foi orientado, e assim levou a palavra a Cornélio, onde o poder de Deus se manifestou (At 10.42-48). Mais tarde o Espírito Santo dirigiu o apóstolo Paulo e seus companheiros a evangeliz ar a Europa (At 16. 6,7,9-12). O Espírito Santo continua a ordenar “obreiros para ev angelização do mundo. Ele continua a falar a Igreja sobre a primazia da obra missionár ia. Importa-nos ouvir a sua voz e receber a visão missionária. O ESPÍRITO SANTO CHAMA OBREIROS PARA MISSÕES 1. O Espírito Santo escolhe obreiros para missões (At 13.1-4). Ele revelava os nomes dos que haviam sido chamados para a obra. O Espírito ainda fala! Quem quer ir por nós? (Is. 6: 8). “Quem tem ouvidos, ouça” (Ap. 2: 7) 2. O Espírito reveste o crente para a obra de missões. O Espírito Santo dá ao crente a d isposição de se entregar inteiramente nas mãos do Senhor. Somente o Espírito Santo pode incentivar o crente a renunciar a si mesmo e entregar-se sobre o altar de Deus. Ele di vitória ao crente para vencer as forças que em sua vida opõem- se à vontade de De us. O crente passa a sentir-se um “devedor” e torna-se disposto a ir anunciar o evan gelho (Rm 1.14,15). O ESPIRITO SANTO CONFIRMA A OBRA MISSIONARIA 1. Jesus confirma com sinais a sua obra. Ele nunca envia alguém para nada fazer. Lemos em Mc 16.20: “Eles tendo pregado por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, confirmando a palavra com sinais que se seguiam”. A obra é realmente de Deus e os que com Ele trabalham, são simples instrumentos na s ua mão (At 11.21). 2. O Espírito Santo dá poder à mensagem (2 Pe 1.21). Assim a palavra entra “em poder no Espírito Santo e em muita certeza” (1 Ts 15) A mensagem missionária não é uma introdução de as políticas e culturais, adotadas no país de origem do pregador, mas, sim, a mensag em do EVANGELHO, que é o poder de Deus (Rm. 1: 16) 3. O Espírito Santo concede os dons necessários. A história da obra missionária em vários países registra acontecimentos em que a manifestação do poder de Deus através dos dons, abriu as portas da salvação para muitos. Estes dons são dados segundo a necessidade da obra, co Espírito Santo quer dá-los a cada um conforme a sua vontade (I Co 12: 11). A maior necessidade do trabalho missionário atual é que os que trabalham nesta obra sejam revestidos de poder. O ESPIRITO SANTO NA FUNDAÇÃO DA OBRA MISSIONÁRIA Nenhuma igreja poderá crescer e produzir frutos para a eternidade, senão for fundada pela direção do Espírito Santo, sobre o alicerce verdadeiro - o Senhor Jesus Cristo. 1. A Igreja em Corinto. O fundamento da igreja em Corinto era Jesus (1 Co 3.11). MO apóstolo Paulo fundou aquela igreja através da pregação do evangelho, e não por palavr as de sabedoria humana, sob a unção do Espírito Santo. Sua pregação centrava-se na pessoa de Jesus Cristo, “e este crucificado” (1 Co 2.1- 4). Assim os crentes tiveram a sua fé apoiada no poder de Deus (1 Co 2.5). 2. Jesus, o alicerce da obra missionária. O fundamento posto no início de uma obra m issionária é de essencial importância, pois todo o futuro do trabalho depende disto. Só o Espírito Santo pode fazer esta obra, glorificando a Jesus, diante dos homens, d e tal maneira, que cada um possa ter Jesus como o seu fundamento pessoal (Ef 2.2 0,21). O fundamento de Deus fica firme, e a obra edificada sobre Ele resiste e s obrevivem os ataques contra ela (II Tm 2.19). É desta forma que o trabalho precisa ser edificado: com firmeza. A OBRA MISSIONÁRIA ESTABELECE IGREJAS A Igreja em Antioquia, fruto da obra missionária, bem cedo ouviu a voz de Deus a l he ordenar que enviasse dois missionários para a obra (At. 13.1-4). Uma Igreja lev antada pela obra missionária enviava, por sua vez, missionários para continuar a exp ansão do evangelho. Foi assim que Deus orientou a Paulo. Onde quer que as almas se convertessem ele as organizava em igrejas locais, conforme a Palavra de Deus, e separava presbíteros e diáconos para administrá-las (At 14.23; Fp 1.1). Eis aí o modelo bíblico para todos os tempos. Não adianta fazer grandes relatórios de “mas sas” convertidas por movimentos e campanhas, se estes “novos convertidos” forem deixad os dispersos, sem orientação bíblica. Não! O modelo bíblico é levantar Igrejas locais, onde os crentes recebam a assistência espiritual, pelos ministérios que o Senhor der a ca da uma delas. Assim, devemos continuar a obra missionária até aos confins da terra. Não sejamos desobedientes à visão celestial (At 26.19) CONCLUSÃO Como são notórios, muitas inovações, modismos e práticas descabidas e antibíblicas vêm afet o o genuíno Movimento Pentecostal, inclusive a Assembléia de Deus. Precisamos voltar sempre ao cenáculo para receber mais poder (Ef 5.18), mas igualmente, manter a “sã do utrina” do Senhor (Tt 2.1,7; I Tm 4.16). Busquemos um maior e contínuo avivamento es piritual, segundo a doutrina bíblica, como fez o salmista: “Vivifica-me segundo a tu a Palavra” (Sl 119.25, 154). Ainda hoje, quando o Espírito Santo encontra plena libe rdade para operar na vida dos salvos, o Pentecostes se repete e acontece o despe rtamento pentecostal com as mesmas características daquele relatado no livro de At os, para honra e glória do nome de Jesus, e para salvação de muitos. Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS BIBLIOGRAFIA Comentário Bíblico Atos – I. Howard Marshall Comentário Bíblico Atos – Myer Pearlman Bíblia de Estudo Pentecostal Lições bíblicas CPAD 1988 Lições bíblicas CPAD 1992 Lições bíblicas CPAD 2004 O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes - Pr. Geraldo Carneiro Filho ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA NITERÓI - RJ LIÇÃO N 03 - DATA: 16/01/2011 TÍTULO: “O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES” TEXTO ÁUREO – At 1:5 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 2:1-6, 12 PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO e-mail: geluew@yahoo.com.br blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/ I – INTRODUÇÃO: • O Batismo com o Espírito Santo é o cumprimento da promessa do Pai, a expressão dos mérit os de Cristo e a feliz experiência de muitos salvos. II - O FUNDAMENTO BÍBLICO E HISTÓRICO DO BATISMO COM O ESPÍRITO: • O evento do batismo com o Espírito Santo não surpreendeu, nem trouxe confusão aos estu dantes das Escrituras do Antigo Testamento. Ao contrário, era uma bênção já prometida, rel acionada com o plano divino da salvação em Cristo. • A experiência do batismo com o Espírito Santo tem-se feito numa das pedras basilares da doutrina pentecostal, por vários séculos, como uma doutrina tanto bibliocêntrica q uanto prática e experimental. 1. PROFECIA DE JOEL - Joel, um dos profetas menores, tem sido chamado “profeta do Pentecoste”, por causa de suas profecias correspondentes ao derramamento do Espírito Santo. Foi à profecia de Joel que Pedro se referiu no dia de Pentecoste, para exp licar às multidões o fenômeno que ocorria (At 2.16-18). 2. PROFECIA DE ISAÍAS - Houve outras profecias quanto à vinda do Espírito Santo. Vejam os o que Deus disse por intermédio do profeta Isaías - Is 44.3. 3. PROFECIA DE JOÃO BATISTA - Mt 3:11 – Mais de quinhentos anos haviam-se passado de sde que a profecia do Senhor fora dada a Joel, quando, pelas campinas verdejante s da Judéia e pelas margens úmidas do Jordão, apareceu João Batista. O precursor de Jesu s, disse que batizava com água para arrependimento, mas viria um maior do que ele, o qual balizaria com o Espírito Santo e com fogo. • É demais familiar a muitos estudantes da Bíblia que a palavra grega usada por João é “bap izein”, que significa “imergir”, “mergulhar”. Ou seja, os crentes foram imersos, envolvido s no Espírito. 4. JESUS PREDISSE E PROMETEU – Não tardou até que Cristo, na força do Espírito, começasse o seu ministério, no desenvolver do qual, também falou sobre a obra do Espírito Santo, c omeçando com o novo nascimento, seguindo-se o batismo com o mesmo Espírito. Ele própri o disse quando de sua estada numa festa dos judeus em Jerusalém – Jo 7:38-39. • Após ressuscitar dos mortos, noutro lugar, antes de subir para o Pai, diante dos s eus discípulos, outra vez disse Jesus: At 1.5. • Após ter dito isto, foi Jesus elevado ao Céu, e, já à mão direita do Pai, cumpre o que pr meteu, conforme registra Atos 2.1-13. • Os anos e os séculos vão se escoando e o momento do arrebatamento da Igreja se aprox imando, enquanto milhões de pentecostais, espalhados por todos os continentes, têm e xperimentado a realidade do cumprimento da promessa do batismo com o Espírito Sant o. • Jesus não somente predisse, mas prometeu que enviaria o Espírito Santo de modo espec ial - Jo 14.16,17 cf Lc 24.49; At 1:5, 8. III – A VIGÊNCIA BÍBLICA DAS LÍNGUAS: • Iniciamos este tópico com a seguinte pergunta: AS LÍNGUAS FORAM ABOLIDAS? • Os que dizem que sim, baseiam-se em I Cor 13:8-12, afirmando que “a Bíblia” é “O QUE É PE ITO”. • Respondemos: É claro que a Bíblia é perfeita, mas nosso modo de compreender a Bíblia é im erfeito. • Ensinam, ainda, que as línguas cessaram. • Respondemos com as seguintes perguntas: Mas, a ciência? Será que passou? Será que as p rofecias desapareceram? • Enfim, tudo isso só terminará quando chegarmos nos céus. Lá é que não haverá necessidade da disso. - Leiamos ainda I Cor 14:2 - A expressão “MISTÉRIOS” = SEGREDOS DIVINOS NO ESPÍRITO. • Quando chegarmos ao céu, não haverá mais mistérios ou segredos, de modo que não será nece o falar em línguas. Enquanto, porém, ainda estivermos aqui (fora do céu), as línguas não c essarão. • Desta forma, cremos que o falar em línguas estranhas é sinal invariável do batismo com o Espírito Santo, que o crente fala em línguas estranhas, quando é batizado com o Espír ito Santo e que fala línguas sempre que permanece cheio do Espírito Santo! 1. O TESTEMUNHO DAS EXPERIÊNCIAS ATUAIS - É fato atestado pela experiência de milhares de servos de Deus, durante séculos, em todo o mundo, que as línguas estranhas se ma nifestam sempre num transbordar profundo de alegria espiritual, quando o crente está cheio do Espírito. • Talvez tenha relação a isso a expressão de Lucas: “E os discípulos estavam cheios de aleg ia e do Espírito Santo”(At 13.52). • Sem dúvida, por isso, Paulo insista: “Eu quero que todos vós faleis línguas estranhas…” ( o 14.5). 2. AS EXPERIÊNCIAS DE PAULO QUANTO ÀS LÍNGUAS – At 9:17-18 - Em muitos pontos de vista, as experiências do apóstolo Paulo vão além das nossas atualmente; mas no que diz respeit o às línguas estranhas não divergem das nossas. É a conclusão a que chegaremos pelo estudo do trecho que se segue. - O texto bíblico não diz claramente que ele tenha falado em línguas, mas diz que ele foi cheio do Espírito Santo. • Paulo não teria sido batizado com o Espírito Santo ou foi batizado e não falou em língua s? - Uma vez que Paulo diz falar mais línguas que os coríntios (l Co 14.18), a opinião ma is comum entre comentaristas das Escrituras é que ele tenha falado em línguas, quand o foi cheio do Espírito Santo. • Se Paulo não fosse batizado com o Espírito Santo, não saberia orientar os crentes em Éfe so, quanto à importância do batismo, e não os teria entendido, quando depois de orar p or eles, “tanto falavam em línguas como profetizavam”(At 19.1-6). 3. NO DIA DE PENTECOSTE - O batismo no Espírito Santo, no dia de Pentecoste, foi u ma experiência que aconteceu com indivíduos e não meramente a um grupo coletivo. É válido observar que este enchimento individual deu cumprimento à promessa de Jesus em João 7.37-38. • Cada crente no Cenáculo ficou cheio do Espírito Santo no dia de Pentecoste. Cada um falou em outras línguas pelo poder sobrenatural do Espírito Santo (At 2.1-4). 4. NA CASA DE CORNÉLIO (DEZ ANOS APÓS O PENTECOSTE) - At 10.44-46 - Deus revelara a Pedro que isto iria acontecer e como seria possível. O apóstolo estava cheio de prec onceitos contra os gentios, mas Deus usou-o para abrir a eles a porta da graça pel a pregação do Evangelho. Então ocorreu uma coisa maravilhosa. Enquanto Pedro continuav a seu sermão, repentinamente ouviu alguma coisa fora do comum. Os gentios da casa de Cornélio, o centurião romano, estavam falando em línguas e glorificando a Deus (At 10.46). • Mais tarde, quando Pedro comentava esse incidente com os apóstolos e os demais irmão s em Jerusalém, definitivamente relacionou a salvação desses gentios com o derramament o inicial do Espírito Santo no dia de Pentecoste (At 11.14-16). • Foi a ênfase dada pelo apóstolo Pedro e seus companheiros ao fato de que os gentios em Cesaréia haviam recebido o dom do Espírito Santo da mesma forma como os quase cen to e vinte no dia de Pentecoste, que apaziguou o ânimo dos apóstolos em Jerusalém, de sorte que disseram: “Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vid a” (At 11.18). 5. EM SAMARIA - Os informativos de como os samaritanos receberam o batismo com o Espírito parecem omitir qualquer menção à “glossolália”. Não há referência direta ao falar , mas há fortes evidências de que houve línguas estranhas naquela ocasião, como em outra s anteriores (At 8.14-19). A terminologia é distinta - “porque não havia descido sobre nenhum deles”. É semelhante àquela usada a respeito do que aconteceu em Cesaréia. • Se não houvesse algum sinal exterior, se Simão não tivesse visto algo diferente aconte ce, nada teria a cobiçar. O mago não iria oferecer dinheiro aos apóstolos em troca do poder de provocar aqueles fenômenos, se ele não os tivesse visto? Cremos, portanto, que houve línguas estranhas (At 8.20-21). 6. SOBRE OS DISCÍPULOS EM ÉFESO (VINTE ANOS APÓS O PENTECOSTE) - At 19.6 - Mesmo com o passar do tempo, o batismo com o Espírito Santo ainda era acompanhado com a evidênc ia física inicial de falar línguas estranhas. Esta evidência satisfazia não só a um dos re quisitos da doutrina apostólica, quanto à manifestação do Espírito, como também cumpria fie mente as palavras de Jesus – Mc 16:17. - Para quem é a promessa? (At 2.39) – Vejamos a resposta de Pedro: - a) “…a promessa vos diz respeito a vós” - aos judeus ali presentes, representando os d emais contemporâneos ou à nação com quem Deus fizera aliança; - b) “a vossos filhos” - aos que existiam então e às gerações sucessivas; - c) “e a todos os que estão longe” - isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar. - d) Para todos em todo o tempo. Isto significa que a gloriosa experiência do bati smo no Espírito Santo foi designada por Deus para todos os crentes, desde o dia de Pentecoste até o fim da presente era. - O enchimento do Espírito Santo, testemunhado pelo falar em línguas como aconteceu no dia de Pentecoste, deve ser modelo para essa experiência, para qualquer indivíduo , através da dispensação da Igreja. • Assim, em todos os casos em que os crentes foram balizados com o Espírito Santo, r eferidos em Atos, fica claramente demonstrado ou fortemente subentendido que os que receberam o batismo no Espírito Santo falaram em novas línguas ou línguas estranha s! IV - IMPORTÂNCIA DAS LÍNGUAS ESTRANHAS: • A importância das línguas estranhas se revela nos seguintes passos: 1) LÍNGUAS, SINAL INICIAL – (At 2:4) – As línguas são a evidência ou sinal inicial do batis o com o Espírito Santo. Logo, a primeira razão por que as pessoas devem falar em out ras línguas é porque se trata da evidência sobrenatural que o Espírito Santo habita em nós – At 10:46. 2) FALAR EM LÍNGUAS É UMA CONVERSA COM DEUS – I Cor 14:2, 28 - Não é, de fato, um grande p rivilégio falar com Deus em línguas dada pelo Espírito Santo? Isto acontece quando fal amos em línguas estranhas e sempre com grande alegria. 3) AS LÍNGUAS SÃO PARA EDIFICAÇÃO ESPIRITUAL – (I Cor 14:4) – A palavra EDIFICAR = CONSTRUI . Numa linguagem mais simplificada = CARREGAR, EM CONEXÃO COM CARREGAR UMA BATERIA . • Paulo ordena aos coríntios a continuarem sua prática de falar em línguas nos seus cult os e na sua vida de oração. Falar ou orar em outras línguas é um meio de edificação espirit al, de reforçar espiritualmente o crente. • I Cor 14:2 – “FALA MISTÉRIOS” = FALA SEGREDOS DIVINOS. • I Cor 14:14 – Notemos que Paulo disse: “O MEU ESPÍRITO ORA”. • Quando oramos em línguas, o nosso espírito ora, pois está em contato direto com Deus ( que é Espírito); está conversando com o Senhor em linguagem divina e sobrenatural. O f alar em línguas não é edificação mental, mas espiritual. • Assim, se através das línguas estranhas falamos com Deus, é muito lógico admitir que tem os nelas um edificante meio divino para edificação própria. 4) AS LÍNGUAS SÃO RECURSOS DIVINOS PARA ORARMOS EFICAZMENTE – I Cor 14:15 - Não há dúvida d que isto acontece quando o crente fala em línguas “consigo mesmo, e com Deus”(l Co 14 .28). 5) AS LÍNGUAS MANTÊM NOSSAS ORAÇÕES EM CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS, CAPACITANDO-N OS A ORAR POR AQUILO QUE DESCONHECEMOS – (Rm 8:26) – Normalmente oramos desta maneir a: “Senhor abençoe a mim, a minha esposa, aos meus filhos, ao irmão fulano de tal e a sua família…” • Mas, observemos: O texto não diz que não sabemos orar, porque já sabemos. No entanto, não é porque já sabemos orar, que também sabemos que devemos pedir em oração. • No grego, este versículo assim nos diz: “O ESPÍRITO SANTO FAZ INTERCESSÃO POR NÓS COM GEM DOS QUE NÃO PODEM SER EXPRESSADOS EM LINGUAGEM ARTICULADA (fala comum, compreensível )”. • Logo, indica que o texto grego inclui não SOMENTE OS GEMIDOS NA ORAÇÃO, como também O FA LAR OUTRAS LÍNGUAS (I Cor 14:14) 6) ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS AJUDA E ESTIMULA A FÉ - Jd 20 – Justamente porque o Espírito Santo dirige de modo sobrenatural as palavra que falamos em línguas, a fé precisa s er exercida para falá-las, porque não sabemos qual virá a ser a palavra seguinte. Deve mos confiar em Deus quanto a elas. Quando falamos ou oramos em línguas, somos ajud ados a crer em Deus por ainda mais coisas: Isto estimula a nossa fé. 7) ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS É UM MEIO DE NOS MANTER LIVRES DA CONTAMINAÇÃO DO MUNDO – (I C or 14:28) – Independente de onde estivermos, poderemos fazer o que manda este versíc ulo. Se conseguimos fazer assim na Igreja, conseguiremos fazê-lo no lugar onde nos encontramos. Não perturbaremos ninguém. Podemos falar conosco mesmos e com Deus. As sim evitaremos que fiquemos contaminados com as coisas do mundo, das conversas p rofanas, ímpias e grosseiras que há em nosso redor. ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS DÁ REFRIGÉRIO ESPIRITUAL – (Is 28:11-12) – Às vezes o médico nos da tirar um período de repouso para o bem da saúde. Podemos dizer que o melhor repou so terapêutico espiritual no mundo inteiro é: FALAR OU ORAR EM LÍNGUA. Podemos aplicar esta “cura” todos os dias. Nesses dias de tumulto, de insegurança, de perplexidade, p recisamos desse repouso e refrigério – e o recebemos por meio de falar ou orar em líng uas. 9) AO ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS DAMOS GRAÇAS COM PERFEIÇÃO - I Cor 14:15-17 – Paulo disse q ue os indoutos, em questões espirituais, não seriam edificados, se eu orasse em língua s, porque não me entenderiam. Nesse caso, seria melhor eu orar com o meu entendime nto; se eu orar em línguas, deve ser interpretado para saberem o que eu estou dize ndo. Notemos, porém, que Paulo disse que falar em línguas fornece o meio mais perfei to de orar e dar graças, porque “TU, DE FATO, DÁS BEM AS GRAÇAS”. 10) FALAR OU ORAR EM LÍNGUAS SUBMETE A LÍNGUA À SUJEIÇÃO DO ESPÍRITO SANTO – (Tg 3:8) – Sub nossa língua ao Espírito Santo enquanto falamos ou oramos em línguas é um passo grande na direção de entregar plenamente todo o nosso corpo a Deus. Se conseguirmos submete r a nossa língua ao Espírito Santo, conseguiremos submeter qualquer membro do nosso corpo. V - RELAÇÃO DO BATISMO COM O NOVO NASCIMENTO: • Certamente já nos deparamos com alguns cristãos que crêem que foram balizados com o Es pírito Santo quando nasceram de novo ou se converteram. Esses necessitam de melhor instrução neste sentido. 1) DIFERENÇA ENTRE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E O NOVO NASCIMENTO - É verdade que o E spírito Santo tem grande parte na operação do novo nascimento, mas o seu trabalho em t al ocasião é muito diferente do que ocorre subsequentemente ao ato da conversão (novo nascimento). • É certo, também, que há casos em que o batismo com o Espírito Santo pode, na prática, oco rer simultaneamente ao novo nascimento, ou seja, no momento da conversão (At 10.44 -46). • O novo nascimento é a experiência espiritual decisiva, pela qual a alma é renovada pel o Espírito Santo, mediante a comunicação da vida divina. É o poder do Espírito que transmi te ao crente uma nova natureza. 2) O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO – É um ato de Deus pelo qual o Espírito vem sobr e o crente e o enche plenamente. É a vinda do Espírito Santo para encher e apoderar- se do filho de Deus como propriedade exclusiva sua. • O Espírito outorga os seus variados ministérios de acordo com a sua vontade soberana , dando aos crentes poder para testemunhar de Cristo e por Cristo na proclamação do seu evangelho. Para isto, é dotado pelo Espírito de lábios ungidos – At 2.4; 8.5-8; 13.1 7. VI - PROPÓSITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO: • Podemos observar em toda a Bíblia que todos os atos de Deus estão relacionados com o s seus elevados propósitos. • Já sabemos que o batismo com o Espírito Santo é doutrina bíblica e se destina a todos os crentes, independentemente do tempo e da denominação à qual estejam filiados. Mas, qu ais os propósitos do batismo com o Espírito Santo? Dentre estes, atentemos para os s eguintes: 1) VIVER ABUNDANTEMENTE PARA DEUS - Jo 7.38,39 - Do momento do novo nascimento a té à morte ou à glorificação, a vida do cristão deverá estar identificada com o progresso e ritual, marcado por uma vida de submissão e de comunhão com Deus. 2) IDENTIFICAR O CRENTE COM CRISTO - Lc 4.18,19 - Disse o Dr. A.B. Simposon, fun dador da Aliança Bíblica Missionária: “Primeiro, o Senhor nasceu pelo Espírito, e posterio rmente iniciou seu ministério no poder do Espírito Santo. Espero que assim como ‘o que santifica, como os que são santificados, são todos um’, de igual maneira nós devemos se guir seus passos e imitar sua vida. Nascidos no Espirito nós também devemos ser bati zados com o Espírito Santo, e logo viver a vida de Cristo e repetir sua obra”. 3) PODER OU AUTORIDADE PARA TESTEMUNHAR - At 1.8; 4.4 - A experiência da salvação do h omem começa no Calvário, enquanto que o seu serviço começa no Pentecoste, ou seja, com a experiência do batismo com o Espírito Santo. • Um dos propósitos desse batismo é melhor expresso nas seguintes palavras de Jesus: “Vós sereis minhas testemunhas”. O batismo no Espírito Santo habilita os crentes a testem unharem efetivamente de Cristo com intrepidez, inclusive nas circunstâncias mais d ifíceis e perigosas. Era o mesmo motivo pelo qual os apóstolos davam, com grande pod er, testemunhos da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça – At 4.33. • O crente, pois, corre um sério risco, uma vez batizado com o Espírito Santo, se não as sumir uma vida de compromisso com o testemunho cristão. VII – CONSIDERAÇÕES FINAIS: - O batismo com o Espírito Santo, como promessa, é algo não apenas para ser desejado e buscado pelo crente. Mais do que isto, como doutrina bíblica deverá ser corretament e compreendido. - No decorrer dos anos, muitíssimos conceitos errôneos têm surgido a respeito do batis mo com o Espírito Santo. Muitas “boas intenções” têm contribuído para se generalizarem tais nceitos. De um lado estão os anti-pentecostais a confundirem o batismo com o Espírit o Santo com a conversão, com o novo nascimento. Do outro lado estão muitas correntes “renovacionistas” e “carismáticas” falando dum batismo com o Espírito Santo alheio à auten idade. - No entanto, o dia de Pentecoste foi um dia modelo para a Igreja, e continua se ndo. Como resultado da experiência do Pentecoste, Pedro pregou com tal poder, que três mil almas se converteram. Com autoridade sobrenatural acusou os seus ouvintes judeus de haverem entregue à morte o Filho de Deus e exortou-os a se arrependerem de seus pecados. Isto disse como prelúdio, para logo informar-lhes que a conversão a Cristo resultaria em receber a mesma experiência que observavam, com sinais pode rosamente evidentes (At 2.22-24,38). - Falar em línguas estranhas é uma correnteza que flui e que nunca deve secar-se, po is enriquecerá espiritualmente a vida dos servos de Deus (Is 44:3-5 cf Ez 47:1-12) O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes - Luciano de Paula Lourenço Texto Base: Atos 2:1-6,12-18 “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a ca rne…”(Atos 2:14). INTRODUÇÃO O “derramamento do Espírito Santo” é cumprimento das Escrituras, tem base na Palavra de Deus e, portanto, nele crer é crer na verdade, nele crer é ficar do lado do Senhor J esus. O mais antigo texto exclusivamente profético (Jl 28:32) já predizia este “derram amento” e, pois, não se trata de uma “inovação” ou um “modismo”, como, lamentavelmente, foi ado por muitos, notadamente no início do movimento pentecostal, mas de demonstração cl ara e explícita de fé em Deus. Aliás, foi uma constante, na história dos líderes da primei ra geração do movimento pentecostal, o fato de terem sido expulsos de suas congregações ou denominações, por terem crido, pregado e recebido o batismo com o Espírito Santo. E ntretanto, quando nos voltamos para a Bíblia Sagrada, vemos que tais pessoas, aind a que tenham sido excluídas de suas igrejas locais, encontram-se na mesma situação do cego de nascença, que, por ter crido em Jesus, foi expulso da sinagoga, mas foi re cebido pelo Senhor (João 9: 34-41). I. O BATISMO COM O ESPIRITO SANTO O Batismo com Espírito Santo correu 50 dias após a Páscoa, na celebração denominada Pentec ostes, uma festa em ações de graças pela recente colheita de grãos. Nessa ocasião, ofertas e sacrifícios eram feitos, e de acordo com a opinião dos rabinos, o Pentecostes mar cava a ocasião em que a Lei foi dada a Moisés. Foi nessa ocasião, em que judeus de div ersas nações dirigiam-se para Jerusalém para participar dessa festa, que Deus encheu s eus servos com seu Santo Espírito. 1. O Batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo é uma promessa de De us, feita no Antigo Testamento(Jl 2:28-32) e cumprida no Novo Testamento(At 2:1- 4), que permanece em nossos dias. É um revestimento de poder, com a evidência física i nicial das línguas estranhas para o ingresso do crente numa vida de profunda adoração e eficiente serviço a Deus (Lc 24:49; At 1:8; 10:46; 1Co 14:15, 26). Essa promessa é concedida a todos os que crêem em Cristo, e não há qualquer versículo no Novo Testament o que comprove que essa experiência ficou restrita à época dos discípulos. É algo a ser vi venciado pela Igreja em nossos dias. Não podemos confundir o batismo com Espírito Santo com o batismo descrito em 1Co 12: 13; Gl 3:27; Ef 4:5. Nestes textos sagrados, trata-se de um batismo figurado, ap esar de real. Todos aqueles que experimentaram o novo nascimento (João 3:5) são imer sos no corpo místico de Cristo (Hb 12:23; 1Co 12:12ss). Nesse sentido, todos os sa lvos são batizados pelo Espírito Santo, mas nem todos são batizados com o Espírito Santo . Portanto, a experiência do novo nascimento e do Batismo com o Espírito Santo são disti ntas, sendo que esta última deve ser, necessariamente, antecedida da primeira, ou seja, o batismo com o Espírito Santo é uma experiência que se segue à conversão na vida es piritual do crente. Após ter nascido de novo, o homem tem à sua disposição a possibilida de de ser revestido de poder, de receber poder divino para que, assim, possa, de uma forma plena e eficaz, ser testemunha de Jesus Cristo neste mundo. 2. A evidencia inicial e física do batismo como o Espírito Santo. O falar noutras líng uas, ou glossolalia (gr. glossais lalo) foi a evidência inicial do batismo com o E spírito Santo, que os primeiros 120 crentes no dia de Pentecostes tiveram. Entre o s crentes do Novo Testamento, essa manifestação sobrenatural foi considerada como um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (ver At 2:4; 1 0:45-47;19:6). Segundo o livro de Atos, esse fenômeno deve ser espontâneo e resultad o do derramamento inicial do Espírito Santo. Portanto, não é algo aprendido, nem ensin ado, como, por exemplo, instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo. Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje. Todavia, o simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação obrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser huma o pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais procedem realmente de Deus(ver 1João 4:1). O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dent ro da igreja(1Tm 4:1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás(Mt 7:22,23; cf 2 Ts 2:9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de Deus(2Pe 2:1,2). Portanto, se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer ma nifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1João 3:6-10; cf Gl 1 9). Warren Wiersbe, comparando o Pentecostes com o evento da Torre de Babel, comenta que Deus fez uma inversão. Em Babel, a confusão de línguas serviu para confundir os h omens e dispersá-los, pois a torre foi criada para exaltar os homens, em um ato de rebelião a Deus, ao passo que as línguas faladas no Pentecostes uniram os cristãos em espírito, que louvaram a Deus e demonstraram a certeza da submissão ao plano divino . Mais que isso, Deus mostrou que sua vontade é que o nome de Jesus fosse conhecid o em todas as línguas. II. FUNDAMENTOS DO BATISMO COM O ESPIRITO SANTO “O Batismo com o Espírito Santo não é uma prática destituída de doutrina; acha-se assentada num forte e inamovível fundamento bíblico-teológico”(pr.Claudionor de Andrade). 1. A festa do Pentecostes. A festa de Pentecostes era uma das três grandes festivi dades anuais do povo israelita, conforme determinado na lei de Moisés, as festas e m que deveriam comparecer à presença de Deus todos os varões (Ex 23:14-19). Como nos e xplica a própria Bíblia, a lei, com todas as suas cerimônias, ritos e prescrições, tinha u ma finalidade educativa, pedagógica, pois servia de “sombra” das coisas que estavam pa ra vir (Cl 2:16,17; Hb 10:1), tudo tendo sido escrito para nosso ensino (Rm 15:4 ). Assim, a festa judaica de Pentecostes é uma figura, um símbolo, um tipo do derram amento do Espírito Santo e, por isso mesmo, este derramamento se iniciou num dia d e Pentecostes, para que, através do que está escrito sobre esta festa judaica, enten dêssemos o significado desta operação espiritual, que é fundamental para a nossa vida cr istã. Paralelismo com o derramamento do Espírito Santo. No dia seguinte ao sábado da páscoa, era oferecido um molho das primícias da colheita ao sacerdote (Lv 23:10), que ser ia movido perante o Senhor, primícia esta que não é outra senão o primogênito dentre os mo rtos, aquele que ressuscitou no primeiro dia da semana, Cristo Jesus (1Co 15:20, 23; Cl 1:18). Em seguida, cinquenta dias depois, vinha o Pentecostes, a festa qu e indica o início da colheita no ano, ou seja, a ocasião que demonstra o início da sal vação da humanidade através da Igreja, o início do movimento do Espírito Santo, baseado no sacrifício de Cristo, com poder e eficácia, em prol da colheita das almas para o re ino celestial, algo que perdurará até a festa da colheita final, que se dará com a ter ceira festa, a festa das trombetas ou festa dos tabernáculos, que representa a vol ta de Cristo, o arrebatamento da Igreja. Assim, a descida do Espírito Santo somente poderia ocorrer, mesmo, na festa das pr imícias, na festa das semanas, que indica o início da colheita, o início da manifestação p lena do Espírito Santo no meio da humanidade com vistas à salvação das almas. Era o começo do movimento e o Espírito Santo sempre esteve relacionado com o mover, como vemos desde a Sua primeira aparição no texto sagrado (Gn 1:2). 2. A Profecia de Joel(Jl 2:28-32). “E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velho s terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as serva s, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.E mostrarei prodígios no céu e na terra, s angue, e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangu e, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E há de ser que todo aquele qu e invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livram ento, assim como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar“. Naquele Pentecostes do ano 34, como afirmou o apóstolo Pedro no sermão inaugural da Igreja, cumpria-se a profecia de Joel, na festividade judaica que servira de tip o e figura principal da promessa do derramamento do Espírito Santo. O Espírito Santo foi derramado sobre os quase cento e vinte discípulos que haviam permanecido em o ração em Jerusalém, consoante o mandado do Senhor. Percebemos, pois, que a profecia fala que, antes da “chuva temporã e serôdia“, deve vir a conversão e a vinda do “ensinador de justiça” e haveria abundância nas colheitas, satisf ação e louvor ao Senhor e, então, se saberia que o Senhor estaria no meio de Israel, q ue Ele só é o Deus de Israel, povo que jamais se envergonharia (Jl 2:24-27). O “ensina dor de Justiça” é figura de Cristo, o Messias. Sem Conversão não há “Derramamento do Espírito Santo“. O “derramamento do Espírito Santo” é equência resultante da conversão feita mediante a pessoa do “ensinador de justiça”, ou sej a, da conversão e da fé em Cristo Jesus. Mais uma vez, vemos que a profecia confirma a figura apresentada na festa judaica das semanas, ou seja, de que é impossível que se tenha o “derramamento do Espírito Santo” sem que haja uma prévia conversão e, principa lmente, que o “derramamento do Espírito Santo” não se confunde com a conversão, sendo uma bênção posterior. “Chuva temporã e Serôdia“, representam os dois instantes do Derramamento do Espírito Santo . A profecia apresenta-nos, também, nesta sua primeira parte, a conscientização de que o “derramamento do Espírito Santo” se daria em dois instantes, quais sejam, o da “chuva temporã”, no início do ano religioso, logo após a Páscoa, e a “chuva serôdia”, a chuva tar a chuva que ocorre pouco antes do término do ano civil, no outono. Este período corr esponde ao “ano aceitável do Senhor” (Lc 4:19), que nada mais é que a dispensação da graça 3:2). “Derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne” (Jl 2:28a). A promessa é de “derramame nto”, que atingiria “toda a carne“, ou seja, o Espírito de Deus, que, segundo os preceit os judaicos, era peculiar ao povo de Israel, estaria sendo disseminado entre tod as as nações, todos os povos, sobre todo o ser humano. Tal promessa prenunciava, por tanto, um tempo inteiramente novo sobre a Terra, onde a presença do Senhor se fari a sentir além das fronteiras do “reino sacerdotal”, da “propriedade peculiar entre os po vos”, que era Israel (Ex 19:5,6), algo jamais visto pela humanidade desde a queda do homem no jardim do Éden. “E vossos filhos e vossas filhas profetizarão“(Jl 2:28b). A profecia prossegue dizendo que este derramamento, que não escolhe fronteiras (tanto é que a expressão “sobre toda a carne” que se encontra na ARC, é traduzida na NVI como “sobre todos os povos”) também não se prende a distinção de gênero, tanto que o profeta diz que tanto “os filhos” quanto “as f lhas” “profetizarão”. “Os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões“(Jl 2:28c). Aqui, também, n tamos que o “derramamento do Espírito Santo” ignora a discriminação relacionada com a idad e, algo que era já frequente na Antiguidade e que tem sempre ocorrido nas civilizações humanas. O “derramamento do Espírito Santo” está à disposição tanto de idosos quanto de jo s e são eles igualmente aptos para serem instrumentos nas mãos do Senhor. “E também sobre os servos e sobre as servas…” (Jl 2:29). O profeta prossegue a sua mensa gem dizendo que o derramamento do Espírito Santo também não teria discriminação social. O “ erramamento do Espírito Santo” está à disposição tanto da elite quanto das camadas marginal zadas da sociedade, é uma bênção que não vê posição social, pois para Deus não há acepção d 10:17; At 10:34). Devemos, por isso, ter muito cuidado para não vincularmos a pos ição de alguém entre os homens com a sua posição na igreja local, lembrando que Deus é impa cial e que o “derramamento do Espírito Santo” a todos iguala. III. O BASTISMO NO ESPIRITO SANTO NA HISTORIA DA IGREJA A história da Igreja tem comprovado que o batismo com o Espírito Santo não é uma realida de circunscrita aos tempos apostólicos. Durante todos os avivamentos ocorridos nes tes dois milênios, tanto na Era Patrística, quanto na idade Média, ou nos grandes aviv amentos dos séculos 18 e 19, tem havido registros da manifestação do batismo com o Espír ito Santo. Grandes homens de Deus, mesmo entre os chamados “reformados”, mostra-nos a história, receberam esta bênção, como, por exemplo, registra-se na Igreja Morávia, num a vivamento ocorrido durante cem anos no século XVIII, avivamento, inclusive, respon sável pelo despertamento e conversão de John Wesley (o que alguns metodistas renovad os indicam como sendo a experiência pentecostal de Wesley, em 24 de maio de 1738, é, em verdade, a experiência de novo nascimento do grande pregador do Evangelho). A partir da Reforma Protestante, quando há um verdadeiro avivamento na Igreja, que consegue se livrar dos dogmas romanistas de forma ostensiva e organizada, a his tória começa a registrar episódios do fenômeno da glossolália, ou seja, do falar em línguas estranhas, com cada vez maior intensidade. T. L. Souer, em sua obra “História da Igr eja Cristã”, no volume 3, na página 406, informa que Martinho Lutero falava em línguas e stranhas, sendo que, no século XVII, entre os quacres (grupo religioso protestante s formado na Grã-Bretanha), é dito que, com frequência, os crentes recebiam o derramam ento do Espírito e falavam em línguas, fenômeno que era, também, comum entre os pietista s(grupo protestante da Alemanha). Seria, porém, no século XIX, que os casos de glossolália aumentariam. O pastor presbit eriano inglês Edward Irving (1792-1834) recebeu o batismo no Espírito Santo, o que o levou a ser excluído de sua denominação. Nos Estados Unidos, também foram verificadas ocorrências de glossolália e tal fenômeno p assou a ser frequente em vários grupos de crentes, a ponto de os evangelistas da épo ca passarem a pregar a existência de uma “segunda bênção“, subsequente à salvação e que con em um “revestimento de poder do Alto”, “segunda bênção” esta que os evangelistas Dwight Lym Moody e R.A. Torrey chamaram de “batismo no Espírito Santo”. Charles Finney seria outr o grande pregador que passaria a defender a “segunda bênção”. Charles Fox Parham, na escola que fundou na cidade de Topeka, no estado norte-am ericano de Kansas, chegou, com seus alunos, em 1900, à constatação de que o “batismo no Espírito Santo”, na Bíblia Sagrada, era sempre evidenciado pelo falar em línguas estranh as e, naquela mesma escola, no dia 1 de janeiro de 1901, foi batizada com o Espírit o Santo a aluna Agnes Ozmam, a primeira pessoa a ser batizada com o Espírito Santo com a consciência de que o sinal para tanto era o falar em línguas estranhas depois do período apostólico. Após este batismo e como alguns achassem que Agnes tivesse falado em chinês e em boêmi o, entre outras línguas, Parnham passou a entender que as línguas faladas eram idiom as estrangeiros e que o falar em línguas estava vinculado à obra missionária. Parnham começou a viajar pelos Estados Unidos para divulgar a descoberta que fizer a e a ganhar alunos nestas suas andanças, entre os quais, um pastor negro leigo (i sto é, que não havia estudado em seminário para se ordenar pastor), William Joseph Sey mour, que pastoreava uma igreja em Houston, Texas. William Joseph Seymour chegou a Los Angeles em 22 de fevereiro de 1906 e, dois d ias depois, pregou na igreja, mas o líder da igreja rejeitou seu ensino. Em 9 de a bril de 1906, começou o avivamento, com o batismo no Espírito Santo de Edward Lee. N aquele mesmo dia, seis outras pessoas receberiam o batismo com o Espírito Santo e, em 12 de abril, o próprio Seymour seria batizado com o Espírito Santo. Ante o aumento do grupo, após estes primeiros batismos, acabou sendo ocupado um ga lpão na rua Azusa, 312, onde funcionara antigamente uma igreja metodista africana, onde se iniciou um avivamento que foi o responsável pela deflagração do movimento pen tecostal que hoje conhecemos, inclusive das Assembléias de Deus no Brasil, pois os missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg frequentaram este movimento e lá t iveram a chamada para pregar no Brasil. Neste ano de 2011, completamos cem e cinco anos do início deste grande avivamento na rua Azusa, do início deste derramamento sem igual do Espírito Santo em todo o mun do, sinal da “chuva serôdia”, ou seja, a “chuva da primavera”, que, em Israel, vinha um po uco antes da colheita, que, como sabemos, é a figura do arrebatamento da Igreja. IV OS OBJETIVOS DO BATISMO NO ESPIRITO SANTO O batismo no Espírito Santo cumpre alguns propósitos na vida do crente. Muitos o con fundem como algo mágico, manipulado, um objeto sobrenatural para produzir fenômenos que glorifiquem o homem ou lhe traga algum tipo de vantagem, como pensava o mágico Simão, duramente repreendido pelos apóstolos Pedro e João (At 8:9-24). No entanto, De us não dá dons aos homens para produzir espetáculos, para glorificação humana, mas com fin alidades bem específicas na sua obra. 1. Poder para proclamar o Evangelho. O propósito principal da promessa do batismo no Espírito Santo é conceder ao crente poder para testemunhar a sua fé em Cristo, algo que é próprio e característico da dispensação da graça (Lc 24:49; At 1:8). Não eram apenas discípulos da geração apostólica que deveriam pregar o Evangelho, mas a grande comissão é arefa de toda a igreja, como nos deixam claro as expressões de Jesus, que são dirigi das a toda a igreja (Mc.16:15 e At.1:8), assim como os ensinamentos de Paulo a e ste respeito (1Co 9:16; 2Tm 4:1,2). Ora, diante disto, temos que o batismo com o Espírito Santo é uma operação que deve perdurar enquanto a igreja estiver pregando o ev angelho, o que acontecerá até o final desta dispensação (Mt.24:14; Ap.22:17). 2. Criar um ambiente de maior intimidade entre o crente e o Espírito Santo. O bati smo com o Espírito Santo é um “mergulho”, uma “imersão” no Espírito. A pessoa passa a estar lvida pelo Espírito Santo, a estar integralmente sob a influência do Espírito Santo, a desfrutar de uma intimidade tal que dispensa até mesmo a intermediação de nossa alma neste relacionamento espiritual (como ocorre quando falamos em línguas estranhas, cfr 1Co 14:2). Em consequência desta intimidade, o crente pode ser usado mais efic azmente pelo Espírito Santo e lhe compreende os desígnios com muito mais facilidade, o que não ocorre com o que não é batizado com o Espírito Santo. Enquanto Apolo teve de ser orientado por Priscila e Áquila, Paulo não teve dificuldade em discernir onde o Espírito Santo queria que ele pregasse o Evangelho. 3. Proporcionar ao crente a alegria do Espírito Santo. A Bíblia fala-nos que, uma ve z cheios do poder do Espírito, os discípulos passaram a falar das grandezas de Deus (At 2:11). Estavam todos alegres, glorificando a Deus e exaltando o nome do Senh or. A alegria no Espírito Santo é uma característica indispensável para quem quer ser se melhante a Cristo (Lc 10:21). A alegria é resultado da ação do poder de Deus nas nossa s vidas (cf Lc 10:17) e, como bem afirmou Neemias, quando o povo chorava enquant o ouvia a Palavra de Deus, ” a alegria do Senhor é a nossa força” (Ne 8:10). Quando somo s salvos, recebemos a alegria da salvação (Sl 51:12), mas se trata de uma alegria in trospectiva, interna, enquanto que o gozo advindo da experiência pentecostal faz c om que ela jorre para os outros, se expresse com ousadia e seja capaz de compung ir os corações dos que nos ouvem. Bem se vê, portanto, como é diferente a promessa do batismo no Espírito Santo com “novas unções” e as estranhas manifestações “espirituais” que têm surgido no meio da igreja nos ú tempos, verdadeiras inovações que não têm qualquer propósito e que contrariam a Palavra de Deus. CONCLUSÃO O Batismo no Espírito Santo é atemporal e não é de “propriedade” dos pentecostais, pois é e ndido a todos. Continua sendo o instrumento indispensável e necessário para que poss amos enfrentar o nosso adversário e ganhar almas para o reino do Senhor, a começar d a nossa própria (pois de nada adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a su a própria alma - Mt 16:26). Jesus é o mesmo (Hb 13:8) e, deste modo, não haveria de mu dar. Se determinou aos discípulos que aguardassem o revestimento de poder para que , com êxito, cumprissem a Sua vontade, se é Seu desejo que todos os crentes sejam ba tizados com o Espírito Santo, não haveria de, agora, às vésperas de Sua volta, alterar o s Seus desígnios, modificar a Sua vontade. O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes - Pb. José Roberto A. Barbosa Texto Áureo: At. 1.5 - Leitura Bíblica em Classe: At. 2.1-6, 121.4-11 Pb. José Roberto A. Barbosahttp://www.subsidioebd.blogspot.com/ Objetivo: Mostrar aos alunos a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais, conforme vaticinado pelos profetas, prometido por Jesus e ensinado pelos apóstolos nas Escrituras. INTRODUÇÃO Na lição de hoje, estudaremos a respeito do derramamento do Espírito Santo no Pentecos tes. A princípio, destacaremos as profecias bíblicas que apontam para esse evento. E m seguida, analisaremos a ocorrência desse derramamento em At. 2. Ao final, aborda remos o propósito desse batismo, para aquele tempo, com sua aplicação para a igreja do s dias atuais. 1. PROFECIAS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO O derramamento do Espírito Santo foi predito várias vezes antes do seu acontecimento . O profeta Joel vaticinou a respeito do derramamento do Espírito sobre toda a car ne. Essa ocorrência se concretizará plenamente no futuro, em relação a Israel, por ocasião do reinado do Messias (Jl. 2.28-32), no tocante à igreja, se concretizou no dia d e pentecostes (At. 2.16-18). Isaias profetizou o derramamento do Espírito sobre a posteridade de Israel (Is. 44.3). Depois do período do silêncio profético, João Batista, já próximo à manifestação do ministério público de Jesus, disse que batizava com água, par ependimento, mas que viria um maior do que ele, que batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Mt. 3.11). No contexto dessa passagem, o batismo com o Espírito Santo diz respeito àqueles que crêem em Cristo, e com fogo, para os que O rejeitam como S enhor. Não podemos negar, porém, que o fogo é símbolo bíblico do Espírito Santo, pois, líng repartidas como de fogo foram vistas por ocasião do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes (At. 2.3). Jesus também predisse, mais que isso, prometeu enviar o Espírito Santo sobre os seus discípulos (Jô. 14.16,17). Depois de ressuscitar, disse ele: “permanecei em Jerusalém até que do alto sejais revestidos de poder (Lc. 24.49) e “vós sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias” (At. 1.5). Essa promessa foi ratificada em At. 1.8: “recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito S anto”. As palavras de Jesus dizem respeito tanto ao recebimento do Espírito quanto a o Seu derramamento, experiências que ocorrem em momentos distintos. 2. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES A festa judaica de Pentecostes acontecia no qüinquagésimo dia depois da Páscoa, também e ra denominada de Festa das Semanas, porque ocorria sete semanas depois da Páscoa. Na ocasião celebrava-se a colheita dos primeiros grãos de trigo (Ex. 23.16; 34.22; L v. 23.15-21). Para a igreja, essa festa passou a ter um significado especial, di z respeito ao momento em que essa recebeu o poder do alto, o batismo no Espírito S anto, prometido por Jesus, para a expansão do evangelho (At. 2.1). Cento e vinte d iscípulos, que se encontravam reunidos no mesmo lugar, ouviram um som como de um v ento, na medida em que esse encheu o cenáculo, línguas repartidas como que de fogo p ousaram sobre os presentes (At. 2.2,3). E todos foram cheios do Espírito Santo, o verbo pimplemi - cheios em grego - dá idéia de uma capacitação sobrenatural para o serviço divino. Desse modo, o derramamento do Espírito Santo significa o mesmo que ser ba tizado no ou com o Espírito Santo ou receber o dom do Espírito (At. 1.5; 2.4; 38). E sse mesmo Espírito habilita sobrenaturalmente os discípulos a “falarem em outras línguas” (At. 2.4), isso quer dizer que eles não estudaram as línguas que falaram, ainda que, pelo contexto, inferimos que essas línguas foram reconhecidas como idiomas (At. 2 .6). O falar em línguas é uma evidência física do batismo no Espírito Santo. Esse precisa ser diferenciado do dom de variedade de línguas (I Co. 12.10). Quando o crente fal a em línguas, no Batismo no Espírito Santo, demonstra que experimentou o derramament o. Quanto fala em línguas, enquanto dom, edifica a si mesmo, ou, se houver quem in terprete, a igreja (I Co. 14.4,13,27). 3. O PROPÓSITO DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO O propósito do Batismo no Espírito Santo está explicitamente registrado em At. 1.8. Ai nda que alguns teólogos associem esse derramamento a uma vida de santificação, esse, n a verdade, objetiva o testemunho da morte e ressurreição de Cristo por parte de quem o experimenta. O fruto do Espírito Santo, produzido a partir de uma vida de comun hão com Deus, favorece a santificação do cristão (Gl. 5.22), o derramamento do Espírito, n o entanto, visa à capacitação do cristão, com o poder do alto, a fim de que esse tenha c oragem e audácia, mesmo diante de perseguições e adversidades, para falar, com intrepi dez, a respeito do evangelho de Cristo. Toda igreja que pretende ser missionária, e desenvolver o ministério de testemunho de Jesus com eficácia, deve buscar o derram amento do Espírito Santo. Ao lermos o relato das experiências pentecostais do século p assado, somos impactados pelas proezas que os servos de Deus foram capazes de re alizar no poder do Espírito Santo. Após terem passado pela experiência desse Batismo, não mediram esforços para levar adiante a mensagem da salvação. Os diários de homens como Daniel Berg e Gunnar Vingren, a biografia de cristãos como Orlando Boyer, e de tan tos outros crentes batizados no Espírito Santo, revelam o que Deus pode fazer, e a inda tem feito, com homens e mulheres cheios do Espírito. Os crentes da igreja pri mitiva, outrora atemorizados pelas autoridades religiosas judaicas, após experimen tarem o enchimento do Espírito, passaram a anunciar o evangelho com ousadia, impul sionados pelo Espírito Santo. CONCLUSÃO Neste Centenário da Assembléia de Deus, precisamos continuar a propagar o evangelho pentecostal. Jesus Cristo salva, cura, batiza no Espírito Santo e leva para o céu. D evemos investir o que for possível nos meios de propagação do evangelho, favorecer a f ormação bíblico-teológica dos obreiros, mas não podemos prescindir da experiência marcante o Batismo no Espírito Santo, tendo o falar em língua como evidência física. Através dessa experiência, a igreja contemporânea poderá, com o mesmo vigor pentecostal da igreja pr imitiva, anunciar, com autoridade, que Jesus Cristo é o Senhor.